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APOSTILA LACC 2019 - Atualizada

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FACULDADE DE MEDICINA 
 
2017 
 
1 
 
AUTOR 
Yuri Arruda Queiroz Velloso (fundador da LACC) 
 
CO-AUTORES 
Andressa Brandão Marthon (fundadora da LACC) 
Cassio Grigório Vargas (fundador da LACC) 
Gabriela Rossi Ladeira Herrera Flores (fundadora da LACC) 
Matheus Abreu Lima Alexandre 
Paulo Cesar Maia Lima Junior (fundador da LACC) 
Paulo César Martins Bitarães 
Vanessa Carvalho Marçal de Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
 
1- Instrumentação cirúrgica.............................................................03 
2 - Agulhas e Fios cirúrgicos...........................................................16 
3 -Tipos de sutura............................................................................22 
4 - Feridas e curativos.....................................................................30 
5 - Assepsia e antissepsia...............................................................51 
6 – Acessos venosos centrais.........................................................56 
7 – Procedimentos torácicos...........................................................61 
8 – Procedimentos abdominais.......................................................68 
9 - Pré e pós-operatório...................................................................73 
10 - Semiologia do abdome.............................................................88 
11 – Hérnias....................................................................................97 
12 - Abdome agudo......................................................................102 
13 - Abdome agudo inflamatório...................................................109 
14 - Abdome agudo perfurativo.....................................................122 
15 - Abdome agudo vascular.........................................................126 
16 - Abdome agudo obstrutivo.......................................................129 
17 – Abdome agudo hemorrágico.................................................133 
18 – Trauma hepático...................................................................135 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 1-INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA 
 
Introdução 
O ato cirúrgico era praticado bem antes do aparecimento de instrumental 
sofisticado, sendo utilizados bisturis de pedra, pederneiros amolados e dentes 
de animais. Com a utilização do aço inoxidável, foi propiciado um material 
superior para a fabricação de instrumentais cirúrgicos. 
A introdução da anestesia em 1840 e a adoção da técnica de antissepsia de 
Lister, por volta de 1880, influenciaram fortemente a confecção do instrumental 
cirúrgico, já que permitiram ao cirurgião trabalhar de forma mais lenta e eficaz, 
realizando procedimentos mais longos e mais complexos. 
A forma dos instrumentais tem sido criada com base na capacidade de o 
cirurgião visualizar, manobrar, diagnosticar e manipular o tecido com uma 
instrumentação cada vez melhor. 
 
Classificação 
Os instrumentais cirúrgicos são classificados de acordo com sua função ou uso 
principal (pois a maioria deles possui mais de uma utilidade) e também quanto 
ao tempo de utilização no ato operatório. Dessa forma, distribuem-se em 
categorias de acordo com os tempos operatórios em que são utilizados, que 
têm início a partir da diérese, que apresenta como objetivo criar vias de acesso 
através dos tecidos por meio de bisturis e tesouras. Criadas essas vias, faz-se 
necessária a manipulação de algumas estruturas, o que é desempenhado 
durante a preensão, com as pinças de preensão. Segue-se, então, com a 
hemostasia, que visa conter ou prevenir os sangramentos durante o ato 
operatório, tendo como instrumentais principais as pinças hemostáticas. 
Concluídos os tempos de diérese, preensão e hemostasia, o campo operatório 
encontra-se ideal para o afastamento de estruturas, a fim de se possibilitar uma 
melhor visualização do mesmo, o que ocorre durante a exposição com o 
auxílio dos afastadores. 
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Máquina de escrever
Classificação segundo: Função ou uso principal; Tempo de utilização no ato operatório.
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Máquina de escrever
Anestesia 1840
Técnica de antissepsia de 
Lister 1880.

Possibilitaram ao cirur
gião trabalhar de form
a mais lenta e eficaz.
Victor Gabriel
Máquina de escrever
Temos 6 tempos cirúrgicos: Diérese; Preensão; Hemostasia; Exposição; Especial; e Síntese. 
4 
 
Então, o cirurgião encontra-se apto para desempenhar os procedimentos 
peculiares da cirurgia, durante o tempo especial, no qual se utiliza 
instrumentais específicos de acordo com a especialidade cirúrgica. Concluídos 
esses procedimentos, é necessário que seja realizada a síntese, que visa unir 
os tecidos seccionados ou ressecados durante a cirurgia, utilizando para isso 
os porta-agulhas. 
Esquematizando: 
TEMPO FUNÇÃO INSTRUMENTAL 
Diérese 
 
Criar vias de 
acesso 
 
Bisturis e tesouras 
Preensão 
 
Manipulação de 
estruturas 
 
Pinças de Preensão 
Hemostasia 
 
Conter ou 
prevenir 
sangramentos 
 
Pinças hemostáticas 
Exposição 
 
Expor o campo 
operatório 
 
Afastadores 
Especial 
 
De acordo com a 
especialidade 
cirúrgica 
 
Peculiares 
Síntese 
 
Unir tecidos 
seccionados e 
ressecados 
 
Porta-Agulhas 
 
 
 
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Máquina de escrever
Através dos tecidos
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Máquina de escrever
Afastamento de estruturas para melhor
visualização.
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Máquina de escrever
Procedimentos peculiares 
Victor Gabriel
Máquina de escrever
Instrumentais específicos
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Instrumentais cirúrgicos 
 
Instrumentais de diérese 
a) Bisturi: É utilizado para incisões ou dissecções de estruturas. Caracterizado 
por um cabo reto, no qual é acoplada uma variedade de lâminas descartáveis e 
removíveis. O cabo nº 3 é destinado para lâminas pequenas, das de número 9 
às de número 17, em incisões mais delicadas. Já o cabo número 4 é destinado 
para lâminas maiores, das de número 18 às de número 50. 
 
 
 Acima, o cabo do bisturi acoplado à lâmina e, abaixo, o cabo isolado, apresentando o colo em destaque 
 
A lâmina deve ser encaixada no colo do cabo de bisturi com o auxílio de uma 
pinça hemostática reta, mantendo a face cortante voltada para baixo. 
 
 
 
 
 
 
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Máquina de escrever
Cabo 3 → Vâminas pequenas (9-17) para incisões mais delicadas
Cabo 4 → lâminas maiores (17 - 50) incisões maiores
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Máquina de escrever
Cabo reto
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Máquina de escrever
Lâmina deve ser encaixada no colo do bisturi com o auxílio de uma
pinça hemostática reta. A face cortante deve sempre permanecer voltada para baixo
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Máquina de escrever
Cortar ou separar
em partes
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O bisturi é empunhado de duasformas principais: 
 
 
 Empunhadura do tipo lápis Empunhadura do tipo arco-de-violino 
 
b) Tesouras: Têm como função principal efetuar a secção ou a divulsão de 
tecidos orgânicos, além de seccionar materiais cirúrgicos, como gaze, fios, 
borrachas, entre outros. As tesouras variam no tamanho, no formato da ponta e 
na curvatura (retas ou curvas), cada uma com uma finalidade específica, 
adequada a cada fase do ato operatório e à especialidade cirúrgica. 
 
 
 Tesoura de Metzenbaum (acima) e tesoura de Mayo (abaixo). 
 
- Tesoura de Metzenbaum: pode ser reta ou curva, sendo utilizada para a 
diérese de tecidos orgânicos, uma vez que é considerada menos traumática, 
por apresentar sua extremidade distal mais delicada e estreita. 
 
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Máquina de escrever
Tesoura de Metzenbaum: pode ser curva ou reta. É utilizada para a secção de tecidos biológicos, por apresentar a ponta delicada e estreita e menos traumática
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Tesoura de Mayo: pode ser reta ou curva, predominantemente a reta. É utilizada para a secção de fios e outros materiais curúrgicos, já que apresenta a extremidade distal mais grosseira, sendo mais traumática. 
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Máquina de escrever
Arrancar ou separar ou cortar: Tecidos orgânicos
 Materiais cirúrgicos
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Variam segundo:
Tamanho;
Formato da ponta;
Curvatura
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- Tesoura de Mayo: Pode se apresentar curva ou reta, porém, 
predominantemente existirá a reta no bloco. É utilizada para a secção de fios e 
outros materiais cirúrgicos em superfícies ou em cavidades, uma vez que é 
considerada mais traumática que a de Metzenbaum, por apresentar sua 
extremidade distal mais grosseira. 
 
 
 Empunhadura de uma tesoura 
 
 
 
Instrumentais de preensão 
São destinadas à manipulação e à preensão de órgãos, tecidos ou estruturas. 
Os modelos básicos são: 
 
a) Pinça de Adson: A pinça de Adson, por apresentar uma extremidade distal 
estreita e dessa forma, uma menor superfície de contato, é utilizada em 
cirurgias mais delicadas, como as pediátricas. São encontradas em três tipos: 
 
 Atraumática Adson dente de rato Traumática 
 
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Máquina de escrever
Agarrar ou segurar.
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Ranhuras transversais em toda
a extremidade distal
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b) Pinça anatômica: com ranhuras finas e transversais, possuindo uma 
utilização universal. 
 
 
c) Pinça dente de rato: por apresentar dentes em sua extremidade, é utilizada 
na preensão de tecidos mais grosseiros, como plano muscular e aponeurose. 
 
 
 Pinça dente de rato Empunhadura de pinça 
 
 
Instrumentais de hemostasia 
A hemostasia é um dos tempos fundamentais da cirurgia e tem por objetivo 
prevenir ou corrigir as hemorragias, evitando, dessa forma, o comprometimento 
do estado hemodinâmico do paciente, além de impedir a formação de coleções 
sanguíneas e coágulos no período pós-operatório, fenômeno este que 
predispõe o paciente a infecções. 
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Preensão de tecidos mais grosseiros como: plano muscular e aponeuroses 
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Estruturalmente, essas pinças guardam semelhança com as tesouras, 
apresentando argolas para empunhadura. Diferem, no entanto, das tesouras 
por apresentarem cremalheira, uma estrutura localizada entre as argolas que 
tem por finalidade manter o instrumental fechado de maneira auto-estática, 
oferecendo diferentes níveis de pressão de fechamento. 
 
 Cremalheira 
 
a) Kelly e Crile: apresentam ranhuras transversais na face interna de suas 
pontas e podem ser retas ou curvas. As retas, também chamadas pinças de 
reparo, são utilizadas para o pinçamento de material cirúrgico como fios e 
drenos de borracha, enquanto que as curvas são destinadas ao pinçamento de 
vasos e tecidos pouco grosseiros. A diferença entre as referidas pinças 
consiste no fato de que as ranhuras transversais da pinça de Crile estão 
presentes ao longo de toda a face interna de sua ponta, enquanto as da pinça 
de Kelly estendem-se aproximadamente até a metade. 
 
 Kelly Crile 
 
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Máquina de escrever
Cremalheira é um trilho dentado no qual engrenagens podem se movimentar.
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Máquina de escrever
As retas são as pinças de reparo e são utilizadas para
pinçamento de material cirúrgico. As curvas são utili
zadas para o pinçamento de vasos e tecidos pouco grosseiros. 
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Ranhuras transversais por tuda a sua face interna da extremindade
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Ranhuras transversais até a metade
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Máquina de escrever
Possibilita o fechamento auto-estático.
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b) Kocher: embora classificada como instrumental de hemostasia, não é 
habitualmente empregada para esta finalidade, uma vez que apresenta dentes 
em sua extremidade. Seu uso mais habitual é na preensão e tração de tecidos 
grosseiros como aponeuroses. 
 
 
 
Instrumentais de exposição 
São representados por afastadores, que são elementos mecânicos destinados 
a facilitar a exposição do campo operatório, afastando as bordas da ferida 
operatória e outras estruturas, de forma a permitir a exposição de planos 
anatômicos ou órgãos subjacentes, facilitando o ato operatório. 
 
a) Afastador de Farabeuf: apresenta-se em formato de “C” característico, 
sendo utilizado no afastamento de pele, tecido celular subcutâneo e músculos 
superficiais. 
 
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Máquina de escrever
Afastadores:
Farabeuf;
Doyen;
Deaver;
Válvula Maleável;
Afastador de Gosset ou Laparostato;
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Máquina de escrever
Apresenta dente em sua extremidade. Utilizada para preensão de de tecidos grosseiros como aponeuroses. Assemelha-sea uma
pinça dente de rato, por~em apresenta argolha de empunhadura e cremalheira.
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b) Afastador de Doyen: por se apresentar em ângulo reto e ter ampla 
superfície de contato, é utilizado primordialmente em cirurgias abdominais. 
 
 
 
c) Afastador de Deaver: por apresentar sua extremidade distal em formato de 
meia lua, análoga ao desenho de contorno dos pulmões, é amplamente 
utilizado em cirurgias torácicas, podendo também ser utilizado em cirurgias 
abdominais. 
 
 
 
 
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ângulo reto e com ampla superfície de contato. Útil em cirurgias abdominais.
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Possui uma curvatura, tal como a dos pulmões. Útil principalmente para cirurgias torácicas, pode ser usado nas abdominais
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d) Válvula Maleável: empregada tanto em cirurgias na cavidade torácica, 
quanto na cavidade abdominal. Por ser flexível, pode alcançar qualquer tipo de 
formato ou curvatura, sendo, portanto, adaptável a qualquer eventual 
necessidade que venha a surgir durante o ato operatório. Outra importante 
função é a proteção das vísceras durante suturas na parede da cavidade 
abdominal. 
 
 
 
e) Afastador de Gosset ou Laparostato: utilizado em cirurgias abdominais. 
Deve ser manipulado em sua extremidade proximal, para que se movimente, 
uma vez que a distal, que entra em contato com as estruturas a serem 
afastadas não cede a pressões laterais. 
 
 
 
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Máquina de escrever
uso em cirurgias torá-
cicas ou abdominas.
Alcança qualquer for-
mato ou curvatura, 
sendo adaptável a 
qualquer necessidade
que venha a surgir no 
ato operatório.
Também protege as
vísceras durante sutura
na cavidade abdominal
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Máquina de escrever
Cirurgias abdominas.
Manipulado em sua ex-
tremidade proximal e se
movimenta na distal.
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Instrumentais especiais 
Os instrumentais especiais são aqueles utilizados para finalidades específicas, 
nos procedimentos que consistem no objetivo principal da cirurgia. São muitos 
e variam de acordo com a especialidade cirúrgica. 
a) Pinça de Backaus: é também denominada pinça de campo, devido sua 
função de fixar os campos operatórios entre si. 
 
 
 
Instrumentais de síntese 
A síntese geralmente é o tempo final da cirurgia e consiste na aproximação dos 
tecidos seccionados ou ressecados no decorrer da cirurgia, com o intuito de 
favorecer a cicatrização dos tecidos de maneira estética, além de evitar as 
herniações de vísceras e minimizar as infecções pós-operatórias. 
 
a) Porta-agulhas de Mayo-Hegar: é estruturalmente semelhante às tesouras e 
pinças hemostáticas, apresentando argolas para a empunhadura, e 
cremalheira para o fechamento auto-estático. Pode apresentar-se em 
tamanhos diferentes. É mais utilizado para síntese em cavidades, sendo 
empunhado da mesma forma descrita para os instrumentais argolados ou de 
forma empalmada. 
 
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Aproximação de tecidos
Evitar infecções;
Favorecer cicatrização;
Considerar a estética;
Evitar herniação.
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Arrumação da mesa cirúrgica 
 
Deve ser feita de forma padronizada, de acordo com a ordem de utilização dos 
instrumentais no ato operatório, a fim de se facilitar o acesso aos mesmos. 
Durante a arrumação da mesa, é necessário imaginá-la dividida em seis 
setores, correspondentes aos seis tempos operatórios, que iniciam a partir da 
diérese. Em seguida, apresenta-se o setor de preensão, com as pinças de 
preensão, seguidas do setor de hemostasia, que abriga materiais como gazes, 
compressas e fios para ligadura, bem como as pinças hemostáticas. Segue-se, 
então, com o setor de exposição, com os afastadores. Em seguida são 
organizados os instrumentais especiais, que serão adequados a cada cirurgia. 
As pinças de Backaus não precisam ficar na mesa, uma vez que é utilizada 
para fixação dos campos cirúrgicos. O sexto e último setor corresponde ao 
tempo de síntese, abrigando, portanto, materiais como agulhas, porta-agulhas 
e fios. 
O sentido de arrumação da mesa varia de acordo com os tipos de cirurgia. 
 
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Técnicas de instrumentação 
 
Podem ser feitas de duas formas: por solicitação verbal ou por sinalização 
cirúrgica, que consiste em um sistema mundial padronizado de técnicas de 
solicitação manual que visam reduzir a conversação dentro da sala de cirurgia, 
a fim de se manter a assepsia local. 
A sinalização cirúrgica é destinada somente aos instrumentais mais simples e 
mais utilizados, sendo os demais solicitados verbalmente. A entrega dos 
instrumentais pelo instrumentador deve ser feita de forma firme e imediata, 
entregando os mesmo fechados e com suas curvaturas voltadas para cima. 
Vale ressaltar que o bom instrumentador deve saber previamente o 
instrumental a ser solicitado, e ao final da cirurgia deve apresentar a mesa tão 
limpa e organizada quanto estava no início. 
 
 
 
 
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Máquina de escrever
São 2 técnicas: Verbal ou Sinalização cirúrgica (sistema mundial padronizado de solicitação manual - para 
instrumentas mais simples)
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2-AGULHAS E FIOS CIRÚRGICOS 
 
 
Agulhas Cirúrgicas 
 
As agulhas são materiais de pequena haste fina, obtidas a partir de ligas 
metálicas. Como dito acima, são utilizadas na sutura com o objetivo de 
transfixar os tecidos, atuando como um guia aos fios de sutura. Elas podem ser 
descartáveis ou reutilizáveis, mas os serviços de saúde atualmente usam 
basicamente as agulhas descartáveis. Quanto ao formato, podem ser retas, 
curvas ou mistas, sendo as curvas as mais comumente utilizadas. 
As agulhas são compostas por três regiões: (1) fundo; (2) corpo; (3) ponta. De 
acordo com a característica de cada componente teremos um tipo diferente de 
agulha. Desta forma, quanto ao fundo, podemos ter agulhas traumáticas − 
quando a agulha não tem o fio anexado ou “montado” − e atraumáticas–
quando a agulha vem fixada ao fio. Quanto ao corpo, as agulhas podem ter 
essa região em formato cilíndrico (mais comum), triangular ou retangular. Por 
fim, a ponta das agulhas pode ser cilíndrica, triangular (cortante) ou retangular(romba). A figura a seguir ilustra as agulhas curvas e suas variações: 
 
Tipos de agulha 
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Função de guia para os fios e é utilizada na sutura para auxiliar a transfixar os tecidos
As descartáveis são as mais utilizadas bem como as curvas (mas existem as retas e mistas)
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Divididas e:
- Fundo: traumático o
atraumático (com ou
sem fio anexado);

Corpo: cilíndrico; trian-
gular (cortante); ou re-
tangular (romba)

Ponta: cilíndrica, a tri
angular (cortante).
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Perceba que a agulha deve transfixar o tecido, causando certa “lesão tecidual”. 
Desta forma, devemos selecionar uma agulha adequada ao tecido que será 
suturado, de modo que cause mínima lesão tecidual. Com base nesse 
raciocínio, as agulhas com pontas e/ou corpos triangulares são indicadas para 
tecidos densos e resistentes, como a pele. Em estruturas mais delicadas, como 
a parede de uma artéria, devemos escolher agulhas cilíndricas com ponta 
romba. As agulhas com corpo e pontas cilíndricas são indicadas, sobretudo, 
para tecidos menos resistentes e friáveis (ex.: baço e fígado). 
Essas informações podem ser visualizadas no próprio invólucro do fio agulhado 
descartável, como mostra a figura a seguir. 
 
 
 
 
Fios Cirúrgicos 
 
Como dito anteriormente, o fio cirúrgico é indispensável na confecção da 
sutura, tendo a finalidade de conter ou fixar estruturas. Assim como ocorre com 
as agulhas, temos fios de diversos tipos e materiais, com indicações 
específicas. Os fios são classificados por pelo menos cinco critérios: (1) forma 
de apresentação; (2) absorção; (3) origem (ou material); (4) configuração (tipo 
de filamento); (5) calibre (ou diâmetro): 
 
 
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Agulhas com corpos e pontas cilíndricas são utilizadas para tecidos menos resistentes e friáveis, como o baço e o fígado.

Agulhas com corpos e/ou pontas triangulares devem ser utilizadas para tecidos mais densos e resistentes, tal como a pele.

Tecidos como paredes de atérias deve-se utilizar tecidos cilíndricos com ponta romba (retangular).
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Que se desfaz, se fragmenta.
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1.Forma de Apresentação;
2.Absorção;
3.Origem (material);
4.Configuração;
5.Calibre.
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SERTIX -fio agulhado e SUTUPACK - fio sem agulha, ligadura de vasos.
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Absorvível (categute e vicryl) ou inabsorvível (algodão e nylon)
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Biológica (animal - categute ou vegeta - algodão) ou sintética (nylon e vicryl)
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Mono ou multifilamentares - torcidos ou trançados. Os monofilamentares tem mais memória e são mais difíceis de darem nó, mas são menos traumáticos
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Varia de 12-0 até 7, sendo o primeiro o mais fino. Os tamanhos mais comumente utilizados são 2-0 a 5-0.
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Forma de apresentação: Os fios podem ser encontrados na apresentação 
SERTIX − fio agulhado, ou seja, a agulha vem anexada ao fio, sendo os dois 
componentes vendidos juntos −; SUTUPAK (fio não agulhado, utilizado, 
sobretudo, na ligadura de vasos); CARRETEL (fio não agulhado, em desuso 
atualmente). 
Absorção: Os fios podem ser absorvíveis (ex.: categute, vicryl®) ou 
inabsorvíveis/não absorvíveis (ex.: nylon e algodão). Os absorvíveis são 
aqueles em que o material é paulatinamente absorvido pelo organismo, seja 
por hidrólise, proteólise ou mesmo fagocitose. Durante esse processo, perdem 
gradualmente a força de resistência tensil − a velocidade com que esse 
processo ocorre varia de acordo com o material do fio. 
Origem: Podem ser de origem biológica ou sintética. Os fios de origem 
biológica são ainda discriminados em fios de origem vegetal (ex.: linho, 
algodão) ou animal (ex.: seda, categute). Os fios sintéticos podem ser 
compostos por materiais metálicos (ex.: surgaloy, aciflex) ou polímeros 
orgânicos (vicryl, prolene, nylon). 
 
Configuração: Quando falamos em configuração de um fio cirúrgico, nos 
referimos ao número de filamentos que o compõe e a disposição dos mesmos 
na composição do referido fio. Assim, temos fio com múltiplos filamentos 
(multifilamentar) ou com filamento único (monofilamentar). Estes tendem a ser 
mais duros, com memória (tendem a voltar à posição anterior quando 
estirados) e com menor coeficiente de atrito (menor resistência), quando 
comparados aos primeiros. Continuando a comparação, os fios 
monofilamentares, apesar de serem mais difíceis de manipular e de realizar os 
nós, provocam menos trauma no tecido em que atravessam e, posteriormente, 
são mais fáceis de serem retirados. 
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Calibre: O calibre é classificado de acordo com uma escala que varia de 12-0 
(mais fino) até 7 (mais grosso). A regra básica aqui é: quanto maior o número 
de zeros à direita, menor o calibre e a força tensil do fio. Essa escala 
representa a força tensil ou resistência à tração do fio, mas está sujeita à 
influência do material que o compõe. Por exemplo, um fio 3-0 de seda é mais 
grosso do que o fio 3-0 de nylon. Os fios mais utilizados pelo profissional 
comum (“não cirurgiões”) são os fios 2-0 a 5-0. Os fios de 4 a 7 são muito 
pouco usados atualmente. Os fios 1 a 3 são usados, sobretudo em locais de 
alta tensão como a parede abdominal ou em músculos e articulações. Os fios 
6-0 a 12-0 são utilizados, sobretudo, na cirurgia plástica e em microcirurgias. 
 
 
Após descobrir tantas características e tantas possibilidades de tipos e usos 
dos fios, talvez você esteja confuso sobre “qual o melhor o fio” ou “como 
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escolher o tipo de fio cirúrgico para a sua sutura”. Infelizmente, apesar de toda 
a evolução dos fios ainda não há um tipo de fio considerado ideal para a 
sutura. Entretanto, para escolher o fio mais adequado a sua sutura você deve 
prestar atenção nos seguintes fatores: custo, resistência tensil, maleabilidade e 
reação tecidual. A escolhacorreta também perpassará pela observação das 
características do fio quanto ao seu comportamento físico e biológico ao longo 
do processo de cicatrização. Devemos confrontar essas características citadas 
acima com as características do próprio tecido a ser suturado (resistência do 
tecido, capacidade de regeneração, etc). 
Desejamos então, que o fio mantenha a força tensil até que a cicatriz adquira 
sua própria resistência frente aos estímulos naturais a que o tecido de origem é 
submetido rotineiramente. Além disso, o fio deve atuar como material inerte, 
provocando a menor reação tecidual possível. 
Para auxiliá-lo ainda mais, destacaremos em seguida os principais tipos de fios 
e suas indicações. Por fim, mais abaixo separamos uma tabela, com maior 
diversidade de fios, suas características e indicações. Guarde essas 
informações para que quando requisitado você faça a escolha adequada do fio, 
oferecendo a melhor opção disponível para o seu paciente. 
 
 Categute: Fio biológico, absorvível, obtido a partir da mucosa do 
intestino delgado ou da serosa de ruminantes. Os fios categute podem 
ser simples ou cromados, sendo que estes são absorvidos em cerca de 
vinte dias enquanto os primeiros têm sua absorção média em um 
período de oito dias. Esses fios não devem ser utilizados nas suturas 
superficiais, devido a sua grande permeabilidade. O uso do categute é 
indicado na sutura de planos musculares. Ele também é uma boa opção 
para suturas gastrintestinais e é utilizado em cirurgias ginecológicas e 
urológicas. 
 Vicryl® (Ácido poligaláctico): Fio absorvível de origem sintética possui 
uma resistência tensil superior a do categute. É hidrolisado e 
completamente absorvido em 30-60 dias. É empregado na sutura do 
plano subcutâneo e em cirurgias gastrintestinais, urológicas, 
ginecológicas. 
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Para escolher um fio:
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Custo;
Resitência tênsil;
Maleabilidade;
Reação tecidual.
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Gastrointestinal
Ginecológico;
Urológico;
Subcutâneo

Duração de 30 a 60 dias
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Gastrointestinal
Ginecológico;
Urológico;
Planos musculares

Duração de 8 (20*) dias
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 Nylon (Poliamida): Fio inabsorvível e sintético. O fio nylon é de difícil 
manipulação e execução de nó firme. Ele perde resistência tensil ao 
longo do tempo e causa pouca reação tecidual. Este tipo de fio é o 
preferido para a sutura da pele. 
 Prolene® (Polipropileno): Fio sintético, inabsorvível e 
monofilamentado. Produz pouca reação tecidual, é facilmente removível 
e tem a capacidade de reter a tensão por vários anos após sua 
utilização. É o preferido para sutura intradérmica e também é utilizado 
em suturas vasculares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Pele

Difícil manipulação e
execução de nó firme.
Causa pouca reação te
cidual.
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Intradérmica e
Sutura vascular.

Pouca reação tecidual,
facilmente removível e
capaz de manter a tensão
por muitos anos
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3-TIPOS DE SUTURA 
 
Antes de iniciarmos o tema tipos de sutura, será realizado uma breve 
abordagem aos anestésicos locais 
 
Anestésicos locais 
Os anestésicos locais podem ser definidos como uma droga que bloqueia 
reversivelmente a transmissão do impulso nervoso na região aplicada, sem 
afetar o nível de consciência. De maneira geral, os ALs ligam-se aos canais de 
sódio voltagem-dependente no estado inativo, impedindo a subseqüente 
ativação do canal e o grande influxo transitório de sódio associado à 
despolarização da membrana 
O conceito de bloqueio local consiste em uma infiltração, no subcutâneo, de 
uma pequena área, com o agente anestésico. Os anestésicos locais possuem 
características ideiais, que seriam: 
-Irritação mínima; 
- Bloqueio reversível; 
- Boa difusibilidade; 
- Baixa toxicidade sistêmica; 
- Eficácia; 
- Início rápido de ação; 
- Duração de ação adequada. 
Eles podem ser utilizados para diferentes tipos de anestesia: 
-Bloqueio dos terminais sensitivos – local; 
- Bloqueio de troncos nervosos – troncular/regional 
- Bloqueio das raízer nervosas do espaço extradural – peridural e caudal; 
- Bloqueio das raízes nervosas do espaço subaracnóideio – raquianestesia. 
Se a lesão não é extensa e é passível de sutura no pronto atendimento, 
planeja-se o bloqueio por meio de infiltrações dentro da ferida (intralesional) ou 
por bloqueio extralesional. O AL deve ser infiltrado, paralelamente, sob o tecido 
celular subcutâneo. Bicarbonato e injeção subdérmica são opções para 
minimizar o desconforto. 
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A aplicação pode ser intralesional ou extralesional, nas extremidades da lesão
formando um losango de bloqueio. 

A aplicação deve ocorrer no tecido subcutâneo enquanto se retrocede a agulha.
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Infiltra-se enquanto se retrocede a agulha e se aplica nas extremidades da 
lesão, formando um losango de bloqueio (extralesional). Deve-se estar sempre 
atento à dose máxima permitida e os efeitos colaterais que podem surgir na 
eventualidade de ocorrer uma injeção intravascular inadvertida. 
A adição de um vasoconstritor tipo adrenalina (1:50.000 a 1:200.000) visa 
produzir vasocontrição local, limitando a absorção do anestésico local e 
prolongando os seus efeitos ao mesmo tempo que reduzem seu efeito tóxico. 
Entretanto, pelo seu efeito vasoconstritor, o uso de anestésico local com 
adrenalina é contraindicado em extremidades ou regiões com circulação 
colateral deficiente, pelo risco de isquemia 
 
 
 
 
Suturas 
A sutura de pele pode ser feita de diversas maneiras. Cada uma delas 
apresenta suas vantagens e desvantagens, e devemos fazer a escolha em 
função da região ferida, das características da pele, das bordas da lesão e das 
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A adrenalina possibilita uma maior
dose de anestésico local.

Pela vasoconstrição local, a adrena-
lina prolonga o efeito do AL e dimi-
nui a sua toxicidade. 

Ela não deve ser usada em regiões com
circulação colateral deficiente pelo risco
de isquemia.
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Varia de analgesia até
depressão cardiovascular
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condições locais, no que diz respeito ao tempo decorrido entre a formação da 
ferida e o atendimento cirúrgico. 
Se a pele é muito fina, ou se o corte é biselado, pode ser necessária uma 
sutura com pontos Donatti, em vez do ponto simples. 
Qualquer que seja a opção feita para o tipo de sutura, é importante que seja 
feita com bastante critério e minuciosos cuidados, pois o resultado final estará 
estreitamente relacionado com estes cuidados. 
 
Ponto simples: 
Apesar de simples, é extremamente eficaz para uma aproximação correta das 
bordas de uma ferida, no entanto, é necessário utilizá-lo seguindo 
rigorosamente certos princípios. De modo geral, o ponto é dado utilizando-se 
uma agulha curva, por isso, devemos aproveitar a curvatura da agulha para 
melhor aplicarmos o ponto simples. A curvatura da agulha deve ser utilizada 
para balancear a altura das bordas da ferida que deve ficar no mesmo nível. 
Outro detalhe fundamental é a tensão aplicada para amarrar o ponto. Esta 
tensão terá que ser a suficiente para aproximar borda com borda, suavemente, 
e não para esmagar a borda contra a outra. Pontos demasiadamente apertados 
impedem uma boa circulação local comprometendo a cicatrização. 
Além disso, é necessário ficar atento à distancia entre um ponto e outro. Para 
isto não existem regras numéricas, mas apenas uma questão de observação. 
Os pontos deverão ser distanciados um do outro, de acordo com o resultado 
obtido na aproximação da ferida. Devem ser colocados o mais distante um do 
outro, para facilitar a circulação local, porem de tal ordem que não 
permaneçam áreas de bordas afastadas - sem contato intimo uma com a outra. 
Se disponível tiras de adesivo cirúrgico de papel microporoso, aplicá-lo sobre a 
sutura para reduzir ainda mais a tensão dos pontos. 
 
 
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Ponto Donati: 
Utilizado quando o ponto simples, apesar de dado com todos os rigores da 
técnica, não proporciona um perfeito apropinquamento das bordas. 
Ele começa a ser dado tal qual o ponto simples, e com os mesmos cuidados. 
Uma vez completado o ponto simples, a agulha é voltada no sentido do inicio 
do ponto, pegando uma pequena porção da derme e epiderme dos dois lados 
da ferida de tal forma que quando o nó é atado, as borda, ainda que tendentes 
a invaginarem, serão suspensas por esta volta em nível dermoepidermico. 
(“longe,longe,perto,perto”) 
Também aqui, e principalmente aqui, deverá ser evitada a tensão exagerada, 
principalmente porque a laçada dermoepidermica é eficiente no propiciamento 
de um bom contato entre as bordas. 
Existe uma variante do ponto Donati que também é muito eficiente na 
aproximação de bordas irregulares, porém de execução um pouco mais 
trabalhosa. Em uma das bordas da ferida o ponto não se exterioriza passando 
apenas em nível subcutâneo e dérmico. Sua vantagem é a exteriorização 
apenas de um lado, evitando-se as marcas de ponto nos dois lados da ferida 
(figura B). Em todos os dois tipos, uma vez completada a sutura. Fazemos o 
mesmo reforço com fita adesiva cirúrgica. 
 
 
Sutura Continua 
Excepcionalmente podemos utilizar este tipo de sutura, porém seus resultados 
deixam muito a desejar. Sua maior indicação reside naqueles casos em que 
temos grandes extensões a suturar e pretendemos ganhar tempo. É importante 
salientar, porém, que a pressa é inimiga da perfeição, e um cirurgião apressado 
é cirurgião malfadado. Em cirurgia não se deve perder tempo, mas não se deve 
correr. 
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A sutura continua simples trata-se apenas de sucessivos pontos simples que 
não são atados individualmente, mas o fio mantém sua continuidade (figura C). 
Esta sutura também pode ser feita com pontos passados, sendo denominada 
sutura continua festonada e permite um resultado superior à continua simples. 
A cada passada de ponto, o fio passa debaixo de si mesmo, na saída da pele, 
proporcionando fixações mais simétricas do que no caso anterior (figura D). 
A sutura continua ainda pode ser feita com passagem pelas bordas, tipo 
Donati. Acreditamos que esse tipo de sutura pode proporcionar um excelente 
resultado, uma vez que não permite a invaginação, tão comum nas suturas 
continuas (figura E). 
Da mesma forma que nos demais tipos de sutura, aqui também a tensão 
exagerada dos pontos será prejudicial à cicatrização. 
 
 
Sutura Intradérmica 
Trata-se de uma excelente sutura, cuja principal característica é proporcionar 
um perfeito apropinquamento das bordas, sem deixar qualquer marca de ponto. 
A sutura intradermica é uma sutura contínua, em que, o fio vai traçando 
debaixo da pele, pegando pequenas quantidades de derme de um lado e do 
outro, aproximando, com precisão as bordas da ferida. Sua execução não é 
simples, exigindo um bom treino para se obter seus melhores resultados. 
Ela pode ser feita com fio inabsorvível, de preferência absoluta para os fios de 
nylon monofilamento, ou com fio absorvível, de preferência absoluta para os 
fios de ácido poliglicólico, uma vez que o categute provoca reações mais ou 
menos intensas. Mas sempre fios já montados em agulha, e não com agulhas 
de sutura comum. 
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Fio 4.0 é o ideal. Exceto em peles extremamente finas, nas quais o 5.0 deve ser utilizado. 
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Quando se utiliza o fio inabsorvível (nylon), a cada duas ou três passadas é 
importante verificar-se se o fio desliza facilmente, pois, caso contrário, na 
época da retirada do fio, este poderá não sair, trazendo alguns aborrecimentos. 
Se ele romper dentro da ferida, a solução será deixa-lo Ia, na expectativa de 
que o organismo o aceitebem. Se não, aguardar sua exteriorização por 
rejeição do organismo, quando então ele será retirado em fragmentos. 
Para obter um bom deslizamento, além de se usar um fio monofilamentado e 
sem rugosidade, é preciso que a passagem do fio seja sempre um pouquinho 
na frente do nível de saída do ponto anterior. Este ponto pode ser deixado por 
períodos mais Iongos do que os pontos externos, pois não há risco de se 
deixar marcas de pontos. 
Já quando se usa o fio absorvível, a passagem do fio será sempre no nível 
exato de saída ou um pouquinho atrás, para que o ponto continuo fique bem 
travado. No caso de fio absorvível, este não será retirado, apenas suas 
extremidades serão cortadas ao fim de 5 dias, após ligeira tração, para que a 
ponta cortada volte para dentro da pele, permanecendo bem sepultada. 
O diâmetro ideal do fio, tanto absorvível quanto inabsorvível.para estas suturas 
é o de numero 4-0, exceto em pele demasiadamente fina, onde o 5-0 poderá 
ser utilizado. 
Uma vez completada a sutura, será feito o mesmo reforço com as fitas de 
adesivo cirúrgico microporoso. Este adesivo pode ser deixado até uma 
semana, pois, sendo poroso, permite que a fisiologia normal da pele se 
processe sem interrupção, além disso, seu grau de aderência permite que o 
paciente tome banho sem que ele se solte. 
 
 
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Fio absorvível: a inser
ção do fio deve ser no
nível ou antes do ponto
de saída da agulha.

No fio inabsorvível a 
inserção deverá ser feita 
um pouco mais para 
frente,
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Ponto de ângulo: 
Quando temos uma ferida em ângulo, devemos evitar os pontos que tracionam 
o retalho, diretamente sobre o vértice da lesão, ou que tracionam o retalho, 
através de dois pontos, de um lado e do outro, do vértice. Todos os dois tipos 
de conduta levarão fatalmente a uma necrose da ponta, por interrupção da 
vascularização da extremidade. 
Um ponto que proporciona excelentes resultados, tanto no aspecto de 
aproximação das bordas como na preservação da vascularização, é o ponto 
em U, dado no sentido horizontal, sem transfixar a pele do retalho. Esse ponto 
deve ser dado cuidando-se para que a altura da saída do fio de uma borda da 
ferida seja idêntica a do lado oposto, caso contrário, poderemos invaginar a 
ponta ou levantá-la em demasia. A distribuição equânime de tecidos 
proporcionará um excelente resultado. O ponto, ao passar pela extremidade do 
retalho, o fará em nível dérmico ou subdérmico, e nunca no tecido adiposo, que 
não tem firmeza suficiente para sustentar o ponto. 
 
Retirada dos pontos 
A retirada de pontos também possui sua técnica e sua arte, a começar pelo 
momento ideal de sua retirada. 
Deve-se evitar, sempre que possível, a permanência exagerada dos pontos 
externos, na pele. Para tanto, na face, devido a sua facilidade de cicatrização, 
tiramos os pontos em torno de 5 dias pós-sutura. Em outras regiões do corpo, 
deixamos cerca de 7 dias, e nos membros inferiores, devido a sua fraca 
capacidade de cicatrização, deixamos até 12 dias. 
Para se retirar os pontos, devemos utilizar uma pinça bem sensível, que pegue 
realmente os fios, e uma tesoura de ponta fina e bem afiada, para não ficarmos 
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mascando os pontos e traumatizando a região recém-ferida (figura A). Com a 
pinça, pegamos uma extremidade do fio e levantamos ligeiramente, expondo 
seu ponto de penetração na pele. A tesoura irá, neste ponto, cortando o fio 
exatamente na transição entre a parte externa e interna do fio. Assim, quando 
tracionarmos o fio, a parte externa não passará por dentro da ferida, 
contaminando-a. 
Se, durante a retirada dos pontos, notamos algum sinal indicativo de deiscência 
em formação, deixamos alguns pontos de ancoragem, além do reforço de um 
adesivo. Depois de 2 a 3 dias, faremos a retirada destes pontos e manteremos 
o adesivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4-FERIDAS E CURATIVOS 
 
Introdução 
As feridas são consequência de uma agressão por um agente ao tecido. O 
tratamento de feridas se refere à proteção de lesões contra a ação de agentes 
externos físicos, mecânicos ou biológicos, tendo como objetivo reduzir, prevenir 
e/ou minimizar os riscos de complicações decorrentes. 
Antes da seleção e aplicação de um curativo, é necessária uma avaliação 
completa da ferida, do seu grau de contaminação, da maneira como esta ferida 
foi produzida, dos fatores locais e sistêmicos e da presença de exsudato, como 
forma de agilizar o processo de cicatrização e proteger a ferida. A utilização do 
curativo é necessária exatamente por permitir essa cicatrização rápida e 
natural além de evitar infecção da mesma. É possível listar essas e outras 
finalidades dos curativos: 
 Evitar a contaminação de feridas limpas; 
 Facilitar a cicatrização; 
 Reduzir a infecção nas lesões contaminadas; 
 Absorver secreções; 
 Promover a hemostasia com os curativos compressivos; 
 Manter o contato de medicamentos junto à ferida; 
 Promover conforto ao paciente. 
 
Podemos considerar um curativo ideal aquele que: 
 Mantém alta umidade: nada de curativos secos em feridas abertas. Não 
há necessidade de secar feridas abertas, somente a pele ao redor dela. 
 Remove o excesso de exsudato: o curativo deve ter um pouco de 
absorvência. 
 Isolador térmico: as feridas não devem ser limpas com loções frias. Os 
curativos não devem permanecer removidos por longos períodos de 
tempo (isso também permite que a ferida resseque). 
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Umidade na ferida é algo
bom para ela.
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 Impermeável às bactérias: os esparadrapos devem ser aplicados como 
uma moldura de quadro e cobrir toda a gaze. Se ocorrer um excesso de 
exsudato, deve-se trocar o curativo. 
 Isento de partículas e de microrganismos: não se deve usar lã de 
algodão ou qualquer gaze desfiada. Não se deve cortar a gaze, pois ela 
irá desfiar. Só deve-se usar gaze estéril e não reutilizar um pacote 
aberto. 
 Retirado sem trauma: irrigar antes de retirar o curativo para evitar 
traumas, e, consequentemente a remoção de tecido viável. 
 Curativo asséptico: quando necessário, utilizar luvas estéreis e material 
estéril. 
 
Tipos de Curativos 
 Semi-oclusivo: curativo absorvente, comumenteutilizado em feridas 
cirúrgicas. Possui diversas vantagens: permite a exposição da ferida ao 
ar, absorve exsudato e o isola da pele saudável adjacente. 
 Oclusivo: não permite a passagem de ar ou fluidos, funcionando como 
uma barreira contra bactérias. Tem como vantagens: vedar a ferida, 
impedir a perda de fluidos, promover o isolamento térmico e de 
terminações nervosas e impedir a formação de crostas. 
 Compressivo: utilizado para reduzir o fluxo sanguíneo, ou promover 
estase, e auxiliar na aproximação das extremidades do ferimento. 
 Sutura com fita adesiva: após a limpeza da ferida, as bordas do tecido 
seccionado são unidas e a fita adesiva é fixada. Esse tipo de curativo é 
apropriado para cortes superficiais e de pequena extensão. 
 Curativos abertos: são realizados em ferimentos descobertos e que 
não têm necessidade de serem ocluídos. Algumas feridas cirúrgicas 
(após 24 horas), cortes pequenos ou escoriações, queimaduras, são 
exemplos desse tipo de curativo. 
* Seco: fechado com gaze ou compressa seca. 
* Úmidos: fechado com gaze ou compressa umedecida, com pomada ou 
soluções prescritas. 
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Máquina de escrever
Semi-oclusivo;
Oclusivo;
Compressivo;
Sutura com fita adesiva;
Curativos abertos;
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* Drenagens: usado em ferimentos com grande quantidade de exsudato, 
coloca-se dreno (penrouse ou Kehr), tubos, cateteres ou bolsas de colostomia. 
 
Descrição da Técnica 
 Lavar as mãos. 
 Orientar o paciente e/ou o acompanhante sobre o que será feito. 
 Realizar a limpeza da pele adjacente à ferida. 
 Realizar a limpeza da área menos contaminada para a mais 
contaminada, evitando movimentos de “vai e vem” (nas feridas 
cirúrgicas, a área mais contaminada é a pele localizada ao redor da 
ferida, ao passo que nas feridas infectadas, a área mais contaminada é 
a do interior da ferida). 
 Secar a pele ao redor da ferida sem tocar em seu leito. 
 Adequar o curativo ao tamanho da ferida. 
 Remover secreções, corpos estranhos e tecido necrótico. 
 Lavar a ferida com soro fisiológico em jato ou com solução antisséptica 
(em feridas infectadas, quando houver sujidade e no local de inserção 
dos cateteres centrais). 
 Utilizar cada gaze uma única vez. 
 Proteger a área da lesão com gaze em quantidade suficiente para cobri-
la. 
 Fixar o curativo com atadura ou esparadrapo. 
 Desprezar os materiais descartáveis usados no saco para lixo. 
 Reunir os materiais e guardá-los. 
 Lavar as mãos. 
 Anotar o procedimento em impresso próprio, no prontuário do cliente. 
Substâncias utilizadas no cuidado das feridas 
As substâncias utilizadas no tratamento das feridas são, basicamente, com 
finalidade de limpeza das mesmas. Os objetivos são retirar toda matéria 
estranha, como debris, fibrina, tecido necrosado, além de remover os resíduos 
do curativo anterior. 
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Solução de Cloreto de Sódio a 0,9% (Solução Salina) 
Este é o único agente totalmente seguro, constituindo o tratamento de escolha 
para a maioria das feridas. E usada para lavar a ferida e para limpar os seus 
tecidos desvitalizados como uma primeira abordagem, a qual se segue o 
tratamento definitivo com os outros agentes. 
 
Antissépticos 
O tipo de substância mais comumente utilizada nos curativos é um antisséptico 
que pode ser definido como um desinfetante não-tóxico que pode ser aplicado 
à pele ou em tecidos vivos e tem a capacidade de destruir compostos 
vegetativos como bactéria, impedindo o seu crescimento 
 Água oxigenada 
O peróxido de hidrogênio a 3% (10 volumes) tem um efeito oxidante que 
destrói as bactérias anaeróbias. Seu efeito desaparece quando entra em 
contato com matérias orgânicas como pus ou gaze de algodão. O efeito 
oxidante também é benéfico na remoção dos tecidos mortos das feridas. Sua 
utilização deve ser restrita as feridas com tecidos desvitalizados. 
 Iodo 
Este é utilizado normalmente como um iodo-povidona 10% (PVP-I 10%) que 
contém 1% de iodo livre. A desvantagem da PVP-I é que essa solução retarda 
a cicatrização e é citotóxica para os fibroblastos. A utilização da PVP-I deve ser 
restrita ao uso por curto prazo nas feridas infectadas onde a terapia antibiótica 
não e apropriada. 
 Permanganato de potássio 
É o antisséptico mais usado em casos de exsudação eczematosa, que ocorre 
principalmente em úlceras de perna. Pode ser encontrado na forma de pó ou 
de comprimidos de I00 mg que podem ser dissolvidos em um volume de água 
correspondente a concentração que se deseja. Deve-se alertar o paciente de 
que o permanganato pode provocar manchas na pele. 
 Clorexidina 
É amplamente utilizada em uma serie de fórmulas aquosas. E é eficaz contra 
microrganismos gram-positivos e gram-negativos, além de possuir baixa 
toxicidade celular. Sua atividade antimicrobiana pode ser prolongada se 
impregnada em um curativo. Entretanto, sua eficácia e rapidamente reduzida 
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Máquina de escrever
Boa para matar bactérias
Aeróbias e remoção de 
tecidos mortos das feri
das.

Seu efeito desaparece
quando entra em conta
to com matéria orgânica
ou pus.
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Máquina de escrever
Tem a desvantagem de 
retardar a cicatrização
e é citotóxica aos fibro
blastos. Deve ser utili
zada em ferimentos
infectados e por pouco
tempo.
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Máquina de escrever
Muito usada no 
DERMATOLOGIA
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Máquina de escrever
Excelente para G- e +.
Baixa toxicidade

Eficácia reduzida se 
contato com matéria 
orgãnica ou pus - tal 
como o peróxido de hidrogênio
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na presença de matérias orgânicas como pus ou sangue. Às vezes é 
combinada com cetrimida. 
 
Antibióticos 
Vários antibióticos estão disponíveis na forma de aplicação tópica. Eles são 
potencialmente perigosos e nem sempre são absorvidospela ferida, quando se 
trata de feridas infectadas. Os antibióticos sistêmicos são os medicamentos de 
escolha, pois o foco de infecção pode estar a uma profundidade tal que o 
antibiótico tópico não possa alcançar. 
 Bacitracina + neomicina 
A associação de bacitracina + neomicina contém dois antibióticos que juntos 
inibem o crescimento de vários tipos de bactérias. É um medicamento indicado 
para o tratamento de infecções da pele e/ou de mucosas, causadas por 
diferentes bactérias, como por exemplo: nas “dobras” da pele, ao redor dos 
pelos, na parte de fora da orelha, nos furúnculos, nas lesões com pus, na acne 
infectada, nas feridas abertas (como úlceras na pele) e nas queimaduras de 
pele. Também é indicado para prevenir infecções de pele e/ou de mucosas 
após ferimentos, cortes (inclusive de cirurgias) e queimaduras pequenas. No 
entanto se o agente infectante for estafilococo então o antibiótico deve ser 
outro. 
Na maioria dos casos, pode-se observar a melhora da lesão cerca de dois ou 
três dias após o início do tratamento, sendo que sua ação tem início logo após 
sua aplicação. Contudo, a resposta ao tratamento depende, dentre outros 
fatores, do tamanho e tipo da lesão e da defesa do organismo do paciente. 
Você não deve usar se tiver alergia à neomicina, aos antibióticos 
aminoglicosídeos e outros componentes da fórmula. Você também não deve 
usar se tiver perda da função dos rins (insuficiência renal grave) ou se você já 
teve ou tem problemas de audição ou de equilíbrio (sistema labiríntico). Este 
medicamento está contraindicado para bebês prematuros, recém-nascidos e 
lactantes. 
Antes de você aplicar o produto, lave a região afetada com água e sabão, e 
seque cuidadosamente o local. Aplique uma fina camada do produto, 2 a 5 
vezes ao dia com o auxílio de uma gaze. Depois da aplicação, você pode 
proteger a região tratada com gaze. Mantenha o tratamento por mais 2 a 3 
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Os SISTÊMICOS
são os de escolha
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Útil no impetigo, por exemplo, PORÉM NÃO SÃO BONS PARA O ESTAFILO
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Não usar antes dos 2 anos
ou lactentes.
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dias, após os sintomas terem desaparecido. Para que não ocorra um excesso 
da absorção do medicamento para o sangue, quando você aplicar em grandes 
áreas ou queimaduras, o tratamento deve ser feito por poucos dias (no máximo 
8 a 10 dias). 
 Sulfadiazina de prata 
A sulfadiazina de prata é um agente cicatrizante e antimicrobiano tópico na 
terapia de queimaduras, feridas cirúrgicas, úlceras e escaras infectadas, sendo 
eficaz contra Pseudomonas e Staphylococcus aureus. Sua ação inicia-se no 
momento da aplicação. 
Este medicamento é contraindicado para uso por gestantes no final da 
gestação, em crianças prematuras e recém-natos nos dois primeiros meses de 
vida. Ela não deve ser utilizada em pacientes alérgicos às sulfas e aos demais 
componentes da formulação. Pode apresentar neutropenia como efeito 
adverso. 
Após a limpeza da lesão, aplicar uma camada de creme e cobrir com um 
curativo secundário (gaze ou outro). Caso após a aplicação o produto fique 
exposto à luz, alterações na coloração do mesmo podem ocorrer. Aplicar uma 
vez ao dia. Pode ser aplicado duas vezes ao dia no caso de lesões muito 
exsudativas (úmidas). 
 
Ácidos Graxos Essenciais (AGE) - Dersani® 
Os ácidos graxos essenciais é um óleo vegetal composto por ácido linoleico, 
ácido caprílico, ácido cáprico, vitamina A, E e lecitina de soja. Ele promove a 
quimiotaxia e a angiogênese, mantém o meio úmido e acelera o processo de 
granulação tecidual. A aplicação em pele íntegra tem grande absorção, forma 
uma película protetora na pele, previne escoriações devido à alta capacidade 
de hidratação e proporciona nutrição celular local. É indicado para prevenção 
de úlceras de pressão, feridas abertas superficiais com ou sem infecção. 
Para realizar sua aplicação deve-se remover o exsudato e o tecido 
desvitalizado. Espalhar o AGE no leito da ferida ou embeber gazes estéreis de 
contato o suficiente para manter o leito da ferida úmido até a próxima troca. 
Ocluir com cobertura secundária estéril de gaze e fixar. 
Deve ser realizado a troca sempre que o curativo secundário estiver saturado 
ou, no máximo, a cada 24 horas. 
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Máquina de escrever
Não usar no final da gestação
e nos 2 primeiros m de
vida.
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Colagenase 
A colagenase é uma preparação proteolítica enzimática que apresenta-se 
constituída por uma série de peptidases, das quais o componente principal é a 
colagenase. É utilizada como agente desbridante em lesões superficiais, 
promovendo a limpeza enzimática das áreas lesadas e retirando ou 
dissolvendo, enzimaticamente, necroses e crostas. A limpeza completa da 
lesão ocorre num período de 1 a 14 dias, sendo que na maioria dos casos a 
ação da pomada torna-se evidente nos primeiros 6 dias de tratamento. 
O colágeno de tecidos saudáveis ou de tecidos de granulação recentemente 
formados não é atacado pela colagenase. Porém, não se deve usar na 
ausência de tecido desvitalizado ou necrosado. 
Para aplicação é necessário remover primeiramente todo o material necrosado. 
Limpar a lesão com solução fisiológica, não secando totalmente, pois a enzima 
tem a ação enzimática aumentada na presença de umidade. Aplicar 
uniformemente, com espessura de cerca de 2 mm. Nas necroses crostadas 
para obter-se um melhor efeito, recomenda-se abrir um corte no centro e em 
alguns casos nas margens, seguido da aplicação da pomada, tanto por baixo 
da crosta como por cima. O material necrótico completamente seco ou duro 
deve ser amolecido antes da aplicação da pomada, por meio de compressas 
úmidas. Após a aplicação da pomada, cobrir a lesão com gaze e umedecê-la 
com água destilada ou solução de cloreto de sódio 0,9%. O curativo deve ser 
trocado diariamente e a ação pode ser aumentada repetindo-se a aplicação 
duas vezes ao dia. A cada troca de curativo deve ser removido todo o material 
necrótico desprendido, com auxílio de pinça, espátula ou por lavagem, tendo o 
cuidado de não utilizar detergentes, sabões ou solução antisséptica (álcool 
iodado, mercúrio cromo, etc.), pois estes produtos inativam a ação da 
colagenase. 
 
Alginato de cálcio 
O alginato de cálcio eproduzido a partir de fibras de puro alginato de cálcio 
derivado de algas marinhas. Ele atua com o sódio presente no exsudato e no 
sangue interagindo com o cálcio presente no curativo. A troca iônica auxilia no 
desbridamento autolítico, tem alta capacidade de absorção, resulta na 
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formação de um gel que mantém o meio úmido para a cicatrização e induz a 
hemostasia. 
Ele esta indicado para feridas abertas, sangrantes, altamente exsudativas com 
ou sem infecção, até a redução do exsudato. Ele possui elevado poder de 
absorção e eficiente estímulo à granulação. E não deve ser usado em lesões 
superficiais com pouca ou nenhuma exsudação e queimaduras. 
Para sua aplicação deve-se remover o exsudato e o tecido desvitalizado. 
Modelar no interior da ferida umedecendo a fibra com solução fisiológica. Não 
deixar que a fibra de alginato ultrapasse a borda da ferida, pois poderá lesar as 
bordas da ferida pela sua função autolítica. Ocluir com cobertura secundária 
estéril. A troca deve ser feita em feridas infectadas (24 horas), feridas limpas 
com sangramento (48 horas), feridas limpas ou exsudação intensa (quando 
saturar). Trocar o curativo secundário sempre que estiver saturado. 
 
Hidrogel 
 O hidrogel é um gel transparente, incolor, composto por água, 
carboximetilcelulose (CMC-2,3%) e propilenoglicol (PPG-20%). 
Ele atua amolecendo e removendo tecido desvitalizado através de 
desbridamento autolítico, e promove sensação de alívio na ferida. A água 
mantém o meio úmido, o CMC facilita a re-hidratação celular e o 
desbridamento. O PPG estimula a liberação de exsudato. 
Ele esta indicado para feridas superficiais moderada ou baixa exsudação, uma 
vez que remove as crostas, fibrinas, tecidos desvitalizados ou necrosados. Não 
deve ser usado em pele íntegra e incisões cirúrgicas fechadas. 
Para sua aplicação é necessário lavar o leito da ferida. Espalhar o curativo ou 
introduzi-lo na cavidade assepticamente. Ocluir a ferida com cobertura 
secundária estéril. Sua troca deve ser realizado a cada um a três dias, 
dependendo da quantidade de exsudato. 
O hidrogel apresenta como desvantagem uma desidratação rapida e ser 
relativamente caro. 
 
Hidrocoloide 
O hidrocoloide é composto por uma camada externa de espuma de poliuretano 
e outra interna composta de gelatina, pectina e carboximetilcelulose sódica. 
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Ele atua estimulando a angiogênese e o desbridamento autolítico, acelerando o 
processo de granulação tecidual. Com isso, está indicado para feridas abertas 
não infectadas, com leve a moderada exsudação, como as úlceras de pressão 
não infectadas. Não deve ser utilizado em feridas colonizadas ou infectadas, 
feridas com tecido desvitalizado ou necrose e queimaduras de 3° grau. 
Para aplicação deve-se lavar a ferida e escolher o hidrocolóide, com diâmetro 
que ultrapasse a borda da ferida pelo menos 3 cm. Sua troca deve ser feita a 
cada um a sete dias, dependendo da quantidade de exsudação. 
Ele apresenta como vantagem ser à prova d’água e lavável, reter odores, 
apresentar boa aparência e formas variadas que possibilitam adequação à área 
cruenta, podendo inclusive ser empregado em lesões da articulações. Porém, a 
pele poderá ficar macerada se a exsudação se tornar abundante 
 
Carvão ativado 
O carvão ativado é composto por tecido carbonizado e impregnado com nitrato 
de prata a 0,15%, envolto por camada de tecido sem carvão ativado. 
Ele atua absorvendo o exsudato e filtrando o odor, além da prata exercer ação 
bactericida. Com isso, está indicada para feridas fétidas, infectadas e 
exsudativas. Não deve ser usada em feridas limpas e lesões de queimaduras. 
Para aplicar deve ser removido o exsudato e o tecido desvitalizado. Colocar o 
curativo de carvão ativado sobre a ferida.e oclui-la com cobertura secundária 
estéril. Sua troca é feita a cada 1-4 dias, dependendo da quantidade de 
exsudação. 
O carvão ativado é um método eficaz para controle do mau odor e é de fácil 
aplicação. Apresenta como desvantagem o fato de não poder ser cortado, pois 
ocorre liberação do carvão e da prata. 
 
Princípios gerais do tratamento das feridas por uso 
de drenos 
Os drenos de feridas são usados com o intuito de se manter um canal para a 
drenagem do líquido, o qual, caso contrário, poderia se acumular na ferida. 
Esse líquido pode ser sangue, pus, exsudato, bile, urina ou secreção entérica. 
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Os drenos de tórax, embora sejam fechados, têm um mecanismo de drenagem 
diferente, pois o objetivo é permitir que o ar da cavidade pleural escape através 
do dreno e borbulhe na água do recipiente coletor. Por esse motivo, o vácuo do 
recipiente não e necessário. Este tipo de dreno será melhor abordado no 
capítulo de procedimentos torácicos. 
 
Drenos abdominais 
Existem os drenos com coletores a vácuo (Ex.:Portovac), que drenam contra a 
força de gravidade. A vantagem desse sistema de sucção é impedir a lesão 
cutânea, no caso de secreções irritantes, além de permitir a mensuração 
segura do volume de drenagem removido. As secreções são direcionadas nos 
reservatórios, e é possível avaliar a coloração e o aspecto delas. 
Os drenos laminares (Penrose) são achatados, maleáveis, feitos de borracha 
sintética ou de plástico siliconizado. Ocorre condução do efluente diretamente, 
funcionando por capilaridade. A extremidade distal do dreno deve ser fixada 
com um fio inabsorvível e deve ser colocado gaze e micropore ou saco coletor 
no orifício de saída. 
Os drenos não devem ser colocados em espaços articulares e ao longo de 
bainha tendinosas, pois ocasionam reação excessiva e prejudicial à função. 
Nas proximidades de tendões, nervos, grandes vasos sanguíneos e órgãos 
sólidos, só devem ser usados drenos moles; caso contrário, pode ocorres 
necrose de tais estruturas vitais. 
Os drenos atuam como um corpo estranho e ocasionam uma resposta tecidual 
com secreção em pequena quantidade, que desaparece após a retirada deles. 
Deve-se lembrar que o dreno é “uma via de mão dupla” e dessa forma, permite 
o acesso de bactérias que podem desenvolver infecção local ou invasiva. 
Curativos cuidadosos, trocas frequentes e remoção do dreno, sempre que 
possível, reduzem a possibilidade de infecção significativa. Devido o fato de 
permitir infecção bacteriana e impedir o fechamento da ferida, não se deve 
colocar o dreno pela incisão cirúrgica. 
Os drenos colocados profilaticamente devem ser removidos tão logo seja 
evidente que não há mais drenagem significativa, sem necessidade de tração 
progressiva. Os colocados terapeuticamente são mantidos no local enquanto 
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