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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES FACULDADE DE EDUCAÇÃO FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB Curso de Licenciatura em Pedagogia – Modalidade EAD Avaliação a Distância (AD1) – 2020.1 Disciplina: Alfabetização 2 Coordenadora: Stella Maris Moura de Macedo Aluno(a):_Kssiane Borges Andrade Matrícula:19212080505 Polo:Magé (Data limite para entrega: 8/03, às 23:55) Boa avaliação! O texto da AD1 tem como título As muitas facetas da alfabetização, de Magda Soares. Este artigo foi publicado no livro Alfabetização e Letramento organizado pela autora. Apesar de ser uma publicação antiga, nos remete a questões atuais, como os índices do fracasso escolar nos anos iniciais, conceito de alfabetização - o que é ler e o que é escrever, a natureza complexa que envolve o processo de alfabetização. Seguem abaixo algumas orientações de leitura, para que você possa responder a questão que será pontuada na AD1. No decorrer da leitura, levante suas dúvidas para que possa apresentá-las nos espaços de tutoria; Atente para apresentação do artigo. Ele está organizado em três categorias: Conceito de alfabetização, Natureza do processo de alfabetização e Condicionantes do processo de alfabetização. Questão da AD1 que deverá ser respondida: Após a leitura do texto, transcreva as ideias centrais apresentadas em cada categoria; Conceito de alfabetização, Natureza do Processo de Alfabetização e Condicionantes do processo de Alfabetização. Essa parte da resposta exige o uso de aspas porque se trata de uma transcrição. Em seguida, elabore um texto argumentativo, articulando as ideias da autora com os seus conhecimentos, no campo da alfabetização. O texto deve ser de sua autoria. Orientações de formatação: Justificado, Arial 12, espaço 1,5 Não admitiremos plágio! Conceito de alfabetização: “Em síntese: uma teoria coerente da alfabetização deverá basear-se em um conceito desse processo suficientemente abrangente para incluir a abordagem “mecânica” do ler/escrever, o enfoque da língua escrita como um meio de expressão/compreensão, com especificidade e autonomia em relação à língua oral, e, ainda, os determinantes sociais das funções e fins da aprendizagem da língua escrita”. (p.21) A natureza do conceito de alfabetização: “Essas diferenças alteram, fundamentalmente, o processo de alfabetização, que não pode considerar a língua escrita meramente como um meio de comunicação “neutro” e não contextualizado; na verdade, qualquer sistema de comunicação escrita é profundamente e marcado por atitudes e valores culturais, pelo contexto social e econômico em que é usado. Portanto, a alfabetização é um processo de natureza não só psicológica e psicolinguísticos, como também de natureza sociolinguística.” (p.22 ) Condicionante do processo de alfabetização: “ Conclui-se que a natureza complexa do processo de alfabetização, com suas facetas psicológica, psicolinguística, sociolinguística e linguística, é preciso acrescentar os fatores sociais, econômicos, culturais e políticos que o condicionam. Uma teoria coerente da alfabetização só será possível se a articulação e integração das várias facetas do processo forem contextualizadas só será possível se a articulação e integração das várias facetas do processo forem contextualizadas social e culturalmente e iluminadas por uma postura política que resgate seu verdadeiro significado.” (p.23) Texto referente ao texto- As muitas facetas da alfabetização É de conhecimentos de todos que a definição de alfabetização que predomina na sociedade é de que alfabetizados são os que sabem ler e escrever, contudo, este conceito não atende mais as necessidades contemporânea. Hoje o conceito de alfabetização é mais complexo e amplo, integrou-se ao processo de alfabetizar-se a compreensão do uso da escrita no contexto social, o chamado letramento, analisando os aspectos sociolinguísticos, culturais e políticos que envolve esta prática, além disso, a não observação desses aspectos influenciam no fracasso escolar, não sendo apenas os métodos empregados no processo o único fator causador do insucesso dos alunos. Apesar de muitos acreditarem que o método é o divisor entre o sucesso e fracasso dos alunos, reafirma-se não ser este o único motivo para ser ter sucesso ou fracasso. As práticas alfabetizadoras descontextualizadas não atingem ao objetivo da alfabetização, a prática mecânica de ensino empregada nas escolas por muitos anos, desconsidera o sujeito com sua bagagem de conhecimento, pois, a criança ao ingressar na escola traz consigo certo conhecimento, ainda que não saiba ler e escrever, contudo, ela ouve história e instruções. Outro fator existente é a escola agindo com preconceito quando desconsidera o conhecimento adquirido pela oralidade, dando-se valor máximo a linguagem escrita e valor mínimo a linguagem oral, e assim, dificultando o processo de ensino-aprendizagem, especialmente no que se refere o ensino das crianças de classe popular, é válido analisar que a linguagem oral da cultura a qual estas crianças estão inseridas se distanciam da língua padrão que é ensinada nas escolas. Constantemente as linguagens destas crianças são ditas como erradas e, por isso, muitas vezes elas são classificadas incapazes de aprender, como sendo possuidoras de algum déficit de aprendizagem quando, na verdade, elas possuem um grau maior de dificuldade para chegarem a compreensão do processo da escrita e sua função social pelo fato de terem pouco ou nenhum acesso aos diferentes gêneros textuais e a materiais impressos, como a escrita não é a transcrição da fala, essa escassez contribui para a dificuldade de compreensão destas crianças. Em virtudes dos fatos mencionados destaca-se o dever da escola de adotarem a política de superação do preconceito linguístico, valorização do conhecimento de mundo dos alunos, e agregação do conhecimento da língua padrão a estes, para que possam de fato serem alfabetizados com a consciência da função da escrita na sociedade e deixarem de ser meros codificadores e decodificadores do código da escrita, pois, não é a questão dos métodos isoladamente o causador do problema do fracasso escolar na alfabetização.
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