Buscar

Resumo texto A crise dos anos 1920 e a Revolução de 1930 de Marieta de Moraes Ferreira e Surama Conde Sá Pinto

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Resumo: texto – “A crise dos anos 1920 e a Revolução de 1930” de Marieta de Moraes Ferreira e Surama Conde Sá Pinto
O grande processo de urbanização tomado a cabo na revolução industrial e fortalecido com revolução francesa anuncia um novo marco divisor na historiografia ocidental. A insurgência pela necessidade de uma produção crescente advindo de um modo capitalista, fez surgir novo patamar na qualidade de vida dos seres humanos e consequentemente a prosperidade (embora tal “prosperidade” fosse extremamente desbalanceada), proporcionando um grande crescimento das massas em torno da atividade produtiva que foi deslocada para os centros urbanos.
O século XX presenciou o aparecimento do povo com um papel mais ativo na história, a história das massas é proporcionada pela sua inclusão nos aspectos estruturais de sua sociedade. As massas deste novo século desempenham função fundamental na reprodução do sistema capitalista e é essa importância que faz estas populações reivindiquem direitos sociais e políticos antes inatingíveis para si, como por exemplo: o sufrágio universal, direitos trabalhistas e direitos sociais.
Acompanhando mais lentamente o ritmo deste cenário europeu e norte americano, , conforme as autoras destaca, o Brasil vivenciava durante este início de século sua tentativa de formar um sistema político democrático coeso, no entanto a república brasileira, instaurada em 1889, sob os auspícios do federalismo norte americano esteve longe de conseguir tal objetivo, configurando numa democracia oligárquica de lideranças locais, deu suporte para o surgimento de fenômenos como o coronelismo e o mandonismo local através da constituição 1891.
A entrada da segunda década do século XX foi marcada por fortes manifestações ao redor do mundo. O fim da primeira guerra mundial ecoa diretamente no imaginário dos intelectuais brasileiros. Outro fator de destaque nesse momento foi surgimento do Partido Comunista Brasileiro (PCB) em 1920, introduzindo novas correntes de pensamento na sociedade republicana brasileira e acabou tendo grande aceitação nas massas urbanas que viam excluídas os seus interesses sociais urbanos em prol de políticas públicas praticadas para o fortalecimento do setor cafeeiro.
Além dessa perspectiva de “democracia oligárquica”, as autoras destacam que este regime tinha que lidar com problemas internos de suas ligações e relações entre diferentes oligarquias desenvolvida em todo território nacional, e a incongruência entre estes fazia ficar inoperantes o Congresso Nacional podendo prejudicar as políticas voltados para o fortalecimento da economia cafeeira. 
Nas eleições de 1922, as lideranças oligárquicas de dividiram: de um lado a velha coligação minas e São Paulo, do outro a reação republicana (como ficou conhecida) aliando-se Rio grande do Sul, Pernambuco e Paraíba, Arthur Bernardes candidato da posição contra Nilo Peçanha representante da reação republicana.
O resultado da eleição deu vitória a Arthur Bernardes em uma eleição apertada e conturbada dando margem a possível manipulação estatal na máquina eleitoral, o que acaba revoltando a oposição que se alia com os setores médios das classes militares, que eram adeptos das ideias de valorização do trabalhador e do mercado interno brasileiro defendida por essas oligarquias exigindo neste momento a implantação de uma reforma do processo eleitoral que eram administrado pela câmara (onde a maioria pertenciam ao governo)
Estes setores médios militares geralmente membros de média patente dentro do serviço militar começava a duvidar da governabilidade do sistema político vigente e temiam pelo ordenamento da sociedade, figuras como Carlos Prestes, liderou a conhecida coluna preste do movimento tenentista que visavam tomar da mão das oligarquias o poder político, porém o golpe fracassou, sendo rechaçados inclusive pelos seus antigos aliados da reação republicana na eleição da chapa de Nilo Peçanha. Mais tarde prestes viajou para o exterior onde teve contato direto com os ideais socialistas do leste europeu.
Contudo o enfraquecimento do sistema político da primeira república era visível pelas intrigas entre as oligarquias tendo nas eleições de 1930 mais um reflexo. Esta eleição foi marcada pela separação da união oligárquica de Minas e São Paulo, a indicação de Washington Luis (paulista) de um candidato conterrâneo em vez de um mineiro debandou boa parte das lideranças do PRM (Partido republicano mineiro) para o lado da reação republicana que tinha como seu candidato o antigo general gaúcho Getúlio Vargas e tendo seu vice João Pessoa da Paraíba.
Assim como nas eleições de 1922 o candidato do governo Julio prestes ganhou de forma apertada de Getulio Vargas repercutindo mais uma vez a contestação da aliança liberal (como ficou conhecida a junção entre as oligarquias mineiras, gaúchas, pernambucanas e paraibanas e o movimento tenentista) de possíveis fraudes eleitorais, porém a “casual” morte de João pessoa em recife por assassinato acaba ganhando denotação de um crime político por parte do governo contra a oposição, dando legitimidade a tomada de poder por parte da aliança liberal, empossando Getúlio Vargas como presidente do Brasil insurgindo assim uma nova era da política brasileira, pois Vargas apesar de ser eleito pela aliança liberal seu governo será marcado por práticas intervencionistas e centralistas.

Outros materiais