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Resumo Disciplina Estado sociedade e Policia CHS 2019 (2)

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POLÍCIA MILITAR DO ESPÍRITO SANTO
DIRETORIA DE ENSINO, INSTRUÇÃO E PESQUISA
ACADEMIA DA POLÍCIA MILITAR ESPIRITO SANTO
CURSO DE HABILITAÇAO DE SARGENTOS - 2019
DISCIPLINA: ESTADO, SOCIEDADE E POLÍCIA
CARIACICA, ES
2019
DISCIPLINA: ESTADO, SOCIEDADE E POLÍCIA
CURSO DE HABILITAÇÃO DE SARGENTOS - 2018
 ROTEIRO PARA ESTUDOS
I- SOCIEDADE:
1. O ser humano: um ser social
O ser humano é inerentemente social, ou seja, precisa estar em contato com outros semelhantes para viver e reproduzir sua espécie. Nesse convívio ele se constrói enquanto ser humano, desenvolvendo aptidões físicas, psíquicas e sociais.
A personalidade individual se desenvolve e se relaciona através de processos sociais que mostram a interdependência entre ser humano e sociedade. Esses processos se realizam de diferentes maneiras:
Ao nascer, o indivíduo é inserido em um SISTEMA que prescinde a sua existência e no qual estará imerso e deverá corresponder a fim de que conviva bem com os demais. Passará a viver em sociedade, ou seja, será parte de um coletivo de pessoas que vivem de acordo com regras, crenças, linguagem e instituições estabelecidos historicamente. Para ser parte desse todo, ele passa pelo processo de socialização:
2. Grupos sociais
Para compreender os fenômenos sociais, é necessário, antes, entender que a sociedade é heterogênea e composta por diferentes grupos, em categorias distintas, com características particulares que interferem diretamente na formação social.
Os grupos sociais podem ser identificados a partir de algumas categorias importantes:
A participação e a integração nos diferentes grupos sociais implicam em comprometimento com a ordem comum aos demais membros. Essa ordem é composta por normas que são conscientemente aceitas e praticadas de acordo com as a características de cada grupo social, entre as quais temos:
· Identificação: reconhecimento mútuo entre os membros em relação ao grupo. O grupo também é identificado por não-membros por suas características.
· Interesses comuns: se refere ao que é considerado bom e aceitável pelos membros do grupos.
· Estrutura social: cada componente tem uma posição específica na composição do grupo que está relacionada com a posição dos demais membros.
· Finalidade social: razão de ser e objetivo do grupo.
· Relações recíprocas: interação entre os membros dentro do grupo.
· Papéis individuais: cada membro do grupo tem sua participação determinada.
· Normas de comportamento: padrões definidos, formal ou informalmente, para o comportamento dos individuos e o desempenho de seu papel no grupo.
· Permanência: interação prolongada entre os membros no decorrer do tempo.
IMPORTANTE:
O comportamento do indivíduo é influenciado pelos padrões da cultura em que vive. Embora cada pessoa tenha caráter exclusivo, devido às próprias experiências, os padrões culturais, de diferentes sociedades, produzem tipos distintos de personalidades, característico dos membros dessas sociedades. (LAKATOS e MARCONI, 1999,p. 135)
3. Controle Social
Os processos e os meios pelos quais o grupo limita os desvios com relação às normas sociais constituem o CONTROLE SOCIAL:
Fator implícito da sociedade que é transmitido ao indivíduo no decorrer do processo de socialização, e conta com mecanismos sociais que controlam ações do indivíduos em sociedade através de diferentes agências.
Ou seja, o comportamento se desenvolve e é dirigido pelas normas emanadas da vida em sociedade, que são introjetadas na mente do indivíduo ao longo de sua existência em um processo contínuo:
3.1. Controle social: conformidade e desvio
Algumas causas do desvio:
· Socialização falha: o processo de socialização não foi eficaz o suficiente para transmitir ao indivíduo os valores sociais aceitáveis. Esses valores se diferem de acordo com o tipo de sociedade.
· Sanções fracas: sanções positivas ou negativas que não são eficientes, perdem seu poder de influência sobre o comportamento das pessoas.
· Cumprimento medíocre: aplicação não frequente ou amenizada da sanção pode enfraquecer o reconhecimento da norma estabelecida.
· Execução injusta da lei: quando a lei é executada de forma injusta e desigual, sendo conivente com o comportamento desviante, possibilita que a população não a respeite da maneira frequente. 
· Sigilo das infrações: ocultação do desvio e não emprego das sanções podem fortalecer a atitude desviante.
· Lealdade a grupos desviantes: a participação de indivíduos em grupos desviantes requer, muitas vezes, lealdade com as normas internas desses grupos, persistindo assim o comportamento contrário às normas gerais da sociedade.
O grupo, ao mesmo tempo em que é capaz de moldar o comportamento de seus membros através de normas, também os restringe e os disciplina por meio da pressão exercida em função das normas predominantes.
Códigos: Normas de conduta cujo poder de persuasão ou dissuasão reside sobretudo nas sanções que aplica. Códigos variam de acordo com o grupo social.
Sanções: Imposição de penas determinadas (constrangimento físico, sanção econômica religiosa ou social) para assegurar a conformidade e desencorajar os desvios.
Exemplo:
3.2. Tipos de Controle Social:
4. Instituições Sociais
Conceito:
“Estruturas relativamente permanentes de padrões, papéis e relações que os indivíduos realizam segundo determinadas formas sancionadas e unificadas com o objetivo de satisfazer necessidades sociais básicas.” 
4.1. Características das instituições:
4.2. Estrutura das instituições sociais:
IMPORTANTE:
“Todas as instituições devem ter função e estrutura. Função é a meta ou o propósito do grupo, cujo objetivo seria regular suas necessidades. A Estrutura é composta de pessoal (elementos humanos); equipamentos (aparelhamento material ou imaterial); organização (disposição do pessoal e do equipamento, observando-se uma hierarquia-autoridade e subordinação); comportamento (normas que regulam a conduta e a atitude dos indivíduos)” (LAKATOS e MARCONI, 1999, p. 167).
 II – ESTADO
1- CONCEITO DE ESTADO: É a organização político-jurídica de uma sociedade para realizar o bem público/comum, com governo próprio e território determinado e que detém o monopólio da força legítima.
2- ORIGEM DO ESTADO:
· Existem três posições fundamentais:
1- O Estado, assim como a própria sociedade, sempre existiu visto que o homem desde que vive na terra está integrado numa organização social, dotada de poder e com autoridade para determinar o comportamento social de todo o grupo;
2- Outros autores defendem que a sociedade existiu sem o Estado durante um certo período e depois, por diversos motivos, foi se constituindo o Estado para atender às necessidades dos grupos sociais;
3- Alguns autores somente admitem como Estado a sociedade política dotada de certas características bem definidas, o que só ocorreu a partir do século XVII.
3- FORMAÇÃO DO ESTADO
· Existem DUAS TEORIAS sobre a FORMAÇÃO originária DO ESTADO: 
1- a formação natural, que afirma que o Estado se formou naturalmente e não por ato voluntário; 
2- a formação contratual, afirmando que um acordo de vontades de alguns homens ou de todos que levou à criação do Estado.
 1 -DOUTRINA JUSNATURALISTA
· Surgiu entre o fim da Idade Média e o início da Idade Moderna. Esta teoria contradizia a teoria teológica, buscando destacar valores humanos laicos de religiosos. 
· A tese de seus defensores era que o ESTADO TINHA ORIGEM NAS EXIGÊNCIAS DA NATUREZA HUMANA, de suas necessidades. Os JUSNATURALISTAS defendiam que o ESTADO EMERGE DA PRÓPRIA NECESSIDADE DE COEXISTÊNCIA DO HOMEM EM SOCIEDADE. Este convívio era percebido como um aperfeiçoamento natural da vida comum. 
· Ao ESTADO, portanto, caberia apenas NORMATIZAR o que já era próprio ao ser humano e de tornar exigíveis princípios como a solidariedade e a fraternidade.
· Outro propósito do Estado seria o de salvaguardar o bem comum. 
2- DOUTRINA DO CONTRATO SOCIAL 
Surgiu na Idade Média. Os fundamentos desta doutrina são provenientes de uma retomada dos ENSINAMENTOSDE ARISTÓTELES na Grécia Antiga. 
PRINCIPAIS EXPOENTES:
 - Jean Jaques Rousseau, Thomas Hobbes e Jonh Locke que defendiam o progresso do Estado natural para um Estado social.
Foi criada a partir da celebração do Contrato Social firmado entre os homens, “...defendia a ideia de uma sociedade política em busca de harmonia, paz, segurança e proteção de direitos e bens”. Hobbes
Locke dizia que “[...] o que instituiu a sociedade política foi o consentimento de todos os homens em unir-se para fundar um só corpo social, dotado de poder” (Bastos, 2004, p. 56). 
Para ROUSSEAU, no contrato social “[...] o homem CEDE TODOS OS SEUS DIREITOS NATURAIS em prol da sociedade política, pois dando cada um o todo inteiro, a condição passa a ser igual para todos e sendo assim ninguém terá interesse em torná-la onerosa aos outros”. (Bastos, 2004, p. 58).
 "O homem é bom por natureza. É a sociedade que o corrompe." 
"O homem nasce livre, e em toda parte é posto a ferros. Quem se julga o senhor dos outros não deixa de ser tão escravo quanto eles." 
"É somente uma incumbência, um cargo, pelo qual simples empregados [governantes] do soberano [povo] exercem em seu nome o poder de que os faz depositários, e que ele pode limitar, modificar e reivindicar quando lhe aprouver."
Quanto às causas determinantes do aparecimento do Estado existem OUTRAS teorias:
- Doutrina Teleológica:
Seus principais estudiosos foram Tomás de Aquino, Agostinho e Jaques Bossuet. 
Essa doutrina defendia que o poder advinha de Deus e que, portanto, o Estado era criação divina, bem como todas as demais coisas. 
- Doutrina da Força do Estado:
Segundo os defensores desta teoria, o ESTADO NASCE DA PROEMINÊNCIA DOS MAIS FORTES SOBRE OS MAIS FRACOS, vez que os primeiros impõem sua vontade aos mais fracos utilizando o Estado para alcançar este propósito. O estado seria, portanto, não mais que um instrumento de dominação. Os principais defensores desta teoria foram Jean Bodin e Luwig Gumplowicz.
-Doutrina da Teoria Familiar
Por esta teoria, o Estado surgiria diretamente da FAMÍLIA. Por meio de sua expansão compõe-se uma sociedade política, na qual o poder estatal é exercido pelo chefe da família (um poder patriarcal, portanto) que teria por princípio a transferência do poder divino para si, na pessoa do pai, fundando-se em características divinas. 
4 - EVOLUÇÃO HISTÓRICA E PRINCIPAIS MODELOS DE ESTADO:
 1) O Estado Oriental, Antigo ou Teocrático: Antigas civilizações no Oriente ou do
Mediterrâneo. 
2) O Estado Grego: A característica fundamental é a cidade-Estado, a polis, cujo ideal era a autossuficiência, a autarquia.
3) O Estado Romano; A família é a base da organização, dando-se aos descendentes dos fundadores do Estado privilégios especiais.
4) O Estado Medieval: A caracterização se dá pelo Cristianismo, invasões dos bárbaros e o feudalismo.
5) O Estado Moderno; A soberania, a territorialidade e o povo são as características do Estado Moderno que se originou da necessidade de unidade, a busca de um único governo soberano dentro do território delimitado.
 5- QUAIS SÃO OS ELEMENTOS QUE COMPÕEM O ESTADO ? 
Três são os elementos do Estado: Povo ou população, o território e o governo.
I - POVO – É a população do Estado, considerada pelo aspecto puramente jurídico.
II - TERRITÓRIO: É a base espacial do poder jurisdicional do Estado onde este exerce o poder coercitivo estatal sobre os indivíduos humanos.
III - GOVERNO – É o conjunto das funções necessárias à manutenção da ordem jurídica e da administração pública.
*SOBERANIA: Independência em relação a outros Estados internacionais e exercer o monopólio da força dentro do seu território. 
DIFERENÇA ENTRE POPULAÇÃO, POVO , RAÇA e NAÇÃO
População representa a massa total dos indivíduos que vivem dentro dos limites territoriais de um país, incluindo os nacionais e os não nacionais.
Povo, no sentido amplo, genérico, equivale à população. Mas, no sentido estrito, qualificativo, condiz com o conceito de Nação: povo brasileiro; povo italiano, etc.
Raça é a unidade bio-antropológica. 
Nação (entidade moral) É um grupo de indivíduos que se sentem unidos pela origem comum, pelos interesses comuns, e principalmente, por ideias e aspirações comuns.
6 - Finalidades e Funções do Estado 
O Estado, como SOCIEDADE POLÍTICA, tem um fim geral, constituindo-se em meio para que os indivíduos e as demais sociedades, situadas num determinado território, possam atingir seus respectivos fins (manter a ordem, assegurar a defesa, e promover o bem-estar e o progresso da sociedade). 
Assim, conclui-se que o fim do Estado é o BEM COMUM, entendido este como conjunto de todas as condições de vida que possibilitem e favoreçam o desenvolvimento integral da personalidade humana. 
Assim, as funções do Estado são todas as ações necessárias a execução do bem comum.
• Função Legislativa – Congresso Nacional, Parlamento 
• Função Executiva – Governo e Administração pública
• Função Judiciária – Tribunal e outros órgãos da Justiça 
7 - ESTADO E GOVERNO
Governo: conjunto de pessoas que exercem geralmente de forma temporária o poder executivo de um estado
Um mesmo estado pode evoluir a partir de diferentes regimes politicos e cada um desses pode compor de um só governo ou vários governos.
Ex: ditadura na américa do sul no sec xx – argentina e brasil vários governos e chile apenas um governo.
Formas de estado – modo pelo qual o estado se estrutura
Estado unitário- um só poder político central – brasil império, itália, frança e portugal.
Estado federado – mais de um poder político organizado no texto de uma constituição. Ex: brasil,argentina,méxico. Não há secessão.
Formas de governo- modo de organização política do estado
República – res publica = coisa pública - governantes no poder através de eleições – eletividade – temporariedade e responsabilidade do chefe de estado
 Monarquia – governantes no poder por hereditariedade e são vitalícios – vitaliciedade – hereditariedade e irresponsabilidade do chefe de estado. 
Monarquia absoluta: poder centralizado nas mãos de uma só pessoa, sem controle.
 Monarquia relativa: poder soberano delimitado por constituição – Reino unido, Japão.
Sistemas de governo – relações entre o poder legislativo e o poder executivo no exercício das funções governamentais
Presidencialista – independência entre os poderes; chefia monocrática; mandatos por prazo certo; responsabilidade perante o povo. Típico das repúblicas – presidente da república exerce o poder executivo e acumula as funções de chefe do estado e do governo.
Parlamentarista – independência entre os poderes; chefia dual; mandatos por prazo incerto; responsabilidade perante o parlamento. Típico de monarquias. Poder executivo em duas partes-um chefe do estado – monarca e um chefe de governo- primeiro ministro. 
Organização do estado brasileiro – República Federativa Brasileira -forma federativa
 - Estado brasileiro é soberano
 Características essenciais de um estado federal
 - Descentralização político - administrativa
 - Entes com capacidade para criar suas próprias leis.
 -Princípio da participação – vontades parciais na vontade nacional. 
 Ex: Brasil - Senado(representantes de cada estado)‏
 Princípio da autonomia: capacidade de auto organização dos entes federados através de constituição estadual. - Estados – membros e municípios.
 8 ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO
 Representa uma evolução do estado de direito que tem a lei como único instrumento apto a criar direitos, impor restrições e criar obrigações. O Estado Democrático de Direito vai além pois exige que o conteúdo das leis tenha caráter democrático e esteja em consonância com os anseios populares.
ESTADO MODERNO E A DEMOCRACIA - O Estado Democrático moderno, noção de governo do povo, nasceu das lutas contra o absolutismo, sobretudo através da afirmação dos direitos naturais da pessoa humana. Daí a grande influência dos jusnaturalistas, como Locke e Rousseau. 
Três grandes movimentospolítico-sociais conduziram ao Estado Democrático: 
1) REVOLUÇÃO INGLESA – teve sua expressão mais significativa no Bill of Rights de 1689. Houve a intenção de estabelecer limites ao poder absoluto do monarca e a influência do protestantismo, ambos contribuindo para a afirmação dos direitos naturais dos indivíduos, nascidos livres e iguais, justificando o poder da maioria, que deveria exercer o poder legislativo assegurando a liberdade dos cidadãos; 
2) REVOLUÇÃO AMERICANA – cujos princípios foram expressos na Declaração de Independência das treze colônias americanas em 1776;
3) REVOLUÇÃO FRANCESA 
teve sobre os demais movimentos a virtude de dar universalidade aos seus princípios, os quais foram expressos na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão em 1789, sendo evidente a influência de Rousseau. Além de se oporem ao governo absolutista, os líderes franceses enfrentavam uma grande instabilidade interna, que deveria também ser trabalhada. 
Esta situação favoreceu o aparecimento da ideia de nação, como centro unificador de vontades e de interesses. Também a situação religiosa favoreceu fortemente o movimento visto que na França a igreja e o Estado eram inimigos, o que influenciou para que a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, em 1789, tomasse um cunho universal, sem as limitações impostas pelas lutas religiosas locais.
Três pontos fundamentais dos ESTADOS DEMOCRÁTICOS:
a) SUPREMACIA DA VONTADE POPULAR: a participação popular no governo, suscitando acesas controvérsias e dando margem às mais variadas experiências, tanto no tocante à representatividade, quanto à extensão do sufrágio e aos sistemas eleitorais e partidários;
b) PRESERVAÇÃO DA LIBERDADE: poder de fazer tudo o que não incomodasse o próximo, bem como o poder de dispor de sua pessoa e de seus bens, sem qualquer interferência do Estado;
c) IGUALDADE DE DIREITOS: proibição de distinções no gozo de direitos, sobretudo por motivos econômicos ou de discriminação entre classes. 
9 - O MONOPÓLIO LEGÍTIMO DO USO DA FORÇA
MAX WEBER – Definição clássica do Estado - envolve três elementos: monopólio da violência legitima, dominação e território .
A expressão “MONOPÓLIO DA VIOLÊNCIA LEGÍTIMA” foi consagrada e significa que o emprego da COERÇÃO é função de exclusiva competência do Estado, de uma ORGANIZAÇÃO e não de outros agentes da SOCIEDADE. 
MONOPÓLIO DA VIOLÊNCIA – ORIGEM: PALAVRA ALEMÃ GEWALT = FORÇA, COERÇÃO. 
ATUALMENTE: O ESTADO POSSUI O MONOPÓLIO DO USO DA FORÇA, EM DETERMINADO TERRITÓRIO, PARA IMPOR A ORDEM.
Por um lado, como detentor do monopólio da Força, o Estado deve impor limitações a seus poderes e ações; 
Por outro lado, como guardião da ordem pública, ele deve ser o protetor e o garante de todas as liberdades (PINHEIRO, 2002, p. 333). 
REFLEXÃO: CRISE DO ESTADO 
Crise no que se refere as mudanças na eficiência do estado em cumprir determinadas funções impostas pela governança global , qualidade democrática, promoção dos direitos humanos e boa governança. 
10 - QUESTÕES TRANSNACIONAIS ATINGEM A POPULAÇÃO, O TERRITÓRIO E A SOBERANIA DOS ESTADOS.
GLOBALIZAÇÃO - Facilita a existência de fronteiras nacionais porosas
DESAFIO DA TERRITORIALIDADE- Legitimidade de intervenções internacionais para garantir os direitos humanos.
SOBERANIA - Também é colocada em cheque pelos regimes internacionais e globalização do mercado financeiro que escapa ao controle do estado.
11- QUEM SÃO OS ATORES E INSTITUIÇÕES ESTATAIS QUE DEVEM EXERCER A “COERÇÃO LEGÍTIMA” ?
O controle social assume portanto a fisionomia de um subsistema de normas (o Direito) sustentado pela autoridade de outro (o Estado), cujos agentes e equipamentos aplicam a lei, e, ao fazê-lo, criam Direito – as funções de investigar e acusar, por exemplo, ficam a cargo de pessoas especializadas, funcionários públicos dotados de recursos e autoridade para tanto (SCURO NETO, 2004, p. 202). 
[...] o único modo prático de banir o uso da força da vida em geral era designar seu exercício residual – onde, de acordo com as circunstâncias, parecesse inevitável – para uma corporação de funcionários autorizados, isto é, para a polícia como nós a conhecemos (BITTNER, 2003, p. 243). 
“pela criação, manutenção e comando de uma força física suscetível, por sua superioridade, de impedir a qualquer outra pessoa o recurso à violência, ou de contê-los nos quadros que o próprio Estado autoriza. Essa força pública é comumente denominada polícia” (MONJARDET, 2002, p.13).
 Portanto, cabe à polícia um papel fundamental na confirmação do poderio do Estado. 
III - POLÍCIA 
1- O PAPEL DA POLÍCIA
- O papel da polícia é tratar de problemas humanos quando sua solução necessita ou possa necessitar do emprego da força e “na medida em que isso ocorra – no lugar e no momento em que tais problemas surgem. É isso que dá homogeneidade a atividades tão variadas [...].” Monjardet (2003, p. 15)
- Para que o policial possa realizar o seu trabalho com eficiência é fundamental que aprenda a intervir nos mais distintos espaços, de modo que exerça sua autoridade como profissional dentro das prerrogativas que lhe conferem o poder de polícia, mas sem abusar desse poder, de maneira arbitrária ou autoritária. 
- Acerca do papel desempenhado cotidianamente pela polícia nota-se, um clichê perene do debate acerca do papel da polícia tem sido se ela deve ser considerada mais como uma força, com a função principal de aplicar a lei criminal, ou como um serviço, acalmando um mar de problemas sociais. O que desencadeou o debate foi a “descoberta” empírica de que a polícia (contrariamente à mitologia popular) não funciona, na maior parte das vezes, como combatente do crime ou como aplicadora da lei, mas, ao invés, como provedora de uma série de serviços para os membros da população, numa variedade de serviços que supera todas as descrições (REINER, 2004, p.163). 
2- O CONCEITO DE POLÍCIA
Três elementos estão presentes na definição de polícia segundo Cretella Júnior. São eles:
1- Estado – na qualidade de elemento subjetivo, orgânico, instrumental, fonte de onde provém toda a organização que deve preservar a ordem;
2- Finalidade – que é a preservação da ordem, da segurança individual e coletiva, sendo essencial para caracterizar a polícia;
3- Conjunto de restrições – elemento objetivo, as limitações legais à expansão individual ou coletiva que possa perturbar vida em sociedade. 
Conceito de Polícia:
 Segundo Cretella Júnior: "Conjunto de poderes coercitivos exercidos pelo Estado sobre as atividades do cidadão mediante restrições legais impostas a essas atividades, quando abusivas, a fim de assegurar-se a ordem pública". Cretella Júnior (2009)
 
Segundo Alvaro Lazzarini (2008): 
 
“Polícia é, a organização administrativa (vale dizer da polis, da civita, do Estado = sociedade politicamente organizada) que tem por atribuição impor limitações à liberdade (individual ou coletivo) na exata (mais, será abuso) medida necessária à salvaguarda e manutenção da Ordem Pública”.
- A Polícia é um órgão governamental, presente em todos os países, politicamente organizados, cuja função é a de repressão e manutenção da ordem pública através do uso da força, ou seja, realiza o controle social.
- Todas as competências policiais apresentadas refletem a evolução desse serviço público, que hoje tem como função a manutenção da ordem pública e a implementação da Segurança Pública, conforme preceitua o artigo 144 da Constituição Federal do Brasil.
3- ORIGENS DOS SISTEMAS DE POLICIA NO BRASIL
 SISTEMAS:
- Sistema dicotômico ou dualidade de forças policiais:-Existência de duas policias com funções especificas.
- Sistema único de polícia: Existência de uma única polícia seja civil ou militar
França: Origem do sistema dicotômico de polícia 
 – Maréchaussée(POLICIA) - status militar - criada pelo Rei Francês João II durante a guerra dos cem anos(1337 - 1453).
-Fazia parte do Exército Francês até 1536 quando através do éditode Paris o Rei Francisco I a transforma em Força Policial de manutenção de ordem pública. 
-Muda de nome e passa a ser Gendarmerie Nationale - status militar.
- A polícia de status civil francês surgiu em 1667 – rei luiz xiv – com a função “ tenente de polícia de paris” - função administrativa e política.
- O sistema francês - se espalhou pelos paises da Europa e Portugal adotou o sistema francês no século XXVIII. Primeiro criou polícia de status civil através da intendência da polícia da corte em 1760 , a partir das reformas pombalinas. Em 1801, por sugestão do intendente da polícia da corte, Dom Diogo Inácio de Pina Manique, é criada pelo principe regente D. João, a guarda real da polícia de Lisboa, baseado no modelo da Gendarmerie Nationale.
- Em 1808 - a corte portuguesa vem para o Brasil e se instala na cidade do Rio de janeiro. Com a transferência da administração do reino português, houve a replicação, na cidade do rio de janeiro, das instituições da administração governamental lusitana. São criadas em decorrência disto, a intendência geral da polícia da corte e do Estado do Brasil (1808)15 e a da divisão militar da guarda real da polícia (1809). Primeira implantação do sistema francês de polícia na América.
- Em 7 de abril de 1831, o Imperador D. Pedro I abdica em favor do seu filho D Pedro II. Inicia-se a regência. Em razão de uma rebelião em 14 de julho de 1831, de parte de seu efetivo, a guarda imperial da polícia vai ser extinta em 17 de julho de 1831. 
- Durante quase três meses, o componente militar que fez o patrulhamento da cidade do rio de janeiro, foi o batalhão sagrado: uma unidade composta por militares do exército imperial. Inspirado no modelo da guarda imperial, o regente diogo feijó cria em 10 de outubro de 1831, o corpo de guardas municipais permanentes, com a autorização para a expansão deste modelo para todas as províncias do império do brasil.
- A principal diferença entre a guarda imperial da polícia e o corpo de guardas municipais permanentes, era a subordinação: -a guarda imperial era subordinada primeiro ao conselheiro de assuntos militares e depois ao intendente geral de polícia, de quem recebia as ordens de prisão a serem cumpridas. o corpo de permanentes era subordinado ao ministro da justiça.
 
- Origem das policias civis: a intendência geral de polícia irá permanecer inalterada até 29 de novembro 1832.Com a promulgação do novo código de processo criminal, a intendência geral de polícia sofre mudanças: é extinta e em seu lugar emerge a chefatura de polícia, com a consequente substituição da figura do intendente geral de polícia pela do chefe de polícia, com status civil.
OBS: Ver no anexo quadro com resumo histórico do surgimento das policias no Brasil.
4- A NATUREZA DA FUNÇÃO POLICIAL
- É uma atividade de Administração Pública, ou seja, a atividade policial é uma atividade administrativa, porque os policiais não exercem jurisdição, como no Judiciário.
- A Polícia Militar se ajusta mais ao Poder Executivo, com a missão de manter a ordem pública, exerce atividade de natureza ostensiva e preventiva, por intermédio de técnicas de controle, contenção e domínio da população.
- A Polícia Militar, como Corporação, insere-se entre as instituições que exercem poder de polícia administrativa, praticando atos administrativos de polícia, notadamente ordens e proibições, que envolvem, não apenas a atuação estritamente preventiva, mas, igualmente, a fiscalização e o combate aos abusos e às rebeldias, às mesmas ordens e proibições, no campo, por exemplo, da polícia de costumes, do trânsito e do tráfego, das reuniões, dos jogos, das armas, dos bens públicos, etc. Ex: Policiamento ostensivo
- Importante observar que ao atender tais solicitações de serviços e ao realizar o patrulhamento rotineiro, o que o policial faz, em nome da polícia é prevenção, restando poucas as situações em que se solicita, de modo emergencial, sua face operacional repressiva, menos ainda a busca espontânea por crimes flagrantes e delitos de toda ordem.
5- AS NOVAS CONCEPÇÕES SOBRE A POLÍCIA
- Com o processo de transição e redemocratização do Brasil e consequente abertura política, com a promulgação da Constituição Federal de 1988, as instituições responsáveis pela segurança pública receberam o dever de se reformarem para atender as novas demandas de cidadania da sociedade. 
 - A polícia entrou na agenda política de muitos governantes, tanto no âmbito internacional como também nacional. Diante da falência do policiamento tradicional e das constantes práticas violentas e autoritárias. Tornou-se pauta de discussões acadêmicas, debates políticos e da população. Para se encontrar soluções e modificações nas suas práticas. 
- Constatou-se que o modelo de polícia tradicional não reduz as taxas de criminalidade e a sensação de insegurança e que as velhas práticas de policiamento e a política de mais policiais nas ruas, mais viaturas, mais repressão, se revelaram ineficazes na diminuição da criminalidade.
- O policiamento comunitário surge como uma nova filosofia de atuação das polícias, favorecendo a participação da comunidade bem como a integração entre a polícia e o cidadão.
- O policiamento comunitário tem sido implementado em diversos países do mundo como uma forma de modificação do modelo tradicional para um modelo de polícia cidadã. Com o objetivo de aproximar a polícia e o cidadão para que juntos possam resolver os problemas locais da comunidade.
 
- As inovações constitucionais sobre Segurança Pública foram significativas, numa tentativa legal de mudança do paradigma reativo para uma ação policial pró-ativa (preventiva), bem como ocorreu a inserção do princípio da gestão participativa na resolução dos problemas da violência e da criminalidade.
 
-Artigo 144 da Constituição Federal (BRASIL, 2010): “A segurança pública dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio [...]”. 
´- Mesmo com as mudanças na Constituição, MUITAS VEZES a intervenção ocorre apenas sob a ótica da repressão, a ponto de um chefe de polícia vir a público e dizer o seguinte: “Se vocês querem resolver o problema da segurança, vocês terminem com o artigo quinto da Constituição Federal".
 
- Existe a polícia preventiva, que amplia seu campo de atuação, sendo uma polícia das obrigações positivas; e a polícia mais de controle social, com campo de atuação restrito, voltada para obrigações negativas. A polícia tem centrado suas ações somente nas obrigações negativas: prender, vistoriar, revistar, etc.
REFLEXÃO: PREVENÇÃO OU REPRESSÃO???
6- OS ASPECTOS HISTÓRICOS DA FORMAÇÃO DA POLÍCIA BRASILEIRA
 
RELEMBRANDO:
SURGIMENTO DA POLÍCIA CIVIL: 
Em 1808 foi criada a Intendência-Geral de Polícia da Corte, com as tarefas de zelar pelo abastecimento da Capital (Rio de Janeiro) e de manutenção da ordem. Entre suas atribuições incluíam-se a investigação dos crimes e a captura dos criminosos, principalmente escravos fujões.
 O intendente-geral de polícia ocupava o cargo de desembargador, e seus poderes eram bastante amplos. Além da autoridade para prender, podia também julgar e punir aquelas pessoas acusadas de delitos menores. Mais do que as funções de polícia judiciária, o intendente-geral era um juiz com funções de polícia.
A atuação da polícia no Brasil desde o século XIX pode ser descrita como uma demarcação de fronteiras entre escravos e homens livres, cidadãos trabalhadores e grevistas, cidadãos honestos e criminosos, homens de bem e vadios. [footnoteRef:1] [1: PINHEIRO, Paulo Sérgio. Polícia e consolidação democrática: o caso brasileiro. In Pinheiro et al. São Paulo sem medo: um diagnóstico da violência urbana. Rio de Janeiro: Garamond, 1998, p. 175/190.
] 
SURGIMENTO DA POLÍCIA MILITAR:
- 1809 - Criação da Guarda Real de Polícia, no Rio de Janeiro - origem das atuais Polícias Militares Estaduais. A Guarda Real era uma força de tempo integral, organizada em moldes militares, e subordinava-seinicialmente ao Ministério da Guerra e à Intendência de Polícia que pagava seus uniformes e salários.
- Nasceu sem função investigativa e com atribuições de patrulha para reprimir o contrabando, manter a ordem, capturar e prender escravos, desordeiros, criminosos, etc. 
- HERANÇA CLIENTELISTA, AUTORITÁRIA E ESCRAVOCRATA 
- Essa herança pode ser observada por uma simples operação policial, nos tratamentos diferenciados de acordo com o estrato social ao qual pertence o “cidadão”, conforme verificou os estudos de Holloway (1997). 
- A polícia representa o resultado da correlação de forças políticas existentes na própria sociedade.
- No Brasil, a polícia foi criada no século XVIII, para atender a um modelo de sociedade extremamente autocrático, autoritário e dirigido por uma pequena classe dominante.
- A polícia foi desenvolvida para proteger essa pequena classe dominante, da grande classe de excluídos, sendo que foi nessa perspectiva seu desenvolvimento histórico.
-Uma polícia para servir de barreira física entre os ditos "bons" e "maus" da sociedade.
- Uma polícia que precisava somente de vigor físico e da coragem inconsequente; 
- Uma polícia que atuava com grande influência de estigmas e de preconceitos.
História da sociedade brasileira - reflete a própria evolução da Segurança Pública do Brasil, inicialmente restrita a ação das forças policiais – fase colonial, imperial, 1ª República e Era Vargas - e a partir da Constituição Federal de 1988 há a previsão legal de uma gestão compartilhada da Segurança Pública com a sociedade, com ênfase ao respeito aos Direitos Humanos.
7 - O CIDADÃO COMO FOCO PRINCIPAL DA POLÍCIA
- As contradições que existem entre o cidadão e a polícia demonstram a distância que ocupam um do outro em uma posição diferenciada na hierarquia social. 
- Sendo esta separação de valores apenas reflexo da própria sociedade que impõe um tratamento diferenciado conforme a sua hierarquia social como podemos perceber na célebre frase “sabe com quem está falando?” fato muito recorrente nas abordagens policiais, pois no momento de uma eventual infração cometida pelo cidadão este necessita apresentar a sua posição social hierárquica para tentar se beneficiar da situação em que se encontra. 
- E devido à difícil relação entre polícia e sociedade iniciou-se a implementação do policiamento comunitário como uma tentativa de transformar esta polícia de controle, repressiva em uma polícia mais cidadã, que estivesse compatível com as demandas de cidadania e a garantia e proteção dos direitos humanos. 
- No mundo o policiamento comunitário mais antigo e estabelecido da melhor forma que se conhece é o do Japão. Na cidade de Nova York, com o comissário de polícia Arthur Woods, entre os anos de 1914 a 1919, foi o primeiro americano a propor uma versão de policiamento comunitário. 
- Diante da perspectiva de que a polícia poderia responder de modo sensível e apropriado aos cidadãos e às comunidades. No seu entendimento o público esclarecido beneficia a polícia, pois dessa maneira se ganha um respeito maior pelo trabalho da polícia quando os cidadãos entendem as complexidades e as dificuldades e o significado dos deveres do policial.
O cidadão passa a ser visto como principal foco da polícia!
 
8- RELAÇÃO POLÍCIA E SOCIEDADE 
Sociedade conhece e reconhece a polícia e as prerrogativas de seu mandato no controle do corpo social.
Paradoxo:
- Mal amada por uns e considerada salvaguarda por outros.
-“Pré- requisito essencial para o controle social, sem a força policial, o caos se instala” Reiner, 2003, p. 19. 
 
 Polícia Comunitária
· A proposta do policiamento comunitário é justamente a aproximação e integração do público e da polícia, com o objetivo principal de romper o distanciamento entre a polícia e a sociedade bem como a hostilidade que existe neste relacionamento.
· A polícia comunitária surge como uma nova filosofia de trabalho e de atuação das polícias. Orientada a resolução dos problemas, é o oposto da polícia tradicional de controle. 
· A polícia comunitária expressa a divisão de responsabilidades chamando a comunidade a participar, juntamente com a polícia na implementação de políticas públicas de segurança.
 
Política de Segurança Pública cidadã deve ser rigorosa no enfrentamento da impunidade e humanista na valorização da participação comunitária nas questões da Segurança Pública.
Questões Atuais:
Intervenção Federal na área da Segurança Pública – RJ
Criação do SUSP/ 2018 – Lei 13.675/18
PROFESSORES DA DISCIPLINA
Socialização
 Processo de aprendizagem e interiorização dos elementos socioculturais , normas e valores do grupos social que se integram na estrutura da personalizade do indivíduo (pessoa social).
"Não há dúvida de que cada ser humano é criado por outros que existiam antes dele; sem dúvida, ele cresce e vive como parte de uma associação de pessoas, de um todo social - seja este qual for."(Norbert Elias)
Geralmente se dá de forma primária e secundária, sendo a primeira socialização responsabilidade da família e redes de parentesco, e a segunda, pelas instituições formais, como a escola.
Parentesco
Procedencia familiar e/ou étnica.
Riqueza
Posse de bens e riquezas.
Ocupação
Educação
Atividades e profissões em comum.
Aptidões e habilidades , graduações escolares e nível intelectual.
Religião
Manifestção e valores e crenças religiosos em comum.
Fatores biológicos
Características físicas, biológicas, de gênero e idade.
Socialização
Entendimento das Normas sociais
Controle Social
Conformidade
Ação orientada para as normas.
Limitação do comportamento conforme as normas estabelecidas.
Desvio
Ação que infringe a norma de maneira consciente e motivada.
Ação consciente e inconsciente.
Controle interno
Emana da própria personalidade do individuo; o
controle interno e o autocontrole exercido pela vontade consciente do indivi'duo, baseado nos principios, crem;:as e ideais dominantes em seu grupo e por ele aceitos.
Controle externo
Origina-se fora do individuo
Natural, espontaneo e informal: Baseia-se nas relações pessoais e intimas que ligam os componentes do grupo. 
 Artificial, organizado e formal : A medida que a sociedade se torna mais complexa, há necessidade de lançar mão do sistema formal de instituições, de leis, de regulamentos e códigos, de tribunais, da polícia e do exérclto para evitar o desvio e forçar ou estimular a obediencia as normas.
Têm finalidade definida
Visam a satisfação de necessidades sociais.
Possuem conteúdo relativamente permanente
Padrões e papéis bem identificados entre individuos da mesma cultura.
São estruturadas
Apesar do todo, estruturas são unificadas 
Coesão entre os componentes por causa de padrões estruturados de comportamento
Unidade das instituições mesmo diante do todo social.
Possuem valores
Códigos de conduta.
Contato social
 Aspecto primário e fundamental que define outros processos e relações sociais.
Cooperação
Requisito necessário para a manutençãoe continuidade de grupos sociais.
Competição e conflito
Adaptação, acomodação e assimilação
Fatores dissociativos que alteram relações entre individuos e grupos.
Fatores associativos que possibiltam adesão e conformidade às normas estabelecidas. e integra indiiduos e grupos.