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Caso concreto-Aula 2

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CASO CONCRETO-AULA 2
1) Resposta: O magistrado não poderá obrigar as pessoas descritas no art. 207 do código de processo penal a depor, pois elas são proibidas perante a lei.
Para ser testemunha, basta ser uma pessoa, toda e qualquer pessoa poderá testemunhar, inclusive uma criança ou um doente mental (sendo esses dois últimos tendo o valor da prova como uma mera informação). São características da testemunha a objetividade, oralidade, individualidade, personalidade, retrospectividade e incomunicabilidade.
A doutrina cita duas formas para a realização da pergunta as testemunhas:
 
a) Sistema presidencialista – neste sistema, as partes perguntam ao juiz e ele quem fará a pergunta a testemunha. Cumpre ressaltar que, esse sistema vigorou até 2008 em nosso ordenamento jurídico, não sendo mais utilizado. Entretanto, há uma única hipótese prevista em lei que esse sistema é utilizado no nosso ordenamento, somente no tribunal do Júri, pois os jurados se tiverem dúvida deverão perguntar ao juiz e ele fará as perguntas.
b) Sistema de inquirição direta/cruzada – neste sistema, as partes perguntam diretamente para a testemunha. Esse sistema é adotado atualmente no ordenamento jurídico brasileiro e a inobservância desse sistema gera a nulidade relativa (depende da comprovação do prejuízo).
Além disso, podemos classificar a testemunha em numerária, que é quando ela presta compromisso de dizer a verdade dentro do número legal. Já a extranumerária, é a testemunha ouvida fora do número legal e não é compromissada em dizer a verdade. Temos também, a testemunha própria que é aquela que sabe dos fatos que são objetos do processo. Ela presta depoimento sobre fatos/objetos que presenciou, de forma direta ou indiretamente ela presenciou ou soube desse fato. Por fim, temos a testemunha imprópria, instrumentária ou fedatária que é aquela que presencia um ato processual ou procedimental. Ela não testemunhou o fato ocorrido, somente irá acompanhar a apresentação do preso e/ou prova/objeto na delegacia. 
Nesse íntrem, todos tem a obrigação de depor como testemunha, em regra. Entretanto, temos a exceção de algumas pessoas que são dispensadas de depor, conforme previsão do art. 206 do código de processo penal, as pessoas ascendentes, ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que separado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado. Porém, temos a exceção da exceção que é quando não for possível por outro meio ou modo, as pessoas descritas no art. 206 serão obrigadas a depor. 
Por fim, concluímos no caso do Padre José Roberto, que o juiz não poderá obrigar o padre a depor em juízo, em razão da profissão designada como padre, sendo vedado expressamente no art. 207 do CPP ao seu depoimento, bem como o padre não poderá responder por crime de falso testemunho e a prova produzida neste caso, não será considerada válida.
2) Resposta: Letra E.

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