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UNOCHAPECÓ ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E JURÍDICAS CURSO: DIREITO COMPONENTE CURRICULAR: DIREITO CONSTITUCIONAL II PROFESSOR: NILTON MARTINS DE QUADROS ACADÊMICO: RICARDO METZ WEITZ OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO E AS SUAS LIMITAÇÕES TEORI ALBINO ZAVASCKI Resenha Regras e princípios muitas vezes são, equivocadamente, tratados como sinônimos. Todavia, é importar fazer a distinção entre ambos. Princípios são normas com elevado grau de generalidade, admitindo desta forma a ponderação no caso concreto. Já as regras exigem um cumprimento pleno, sendo necessário fazer exatamente o que está em seu texto. Quando há conflito entre regras ocorre a chamada antinomia. Resolve-se normalmente pela hierarquia entre as regras, mas também pela cronologia ou pela competência legislativa. Já quando é entre princípios a solução se dá no caso concreto, ponderando os princípios de modo a resolver o caso em questão. Cabe ressaltar notar que a ponderação ou exclusão, no caso concreto, nada diz respeito ao sistema jurídico em si, no qual o princípio continuar eficaz. A Constituição Federal assegura a todos vários direitos fundamentais. Entre todos, cabe ressaltar dos grandes princípios, quais sejam, o da efetividade da jurisdição e o da segurança jurídica. Pelo primeiro, tem-se o direito de o indivíduo demandar, do Estado, a justiça, feita em tempo razoável, e a garantia dos seus resultados práticos. Já pelo segundo entende-se, de grosso modo, o direito de permanência dos bens jurídicos àqueles que detêm sua titularidade. Destes dois importantes princípios decorrem vários direitos fundamentais, entre eles, direitos e deveres constitucionais ao litigante demandante, como o direito de ação e a vedação à “justiça com as próprias mãos”. Já ao demandado é garantido, por exemplo, o direito ao contraditório e ampla defesa e, em contrapartida, é necessário, assim como para o demandante a submissão à jurisdição. Entre os princípios constitucionais não há hierarquia. Assim, em caso de colisão, o aplicador do direito pode relevar algum dos princípios, porém sem o descaracterizar por inteiro. Desta forma, diante uma colisão entre princípios, tanto o legislador quando o jurista, devem se basear em sobreprincípios como, por exemplo, o da necessidade, o da proporcionalidade, o da salvaguarda do núcleo essencial, entre outros, para assim resolver o caso prático. Deste modo, se assegura uma aplicação correta e efetiva da nossa Constituição e dos princípios por ela tutelados, de forma que todos possuem preservado seu núcleo essencial, impedindo a exclusão de direitos, tanto por parte do criador, quanto do aplicador da norma.
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