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DIREITO AO ESQUECIMENTO e direito de resposta

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A IMPORTÂNCIA DA DEFESA DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE
A importância dos direitos da personalidade é extremante latente, sendo inerentes a todos os indivíduos, sendo intransmissíveis, irrenunciáveis imprescindíveis e universais. 
Com o decurso do tempo, estes vêm cada vez mais sendo tratados por meio das legislações internas dos países democráticos, bem como através de diversos tratados internacionais, como exemplo, a Declaração de Direitos Humanos da ONU, o pacto de São José da Costa Rica, entre outros.
 No ordenamento jurídico pátrio, destacam-se a previsão de nossa Carta Magna, no art. 1º, inciso III, que garante o princípio da dignidade humana, como também, o que preconiza o art. 5º, X, que versa sobre a imagem, a honra e a possível reparação por danos morais, se esses objetos jurídicos tão caros forem ofendidos. O Código Civil também aborda esta temática, em especial nos artigos 12 ao 21. 
Neste trabalho, serão tratados, especialmente, o direito ao esquecimento e o direito de resposta como ferramentas para proteção aos direitos de personalidade ligados à honra e a imagem dos agravados. Tendo como finalidade, a princípio, a retirada de informações passadas que denigram a reputação do indivíduo e a retratação devida por publicações ofensivas a alguém.
É fundamental dizer que ambos têm diferenças nos casos e na forma de sua aplicação, porém, os dois visam a preservação da honra dos ofendidos, precipuamente, com base no princípio da dignidade da pessoa humana.
Em uma época onde as informações alastram-se com tanta rapidez, devido aos instrumentos de comunicação informatizados e cibernéticos, vidas e reputações podem ser destruídas em questão de segundos e terem sequelas irreversíveis para as possíveis vítimas é imprescindível que o Direito adeque-se a esse contexto, sob pena de tornar-se ineficaz para o objetivo ao qual foi idealizado, que é a pacificação dos conflitos sociais e a proteção dos direitos dos indivíduos tutelados. Daí a necessidade de termos institutos legais protetivos como os que serão alvos deste trabalho, a fim de um maior aprofundamento sobre os mesmos, com o intuito de aclarar as formas e situações em que eles poderão ser utilizados. 
O DIREITO AO ESQUECIMENTO
O direito ao esquecimento na internet é aquele em que o indivíduo decide não permitir que determinado fato ocorrido em alguma ocasião de sua vida, seja publicado no ambiente virtual, ocasionando sofrimento ou prejuízo a este.
Por esse direito, qualquer pessoa pode reivindicar que episódio ou ocorrência do passado seja esquecido após um determinado lapso de tempo, desde que não represente grande relevância na sociedade, ou seja, não represente grande interesse público na informação que se tenta ocultar, através da não veiculação da informação na internet. Buscando, dessa forma, que atos praticados no passado não repercutam para sempre.
Primeiramente, este direito brotou com o escopo de remover do acesso ao público os antecedentes criminais que determinada pessoa possuía, entretanto, com o decorrer do tempo, esta medida também foi requerida em juízo para apagar da internet situações constrangedoras ou de cunho vexatório.
DIREITO AO ESQUECIMENTO NO BRASIL
No Brasil, o direito de ocultar-se já existe em nosso ordenamento jurídico, como por exemplo, no CDC, onde se prevê o prazo de máximo de cinco anos para que se retire dos órgãos de proteção ao crédito qualquer informação acerca de inadimplência. 
Não obstante, entende-se que o Direito ao Esquecimento chegou à ordem legal brasileiro, mais especificamente, à jurisprudência em 2013. Na sessão onde a 4ª Turma do STJ apreciou o recurso referente ao caso Aída Curi, acontecido em meados do século XX, mais precisamente em 1958, publicado no Diário de Justiça Eletrônico, em que, o mesmo periódico trouxe outro caso de direito penal, desta feita sobre a “Chacina da Candelária”, sendo o Ministro Luís Salomão sido relator dos dois acórdãos, votados de forma unânime. Esses foram os dois casos que geraram relevância ao direito ao esquecimento no Brasil.
Porém, a regulamentação do direito ao esquecimento no Brasil deu-se após a aprovação do enunciado 531 da Jornada de Direito Civil, ocorrido em março de 2013, que preconiza: “A tutela da dignidade da pessoa humana na sociedade da informação inclui o direito ao esquecimento”.
	
O MARCO CIVIL E O DIREITO AO ESQUECIMENTO
Em abril de 2014, a presidenta Dilma Rousseff sancionou o Marco Civil da Internet com a definição dos direitos e deveres civis do cidadão brasileiro no ambiente virtual. A lei foi apontada como paradigma mundial para as legislações que viriam a tratar da internet.
Os princípios básicos do Marco Civil da Internet são: o reconhecimento da escala mundial da rede, seu liame estreito com os direitos humanos e fundamentais, e por fim o uso social da rede mundial de computadores. 
O seu fundamento é a liberdade de expressão e a proteção da privacidade. Ou seja, o uso da internet deve ser sempre pautado na observação destes princípios. Essa afirmativa é baseada no art. 2°, inciso, II, da referida lei, pois, ao citar a liberdade de expressão, bem como o direito à privacidade no início do diploma legal, o legislador parece elegê-los com primazia em relação aos demais.
O art. 3º, inciso II, fornece a base jurídica para tutelar o direito à privacidade. Quanto ao direito à intimidade, sua proteção específica encontra-se no art. 7º, inciso I, que preconiza: 
Art. 7°. “O acesso à internet é essencial ao exercício da cidadania, e ao usuário são assegurados os seguintes direitos: I - Inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”.
A interpretação sistemática dos art. 2º, II, do art. 3º, II e do art. 7º, I, do Marco civil da internet permite a construção de uma tese jurídica que forneça fundamento para tutela do direito ao esquecimento, alicerçados nos direitos fundamentais, positivados na Constituição Federal no art. 5º, inciso X, além, claro, do Enunciado 531, da Jornada de Direito Civil, já citado aqui anteriormente. 
Importante ressaltar que o direito ao esquecimento deve ser analisado sempre no caso concreto, deve-se verificar a inexistência do interesse público dado ao transcurso temporal no momento de propor a ação. Com efeito, a construção da tese jurídica para tutelar o direito ao esquecimento deve procurar demonstrar tal requisito. 
Posteriormente, deve demonstrar-se que recordar o acontecimento passado, já desprovido do interesse público, configura-se ofensa à esfera da privacidade ou intimidade, de acordo com o caso e o dano causado, fazendo jus dos institutos legais supracitados do Marco civil da internet. 
Para tal, deve-se analisar o fato ocorrido e como ele relaciona-se com o indivíduo em questão. Assiste também o direito de requerer a remoção da notícia ou postagem em rede social, com base nos fundamentos do uso da internet no Brasil, constantes na Lei 12.965/2014, bem como requerer a reparação de qualquer dano causado advindo da rememoração.
O DIREITO DE RESPOSTA
O direito de resposta é aquele em que o indivíduo lesado por determinada publicação tem de pleitear que o responsável pela matéria ofensiva publique também uma resposta proporcional, na qual é contada a versão do ofendido.
Tal direito é previsto na Constituição Federal, que dispõe, em seu art. 5º, inciso V, que “é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem”. Entretanto, a Magna Carta não elucida em quais situações e de que maneira o direito pode ser exercido.
Até 2009, esse direito era regido pela Lei de Imprensa. Contudo, após a lei ter sido julgada inconstitucional pelo STF, o direito de resposta ficou sem regulamentação, causando, durante muito tempo, grande insegurança jurídica sobre sua aplicação. Dentro desse contexto e para suprir essa lacuna surgiu a Lei nº 13.188/2015.
EM QUE MOMENTO SURGE O DIREITO DE RESPOSTA?
Segundo o art. 2º da supracitada lei, o direito de resposta pode ser usado sempreque alguma pessoa for ofendida por “matéria divulgada, publicada ou transmitida por veículo de comunicação social”.
Nesse sentido, importante faz-se compreender o que é comunicação social. Assim sendo, entende-se como o processo de transmitir a informação de um emissor para vários receptores. Desta forma, como exemplo de veículos de comunicação social, destacamos: o jornal, a televisão, o rádio e a internet. Além do mais, no que diz respeito à internet, é mister frisar que a lei, de forma explícita, excluiu “os comentários realizados por usuários da internet nas páginas eletrônicas” (art. 2º, § 2º), como passíveis do direito de resposta.
Também preconiza a, lei, no § 1º do art. 2º, que há direito de resposta quando o teor da postagem atacar “ainda que por equívoco de informação, contra a honra, a intimidade, a reputação, o conceito, o nome, a marca ou a imagem de pessoa física ou jurídica identificada ou passível de identificação”.
Evidente, no entanto, que o que faz gerar o direito de resposta não é exclusivamente o fato de se sentir ultrajado e ofendido, pois a Constituição Federal também assegura a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa, que abrangem, inclusive, o direito de divulgar aquilo que alguém, por acaso, não queira que seja publicado – pois, se apenas fosse possível publicar o que não é passível de causar incômodo, não haveria na prática, a liberdade de expressão.
De tal modo, para que haja o direito de resposta, não é suficiente um mero incômodo ou descontentamento por uma publicação, contudo, um verdadeiro prejuízo ou dano a direito de indivíduo alvo da publicação ou que se sinta–se ofendido por tal. Haja vista a subjetividade envolvida nas questões, a mesmas deverão ser analisadas no caso concreto.
COMO PRATICAR O DIREITO DE RESPOSTA?
A Lei nº 13.188/2015 dispõe, em seu art. 3º, que o direito de resposta deve ser praticado em até sessenta (60) dias da publicação da matéria ofensiva, por meio de correspondência com aviso de recebimento (AR), requerendo ao veículo envolvido a publicação da resposta.
Insta ressaltar que a lei preconiza que a resposta deve ter rigorosa conexão com a matéria que lhe deu causa, proibindo-se a “publicação ou transmissão de resposta ou retificação que não tenha relação com as informações contidas na matéria a que pretende responder”.
Além do mais, segundo previsão constitucional, o direito de resposta deve ser proporcional, aduzindo a lei que a resposta receberá o mesmo destaque, publicidade, periodicidade e dimensão da matéria que a ensejou. Ademais, a resposta deve ser veiculada gratuitamente.
E SE NÃO HOUVER A PUBLICAÇÃO DA RESPOSTA?
Caso o veículo de comunicação ofensor não fizer a publicação da resposta no prazo de sete (7) dias, calculados do recebimento da solicitação, a lei prevê que o ofendido passará a ter a condição de pleitear o direito de resposta pelas vias judiciais.
Nesse caso, com a representação de um advogado, o ofendido deve propor a ação judicial, instruída com cópia da matéria que lhe prejudicou, do requerimento de direito de resposta não atendido e do próprio conteúdo da resposta.
Por tratar-se de ação com rito especial, o prazo para resposta do réu é inferior ao prazo comum, ou seja, será de três (3) dias. Nesse sentido, a lei também prediz que o juiz deve julgar o pedido de direito de reposta, em caráter liminar, em vinte e quatro (24) horas, contadas após a propositura da ação judicial Caso o juiz decida pelo deferimento do pedido, o veículo publicará a resposta no prazo de dez (10) dias.
Importante destacar que uma eventual indenização por dano moral causado pela matéria gravosa deverá ser pleiteada em ação separada, tendo em vista que a ação prevista na Lei nº 13.188/2015 é uma ação de rito especial cuja finalidade específica é o direito de resposta.
Portanto, podemos concluir que o direito de resposta é uma interessante opção para quem sentir-se ofendido por uma publicação, pois, para além de uma eventual compensação financeira, é um meio para se buscar uma efetiva reparação do dano causado, possibilitando ao ofendido divulgar a sua versão dos fatos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
A proteção ao Direito ao esquecimento em face do Marco Civil da Internet. Disponível em: <https://drbritto.jusbrasil.com.br/artigos/662786688/a-protecao-ao-direito-ao-esquecimento-em-face-do-marco-civil-da-internet?ref=serp>. Acesso em 06 de novembro de 2019.
Direito ao esquecimento. Disponível em: <https://katianafernades.jusbrasil.com.br/noticias/395456412/direito-ao-esquecimento>. Acesso em 06 de novembro de 2019.
Direito de resposta: como funciona? Disponível em: <https://carreiraodalgrande.jusbrasil.com.br/artigos/366454662/direito-de-resposta-como-funciona>. Acesso em 05 de novembro de 2019.
Lei do direito de resposta – Lei 13.188/2015. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13188.htm>. Acesso em 04 de novembro de 2019.
Marco civil da internet – Lei 12.965/2014. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l12965.htm>. Acesso em 04 de novembro.
Quem tem direito ao esquecimento na internet? Disponível em: <https://alexrodriguesalves.jusbrasil.com.br/artigos/715029804/quem-tem-direito-ao-esquecimento-na-internet?ref=serp>. Acesso em 05 de novembro de 2019.
FOCCA – FACULDADE DE OLINDA
GRADUAÇÃO EM DIREITO
ANDERSON HENRIQUE ALVES CAVALCANTE
DIREITO AO ESQUECIMENTO E DIREITO DE RESPOSTA
OLINDA
2019
ANDERSON HENRIQUE ALVES CAVALCANTE
DIREITO AO ESQUECIMENTO E DIREITO DE RESPOSTA
Trabalho apresentado como 2° avaliação da disciplina Direito digital, do oitavo período, do Bacharelado em Direito da FOCCA - Faculdade de Olinda.
Professor da disciplina: Ataliba de Abreu Netto.
OLINDA 
2019

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