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FACULDADE DE MEDICINA 2017 1 AUTOR Yuri Arruda Queiroz Velloso (fundador da LACC) CO-AUTORES Andressa Brandão Marthon (fundadora da LACC) Cassio Grigório Vargas (fundador da LACC) Gabriela Rossi Ladeira Herrera Flores (fundadora da LACC) Matheus Abreu Lima Alexandre Paulo Cesar Maia Lima Junior (fundador da LACC) Paulo César Martins Bitarães Vanessa Carvalho Marçal de Oliveira 2 SUMÁRIO 1- Instrumentação cirúrgica.............................................................03 2 - Agulhas e Fios cirúrgicos...........................................................16 3 -Tipos de sutura............................................................................22 4 - Feridas e curativos.....................................................................30 5 - Assepsia e antissepsia...............................................................51 6 – Acessos venosos centrais.........................................................56 7 – Procedimentos torácicos...........................................................61 8 – Procedimentos abdominais.......................................................68 9 - Pré e pós-operatório...................................................................73 10 - Semiologia do abdome.............................................................88 11 – Hérnias....................................................................................97 12 - Abdome agudo......................................................................102 13 - Abdome agudo inflamatório...................................................109 14 - Abdome agudo perfurativo.....................................................122 15 - Abdome agudo vascular.........................................................126 16 - Abdome agudo obstrutivo.......................................................129 17 – Abdome agudo hemorrágico.................................................133 18 – Trauma hepático...................................................................135 3 1-INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA Introdução O ato cirúrgico era praticado bem antes do aparecimento de instrumental sofisticado, sendo utilizados bisturis de pedra, pederneiros amolados e dentes de animais. Com a utilização do aço inoxidável, foi propiciado um material superior para a fabricação de instrumentais cirúrgicos. A introdução da anestesia em 1840 e a adoção da técnica de antissepsia de Lister, por volta de 1880, influenciaram fortemente a confecção do instrumental cirúrgico, já que permitiram ao cirurgião trabalhar de forma mais lenta e eficaz, realizando procedimentos mais longos e mais complexos. A forma dos instrumentais tem sido criada com base na capacidade de o cirurgião visualizar, manobrar, diagnosticar e manipular o tecido com uma instrumentação cada vez melhor. Classificação Os instrumentais cirúrgicos são classificados de acordo com sua função ou uso principal (pois a maioria deles possui mais de uma utilidade) e também quanto ao tempo de utilização no ato operatório. Dessa forma, distribuem-se em categorias de acordo com os tempos operatórios em que são utilizados, que têm início a partir da diérese, que apresenta como objetivo criar vias de acesso através dos tecidos por meio de bisturis e tesouras. Criadas essas vias, faz-se necessária a manipulação de algumas estruturas, o que é desempenhado durante a preensão, com as pinças de preensão. Segue-se, então, com a hemostasia, que visa conter ou prevenir os sangramentos durante o ato operatório, tendo como instrumentais principais as pinças hemostáticas. Concluídos os tempos de diérese, preensão e hemostasia, o campo operatório encontra-se ideal para o afastamento de estruturas, a fim de se possibilitar uma melhor visualização do mesmo, o que ocorre durante a exposição com o auxílio dos afastadores. Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Máquina de escrever Classificação segundo: Função ou uso principal; Tempo de utilização no ato operatório. Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Máquina de escrever Anestesia 1840 Técnica de antissepsia de Lister 1880. Possibilitaram ao cirur gião trabalhar de form a mais lenta e eficaz. Victor Gabriel Máquina de escrever Temos 6 tempos cirúrgicos: Diérese; Preensão; Hemostasia; Exposição; Especial; e Síntese. 4 Então, o cirurgião encontra-se apto para desempenhar os procedimentos peculiares da cirurgia, durante o tempo especial, no qual se utiliza instrumentais específicos de acordo com a especialidade cirúrgica. Concluídos esses procedimentos, é necessário que seja realizada a síntese, que visa unir os tecidos seccionados ou ressecados durante a cirurgia, utilizando para isso os porta-agulhas. Esquematizando: TEMPO FUNÇÃO INSTRUMENTAL Diérese Criar vias de acesso Bisturis e tesouras Preensão Manipulação de estruturas Pinças de Preensão Hemostasia Conter ou prevenir sangramentos Pinças hemostáticas Exposição Expor o campo operatório Afastadores Especial De acordo com a especialidade cirúrgica Peculiares Síntese Unir tecidos seccionados e ressecados Porta-Agulhas Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Máquina de escrever Através dos tecidos Victor Gabriel Máquina de escrever Afastamento de estruturas para melhor visualização. Victor Gabriel Máquina de escrever Procedimentos peculiares Victor Gabriel Máquina de escrever Instrumentais específicos 5 Instrumentais cirúrgicos Instrumentais de diérese a) Bisturi: É utilizado para incisões ou dissecções de estruturas. Caracterizado por um cabo reto, no qual é acoplada uma variedade de lâminas descartáveis e removíveis. O cabo nº 3 é destinado para lâminas pequenas, das de número 9 às de número 17, em incisões mais delicadas. Já o cabo número 4 é destinado para lâminas maiores, das de número 18 às de número 50. Acima, o cabo do bisturi acoplado à lâmina e, abaixo, o cabo isolado, apresentando o colo em destaque A lâmina deve ser encaixada no colo do cabo de bisturi com o auxílio de uma pinça hemostática reta, mantendo a face cortante voltada para baixo. Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Máquina de escrever Cabo 3 → Vâminas pequenas (9-17) para incisões mais delicadas Cabo 4 → lâminas maiores (17 - 50) incisões maiores Victor Gabriel Máquina de escrever Cabo reto Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Máquina de escrever Lâmina deve ser encaixada no colo do bisturi com o auxílio de uma pinça hemostática reta. A face cortante deve sempre permanecer voltada para baixo Victor Gabriel Máquina de escrever Cortar ou separar em partes 6 O bisturi é empunhado de duasformas principais: Empunhadura do tipo lápis Empunhadura do tipo arco-de-violino b) Tesouras: Têm como função principal efetuar a secção ou a divulsão de tecidos orgânicos, além de seccionar materiais cirúrgicos, como gaze, fios, borrachas, entre outros. As tesouras variam no tamanho, no formato da ponta e na curvatura (retas ou curvas), cada uma com uma finalidade específica, adequada a cada fase do ato operatório e à especialidade cirúrgica. Tesoura de Metzenbaum (acima) e tesoura de Mayo (abaixo). - Tesoura de Metzenbaum: pode ser reta ou curva, sendo utilizada para a diérese de tecidos orgânicos, uma vez que é considerada menos traumática, por apresentar sua extremidade distal mais delicada e estreita. Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Máquina de escrever Tesoura de Metzenbaum: pode ser curva ou reta. É utilizada para a secção de tecidos biológicos, por apresentar a ponta delicada e estreita e menos traumática Victor Gabriel Máquina de escrever Tesoura de Mayo: pode ser reta ou curva, predominantemente a reta. É utilizada para a secção de fios e outros materiais curúrgicos, já que apresenta a extremidade distal mais grosseira, sendo mais traumática. Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Máquina de escrever Arrancar ou separar ou cortar: Tecidos orgânicos Materiais cirúrgicos Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Máquina de escrever Variam segundo: Tamanho; Formato da ponta; Curvatura Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar 7 - Tesoura de Mayo: Pode se apresentar curva ou reta, porém, predominantemente existirá a reta no bloco. É utilizada para a secção de fios e outros materiais cirúrgicos em superfícies ou em cavidades, uma vez que é considerada mais traumática que a de Metzenbaum, por apresentar sua extremidade distal mais grosseira. Empunhadura de uma tesoura Instrumentais de preensão São destinadas à manipulação e à preensão de órgãos, tecidos ou estruturas. Os modelos básicos são: a) Pinça de Adson: A pinça de Adson, por apresentar uma extremidade distal estreita e dessa forma, uma menor superfície de contato, é utilizada em cirurgias mais delicadas, como as pediátricas. São encontradas em três tipos: Atraumática Adson dente de rato Traumática Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Máquina de escrever Agarrar ou segurar. Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Máquina de escrever Ranhuras transversais em toda a extremidade distal Victor Gabriel Destacar 8 b) Pinça anatômica: com ranhuras finas e transversais, possuindo uma utilização universal. c) Pinça dente de rato: por apresentar dentes em sua extremidade, é utilizada na preensão de tecidos mais grosseiros, como plano muscular e aponeurose. Pinça dente de rato Empunhadura de pinça Instrumentais de hemostasia A hemostasia é um dos tempos fundamentais da cirurgia e tem por objetivo prevenir ou corrigir as hemorragias, evitando, dessa forma, o comprometimento do estado hemodinâmico do paciente, além de impedir a formação de coleções sanguíneas e coágulos no período pós-operatório, fenômeno este que predispõe o paciente a infecções. Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Máquina de escrever Preensão de tecidos mais grosseiros como: plano muscular e aponeuroses Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar 9 Estruturalmente, essas pinças guardam semelhança com as tesouras, apresentando argolas para empunhadura. Diferem, no entanto, das tesouras por apresentarem cremalheira, uma estrutura localizada entre as argolas que tem por finalidade manter o instrumental fechado de maneira auto-estática, oferecendo diferentes níveis de pressão de fechamento. Cremalheira a) Kelly e Crile: apresentam ranhuras transversais na face interna de suas pontas e podem ser retas ou curvas. As retas, também chamadas pinças de reparo, são utilizadas para o pinçamento de material cirúrgico como fios e drenos de borracha, enquanto que as curvas são destinadas ao pinçamento de vasos e tecidos pouco grosseiros. A diferença entre as referidas pinças consiste no fato de que as ranhuras transversais da pinça de Crile estão presentes ao longo de toda a face interna de sua ponta, enquanto as da pinça de Kelly estendem-se aproximadamente até a metade. Kelly Crile Victor Gabriel Máquina de escrever Cremalheira é um trilho dentado no qual engrenagens podem se movimentar. Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Máquina de escrever As retas são as pinças de reparo e são utilizadas para pinçamento de material cirúrgico. As curvas são utili zadas para o pinçamento de vasos e tecidos pouco grosseiros. Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Máquina de escrever Ranhuras transversais por tuda a sua face interna da extremindade Victor Gabriel Máquina de escrever Ranhuras transversais até a metade Victor Gabriel Máquina de escrever Possibilita o fechamento auto-estático. 10 b) Kocher: embora classificada como instrumental de hemostasia, não é habitualmente empregada para esta finalidade, uma vez que apresenta dentes em sua extremidade. Seu uso mais habitual é na preensão e tração de tecidos grosseiros como aponeuroses. Instrumentais de exposição São representados por afastadores, que são elementos mecânicos destinados a facilitar a exposição do campo operatório, afastando as bordas da ferida operatória e outras estruturas, de forma a permitir a exposição de planos anatômicos ou órgãos subjacentes, facilitando o ato operatório. a) Afastador de Farabeuf: apresenta-se em formato de “C” característico, sendo utilizado no afastamento de pele, tecido celular subcutâneo e músculos superficiais. Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Máquina de escrever Afastadores: Farabeuf; Doyen; Deaver; Válvula Maleável; Afastador de Gosset ou Laparostato; Victor Gabriel Máquina de escrever Apresenta dente em sua extremidade. Utilizada para preensão de de tecidos grosseiros como aponeuroses. Assemelha-sea uma pinça dente de rato, por~em apresenta argolha de empunhadura e cremalheira. Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar 11 b) Afastador de Doyen: por se apresentar em ângulo reto e ter ampla superfície de contato, é utilizado primordialmente em cirurgias abdominais. c) Afastador de Deaver: por apresentar sua extremidade distal em formato de meia lua, análoga ao desenho de contorno dos pulmões, é amplamente utilizado em cirurgias torácicas, podendo também ser utilizado em cirurgias abdominais. Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Máquina de escrever ângulo reto e com ampla superfície de contato. Útil em cirurgias abdominais. Victor Gabriel Máquina de escrever Possui uma curvatura, tal como a dos pulmões. Útil principalmente para cirurgias torácicas, pode ser usado nas abdominais 12 d) Válvula Maleável: empregada tanto em cirurgias na cavidade torácica, quanto na cavidade abdominal. Por ser flexível, pode alcançar qualquer tipo de formato ou curvatura, sendo, portanto, adaptável a qualquer eventual necessidade que venha a surgir durante o ato operatório. Outra importante função é a proteção das vísceras durante suturas na parede da cavidade abdominal. e) Afastador de Gosset ou Laparostato: utilizado em cirurgias abdominais. Deve ser manipulado em sua extremidade proximal, para que se movimente, uma vez que a distal, que entra em contato com as estruturas a serem afastadas não cede a pressões laterais. Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Máquina de escrever uso em cirurgias torá- cicas ou abdominas. Alcança qualquer for- mato ou curvatura, sendo adaptável a qualquer necessidade que venha a surgir no ato operatório. Também protege as vísceras durante sutura na cavidade abdominal Victor Gabriel Máquina de escrever Cirurgias abdominas. Manipulado em sua ex- tremidade proximal e se movimenta na distal. 13 Instrumentais especiais Os instrumentais especiais são aqueles utilizados para finalidades específicas, nos procedimentos que consistem no objetivo principal da cirurgia. São muitos e variam de acordo com a especialidade cirúrgica. a) Pinça de Backaus: é também denominada pinça de campo, devido sua função de fixar os campos operatórios entre si. Instrumentais de síntese A síntese geralmente é o tempo final da cirurgia e consiste na aproximação dos tecidos seccionados ou ressecados no decorrer da cirurgia, com o intuito de favorecer a cicatrização dos tecidos de maneira estética, além de evitar as herniações de vísceras e minimizar as infecções pós-operatórias. a) Porta-agulhas de Mayo-Hegar: é estruturalmente semelhante às tesouras e pinças hemostáticas, apresentando argolas para a empunhadura, e cremalheira para o fechamento auto-estático. Pode apresentar-se em tamanhos diferentes. É mais utilizado para síntese em cavidades, sendo empunhado da mesma forma descrita para os instrumentais argolados ou de forma empalmada. Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Máquina de escrever Aproximação de tecidos Evitar infecções; Favorecer cicatrização; Considerar a estética; Evitar herniação. Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar 14 Arrumação da mesa cirúrgica Deve ser feita de forma padronizada, de acordo com a ordem de utilização dos instrumentais no ato operatório, a fim de se facilitar o acesso aos mesmos. Durante a arrumação da mesa, é necessário imaginá-la dividida em seis setores, correspondentes aos seis tempos operatórios, que iniciam a partir da diérese. Em seguida, apresenta-se o setor de preensão, com as pinças de preensão, seguidas do setor de hemostasia, que abriga materiais como gazes, compressas e fios para ligadura, bem como as pinças hemostáticas. Segue-se, então, com o setor de exposição, com os afastadores. Em seguida são organizados os instrumentais especiais, que serão adequados a cada cirurgia. As pinças de Backaus não precisam ficar na mesa, uma vez que é utilizada para fixação dos campos cirúrgicos. O sexto e último setor corresponde ao tempo de síntese, abrigando, portanto, materiais como agulhas, porta-agulhas e fios. O sentido de arrumação da mesa varia de acordo com os tipos de cirurgia. Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar 15 Técnicas de instrumentação Podem ser feitas de duas formas: por solicitação verbal ou por sinalização cirúrgica, que consiste em um sistema mundial padronizado de técnicas de solicitação manual que visam reduzir a conversação dentro da sala de cirurgia, a fim de se manter a assepsia local. A sinalização cirúrgica é destinada somente aos instrumentais mais simples e mais utilizados, sendo os demais solicitados verbalmente. A entrega dos instrumentais pelo instrumentador deve ser feita de forma firme e imediata, entregando os mesmo fechados e com suas curvaturas voltadas para cima. Vale ressaltar que o bom instrumentador deve saber previamente o instrumental a ser solicitado, e ao final da cirurgia deve apresentar a mesa tão limpa e organizada quanto estava no início. Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Máquina de escrever São 2 técnicas: Verbal ou Sinalização cirúrgica (sistema mundial padronizado de solicitação manual - para instrumentas mais simples) Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar 16 2-AGULHAS E FIOS CIRÚRGICOS Agulhas Cirúrgicas As agulhas são materiais de pequena haste fina, obtidas a partir de ligas metálicas. Como dito acima, são utilizadas na sutura com o objetivo de transfixar os tecidos, atuando como um guia aos fios de sutura. Elas podem ser descartáveis ou reutilizáveis, mas os serviços de saúde atualmente usam basicamente as agulhas descartáveis. Quanto ao formato, podem ser retas, curvas ou mistas, sendo as curvas as mais comumente utilizadas. As agulhas são compostas por três regiões: (1) fundo; (2) corpo; (3) ponta. De acordo com a característica de cada componente teremos um tipo diferente de agulha. Desta forma, quanto ao fundo, podemos ter agulhas traumáticas − quando a agulha não tem o fio anexado ou “montado” − e atraumáticas– quando a agulha vem fixada ao fio. Quanto ao corpo, as agulhas podem ter essa região em formato cilíndrico (mais comum), triangular ou retangular. Por fim, a ponta das agulhas pode ser cilíndrica, triangular (cortante) ou retangular(romba). A figura a seguir ilustra as agulhas curvas e suas variações: Tipos de agulha Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Máquina de escrever Função de guia para os fios e é utilizada na sutura para auxiliar a transfixar os tecidos As descartáveis são as mais utilizadas bem como as curvas (mas existem as retas e mistas) Victor Gabriel Máquina de escrever Divididas e: - Fundo: traumático o atraumático (com ou sem fio anexado); Corpo: cilíndrico; trian- gular (cortante); ou re- tangular (romba) Ponta: cilíndrica, a tri angular (cortante). Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar 17 Perceba que a agulha deve transfixar o tecido, causando certa “lesão tecidual”. Desta forma, devemos selecionar uma agulha adequada ao tecido que será suturado, de modo que cause mínima lesão tecidual. Com base nesse raciocínio, as agulhas com pontas e/ou corpos triangulares são indicadas para tecidos densos e resistentes, como a pele. Em estruturas mais delicadas, como a parede de uma artéria, devemos escolher agulhas cilíndricas com ponta romba. As agulhas com corpo e pontas cilíndricas são indicadas, sobretudo, para tecidos menos resistentes e friáveis (ex.: baço e fígado). Essas informações podem ser visualizadas no próprio invólucro do fio agulhado descartável, como mostra a figura a seguir. Fios Cirúrgicos Como dito anteriormente, o fio cirúrgico é indispensável na confecção da sutura, tendo a finalidade de conter ou fixar estruturas. Assim como ocorre com as agulhas, temos fios de diversos tipos e materiais, com indicações específicas. Os fios são classificados por pelo menos cinco critérios: (1) forma de apresentação; (2) absorção; (3) origem (ou material); (4) configuração (tipo de filamento); (5) calibre (ou diâmetro): Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Máquina de escrever Agulhas com corpos e pontas cilíndricas são utilizadas para tecidos menos resistentes e friáveis, como o baço e o fígado. Agulhas com corpos e/ou pontas triangulares devem ser utilizadas para tecidos mais densos e resistentes, tal como a pele. Tecidos como paredes de atérias deve-se utilizar tecidos cilíndricos com ponta romba (retangular). Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Máquina de escrever Que se desfaz, se fragmenta. Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Máquina de escrever 1.Forma de Apresentação; 2.Absorção; 3.Origem (material); 4.Configuração; 5.Calibre. Victor Gabriel Máquina de escrever SERTIX -fio agulhado e SUTUPACK - fio sem agulha, ligadura de vasos. Victor Gabriel Máquina de escrever Absorvível (categute e vicryl) ou inabsorvível (algodão e nylon) Victor Gabriel Máquina de escrever Biológica (animal - categute ou vegeta - algodão) ou sintética (nylon e vicryl) Victor Gabriel Máquina de escrever Mono ou multifilamentares - torcidos ou trançados. Os monofilamentares tem mais memória e são mais difíceis de darem nó, mas são menos traumáticos Victor Gabriel Máquina de escrever Varia de 12-0 até 7, sendo o primeiro o mais fino. Os tamanhos mais comumente utilizados são 2-0 a 5-0. 18 Forma de apresentação: Os fios podem ser encontrados na apresentação SERTIX − fio agulhado, ou seja, a agulha vem anexada ao fio, sendo os dois componentes vendidos juntos −; SUTUPAK (fio não agulhado, utilizado, sobretudo, na ligadura de vasos); CARRETEL (fio não agulhado, em desuso atualmente). Absorção: Os fios podem ser absorvíveis (ex.: categute, vicryl®) ou inabsorvíveis/não absorvíveis (ex.: nylon e algodão). Os absorvíveis são aqueles em que o material é paulatinamente absorvido pelo organismo, seja por hidrólise, proteólise ou mesmo fagocitose. Durante esse processo, perdem gradualmente a força de resistência tensil − a velocidade com que esse processo ocorre varia de acordo com o material do fio. Origem: Podem ser de origem biológica ou sintética. Os fios de origem biológica são ainda discriminados em fios de origem vegetal (ex.: linho, algodão) ou animal (ex.: seda, categute). Os fios sintéticos podem ser compostos por materiais metálicos (ex.: surgaloy, aciflex) ou polímeros orgânicos (vicryl, prolene, nylon). Configuração: Quando falamos em configuração de um fio cirúrgico, nos referimos ao número de filamentos que o compõe e a disposição dos mesmos na composição do referido fio. Assim, temos fio com múltiplos filamentos (multifilamentar) ou com filamento único (monofilamentar). Estes tendem a ser mais duros, com memória (tendem a voltar à posição anterior quando estirados) e com menor coeficiente de atrito (menor resistência), quando comparados aos primeiros. Continuando a comparação, os fios monofilamentares, apesar de serem mais difíceis de manipular e de realizar os nós, provocam menos trauma no tecido em que atravessam e, posteriormente, são mais fáceis de serem retirados. Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar 19 Calibre: O calibre é classificado de acordo com uma escala que varia de 12-0 (mais fino) até 7 (mais grosso). A regra básica aqui é: quanto maior o número de zeros à direita, menor o calibre e a força tensil do fio. Essa escala representa a força tensil ou resistência à tração do fio, mas está sujeita à influência do material que o compõe. Por exemplo, um fio 3-0 de seda é mais grosso do que o fio 3-0 de nylon. Os fios mais utilizados pelo profissional comum (“não cirurgiões”) são os fios 2-0 a 5-0. Os fios de 4 a 7 são muito pouco usados atualmente. Os fios 1 a 3 são usados, sobretudo em locais de alta tensão como a parede abdominal ou em músculos e articulações. Os fios 6-0 a 12-0 são utilizados, sobretudo, na cirurgia plástica e em microcirurgias. Após descobrir tantas características e tantas possibilidades de tipos e usos dos fios, talvez você esteja confuso sobre “qual o melhor o fio” ou “como Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar 20 escolher o tipo de fio cirúrgico para a sua sutura”. Infelizmente, apesar de toda a evolução dos fios ainda não há um tipo de fio considerado ideal para a sutura. Entretanto, para escolher o fio mais adequado a sua sutura você deve prestar atenção nos seguintes fatores: custo, resistência tensil, maleabilidade e reação tecidual. A escolhacorreta também perpassará pela observação das características do fio quanto ao seu comportamento físico e biológico ao longo do processo de cicatrização. Devemos confrontar essas características citadas acima com as características do próprio tecido a ser suturado (resistência do tecido, capacidade de regeneração, etc). Desejamos então, que o fio mantenha a força tensil até que a cicatriz adquira sua própria resistência frente aos estímulos naturais a que o tecido de origem é submetido rotineiramente. Além disso, o fio deve atuar como material inerte, provocando a menor reação tecidual possível. Para auxiliá-lo ainda mais, destacaremos em seguida os principais tipos de fios e suas indicações. Por fim, mais abaixo separamos uma tabela, com maior diversidade de fios, suas características e indicações. Guarde essas informações para que quando requisitado você faça a escolha adequada do fio, oferecendo a melhor opção disponível para o seu paciente. Categute: Fio biológico, absorvível, obtido a partir da mucosa do intestino delgado ou da serosa de ruminantes. Os fios categute podem ser simples ou cromados, sendo que estes são absorvidos em cerca de vinte dias enquanto os primeiros têm sua absorção média em um período de oito dias. Esses fios não devem ser utilizados nas suturas superficiais, devido a sua grande permeabilidade. O uso do categute é indicado na sutura de planos musculares. Ele também é uma boa opção para suturas gastrintestinais e é utilizado em cirurgias ginecológicas e urológicas. Vicryl® (Ácido poligaláctico): Fio absorvível de origem sintética possui uma resistência tensil superior a do categute. É hidrolisado e completamente absorvido em 30-60 dias. É empregado na sutura do plano subcutâneo e em cirurgias gastrintestinais, urológicas, ginecológicas. Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Máquina de escrever Para escolher um fio: Victor Gabriel Máquina de escrever Custo; Resitência tênsil; Maleabilidade; Reação tecidual. Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Máquina de escrever Gastrointestinal Ginecológico; Urológico; Subcutâneo Duração de 30 a 60 dias Victor Gabriel Máquina de escrever Gastrointestinal Ginecológico; Urológico; Planos musculares Duração de 8 (20*) dias 21 Nylon (Poliamida): Fio inabsorvível e sintético. O fio nylon é de difícil manipulação e execução de nó firme. Ele perde resistência tensil ao longo do tempo e causa pouca reação tecidual. Este tipo de fio é o preferido para a sutura da pele. Prolene® (Polipropileno): Fio sintético, inabsorvível e monofilamentado. Produz pouca reação tecidual, é facilmente removível e tem a capacidade de reter a tensão por vários anos após sua utilização. É o preferido para sutura intradérmica e também é utilizado em suturas vasculares. Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Máquina de escrever Pele Difícil manipulação e execução de nó firme. Causa pouca reação te cidual. Victor Gabriel Máquina de escrever Intradérmica e Sutura vascular. Pouca reação tecidual, facilmente removível e capaz de manter a tensão por muitos anos 22 3-TIPOS DE SUTURA Antes de iniciarmos o tema tipos de sutura, será realizado uma breve abordagem aos anestésicos locais Anestésicos locais Os anestésicos locais podem ser definidos como uma droga que bloqueia reversivelmente a transmissão do impulso nervoso na região aplicada, sem afetar o nível de consciência. De maneira geral, os ALs ligam-se aos canais de sódio voltagem-dependente no estado inativo, impedindo a subseqüente ativação do canal e o grande influxo transitório de sódio associado à despolarização da membrana O conceito de bloqueio local consiste em uma infiltração, no subcutâneo, de uma pequena área, com o agente anestésico. Os anestésicos locais possuem características ideiais, que seriam: -Irritação mínima; - Bloqueio reversível; - Boa difusibilidade; - Baixa toxicidade sistêmica; - Eficácia; - Início rápido de ação; - Duração de ação adequada. Eles podem ser utilizados para diferentes tipos de anestesia: -Bloqueio dos terminais sensitivos – local; - Bloqueio de troncos nervosos – troncular/regional - Bloqueio das raízer nervosas do espaço extradural – peridural e caudal; - Bloqueio das raízes nervosas do espaço subaracnóideio – raquianestesia. Se a lesão não é extensa e é passível de sutura no pronto atendimento, planeja-se o bloqueio por meio de infiltrações dentro da ferida (intralesional) ou por bloqueio extralesional. O AL deve ser infiltrado, paralelamente, sob o tecido celular subcutâneo. Bicarbonato e injeção subdérmica são opções para minimizar o desconforto. Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Máquina de escrever A aplicação pode ser intralesional ou extralesional, nas extremidades da lesão formando um losango de bloqueio. A aplicação deve ocorrer no tecido subcutâneo enquanto se retrocede a agulha. 23 Infiltra-se enquanto se retrocede a agulha e se aplica nas extremidades da lesão, formando um losango de bloqueio (extralesional). Deve-se estar sempre atento à dose máxima permitida e os efeitos colaterais que podem surgir na eventualidade de ocorrer uma injeção intravascular inadvertida. A adição de um vasoconstritor tipo adrenalina (1:50.000 a 1:200.000) visa produzir vasocontrição local, limitando a absorção do anestésico local e prolongando os seus efeitos ao mesmo tempo que reduzem seu efeito tóxico. Entretanto, pelo seu efeito vasoconstritor, o uso de anestésico local com adrenalina é contraindicado em extremidades ou regiões com circulação colateral deficiente, pelo risco de isquemia Suturas A sutura de pele pode ser feita de diversas maneiras. Cada uma delas apresenta suas vantagens e desvantagens, e devemos fazer a escolha em função da região ferida, das características da pele, das bordas da lesão e das Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar VictorGabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Máquina de escrever A adrenalina possibilita uma maior dose de anestésico local. Pela vasoconstrição local, a adrena- lina prolonga o efeito do AL e dimi- nui a sua toxicidade. Ela não deve ser usada em regiões com circulação colateral deficiente pelo risco de isquemia. Victor Gabriel Máquina de escrever Varia de analgesia até depressão cardiovascular Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar 24 condições locais, no que diz respeito ao tempo decorrido entre a formação da ferida e o atendimento cirúrgico. Se a pele é muito fina, ou se o corte é biselado, pode ser necessária uma sutura com pontos Donatti, em vez do ponto simples. Qualquer que seja a opção feita para o tipo de sutura, é importante que seja feita com bastante critério e minuciosos cuidados, pois o resultado final estará estreitamente relacionado com estes cuidados. Ponto simples: Apesar de simples, é extremamente eficaz para uma aproximação correta das bordas de uma ferida, no entanto, é necessário utilizá-lo seguindo rigorosamente certos princípios. De modo geral, o ponto é dado utilizando-se uma agulha curva, por isso, devemos aproveitar a curvatura da agulha para melhor aplicarmos o ponto simples. A curvatura da agulha deve ser utilizada para balancear a altura das bordas da ferida que deve ficar no mesmo nível. Outro detalhe fundamental é a tensão aplicada para amarrar o ponto. Esta tensão terá que ser a suficiente para aproximar borda com borda, suavemente, e não para esmagar a borda contra a outra. Pontos demasiadamente apertados impedem uma boa circulação local comprometendo a cicatrização. Além disso, é necessário ficar atento à distancia entre um ponto e outro. Para isto não existem regras numéricas, mas apenas uma questão de observação. Os pontos deverão ser distanciados um do outro, de acordo com o resultado obtido na aproximação da ferida. Devem ser colocados o mais distante um do outro, para facilitar a circulação local, porem de tal ordem que não permaneçam áreas de bordas afastadas - sem contato intimo uma com a outra. Se disponível tiras de adesivo cirúrgico de papel microporoso, aplicá-lo sobre a sutura para reduzir ainda mais a tensão dos pontos. Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar 25 Ponto Donati: Utilizado quando o ponto simples, apesar de dado com todos os rigores da técnica, não proporciona um perfeito apropinquamento das bordas. Ele começa a ser dado tal qual o ponto simples, e com os mesmos cuidados. Uma vez completado o ponto simples, a agulha é voltada no sentido do inicio do ponto, pegando uma pequena porção da derme e epiderme dos dois lados da ferida de tal forma que quando o nó é atado, as borda, ainda que tendentes a invaginarem, serão suspensas por esta volta em nível dermoepidermico. (“longe,longe,perto,perto”) Também aqui, e principalmente aqui, deverá ser evitada a tensão exagerada, principalmente porque a laçada dermoepidermica é eficiente no propiciamento de um bom contato entre as bordas. Existe uma variante do ponto Donati que também é muito eficiente na aproximação de bordas irregulares, porém de execução um pouco mais trabalhosa. Em uma das bordas da ferida o ponto não se exterioriza passando apenas em nível subcutâneo e dérmico. Sua vantagem é a exteriorização apenas de um lado, evitando-se as marcas de ponto nos dois lados da ferida (figura B). Em todos os dois tipos, uma vez completada a sutura. Fazemos o mesmo reforço com fita adesiva cirúrgica. Sutura Continua Excepcionalmente podemos utilizar este tipo de sutura, porém seus resultados deixam muito a desejar. Sua maior indicação reside naqueles casos em que temos grandes extensões a suturar e pretendemos ganhar tempo. É importante salientar, porém, que a pressa é inimiga da perfeição, e um cirurgião apressado é cirurgião malfadado. Em cirurgia não se deve perder tempo, mas não se deve correr. Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar 26 A sutura continua simples trata-se apenas de sucessivos pontos simples que não são atados individualmente, mas o fio mantém sua continuidade (figura C). Esta sutura também pode ser feita com pontos passados, sendo denominada sutura continua festonada e permite um resultado superior à continua simples. A cada passada de ponto, o fio passa debaixo de si mesmo, na saída da pele, proporcionando fixações mais simétricas do que no caso anterior (figura D). A sutura continua ainda pode ser feita com passagem pelas bordas, tipo Donati. Acreditamos que esse tipo de sutura pode proporcionar um excelente resultado, uma vez que não permite a invaginação, tão comum nas suturas continuas (figura E). Da mesma forma que nos demais tipos de sutura, aqui também a tensão exagerada dos pontos será prejudicial à cicatrização. Sutura Intradérmica Trata-se de uma excelente sutura, cuja principal característica é proporcionar um perfeito apropinquamento das bordas, sem deixar qualquer marca de ponto. A sutura intradermica é uma sutura contínua, em que, o fio vai traçando debaixo da pele, pegando pequenas quantidades de derme de um lado e do outro, aproximando, com precisão as bordas da ferida. Sua execução não é simples, exigindo um bom treino para se obter seus melhores resultados. Ela pode ser feita com fio inabsorvível, de preferência absoluta para os fios de nylon monofilamento, ou com fio absorvível, de preferência absoluta para os fios de ácido poliglicólico, uma vez que o categute provoca reações mais ou menos intensas. Mas sempre fios já montados em agulha, e não com agulhas de sutura comum. Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Máquina de escrever Fio 4.0 é o ideal. Exceto em peles extremamente finas, nas quais o 5.0 deve ser utilizado. 27 Quando se utiliza o fio inabsorvível (nylon), a cada duas ou três passadas é importante verificar-se se o fio desliza facilmente, pois, caso contrário, na época da retirada do fio, este poderá não sair, trazendo alguns aborrecimentos. Se ele romper dentro da ferida, a solução será deixa-lo Ia, na expectativa de que o organismo o aceitebem. Se não, aguardar sua exteriorização por rejeição do organismo, quando então ele será retirado em fragmentos. Para obter um bom deslizamento, além de se usar um fio monofilamentado e sem rugosidade, é preciso que a passagem do fio seja sempre um pouquinho na frente do nível de saída do ponto anterior. Este ponto pode ser deixado por períodos mais Iongos do que os pontos externos, pois não há risco de se deixar marcas de pontos. Já quando se usa o fio absorvível, a passagem do fio será sempre no nível exato de saída ou um pouquinho atrás, para que o ponto continuo fique bem travado. No caso de fio absorvível, este não será retirado, apenas suas extremidades serão cortadas ao fim de 5 dias, após ligeira tração, para que a ponta cortada volte para dentro da pele, permanecendo bem sepultada. O diâmetro ideal do fio, tanto absorvível quanto inabsorvível.para estas suturas é o de numero 4-0, exceto em pele demasiadamente fina, onde o 5-0 poderá ser utilizado. Uma vez completada a sutura, será feito o mesmo reforço com as fitas de adesivo cirúrgico microporoso. Este adesivo pode ser deixado até uma semana, pois, sendo poroso, permite que a fisiologia normal da pele se processe sem interrupção, além disso, seu grau de aderência permite que o paciente tome banho sem que ele se solte. Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Máquina de escrever Fio absorvível: a inser ção do fio deve ser no nível ou antes do ponto de saída da agulha. No fio inabsorvível a inserção deverá ser feita um pouco mais para frente, Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar 28 Ponto de ângulo: Quando temos uma ferida em ângulo, devemos evitar os pontos que tracionam o retalho, diretamente sobre o vértice da lesão, ou que tracionam o retalho, através de dois pontos, de um lado e do outro, do vértice. Todos os dois tipos de conduta levarão fatalmente a uma necrose da ponta, por interrupção da vascularização da extremidade. Um ponto que proporciona excelentes resultados, tanto no aspecto de aproximação das bordas como na preservação da vascularização, é o ponto em U, dado no sentido horizontal, sem transfixar a pele do retalho. Esse ponto deve ser dado cuidando-se para que a altura da saída do fio de uma borda da ferida seja idêntica a do lado oposto, caso contrário, poderemos invaginar a ponta ou levantá-la em demasia. A distribuição equânime de tecidos proporcionará um excelente resultado. O ponto, ao passar pela extremidade do retalho, o fará em nível dérmico ou subdérmico, e nunca no tecido adiposo, que não tem firmeza suficiente para sustentar o ponto. Retirada dos pontos A retirada de pontos também possui sua técnica e sua arte, a começar pelo momento ideal de sua retirada. Deve-se evitar, sempre que possível, a permanência exagerada dos pontos externos, na pele. Para tanto, na face, devido a sua facilidade de cicatrização, tiramos os pontos em torno de 5 dias pós-sutura. Em outras regiões do corpo, deixamos cerca de 7 dias, e nos membros inferiores, devido a sua fraca capacidade de cicatrização, deixamos até 12 dias. Para se retirar os pontos, devemos utilizar uma pinça bem sensível, que pegue realmente os fios, e uma tesoura de ponta fina e bem afiada, para não ficarmos Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar 29 mascando os pontos e traumatizando a região recém-ferida (figura A). Com a pinça, pegamos uma extremidade do fio e levantamos ligeiramente, expondo seu ponto de penetração na pele. A tesoura irá, neste ponto, cortando o fio exatamente na transição entre a parte externa e interna do fio. Assim, quando tracionarmos o fio, a parte externa não passará por dentro da ferida, contaminando-a. Se, durante a retirada dos pontos, notamos algum sinal indicativo de deiscência em formação, deixamos alguns pontos de ancoragem, além do reforço de um adesivo. Depois de 2 a 3 dias, faremos a retirada destes pontos e manteremos o adesivo. Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar 30 4-FERIDAS E CURATIVOS Introdução As feridas são consequência de uma agressão por um agente ao tecido. O tratamento de feridas se refere à proteção de lesões contra a ação de agentes externos físicos, mecânicos ou biológicos, tendo como objetivo reduzir, prevenir e/ou minimizar os riscos de complicações decorrentes. Antes da seleção e aplicação de um curativo, é necessária uma avaliação completa da ferida, do seu grau de contaminação, da maneira como esta ferida foi produzida, dos fatores locais e sistêmicos e da presença de exsudato, como forma de agilizar o processo de cicatrização e proteger a ferida. A utilização do curativo é necessária exatamente por permitir essa cicatrização rápida e natural além de evitar infecção da mesma. É possível listar essas e outras finalidades dos curativos: Evitar a contaminação de feridas limpas; Facilitar a cicatrização; Reduzir a infecção nas lesões contaminadas; Absorver secreções; Promover a hemostasia com os curativos compressivos; Manter o contato de medicamentos junto à ferida; Promover conforto ao paciente. Podemos considerar um curativo ideal aquele que: Mantém alta umidade: nada de curativos secos em feridas abertas. Não há necessidade de secar feridas abertas, somente a pele ao redor dela. Remove o excesso de exsudato: o curativo deve ter um pouco de absorvência. Isolador térmico: as feridas não devem ser limpas com loções frias. Os curativos não devem permanecer removidos por longos períodos de tempo (isso também permite que a ferida resseque). Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Máquina de escrever Umidade na ferida é algo bom para ela. Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar 31 Impermeável às bactérias: os esparadrapos devem ser aplicados como uma moldura de quadro e cobrir toda a gaze. Se ocorrer um excesso de exsudato, deve-se trocar o curativo. Isento de partículas e de microrganismos: não se deve usar lã de algodão ou qualquer gaze desfiada. Não se deve cortar a gaze, pois ela irá desfiar. Só deve-se usar gaze estéril e não reutilizar um pacote aberto. Retirado sem trauma: irrigar antes de retirar o curativo para evitar traumas, e, consequentemente a remoção de tecido viável. Curativo asséptico: quando necessário, utilizar luvas estéreis e material estéril. Tipos de Curativos Semi-oclusivo: curativo absorvente, comumenteutilizado em feridas cirúrgicas. Possui diversas vantagens: permite a exposição da ferida ao ar, absorve exsudato e o isola da pele saudável adjacente. Oclusivo: não permite a passagem de ar ou fluidos, funcionando como uma barreira contra bactérias. Tem como vantagens: vedar a ferida, impedir a perda de fluidos, promover o isolamento térmico e de terminações nervosas e impedir a formação de crostas. Compressivo: utilizado para reduzir o fluxo sanguíneo, ou promover estase, e auxiliar na aproximação das extremidades do ferimento. Sutura com fita adesiva: após a limpeza da ferida, as bordas do tecido seccionado são unidas e a fita adesiva é fixada. Esse tipo de curativo é apropriado para cortes superficiais e de pequena extensão. Curativos abertos: são realizados em ferimentos descobertos e que não têm necessidade de serem ocluídos. Algumas feridas cirúrgicas (após 24 horas), cortes pequenos ou escoriações, queimaduras, são exemplos desse tipo de curativo. * Seco: fechado com gaze ou compressa seca. * Úmidos: fechado com gaze ou compressa umedecida, com pomada ou soluções prescritas. Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Máquina de escrever Semi-oclusivo; Oclusivo; Compressivo; Sutura com fita adesiva; Curativos abertos; Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar 32 * Drenagens: usado em ferimentos com grande quantidade de exsudato, coloca-se dreno (penrouse ou Kehr), tubos, cateteres ou bolsas de colostomia. Descrição da Técnica Lavar as mãos. Orientar o paciente e/ou o acompanhante sobre o que será feito. Realizar a limpeza da pele adjacente à ferida. Realizar a limpeza da área menos contaminada para a mais contaminada, evitando movimentos de “vai e vem” (nas feridas cirúrgicas, a área mais contaminada é a pele localizada ao redor da ferida, ao passo que nas feridas infectadas, a área mais contaminada é a do interior da ferida). Secar a pele ao redor da ferida sem tocar em seu leito. Adequar o curativo ao tamanho da ferida. Remover secreções, corpos estranhos e tecido necrótico. Lavar a ferida com soro fisiológico em jato ou com solução antisséptica (em feridas infectadas, quando houver sujidade e no local de inserção dos cateteres centrais). Utilizar cada gaze uma única vez. Proteger a área da lesão com gaze em quantidade suficiente para cobri- la. Fixar o curativo com atadura ou esparadrapo. Desprezar os materiais descartáveis usados no saco para lixo. Reunir os materiais e guardá-los. Lavar as mãos. Anotar o procedimento em impresso próprio, no prontuário do cliente. Substâncias utilizadas no cuidado das feridas As substâncias utilizadas no tratamento das feridas são, basicamente, com finalidade de limpeza das mesmas. Os objetivos são retirar toda matéria estranha, como debris, fibrina, tecido necrosado, além de remover os resíduos do curativo anterior. Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar 33 Solução de Cloreto de Sódio a 0,9% (Solução Salina) Este é o único agente totalmente seguro, constituindo o tratamento de escolha para a maioria das feridas. E usada para lavar a ferida e para limpar os seus tecidos desvitalizados como uma primeira abordagem, a qual se segue o tratamento definitivo com os outros agentes. Antissépticos O tipo de substância mais comumente utilizada nos curativos é um antisséptico que pode ser definido como um desinfetante não-tóxico que pode ser aplicado à pele ou em tecidos vivos e tem a capacidade de destruir compostos vegetativos como bactéria, impedindo o seu crescimento Água oxigenada O peróxido de hidrogênio a 3% (10 volumes) tem um efeito oxidante que destrói as bactérias anaeróbias. Seu efeito desaparece quando entra em contato com matérias orgânicas como pus ou gaze de algodão. O efeito oxidante também é benéfico na remoção dos tecidos mortos das feridas. Sua utilização deve ser restrita as feridas com tecidos desvitalizados. Iodo Este é utilizado normalmente como um iodo-povidona 10% (PVP-I 10%) que contém 1% de iodo livre. A desvantagem da PVP-I é que essa solução retarda a cicatrização e é citotóxica para os fibroblastos. A utilização da PVP-I deve ser restrita ao uso por curto prazo nas feridas infectadas onde a terapia antibiótica não e apropriada. Permanganato de potássio É o antisséptico mais usado em casos de exsudação eczematosa, que ocorre principalmente em úlceras de perna. Pode ser encontrado na forma de pó ou de comprimidos de I00 mg que podem ser dissolvidos em um volume de água correspondente a concentração que se deseja. Deve-se alertar o paciente de que o permanganato pode provocar manchas na pele. Clorexidina É amplamente utilizada em uma serie de fórmulas aquosas. E é eficaz contra microrganismos gram-positivos e gram-negativos, além de possuir baixa toxicidade celular. Sua atividade antimicrobiana pode ser prolongada se impregnada em um curativo. Entretanto, sua eficácia e rapidamente reduzida Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Máquina de escrever Boa para matar bactérias Aeróbias e remoção de tecidos mortos das feri das. Seu efeito desaparece quando entra em conta to com matéria orgânica ou pus. Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Máquina de escrever Tem a desvantagem de retardar a cicatrização e é citotóxica aos fibro blastos. Deve ser utili zada em ferimentos infectados e por pouco tempo. Victor Gabriel Máquina de escrever Muito usada no DERMATOLOGIA Victor Gabriel Máquina de escrever Excelente para G- e +. Baixa toxicidade Eficácia reduzida se contato com matéria orgãnica ou pus - tal como o peróxido de hidrogênio 34 na presença de matérias orgânicas como pus ou sangue. Às vezes é combinada com cetrimida. Antibióticos Vários antibióticos estão disponíveis na forma de aplicação tópica. Eles são potencialmente perigosos e nem sempre são absorvidospela ferida, quando se trata de feridas infectadas. Os antibióticos sistêmicos são os medicamentos de escolha, pois o foco de infecção pode estar a uma profundidade tal que o antibiótico tópico não possa alcançar. Bacitracina + neomicina A associação de bacitracina + neomicina contém dois antibióticos que juntos inibem o crescimento de vários tipos de bactérias. É um medicamento indicado para o tratamento de infecções da pele e/ou de mucosas, causadas por diferentes bactérias, como por exemplo: nas “dobras” da pele, ao redor dos pelos, na parte de fora da orelha, nos furúnculos, nas lesões com pus, na acne infectada, nas feridas abertas (como úlceras na pele) e nas queimaduras de pele. Também é indicado para prevenir infecções de pele e/ou de mucosas após ferimentos, cortes (inclusive de cirurgias) e queimaduras pequenas. No entanto se o agente infectante for estafilococo então o antibiótico deve ser outro. Na maioria dos casos, pode-se observar a melhora da lesão cerca de dois ou três dias após o início do tratamento, sendo que sua ação tem início logo após sua aplicação. Contudo, a resposta ao tratamento depende, dentre outros fatores, do tamanho e tipo da lesão e da defesa do organismo do paciente. Você não deve usar se tiver alergia à neomicina, aos antibióticos aminoglicosídeos e outros componentes da fórmula. Você também não deve usar se tiver perda da função dos rins (insuficiência renal grave) ou se você já teve ou tem problemas de audição ou de equilíbrio (sistema labiríntico). Este medicamento está contraindicado para bebês prematuros, recém-nascidos e lactantes. Antes de você aplicar o produto, lave a região afetada com água e sabão, e seque cuidadosamente o local. Aplique uma fina camada do produto, 2 a 5 vezes ao dia com o auxílio de uma gaze. Depois da aplicação, você pode proteger a região tratada com gaze. Mantenha o tratamento por mais 2 a 3 Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Máquina de escrever Os SISTÊMICOS são os de escolha Victor Gabriel Máquina de escrever Útil no impetigo, por exemplo, PORÉM NÃO SÃO BONS PARA O ESTAFILO Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Máquina de escrever Não usar antes dos 2 anos ou lactentes. Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar 35 dias, após os sintomas terem desaparecido. Para que não ocorra um excesso da absorção do medicamento para o sangue, quando você aplicar em grandes áreas ou queimaduras, o tratamento deve ser feito por poucos dias (no máximo 8 a 10 dias). Sulfadiazina de prata A sulfadiazina de prata é um agente cicatrizante e antimicrobiano tópico na terapia de queimaduras, feridas cirúrgicas, úlceras e escaras infectadas, sendo eficaz contra Pseudomonas e Staphylococcus aureus. Sua ação inicia-se no momento da aplicação. Este medicamento é contraindicado para uso por gestantes no final da gestação, em crianças prematuras e recém-natos nos dois primeiros meses de vida. Ela não deve ser utilizada em pacientes alérgicos às sulfas e aos demais componentes da formulação. Pode apresentar neutropenia como efeito adverso. Após a limpeza da lesão, aplicar uma camada de creme e cobrir com um curativo secundário (gaze ou outro). Caso após a aplicação o produto fique exposto à luz, alterações na coloração do mesmo podem ocorrer. Aplicar uma vez ao dia. Pode ser aplicado duas vezes ao dia no caso de lesões muito exsudativas (úmidas). Ácidos Graxos Essenciais (AGE) - Dersani® Os ácidos graxos essenciais é um óleo vegetal composto por ácido linoleico, ácido caprílico, ácido cáprico, vitamina A, E e lecitina de soja. Ele promove a quimiotaxia e a angiogênese, mantém o meio úmido e acelera o processo de granulação tecidual. A aplicação em pele íntegra tem grande absorção, forma uma película protetora na pele, previne escoriações devido à alta capacidade de hidratação e proporciona nutrição celular local. É indicado para prevenção de úlceras de pressão, feridas abertas superficiais com ou sem infecção. Para realizar sua aplicação deve-se remover o exsudato e o tecido desvitalizado. Espalhar o AGE no leito da ferida ou embeber gazes estéreis de contato o suficiente para manter o leito da ferida úmido até a próxima troca. Ocluir com cobertura secundária estéril de gaze e fixar. Deve ser realizado a troca sempre que o curativo secundário estiver saturado ou, no máximo, a cada 24 horas. Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Máquina de escrever Não usar no final da gestação e nos 2 primeiros m de vida. Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar 36 Colagenase A colagenase é uma preparação proteolítica enzimática que apresenta-se constituída por uma série de peptidases, das quais o componente principal é a colagenase. É utilizada como agente desbridante em lesões superficiais, promovendo a limpeza enzimática das áreas lesadas e retirando ou dissolvendo, enzimaticamente, necroses e crostas. A limpeza completa da lesão ocorre num período de 1 a 14 dias, sendo que na maioria dos casos a ação da pomada torna-se evidente nos primeiros 6 dias de tratamento. O colágeno de tecidos saudáveis ou de tecidos de granulação recentemente formados não é atacado pela colagenase. Porém, não se deve usar na ausência de tecido desvitalizado ou necrosado. Para aplicação é necessário remover primeiramente todo o material necrosado. Limpar a lesão com solução fisiológica, não secando totalmente, pois a enzima tem a ação enzimática aumentada na presença de umidade. Aplicar uniformemente, com espessura de cerca de 2 mm. Nas necroses crostadas para obter-se um melhor efeito, recomenda-se abrir um corte no centro e em alguns casos nas margens, seguido da aplicação da pomada, tanto por baixo da crosta como por cima. O material necrótico completamente seco ou duro deve ser amolecido antes da aplicação da pomada, por meio de compressas úmidas. Após a aplicação da pomada, cobrir a lesão com gaze e umedecê-la com água destilada ou solução de cloreto de sódio 0,9%. O curativo deve ser trocado diariamente e a ação pode ser aumentada repetindo-se a aplicação duas vezes ao dia. A cada troca de curativo deve ser removido todo o material necrótico desprendido, com auxílio de pinça, espátula ou por lavagem, tendo o cuidado de não utilizar detergentes, sabões ou solução antisséptica (álcool iodado, mercúrio cromo, etc.), pois estes produtos inativam a ação da colagenase. Alginato de cálcio O alginato de cálcio eproduzido a partir de fibras de puro alginato de cálcio derivado de algas marinhas. Ele atua com o sódio presente no exsudato e no sangue interagindo com o cálcio presente no curativo. A troca iônica auxilia no desbridamento autolítico, tem alta capacidade de absorção, resulta na Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar 37 formação de um gel que mantém o meio úmido para a cicatrização e induz a hemostasia. Ele esta indicado para feridas abertas, sangrantes, altamente exsudativas com ou sem infecção, até a redução do exsudato. Ele possui elevado poder de absorção e eficiente estímulo à granulação. E não deve ser usado em lesões superficiais com pouca ou nenhuma exsudação e queimaduras. Para sua aplicação deve-se remover o exsudato e o tecido desvitalizado. Modelar no interior da ferida umedecendo a fibra com solução fisiológica. Não deixar que a fibra de alginato ultrapasse a borda da ferida, pois poderá lesar as bordas da ferida pela sua função autolítica. Ocluir com cobertura secundária estéril. A troca deve ser feita em feridas infectadas (24 horas), feridas limpas com sangramento (48 horas), feridas limpas ou exsudação intensa (quando saturar). Trocar o curativo secundário sempre que estiver saturado. Hidrogel O hidrogel é um gel transparente, incolor, composto por água, carboximetilcelulose (CMC-2,3%) e propilenoglicol (PPG-20%). Ele atua amolecendo e removendo tecido desvitalizado através de desbridamento autolítico, e promove sensação de alívio na ferida. A água mantém o meio úmido, o CMC facilita a re-hidratação celular e o desbridamento. O PPG estimula a liberação de exsudato. Ele esta indicado para feridas superficiais moderada ou baixa exsudação, uma vez que remove as crostas, fibrinas, tecidos desvitalizados ou necrosados. Não deve ser usado em pele íntegra e incisões cirúrgicas fechadas. Para sua aplicação é necessário lavar o leito da ferida. Espalhar o curativo ou introduzi-lo na cavidade assepticamente. Ocluir a ferida com cobertura secundária estéril. Sua troca deve ser realizado a cada um a três dias, dependendo da quantidade de exsudato. O hidrogel apresenta como desvantagem uma desidratação rapida e ser relativamente caro. Hidrocoloide O hidrocoloide é composto por uma camada externa de espuma de poliuretano e outra interna composta de gelatina, pectina e carboximetilcelulose sódica. Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar 38 Ele atua estimulando a angiogênese e o desbridamento autolítico, acelerando o processo de granulação tecidual. Com isso, está indicado para feridas abertas não infectadas, com leve a moderada exsudação, como as úlceras de pressão não infectadas. Não deve ser utilizado em feridas colonizadas ou infectadas, feridas com tecido desvitalizado ou necrose e queimaduras de 3° grau. Para aplicação deve-se lavar a ferida e escolher o hidrocolóide, com diâmetro que ultrapasse a borda da ferida pelo menos 3 cm. Sua troca deve ser feita a cada um a sete dias, dependendo da quantidade de exsudação. Ele apresenta como vantagem ser à prova d’água e lavável, reter odores, apresentar boa aparência e formas variadas que possibilitam adequação à área cruenta, podendo inclusive ser empregado em lesões da articulações. Porém, a pele poderá ficar macerada se a exsudação se tornar abundante Carvão ativado O carvão ativado é composto por tecido carbonizado e impregnado com nitrato de prata a 0,15%, envolto por camada de tecido sem carvão ativado. Ele atua absorvendo o exsudato e filtrando o odor, além da prata exercer ação bactericida. Com isso, está indicada para feridas fétidas, infectadas e exsudativas. Não deve ser usada em feridas limpas e lesões de queimaduras. Para aplicar deve ser removido o exsudato e o tecido desvitalizado. Colocar o curativo de carvão ativado sobre a ferida.e oclui-la com cobertura secundária estéril. Sua troca é feita a cada 1-4 dias, dependendo da quantidade de exsudação. O carvão ativado é um método eficaz para controle do mau odor e é de fácil aplicação. Apresenta como desvantagem o fato de não poder ser cortado, pois ocorre liberação do carvão e da prata. Princípios gerais do tratamento das feridas por uso de drenos Os drenos de feridas são usados com o intuito de se manter um canal para a drenagem do líquido, o qual, caso contrário, poderia se acumular na ferida. Esse líquido pode ser sangue, pus, exsudato, bile, urina ou secreção entérica. Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar 39 Os drenos de tórax, embora sejam fechados, têm um mecanismo de drenagem diferente, pois o objetivo é permitir que o ar da cavidade pleural escape através do dreno e borbulhe na água do recipiente coletor. Por esse motivo, o vácuo do recipiente não e necessário. Este tipo de dreno será melhor abordado no capítulo de procedimentos torácicos. Drenos abdominais Existem os drenos com coletores a vácuo (Ex.:Portovac), que drenam contra a força de gravidade. A vantagem desse sistema de sucção é impedir a lesão cutânea, no caso de secreções irritantes, além de permitir a mensuração segura do volume de drenagem removido. As secreções são direcionadas nos reservatórios, e é possível avaliar a coloração e o aspecto delas. Os drenos laminares (Penrose) são achatados, maleáveis, feitos de borracha sintética ou de plástico siliconizado. Ocorre condução do efluente diretamente, funcionando por capilaridade. A extremidade distal do dreno deve ser fixada com um fio inabsorvível e deve ser colocado gaze e micropore ou saco coletor no orifício de saída. Os drenos não devem ser colocados em espaços articulares e ao longo de bainha tendinosas, pois ocasionam reação excessiva e prejudicial à função. Nas proximidades de tendões, nervos, grandes vasos sanguíneos e órgãos sólidos, só devem ser usados drenos moles; caso contrário, pode ocorres necrose de tais estruturas vitais. Os drenos atuam como um corpo estranho e ocasionam uma resposta tecidual com secreção em pequena quantidade, que desaparece após a retirada deles. Deve-se lembrar que o dreno é “uma via de mão dupla” e dessa forma, permite o acesso de bactérias que podem desenvolver infecção local ou invasiva. Curativos cuidadosos, trocas frequentes e remoção do dreno, sempre que possível, reduzem a possibilidade de infecção significativa. Devido o fato de permitir infecção bacteriana e impedir o fechamento da ferida, não se deve colocar o dreno pela incisão cirúrgica. Os drenos colocados profilaticamente devem ser removidos tão logo seja evidente que não há mais drenagem significativa, sem necessidade de tração progressiva. Os colocados terapeuticamente são mantidos no local enquanto Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor Gabriel Destacar Victor
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