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Aula 07 - Neurofisiologia

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Sistema nervoso e sensorial 
↳É responsável pelas funções orgânicas, bem 
como a integração do animal no meio ambi-
ente. 
↳Controla e coordena as funções de todos os 
sistemas do organismo e ainda, recebendo es-
tímulos aplicados à superfície do corpo é ca-
paz de interpretá-los e desencadear respostas. 
Divisão do sistema nervoso 
↳Sistema Nervoso Central (SNC), responsável 
pela recepção, interpretação de estímulos e 
desencadeador de respostas; e 
↳Sistema Nervoso Periférico (SNP) responsá-
vel por conduzir os estímulos ao SNC assim 
como levar as respostas ao organismo como 
um todo. 
Sistema nervoso central 
 
Medula Espinhal: Estende-se da base do 
crânio até a primeira vértebra lombar; contém 
31 pares de nervos espinhais (nervos sensoriais 
e motores). 
↳Recebe as informações de diversas partes do 
corpo e as enviam para o encéfalo e vice-
versa. 
↳Responsável pelos atos reflexos (reflexo me-
dular). 
 
 
↳A medula espinhal é capaz de elaborar res-
postas rápidas em situações de emergências, 
sem a interferência do encéfalo. 
Partes do encéfalo 
↳Tronco Encefálico: Constituído por bulbo, 
ponte e mesencéfalo. 
Bulbo: contém centros para a regulação das 
funções cardiovasculares (controle dos bati-
mentos cardíacos), mantendo e controlando a 
respiração e coordenando os reflexos de de-
glutição, vômito, tosse e espirro; 
Ponte: regulação da respiração, envio das in-
formações do cérebro ao cerebelo, manuten-
ção da postura corporal e tônus muscular; 
Mesencéfalo: sistema de conexão dos siste-
mas auditivos e visuais, recepção e coordena-
ção da contração muscular e postura corporal. 
 
↳Cerebelo: Responsável pela coordenação 
do movimento, planejamento e execução; ma-
nutenção da postura e coordenação dos mo-
vimentos da cabeça e dos olhos., pelo equilíbrio 
do corpo; Tônus e vigor muscular; Orientação 
espacial; 
 
↳Cérebro: Responsável pelas sensações, atos 
conscientes e voluntários (movimentos), pen-
samento, memória, inteligência, aprendizagem, 
sentidos, equilíbrio, raciocínio e emoções. 
↳Camada superficial – substâncias cinzentas 
(córtex cerebral). 
Formação do sistema nervoso 
Eixo sensorial: transmite sinais das termina-
ções nervosas sensoriais periféricas para quase 
todas as partes da medula espinhal, do tronco 
cerebral, do cerebelo e do córtex; (aferente) 
Eixo motor: conduz sinais neurais, com ori-
gem em todas as áreas centrais do sistema 
nervoso para os músculos e glândulas de todo 
o corpo; (eferente) 
Sistema integrador: analisa a informação 
sensorial, a armazena na memória, para um 
uso futuro e que utiliza tanto a informação sen-
sorial como a armazenada na determinação 
das respostas apropriadas. 
 
Neurônio do sistema nervoso central: a 
unidade funcional básica 
O sistema nervoso central contém mais de 100 
bilhões de neurônios. Para diferentes tipos de 
neurônios, podem existir desde algumas pou-
cas centenas até cerca de 200.000 conexões 
sinápticas aferentes. Por sua vez, o sinal efe-
rente desse mesmo neurônio trafega por axô-
nio único. Esse axônio pode ter muitas ramifi-
cações distintas que se dirigem para outras re-
giões do sistema nervoso ou para a periferia 
do corpo. Característica especial da maioria das 
sinapses é que o sinal normalmente se pro-
paga apenas na direção anterógrada, do axônio 
de um neurônio precedente para os dendritos 
localizados nos neurônios seguintes. Esse fenô-
meno possibilita que o sinal trafegue na direção 
necessária para executar as funções nervosas 
requeridas. A figura a seguir mostra a estrutura 
de neurônio típico, encontrado no córtex mo-
tor cerebral. 
 
 
Corpo celular 
↳Núcleo; 
↳Nucléolo; 
↳Corpúsculos de Nissl (RER); 
↳Aparelho de golgi; 
↳Mitocôndrias; 
↳Microtúbulos e neurofilamentos. 
Dendritos 
↳Capaz de aumentar a superfície celular 
↳Tornam-se mais finos a medida que se rami-
ficam. 
↳Gêmulas ou espinhas dendríticas. 
Axônio 
↳Diâmetro e tamanho variáveis; 
↳Composição do axônio: Os microtúbulos e 
proteínas são responsáveis pela fluxo de subs-
tancia através do axônio (a base de ATP). 
Tipos de Neurônios 
 
 
Parte sensorial do sistema nervoso — 
os receptores sensoriais 
A figura mostra a porção somática do sistema 
sensorial, que transmite informação sensorial 
vinda de receptores localizados em toda a su-
perfície do corpo e de algumas estruturas pro-
fundas. Essa informação chega ao sistema ner-
voso central pelos nervos periféricos e é con-
duzida imediatamente para múltiplas áreas sen-
soriais localizadas: (1) em todos os níveis da me-
dula espinal; (2) na formação reticular do bulbo, 
da ponte e do mesencéfalo; (3) no cerebelo; 
(4) no tálamo; e (5) em áreas do córtex cere-
bral. 
 
Parte motora do sistema nervoso — os 
efetores 
O papel eventual mais importante do sistema 
nervoso é o de controlar as diversas atividades 
do corpo. Essa função é realizada pelo con-
trole: (1) da contração dos músculos esqueléti-
cos apropriados, por todo o corpo, (2) da 
contração da musculatura lisa dos órgãos in-
ternos, (3) da secreção de substâncias quími-
cas pelas glândulas exócrinas e endócrinas que 
agem em diversas partes do corpo. Essas ati-
vidades são coletivamente chamadas funções 
motoras do sistema nervoso, e os músculos e 
glândulas são denominados efetores, porque 
são as estruturas anatômicas que verdadeira-
mente executam as funções ditadas pelos si-
nais nervosos. 
A Figura abaixo representa o neuroeixo motor 
“esquelético” do sistema nervoso que controla 
a contração da musculatura esquelética. Ope-
rando em paralelo a esse eixo, existe outro 
sistema, chamado sistema nervoso autônomo, 
que exerce controle sobre a musculatura lisa, 
as glândulas e outros sistemas internos do 
corpo 
 
Observe, na figura acima, que os músculos es-
queléticos podem ser controlados por diferen-
tes níveis do sistema nervoso central, incluindo: 
(1) a medula espinal; (2) a formação da subs-
tância reticular bulbar, pontina e mesencefálica; 
(3) os gânglios da base; (4) o cerebelo; e (5) 
o córtex motor. Cada uma dessas áreas exe-
cuta sua própria função específica. As regiões 
inferiores sendo responsáveis principalmente 
pelas respostas musculares automáticas, ins-
tantâneas aos estímulos sensoriais, e as regiões 
superiores comandando os movimentos mus-
culares complexos, deliberados, controlados 
por processos cognitivos cerebrais. 
 
Processamento de informações — fun-
ção “integrativa” do sistema nervoso 
Uma das mais importantes funções do sistema 
nervoso é a de processar a informação afe-
rente, de modo que sejam efetuadas respos-
tas mentais e motoras apropriadas. Mais de 
99% de toda a informação sensorial é descar-
tada pelo cérebro como irrelevante e sem im-
portância. Entretanto quando importante infor-
mação sensorial excita nossa mente, esta é 
imediatamente canalizada para regiões integra-
tivas e motoras apropriadas do cérebro, para 
poder provocar respostas desejadas. Tanto a 
canalização quanto o processamento da infor-
mação, são chamados funções integrativas do 
sistema nervoso. 
O papel das sinapses no processa-
mento de informações 
A sinapse é o ponto de contato entre um neu-
rônio e o neurônio seguinte. É importante res-
saltar aqui que as sinapses determinam as dire-
ções em que os sinais nervosos vão se distri-
buir pelo sistema nervoso. Algumas sinapses 
transmitem sinais de um neurônio para outro 
com facilidade, enquanto outras transmitem si-
nais, mas com dificuldade. Deve-se considerar 
também que sinais facilitatórios e inibitórios vin-
dos de diferentes áreas do sistema nervoso 
podem controlar a transmissão sináptica, algu-
mas vezes abrindo as sinapses para a 
transmissão e, em outras, fechando-as. Além 
disso, enquanto determinados neurônios pós-
sinápticos respondem com grande número de 
impulsos, outros respondem apenas com al-
guns. Portanto, as sinapses executam ação se-
letiva, algumas vezes bloqueando sinaisfracos, 
enquanto permitem que sinais fortes passem 
e, em outros momentos, selecionando e am-
plificando determinados sinais fracos, e, com 
frequência, transmitindo tais sinais em muitas 
direções em vez de restringi-los à direção 
única. 
Sinapses do sistema nervoso central 
A informação é transmitida para o sistema ner-
voso central, em sua maior parte, na forma de 
potenciais de ação, chamados simplesmente 
impulsos nervosos que se propagam por su-
cessão de neurônios, um após o outro. Entre-
tanto, além disso, cada impulso (1) pode ser blo-
queado, na sua transmissão de um neurônio 
para o outro; (2) pode ser transformado de 
impulso único em impulsos repetitivos; ou (3) 
pode ainda ser integrado a impulsos vindos de 
outros neurônios, para gerar padrões de im-
pulsos muito complexos em neurônios suces-
sivos. Todas essas funções podem ser classifi-
cadas como funções sinápticas dos neurônios 
Tipos de sinapses — químicas e elétri-
cas 
Há dois tipos principais de sinapses: (1) químicas; 
e (2) elétricas. Embora a maioria das sinapses 
no cérebro seja química, no sistema nervoso 
central podem coexistir e interagir sinapses 
químicas e elétricas. A transmissão bidirecional 
das sinapses elétricas permite-lhes colaborar na 
coordenação das atividades de grandes grupos 
de neurônios interconectados. Por exemplo, as 
sinapses elétricas são úteis para detectar a 
coincidência de despolarizações subliminares si-
multâneas dentro de um grupo de neurônios 
interconectados; isso permite aumentar a 
sensibilidade neural e promover o disparo sin-
cronizado de um grupo de neurônios interco-
nectados. 
Sinapse química 
A maioria das sinapses utilizadas para a trans-
missão de sinais no sistema nervoso central da 
espécie humana são sinapses químicas. Nessas 
sinapses, o primeiro neurônio secreta por seu 
terminal a substância química chamada neuro-
transmissor (frequentemente, chamada subs-
tância transmissora), e esse neurotransmissor, 
por sua vez, vai atuar em proteínas recepto-
ras, presentes na membrana do neurônio sub-
sequente, para promover excitação, inibição 
ou ainda modificar de outro modo a sensibili-
dade dessa célula. Mais de 40 neurotransmis-
sores importantes foram descobertos nos últi-
mos anos. Alguns dos mais conhecidos são: 
acetilcolina, norepinefrina, epinefrina, histamina, 
ácido gama-aminobutírico (GABA), glicina, se-
rotonina e glutamato. 
Condução “Unidirecional” nas Sinap-
ses Químicas 
As sinapses químicas têm característica extre-
mamente importante, que as torna muito ade-
quadas para transmitir a maioria dos sinais do 
sistema nervoso. Essa característica é tal que 
os sinais sejam sempre transmitidos em uma 
única direção, ou seja, do neurônio que secreta 
o neurotransmissor, chamado neurônio pré-si-
náptico, para o neurônio no qual o neurotrans-
missor age, o neurônio pós-sináptico. Esse fe-
nômeno é o princípio da condução unidirecio-
nal que ocorre nas sinapses químicas, e é 
muito diferente da condução pelas sinapses 
elétricas que, em geral, transmitem os sinais 
em ambas as direções. 
Um mecanismo de condução unidirecional per-
mite que os sinais sejam direcionados para al-
vos específicos. Na verdade, é essa 
transmissão específica dos sinais, para áreas 
discretas e extremamente focalizadas, tanto do 
sistema nervoso quanto nos terminais dos ner-
vos periféricos, que permite ao sistema ner-
voso executar sua miríade de funções senso-
riais, motoras, de memorização e muitas ou-
tras. 
 
 
Sinapse elétrica 
Nas sinapses elétricas, os citoplasmas das célu-
las adjacentes estão conectados diretamente 
por aglomerados de canais de íons chamados 
junções comunicantes (gap junctions), que 
permitem o movimento livre dos íons de uma 
célula para outra. E é por meio dessas junções 
comunicantes e de outras junções similares 
que os potenciais de ação são transmitidos de 
fibra muscular lisa para a próxima no músculo 
liso visceral, e de célula muscular cardíaca para 
a próxima no músculo cardíaco. 
 
Neurônio pré-sináptico 
O terminal pré-sináptico é separado do corpo 
celular do neurônio pós-sináptico através da 
fenda sináptica. Apresenta vesículas transmis-
soras (contém substância excitatória ou inibitó-
ria) e mitocôndrias (geram energia). Quando o 
potencial de ação chega ao terminal, a despo-
larização de membrana faz com que neuro-
transmissores sejam liberados na fenda, o que 
provoca alterações na permeabilidade da 
membrana. 
A membrana pré-sináptica tem canais de cál-
cio dependentes de voltagem. Quando há des-
polarização, esses canais se abrem e permi-
tem a passagem de cálcio para o terminal pré-
sináptico. Há, portanto, liberação de neuro-
transmissores. 
Neurônio pós-sináptico 
A membrana pós-sináptica é a que recebe o 
estimulo dos neurotransmissores; A mem-
brana pós-sináptica tem proteínas receptoras, 
com dois componentes importantes: (1) com-
ponente de ligação do neurotransmissor e (2) 
componente ionóforo. Esse componente ionó-
foro, por sua vez, pode ser canal iônico ou ati-
vador de segundo mensageiro. 
↳Canais iônicos: podem ser catiônicos (sódio, 
potássio, cálcio) ou aniônicos (cloreto). 
↳Catiônicos= excitam; 
↳Aniônicos= inibem. 
 
 
 
 
Receptores ianotrópicos 
↳Estão envolvidos principalmente na transmis-
são sináptica rápida, abre o canal iônico direta-
mente. 
↳Receptor ianotrópicos liga-se a moléculas de 
acetilcolina para que o receptor seja ativado. 
receptor metabotrópico 
↳O neurotransmissor abre o canal iônico indi-
retamente, tendo a presença do segundo 
mensageiro para ativação dos canais iônicos 
específicos, efeito e mais lento. 
↳Via de ativação do receptor metabotrópicos, 
em repouso, a subunidade  está ligada a uma 
molécula de GDP. Quando o neurotransmissor 
se liga ao receptor o GDP é trocado pelo GTP 
e a proteína G se torna ativa. 
Receptores Excitatórios ou Inibitórios 
na Membrana Pós-sináptica 
Pela ativação, alguns receptores pós-sinápticos 
provocam excitação do neurônio pós-sináp-
tico, e outros causam inibição. A importância 
da existência desses dois tipos de receptores, 
inibitórios e excitatórios, é que dá dimensão 
adicional à função nervosa, possibilitando a con-
tenção ou a excitação das ações neuronais. 
Os diferentes mecanismos moleculares e de 
membrana utilizados por diversos receptores 
para induzir excitação ou inibição incluem os 
seguintes: 
Excitação 
1. Abertura dos canais de sódio, permitindo o 
fluxo de grande número de cargas elétricas 
positivas para a célula pós-sináptica. Esse 
evento celular aumenta o potencial intracelular 
da membrana em direção ao potencial mais 
positivo, no sentido de atingir o nível do limiar 
para sua excitação. Esse é de longe o meio 
mais generalizado utilizado para causar excita-
ção. 
2. Condução reduzida pelos canais de cloreto 
ou potássio ou de ambos. Esse evento diminui 
a difusão de íons cloreto, com carga negativa 
para o neurônio pós-sináptico ou a difusão de 
íons potássio com carga positiva para fora da 
célula. Em ambos os casos, o efeito é o de 
fazer com que o potencial interno da mem-
brana mais positivo do que o normal, o que 
tem caráter excitatório. 
3. Diversas alterações no metabolismo do neu-
rônio pós-sináptico, para excitar a atividade ce-
lular ou em alguns casos, aumentar o número 
de receptores de membrana excitatórios, ou 
diminuir o número de receptores inibitórios da 
membrana. 
Inibição 
1. Abertura dos canais para íon cloreto na mem-
brana neuronal póssináptica. Esse fenômeno 
permite a rápida difusão dos íons cloreto com 
carga negativa do meio extracelular para o in-
terior do neurônio póssináptico, dessa forma, 
transportando cargas negativas para o interior 
da célula e aumentando a negatividade interna, 
o que tem caráter inibitório. 
2. Aumento na condutância dos íons potássio 
para o exterior dos neurônios. Esse evento 
permite que íons positivos se difundam para o 
meio extracelular,provocando aumento da 
negatividade do lado interno da membrana do 
neurônio, o que é inibitório para a célula. 
3. Ativação de enzimas receptoras que inibem 
as funções metabólicas celulares, promovendo 
aumento do número de receptores sinápticos 
inibitórios, ou diminuindo o número de recep-
tores excitatórios. 
Somatização espacial nos neurônios 
Como PEPSs e PIPSs interagem? Basicamente, 
um neurônio pós-sináptico adiciona, ou integra, 
todas as entradas excitatórias e inibitórias que 
ele recebe e "decide" se dispara um potencial 
de ação. 
• A integração de potenciais pós-sinápti-
cos que ocorrem em locais diferentes 
— mas ao mesmo tempo — é conhe-
cida como somatório espacial. 
• A integração de potenciais pós-sinápti-
cos que ocorrem no mesmo lugar — 
mas em momentos ligeiramente dife-
rentes — é chamada de somatório 
temporal. 
Por exemplo, vamos supor que as sinapses ex-
citatórias são feitas em dois dendritos diferen-
tes do mesmo neurônio pós-sináptico, como 
mostrado abaixo. Nenhuma das sinapses pode 
produzir um PEPS grande o suficiente para tra-
zer o potencial de membrana ao limiar na ex-
tremidade do axônio — lugar onde o potencial 
de ação é desencadeado, imagem abaixo. Se 
ambos PEPSs abaixo do limite ocorreram ao 
mesmo tempo, no entanto, eles poderiam se 
unir, ou somar, para trazer o potencial de 
membrana ao limiar. 
Por outro lado, se um PIPS ocorre juntamente 
com os dois PEPS, ele pode não deixar que o 
potencial de membrana alcance o limiar e faz 
com que o neurônio não dispare um potencial 
de ação. Esses são exemplos de somatório es-
pacial. 
 
E sobre o somatório temporal? Um ponto 
chave é que os potenciais pós-sinápticos não 
são instantâneos: em vez disso, eles duram por 
um pouco mais antes de se dissiparem. Se um 
neurônio pré-sináptico dispara rapidamente 
duas vezes seguidas, causando dois PEPS, o 
segundo PEPS pode chegar antes do primeiro 
ter se dissipado, deixando o potencial de mem-
brana acima do limiar. Esse é um exemplo de 
somatório temporal. 
 
↳A excitação de um único terminal pré-sináp-
tico sobre a superfície de um neurônio quase 
nunca excita a célula (espacial); 
↳Entretanto diversos terminais pré-sinápticos 
são normalmente estimulados ao mesmo 
tempo (espacial). 
↳Descargas sucessivas de um único terminal 
pré-sináptico, se ocorrerem rápido o sufici-
ente, podem ser adicionados umas às outras 
(temporal). 
 
Anatomia fisiológica da sinapse 
 
A Figura acima mostra um esquema de neu-
rônio motor anterior típico encontrado no 
corno anterior da medula espinal. Esse neurô-
nio é composto por três partes principais: o 
corpo celular ou soma que constitui a maior 
parte do neurônio; o axônio único que se es-
tende do corpo celular, deixa a medula espinal 
e se incorpora a nervos periféricos; e os den-
dritos, inúmeras projeções ramificadas do 
soma, que se estendem, quando muito, por 1 
milímetro para as áreas adjacentes da medula. 
Encontram-se de 10.000 a 200.000 pequenos 
botões sinápticos, chamados terminais pré-si-
nápticos, nas superfícies dos dendritos e do 
corpo celular do neurônio motor: cerca de 
80% a 95% estão situados nos dendritos e 
apenas de 5% a 20% no corpo celular. Esses 
terminais pré-sinápticos são as porções termi-
nais de ramificações de axônios de diversos 
outros neurônios. Muitos desses terminais pré-
sinápticos são excitatórios — ou seja, secre-
tam um neurotransmissor que estimula o neu-
rônio pós-sináptico. Entretanto, outros termi-
nais pré-sinápticos são inibitórios — ou seja 
secretam um neurotransmissor que inibe o 
neurônio pós-sináptico. Neurônios localizados 
em outras partes da medula e do encéfalo di-
ferem do neurônio motor no (1) tamanho do 
corpo celular; (2) no comprimento, tamanho e 
número de dendritos, tendo comprimento de 
quase zero a muitos centímetros; (3) no com-
primento e calibre do axônio; e (4) no número 
de terminais pré-sinápticos, que pode variar de 
alguns poucos até cerca de 200.000. Essas di-
ferenças fazem os neurônios de partes diver-
sas do sistema nervoso reagirem de modo di-
ferente dos sinais sinápticos aferentes e, assim, 
executarem muitas funções distintas. 
Sistema de “Segundos Mensageiros” no 
Neurônio Póssináptico. 
Muitas funções do sistema nervoso — por 
exemplo, o processo da memória — reque-
rem mudanças prolongadas nos neurônios, 
com a duração de segundos a meses após a 
substância transmissora inicial já se ter dissi-
pado. Os canais iônicos não são capazes de 
provocar alterações prolongadas no neurônio 
pós-sináptico, porque esses canais se fecham 
em milissegundos após a substância transmis-
sora não estar mais presente. Entretanto, em 
muitos casos, a excitação ou inibição neuronal 
pós-sináptica prolongada é realizada pela ativa-
ção do sistema químico de “segundos mensa-
geiros” no neurônio pós-sináptico, sendo este 
segundo mensageiro responsável por provo-
car o efeito prolongado. 
 
Existem diversos tipos de sistemas de segun-
dos mensageiros. Um dos tipos mais comuns 
utiliza o grupo de proteínas chamadas proteí-
nas G. A Figura mostra uma proteína G recep-
tora da membrana. O complexo de proteínas 
G inativo está livre no citosol e é formado por 
guanosina difosfato (GDP) mais três compo-
nentes: o componente alfa (a), que é a porção 
ativadora da proteína G, e os componentes 
beta (b) e gama (g), que estão ligados ao com-
ponente alfa. Enquanto o complexo de proteí-
nas G estiver ligado ao GDP, ele permanece 
inativo. 
Quando o receptor é ativado por um neuro-
transmissor, após um impulso nervoso, o re-
ceptor sofre uma mudança conformacional, 
que deixa exposto um local de ligação ao com-
plexo de proteínas G, que em seguida se liga 
a uma porção do receptor que se destaca no 
interior da célula. Esse processo permite que a 
subunidade a libere GDP e, simultaneamente, 
se ligue a uma guanosina trifosfato (GTP) ao 
mesmo tempo que separa as proporções b e 
g do complexo. O complexo a-GTP desane-
xado tem liberdade de movimento no cito-
plasma celular e executa uma ou mais de múl-
tiplas funções, dependendo da característica 
específica de cada tipo de neurônio. Em se-
guida, podem ocorrer as quatro mudanças se-
guintes, que se ilustram na Figura: 
1. Abertura de canais iônicos específicos na 
membrana da célula póssináptica. É apresen-
tado, no canto superior direito da figura, canal 
de potássio que se abre em resposta à prote-
ína G; esse canal, em geral, permanece aberto 
por tempo prolongado, ao contrário do rápido 
fechamento dos canais iônicos ativados direta-
mente, que não utilizam do sistema de segun-
dos mensageiros. 
2. Ativação do monofosfato de adenosina cí-
clico (AMPc) ou monofosfato de guanosina cí-
clico (GMPc) na célula neuronal. Lembre-se de 
que tanto o AMP cíclico quanto o GMP cíclico 
podem ativar a maquinaria metabólica muito 
específica do neurônio e, assim, podem iniciar 
qualquer um dos muitos resultados químicos, 
incluindo as alterações a longo prazo da estru-
tura da célula, que, por sua vez, alteram a ex-
citabilidade do neurônio por longo tempo. 
3. Ativação de uma ou mais enzimas intracelu-
lares. A proteína G pode ativar diretamente 
uma ou mais enzimas intracelulares. Por sua 
vez, essas enzimas podem induzir uma das 
muitas funções químicas específicas da célula. 
4. Ativação da transcrição gênica. A ativação 
da transcrição gênica é um dos efeitos mais 
importantes da ativação do sistema de segun-
dos mensageiros, porque a transcrição gênica 
pode provocar a formação de novas proteínas 
pelo neurônio, dessa forma, modificando a sua 
maquinaria metabólica ou sua estrutura. Na ver-
dade, sabe-se que as alterações estruturais dos 
neurônios, quando ativadas de forma apropri-
ada, de fato ocorrem especialmente nos pro-
cessos de memória a longa duração. 
A inativação da proteína G ocorre quando o 
GTP ligado à subunidade a é hidrolisado para 
formar GDP. Essa ação leva a que a subunidade 
alibere-se da sua proteína-alvo, o que inativa 
os sistemas de segundos mensageiros, e em 
seguida volta a combinar-se com as subunida-
des b e g, retornando o complexo de proteí-
nas G ao seu estado inativo. 
Está claro que a ativação dos sistemas de se-
gundos mensageiros no neurônio, ou dos tipos 
que envolvem as proteínas G ou outros, é ex-
tremamente importante para modificar as ca-
racterísticas das respostas a longo prazo das 
diferentes vias neuronais. 
 
Efeito da Excitação Sináptica na Mem-
brana Pós-sináptica — Potencial Exci-
tatório Pós-sináptico 
 
A Figura A mostra neurônio em repouso, com 
um terminal pré-sináptico não excitado fa-
zendo sinapse sobre sua superfície celular. O 
potencial de repouso da membrana, em qual-
quer ponto do corpo celular, é de −65 milivolts. 
A Figura B mostra terminal pré-sináptico que 
secretou neurotransmissor excitatório na 
fenda sináptica entre o terminal e a membrana 
do corpo celular do neurônio. Esse neurotrans-
missor age sobre receptor excitatório de 
membrana, aumentando a permeabilidade da 
membrana ao Na +. Devido ao grande gradi-
ente de concentração e à acentuada negativi-
dade elétrica no neurônio, os íons sódio se di-
fundem rapidamente para a célula. 
O rápido influxo dos íons sódio com carga po-
sitiva para o interior da célula neutraliza parte 
da negatividade do potencial de repouso da 
membrana. Dessa forma, na Figura B, o poten-
cial de repouso da membrana aumentou para 
valor mais positivo, de −65 para −45 milivolts. 
Esse aumento positivo da voltagem do poten-
cial normal da membrana em repouso — ou 
seja, para valor menos negativo — é chamado 
potencial pós-sináptico excitatório (PPSE), por-
que se esse potencial aumentar até o limiar na 
direção positiva irá provocar potencial de ação 
no neurônio pós-sináptico e, dessa forma, o 
excitando. (Nesse caso, o PPSE é de +20 mili-
volts — isto é, 20 milivolts mais positivo do que 
o valor de repouso.) 
A descarga de terminal pré-sináptico único ja-
mais induzirá aumento do potencial neuronal 
de −65 milivolts diretamente para −45 mili-
volts. Elevação dessa magnitude requer des-
carga simultânea de vários terminais — de 40 
a 80 para o neurônio motor típico — ao 
mesmo tempo ou em rápida sucessão. 
Impulso nervoso 
↳É um sinal elétrico transmitido através do 
axônio. 
↳Inicia-se nos dentritos, com um estímulo que 
desencadeia uma alteração nas cargas elétricas 
dos neurônios, até os terminais axônicos. 
Células de Glia 
↳Função estrutural e metabólica; 
↳Isolante elétrico, impedindo a propagação de-
sordenada dos impulsos nervosos; 
↳Cumprem a função de sustentar, proteger, 
isolar e nutrir os neurônios; 
↳Distinguem-se, entre elas, os astrócitos, oligo-
dendrocitos, micróglia, células ependimárias e 
células de Schwann. 
↳Astrócitos: mais numerosos, envolvidos na 
sustentação e a nutrição dos neurônios. 
↳Oligodendrócitos: formam a bainha de mi-
elina no SNC. 
↳Células de Schwann: formam a bainha de 
mielina no SNP. 
↳Ependimais: formam camada celular que 
reveste os ventrículos. 
↳Micróglia: células de defesa. 
Sistema nervoso Periférico 
Nervos: São formados por fibras nervosas 
unidas por tecido conjuntivo, tendo função de 
levar ou trazer informações ao SNC. 
↳Nervos Cranianos: se originam no encé-
falo; 
↳Nervos Espinhais: se originam na medula; 
Gânglios: São aglomerados de corpos celu-
lares de neurônios localizados fora do sistema 
nervoso central 
Terminações Nervosas: Estão presentes 
nas extremidades de fibras sensitivas e moto-
ras, ou seja, são especializadas para receber 
estímulos da superfície ou interior do corpo. 
Classificação dos nervos 
I) Quanto ao tipo de neurônio 
↳Sensitivos ou aferentes (contém apenas neu-
rônios sensitivos); 
↳Motores ou eferentes (contém apenas neu-
rônios motores); 
↳Mistos (contém neurônios sensitivos e moto-
res); 
II) Quanto à posição anatômica 
↳Cranianos (ligados ao encéfalo) – 12 pares; 
↳Raquidianos ou espinhais (ligados à medula) – 
31 pares; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nervos cranianos 
 
 
 
 
 
 
 
Organização funcional do Sistema 
nervoso Central e Periférico 
 
Sistema Nervoso Periférico 
 
Sistema Nervoso Voluntário (Somático) 
↳Formado por nervos motores que condu-
zem impulsos do sistema nervoso central 
(SNC) à musculatura estriada esquelética. 
↳Determina ações conscientes: Andar, falar, 
abraçar, correr, etc. 
Sistema Nervoso Autônomo 
Função: Controle e manutenção de um am-
biente interno estável (homeostase), em 
resposta a flutuações nas condições internas e 
a variações induzidas por estímulos externos. 
É dividido em duas partes: 
I. Simpático 
II. .Parassimpático 
↳Sistema Nervoso Simpático: Prepara o orga-
nismo para o estresse (instinto de fuga ou luta); 
↳Sistema Nervos Parassimpático: Estimula ati-
vidades relaxantes (repouso); 
↳Possui reações antagônicas (oposto), sinérgi-
cas (trabalho simultaneamente) e seletiva 
(pode ser simpático ou parassimpático, não 
pode ser os dois juntos) no organismo no or-
ganismo. 
↳Os Reflexos autonômicos são importantes 
para a homestase do organismo. 
↳O sistema autonômico trabalha em estreita 
colaboração com o sistema endócrino e o sis-
tema comportamental. 
 
O sistema nervoso autônomo é a porção do 
sistema nervoso central que controla a maioria 
das funções viscerais do organismo. Esse sis-
tema ajuda a controlar a pressão arterial, a mo-
tilidade gastrointestinal, a secreção gastrointes-
tinal, o esvaziamento da bexiga, a sudorese, a 
temperatura corporal e muitas outras ativida-
des. 
Algumas delas são quase inteiramente contro-
ladas, e outras, apenas parcialmente. Uma das 
características mais acentuadas do sistema 
nervoso autônomo é a rapidez e a intensidade 
com que ele pode alterar as funções viscerais. 
Organização geral do sistema nervoso 
autônomo 
O sistema nervoso autônomo é ativado, princi-
palmente, por centros localizados na medula 
espinal, no tronco cerebral e no hipotálamo. 
Além disso, porções do córtex cerebral, em 
especial do córtex límbico, podem transmitir si-
nais para os centros inferiores, e isso pode in-
fluenciar o controle autônomo. 
O sistema nervoso autônomo também opera, 
em geral, por meio de reflexos viscerais; isto 
é, sinais sensoriais subconscientes de órgãos 
viscerais podem chegar aos gânglios autôno-
mos, no tronco cerebral ou no hipotálamo e, 
então, retornar como respostas reflexas sub-
conscientes, diretamente aos órgãos viscerais, 
para o controle de suas atividades. 
Os sinais autônomos eferentes são transmiti-
dos aos diferentes órgãos do corpo por meio 
de duas grandes subdivisões chamadas sistema 
nervoso simpático e sistema nervoso paras-
simpático. 
Fibras colinérgicas e adrenérgicas — 
secreção de acetilcolina ou norepine-
frina 
As fibras nervosas simpáticas e parassimpáti-
cas secretam principalmente uma das duas 
substâncias transmissoras sinápticas: acetilco-
lina ou norepinefrina. As fibras que secretam 
acetilcolina são chamadas colinérgicas. As que 
secretam norepinefrina são chamadas adre-
nérgicas, termo derivado de adrenalina, que é 
o nome alternativo para a epinefrina. 
Todos os neurônios pré-ganglionares são coli-
nérgicos, tanto no sistema nervoso simpático 
quanto no parassimpático. Acetilcolina ou subs-
tâncias tipo acetilcolina, quando aplicadas aos 
gânglios, irão excitar tanto os neurônios pós-
ganglionares simpáticos quanto os parassimpá-
ticos. Todos ou quase todos os neurônios pós-
ganglionares do sistema parassimpático tam-
bém são colinérgicos. Em vez disso, a maioria 
dos neurônios pós-ganglionares simpáticos são 
adrenérgicos. Entretanto, as fibras nervosas 
pós-ganglionares simpáticas para as glândulas 
sudoríparas e, talvez, para um número muito 
escasso de vasos sanguíneos, são colinérgicas. 
Então, todas ou quase todas as terminações 
nervosas do sistema parassimpático secretam 
acetilcolina. Quase todas asterminações nervo-
sas simpáticas secretam norepinefrina, mas 
poucas secretam acetilcolina. Esses neurotrans-
missores, por sua vez, agem nos diferentes 
órgãos para causar, respectivamente, os efei-
tos parassimpáticos ou simpáticos. Portanto, a 
acetilcolina é chamada transmissor parassimpá-
tico e a norepinefrina, transmissor simpático. 
Sistema nervoso autônomo – simpá-
tico 
A figura mostra a organização geral das por-
ções periféricas do sistema nervoso simpático. 
Mostrados especificamente na figura são: (1) 
uma das duas cadeias de gânglios simpáticos 
paravertebrais, interconectadas com os nervos 
espinais, ao lado da coluna vertebral; (2) gân-
glios pré-vertebrais (os gânglios celíaco, me-
sentérico superior, aórtico-renal, mesentérico 
inferior e o hipogástrico); e (3) nervos que se 
estendem dos gânglios aos diferentes órgãos 
internos. As fibras nervosas simpáticas se ori-
ginam na medula espinal junto com os nervos 
espinais entre os segmentos T1 e L2, proje-
tando-se primeiro para a cadeia simpática e, 
daí, para os tecidos e órgãos que são estimu-
lados pelos nervos simpáticos. 
 
Neurônios Simpáticos Pré e Pós-gan-
glionares 
Os nervos simpáticos são diferentes dos ner-
vos motores esqueléticos da seguinte forma: 
cada via simpática, da medula ao tecido esti-
mulado, é composta de dois neurônios, o neu-
rônio pré-ganglionar e o outro pós-ganglionar, 
em contraste com apenas um só neurônio, na 
via motora esquelética. O corpo celular de cada 
neurônio pré-ganglionar se localiza no corno 
intermediolateral da medula espinal; sua fibra 
passa, como mostrado na figura, pela raiz ven-
tral da medula para o nervo espinal correspon-
dente. 
Imediatamente após o nervo espinal deixar o 
canal espinal, as fibras simpáticas pré-ganglio-
nares deixam o nervo espinal e passam pelo 
ramo comunicante branco para um dos gân-
glios da cadeia simpática. As fibras podem se-
guir um dos três seguintes cursos: (1) pode fa-
zer sinapse com neurônios simpáticos pós-
ganglionares, no gânglio em que entra; (2) 
pode se dirigir, para cima ou para baixo na ca-
deia e fazer sinapse com outro gânglio da ca-
deia; ou (3) pode ainda percorrer distâncias va-
riáveis pela cadeia e, então, por meio de um 
dos nervos simpáticos, dirigir-se para fora da 
cadeia, fazendo, finalmente, sinapse em gânglio 
simpático periférico. 
O neurônio simpático pós-ganglionar, por sua 
vez, origina-se nos gânglios da cadeia simpática 
ou nos gânglios simpáticos periféricos. Em 
qualquer dos casos, as fibras pós-ganglionares 
se dirigem para seus destinos em diversos ór-
gãos. 
↳Sistema de “alerta” ou “estresse” (instinto de 
fuga ou luta); 
↳Anatomia: Toraco-lombar (T1 a L2); 
↳Cadeia Simpática: estende-se dos níveis 
cervicais até o coccígeo (formam os gânglios 
simpaticos). 
↳Neurônios: pré-ganglionares curto e pós-
ganglionares longo; 
↳Neurotransmissor pré ganglionar: 
Ach; 
↳Neurotransmissor pós-ganglionar: 
NA; 
Esquema: 
 
 
 
 
 
Os sinais sensoriais entram na medula pelas ra-
ízes sensoriais, também conhecidas por raízes 
posteriores ou dorsais. Após entrar na medula, 
cada sinal sensorial trafega por duas vias sepa-
radas: um ramo do nervo sensorial termina 
quase imediatamente na substância cinzenta da 
medula e provoca os reflexos espinais seg-
mentares locais e outros efeitos locais; outro 
ramo transmite sinais para níveis superiores do 
sistema nervoso, isto é, para zonas superiores 
da própria medula, para o tronco cerebral, ou 
mesmo para o córtex cerebral. 
 
Anatomia Fisiológica do Sistema Ner-
voso Parassimpático 
O sistema nervoso parassimpático é mostrado 
na figura, demonstrando que as fibras paras-
simpáticas deixam o sistema nervoso central 
pelos III, VII, IX e X nervos cranianos; fibras pa-
rassimpáticas adicionais deixam a parte mais in-
ferior da medula espinal, pelo segundo e pelo 
terceiro nervos espinais sacrais e, ocasional-
mente, pelo primeiro e pelo quarto nervos sa-
crais. Aproximadamente, 75% de todas as fi-
bras nervosas parassimpáticas cursam pelo 
nervo vago (décimo par de nervos cranianos), 
passando para todas as regiões torácicas e ab-
dominais. Portanto, o fisiologista que se refere 
ao sistema nervoso parassimpático, em geral, 
refere-se principalmente aos dois nervos va-
gos. Os nervos vagos suprem de nervos pa-
rassimpáticos o coração, os pulmões, o esô-
fago, o estômago, todo o intestino delgado, a 
metade proximal do cólon, o fígado, a vesícula 
biliar, o pâncreas, os rins e as porções superi-
ores dos ureteres 
. As fibras parassimpáticas do terceiro nervo 
craniano vão para o esfíncter pupilar e o mús-
culo ciliar do olho. Fibras do sétimo nervo cra-
niano se projetam para as glândulas lacrimais, 
nasais e submandibulares, e as fibras do nono 
nervo craniano vão para a glândula parótida. 
As fibras parassimpáticas sacrais cursam pelos 
nervos pélvicos, que passam pelo plexo espinal 
sacral de cada lado da medula, no nível de S2 
e S3. Essas fibras se distribuem para o cólon 
descendente, o reto, a bexiga e as porções 
inferiores dos ureteres. Além disso, esse grupo 
sacral parassimpático supre sinais nervosos 
para toda a genitália externa para causar ere-
ção. 
 
Neurônios Parassimpáticos Pré e Pós-
ganglionares. 
O sistema parassimpático, como o simpático, 
tem tanto neurônios pré-ganglionares quanto 
pós-ganglionares. Entretanto, exceto no caso 
de alguns nervos cranianos parassimpáticos, as 
fibras pré-ganglionares passam de forma inin-
terrupta por todo o caminho até o órgão que 
deverá ser controlado. Os neurônios pós-gan-
glionares estão localizados na parede do órgão. 
As fibras pré-ganglionares fazem sinapse com 
esses neurônios, e fibras pós-ganglionares ex-
tremamente curtas, de fração de milímetro a 
diversos centímetros de extensão, deixam os 
neurônios para inervar os tecidos do órgão. 
Essa localização dos neurônios pós-gangliona-
res parassimpáticos, no órgão, é bastante dife-
rente da disposição dos gânglios simpáticos 
porque os corpos celulares dos neurônios pós-
ganglionares simpáticos estão quase sempre 
localizados nos gânglios da cadeia simpática ou 
em outros gânglios discretos no abdome, em 
vez de no órgão a ser excitado. 
↳Os nervos do SNP autônomo possuem dois 
tipos de neurônios: I. Pré-ganglionares (corpo 
celular dentro do SNC) II. Pós-ganglionares 
(Corpo celular dentro do gânglio) 
↳Anatomia: crânio-sacral (S2 a S4); 
↳Neurônios: pré-ganglionares longo e pós-
ganglionares curto; 
↳Gânglios: Inseridos ou próximo ao órgão 
efetor; 
↳Neurotransmissor pré ganglionar: 
Ach 
↳Neurotransmissor pós-ganglionar: 
Ach; 
Esquema: 
 
 
 
 
Receptores Muscarínicos 
↳Redução da Freqüência Cardíaca (M2); 
↳Aumento da Salivação e lacrimejamento 
(M3); 
↳Contração do músculo Liso (M3) – leva ao 
aumento da motilidade gástrica, contração da 
bexiga e broncoconstrição; 
↳Aumento do suco gástrico (M1) e secreção 
do muco (M3); 
↳Constrição da pupila e contração do músculo 
liso ciliar (M3). 
Diferenças entre os sistemas nervosos 
simpático e parassimpático: 
 
 
Medula Adrenal 
Toda vez que o Sistema Simpático for acio-
nado a medula supra adrenal também será. 
Esquema: 
 
 
 
Epinefrina (80%): 
- Maior efeito na estimulação cardíaca; 
- Menor efeito vasoconstritor; 
- Aumenta mais o débito cardíaco e menos a 
pressão arterial; 
- Maior efeito metabólico (metabolismo dos te-
cidos, glicogenólise); 
Norepinefrina (20%): 
- Menor efeito na estimulação cardíaca; 
- Maior efeito vasoconstritor; 
- Aumenta mais a resistência periférica total e 
a pressão arterial; 
- Menor efeito metabólico (metabolismo dos 
tecidos, glicogenólise). 
Sistema Límbico 
↳Responsável pelo estado comportamental e 
pelo comportamento 
↳Preferencialmente no simpático; 
Reação de Alarme 
• Aumenta glicólise (maior oferta de glicose) 
• Vasodilatação nos vasos dos músculos es-
queléticos 
• Aumento do ritmo cardíacoe da circulação 
coronária 
• Aumento da PA 
• Vasoconstrição nos vasos cutâneos (palidez) 
• Dilatação dos brônquios (melhora oxigena-
ção) 
• Dilatação das pupilas (midríase) 
• Diminuição do peristaltismo intestinal e fecha-
mento dos esfíncteres 
• Aumento da sudorese e ereção dos pêlos 
• Aumento da força muscular 
Sistema ventro-medial 
↳Via principal; 
↳Desce pela medula; 
↳Controla os músculos proximais e axiais. 
T. Vestíbulo-espinhal 
↳Responsável pela manutenção da postura 
equilibrada do corpo (Reflexos vestibulares) 
Lateral: ajustes posturais do equilíbrio corpo-
ral 
Medial: ajustes posturais do tronco e da ca-
beça 
T. Retículo-espinhal 
Pontino: ajustes posturais antecipatórios 
Bulbar: ajustes posturais antecipatórios 
Trato reticular pontino 
Via excitatória 
↳Motoneurônios homolaterais dos músculos 
extensores dos membros inferiores e flexores 
dos membros superiores, estabilizando as arti-
culações. Tonicamente estimulados pelos nú-
cleos vestibulares e pelos núcleos profundos 
do cerebelo. 
Trato reticular bulbar 
↳Via INIBITÓRIA para os mesmos motoneurô-
nios homolaterais controlados pelo sistema 
pontino Causa “liberação” da influência inibitória 
T. Teto-espinhal 
↳Responsável pela orientação reflexa da ca-
beça e manutenção da focalização visual aos 
estímulos visuais 
 
Sistema Lateral 
T. Rubro-espinhal 
↳Controle coadjuvante da motricidade volun-
tária apendicular Controla os músculos distais 
dos membros, sob o comando de influências 
corticais 
T. Córtico-espinhal lateral 
↳Controle da motricidade voluntária apendicu-
lar 
T. Córtico-espinhal medial 
↳Controle da motricidade voluntária axial – 
pode se ajudar no eixo axial (ventro-medial) 
↳O sistema lateral e sistema ventral-medial for-
mam o controle do corpo 
Receptores sensoriais musculares — 
fusos musculares e órgãos tendinosos 
de golgi — e suas funções no controle 
muscular 
O controle adequado da função muscular re-
quer não apenas a excitação do músculo pelos 
neurônios motores anteriores da medula espi-
nal, mas também o feedback contínuo da in-
formação sensorial de cada músculo para a 
medula espinal, indicando o estado funcional do 
músculo a cada instante; isto é, qual é o com-
primento do músculo, qual é a tensão instan-
tânea e qual é a velocidade de variação de seu 
comprimento ou tensão? Para fornecer essas 
informações, os músculos e seus tendões são 
supridos abundantemente com dois tipos es-
peciais de receptores sensoriais: 
(1) os fusos musculares 
São distribuídos no ventre do músculo, envi-
ando informações para o sistema nervoso so-
bre o comprimento do músculo ou a veloci-
dade de variação do seu comprimento; 
(2) os órgãos tendinosos de Golgi 
Estão localizados nos tendões musculares, 
transmitindo informação sobre a tensão do 
tendão ou a velocidade de alteração da tensão 
do músculo. 
Os sinais desses dois receptores são quase in-
teiramente direcionados para o controle intrín-
seco do músculo. Eles operam, de forma quase 
completa, em nível subconsciente. Mesmo as-
sim, transmitem enorme quantidade de infor-
mação não somente para a medula espinal, 
mas também para o cerebelo e mesmo para 
o córtex cerebral, auxiliando cada uma dessas 
regiões do sistema nervoso no controle da 
contração muscular. 
Meninges – sistema de proteção 
Dura-máter: é a meninge mais superficial, 
espessa e resistente. 
Aracnóide: é uma membrana muito delgada, 
justaposta à dura-máter. 
Pia-máter: é a mais interna das meninges, 
aderindo intimamente à superfície do encéfalo 
e da medula, cujos relevos e depressões 
acompanham até o fundo dos sulcos cerebrais. 
Liquor – sistema de proteção 
Líquor (líquido cerebroespinhal ou cefalorraqui-
diano) é um fluido aquoso e incolor que ocupa 
o espaço subaracnóideo e as cavidades ventri-
culares. 
----------------------------------------------------------- 
↳As células reshaw são responsáveis pela con-
tração dos músculos sinergistas. 
↳Papel do tronco cerebral e a medula é o equi-
líbrio estático 
 
 
Anotações: 
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