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PROJETO LIDIA

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28
Sistema de Ensino Presencial Conectado
PEDAGOGIA
LIDIA GANSER COSTA LEAL
LITERATURA INFANTIL:
O mundo mágico da história
Cascavel
 2019
LIDIA GANSER COSTA LEAL
LITERATURA INFANTIL:
O mundo mágico da história
Projeto de Ensino apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Pedagogia. 
Orientador: Prof.ª Natália Gomes dos Santos
Tutor de sala: Andrise Teixeira
Tutor eletrônico: Nathalia Alves da Silva
Cascavel
2019
LEAL, Lidia Ganser Costa. LITERATURA INFANTIL: O mundo mágico da história. 2019. Número total de folhas: 27. Projeto de Ensino (Graduação em Pedagogia) – Centro de Ciências Exatas e Tecnologia. Universidade Norte do Paraná, Cascavel, 2019.
RESUMO
O seguinte projeto foi realizado por meio de uma pesquisa bibliográfica sobre literatura infantil, resgatando um pouco das origens desse gênero, suas primeiras publicações e sua utilização como recurso didático em sala de aula.
A literatura infantil aperfeiçoa o desenvolvimento da linguagem a través da ludicidade, sendo um excelente recurso que atua positivamente no desenvolvimento cognitivo y emocional da criança. No decorrer da pesquisa foi detectado que a leitura melhora a criatividade e desenvolve a imaginação. Este trabalho destina-se a crianças do quinto ano do ensino fundamental. Por meio de uma revisão bibliográfica se procura, investigar como ocorre o desenvolvimento da leitura do conto de fadas para crianças de 10 anos. 
Peter L. Berger (1972), Thomas Luckmann (1985), Philippe Airiés (1978), Paulo Freire (1992), Magda Soares (2001) e Ângela Kleiman (2001) COELHO,(1985,p.108), VIGOTSKI (1998), Vygotsky (2002,p.130), FERNANDES (2003,p.10), ARIÈS (1981), ZILBERMAN, 1985,p.18). (Cunha (1987), p. 20, Regina Zilberman (1985, p. 13-14). ZILBERMAN, 2005, p. 19 COELHO, 2000, p.51). COSTA, 2007, p.33). Jolibert (1994 p.14) Souza e Feba (2011, p.153). Bettlheim (2006, p.18). Bettelheim (1980, p.14). Barbosa (1999, p. 22). Frantz (2011, p. 53-60). Bordini (1985, p. 27-28). Zilberman (1994, p.22). Góes, 1991; Carvalho, 1985), .” (Corso & Corso, 2006, p.29). (Haydt, 1998). Bruner (2001) (p.99).
foram os principais referenciais teóricos utilizados para atender nossos objetivo
Palavras-chave: Contação de histórias, Literatura infantil, imaginação, criatividade.
SUMÁRIO
51 INTRODUÇÃO
72 Revisão Bibliográfica
72.1 Literatura e conhecimento
92.2 A concepção da criança
102.3 O surgimento da literatura infantil
122.4 Anos iniciais e Literatura infantil
173 Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino
173.1Tema e linha de pesquisa
173.2 Justificativa
183.3 Problematização
183.4 Objetivos
183.5 Conteúdos
183.6 Processo de desenvolvimento
233.7 Tempo para a realização do projeto 90 dias
233.8 Recursos humanos e materiais
243.9 Avaliação
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................25
REFERÊNCIAS........................................................................................................26
1 INTRODUÇÃO
A prática de contar histórias nasceu da necessidade da humanidade de transmitir conhecimentos às novas gerações, utilizando se da oralidade. O tema foi escolhido para sua aplicação na Docência nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, sendo o público alvo os alunos de 5° ano do Ensino Fundamental. A narrativa faz parte da cultura da humanidade, introduzindo-nos a um mundo de fantasia, estimulando a imaginação do ouvinte e também o transportando a lugares mágicos. O professor e o eixo para o desenvolvimento do senso crítico dos alunos e o principal orientador no hábito da leitura.
Através da literatura se adquirem conhecimentos culturais de diferentes povos, suas origens, seus costumes e aspectos sociais, assim como também ajudam os ouvintes a superar traumas diversos, entre eles o medo, o abandono, a culpa entre outros, dentro deste contexto os contos de fadas estimula o leitor a resistir as adversidades.
Ao realizar o presente trabalho, nos deparamos com a seguinte questão: Como a contação de histórias contribui para o aprendizado da criança e o desenvolvimento da imaginação e o aperfeiçoamento da criatividade?
Em quanto aos objetivos deste estudo, procura-se aproximar o aluno ao mundo mágico da literatura infantil permitindo uma viagem a través do conto, mediante o qual os alunos se manifestem na construção da sua personalidade e também fortaleçam os laços de amizade por meio da socialização.
Neste projeto se trabalharão as conversas informais, estratégias de leitura, apropriação do vocabulário, linguagem oral e escrita, valores e vínculo social e familiar.
A realização deste trabalho foi possível, utilizando-se da pesquisa sobre o tema, dos seguintes autores: Peter L. Berger (1972), Thomas Luckmann (1985), Philippe Airiés (1978), Paulo Freire (1992), Magda Soares (2001) e Ângela Kleiman (2001) COELHO,(1985,p.108), VIGOTSKI (1998), Vygotsky (2002,p.130), FERNANDES (2003,p.10), ARIÈS (1981), ZILBERMAN, 1985,p.18). (Cunha (1987), p. 20, Regina Zilberman (1985, p. 13-14). ZILBERMAN, 2005, p. 19 COELHO, 2000, p.51). COSTA, 2007, p.33). Jolibert (1994 p.14) Souza e Feba (2011, p.153). Bettlheim (2006, p.18). Bettelheim (1980, p.14). Barbosa (1999, p. 22). Frantz (2011, p. 53-60). Bordini (1985, p. 27-28). Zilberman (1994, p.22). Góes, 1991; Carvalho, 1985), .” (Corso & Corso, 2006, p.29). (Haydt, 1998). Bruner (2001) (p.99).
.
2 Revisão Bibliográfica
2.1 Literatura e conhecimento
O presente trabalho tem a intenção de aprimorar as capacidades de construção do conhecimento através da literatura infantil para alunos do quinto ano do ensino fundamental. Pode-se dizer que é nesse momento que a criança entra como um valor a ser levado em consideração no processo social e no contexto humano. (COELHO,1985,p.108)
Literatura é uma palavra que vem do latim, littera, cujo significado e letra, podem definir se também como um conjunto de habilidades de ler e escrever de forma correta. Literatura é a arte de criar produções literárias utilizando-se os conhecimentos culturais, geográficos, históricos, etc.
As primeiras civilizações utilizavam a linguagem oral para repassar aos seus descendentes a sabedoria deixada por seus antepassados, para solucionar problemas e manter vivas as tradições e segredos de seus povos. Nesse sentido, ao olharmos para a história da humanidade constatamos que ela está fortemente marcada pelo uso que os homens fizeram das narrativas para que pudessem se descobrir enquanto pessoas e para repassar às gerações futuras sua identidade e as descobertas realizadas em consequência de suas necessidades, ou seja, o fazer-se ser humano foi construído no
decorrer da história narrada. Souza e Feba (2011, p. 153).
Segundo o autor:
Com o decorrer do tempo, [...] a oralidade deixa de exercer suas funções e os nossos antepassados buscam uma nova forma de registrar os conhecimentos adquiridos, nascendo, assim, a linguagem escrita, que possibilitou perpetuar aqueles textos que nos eram contados [...].Souza e Feba (2011, p. 153).
A literatura encontra se em poesia, prosa, ficção, romance, na cultura de um povo, entre outros. E através da sedução e do encantamento provenientes das histórias que ocorre o envolvimento dos estudantes e consequente desenvolvimento de muitas funções intelectuais, como por exemplo: atenção, memória, abstração, capacidade para comparar e diferenciar (VIGOTSKI, 1998).
A formação de leitores requer um processo na interação com o meio, sendo o professor da educação infantil, o alicerce para que a criança posa compreender o mundo. A contação de história faz com que a criança ingresse a um mundo imaginário, aprendendo a interagir por meio do lúdico.
Na sala de aula ocorre uma troca de saberes e conhecimentos, pois tanto o aluno leva para o ambiente escolar o saberes culturais do seu convívio familiar, quanto o professor também carrega uma bagagem de experiências e vivências. Essa interações aprimoram o desenvolvimento social no processo do aprendizado, no ambientefísico e também na relação com outras pessoas.
Por intermédio da literatura infantil são determinadas novas visões do mundo, fornecendo à criança a capacidade de refletir e questionar. Bettelheim (1980) afirma que a criança desenvolve por meio da literatura, o potencial crítico y reflexivo.
Segundo o autor:
A Literatura Infantil faculta à criança a compreensão dos seres humanos, do mundo ao seu redor e de si mesma. As boas obras modernas podem desenvolver prontidão para a imitação de virtudes, cultivar sentimentos altruístas e desenvolver a consciência de que é preciso respeitar as riquezas naturais, sem opressão ou constrangimentos. Para isso, é necessário que o enfoque estético rompa compromissos com a Pedagogia e com a doutrinação, conforme se observam nos conteúdos dos antigos modelos pedagógicos (FERNANDES, 2003, p. 10).
A história deve despertar alguma coisa em quem vai contá-la: ou porque é bela e divertida, ou porque tem uma boa trama, ou porque acalma uma aflição… (ABRAMOVICH, 1989). Através da literatura a criança entra em um mundo de fantasia, identificando-se com os personagens e desenvolvendo o prazer pela leitura.
A criação de uma situação imaginária não é algo fortuito na vida da criança; pelo contrário, é a primeira manifestação da emancipação da criança em relação às restrições situacionais. O primeiro paradoxo contido no brinquedo é que a criança opera com um significado alienado numa situação real. O segundo é que, no brinquedo, a criança segue o caminho do menor esforço – ela faz o que mais gosta de fazer, porque o brinquedo está unido ao prazer – e, ao mesmo tempo, aprende a seguir os caminhos mais difíceis, subordinando-se a regras e, por conseguinte, renunciando ao que ela quer, uma vez que a sujeição a regras e a renúncia à ação impulsiva constitui o caminho para o prazer do brinquedo. (Vygotsky 2002, p. 130).
2.2 A concepção da criança
Na antiguidade não se dividia as idades pela faixa etária, às crianças eram consideradas adultos em miniatura e até as suas vestimentas eram confeccionadas iguais as dos adultos, do mesmo modo, acudiam aos mesmos ambientes que os adultos. Segundo ARIÈS (1981) na Idade Média (476-1453), considerava-se a infância como um período caracterizado pela inexperiência, dependência e incapacidade de corresponder a demandas sociais mais complexas. 
A educação não era separada do adulto, todos estudavam os mesmos conteúdos baseado na convivência familiar. “A criança era, portanto, diferente do homem, mas apenas no tamanho e na força, enquanto as outras características permaneciam iguais” (ARIÈS, 1981, p.14).
A partir do final do século XVII começou-se a ter um novo olhar sobre a imagem da infância, assim como o pensamento dos homens teve uma mudança significativa voltada para o sistema de escolarização, iniciando o processo de valorização da criança. A partir daí, a iconografia começou a ser demonstrada na figura de crianças-anjos, estabelecendo uma religião para as crianças (ARIÈS, 1981, p.14).
Segundo a autora:
[...] a concepção de uma faixa etária diferenciada, com interesses próprios e necessitando de uma formação específica, só acontece em meio à Idade Moderna. Esta mudança se deveu a outro acontecimento da época: a emergência de uma nova noção de família, centrada não mais em amplas relações de parentesco, mas num núcleo unicelular, preocupado em manter sua privacidade (impedindo a intervenção dos parentes em seus negócios internos) e estimular o afeto entre seus membros. Regina Zilberman (1985, p.13)
2.3 O surgimento da literatura infantil
A literatura infantil surgiu a partir do século XVIII, no continente europeu, com o intuito de educar as crianças, sendo Charles Perrault o precursor da mesma, nesses contos era ensinada a separação do bem e do mal, segundo Marisa Lajolo e Regina Zilberman
Se a imagem da criança é contraditória, é precisamente porque o adulto e a sociedade nela projetam, ao mesmo tempo, suas aspirações e repulsas. A imagem da criança é, assim, o reflexo do que o adulto e a sociedade pensam de si mesmos. Mas este reflexo não é ilusão; tende, ao contrário, a tornar-se realidade. Com efeito, a representação da criança assim elaborada transforma-se, pouco a pouco, em realidade da criança. Esta dirige certas exigências ao adulto e à sociedade, em função de suas necessidades essenciais. (ZILBERMAN, 1985, p. 18).
Charles Perrault também criou os contos de fadas e seu primeiro livro teve origem o 11 de janeiro de 1897, foram os conhecidos Contos da mamãe gansa, o qual constava de três contos: O Pequeno Polegar, As Fadas e O Mestre Gato, sendo este, o início do gênero literatura infantil. 
Segundo o autor:
 “No Brasil, como não poderia deixar de ser, a literatura infantil tem início com obras pedagógicas e, sobretudo, adaptadas de produções portuguesas, demonstrando a dependência típica das colônias” (Cunha (1987), p. 20).
Os primeiros textos para crianças são escritos por pedagogos e professores, com marcante intuito educativo. E, até hoje, a literatura infantil permanece como uma colônia da pedagogia, o que lhe causa grandes prejuízos: não é aceita como arte, por ter uma finalidade pragmática; e a presença deste objetivo didático faz com que ela participe de uma atividade comprometida com a dominação da criança. Regina Zilberman (1985 p. 13-14).
A literatura infantil, por sua vez, é outro dos instrumentos que tem servido à multiplicação da norma em vigor. Transmitindo, via de regra, um ensinamento conforme a visão adulta de mundo, ela se compromete com padrões que estão em desacordo com os interesses do jovem. (Zilberman 1985,p. 20)
Carl Jansen, Figueiredo Pimentel e Olavo Bilac são os desbravadores da literatura infantil brasileira. Praticaram, cada uma seu modo, a Lei de Lavoisier, já mencionada. Sem eles, talvez os livros nacionais para as crianças demorassem a aparecer; mas “fé e orgulho” terão em/de Monteiro Lobato, o sucessor desse núcleo original, aquele que ainda hoje se lê e relê, graças ao patrimônio literário que legou (ZILBERMAN, 2005, p. 19). 
A literatura infantil é antes de tudo, literatura; ou melhor, é arte: fenômeno de criatividade que representa o mundo, o homem, a vida, através da palavra. Funde os sonhos e a vida prática, o imaginário e o real, os ideais e a sua possível/impossível realização... (COELHO, 2000, p. 27)
Segundo o autor: 
A literatura infantil é antes de tudo, literatura; ou melhor, é arte: fenômeno de criatividade que representa o mundo, o homem, a vida, através da palavra. Funde os sonhos e a vida prática, o imaginário e o real, os ideais e a sua possível/impossível realização... (COELHO, 2000, p. 27)
Através da literatura infantil, a criança desenvolve a imaginação, aperfeiçoa a criatividade, realiza uma viagem imaginária a lugares povoados de fadas e duendes, natureza animada, animais falantes, entre outros. Daí a importância que se atribui, hoje, a orientação a serem dadas as crianças, no sentido de que, ludicamente, sem tensões ou traumatismos, elas consigam estabelecer relações fecundas entre o universo literário e seu mundo interior, para que se forme, assim, uma consciência que facilite ou amplie suas relações com o universo real que elas estão descobrindo dia-a-dia e onde elas precisam aprender a se situar com segurança, para nele poder agir (COELHO, 2000, p. 51).
 [...], trabalhar com a literatura infantil representa, simultaneamente, contribuir para a formação integral da criança e inseri-la na alteridade, isto é, no contato com o que é diferente dela, seja pelo conhecimento obtido nos textos sobre a existência de pessoas e pensamentos diferentes do seu, seja pelo contato com outros leitores no processo de interpretação, quando convivem diferentes resultados e compreensões do mesmo texto, apresentado em leitura compartilhada (COSTA, 2007, p. 33).
Em função da crescente valorização que a nossa época dá à linguagem como fator essencial na formação da criança e dos jovens, a literatura contemporânea tem supervalorizado o ato de narrar – compreendido como o ato de criar atravésda palavra... Daí a utilização cada vez maior da metalinguagem, com historias que falam de si mesmas e do seu fazer-se. Esse novo aspecto da literatura infantil/juvenil visa levar os leitores a descobrirem que a invenção literária é um processo de construção verbal, inteiramente dependente da decisão do escritor (COELHO, 2000, p. 153).
2.4 Anos iniciais e Literatura infantil 
A criança deve estar em contato com a leitura desde a, mas tenra infância para assim, desenvolver o prazer pela leitura e exercitar a sua mente. 
É lendo que nos tornamos leitores e não aprendendo primeiro para poder ler depois: não é legítimo instaurar uma defasagem, nem no tempo, nem na natureza da atividade, entre “aprender a ler” e “ler”. Colocada numa situação de vida real em que precisa ler um texto, ou seja, construir seu significado (para sua informação ou prazer), cada criança mobiliza suas competências anteriores e deve elaborar novas estratégias para concluir a tarefa. [...] Não se ensina uma criança a ler: ela é quem se ensina a ler com a nossa ajuda (e a de seus colegas e dos diversos instrumentos da aula, mas também a dos pais e de todos os leitores encontrados). Jolibert (1994 p. 14).
Segundo o autor:
A interpretação que nós, leitores, realizamos dos textos que lemos depende, em grande parte, do objetivo da nossa leitura. Isto é, ainda que o conteúdo de um texto permaneça invariável, é possível que dois leitores com finalidades diferentes extraiam informação distinta do mesmo. Assim, os objetivos da leitura são elementos que devem ser levados em conta quando se trata de ensinar a criança a ler e a compreender. (p.22)
Bordini (1985, p. 27-28) afirma que “os textos literários adquirem
no cenário educacional, uma função única, singular: aliam à informação o prazer do jogo, envolvem razão e emoções numa atividade integrativa, conquistando o leitor por inteiro e não apenas na sua esfera cognitiva”
A habilidade da leitura aliada à literatura na infância vai construindo um hábito que simplifica o processo da aprendizagem. Para a criança, ouvir histórias estimula a criatividade e formas de expressão corporal. Sendo um momento de aprendizagem rica em estímulos sensoriais, intelectuais, dá-lhe segurança emocional. Ouvir histórias também ajuda à criança a·entrar em contato com suas emoções, supre dúvidas e angústias internas. Através da narrativa a criança começa a entender o mundo ao seu redor e estabelecer relações com o outro, a socialização. Consequentemente, são mais criativas, saem-se melhor no aprendizado e serão adultos mais felizes. Barbosa (1999, p. 22).
Segundo o autor:
A literatura sintetiza, por meio dos recursos da ficção, uma realidade, que tem amplos pontos de contato com o que o leitor vive cotidianamente. Assim, por mais exacerbada que seja a fantasia do escritor ou mais distanciada e diferente as circunstâncias de espaço e tempo dentro das quais uma obra é concebida, o sintoma de sua sobrevivência é o fato de que ela continua a se comunicar com o destinatário atual, porque ainda fala de seu mundo, com suas dificuldades e soluções, ajudando-o, pois, a conhecê-lo melhor. Zilberman (1994, p.22)
A literatura infantil amplia os conhecimentos do mundo, desenvolve as emoções e transportando os a mundos desconhecidos, e proporcionando lhes um ensinamento através do lúdico. Bordini (1985, p. 27-28) afirma o seguinte “os textos literários adquirem no cenário educacional, uma função única, singular: aliam à informação o prazer do jogo, envolvem razão e emoções numa atividade integrativa, conquistando o leitor por inteiro e não apenas na sua esfera cognitiva”.
De acordo com Maria (2002), para acompanhar o processo de formação do aluno-leitor é imprescindível que o professor tenha construído ou esteja construindo, para si próprio, uma história de leitor. 
Frantz (2011, p. 53-60) ressalta que para atingirem-se os objetivos da aula de contação de história, tem que evitar-se os seguintes pontos:
 a) Didatismo e pedagogismo: a leitura tem sido utilizada apenas como fins didático-pedagógicos; b) Moralismo: os livros infantis estão repletos de histórias que almejam unicamente a transmissão de normas de comportamento que levem a criança a ser da maneira como os adultos desejam. c) Adultocentrismo e paternalismo: o mundo adulto com todos os seus preconceitos e valores sobrepõem-se aos valores do mundo infantil, sufocando-os. d) Visão fechada de mundo: alguns autores apresentam a seus leitores infantis um mundo pronto, acabado, de valores absolutos e inquestionáveis. e) Infantilismo: há textos que parecem se destinar a um leitor que só entende a linguagem do “inho” e da “inha”, subestimando a criança, entendendo o ser infantil como um ser menor, inferior, ao qual se deve oferecer uma literatura igualmente inferior e de menor qualidade.
Segundo o autor:
Para a criança, ouvir histórias estimula a criatividade e formas de expressão corporal. Sendo um momento de aprendizagem rica em estímulos sensoriais, intelectuais, dá-lhe segurança emocional. Ouvir histórias também ajuda a criança a entrar em contato com suas emoções, supre dúvidas e angústias internas. Através da narrativa a criança começa a entender o mundo ao seu redor e estabelecer relações com o outro, a socialização. Consequentemente, são mais criativas, saem-se melhor no aprendizado e serão adultos mais felizes. Barbosa (1999, p. 22).
O conto de fadas é magia e encanto repletos de significados, segundo o autor: Esta é a mensagem que os contos de fadas transmitem às crianças de forma múltipla: uma luta contra as dificuldades graves na vida é inevitável, é parte intrínseca da existência humana; e se a pessoa não se intimida, mas se defronta de modo firme com as pressões inesperadas e muitas vezes injustas, ela dominará todos os obstáculos e, ao fim, emergirá vitoriosa. Bettelheim (1980, p.14).
A literatura hoje não tem o intuito de normatizar ou impor regras doutrinárias às crianças. Ao contrário, pode permitir que as crianças conhecessem valores estéticos e humanos, oferecer recreação e aprendizagem (Carvalho, 1985). Os contos de fada, enquanto símbolos representam um farto material de compreensão da dimensão psicológica humana, através dos mitos que revelam aspectos internos e de visão de mundo e de homem (Carvalho, 1985).
Os contos de fada, à diferença de qualquer outra forma de literatura, dirigem a criança para a descoberta de sua identidade e comunicação, e também sugerem as experiências que são necessárias para desenvolver ainda mais o seu caráter. (...) declaram que uma vida compensadora e boa está ao alcance da pessoa apesar da adversidade. Bettlheim, (2006, p.18).
Segundo a autora: a literatura infantil tem funções amplas como: A leitura reflexiva, a aquisição do vocabulário, a aquisição de conceitos. Assim como as preferências, o gosto pela leitura e a escolha de valores são adquiridos através da literatura. O ideal da literatura é deleitar, entreter, instruir e educar as crianças. (...) num aspecto estético-formativo e na educação da sensibilidade, pois reúne a beleza da palavra e a beleza das imagens. Lúcia Góes (1991, p.22.). De acordo com (Góes, 1991), os contos de fadas surgiram na linguagem ora, para logo após tornaram-se mitos. Os primeiros contos de fada remotam à Idade Média, por volta do século V ao XV (Góes, 1991; Carvalho, 1985). 
Segundo o dicionário Infopédia da Língua Portuguesa, o termo fada, significa ser imaginário do sexo feminino a que se atribuem poderes sobrenaturais ou mágicos e que, algumas lendas, conseguem influenciar os destinos das vidas humanas.
Segundo o autor:
. (...) por todos os seus roteiros padrão sobre a vida, deixam espaço para aquelas rupturas e violações (...) tornar o conhecido novamente desconhecido. Então, embora “contar a história” da realidade seja um empreendimento em que há um risco de criar a realidade hegemônica, as grandes histórias reabrem para um novo questionamento. (...) para nos ajudar a enxergar novamente, sob um novo ângulo. Bruner (2001) (p.99).
A leitura pode ser estimulada com uma maiorvalorização da biblioteca. Os professores podem fazer visitas com seus alunos, relatando o quanto de conhecimento que está acumulado naquelas prateleiras (Bordenave & Pereira, 2005). 
Os métodos de ensino, de acordo com Carvalho (citada em Haydt, 1998), podem ser: individualizantes, socializantes e sócio-individualizados. Os socializantes pressupõem a interação social em suporte à aprendizagem, como os jogos, assim como os trabalhos em grupo que absorvem de maneira intensa e integral, entusiasmando os alunos (Haydt, 1998).
Não é possível ignorar a ferramenta da Internet, no entanto devem-se indicar os caminhos adequados e confiáveis para a aprendizagem. Marques (citada em Haydt 1998). 
Enquanto ao aprendizado por meio da literatura infantil, o autor esclarece: Ao pensar em histórias, ela tem oportunidade de se organizar e compreender o mundo, ela se “(...) apropria de fragmentos, como tijolos de significação que combinam à sua moda para levantar a obra de determinado assunto que lhe desperta interesse.” (Corso & Corso, 2006, p.29).
De acordo com o critério exposto por Bettlheim (2006), os contos são um espaço de expressão, internos ou não, que permitem à criança posicionar-se, gerar alternativas e se organizar no mundo.
3 Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino
3.1Tema e linha de pesquisa
Este projeto abordará o tema Literatura infantil, a qual se considera uma parceira do professor no transcurso do ano letivo, fazendo-se presente nas rotinas, cumprindo a missão de motivar o aluno no processo de socialização e aprendizagem. Este assunto faz parte das temáticas abordadas no curso de Pedagogia contribuindo positivamente com o aperfeiçoamento profissional do educador.
3.2 Justificativa
Contar histórias faz parte dos recursos didáticos, possibilitando ao professor o ensino por meio da ludicidade. O projeto “Literatura infantil - O mundo mágico da história” direciona o professor a utilizar o conto de diversas formas, questionando sobre os personagens e acontecimentos da história, ofertando a possibilidade de aperfeiçoar os conhecimentos sobre assuntos apropriados às crianças, de forma prazerosa. "Quando as crianças ouvem histórias passam a visualizar de forma mais clara, os sentimentos que têm em relação ao mundo." Abramovich (1997). O ensinamento que trás o conto escolhido A Bela e a Fera e sobre a importância de não olhar para a aparência, mas para o interior da pessoa, assim como também o respeito às diferenças e a importância da leitura e do bom relacionamento entre pais e filhos. "A intenção de inserir a história no contexto escolar é de propiciar cultura, conhecimento, princípios, valores, educação ética, além de contribuir para uma boa construção de relacionamentos afetivos saudáveis, como: carinho e afeto, bons tratos, cuidados pessoais, reeducação alimentar, autoestima. Busatto (2006, p74)
3.3 Problematização
Como a contação de histórias contribui para o aprendizado da criança e o desenvolvimento da imaginação e o aperfeiçoamento da criatividade?
3.4 Objetivos
Objetivo geral
-Proporcionar momentos de prazer através da leitura, aproximando o aluno ao mundo da imaginação para que os mesmos manifestem seus sentimentos e construam critérios individuais.
Objetivos específicos
-Ampliar os horizontes da leitura.
-Desenvolver no aluno a imaginação e a importância da socialização por meio do trabalho em grupo.
- Estimular a criatividade.
3.5 Conteúdos
●Linguagem oral e escrita
●Apropriação do vocabulário.
●Estratégias de leitura.
●Vínculo social.
●Valores.
3.6 Processo de desenvolvimento
Para efetuar este projeto, se colocarão em prática as estratégias de revisão bibliográfica, investigação e exploração dos conteúdos presentes no desenvolvimento do trabalho. O embasamento teórico foi realizado com enfoque em livros publicações, artigos, textos online com o intuito de fortalecer os conhecimentos e a compreensão do assunto abordado.
O projeto será desenvolvido em 5 encontros, sendo os mesmos de suma importância para atingir os objetivos aqui apresentados, os quais serão realizados uma vez por semana, ou seja, o mesmo será trabalhado em 5 semanas seguidas. 
PROJETO PEDAGÓGICO “O mundo mágico da história”
Ensino fundamental I
Professora: Vera Teixeira Batista
Tema: Literatura Infantil
Turma: 5° ano. 
Número de alunos: 24
Tempo: 5 encontros de uma hora cada um, realizados uma vez por semana.
Dados de identificação:
*Nome da história: “A Bela e a Fera”.
*Nome da autora: 1° versão - Gabrielle-Suzane Barbot - 1740.
1° Encontro:
●Rodinha para conversa informal, troca de idéias e análise de conhecimentos prévios.
●Lista de personagens;
A professora direcionará os alunos a sentar se em uma roda no piso da sala e realizará a apresentação do conto "A Bela e a Fera", expondo primeiramente o título do livro escolhido e a ilustração da capa do mesmo. Após realizar a contação da história dando oportunidade aos alunos para que se expressem livremente sobre o conteúdo do conto, estimulando os mesmos a expressarem as suas ideias sobre o respeito às diferenças e também a solidão e as habilidades para superá-la. 
2° Encontro:
A professora apresentará aos alunos um desafio, no qual a turma se dividirá em 2 grupos compostos por 10 alunos cada um, será realizado um sorteio com os nomes de todos os alunos para participarem da atividade. Após este momento, serão orientados a fazerem uma releitura do conto "A Bela e a Fera", cada grupo com a sua versão. Cada grupo escolherá um espaço da sala para conversar sobre a sua versão do conto e a escolha dos materiais que serão utilizados na elaboração do mesmo. 
3° Encontro:
A professora organizará novamente os grupos do 1 e 2, em diferentes lugares da sala e verificará o andamento da realização da releitura, tirando dúvidas e orientando os nas ideias e propostas de cada grupo para assim melhorar os procedimentos para a elaboração do conto. Finalizando o encontro com a última etapa para a construção do projeto. 
4° Encontro:
Apresentação da releitura do grupo 1.
5° Encontro:
Apresentação da releitura do grupo 2.
Conto: A Bela e a fera 
Há muitos anos, em uma terra distante, viviam um mercador e suas três filhas . A mais jovem era a mais linda e carinhosa, por isso era chamada de "BELA".
Um dia, o pai teve de viajar para longe a negócios. Reuniu as suas filhas e disse:
— Não ficarei fora por muito tempo. Quando voltar trarei presentes. O que vocês querem? As irmãs de Bela pediram presentes caros, enquanto ela permanecia quieta. O pai se voltou para ela, dizendo:
— E você, Bela, o que quer ganhar? 
— Quero uma rosa, querido pai, porque neste país elas não crescem, respondeu Bela, abraçando-o forte. O homem partiu, conclui os seus negócios, pôs-se na estrada para a volta. Tanta era a vontade de abraçar as filhas, que viajou por muito tempo sem descansar. Estava muito cansado e faminto, quando, a pouca distância de casa, foi surpreendido, em uma mata, por furiosa tempestade, que lhe fez perder o caminho. Desesperado, começou a vagar em busca de uma pousada, quando, de repente, descobriu ao longe uma luz fraca. Com as forças que lhe restavam dirigiu-se para aquela última esperança. Chegou a um magnífico palácio, o qual tinha o portão aberto e acolhedor. Bateu várias vezes, mas sem resposta. Então, decidiu entrar para esquentar-se e esperar os donos da casa. Interior, realmente, era suntuoso, ricamente iluminado e mobiliado de maneira esquisita. O velho mercador ficou defronte da lareira para enxugar-se e percebeu que havia uma mesa para uma pessoa, com comida quente e vinho delicioso. Extenuado, sentou-se e começou a devorar tudo. Atraído depois pela luz que saía de um quarto vizinho, foi para lá, encontrou uma grande sala com uma cama acolhedora, onde o homem se esticou, adormecendo logo. De manhã, acordando, encontrou vestimentas
limpas e uma refeição muito farta. Repousado e satisfeito, o pai de Bela saiu do palácio, perguntando-se espantado por que não havia encontrado nenhuma pessoa. Perto do portão viu uma roseira com lindíssimas rosase se lembrou da promessa feita a Bela. Parou e colheu a mais perfumada flor. Ouviu, então, atrás de si um rugido pavoroso e, voltando-se, viu um ser monstruoso que disse: 
— É assim que pagas a minha hospitalidade, roubando as minhas rosas? Para castigar-te, sou obrigado a matar-te! O mercador jogou-se de joelhos, suplicando-lhe para ao menos deixá-lo ir abraçar pela última vez as filhas. A fera lhe propôs, então, uma troca: dentro de uma semana devia voltar ou ele ou uma de suas filhas em seu lugar. Apavorado e infeliz, o homem retornou para casa, jogando-se aos pés das filhas e perguntando-lhes o que devia fazer. Bela
aproximou-se dele e lhe disse: 
— Foi por minha causa que incorreste na ira do monstro. É justo que eu vá...
De nada valeram os protestos do pai, Bela estava decidida. Passados os sete dias, partiu para o misterioso destino. Chegada à morada do monstro, encontrou tudo como lhe havia descrito o pai e também não conseguiu encontrar alma viva. Pôs-se então a visitar o palácio e, qual não foi a sua surpresa, quando, chegando a uma extraordinária porta, leu ali a inscrição
com caracteres dourados: "Apartamento de Bela". Entrou e se encontrou em uma grande ala do palácio, luminosa e esplêndida. Das janelas tinha uma encantadora vista do jardim. Na hora do almoço, sentiu bater e se aproximou temerosa da porta. Abriu-a com cautela e se encontrou ante de Fera. Amedrontada, retornou e fugiu através das salas. Alcançada a última, percebeu
que fora seguida pelo monstro. Sentiu-se perdida e já ia implorar piedade ao terrível ser, quando este, com um grunhido gentil e suplicante lhe disse:
— Sei que tenho um aspecto horrível e me desculpo; mas não sou mau e espero que a minha companhia, um dia, possa ser-te agradável. Para o momento, queria pedir-te, se podes, honrar-me com tua presença no jantar.
Ainda apavorada, mas um pouco menos temerosa, Bela consentiu e ao
fim da tarde compreendeu que a fera não era assim malvada. Passaram juntas muitas semanas e Bela cada dia se sentia afeiçoada àquele estranho ser, que sabia revelar-se muito gentil, culto e educado. Uma tarde, a Fera levou Bela à parte e, timidamente, lhe disse: 
— Desde quando estás aqui a minha vida mudou. Descobri que me apaixonei por ti. Bela, queres casar-te comigo? A moça, pega de surpresa, não soube o que responder e, para ganhar tempo, disse:
— Para tomar uma decisão tão importante, quero pedir conselhos a meu pai que não vejo há muito tempo! 
A Fera pensou um pouco, mas tanto era o amor que tinha por ela que, ao final, a deixou ir, fazendo-se prometer que após sete dias voltaria. Quando o pai viu Bela voltar, não nos acreditaram próprios olhos, pois a imaginava já devorada pelo monstro. Pulou-lhe ao pescoço e a cobriu de beijos. Depois começaram a contar-se tudo que acontecera e os dias passaram tão velozes que Bela não percebeu que já haviam transcorridos bem mais de sete. Uma noite, em sonhos, pensou ver a Fera morta perto da roseira. Lembrou-se da promessa e correu desesperadamente ao palácio. Perto da roseira encontrou a Fera que morria. Então, Bela a abraçou forte, dizendo: 
— Oh! Eu te suplico: não morras! Acreditava ter por ti só uma grande estima, mas como sofro, percebo que te amo. Com aquelas palavras a Fera abriu os olhos e soltou um sorriso radioso e diante de grande espanto de Bela começou a transformar-se em um esplêndido jovem, o qual a olhou comovido e disse:
— Um malvado encantamento me havia preso naquele corpo monstruoso. Somente fazendo uma moça apaixonar-se podia vencê-lo e tu és a escolhida. Queres casar-te comigo agora? Bela não fez repetir o pedido e a partir de então viveram felizes e apaixonados. 
3.7 Tempo para a realização do projeto 90 dias
Para a realização deste projeto foram necessárias 3 etapas:
Na primeira etapa foi realizada a escolha do tema e a pesquisa referente ao tema Literatura infantil: sua origem, sua história, a sua importância para o desenvolvimento da criança. Após foi realizada uma pesquisa bibliográfica fundamentada no tema escolhido e no conto de fadas como ferramenta na construção na prática pedagógica. Esta etapa foi realizada no período correspondente a trinta dias.
A segunda etapa iniciou-se com a introdução, também a elaboração da justificativa, problematização, objetivos e conteúdos do projeto fundamentados nos autores escolhidos.
A terceira etapa realizou-se em trinta dias, nos quais foi elaborado o desenvolvimento do projeto, a avaliação diagnóstica e a conclusão do mesmo nas considerações finais e as referências bibliográficas.
3.8 Recursos humanos e materiais
Alunos - Livro de conto: A Bela e a Fera - Folha branca sulfite para expor a releitura do conto por meio da criatividade.
3.9 Avaliação
A avaliação ocorrerá através da participação individual e em grupo, o envolvimento dos alunos nas atividades, mediante a análise da releitura do conto realizada em grupos de cinco alunos e a apresentação da mesma diante dos colegas e professor.
4 Considerações finais
Foi identificada a importância da literatura infantil no desenvolvimento social da criança, pois a criança amplia o conhecimento do mundo, por meio da imaginação, cria histórias e exterioriza a concepção da vida em sociedade. A literatura infantil deve utilizar-se como forma lúdica de ensino, auxiliando a criança a enfrentar medos e procurando a compreensão das suas angústias. A literatura infantil se considera uma das técnicas mais importantes no desenvolvimento e na aprendizagem das crianças, pois possibilitam as mesmas à expressa as concepções importantes para sua vida em sociedade, de forma lúdica.
REFERÊNCIAS
AZEVEDO, Fernando. Literatura Infantil e Leitores Da Teoria às Práticas 2ª Edição revista e ampliada. ISBN: 978-1-326-10972-1 Data: 2014 Disponível em: https://s3.amazonaws.com/academia.edu.documents/36242747/Livro_Boas_Praticas.pdf?AWSAccessKeyId=AKIAIWOWYYGZ2Y53UL3A&Expires=1539547142&Signature=nhaISnbcrPKF5CeHhlEdhLT0320%3D&response-content-disposition=inline%3B%20filename%3DLiteratura_Infantil_e_Leitores._Da_Teori.pdf. Acesso em 15/09/2018
A Bela e a Fera.
Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/A_Bela_e_a_Fera
Acesso em: 15/09/2018
Barros, Paula Rúbia Pelloso Duarte. A CONTRIBUIÇÃO DA LITERATURA INFANTIL NO PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE LEITURA. 
Disponível em: http://www.unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/56015.pdf. 
Acesso em: 17/10/2018
Blog história infantil. Publicação: sexta-feira,19 de outubro de 2012. Disponível em:
http://historiainfantilparacrianca.blogspot.com/2012/10/a-bela-e-fera-agora.html
Acesso em: 15/09/2018
Cantinho da professora Rosilene. Disponível em:
http://cantinhodaprofessorarosilene.blogspot.com/2012/11/projeto-arte-de-contar-historias.html
Acesso em 20/09/2018
CUNHA, Ana da Cunha LITERATURA INFANTIL: IMAGINAÇÃO E EDUCAÇÃO INFANTIL - Universidade Federal de Santa Catarina Centro de Ciências da Educação Núcleo de Desenvolvimento Infantil Curso de Especialização em Educação Infantil Campus Universitário – Trindade – Caixa Postal 476 - Florianópolis 2012. Disponível em:
https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/130059/artespedinfpljve1ed027.pdf?sequence=1. acesso em 18/10/2018.
DILL, Daiane, KIRCHNER, Elenice Ana. Um olhar sobre a história da literatura infantil. Disponível em: http://faifaculdades.edu.br/eventos/SEMIC/6SEMIC/arquivos/resumos/RES22.pdf. Acesso em 12/10/2018
Fada in Dicionário infopédia da Língua Portuguesa [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2018. [consult. 2018-10-19 20:50:30]. Disponível em: Internet: https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/fada. Acesso em: 19/10/2018.
LUCAS , Márcia Andrade Vicente 15, SILVA Kátia Cilene Camargo16 CONTRIBUIÇÕES DA LITERATURA NO DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM INFANTIL: RELATO DE UMAEXPERIÊNCIA 
Disponível em: 
http://catolicadeanapolis.edu.br/revistamagistro/wpcontent/uploads/2016/09/co tribui%C3%A7%C3%B5es-da-literatura-no-desenvolvimento-da-linguagem-infantil-relato-de-uma-experi%C3%AAncia-.pdf. Acesso em 25/09/2018
Portal educação: Histórico do Desenvolvimentoda Infância desde a Idade Média até os dias de hoje. Disponível em:
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/psicologia/historico-do-desenvolvimento-da-infancia-desde-a-idade-media-ate-os-dias-de-hoje/26666
Acesso em: 19/10/2018.
PROJETO LITERATURA INFANTIL: "MUNDO ENCANTADOR" CUIABÁ-MT 2015. CRECHE MUNICIPAL MACÁRIA MILITONA DE SANTANA
https://educacao.tce.mt.gov.br/downloads/47/1576/projeto_de_literatura_Mundo_Encantador2015.pdf. Acesso em: 17/10/2018
ROSSONI, Janaina CÉ. A contação de histórias como possibilidade educativa: análise de dissertações e teses produzidas no contexto brasileiro. Disponível em: https://biblioteca.unilasalle.edu.br/docs_online/tcc/mestrado/educacao/2013/jcrossoni.pdf. Acesso em 25/09/2018
SCHARF, Rosete Nair Feijó UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA – UNISUL PRÓ-REITORIA ACADÊMICA CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E DE LETRAS E ARTES CURSO DE MESTRADO EM EDUCAÇÃO A ESCOLA E A LEITURA Prática Pedagógica da Leitura e Produção Textual. Disponível em: http://gephisnop.weebly.com/uploads/2/3/9/6/23969914/a_escola_e_a_leitura.pdf. Acesso em 02/10/2018
TELES, Damares Araújo. Aluna de Graduação em Pedagogia da Universidade Federal do Piauí, Campus de Parnaíba SOARES, Maria Perpétua do Socorro Beserra. Professora da Universidade Federal do Piauí, Campus de Parnaíba. Mestre em Educação pela UFP I A LITERATURA INFANTIL NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: importância e contribuições para a formação de leitores. Disponível em: http://www.editorarealize.com.br/revistas/fiped/trabalhos/Trabalho_Comunicacao_oral_idinscrito_184_90853e17a4727597548cf1f714335c0f.pdf Acesso em 10/10/2018

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