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NERVOS, VASOS SANGUÍNEOS, VASOS LINFÁTICOS E GLÂNDULAS ATUANTES NA CABEÇA, PESCOÇO, NAS PAREDES DO TÓRAX E DO ABDOME E NOS MEMBROS TORÁCICO E PÉLVICO DOS RUMINANTES

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UNIPAC - Universidade Presidente Antônio Carlos 
Conselheiro Lafaiete 
 
 
 
 
 
 
 
Glândulas, Nervos, Vasos Sanguíneos e 
Linfáticos 
 
Geovana Aparecida Ferreira Reis 
Laura Cristina Gonçalves Pinto 
Maria Paula G. F. Basseto 
Regina Célia Leal Florentino 
Rita Alaíde Leandro Rodrigues 
 
 
 
 
ANATOMIA I – 1º período 
Camila Fernanda das Chagas 
 
Junho, 2019 
2 
 
 
INTRODUÇÃO 
 O aparelho locomotor é um sistema orgânico complexo cuja função 
prioritária é o trabalho mecânico. O esqueleto e os músculos são os principais 
elementos que compõem esse sistema, responsáveis pela formação e 
conservação da forma individual do corpo e são necessários para a 
movimentação de segmentos do corpo ou de todo o organismo. O esqueleto 
compõe-se de elementos isolados, ossos, cartilagens, os ligamentos e as 
articulações, que em sua totalidade formam a estrutura do corpo, o sistema 
esquelético. Esse sistema representa a parte passiva do aparelho locomotor, 
enquanto a musculatura representa a parte ativa. Unidas, elas formam uma 
unidade funcional que se integra aos sistemas circulatório, linfático e nervoso do 
corpo. O aparato locomotor desempenha funções metabólicas a nível celular. 
Hormônios regulam um processo constante de crescimento, modificação e 
decomposição. A expressão “sistema locomotor” não faz jus a esse sistema 
multifacetado; portanto, seria mais apropriado chamá-lo de sistema de 
movimento, estabilidade e suporte (König et. al, 2016). 
Nervos são fibras ou prolongamentos nervosos de neurônios, cujo corpo 
celular (soma) se situa no Sistema Nervoso Central (SNC - encéfalo e medula 
espinal) ou nos gânglios espinais. As fibras nervosas apresentam diferenças 
quanto ao diâmetro, espessura da bainha de mielina, e no comprimento de 
intervalo dos nós neurofibrosos. Fascículos de fibras nervosas são encapsulados 
por bainhas de tecido conectivo (endoneuro, perineuro e epineuro) que também 
constituem a estrutura para os vasos sanguíneos (König et. al, 2016). 
 O sistema linfático é um dos principais sistemas de defesa do organismo, 
composto por órgãos linfoides, linfonodos, ductos, tecidos, capilares e vasos 
linfáticos. Os vasos linfáticos têm início como capilares de paredes finas, no 
tecido conjuntivo. Eles formam uma rede capilar a qual flui para vasos coletores 
mais calibrosos, ductos linfáticos e troncos. Em seguida, o conteúdo destes, a 
linfa, penetra na veia cava anterior na entrada do tórax (Sisson & Grossman, 
1981). 
O sistema glandular é formado pelas glândulas endócrinas e exócrinas. O 
primeiro tipo produz substâncias que são lançados no sistema sanguíneo e 
3 
 
transportados para o seu local de ação pela circulação, como os hormônios. Já 
as glândulas exócrinas formam substâncias que serão lançadas para o exterior 
do organismo ou para o lúmen de um órgão, como hormônios ou leite, no caso 
das fêmeas (König et. al, 2016). 
Os vasos sanguíneos formam um sistema fechado de canais amplamente 
ramificado. Todos têm arquiteturas semelhantes, mas sofrem variações, de 
acordo com as exigências funcionais locais. As artérias e arteríolas transportam 
o sangue a partir do coração em direção às áreas periféricas e para todos os 
órgãos (König et. al, 2016). 
 Nesse trabalho, apresentamos os principais vasos sanguíneos e 
linfáticos, glândulas e nervos que compõem o organismo dos animais. Para isso, 
realizamos uma revisão de literatura dos principais itens. 
 
 
VASOS SANGUÍNEOS 
 
1- Principais vasos do membro torácico 
 
1.1- Artérias 
 
1.1.1- Artéria cervical superficial 
Ela se origina da artéria subclávia na entrada do tórax. Atingindo a face 
lateral do pescoço, corre dorsalmente ao longo da borda cranial do músculo 
supra-espinhal, passando profundamente aos músculos subclávio, 
braquiocefálico, omotransversal e trapézio. Além de fornecer ramos aos 
músculos acima citados e ao linfonodo cervical superficial, ela emite a artéria 
supra-escapular (ramo supra-escapular, nos bovinos). Esta última é 
relativamente calibrosa e dirigi-se para a borda cranial do músculo supra-
espinhal, onde se divide em dois ramos, lateral e medial. O ramo lateral penetra 
na face craniolateral do músculo supra-espinhal, dirige-se dorsalmente e 
aparece novamente na superfície desse músculo, ramificando-se na fáscia e na 
pele próximas do ângulo cranial escápula. O ramo medial envia pequenos ramos 
4 
 
ao músculo peitoral profundo, ao músculo subescapular e à face medial da 
articulação do ombro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1: Músculos da face lateral do ombro e braço bovino. Artéria Cervical 
Superficial destacada pela seta 
 
 
1.1.2- Artéria axilar (Figura 2) 
Ela é uma continuação da artéria subclávia, na borda cranial da costela I. 
Então, lateralmente, passa sobre o músculo peitoral profundo e finaliza na axila 
bifurcando-se em artérias subescapular e braquial. Antes desta bifurcação, a 
artéria axilar emite ramos: artéria torácica externa; e nos bovinos, a artéria 
supra-escapular. Antes desta bifurcação, a artéria axilar emite ramos: a artéria 
torácica externa, pequenos ramos musculares; e nos bovinos, a artéria supra-
escapular. Sua função é levar o sangue oxigenado para os músculos do membro 
torácico, para o ombro e para a região lateral do tórax 
 
 
 
 
 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sangue
https://pt.wikipedia.org/wiki/Membro_superior
https://pt.wikipedia.org/wiki/Membro_superior
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ombro
https://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%B3rax
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2: Artéria axilar (indicada pela seta) 
 
 
1.1.3- Artéria subescapular (Figura 3) 
É a resultante proximal da bifurcação da artéria axilar. Passa entre os 
músculos subescapular e redondo maior e termina na área adjacente ao ângulo 
caudal da escápula. Durante seu trajeto, emite ramos: artéria circunflexa caudal 
do úmero, artéria toracodorsal e artéria circunflexa da escápula. É responsável 
pela vascularização do membro torácico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3: Artéria subescapular (indicada pela seta) 
6 
 
1.1.4- Artéria braquial (Figura 4) 
É a resultante distal, mais calibrosa, da bifurcação da artéria axilar. Ela 
percorre distalmente um trajeto retilíneo no braço, passando primeiro entre o 
músculo coracobraquial e a cabeça medial do tríceps do braço e depois entre 
esta última e o bíceps do braço. Na face medial do braço, acompanha os nervos 
musculocutâneo, mediano e ulnar. Na face medial da articulação do cotovelo, 
juntamente com o nervo mediano, passa profundamente ao músculo pronador 
redondo. Distalmente à articulação do cotovelo, ela termina emitindo a artéria 
interóssea comum e continuando-se como artéria mediana. No braço, a artéria 
braquial dá origem a ramos: artéria circunflexa cranial do úmero, artéria profunda 
do braço, artéria colateral ulnar, artéria bicipital e artéria transversa do cotovelo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4: Artéria braquial (indicada pela seta) 
 
 
1.1.5- Artéria mediana (Figura 5) 
Artéria que passa distalmente no antebraço, entre o músculo flexor radial 
do carpo e a borda medial do rádio, acompanhando o nervo mediano. No terço 
médio do antebraço, ela cruza a face profunda do músculo flexor radial do carpo 
e continua-se no canal cárpico, profundamente ao retináculo flexor. Próximo à 
articulação metacarpofalângica, ela se une a um ramo anastomótico que emerge 
7 
 
do arco palmar profundo e continua como artéria digital palmar comum III. Em 
seu percurso, a artéria mediana fornece os seguintes ramos: ramos musculares 
e artéria radial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5: Artéria mediana (indicada pela seta) 
 
 
1.1.6- Artéria digital palmar comum III 
É a continuação distal da artéria mediana a partir da articulação 
matacarpofalângica, sendo a mais calibrosa e a mais importante artériada mão 
dos ruminantes. Ela corre distalmente entre os dois paradígitos (dedos II e IV) e, 
no nível do terço médio das falanges proximais. Emite, a cada lado, um ramo 
comunicante, o qual corre transversalmente na face palmar da falange, sob os 
tendões flexores, para se unir à artéria digital palmar própria abaxial do dedo 
correspondente. 
A artéria digital palmar comum III (Figura 6) continua distalmente 
passando no espaço interdigital. Neste ponto, ela comunica-se com a artéria 
digital dorsal comum III, emite um ramo para o coxim interdigital e, depois de um 
curto trajeto, bifurca-se nas artérias digitais palmares próprias III e IV axiais, uma 
para cada dedo principal. Cada uma destas emite um ramo palmar, que supre a 
8 
 
face palmar e o cório da falange distal. Além do ramo palmar, envia também 
pequenos ramos à face axial do respectivo dedo e emite a artéria coronal, que 
corre dorsalmente na falange média e se distribui na face dorsal do dedo. As 
artérias digitais palmares III e IV axiais finalmente penetram na falange distal, 
onde formam o arco terminal, do qual partem inúmeros ramúsculos para o cório 
do casco. 
A irrigação dos dedos é completada pelas delgadas artérias digitais 
palmares comuns II e IV, que emergem do arco palmar superficial, situado no 
terço distal do metacarpo. Próximo aos paradígitos, a artéria digital palmar 
comum II é abaxial, enquanto a artéria digital palmar comum IV dá origem às 
artérias digital palmar própria V e digital palmar própria IV abaxial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5: Artéria Digital Palmar Comum III (indicado pela seta) 
 
 
1.2- Veias 
 
1.2.1- Veia cefálica 
Origina-se da veia radial, na face medial do carpo. Ela dirige-se para a 
face cranial do antebraço, recebendo, proximalmente ao carpo, a veia cefálica 
9 
 
acessória. Após correr na face cranial do antebraço, a veia cefálica atinge o terço 
distal do braço e recebe a veia mediana do cotovelo, um ramo anastomótico 
proveniente da veia braquial. Prosseguindo no braço, ela passa cranialmente ao 
músculo braquiocefálico e dirige-se para o pescoço, desembocando na veia 
jugular externa, que corre no sulco jugular, situado no aspecto latero-ventral do 
pescoço. 
 
1.2.2- Veia radial (Figura 6) 
Sua origem é no terço distal do metacarpo, da união dos ramos palmares 
superficial e profundo. Ela corre proximalmente no metacarpo, ao longo da borda 
medial do músculo interósseo. Na altura do carpo, dá origem à veia cefálica e, 
depois de perfurar a fáscia profunda do antebraço, desemboca na veia mediana. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 6: Veia cefálica (indicada pela seta) 
 
 
1.2.3- Veia digital dorsal comum III 
Logo após sua formação no espaço interdigital, ela passa proximalmente 
até a articulação matacarpofalângiana. Após cruzar superficialmente a face 
dorsal desta articulação, ela inclina-se medialmente e vai do metacarpo junto aos 
tendões dos músculos extensores. Atingindo a face dorsal do carpo, ela continua 
como veia cefálica acessória. 
 
10 
 
1.2.4- Veia axilar (Figura 7) 
É formada pela união das veias subescapular e braquial, na axila. Ela 
corre na região axilar em direção à parede do tórax e continua, ao passar pela 
costela I, como veia subclávia. Em sua extensão, a veia axilar recebe as veias 
das regiões axilar e escapular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 7: Veia axilar (indicada pela seta) 
 
 
1.2.5- Veia braquial 
É a continuação, no braço, da veia mediana, podendo ser dupla. Ela corre 
proximalmente no braço, juntamente com a artéria braquial e os nervos mediano, 
musculo-cutâneo e ulnar. Na porção proximal do braço, a veia braquial (Figura 
8) relaciona-se com o nervo radial. Ela comunica-se com a veia cefálica por meio 
da veia mediana, do cotovelo. E ela participa da vascularização do membro 
torácico. 
 
 
 
11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 8: Veia braquial (indicada pela seta) 
 
 
1.2.6- Veia mediana (Figura 9) 
Ela acompanha o trajeto da artéria mediana, passando, proximalmente, 
ao longo do metacarpo, do carpo e da face medial do antebraço. Ela representa 
a continuação, proximalmente à articulação metacarpofalângica, da veia digital 
palmar comum III. Esta última drena a maior parte do sangue dos dois dedos 
principais, resultando na união, no espaço interdigital, das veias digitais palmares 
próprias III e IV axiais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 9: Veia Mediana (indicada pela seta) 
12 
 
2- Principais vasos do tórax 
 
2.1-Artérias 
 
2.1.1- Artéria aorta 
A aorta (Figura 10) é a mais calibrosa e a principal artéria sistêmica, dela 
originam-se, direta ou indiretamente, todas as demais artérias do corpo, exceto 
as pulmonares. Ela leva sangue oxigenado para todas partes do corpo através 
do sistema sanguíneo. Apresenta-se com a parede bastante espessa e 
coloração amarelada. 
Pode ser dividida em três segmentos: aorta ascendente, arco da aorta e 
aorta descendente. A aorta ascendente origina-se do ventrículo esquerdo do 
coração. O bulbo da aorta se relaciona à esquerda com o tronco pulmonar e 
cranialmente e à direita com o átrio direito. Da aorta ascendente originam-se a 
as artérias coronárias direita e esquerda. 
O arco da aorta é a continuação da aorta ascendente. Neste trecho a aorta 
forma um arco de concavidade caudal, para se continuar com a aorta 
descendente. O arco relaciona-se à esquerda com o pulmão esquerdo e à direita 
com a traqueia. Dele origina-se o tronco braquiocefálico. 
A aorta descendente ou torácica, dirige-se caudalmente na cavidade 
torácica, onde passa ventralmente aos corpos das vértebras torácicas. Sua 
porção inicial relaciona-se à direita com o esôfago e o ducto torácico, e à 
esquerda com a veia àzigos esquerda e o lobo cranial do pulmão esquerdo. 
Atravessa o diafragma no hiato aórtico e continua-se na cavidade do abdome 
como aorta abdominal. 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 10: Vista ventral de ruminante, destacando, com uma seta, a artéria 
aorta 
 
 
2.1.2- Artérias coronárias (Figura 11) 
São as artérias responsáveis pela irrigação do coração, constituindo os 
primeiros ramos originados da aorta. A artéria coronária direita, pouco 
desenvolvida, origina-se da aorta ascendente entre o tronco pulmonar e a 
aurícula do átrio direito. Ela divide-se em vários ramos para o átrio e o ventrículo 
direitos, emitindo também ramificações para a porção caudal do septo 
interventricular. 
A artéria coronária esquerda é a mais calibrosa das duas. Origina-se da 
aorta ascendente na face auricular do coração, entre o tronco pulmonar e o átrio 
esquerdo, e divide-se logo em dois ramos calibrosos: o interventricular paraconal 
e o circunflexo. O primeiro corre ventralmente no sulco interventricular paraconal 
e fornece ramos para os ventrículos direito e esquerdo e para o septo 
interventricular. Próximo ao ápice do coração, seus ramos anastomosam-se com 
ramos do ramo interventricular subsionuoso e com os da artéria coronária direita. 
O ramo circunflexo dirige-se caudalmente, correndo no sulco coronário. Emite 
ramos para o ventrículo e o átrio esquerdos e, atingindo o sulco interventricular 
subsinuoso, emite um ramo que corre ventralmente nesse sulco e termina 
14 
 
anastomosando-se com a artéria coronária direita. O ramo interventricular 
subsinuoso envia ramos para os ventrículos direito e esquerdo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 11: Artérias coronárias (indicadas pela seta preta) 
 
 
2.2 - Veias 
 
2.2.1 -Veia cava cranial 
Na entrada do tórax, as duas veias jugulares externas unem-se e formam 
o tronco bijugular. Um pouco antes desta união, cada veia jugular externa recebe 
as veias cefálica e cervical superficial do lado correspondente. O tronco bijugular 
é muito curto e logo se junta às veias subclávia direita e esquerda,formando a 
veia cava cranial. Esta, ao percorrer o mediastino cranial, recebe as seguintes 
veias: a costocervical, a torácica interna e a ázigos direita. 
 
2.2.2 - Veia cava caudal (Figura 12) 
Proveniente da cavidade do abdômen, ela tem um curto trajeto na 
cavidade do tórax. Logo depois de atravessar o forame da veia cava, no centro 
tendíneo do diafragma, ela corre, cranialmente, na cavidade torácica, 
ventralmente ao esôfago e à direita do plano mediano. Passa entre os lobos 
caudal e acessório do pulmão direito e desemboca no átrio direito. Ao ultrapassar 
15 
 
o forame da veia cava, recebe as veias frênicas, que correm no centro tendíneo 
do diafragma, drenando este músculo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 12: Vista ventral da veia cava caudal (indicada pela seta) 
 
 
3-Principais Vasos do Abdome 
 
3.1- Artérias 
 
3.1.1- Artéria mesentérica cranial 
É a artéria responsável pela irrigação do intestino delgado e da maior 
parte do intestino grosso. Origina-se da aorta abdominal logo, caudalmente, 
artéria celíaca, em alguns casos formando com esta última um tronco comum. 
Sua porção inicial é envolvida pelo cólon transverso e, neste ponto, ela emite 
ramos para esta parte do intestino grosso e também a artéria 
pancreaticoduodenal caudal. No mesentério, artéria mesentérica cranial emite 
uma numerosa série de artérias jejunais, as quais formam arcos anastomóticos, 
de onde partem ramos destinados ao jejuno e íleo. O ramo mais calibroso, artéria 
ileocólica, origina-se da porção inicial da artéria mesentérica cranial e dirige-se 
para a alça espiral do cólon ascendente, vascularizando-a e emitindo ramos 
também para o cécum e a porção terminal do íleo. No bovino, a artéria 
mesentérica cranial emite um calibroso ramo colateral, que corre no mesentério 
para se unir novamente a ela mais distalmente. 
16 
 
 
3.1.2-Artéria mesentérica caudal 
É uma pequena artéria que se origina da face ventral da aorta abdominal 
e caudal à origem das artérias testiculares ou ováricas. Após o trajeto no 
mesocólon descendente, divide-se nas artérias sigmóide e retal cranial. A 
primeira, dirige-se cranialmente para a porção final do cólon descendente e a 
segunda caudalmente para o reto. 
 
3.2 - Veias 
 
3.2.1 -Veia cava caudal (Figura 12) 
É um grande tronco venoso que passa pela parede dorsal da cavidade do 
abdome, recebe sangue dos membros pélvicos e de parte da parede do abdome, 
do dorso e ainda de vísceras das cavidades abdominal e pélvica. É formada 
próximo às últimas vértebras lombares, pela junção das duas veias ilíacas 
comuns. 
Inicialmente, a veia cava caudal repousa sobre a porção terminal da aorta 
abdominal, passando depois a correr à direita desta última. Passa à direita dos 
dois rins e é cruzada dorsalmente pela artéria renal direita ventralmente pela 
artéria renal esquerda. Ela chega à parte dorsal do fígado, onde corre no tecido 
hepático, atravessa o forame da veia cava no centro tendíneo do diafragma e 
penetra na cavidade do tórax, desembocando no átrio direito do coração. 
 
 
4- Principais vasos da parede do tórax 
 
4.1-Artérias 
 
4.1.1- Artéria torácica externa 
Se origina próximo à costela I, corre ventralmente e emite ramos para os 
músculos braquiocefálico, omotransversal, peitoral superficial, peitoral profundo 
e subclávio. 
 
 
17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 13: Artéria torácica externa, indicada pela seta. Vista lateral 
 
 
4.1.2-Artéria torácica interna (Figura14) 
Origina-se caudalmente à artéria subclávia e dirige-se, 
caudoventralmente, para a face dorsal do esterno, coberta pelo músculo 
transverso do tórax. Ela emite ramos mediastinais, ramos tímicos, ramos 
intercostais ventrais, ramos para o músculo diafragma e, após este último, 
continua como artéria epigástrica cranial na parede ventral do abdome. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 14: Artéria torácica interna, indicada pela seta. Vista lateral 
 
 
4.2- Veias 
 
4.2.1- Veia ázigo esquerda (Figura 15) 
18 
 
É a principal responsável pela drenagem da parede do toráx e do canal 
vertebral na região. Formada pela união das primeiras veias lombares direita e 
esquerda e corre, cranialmente, pelos corpos das vértebras torácicas, à 
esquerda da aorta torácica. Em seu percurso, ela recebe as veias costo-
abdominais dorsais e as veias intercostais dorsais. Estas últimas comunicam-se 
com os plexos venosos vertebrais interno e externo. Ela recebe também as veias 
bronquiais e esofágicas. No quinto espaço intercostal, ela curva-se ventralmente 
e cruza a aorta torácica, passando entre esta e o pulmão esquerdo. Transpassa 
o pericárdio e une-se à veia cardíaca magna para formar o seio coronário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 15: Veia ázigo esquerda, indicada pela seta. Vista ventral 
 
 
5- Principal vaso da parede do abdome 
 
5.1- Artéria 
 
5.1.1-Artéria circunflexa profunda do ílio 
Origina-se da artéria ilíaca externa próximo ao corpo do ílio e se divide em 
dois ramos (cranial e caudal). O ramo cranial passa pelo corpo do ílio e emite 
vários ramos que irrigam os músculos sublombares, longíssimo lombar, glúteo 
19 
 
médio, tensor da fáscia lata e pele adjacente. Prossegue caudodorsal à parede 
do abdome, entre os músculos oblíquo interno, oblíquo externo e transverso do 
abdome, irrigando-os. O ramo caudal dirige-se ventralmente, emitindo ramos 
para os músculos oblíquo externo, oblíquo interno e transverso do abdome. 
Atravessa a parede abdominal e corre na face medial do músculo tensor da 
fáscia lata, acompanhando, distalmente, o nervo cutâneo lateral da coxa. Ele 
irriga os músculos tensor da fáscia lata e cutâneo do tronco, bem como a pele 
do aspecto craniomedial da coxa. 
 
 
5- Principais vasos do membro pélvico 
 
5.1- Artérias 
 
5.1.1- Artéria ilíaca externa (Figura 16) 
Ela origina-se da artéria aorta abdominal, ventralmente ao corpo da V ou 
VI vértebra lombar. Passa ventro-caudalmente na face interna da parede do 
abdome, imediatamente cranial ao corpo do ílio, emitindo a artéria circunflexa 
profunda do ílio. Atingindo o membro pélvico, ela emite, junto à borda cranial do 
pubis, a artéria femoral profunda, e continua na face medial da coxa, como artéria 
femoral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 16: Artéria ilíaca externa, indicada pela seta. 
 
20 
 
5.1.2- Artéria circunflexa profunda do ílio (Figura 17) 
Origina-se da artéria ilíaca externa próximo ao corpo do ílio e logo se 
divide em dois ramos: cranial e caudal. O ramo cranial passa no corpo do ílio e 
emite vários “braços” que irrigam os músculos sublombares, longíssimo lombar, 
glúteo médio, tensor da fáscia lata e pele adjacente. Prossegue cranialmente no 
ângulo caudo-dorsal da parede do abdome, correndo entre os músculos oblíquo 
interno, transverso e oblíquo externo, todos do abdome. O ramo caudal dirige-
se ventralmente, emitindo divisões para os músculos oblíquo externo, oblíquo 
interno e transverso do abdome. Atravessa a parede abdominal e passa a correr 
na face medial do músculo tensor da fáscia lata, acompanhando, distalmente, o 
nervo cutâneo lateral da coxa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 17: Artéria circunflexa profunda do ílio, indicada pela seta. 
 
 
5.1.3- Artéria femoral profunda (Figura 18) 
Origina-se da artéria ilíaca externa junto à borda cranial do púbis. Dirige-
se caudalmente no membro, correndo ventralmente ao pubis. A artéria femoral 
profunda logo emite o tronco pudendo-epigástrico e continua-se como artéria 
circunflexa medial do fêmur. 
 
 
 
21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 18: Artéria femoral profunda. Indicada pela seta 
 
 
5.1.4- Artéria femoral (Figura 19) 
É a principal artéria responsável pela irrigação do membro pélvico. Corre 
distalmente na face medial da coxa, como continuação da artéria ilíaca externa, 
após esta emitir a artéria femoralprofunda. Ao atingir a inserção do músculo 
pectíneo, ela se dirige para a face caudal do fêmur e, caudalmente ao joelho, 
penetra entre as cabeças medial e lateral do músculo gastrocnêmio, 
continuando, a partir desse ponto, como artéria poplítea. Em seu trajeto, a artéria 
femoral emite os seguintes ramos: artéria circunflexa lateral do fêmur, safena, 
descendente do joelho, nutrícia do fêmur e caudal do fêmur. 
 
5.1.5 -Artéria poplítea (Figura 20) 
É a continuação da artéria femoral, após a emissão dela na parte caudal 
do fêmur. Ela constitui num curto tronco que corre na face caudal da articulação 
do joelho e se divide em dois ramos de calibre desigual, as artérias: tibial cranial 
e tibial caudal. 
 
 
 
 
22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 19: Artéria femoral (seta preta) e artéria poplítea (seta vermelha) 
 
 
5.1.6 - Artéria tibial cranial e dorsal do pé 
A porção cranial é a continuação direta, na perna, da artéria poplítea. 
Passa profundamente ao músculo poplíteo, fornecendo ramos para este e para 
o flexor profundo dos dedos. Depois, ela atinge a borda caudolateral de tíbia, 
transpassa a membrana interóssea da perna e continua na face cranial da tíbia. 
A artéria dorsal do pé, passa a ser chamada assim, após passar sob o 
retináculo proximal dos extensores. Ela fornece ramos para a rede társica dorsal 
e para a cápsula da articulação do tarso. Na altura da articulação intertársica, a 
artéria dorsal do pé emite o ramo perfurante proximal, o qual atravessa a 
articulação tarsometatársica para se unir ao arco plantar profundo proximal. Na 
face dorsal do metatarso, ela continua como artéria metatársica dorsal III. No 
metatarso, esta última fornece alguns ramúsculos para o músculo extensor curto 
dos dedos. Um pouco proximalmente à articulação metatarsofalângica, a artéria 
metatársica dorsal III recebe o ramo perfurante distal, continua-se como artéria 
digital dorsal comum III. Esta última, atingindo o espaço interdigital, anastomosa-
se com a artéria digital plantar comum III, que se divide em artérias digitais 
plantares próprias III e IV axiais. 
 
5.2 -Veias 
 
23 
 
5.2.1 -Veia safena lateral (Figura 20) 
É a mais calibrosa dos troncos venosos superficiais do membro pélvico e 
sua posição subcutânea faz com que seja um dos pontos para punções e 
injeções endovenosas, especialmente nos pequenos ruminantes. Ela é formada 
pela união de dois ramos, cranial e caudal, no terço distal da face lateral de 
perna, no espaço entre o músculo flexor profundo dos dedos e o tendão 
calcanear comum. Segue proximalmente ao longo da borda caudal do músculo 
gastrocnêmio e penetra entre os músculos bíceps femoral e semitendíneo. 
Passa a correr, então, profundamente na face lateral da coxa, relacionando-se 
com o linfonodo poplíteo; os nervos: tibial, fibular comum e cutâneo lateral da 
sura; e os músculos bíceps femoral, semitendíneo e adutor, dos quais recebe 
vários e calibrosos ramos. Então, a veia safena lateral passa a denominar-se 
veia circunflexa medial do fêmur, a qual mergulha entre os músculos adutor e 
semimembranáceo, acompanhando os ramos terminais da artéria circunflexa 
medial do fêmur. 
O ramo cranial da veia safena lateral é formado, no terço distal do 
metatarso, pela união das veias digitais dorsais comuns III e IV. Corre 
proximalmente em direção ao tarso, acompanhando o nervo fibular superficial, 
lateralmente aos tendões dos músculos extensores dos dedos. Na face dorsal 
do tarso, ele recebe ramos da veia dorsal do pé e da rede társica dorsal. Um 
pouco mais proximalmente, anastomosa-se com o ramo superficial da veia tibial 
cranial, bem desenvolvido nos bovinos e inconstante nos pequenos ruminantes. 
Ultrapassando proximalmente o tarso, o ramo cranial dirige-se obliquamente em 
sentido caudal, para unir-se ao ramo caudal e formar a veia safena lateral. 
O ramo caudal da veia safena lateral origina-se no aspecto plantolareal 
da extremidade proximal do metatarso, a partir do arco plantar profundo, situado 
no músculo interósseo. Aparece nos bovinos e pequenos ruminantes, como uma 
continuação da veia matatársica plantar IV, tributária do referido arco. Corre 
inicialmente na face lateral do calcâneo e, em seguida, junto à face caudal da 
extremidade distal da tíbia e ao tendão flexor profundo dos dedos. Nesta altura, 
emite o ramo anastomótico com a veia safena medial. Um pouco mais 
proximalmente, termina unindo-se ao ramo cranial para formar a veia safena 
lateral. 
 
24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 20: Veia safena lateral, indicada com a seta 
 
 
5.2.2 - Veia safena medial 
Encontra-se subcutaneamente na face medial da perna e da coxa, junto 
com a artéria e o nervo safenos. É formada pela união das veias plantar lateral 
e plantar medial, na depressão existente entre o túber do calcâneo e o tendão 
do músculo flexor profundo dos dedos. Segue, proximalmente, na face medial 
da perna, entre o tendão calcanear comum e a borda caudal do músculo flexor 
profundo dos dedos e, atingindo a face medial da coxa, aprofunda-se entre o 
músculo grácil e o sartório, desembocando na veia femoral. 
 
5.2.3 - Veia femoral (Figura 21) 
Corre na face medial da coxa, ao lado da artéria homônima. Origina-se, 
como continuação direta da veia poplítea, na face caudal da extremidade distal 
do fêmur. Passa, proximalmente, passando no sulco entre os músculos vasto 
medial, adutor e pectíneo e, coberta pelo músculo sartório. Após um curto trajeto 
sobre a face medial do músculo iliopsoas, junta-se à veia femoral profunda para 
formar a veia ilíaca externa, na raiz do membro pélvico. São suas tributárias as 
seguintes veias, todas elas satélites dos ramos da artéria femoral: circunflexa 
lateral do fêmur, safena medial, descendente do joelho e caudais do fêmur. 
 
25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 21: Veia femoral, indicada pela seta 
 
 
5.2.4 - Veia poplítea 
Localiza-se caudalmente à articulação do joelho, sendo formada pelas 
veias tibial cranial e caudal. Como a artéria homônima, seu trajeto é curto. 
Recebe veias vindas da articulação do joelho e se junta às veias caudais do 
fêmur para continuar, proximalmente, como veia femoral. 
 
 
6 - Vasos da cabeça 
 
6.1 -Artérias 
 
6.1.1 -Artéria facial 
Presente nos bovinos, corre rostroventralmente, passando entre o tendão 
intermédio do músculo digástrico e a face medial do músculo pterigóideo medial 
e depois entre a face medial do ventre rostral do músculo digástrico e a glândula 
mandibular, para a qual emite um ramo. Em seguida, a artéria facial (Figura 22) 
contorna a borda ventral da mandíbula, próximo ao ângulo desta, para associar-
se ao ramo bucal ventral do nervo facial, à veia facial e ao ducto parotídico. Ao 
contornar a borda ventral da mandíbula, a artéria facial dá origem à artéria 
26 
 
submentual, que se dirige rostralmente para suprir o músculo milo-hióideo e a 
pele da região intermandibular. 
Na face lateral da mandíbula, a artéria facial emite a artéria labial inferior 
superficial, que corre junto à borda ventral do músculo depressor do lábio inferior 
companhado do ramo bucal ventral do nervo facial. Em seguida, a artéria facial 
curva-se em direção dorsorrostral, correndo num sulco limitado caudalmente 
pela borda rostral do músculo masséter e rostralmente pelo músculo bucinador. 
Neste ponto, ela dá origem à artéria labial inferior profunda, que penetra no 
músculo bucinador e corre rostralmente até atingir o lábio inferior, onde se 
distribui. 
Juntamente com sua veia satélite e o ramo bucal dorsal do nervo facial, a 
artéria facial prossegue, rostralmente, acompanhando a borda dorsal do músculo 
bucinador e coberta pelo músculo zigomático. Emite a artéria labial superior e 
continua-se como artéria lateral rostral do nariz. A artéria labial superior dirige-
se rostroventralmente, penetrando entre os músculos depressor do lábiosuperior e orbicular da boca. Ela emite um pequeno ramo, a artéria angular da 
boca, que corre profundamente à porção rostral do músculo bucinador para se 
distribuir no ângulo da boca. A artéria lateral rostral do nariz é pouco 
desenvolvida, corre sobre o músculo depressor do lábio superior e emite vários 
ramos, que se distribuem na parte rostral da face lateral do nariz ou na face 
profunda do músculo depressor do lábio superior e termina anastomosando-se 
com um ramo da artéria infra-orbital. 
 
6.1.2 - Artéria carótida externa (Figura 22) 
Ela é a continuação da artéria carótida comum após a emissão do tronco 
linguofacial e da artéria occipital. Dirige-se dorsalmente, entre o ventre caudal do 
músculo digástrico e o extremo caudal do osso estilo-hióide. Em seguida, curva-
se rostralmente e atinge a região infratemporal, onde emite a artéria temporal 
superficial, como artéria maxilar. Em seu trajeto a artéria carótida externa emite 
a artéria auricular caudal e o ramo massetérico. Esta, juntamente as demais 
artérias carótida, são responsáveis por fornecer sangue a toda a região da 
cabeça. 
 
27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 22: Artéria facial (seta preta) e artéria carótida externa (seta vermelha) 
 
 
6.1.3 - Artéria occipital (Figura 23) 
Origina-se da porção dorsal medial da artéria carótida comum, na região 
retrofaríngea. Logo após sua origem, ela emite, rostralmente, a delgada artéria 
palatina ascendente (apenas bovinos), que se distribui na faringe no palato mole. 
Nos ovinos e caprinos, a artéria palatina ascendente origina-se diretamente da 
artéria carótida comum. A artéria occipital dirige-se dorsalmente, emitindo, em 
sentido caudal, ramos musculares. Aproximando-se da parte caudal da base do 
crânio, ela passa medialmente ao processo jugular do osso occipital, emitindo a 
artéria carótida interna, e em seguida divide-se em seus ramos terminais: 
occipital, artéria meníngea média e artéria condilar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 23: Artéria occiptal (indicada pela seta) 
28 
 
6.1.4 - Artéria maxilar (Figura 24) 
Ela é a continuação da artéria carótida externa depois da emissão da 
artéria temporal superficial. Dirige-se rostrodorsalmente e penetra na fossa 
pterigopalatina. Então, é cruzada medialmente pelos nervos alveolar inferior 
lingual e bucal, e milo-hióideo. Próximo ao forame orbitorredondo, a artéria 
maxilar curva-se em sentido rostral, acompanhada do nervo homônimo. Termina 
dividindo-se, na fossa pterigopalatina, nas artérias infraorbital e palatina 
descendente. Ela emite os seguintes ramos: pterigóideos, artéria alveolar 
inferior, artéria temporal profunda, artéria bucal, ramo caudal à rede admirável 
epidural rostral, ramos rostrais à rede admirável epidural rostral e artéria 
oftálmica externa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 24: Artéria maxilar (indicada pela seta) 
 
 
6.2 - Veias 
 
6.2.1 - Veia facial (Figura 25) 
É formada pelas veias angular do olho e dorsais do nariz, na face dorsolateral 
do nariz. Dirige-se caudoventralmente, associando-se ao ducto parotídico e, nos 
bovinos, à artéria facial. Ao contornar a borda ventral da mandíbula, une-se à veia lingual 
para formar a veia línguofacial. Ao longo do seu trajeto, a veia facial recebe as seguintes 
tributárias: angular do olho, dorsais do nariz, lateral do nariz, labiais superiores, profunda 
da face, labiais inferiores e submentual. 
 
6.2.2 - Veia maxilar (Figura 25) 
29 
 
Forma-se na fossa pterigopalatina, como continuação da veia profunda da face. 
Corre junto à artéria maxilar, recebendo as seguintes tributárias: veias pterigóides, 
massetérica, temporal profunda, alveolar inferior, palatinas e temporal superficial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 25: Veia facial (seta preta) e veia maxilar (seta vermelha) 
 
 
7 - Vasos do pescoço 
 
7.1 - Artérias 
 
7.1.1 - Artéria carótida comum (Figura 26) 
Principal artéria da região do pescoço e cabeça, pois é responsável pela 
irrigação desses orgãos. Elas resultam da bifurcação do tronco bicarótico logo após a 
origem deste último do tronco braquiocefálico, na entrada do tórax. Cada artéria carótida 
comum corre na face ventral do pescoço, lateralmente à traqueia e em íntima 
associação com o tronco vagossimpático. Está separada da veia jugular externa pela 
borda dorsal do músculo esternocefálico. Em seu trajeto pelo pescoço, ela emite os 
seguintes ramos: musculares, artéria tireóidea caudal, artéria tireóidea cranial, artéria 
laríngea cranial e artéria faríngea ascendente. 
 
30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 26: Artéria carótida comum (indicada pela seta) 
 
 
7.1.2 -Artéria vertebral 
É bem desenvolvida nos bovinos, mas sua participação no suprimento 
sanguíneo da cabeça é bastante reduzida. Ela é a continuação direta do tronco 
costocervical, após a emissão, por este último, da artéria cervical profunda. Corre em 
sentido cranial acompanhada de sua veia satélite e do nervo vertebral, passando 
através dos forames transversos da VI até a III vértebra cervical em seu percurso. Emite 
ramos para os músculos da região cervical lateral e também ramos espinhais. Estes 
últimos penetram nos forames intervertebrais para formar as artérias espinhais dorsal e 
ventral, que suprem a medula espinhal. Próximo ao forame intervertebral, entre a III 
vértebra cervical e o áxis, a artéria vertebral emite um ramo muscular calibroso e penetra 
no canal vertebral. Ela prossegue cranialmente no canal vertebral, anastomosando-se 
com ramos de sua correspondente do lado oposto. Na altura do atlas, emite um ramo 
descendente, o qual emerge através do forame vertebral lateral da referida vértebra. 
Esse anastomosa com o ramo da artéria occipital para se distribuir nos músculos oblíquo 
caudal da cabeça, retos dorsais maior e menor da cabeça, semiespinhal da cabeça e 
esplênio. Nos bovinos, após a emissão do ramo descendente, a artéria vertebral une-
se com artéria condilar (ramo da artéria occipital) para formar, sobre a parte basilar do 
osso occipital, a rede admirável epidural caudal. Dela partem finos ramos que se dirigem 
rostralmente e se comunicam com a rede admirável epidural rostral. 
 
7.2 - Veias 
 
7.2.1 - Veia jugular interna (Figura 27) 
31 
 
Ela existe em cerca de 75% de bovinos e falta em caprinos e ovinos. Presente, 
ela corre na face ventral do pescoço, junto à artéria carótida comum. Une-se a veia 
jugular externa próximo à entrada do tórax. Para a veia jugular interna confluem as veias 
tireóidea cranial, occipital e laríngea cranial e caudal. Recebe ainda pequenos ramos do 
esôfago, traqueia, timo e dos músculos cervicais ventrais. Quando ausente, suas 
tributárias vão diretamente à veia jugular externa, desembocando na altura da junção 
laringotraqueal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 27: Veia jugular interna (indicada pela seta 
 
 
7.2.2 - Veia jugular externa (Figura 28) 
Principal veia responsável pela drenagem venosa da cabeça. É formada pela 
união das veias linguofacial e maxilar, próximo ao ângulo da mandíbula. Corre 
caudamente no sulco jugular, em posição subcutânea. Está separada da artéria carótida 
comum e do tronco vagossimpático pela borda dorsal do músculo esternocefálico. Em 
seu trajeto pelo pescoço, ela recebe um número variável de ramos provenientes dos 
músculos cervicais, traqueia e esôfago. Próximo à entrada do tórax, ela recebe as veias 
jugular interna, cefálica e cervical superficial. Termina unindo-se com a veia homóloga 
do lado oposto para formar o tronco bijugular, que logo desemboca na veia cava cranial. 
32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 28: Veia jugular externa (indicada pela seta) 
 
 
 
 
SISTEMA LINFÁTICO 
 
1 - Vasos linfáticos (Figura 29): Iniciam-se em forma de forma de sacos cegos, 
dispostos em TCF. Esses vasos não possuem membrana basal, o que permite a entrada 
de moléculas maiores (maior permeabilidade).Esses capilares então se anastomosam 
formando os vasos linfáticos, que apresentam válvulas devido à ausência de pressão 
nessas estruturas. 
 
2 - Tecido Linfático Disseminado: sem cápsula, estando disperso em submucosas 
dos tecidos viscerais. Encontram-se sempre associados a uma mucosa úmida, 
apresentando apenas vasos aferentes. Ex.: placas de Peyer 
 
3 - Tecido Linfático Encapsulado ou Linfonodo (Figura 29): encontra-se agrupado e 
encapsulado (tecido conjuntivo). O tamanho varia de uma cabeça de alfinete até 10cm. 
Essa variação também relaciona a quantidade de linfonodos encontrados em cada 
espécie de animal doméstico, onde carnívoros e ruminantes o número é menor de 
linfonodos, porém de tamanho maior que outras espécies. A forma é arredondada à 
ovalada, ligeiramente aplanada, a coloração é cinza amarelado ou amarronzado. As 
células têm superfícies lisas e são móveis, geralmente encontram-se no tecido adiposo. 
Ele presenta vasos: 
 
33 
 
3.1- Aferentes: dirigem-se para a periferia dos linfonodos, fluido linfático quase livre de 
células. 
3.2 - Eferentes: afastam-se do hilo, linfa rica em células. 
 
4- Hilo: entrada e saída de vasos sanguíneos, linfáticos e nervos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 29: Representação esquemática do sistema linfático, indicando os 
componentes dele 
 
. 
5-Grandes troncos coletores de linfa: 
 
5.1 - Ducto Torácico: Principal tronco coletor do sistema linfático. Também chamado de 
Ducto do Quilo. Continua-se da região lombar, da cisterna do quilo, que percorre a 
região dorsal da cavidade abdominal junto à artéria aorta, passando pelo óstio aórtico, 
um pouco mais a direita e dorsalmente a esta para atingir a cavidade torácica. Nesta 
cavidade ele segue entre a artéria aorta e a veia ázigos, coberto pela pleura, até se abrir 
na veia cava cranial ou na veia jugular externa esquerda. 
 
https://1.bp.blogspot.com/-i9-CMsIbgBk/Vwtj7hby1zI/AAAAAAAAAFY/gfyU98TLhjQhZjb3_9ZAjROIfH2h3samA/s1600/2.png
34 
 
5.2- Cisterna do Quilo: É uma dilatação que se forma através da anastomose dos 
troncos intestinais e lombar, de forma aproximadamente arredondada, de paredes finas 
que se estende dorsolateralmente à direita da aorta abdominal, desde a última vértebra 
torácica até a II ou III vértebra lombar. Neste local, a linfa (quilo) é captada para ser 
drenada constantemente para o ducto torácico e cair nos grandes vasos. 
 
5.3 - Ducto Linfático Direito: É inconstante, e quando presente é pequeno. Drena a linfa 
do lado direito da cabeça, membro torácico, pescoço, cavidade torácica e se abre na 
veia cava cranial. É formado pela união do tronco traqueal direito com tronco linfático do 
membro torácico. 
 
5.4 - Troncos Traqueais: Percorrem a traqueia cervical, junto à artéria carótida comum, 
assim, este é par, correndo cada um a cada lado da traqueia do animal. Esses troncos 
podem se abrir na veia cava cranial, ou na veia jugular externa esquerda ou mesmo nos 
linfonodos cervicais profundos caudais. 
 
 
6 - Centros linfáticos ou linfocentros 
 É um linfonodo ou um grupo deles, que existem constantemente numa região 
específica do corpo, recebendo a linfa, filtrando e promovendo a defesa da região. A 
normalidade destes linfonodos mostra a sanidade local. 
 
6.1- Linfocentro da cabeça: constituído pelos linfonodos mandibulares, parotídeos, 
retrofaríngeos laterais e mediais. Há outros relacionados diretamente com a porção 
cefálica profunda, como os hióideos. 
 
6.1.1-Linfonodos mandibulares (Figura 30): espaço intermandibular, próximos as 
glândulas sublinguais e mandibular. 
6.1.2 - Linfonodos parotídeos: no masseter, coberto pela glândula parótida (Figura 30). 
6.1.3 - Linfonodos retrofaríngeos: no teto da faringe e fossa do atlas. 
 
35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 30: Linfocentro da cabeça e algumas glândulas destacadas 
 
 
6.2 - Linfocentro cervical 
 
6.2.1 - Linfonodos cervicais superficiais: se situam na parte mais caudal do pescoço à 
frente da escápula e se apoia nos músculos profundos sobre as vértebras cervicais. É 
facilmente palpável, apesar de estar coberto pelo omotransversário. Drena a pele e 
músculos subjacentes de uma área muito ampla que se estende da parte média do 
pescoço à parte caudal do tórax, incluindo a parte proximal do membro torácico 
 
6.2.2- Linfonodos cervicais profundos: ao longo da traquéia. São divididos em craniais 
e caudais. 
 
 
6.3 - Linfocentros do membro torácico: representados pelos linfonodos axilares (junto 
aos vasos subescapulares - feixe vasculonervoso que vai ao membro torácico). A linfa 
é drenada para os linfonodos do linfocentro axilar. 
 
6.3.1- Linfonodos axilares propriamente ditos: região axilar (Figura 31) 
 
 
Linfonodos mandibulares 
Glândula parótida 
Glândula mandibular 
https://1.bp.blogspot.com/-GE5RDvbGBIw/VyTbOykYs5I/AAAAAAAAAIw/orA1vZHcYhQ-7sgSN9aanNdmFjpvPuGUwCLcB/s1600/linfonodos_superficiais+(5)b.jpg
36 
 
 
 
 
 - 
 
 
 
 
 
Figura 31: Linfonodos axilares destacados de amarelo 
 
 
6.4 - Linfocentros das Paredes e Vísceras Torácicas: são divididos em parietais 
(dorsal e ventral) e viscerais (mediastinal e bronquial) 
 
6.4.1 - Lifocentro torácico dorsal: compõe-se de linfonodos. Intecostais (na parte dorsal 
de cada costela) e aorticotorácicos (acima da aorta torácica). Nos ruminantes, 
encontram-se os linfonodos hemais (não tem relação com a linfa). 
 
6.4.2 - Lifocentro torácico ventral: são os linfonodos esternais craniais (próximo ao 
manúbrio externo) e os linfonodos esternais caudais (músculo transverso do tórax). 
 
6.4.3 - Lifocentro Mediastínico: composto pelos linfonodos mediastinais (craniais, 
médios e caudais), localizados no mediastino. 
 
6.4.4 - Lifocentro bronquial: composto de linfonodos traqueobrônquios (esquerdo, direito 
e médio). Todos relacionados com a porção terminal da traqueia (bifurcação). 
 
 
6.5 - Linfocentros das Paredes Abdominal e Pélvica 
 
6.5.1 - Linfocentro lombar: abrange alguns linfonodos lombares aórticos, os quais 
situam-se lateralmente à aorta; linfonodos renais, próximo aos rins; e ovarianos, nos 
ovários. 
 
https://2.bp.blogspot.com/-cSlu7QhL0LU/VyTaz7WCXVI/AAAAAAAAAIo/hoMGVB86f_A3UxlENM8Y14PgzwG3lsnogCLcB/s1600/linfonodos_superficiais+(21)b.jpg
37 
 
6.5.2 - Linfocentro Iliossacral: reúne linfonodos ilíacos mediais (próximo às ramificações 
finais da aorta), laterais (na articulação ilíaca), sacrais (ventrais ao sacro), hipogástricos 
(próximo as articulações ilíacas internas) e uterinos (próximo ao colo uterino). 
 
6.5.3 - Linfocentro Inguinal Superficial: composto pelos linfonodos inguinais superficiais 
(Figura 32) (dorsalmente à glândula mamária ou escrotal), os da prega inguinal e o 
subilíaco (próximo a artéria ilíaca - ausente no cão) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 32: Linfonodos Inguinal Superficial 
 
 
6.6 - Linfocentros do Membro Pélvico 
 
6.6.1 - Linfocentro Inguinal Profundo: apresenta linfonodos inguais profundos, que se 
situam ao longo da artéria ilíaca externa, ou no seguimento proximal da artéria femoral 
(gato e cavalo). 
 
 6.6.2 - Linfocentro Poplíteo (Figura 33): compreende os linfonodos poplíteos 
(superficiais e profundos, nos suínos). 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 33: Linfonodo poplíteo destacado de amarelo. 
 
https://2.bp.blogspot.com/-bOYT2lIeoWA/VyTZ-AjqRGI/AAAAAAAAAIc/v17yOZzLHsM46LEEkx8-KwOiZhQK1WchgCLcB/s1600/linfonodos_superficiais+(26)b.jpg
https://3.bp.blogspot.com/-3-Ms0OofQpw/VyTb3zbh3EI/AAAAAAAAAJA/ArLnZcahrX8xrBkFYvS1IW5AStBzihTyACLcB/s1600/linfonodos_superficiais+(32)b.jpg
38 
 
6.7 - Linfocentros das Vísceras Abdominais 
 
6.7.1 - Linfocentro celíaco: compõe-se de linfonodos responsáveis pela área de 
vascularização da artéria celíaca. São os linfonodos celíacos (próximo a artéria celíaca), 
gástricos (próximo ao estômago), esplênicos (próximo ao baço), pancreáticos-duodenais e hepáticos ou portais (próximo ao fígado). Os linfonodos gástricos, nos 
ruminantes, se dividem em linfonodos ruminais, atriais, reticulares, omasais e 
abomasais, de acordo com o local onde se encontram. 
 
 
7 - Órgãos Linfóides 
 
7.1 - Baço: Situa-se no interior da cavidade abdominal, à esquerda, sobre a curvatura 
maior do estômago. Nos ruminantes o baço nunca consegue atingir o assoalho da 
cavidade abdominal. A forma é variada nas diferentes espécies animais (equino – 
triangular; bovino – cinta regular; pequenos ruminantes – forma de folha; carnívoros – 
irregular; e suínos – cinta alongada). As bordas são cranial e caudal; as extremidades, 
dorsal e ventral; e as faces, parietal e visceral. 
Órgão com grande capacidade fagocitária, é um reservatório de células 
sanguíneas e produz linfócitos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 34: As diferentes formas do baço, em equino (A), pequenos ruminantes (B) e 
carnívoros (C). 
 
 
7.2 - Hilo: em toda a extensão longitudinal do órgão (equino, suíno e carnívoros). Nas 
demais espécies fica apenas na extremidade dorsal da face parietal. Fixa-se por um 
ligamento suspensório do baço e ligamento gastroesplênico, órgãos adjacentes e vasos 
sanguíneos. É uma cápsula fibrosa, a qual os carnívoros e ruminantes ainda 
39 
 
apresentam musculatura lisa. Ela emite trabéculas para o interior do órgão, onde 
encontramos a polpa branca e a polpa vermelha. A vascularização é feita pela artéria 
esplênica (ramo da celíaca) 
 
 
7.3 – Timo (Figura 35): Situa-se desde a região ventral do pescoço até a porção torácica 
ventral, no mediastino cranial. Possui dois lobos e cada lobo em ambas as regiões: 
cervical e torácica. Localiza-se na parte inferior do pescoço, ao longo da traqueia, em 
direção caudal, e prolonga-se por trás do esterno até o pericárdio. 
 Ele regride na puberdade e quase desaparece no animal adulto. Tem a função 
de maturação de linfócitos T. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 35: Representação esquemática (à esquerda) e porção dorsal real (à direita) do 
timo de um bezerro 
 
 
7.4 – Tonsilas: são agregados de tecido linfoide em superfícies mucosas. Não são 
capsuladas e mais desenvolvidas nos animais jovens. É a primeira proteção aos orifícios 
de entrada do corpo. São divididas em tonsilas faríngeas, palatinas (amígdalas), 
intestinais, vaginais, entre outros. 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
NERVOS 
 
 
1- Nervos do membro torácico 
Se originam-se do plexo braquial. Nos bovinos há a contribuição do nervo 
espinhal torácico II. Os nervos que emergem do plexo braquial formam 
incialmente três troncos comuns, mas logo se separam. (Figura 36) 
 
Figura 36: Representação esquemática dos nervos do membro torácico 
 
 
1.1 - Nervo supra-escapular 
Ele passa entre os músculos subescapular e supra-escapular para 
alcançar a margem cranial do colo da escápula, a qual contorna até chegar à 
face lateral do osso, onde inerva os músculos supraespinal e infraespinal. Devido 
à sua íntima relação com o osso, ele é vulnerável a lesões por trauma. A paralisia 
do nervo supraescapular geralmente resulta em atrofia dos músculos que inerva. 
No animal em posição de estação, o ombro sofre abdução, o que se torna 
mais evidente durante a locomoção (“arrastamento do ombro”). Essa condição 
41 
 
ocorre com maior frequência no equino, conhecida em língua inglesa como 
sweeney. Ela costuma ser causada por trauma, quando o nervo se estira contra 
a escápula pelo excesso de abdução do membro ou retração violenta. O nervo 
supra-escapular, cujas fibras derivam dos nervos espinhais cervicais VI e VII, 
dirige-se para a face medial da escapula. Ele e bastante calibroso e passa entre 
os músculos supra-espinhal e subescapular, inervado estes dois músculos e 
também o musculo infra-espinhal. 
 
1.2 - Nervo subescapulares 
As porções, cranial e caudal contem fibras dos nervos espinhais cervicais 
VI e VII. O nervo subescapular cranial deixa o plexo braquial formando um tronco 
comum com o nervo supra-escapular e, separando-se deste último, penetra na 
parte cranial do músculo subescapular. O nervo subescapular caudal, que 
acompanha inicialmente o nervo toracodorsal ou o nervo axilar ou ambos, 
penetra na parte caudal do musculo subescapular. 
 
1.3 - Nervos peitorais 
Eles contem fibras originadas, principalmente, dos nervos espinhais 
cervicais VII e VIII. Apesar de haver variações de origem e trajeto, os nervos 
peitorais podem ser divididos em: craniais e caudais. No bovino, esses nervos 
comumente formam alças envolvendo a artéria braquial. Os nervos peitorais 
craniais destinam-se ao músculo peitoral superficial. Os nervos peitorais caudais 
inervam o musculo peitoral profundo e, algumas vezes, também a parte caudal 
do musculo peitoral superficial. 
 
1.4 - Nervo radial 
Ele recebe a maior parte de suas fibras do oitavo nervo cervical. Trata-se 
do maior nervo do plexo braquial e com a distribuição mais ampla. É o mais 
calibroso deles, derivando suas fibras dos nervos espinhais cervicais VII e VIII, 
e torácico I. Relaciona-se lateralmente com as artérias subescapular e 
toracodorsal e medialmente com suas veias satélites. Ao atingir o espaço 
compreendido entre o músculo redondo maior e as cabeças medial e longa do 
tríceps do braço, ele emite vários ramos para essas cabeças e para o músculo 
tensor da fáscia do antebraço. Em seguida, o nervo radial passa entre as 
42 
 
cabeças medial e acessória do tríceps do braço, para alcançar o sulco do 
músculo braquial. Neste percurso ele situa-se entre o músculo braquial e a 
cabeça lateral do tríceps do braço, emitindo ramos para esta cabeça e o músculo 
ancôneo. Nos bovinos, o nervo radial também pode enviar ramo ao músculo 
braquial. Num ponto variável acima da articulação do cotovelo, o nervo Radial 
divide-se em ramos superficial e profundo. 
O ramo superficial do nervo radial corre distalmente, cruzando a face 
lateral do terço distal do músculo braquial e atingindo a face cranial do antebraço. 
Ele relaciona-se, inicialmente, com a veia cefálica. Na extremidade proximal do 
antebraço, emite o nervo cutâneo lateral do antebraço, para a inervação da pele 
da face cranial do antebraço. Na metade distal do antebraço, o ramo superficial 
corre associado à veia cefálica acessória e, no carpo, situa-se lateralmente a 
veia digital dorsal comum III. Em seguida, o ramo superficial do nervo radial 
divide-se em nervo digital dorsal comum II e nervo digital dorsal comum III. 
 O ramo profundo do nervo radial, na extremidade cranial do antebraço, 
passa entre os músculos braquial e extensor radial do carpo, enviando ramos 
para este último e, em alguns casos, para o músculo braquial. Em seguida, ele 
passa entre o músculo extensor radial do carpo e o colo do rádio, finalmente, ele 
envia ramos aos músculos extensor comum dos dedos, extensor lateral do dedo, 
abdutor longo do polegar e o ulnar lateral. 
 
 
1.5 - Nervo axilar 
É formado por fibras dos nervos espinhais cervicais VI e VII no caprino e 
ovino e dos nervos espinhais cervicais VII e VIII no bovino. Ele corre no espaço 
entre os músculos subescapular e redondo maior e cabeça longa do tríceps do 
braço, passando, caudalmente, à articulação do ombro. Ramifica-se para inervar 
o músculo deltoideo, subescapular, redondo maior e redondo menor. Seu ramo 
cutâneo alcança uma posição subcutânea na margem ventral do músculo 
deltóideo e inerva a pele na face cranial do braço e do antebraço. O ramo do 
nervo axilar dirige-se cranialmente, passando entre a parte acromial do deltóide 
e o tubérculo maior do úmero, para penetrar na face profunda do musculo 
cleidobraquial, inervando-o. 
 
43 
 
1.6 - Nervo toracodorsal 
É constituído por fibras dos nervos espinhais cervical VIII e torácico I e II 
(bovinos). Dirige-se para face profunda do músculo grande dorsal, inervando-o, 
e também envia fibrasaos músculos redondo maior e peitoral profundo. 
 
1.7 - Nervo mediano 
Ele passa sobre a face medial do antebraço e se combina com o nervo 
musculocutâneo para formar uma alça ao redor da artéria axilar. O nervo 
mediano é formado por fibras do nervo espinhal cervical VIII, e do nervo espinhal 
torácico I, no bovino. Corre distalmente unido ao nervo músculo-lateral da face 
medial do braço, caudalmente aos músculos coracobraquial e bíceps do braço. 
Na face medial da articulação do cotovelo, o nervo mediano, junto com a artéria 
braquial, corre profundamente nas inserções dos músculos braquiocefálico e 
peitoral superficial. Então, ele emite ramos destinados aos músculos pronador 
redondo, flexor radial do carpo, flexor superficial dos dedos e cabeças umerais 
do músculo flexor profundo dos dedos. 
 Na extremidade proximal do antebraço, o nervo mediano passa 
profundamente ao músculo pronador redondo, em companhia da artéria 
braquial, emitindo nesse ponto nervo interósseo do antebraço. Este último dirige-
se para face caudal do rádio, onde envia ramos a cabeça radial do músculo flexor 
profundo dos dedos e termina ramificando-se na membrana interóssea do 
antebraço, a qual oblitera o espaço interósseo proximal. 
 
1.8 - Nervo ulnar 
Ele corre distalmente na face medial do antebraço próximo ao nervo mediano e 
caudal à artéria braquial. Passa caudalmente na altura da articulação do 
cotovelo, correndo sob a cabeça ulnar do músculo flexor ulnar até o sulco ulnar 
na face caudal do antebraço. No antebraço, o nervo ulnar emite o nervo cutâneo 
caudal do antebraço para a pele, em sua face caudal. O nervo ulnar tem a 
mesma origem do nervo. Na axila, ele corre junto à artéria axilar, formando um 
tronco comum com os nervos mediano e musculocutâneo. No terço médio do 
braço, separa-se destes últimos e dirige-se caudalmente, cruzando a artéria 
braquial. 
44 
 
Na altura da articulação do cotovelo, o nervo ulnar passa entre as cabeças 
umeral e ulnar do músculo flexor ulnar do carpo, enviando ramos para este 
músculo, para o músculo flexor superficial dos dedos e para as cabeças umerais 
e ulnar do músculo flexor profundo dos dedos. O nervo continua distalmente 
correndo na borda caudal do antebraço, entre os músculos ulnar lateral e flexor 
ulnar do carpo. No terço distal do antebraço, ele divide-se em dois ramos: palmar 
e dorsal. O ramo palmar aprofunda-se entre os tendões dos músculos flexor 
ulnar do carpo e lateral e passa medialmente ao osso acessório do carpo, 
emitindo distalmente a este último o ramo profundo para o músculo interósseo. 
O ramo palmar continua distalmente no aspecto látero-palmar do metacarpo e, 
no terço distal deste, une-se ao ramo comunicante proveniente do nervo 
mediano. O tronco formado por esta união constitui o nervo digital palmar 
comum IV. Este último envia o pequeno nervo digital palmar próprio V para o 
referido dedo e continua-se como nervo digital palmar próprio IV abaxial. 
 
1.9 - Nervo musculocutâneo 
Ele emerge caudalmente ao nervo supraescapular do plexo braquial. 
Corre paralelamente ao nervo mediano, com o qual se une em ungulados para 
formar uma alça ao redor da artéria axilar. Ramifica-se na parte proximal do 
úmero para formar o ramo muscular proximal, o qual passa cranialmente entre o 
úmero e o músculo coracobraquial para inervar este último e o músculo bíceps. 
O nervo musculocutâneo se divide novamente no terço distal do braço superior 
para formar o nervo mediano, o qual inerva o músculo braquial e a pele na face 
medial do antebraço. O nervo musculocutâneo origina-se dos nervos espinhais 
cervicais VI, VII e VIII nos bovinos. 
 
 
2-Nervos da parede do tórax 
 
2.1 - Plexo braquial do membro torácico (Figura 37) 
Ele é formado pelos ramos ventrais dos três últimos nervos cervicais e dos 
dois primeiros nervos espinais torácicos. Ele dá origem aos nervos dos músculos 
e da pele do membro torácico, partes da musculatura da cintura escapular e da 
parede lateral do tórax e do abdome. 
45 
 
 
Figura 37: Representação esquemática do plexo braquial do membro torácica. 
Vista medial 
 
 
2.2 - Nervos intercostais 
São constituídos pelos ramos ventrais dos nervos espinhais torácicos. 
Eles surgem do forame intervertebral e divide-se em ramo dorsal e ventral. O 
ramo ventral é mais desenvolvido que o dorsal e constitui o nervo intercostal. 
Ele está unido ao tronco simpático por meio dos ramos comunicantes. Nos 
bovinos, os ramos ventrais de T1 e T2 participam na formação do plexo braquial. 
Cada nervo intercostal corre ventralmente no espaço intercostal, associado à 
artéria e veia intercostais e dispondo o feixe vasculonervoso junto à borda caudal 
de cada costela. Os nervos intercostais inervam os músculos intercostais, 
peitorais e transverso do tórax. Os mais caudais inervam também a parte cranial 
dos músculos abdominais (músculos reto, oblíquos e transverso do abdome). 
 
2.3 - Nervo torácico longo 
Ele origina-se dos nervos espinhais cervicais C7 e C8 e corre longitudinalmente 
sobre a face lateral do músculo serrátil ventral, onde se distribui. 
46 
 
 
2.4 - Nervo torácico lateral 
Origina-se dos nervos espinhais cervical C8 e torácico T1. Corre 
caudalmente na parede ventrolateral do tórax e a presenta conexões com os 
ramos cutâneos ventrais dos nervos intercostais. Inerva a fáscia, o músculo 
cutâneo e a pele da parede lateroventral do tórax e do abdome, chegando até o 
flanco. 
 
3-Nervos do membro pélvico (Figura 38) 
Eles são originados do plexo lombossacral. Este plexo é constituído pelos 
ramos ventrais dos nervos espinhais lombares L1 a L6 e dos nervos espinhais 
sacrais S1 a S4. 
Figura 38: Representação esquemática do membro pélvico e seus nervos 
 
 
3.1 - Nervo cutâneo lateral da coxa 
47 
 
É formado pelo ramo ventral do nervo L4, podendo ser também da L3 e 
L5. Ele corre, inicialmente, junto ao músculo iliopsoas e depois atinge a face 
medial do músculo tensor da fáscia lata, onde corre distalmente para se distribuir 
no aspecto craniolateral da coxa, até a região do joelho. 
 
3.2 - Nervo femoral 
É um nervo grande que emite ramos para os músculos lombares internos 
em sua parte proximal. Ele prossegue caudalmente na extensão dos músculos 
iliopsoas e psoas maior e se ramifica para formar o nervo safeno, o qual entra 
no canal femoral. O nervo femoral inerva todas as quatro cabeças do músculo 
quadríceps e passa adjacente ao pécten do osso pubiano, ficando sujeito a 
lesões mecânicas. A superextensão dos músculos quadríceps é a causa mais 
comum de lesões do nervo femoral. Danos a ele acarretam paralisia do 
quadríceps, que impede a fixação da articulação do joelho e incapacita o membro 
para a sustentação de peso. 
 
3.3 -Nervo obturatório 
Ele segue a face medial do corpo do ílio até alcançar o forame obturado, 
por onde deixa a pelve, e inerva os músculos adutores do membro pélvico 
pectíneo, grácil e obturatório externo. Devido à sua proximidade com o osso, o 
nervo obturatório é sujeito a lesões. Fraturas pélvicas e compressão do nervo 
durante o parto são as causas mais comuns. É formado por fibras provenientes 
dos ramos ventrais dos nervos L5 e L6. 
 
3.4 - Nervos sacrais 
Eles deixam os elementos sacrais da medula espinal por meio de longas 
raízes dorsais e ventrais. As raízes se fundem para formar os nervos sacrais 
espinais no canal sacral antes de atravessarem os forames intervertebrais. Em 
alguns indivíduos, os troncos principais originam ramos dorsais no interior do 
canal vertebral. De modo geral, o padrão de ramificação é similar ao dos nervos 
espinais lombares. Os ramos dorsais se interconectam para formar um pequeno 
plexo dorsal. Assim como os ramos dorsais dos nervos espinais lombares, 
dividem- se em ramos laterais, que originam os ramos cutâneos dorsais e 
musculares mediais. Os ramos ventrais dos nervos sacrais craniais formam o48 
 
plexo sacral, que se une aos ramos ventrais dos três últimos nervos espinais 
lombares para formar o plexo lombossacral. 
 
3.5 - Nervo glúteo cranial 
Ele deixa a pelve passando sobre a incisura isquiática maior, 
acompanhado pelos vasos sanguíneos de mesmo nome. Seus ramos inervam 
os músculos glúteos médio e profundo, o músculo tensor da fáscia lata e o 
músculo piriforme. É um pequeno nervo constituído principalmente por fibras 
provenientes dos ramos ventrais dos nervos L6 e S1. 
 
3.6 - Nervo isquiático 
É o maior nervo no corpo. Ele é a continuação do plexo isquiático dentro 
do membro pélvico. Em seu trajeto, deixa a pelve através do forame isquiático 
maior e passa sobre a face lateral do ligamento sacrotuberal amplo em animais 
de grande porte. Ele cruza o músculo glúteo profundo e a articulação 
coxofemoral até a face caudal do fêmur. O nervo isquiático propicia inervação 
motora para os músculos glúteo profundo, obturatório interno, quadríceps 
femoral e gêmeos. Ele fornece fibras sensoriais para a cápsula da articulação 
coxofemoral. Na altura da articulação do quadril, ele emite um grande ramo para 
os músculos bíceps femoral, semitendíneo e semimembranáceo. No terço distal 
da coxa, ele emite o nervo cutâneo lateral da sura que corre distalmente junto 
com a veia safena lateral e distribui-se na pele do aspecto laterocaudal da perna 
e do tarso. 
 
3.7 - Nervo glúteo caudal 
Ele emerge da margem caudal do plexo isquiático e inerva, caudalmente, 
o bíceps do fêmur, o músculo gluteobíceps e o glúteo médio. Origina-se dos 
ramos ventrais dos nervos S1 e S2. 
 
3.8 - Nervo cutâneo caudal da coxa 
É um pequeno nervo que se origina da borda dorsal do nervo isquiático e 
corre caudalmente na face lateral do ligamento sacrotuberal. No forame 
isquiático menor, ele divide-se em dois ramos, um medial e outro lateral. O ramo 
medial atravessa o forame isquiádico menor e une-se ao nervo pudendo. O 
49 
 
lateral pode unir-se ao ramo cutâneo proximal do nervo pudendo ou pode 
atravessar o músculo bíceps femoral e inervar a pele. 
 
3.9 - Nervo pudendo 
Ele emerge, principalmente, do ramo ventral do terceiro nervo espinal 
sacral e envia ramos para o nervo cutâneo caudal do fêmur. Ele inerva os órgãos 
copuladores e os músculos na região do ânus e do períneo, além de fornecer 
inervação sensorial para a pele ao redor do ânus e da região perineal, 
coincidindo com o território dos nervos clúnios caudais. O nervo pudendo é motor 
para os músculos isquiocavernoso, bulboesponjoso, retrator do pênis, uretral, 
constritor da vulva, coccígeo e levantador do ânus, bem como para os esfincteres 
anais internos e externo. 
 
3.10 - Nervo cutâneo caudal do fêmur 
Ele passa, caudalmente, em direção à tuberosidade isquiática, onde emite 
ramos motores para o músculo semitendíneo. Ele alcança uma posição 
subcutânea e dá origem a uma série de ramos: os nervos glúteos caudais que 
inervam ao redor da tuberosidade isquiática e a face femoral caudal. Ele troca 
fibras com o nervo pudendo. Em ruminantes, nos quais o nervo cutâneo caudal 
do fêmur é delgado, grande parte do território é coberta pelos ramos do nervo 
pudendo. 
 
3.11 - Nervo fibular comum 
Ele corre sob a porção distal do músculo bíceps femoral, passa sobre a 
cabeça lateral do gastrocnêmio e da extremidade proximal da fíbula, se torna 
subfascial e é palpável sob a pele.. Próximo ao côndilo lateral do fêmur, fornece 
um longo e delgado ramo para o músculo fibular longo e extensor longo dos 
dedos, emitindo os nervos fibular superficial e profundo, bem como vários ramos 
para os músculos fibular longo, tibial cranial, fibular terceiro, extensor longo dos 
dedos e extensor lateral do dedo. 
 
3.12 - Nervo fibular superficial 
Corre distalmente na margem lateral do músculo extensor longo dos 
dedos e envia ramos para o músculo extensor lateral dos dedos. É a maior das 
50 
 
duas divisões principais do nervo fibular comum. Ele corre distalmente e, no meio 
da perna, cruza gradualmente a face profunda do músculo fibular longo e 
aparece superficialmente no sulco formado entre o músculo fibular terceiro, 
fibular longo e extensor longo dos dedos. Na altura do tarso, ele corre medial à 
veia safena lateral. Atingindo o metatarso, o nervo fibular superficial emite o 
nervo digital dorsal com um IV. No terço médio, ele emite o nervo digital dorsal 
comum II e continua como nervo digital dorsal comum III. 
 
3.13 - Nervo fibular profundo 
Corre profundamente entre os músculos da perna (fibular longo e extensor 
lateral dedo) acompanhado pela artéria tibial cranial. Na face dorsal do tarso, o 
nervo fibular profundo emite um minúsculo ramo para o músculo extensor curto 
dos dedos e passa a denominar-se nervo metatársico dorsal III. Próximo à 
articulação metatarsofalângica, este último emerge entre os tendões do músculo 
extensor longo dos dedos e une-se ao nervo digital dorsal comum III. 
 
3.14 - Nervo tibial 
É o maior dos ramos terminais do nervo isquiático. Logo após se separar 
do nervo fibular comum, ele emite ramos proximais para as cabeças pélvicas dos 
músculos da região femoral caudal (bíceps femoral, semitendíneo e 
semimembranáceo). Após sua origem, ele emite ramos para os músculos 
gastrocnêmico e flexor superficial dos dedos. Penetra entre as cabeças medial 
e lateral do gastrocnêmico e envia ramos para os músculos poplíteo, sóleo e 
flexor profundo dos dedos. O nervo tibial prossegue no terço distal da perna, 
situando-se cranialmente ao tendão calcanear comum. Na altura do túber do 
calcâneo, ele divide-se em nervo plantar medial e lateral. 
 
3.15 - Nervo plantar medial 
Corre distalmente na porção plantomedial do tarso, sendo parcialmente 
coberto pela borda medial do ligamento plantar longo da articulação do tarso. 
Próximo à articulação metatarsofalângica emite o nervo digital plantar comum II 
e continua como nervo digital plantar comum III. O nervo digital plantar comum 
III passa entre os dedos II e V (paradígitos) e divide-se em nervos digitais 
plantares próprios III e IV axiais, um para cada dedo principal. 
51 
 
 
3.16 - Nervo plantar lateral 
Após originar-se do nervo tibial, ele corre na lateral do ligamento plantar 
longo e depois no sulco formado entre os tendões dos músculos flexores 
superficial e profundo dos dedos e o músculo interósseo. Na extremidade 
proximal do metatarso ele emite o ramo profundo para o músculo interósseo e 
continua-se como nervo digital plantar comum IV. Este último, atingindo a 
extremidade distal do metatarso, emite o pequeno nervo digital plantar próprio V 
e continua-se como nervo digital plantar próprio IV abaxial. 
 
 
4-Nervos da cabeça 
São responsáveis pela inervação das estruturas da cabeça; e alguns 
estendem-se até o pescoço (nervo acessório) e às vísceras do tórax e do 
abdome (nervo vago). São doze os pares de nervos cranianos nos ruminantes. 
Eles originam-se no encéfalo e estão dispostos de acordo com a Figura 39 e 40. 
A esses doze pares clássicos devem ser acrescentados os nervos terminais 
(provenientes da cavidade nasal) e o nervo vomeronasal (proveniente do órgão 
vomeronasal), ambos associados ao nervo olfatório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 39: Representação esquemática de um cérebro, destacando os 
12 pares de nervos cranianos 
 
52 
 
Figura 40: Representação esquemática da posição dos núcleos, dos nervos e 
dos gânglios cerebrospinais 
 
 
Conforme sua função e desenvolvimento embrionário, os nervos 
cranianos podem ser dispostos nos seguintes grupos: 
 Sensorial: nervos que se referem aos órgãos dos sentidos. São: olfatório, 
óptico e vestibulococlear; 
 Nervos dos músculos oculares: o oculomotor, troclear e abducente; 
 Nervos branquiais: inervam estruturas cuja origem embriológica se deriva 
dos arcos branquiais. São os nervos trigêmeo, facial, glossofaríngeo, vago 
e acessório; Com base no desenvolvimento embriológico, o nervo hipoglosso pode ser 
classificado como o vestígio de um nervo espinal cervical. 
53 
 
4.1 - Nervo olfatório 
É responsável por transmitir os estímulos olfatórios da cavidade nasal até 
o encéfalo. Suas fibras partem das células olfatórias, situadas na mucosa 
olfatória da cavidade nasal, e atravessam a lâmina crivosa do etmóide e 
terminam no bulbo olfatório, situado na extremidade rostral do encéfalo. Ele não 
é um nervo único, mas grande quantidade de axônios não mielinizados cujos 
corpos celulares se situam no interior do epitélio olfatório. Esses axônios 
atravessam a lâmina cribriforme do nervo etmoidal para alcançar os bulbos 
olfatórios, onde fazem sinapse. O nervo terminal do órgão vomeronasal se 
combina no interior do nervo olfatório. Esse nervo relativamente fino termina na 
parte rostral do rinencéfalo. 
 
4.2 - Nervo óptico 
É o responsável pela condução dos estímulos visuais até o encéfalo. As 
fibras originam-se na retina e atravessam a área crivosa da esclera, situada no 
quadrante inferolateral do bulbo do olho. Então, elas se reúnem num nervo 
compacto e volumoso, que passa a ser envolvido por prolongamentos das 
meninges encefálicas. O segmento orbital do nervo óptico é sinuoso e dirige-se 
caudalmente para o os músculos retrator do bulbo e reto. Passa pelo forame 
óptico, percorre o canal óptico e penetra na cavidade craniana, onde encontra-
se com seu homólogo do lado oposto formando o quiasma óptico, situado na 
base do encéfalo. Nervo óptico não é um nervo periférico verdadeiro, e sim um 
trato do encéfalo. As fibras do nervo óptico se originam da retina, a qual se 
desenvolve a partir do diencéfalo. Ele é envolvido por extensões das meninges, 
a dura, que se fusiona com a esclera onde o nervo deixa o bulbo. Os axônios do 
nervo óptico se acumulam no disco óptico da retina. O nervo óptico deixa o bulbo 
do olho em sua face caudal e penetra a cavidade craniana ao atravessar o canal 
óptico. 
 
4.3 - Nervo oculomotor 
Ele deixa o crânio passando pela parte dorsal do forame orbitorredondo e 
dividindo a bainha dural comum com os nervos oftálmico e abducente. Então, 
ele divide-se em dois ramos, dorsal e ventral. O ramo dorsal é menor e inerva o 
músculo reto dorsal e o elevador da pálpebra superior. O ramo ventral corre entre 
54 
 
os músculos retrator do bulbo e reto dorsal e curva-se ventralmente, passando 
entre o nervo óptico e o músculo retrator do bulbo. Ele emite vários ramúsculos 
para o músculo reto ventral e um forte ramo para o músculo reto medial. Neste 
ponto, o ramo ventral do nervo oculomotor está associado ao gânglio ciliar. Em 
seguida, ele corre rostralmente e recebe um ramo comunicante do nervo maxilar, 
junto à borda lateral do músculo reto ventral; termina ramificando-se no músculo 
oblíquo ventral. O nervo oculomotor compõe-se de fibras eferentes somáticas do 
núcleo motor e neurônios eferentes viscerais do núcleo parassimpático. Os dois 
núcleos se posicionam no tegumento do mesencéfalo. O núcleo motor é o 
principal desse nervo. 
 
4.4 - Gânglio ciliar 
Ele pertence ao parassimpático craniano e está unido ao ramo ventral do 
nervo oculomotor. As fibras pré-ganglionares chegam até o gânglio ciliar por 
meio do nervo oculomotor. Do gânglio partem os nervos ciliares curtos, em 
número variável e que penetram na esclera após correr ao longo do nervo óptico. 
Os nervos ciliares curtos contêm fibras pós-ganglionares destinadas aos 
músculos ciliar e esfíncter da pupila. 
 
4.5 - Nervo troclear. 
Ele emerge da cavidade craniana pela porção dorsal do forame 
orbitorredondo. No vértice da órbita, cruza dorsalmente o nervo oculomotor e a 
inserção é nos músculos reto dorsal e elevador da pálpebra superior. Alguns 
filetes do nervo oftálmico juntam-se a ele antes de sua penetração no músculo 
oblíquo dorsal. 
 
4.6 - Nervo trigêmeo 
É um nervo complexo do tipo misto e o maior nervo sensorial da cabeça. 
Ele compõe-se de fibras sensoriais da pele e de tecidos mais profundos da 
cabeça, e fibras motoras para a musculatura de mastigação, o músculo milo-
hióideo, a parte rostral do músculo digástrico, o músculo tensor do véu palatino 
e o músculo tensor do tímpano. O nervo trigêmeo é o mais calibroso dos nervos 
cranianos. Ele se divide, a partir do gânglio trigeminal, em três grandes ramos: 
mandibular, maxilar e oftálmico. 
55 
 
 
4.7 - Nervo abducente 
Ele fornece a inervação motora para o músculo reto do bulbo lateral e o 
quarto lateral do músculo retrator do bulbo do olho. Suas fibras se originam no 
núcleo motor desse nervo nas partes dorsais da ponte, onde as fibras motoras 
do nervo facial traçam um arco ao seu redor O nervo abducente atinge a órbita 
passando pela parte medial do forame orbitorredondo. No vértice da órbita, ele 
passa entre os nervos oftálmico e maxilar, sob a rede admirável oftálmica. 
 
4.8 - Nervo mandibular (Figura 41) 
Origina-se do aspecto ventral do gânglio trigeminal e emerge da cavidade 
craniana a través do forame oval. Em seguida, ele é envolvido pelo gânglio ótico 
e emite os seguintes ramos: 
 
Figura 41: Representação esquemática dos ramos primários do nervo 
mandibular, sem os nervos temporais profundos (azul = sensorial; vermelho = 
motor; verde = fibras parassimpáticas). 
 
 
4.8.1 - Nervo bucal: nervo sensitivo para a mucosa da bochecha. Emerge do 
nervo mandibular, recebe ramos do gânglio ótico e passa através do músculo 
pterigoideo lateral. Após fornecer um ramo para o músculo temporal, cruza a 
artéria maxilar e passa entre o músculo temporal lateralmente e os músculos 
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pterigoideos medialmente. Nesse ponto, ele envia alguns ramos que terminam 
nas glândulas bucais. 
 
4.8.2 - Nervo masetérico: É o nervo motor para o músculo masséter. Ele atinge 
a face profunda desse músculo depois de atravessar a incisura mandibular. 
Logo após sua origem, emite o nervo temporal profundo para o músculo temporal 
 
4.8.3 - Nervos para os músculos pterigóideos lateral e medial, tensor do véu 
palatino e tensor do tímpano: O nervo para o pterigóideo lateral origina-se 
próximo ao nervo bucal e penetra no referido. O nervo para o pterigóideo medial 
atravessa o gânglio ótico e penetra na borda caudal do referido músculo. O 
nervo para o tensor do tímpano é um pequeno ramo que se origina da borda 
caudal do nervo mandibular, atravessa o gânglio ótico e corre caudalmente na 
face lateral da tuba auditiva. Ele penetra no ouvido médio e termina no músculo 
tensor do tímpano. O nervo para o tensor do véu palatino origina-se do nervo 
para o tensor do tímpano. 
 
4.8.4 - Nervo auriculotemporal: Origina-se do nervo mandibular e contorna a 
borda caudal do ramo da mandíbula. Emite ramos ao atingir a face profunda da 
glândula parótida, e divide-se em ramo transverso da face e nervos auriculares 
rostrais. O ramo transverso da face emerge entre a glândula parótida e o 
músculo masséter, e divide-se em dois ramos que correm junto à artéria 
transversa da face e inervam a pele da mesma. 
 
4.8.5 - Nervo lingual: origina-se do nervo mandibular, corre entre os músculos 
temporal e pterigoideo medial. O nervo corda do tímpano, proveniente do nervo 
facial, une-se ao nervo lingual neste ponto. Na borda ventral do músculo 
pterigoideo medial, o nervo lingual curva-se ventralmente e passa entre os 
músculos milo-hióideo e hioglosso. Então, ele emite ramos para os gânglios 
mandibulares e o nervo sublingual. Este último corre rostralmente na face lateral 
da glândula sublingual e distribui-se na mucosa do assoalho da cavidade da 
boca. Na glândula sublingual, o nervo lingual divide-se em vários ramos, que 
passam entre os músculos estiloglosso e genioglosso para penetrar na língua e 
distribuir-se na mucosa rostral desse órgão. 
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4.8.6 - Nervo alveolar inferior: Próximo à sua origem, ele emite o nervo milo-
hióideo

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