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Caso clínico HIv

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UNIVERSIDADE DE SOROCABA
DISCIPLINA DE MICROBIOLOGIA E IMUNOLOGIA APLICADA A ODONTOLOGIA
CASO CLÍNICO: SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA 
Um casal, três anos após ter uma filha saudável, teve um menino (João) que recebeu todas as vacinas rotineiras até os 6 meses de idade, sem apresentar reações a essas inoculações. Nessa época ficou doente e perdeu peso, desenvolvendo diarréia severa persistente, com febre. Apresentava manchas brancas na boca (sapinho ou candidíase) e teve infecções de ouvido médio duas vezes, em curto período de tempo. Apesar de ser visto no hospital e tratado com antibióticos por várias vezes, não melhorou. Aos 7 meses, desenvolveu dificuldade de respirar, com ruído respiratório nos dois pulmões. Foi internado no hospital e apresentou os seguintes resultados de exames: hemograma normal, com contagem de células CD4 muito baixa, Igs normais, reação de DTH a antígenos da cândida e PPD negativos, teste ELISA e WB para HIV positivos.
Após essa descoberta, seus pais fizeram os exames para HIV que deram positivos, embora a irmã fosse negativa. Seu pai gozava de boa saúde, apesar de na juventude ter feito uso de drogas ilícitas como maconha e cocaína. A mãe queixava-se de esgotamento, com febrículas e nódulos inchados no pescoço. A história clínica da mãe contava que teve uma gravidez interrompida um ano antes do nascimento de João, quando foi internada e recebeu 2 unidades de sangue.
No hospital, lavagens bronquiais de João mostraram presença de Pneumocistis jiroveci que após tratamento com antibióticos, melhorou. Aos 10 meses ainda não engatinhava e não se equilibrava sentado; em seguida, a criança apresentou infecções por CMV, vírus sincicial respiratório e Pseudomonas aeruginosa. Após tosse severa com hemoptise, João morreu de falência respiratória.
A mãe começou a ser tratada com AZT, mas suas células T CD4 caíram abaixo de 200/ul e 5 meses depois, morreu por falência respiratória causada por pneumonia. O pai de João manteve-se assintomático. Inconformado com a 
perda dos entes queridos, procurou seus direitos e luta agora, representado por um advogado, contra o hospital que fez a transfusão de sangue na esposa. 
Perguntas e discussão
1) Quando João foi visto pelos pediatras do hospital, a primeira impressão diagnóstica foi de imunodeficiência severa combinada (SCID). Que achados laboratoriais direcionaram para o diagnóstico da AIDS?
Quando foi realizado o hemograma e realizado a contagem das células CD4 foi observado uma diminuição, fato que direcionou para o diagnostico da AIDS. 
2) O curso da infecção por HIV foi muito diferente em João e em sua mãe, ilustrando as diferenças entre a AIDS adulta e pediátrica. Qual a principal diferença e como você pode explicá-la?
 João: perdeu peso, desenvolvendo diarréia severa persistente, com febre, manchas brancas na boca (sapinho ou candidíase) e teve infecções de ouvido médio duas vezes, em curto período de tempo, dificuldade de respirar, com ruído respiratório nos dois pulmões, Aos 10 meses ainda não engatinhava e não se equilibrava sentado; em seguida, a criança apresentou infecções por CMV, vírus sincicial respiratório e Pseudomonas aeruginosa. Após tosse severa com hemoptise, João morreu de falência respiratória
Mae: queixava-se de esgotamento, com febrículas e nódulos inchados no pescoço, células T CD4 caíram abaixo de 200/ul e 5 meses depois, morreu por falência respiratória causada por pneumonia.
3) Quais são os mecanismos de resistência à progressão da infecção pelo HIV?
4) Qual é o mecanismo de ação do AZT ou zidovudina?
5) Qual é o mecanismo de depleção de células T CD4 na infecção pelo HIV?
 O HIV infecta predominantemente as células TCD4+, e a destruição dessas células pode ocorrer pelo efeito citopático do vírus. Adicionalmente, existe um aumento da apoptose dessas células e, por expressarem antígenos virais no nível da membrana, as células podem também ser destruídas por citotoxicidade mediada pela célula TCD8+, fenômeno que também contribui para a redução das células CD4+. Sendo a célula TCD4+ uma das mais importantes na cooperação da resposta imune, a diminuição numérica e a alteração de sua função levam a uma supressão da resposta imunológica
6) Qual é o mais importante parâmetro laboratorial da progressão da infecção pelo HIV?
Atualmente, a presença de sinais clínicos de imunodeficiência (sintomas constitucionais e/ou processos oportunistas), a contagem de células T CD4+ e a quantificação de carga viral são os principais parâmetros utilizados pela maioria dos especialistas para se iniciar e monitorizar a terapia anti-retroviral em pacientes com infecção pelo HIV.
7) Sabe-se que alguns indivíduos hemofílicos foram infectados já há 20 anos e mesmo assim permanecem assintomáticos. Que fatores podem contribuir para a sobrevivência a longo prazo com essa infecção?
8) Que medidas foram adotadas desde o início dos anos 80 para evitar uma tragédia como a que aconteceu com a família de João? Quais os problemas encontrados em testar o sangue e seus produtos, ainda hoje?
9) Quais as chances do pai conseguir ganhar a causa contra o hospital? Como ele pode ter certeza que foi a transfusão de sangue que causou a infecção?
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/Aids_etiologia_clinica_diagnostico_tratamento.pdf
https://www.misodor.com/HIVAIDSPEDIATRIA.php
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/16contagem_celulasTCDA.pdf

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