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1. As Escalas de Desenvolvimento Infantil de Bayley (BSID) foram desenvolvidas por Nancy Bayley e colaboradores em 1933, sendo uma revisão das publicações de Bayley em 1969. Apresenta três versões: BSID I publicada em 1969; BSID II publicada em 1983 e a mais atualizada BSID III publicada em 2006.
As escalas BSID II estão reconhecidas entre as melhores escalas existentes na área de avaliação do desenvolvimento infantil, fornecendo resultados confiáveis, válidos e precisos do estado de desenvolvimento da criança em teste. Sua utilização como instrumento de pesquisa tem recebido grande suporte da comunidade científica, porém seu elevado custo e treino exigido para correta administração.
BSID-III corresponde a Escala de Bayley - III e ao Teste de Triagem Bayley-III (Screeningtest). Ao ser aplicado está subdividido em cinco domínios: Cognição, Linguagem (comunicação expressiva e receptiva), Motor (grosso e fino), Social-emocional e Componente adaptativo. Os três primeiros domínios são observados com a criança em situação de teste e os dois últimos são observados por meio de questionários preenchidos pelos pais ou cuidadores. A BSID-III é uma atualização dos dados normativos da BSID-II com amostra contemporânea e representativa, indicado para avaliar crianças de um a 42 meses de idade, apresentando melhora do conteúdo dos testes, melhora da qualidade psicométrica e, consequentemente, maior utilidade clínica.
A utilização dessa escala no Brasil é possível, porém, com limitações, pois ainda não se dispõe de validação para nossa população e cultura. Outras limitações importantes são: a escala só pode ser aplicada por profissionais especializados e treinados e o examinador deve ser cauteloso na aplicação da mesma em RN pré-termo.
1. A Escala de Avaliação do Comportamento do Neonato (NBAS) foi desenvolvida originalmente por Brazelton e colaboradores em 1973. É um instrumento de análise do comportamento neuromotor, que permite mapear a capacidade do RN para se autorregular e manter interações sociais efetivas. 
Recentemente foi criada a Newborn Behavioral Observation (NBO), instrumento mais simples, que manteve a riqueza conceitual da NBAS, mas mudou o foco do diagnóstico de distúrbios para a observação das potencialidades e individualidade do recém-nascido. Trata-se de recurso centrado na família, criado para descrever as competências do RN com o objetivo explícito de fortalecer a relação entre pais e filhos e promover o desenvolvimento de relação de apoio entre profissionais e famílias. 
Ainda são poucos os estudos sobre a NBO. Contudo, há evidências de que essa abordagem contribui para melhor compreensão do RN pelos pais e profissionais; melhor interação com os pais; aumentar a confiança do profissional no atendimento e na sua capacidade de trabalhar com RN de risco. A NBO também está associada à redução de sinais de depressão pós-parto e facilita a transição para o papel materno.
 O foco no fortalecimento da relação mãe-filho, bem como os efeitos na confiança do profissional, torna a NBO um poderoso recurso para estimular boas práticas na assistência ao RN sadio, especialmente aqueles de risco, pode ser muito útil na assistência materno-infantil no Brasil.
1. O Denver II Developmental Screening Test é um instrumento de triagem rápida, aplicado quando há suspeita de atraso no desenvolvimento ou a exposição a fatores de risco potenciais. 
Este instrumento inclui avaliação de comportamento social e pessoal, linguagem e habilidades motoras preconizadas como típicas do desenvolvimento. O desenvolvimento cognitivo da criança é avaliado pela capacidade de compreensão de instruções, conceituação de palavras, nomeação de figuras e habilidades pessoal-social. Respalda a escolha do Denver II para este estudo sua alta sensibilidade, maior atributo de um teste de triagem indicado na avaliação de grande número de crianças. Ao final, adverte para a suspeita de atraso, requerendo avaliações adicionais.
A padronização do teste de Denver na população brasileira foi realizada por Drachler et al. 13 em um estudo em Porto Alegre (Rio Grande do Sul). Os autores avaliaram 3.389 crianças menores de cinco anos, permitindo, assim, o ajuste do teste de desenvolvimento de Denver II ao contexto cultural brasileiro.
1. A escala do Desenvolvimento do comportamento da criança no primeiro ano de vida, foi desenvolvida por Pinto, Vilanova e Vieira (1997, 1998), é, provavelmente, a escala mais recentemente padronizada no Brasil e tem se mostrado adequada para avaliar o desempenho de bebês. Este instrumento pretende avaliar o desenvolvimento de bebês por meio das habilidades sensoriais, motoras, de linguagem e de cognição a partir da sua interação com o meio ambiente. 
Avaliações mensais do desenvolvimento do bebê são conduzidas, comparando seu desempenho com o desempenho padrão estabelecido pela escala, possibilitando o planejamento de atividades que otimizem o seu desenvolvimento. Estas atividades, em geral, fazem parte de programas de estimulação precoce ou essencial que são desenvolvidos em parceria com outros profissionais e os adultos significativos ou cuidadores da criança, como pais, familiares ou educadores de creches. Preveem protocolos diferentes para meninas e meninos, para os 64 comportamentos avaliados, alocados de um a doze meses, a partir de critérios de estabilização, normalização e aparecimento.
1. A Peabody Developmental Motor Scale (Escala PDMS) foi desenvolvida por Folio e Fewell entre 1969 e 1982, sendo revisada e atualizada em 2000, dando origem a PDMS - segunda edição. O teste tem como objetivos: identificar lactentes com atraso no desenvolvimento motor e suas necessidades; avaliar o desenvolvimento motor ao longo do tempo ou em resposta a intervenção, bem como identificar os objetivos motores e as estratégias de intervenção.
A PDMS apresenta uma grande amostra de dados normativos e é padronizada para mensurar habilidades motoras grossas e finas de crianças desde o nascimento até cinco anos de idade. Tanto a escala motora grossa quanto a escala motora fina podem ser administradas em 45 a 60 minutos. A escala motora grossa contém 170 itens cujas tarefas são: reflexos, equilíbrio, atividades estáticas e de locomoção, a recepção e propulsão de objetos. A escala motora fina contém 112 itens. Sendo que as tarefas motoras finas incluídas nesta avaliação são: pressão, o uso da mão, a coordenação olho-mão e a destreza manual. 
Lopes afirma em seu trabalho que as correlações de confiabilidade teste-reteste e inter-observador desta escala são excelentes. No entanto, a escala PDMS apresenta algumas limitações: não é dada ênfase aos aspectos qualitativos do movimento que diferenciaria os padrões de movimentos normais e anormais, a avaliação não fornece todos os itens necessários para a administração da escala motora fina e a escala motora ampla, o que ameaça sua padronização.
1. A escala Alberta Infant Motor Scale (AIMS) foi publicada em 1994, na Universidade de Alberta, no Canadá, com o objetivo de avaliar o desenvolvimento motor amplo ao longo do tempo dos recém-nascidos a termo e dos pré-termos de 0 a 18 meses de idade, identificando assim os bebês cujo desempenho motor esteja atrasado ou anormal em relação ao grupo normativo. 
É uma medida observacional da performance motora infantil que aborda conceitos do desenvolvimento motor, tais como: neuromaturação, perspectiva da dinâmica motora e avaliação da sequência do desenvolvimento motor. 
Os 58 itens avaliam os padrões motores e posturas usando-se três critérios: alinhamento postural, movimentos antigravitacionais e superfície de contato (sustentação de peso), assim como visto no trabalho de Formiga et al. As subescalas são determinadas por cada postura: prona, supina, sentada e em pé. A pontuação é anotada como passou/falhou. Ao final, os pontos em cada postura são somados em uma pontuação total de itens observados.
A AIMS é um protocolo de avaliação que tem sido muito utilizado em vários estudos no Brasil, por ser considerado útil, prático e de baixo custo. Masa AIMS ainda não foi traduzida oficialmente para a língua portuguesa e padronizada para a população de bebês brasileiros.
1. O Inventário Portage Operacionalizado (IPO), foi elaborado e introduzido experimentalmente por Bluma et al. em 1972, fazendo parte de um amplo sistema de treinamento de pais e educação pré-escolar, tendo sido revisado em 1976. 
O objetivo do IPO é a elaboração de uma proposta de intervenção no ambiente natural de crianças a partir da detecção do atraso no desenvolvimento, por meio de treinamento específico dado aos pais, visando a aceleração do desempenho destas crianças durante a idade pré-escolar. Recentemente adaptado para a realidade brasileira, é composto por 580 comportamentos distribuídos em cinco áreas do desenvolvimento (socialização, cognição, linguagem, auto-cuidado e desenvolvimento motor), separados por faixa etária de zero a seis anos e uma área específica para bebês de zero a quatro meses.
As áreas de Socialização (avalia habilidades relevantes na interação com as pessoas), de Cognição (avalia a linguagem receptiva e o estabelecimento de relações de semelhanças e diferenças), Linguagem (avalia o comportamento verbal expressivo), Autocuidado (avalia a independência para o alimentar- -se, vestir-se, banhar-se etc.), e Desenvolvimento Motor (avalia os movimentos coordenados por pequenos e grandes músculos) compõem o conjunto de áreas e comportamentos avaliados pelo IPO.
REFERÊNCIAS
SILVA, N. et al. Instrumentos de avaliação do desenvolvimento infantil de recém-nascidos prematuros. Rev. bras. crescimento desenvolv. hum. São Paulo,  v. 21, n. 1, p. 85-98,  2011. 
GUIMARÃES, M. et al. Clinical application of the Newborn Behavioral Observation (NBO) System to characterize the behavioral pattern of newborns at biological and social risk. J Pediatr. Rio de Janeiro. 2018.
BRITO, C. et al . Desenvolvimento neuropsicomotor: o teste de Denver na triagem dos atrasos cognitivos e neuromotores de pré-escolares. Cad. Saúde Pública. Rio de Janeiro,  v. 27, n. 7, p. 1403-1414, 2011.
RODRIGUES, O. Escalas de desenvolvimento infantil e uso com bebês. Educ. rev. Curitiba, n. 43, p. 81-100, 2012.
VIEIRA, M. et al. Principais Instrumentos de Avaliação do Desenvolvimento da Criança de zero a dois anos de idade. Revista Movimenta. n. 2, p. 23-31, 2009.

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