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AULA 5 - SINAIS VITAIS PULSO 2018 2


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SINAIS VITAIS
Germana Cruz
Disciplina: semiologia
AFERIÇÃO DO PULSO
DEFINIÇÃO DA PULSAÇÃO
O coração é uma bomba que ejeta sangue continuamente nas artérias.
Em cada ejeção de sangue (sístole), as paredes da aorta se distendem, criando uma onda de pulsação que progride para as artérias distais.
O pulso é a contração e a expansão alternada de uma artéria.
As veias servem para levar o oxigênio dos órgãos de volta aos átrios do coração. 
As artérias são vasos que carregam sangue dos ventrículos para todas as partes do corpo. 
DEFINIÇÃO DA PULSAÇÃO
Quando a onda atinge uma artéria periférica, esta pode ser palpada pressionando-a contra o osso ou músculo.
DEFINIÇÃO DA PULSAÇÃO
O ritmo de pulsação é uma medida indireta do débito cardíaco (volume de sangue bombeado pelo coração durante um minuto).
Uma pulsação baixa, rápida e irregular pode estar indicando a incapacidade do coração em promover o débito cardíaco eficaz.
DEFINIÇÃO DA PULSAÇÃO
As pulsações são reguladas pelo sistema nervoso autônomo por meio do nódulo sinoatrial cardíaco.
DEFINIÇÃO DA PULSAÇÃO
A palpação do pulso periférico fornece o ritmo e velocidade dos batimentos cardíacos.
A frequência em pulso é a quantidade de pulsações sentidas sobre uma artéria periférica ou auscultadas no ápice cardíaco durante um minuto. 
Essa frequência costuma ser a mesma do batimento cardíaco.
CARACTERÍSTICAS DO PULSO
Estado da parede arterial: em condições normais percebe-se uma parede lisa, sem tortuosidades e facilmente deprimível. Em condições anormais percebe-se uma parede vascular endurecida, irregular e tortuosa (hipertensão arterial).
Frequência: número de pulsações por minuto. Normal 60 a 100 bpm, em repouso.
CARACTERÍSTICAS DO PULSO
Ritmo: regularidade com o qual acontece o pulso. Pode ser classificado em regular ou rítmico/ irregular ou arrítmico.
Volume ou Amplitude: força da pulsação (amplo, mediano e pequeno).
Tensão ou Dureza: compressão progressiva da artéria (pulso duro, pulso de tensão mediana e pulso mole).
FREQUÊNCIA DE PULSO
É necessário contar sempre o número de pulsações durante um minuto inteiro.
Valores normais: 
Recém-nascidos (120 a 140 bpm).
Crianças (80 a 100 bpm).
Adulto (60 a 100 bpm).
FREQUÊNCIA DE PULSO
Termos técnicos utilizados:
Taquisfigmia: acima de 100 pulsações/ minuto. Ex: exercício, emoções, gravidez.
Bradisfigmia: menos de 60 pulsações/ minuto. Ex: febre, insuficiência cardíaca.
FATORES QUE AFETAM A FREQUÊNCIA DE PULSO
Idade: RN é maior. 
Medicamentos: 
Aumentam a FC: diuréticos, atropina.
Diminuem a FC: digoxina, propanolol.
Exercícios, emoções, calor, dor: aumentam a FC. 
Horário do dia: Manhã diminui/ final do dia aumenta.
FATORES QUE AFETAM A FREQUÊNCIA DE PULSO
Composição física: Pessoas mais altas, geralmente apresentam frequência mais lenta. 
Hemorragias: aumentam a FC.
Condições pulmonares: acidose: aumenta a FC. 
RITMO DO PULSO
É dado pela sequência das pulsações.
Pulso regular/rítmico: As pulsações ocorrem em intervalos iguais.
Pulso irregular/arrítmico: Se os intervalos são variáveis – ora mais longos, ora mais curtos.
A irregularidade do pulso indica alteração do ritmo cardíaco (arritmia).
VOLUME OU AMPLITUDE DO PULSO
Avaliada pela sensação captada em cada pulsação e está diretamente relacionada com o grau de enchimento da artéria durante a sístole e seu esvaziamento durante a diástole.
Pulso amplo: Quando se exerce pressão sobre a artéria e há certa dificuldade de obliterar a artéria. Também denominado pulso cheio (Ex: insuficiência aórtica).
VOLUME OU AMPLITUDE DO PULSO
Pulso mediano: Encontrado em pessoas sadias, quando se exerce pressão mediana sobre a artéria.
Pulso pequeno: A artéria é fácil de ser obliterada. Também denominado pulso fino ou filiforme (Ex: hipotensão arterial).
TENSÃO OU DUREZA DO PULSO
Avalia-se a tensão ou dureza do pulso pela compressão progressiva da artéria.
Pulso mole: A pressão necessária para interromper as pulsações é pequena (Ex: hipotensão arterial).
Pulso duro: A interrupção da onda sanguínea exige forte pressão (Ex: hipertensão arterial) .
Pulso de tensão mediana: Situação intermediária.
TIPOS DE ONDA
Onda de pulso normal: as características serão observadas no exame de pacientes normais. 
Pulso célere ou em martelo d`água: sua característica fundamental é que aparece e some com rapidez, lembrando a sensação tátil provocada pelo martelo d`água.
Pulso parvus tardus: a tensão do pulso apresenta-se diminuída e o pulso parece fraco e pequeno, o contrário do pulso célere. A ascensão da onda de pulso é lenta e o pico prolongado.
TIPOS DE ONDA
Pulso filiforme: é um tipo de pulso ao mesmo tempo de pequena amplitude e mole.
Pulso alternante: percebe-se de modo sucessivo uma onda ampla seguida de uma outra mais fraca. A compressão da artéria deve ser calculada para a percepção da onda mais débil.
Pulso dicrótico: quando se percebe uma dupla onda em cada pulsação.
LOCAIS DE AFERIÇÃO
Pulso temporal superficial: Palpar a artéria temporal sobre o osso temporal do crânio, acima do arco zigomático bilateralmente (acima do pavilhão auricular).
LOCAIS DE AFERIÇÃO
Pulso carotídeo: Palpar ao longo da borda medial do músculo esternocleidomastóideo na metade inferior do pescoço.
LOCAIS DE AFERIÇÃO
Pulso radial: Palpar a artéria radial na face interna do punho. Abaixo do polegar, localizar a proeminência óssea do rádio.
LOCAIS DE AFERIÇÃO
Pulso braquial: Palpar a artéria braquial na face interna do braço, que deve estar repousado com o cotovelo esticado e as palmas da mão para cima. 
LOCAIS DE AFERIÇÃO
Pulso femoral: Palpar a artéria femoral na face anterior, medial da coxa. Pode ser necessário a palpação profunda. 
LOCAIS DE AFERIÇÃO
Pulso poplíteo: Palpar o pulso atrás do joelho com o paciente em decúbito dorsal ou ventral.
LOCAIS DE AFERIÇÃO
Pulso pedioso: Palpar o pulso dorsal do pé na face dorsal do pé. Pode ser de difícil localização em algumas pessoas.
LOCAIS DE AFERIÇÃO
Pulso tibial posterior: Palpar o pulso atrás do maléolo da face interna do tornozelo, entre este e o tendão de Aquiles.
LOCAIS DE AFERIÇÃO
Ausculta apical 
Melhor local para se verificar a frequência cardíaca de um bebe ou criança e mesmo em adultos. 
Utiliza-se um estetoscópio e sua localização é na linha hemiclavicular nos quarto e quinto espaço intercostal.
AFERIÇÃO DO PULSO
Lavar as mãos.
Explicar ao paciente o procedimento.
Colocar as polpas dos dedos médio e indicador de uma mão sobre o sulco de uma artéria.
O pulso não deve ser nunca aferido com o polegar, pois desse modo poderá sentir seu próprio pulso digital.
AFERIÇÃO DO PULSO
Comprimir levemente as polpas digitais contra a artéria avaliada, para que o pulso se torne palpável.
Utilizar um relógio com marcador de segundos e comece a contar até chegar a 1 minuto.
Observar arritmias e amplitude.
Informar os dados ao paciente.
Lavar novamente as mãos. 
Registrar os dados no prontuário.
VALORES DE REFERÊNCIA
Frequência/velocidade (batimentos por minuto - bpm)
Varia de acordo com a idade, sexo, condições físicas e emocionais do cliente.
Idade
Frequência
Lactente
120 – 160bpm
Crianças
90 – 140bpm
Pré-escolares
80 – 110bpm
Escolares
75 – 100bpm
Adolescentes
60 – 90bpm
Adultos
60 – 100bpm
JENSEN, et al. Semiologia para Enfermagem. 1ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 2013. 
REFERÊNCIAS