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Saúde e doenças de vacas leiteiras



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Título: SAÚDE E DOENÇAS DE VACAS LEITEIRAS 
 
 Palavras-chave: DOENÇAS. PREVENÇÃO. SANIDADE. 
 
 SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO 
PREVENÇÃO DAS DOENÇAS 
DOENÇAS DO REBANHO LETEIRO 
CONSIDERAÇÕES 
REFERÊNCIAS 
 
 INTRODUÇÃO 
 
 O tripé da produção leiteira está apoiado na alimentação, no melhoramento 
genético e na saúde do rebanho. A saúde animal assegura a produtividade e por 
consequência a rentabilidade do rebanho leiteiro. 
 Neste relatório abordaremos a importância da prevenção e tratamento de 
doenças para melhorar os índices produtivos e por consequência os financeiros. 
Neste sentido é fundamental que os empresários do leite conheçam as principais 
doenças, os métodos de prevenção, controle e manejo adequado para que as 
enfermidades não tragam prejuízos ao negócio leite. 
 Muitas doenças acometem as vacas leiteiras, causando grandes prejuízos à 
produção e risco ao consumidor. Prevenir estas moléstias aumenta a produtividade 
e garante a segurança alimentar. Doenças como brucelose, tuberculose, 
leptospirose e mastite são algumas das doenças que podem e devem ser evitadas 
para não causar prejuízos a toda cadeia do leite. 
 
 PREVENÇÃO DAS DOENÇAS 
 
 Os bons hábitos de higiene são as práticas que mais influenciam para 
manter a saúde dos animais e do homem. É fundamental manter o ambiente de 
criação com baixo número de agentes causadores de doenças, diminuindo a 
poluição ambiental e prevenindo doenças que podem ser transmitidas ao homem, 
conhecidas como zoonoses, que é o caso da Brucelose e Tuberculose (CÓRDOVA, 
2012). 
 Uma das principais formas de prevenir doenças é por meio da higiene das 
instalações, principalmente na sala de ordenha e galpões de manejo, onde há 
concentração de animais e por consequência de fezes e umidade. Apenas a 
raspagem dos dejetos não é suficiente, é necessária a lavagem, boa aeração e 
insolação (LAZIA, 2012). 
 Na prevenção é importante observar o destino correto de dejetos e carcaças 
de animais mortos ou restos fetais. Também dar o destino adequado ao lixo e 
disponibilizar água de qualidade aos animais, pois há várias propriedades que 
negligenciam o fornecimento de água, onde os animais consomem água de riachos 
e açudes sem o devido cuidado, sem contar os prejuízos ambientais causados pelo 
acesso de bovinos aos cursos de água. 
 Um dos principais fatores que influencia na maior ou menor ocorrência de 
doenças é a imunidade de cada animal. Trata-se do estado de resistência de cada 
indivíduo e está associado à presença de anticorpos na corrente sanguínea. Esses 
anticorpos podem ter origem na transferência das imunoglobulinas pelo colostro da 
mãe ou por meio dos soros, essa é a imunidade passiva. Já na imunidade ativa o 
próprio animal desenvolve os anticorpos, adquiridos por consequência de uma 
infecção ou por meio das vacinas que introduzem o agente infeccioso morto ou 
atenuado e o organismo do animal desenvolve a imunidade contra esse agente 
(ALFIERI, 2012). 
 A vacinação não deve ser a mesma para as propriedades, dada às diferenças 
de clima, manejo, raça e sistemas de produção serem muito diferentes, fazendo 
com que os animais fiquem mais expostos a agentes infecciosos, principalmente em 
confinamentos, devido o aumento de densidade animal. Por isso, não há um 
programa de vacinação único, ele deve ser ajustado a cada propriedade, 
preferencialmente seguindo as orientações de um médico veterinário de confiança. 
Doença Tratamento preventivo 
Febre Aftosa Santa Catarina é livre da doença sem vacinação. 
Raiva Bovina Vacinar apenas quando ocorrer foco da doença na região. 
Clostridioses (Carbúnculo e 
outros) 
Vacinar aos dois meses e repetir aos quatro meses de 
idade. Repetir anualmente. 
Brucelose No Estado não é feita vacinação. É efetuado o teste 
sorológico anualmente, a partir de 8 meses de idade 
(machos e fêmeas). Os animais positivos são sacrificados 
com indenização. 
Tuberculose Fazer teste uma vez por ano, a partir de 6 semanas de 
vida. Não existe vacina para esta doença. Os animais 
positivos são sacrificados com indenização. 
Rinotraqueíte Infecciosa 
Bovina (IBR) e 
Diarreia Viral Bovina (BVD) 
- Primeira vacinação dos 4 aos 6 meses de idade, com 
reforço 30 dias após; revacinar 8-12 meses após o reforço 
e depois anualmente (1 vez ao ano); 
- Evitar o ingresso de animais sem saber o histórico 
sanitário. 
Leptospirose - Vacinar aos 6 meses de idade, com reforço 30 dias após; 
- Depois, vacinar na cobertura ou até o 4º mês de 
gestação; 
- Vacina deve conter os sorotipos da região; 
- Isolar animais doentes. 
Calendário sanitário preventivo. 
Fonte: Epagri (2006). 
 Mas, a vacinação não garante 100% de imunidade ao rebanho, 
principalmente por algumas variações que podem ocorrer, dentre elas, Alfieri 
(2012) cita: 
- Idade animal, em animais muito jovens ou muito velhos a resposta imune é 
baixa; 
- Variação biológica, devido à herdabilidade genética alguns animais respondem 
mais ou menos do que o normal; 
- Nível nutricional, animais mal alimentados respondem pouco as vacinações; 
- Estresse, condições de stress causam desequilíbrio no animal e por consequência 
diferente resposta imune; 
- Potência e pureza da vacina, dependem da idoneidade do laboratório que produz 
a vacina; 
- Prazo de validade, que deve ser respeitado; 
- Manipulação, deve ser estocada em local adequada, protegida da luz solar, 
produtos químicos e variações bruscas de temperatura; 
- Via de administração, pode ser intramuscular, subcutânea ou endovenosa e deve 
ser feita pela via recomendada pelo fabricante. 
 Outro fator importante é a condição ambiental, principalmente o clima, 
nutrição e manejo que podem prejudicar os animais, deixando-os predispostos às 
infecções. Um exemplo seria o ambiente proporcionar condições de multiplicação de 
vetores como ratos e moscas, sem o devido controle. O manejo também influencia 
muito, como é o caso de instalações inadequadas com muito vento, excesso de 
umidade, sem insolação, com sujeira, alta lotação e ou muito calor. 
 
 DOENÇAS DO REBANHO LETEIRO 
 
 Várias são as doenças que acometem o rebanho leiteiro, dentre as mais 
comuns destacam-se, segundo Brasil (20--) e Córdova (2012): 
 - Mastite- também chamada de mamite é considerada uma das principais 
doenças que afetam as vacas leiteiras. É uma inflamação da glândula mamária, 
causada por diversos tipos de microrganismos, principalmente bactérias. O 
resultado dessa infecção é que outras substâncias do sangue também passam para 
o leite, em especial o aumento da Contagem de Células Somáticas (CCS) e o 
aumento nos teores de cloro e sódio no leite que conferem sabor salgado ao 
alimento. Também causa redução na produção leiteira, já que causa lesão no tecido 
mamário. 
 Uma das principais formas de identificar e prevenir a mastite é o teste 
Califórnia Mastitis Test (CMT), que identifica a mastite subclínica, àquela que não é 
possível visualizar os sintomas a olho nu, com o uso do CMT é possível agir antes 
que o quadro se agrave. Córdova (2012), cita que para cada caso de mastite clínica 
haja 14 casos de mastite subclínica. Os principais sintomas da mastite clínica são 
inchaço da glândula mamária, vermelhidão, endurecimento, dor e presença de 
grumos e pus no leite. 
 A mastite pode ser dividida em contagiosa e ambiental, a contagiosa 
depende do úbere e tetos contaminados e é disseminada durante a ordenha, já a 
mastite ambiental é disseminada pelo solo, utensílios de ordenha, dejetos, água 
contaminada e outros materiais que podem entrar em contato com a ponta do teto. 
A mamite causa prejuízos na produção e na qualidade do leite, diminuindo a renda 
do produtor e o rendimento na indústria. Para prevenção da mastite é necessário 
que seja bem executada a ordenha higiênica, seguindo rigorosamente os passos 
recomendados na ordenha, além da regulagem da ordenhadeira, higiene dos 
equipamentos e do ordenhador,principalmente suas mãos. (para mais formações 
ver relatório SIS – Mastite). 
 - Tristeza Parasitária- também chamada de babesiose ou anaplasmose, é 
uma infecção causada por um protozoário. Esse microrganismo encontra condições 
ideais em climas quentes e úmidos, por isso, tantos casos no Brasil. Essa doença 
causa grandes prejuízos, pois, além da redução na produção pode causar a morte 
do animal infectado. A Tristeza Parasitária, comumente chamada de amarelão, é 
transmitida pelos carrapatos, mas a resistência do animal, idade, raça e a 
pastagem podem influenciar na ocorrência ou não dessa doença. Os sintomas são 
anemia, fraqueza, febre, depressão, desidratação, falta de apetite e respiração 
ofegante. 
 - Brucelose- é uma doença que pode ser transmitida ao homem por meio 
do leite não pasteurizado, queijo, carne crua, sangue ou esterco do animal 
infectado. A brucelose é causada por uma bactéria que provoca aborto nas vacas 
entre o sexto e o sétimo mês de gestação. Além do aborto no terço final de 
gestação, causa retenção de placenta, partos prematuros e infertilidade. 
 A principal forma de entrada da Brucelose em um rebanho leiteiro é por 
meio da introdução de animais infectados, daí a importância da realização de 
exames antes de adquirir um animal. 
 O controle é baseado na vacinação e eliminação de animais positivos. O 
estado de Santa Catarina desestimula a vacinação e indeniza os animais positivos 
que foram abatidos. 
 - Tuberculose- também pode ser transmitida ao homem, causada por uma 
bactéria, com transmissão pelo ar e intestino. Essa doença causa nódulos, 
semelhantes a tubérculos, além de lesões nos gânglios e brônquios, porém, os 
sintomas aparecem no estágio final da doença. O animal apresenta grande perda 
de peso, dificuldade respiratória, tosse seca e fraqueza geral. 
 A principal porta de entrada da Tuberculose é a via respiratória, por ocasião 
da inalação do ar contaminado, ou ainda bezerros que consomem leite de vacas 
contaminadas. Para prevenir, os estábulos devem ser bem arejados e com boa 
luminosidade, pois em instalações com pouca luminosidade a bactéria pode 
sobreviver por vários meses. 
 O diagnóstico é feito por meio da tuberculinização, que revela a infecção por 
meio da alergia subcutânea provocada pela tuberculina em animais positivos. Para 
o controle deve ser feito o abate dos animas positivos e só adquirir animais 
negativos para tuberculose, com laudo veterinário. 
 - Febre Aftosa- é uma doença causada por vírus e é muito contagiosa, 
ocorre em animais de casco fendido, como suínos, ovinos e bovinos. Os sintomas 
são febre alta, salivação, depressão, cansaço, anorexia e andar difícil devido às 
lesões entre os cascos dos animais. Essa doença é transmitida de animais 
contaminados pela água, cocho de alimentação e pastos com a saliva infectada. Os 
sinais da aftosa são vesículas na boca e nas tetas, além do ranger dos dentes, falta 
de apetite e salivação abundante. O melhor controle é a vacinação, mas Santa 
Catarina é área livre de Aftosa sem vacinação. 
 - Leptospirose- é causada por uma bactéria, que se aloja nos rins e fígado, 
causando destruição das células vermelhas do sangue. Transmitida pelo contato de 
animais infectados, água ou alimento e o principal vetor é o rato. Também é uma 
zoonose, portanto pode ser transmitida ao homem. 
 Os sintomas são urina avermelhada, abortamento, retenção de placenta e 
queda da produção leiteira. O controle pode ser feito com o uso de vacinas 
polivalentes no desmame e revacinação anual. Também é necessário para o 
controle eficiente da leptospirose, o controle e eliminação de roedores, proteção 
dos depósitos de alimentos e isolamento de áreas alagadas, além da destruição de 
fetos abortados e placenta que podem estar contaminados e ser foco de 
disseminação de doenças. 
 - Clostridioses- também chamada de carbúnculo é causada por bactérias 
anaeróbicas, ou seja, que se desenvolvem sem a presença de ar. Normalmente 
produzem esporos que estão presentes no solo e no tubo digestivo dos animais, 
mesmo nos sadios. Essas bactérias produzem substâncias tóxicas, que são 
responsáveis pelas lesões e podem provocar a morte dos animais. Essa doença 
pode ser classificada de diversas formas, dentre elas: 
 Gangrena gaseosa (carbúnculo sintomático e edema maligno), essa doença 
causa inflamação nos músculos e toxemia grave, por isso, tem alta mortalidade. Os 
animais obesos tem maior probabilidade de infectar-se. O animal fica muito 
deprimido, anoréxico, trêmulo, com hipertermia e apresenta claudicação 
(dificuldade de locomoção). Na necropsia a área afetada fica marrom, consistência 
esponjosa e é seco na superfície do corte. Uma porta de entrada para essa doença 
são os ferimentos como castração, descorna e feridas na boca. Todo e qualquer 
procedimento invasivo como injeções, cirurgias e castrações devem ser praticados 
com assepsia, com materiais estéreis e agulhas limpas e desinfetadas. 
 Neurotrópicas (tétano e botulismo). A ocorrência dessa doença é facilitada 
quando há deficiência de minerais, principalmente o fósforo, que leva os animais a 
comerem ossos de animais mortos, por isso, um importante controle é dar o 
destino adequado aos animais mortos, que devem ser incinerados e suplementar 
adequadamente com minerais a dieta. O consumo de cama de frango por bovinos 
também era fonte de infecção, mas seu uso está proibido há anos. Apresentam 
sintomas como paralisia dos músculos, sendo que o animal morre por paralisia 
respiratória. 
 A prevenção para as Clostridioses deve ser feita por meio de vacinação, 
preferencialmente polivalente, que deve ser feita em animas a partir dos quatro 
meses, com reforço um mês depois e posteriormente revacinação anual. 
 - Leucose- também é conhecida como leucemia bovina, é um câncer que 
afeta as células brancas do sangue. É causada por um vírus que pode levar o 
animal a morte, porém não é transmitida ao homem. 
 A transmissão se dá principalmente por utensílios contaminados como 
agulhas, descornador, tatuador, equipamentos de castração e argola usada em 
touros. Também há contaminação em transfusão de sangue, uso de mesma luva 
nos toques retais e na monta natural. Ainda pode ser transmitida por secreções 
nasais, saliva, urina, fezes e descargas uterinas. 
 A identificação da doença se dá pela biópsia que identifica os tumores nos 
linfonódulos, observação dos olhos e palpação dos linfonodos. Pode ainda 
apresentar sinais como perda de peso, anorexia, aumento dos linfonodos 
superficiais e internos. 
 - Rinotraqueite infecciosa bovina (IBR)- é causada pelo herpes vírus e 
provoca abortos, morte de bezerras recém-nascidas, bezerras fracas e infecções 
vaginais. Após a contaminação o vírus pode ficar na forma latente e se manifestar 
em momentos de estresse ou baixa imunidade. É facilmente transmitida por 
secreções e deve ser feita a vacinação preventiva. 
 - Diarreia viral bovina (BVD)- causada por vírus e transmitida pela 
placenta ou contato com fezes, secreções e fetos abortados. O touro é um grande 
disseminador dessa doença quando infectado. Essa doença provoca abortos, 
principalmente durante os primeiros quatro meses de gestação, também provoca 
infertilidade, fetos mumificados, defeitos congênitos e atraso no desenvolvimento. 
A diarreia é um sintoma que aparece em animais jovens de seis meses a um ano de 
idade. 
 - Doenças de casco- é uma importante doença que ataca o rebanho 
leiteiro, pois tem alta incidência e prejudica muito a produção, já que afeta 
diretamente a locomoção do animal. Destacam-se nesse grupo as dermatites 
digitais e interdigitais, hiperplasia interdigital, erosão de talão, laminite e as 
pododermatites. O principal fator que favorece a doença é o manejo intensivo, com 
dietas ricas em carboidratos, falta de aparas nos cascos e pisos úmidos e ásperos, 
principalmente em confinamentos. As vacas que recebem dietas ricasem energia 
devem receber tamponantes como o bicarbonato de sódio para evitar a acidose 
ruminal. Essas lesões nos cascos evoluem para uma infecção por bactérias e pode 
ser agravada por miíases (bicheiras). O tratamento é feito com a contenção do 
animal e medidas de extrema higiene local. Para prevenção de problemas nos 
cascos deve-se fazer a apara anual dos cascos, no momento da secagem, evitar 
umidade, fezes e urina onde as vacas permanecem. 
 Uma forma de prevenir as doenças dos cascos é com o uso de pedilúvio, o 
animal caminhariam em um local para molhar os cascos com uma solução 
desinfetante contendo: 5 litros de formol, 5 quilogramas de sulfato de cobre e água 
até completar 100 litros (RIBEIRO, 2013). 
 Quanto mais especializada, pura e produtiva é uma vaca, maiores serão os 
desafios, por isso, esse animal é mais suscetível às doenças, ou seja, melhoramos a 
produtividade e diminuímos a rusticidade. 
Doença % 
Mastite 88,6 
Reprodutivas (Brucelose, leptospirose, BVD e IBR) 88,6 
Tristeza parasitária 60,0 
Casco 51,4 
Febre aftosa 28,6 
Tuberculose, raiva e diarreia 22,9 
Clostridioses 17,1 
Doenças metabólicas 14,3 
Doenças mais importantes em vacas holandesas no estado de Minas Gerais em 2010 e 2011. 
Fonte: Souza et al., 2011. 
 
 CONSIDERAÇÕES 
 
 Um dos fatores pouco observados no melhoramento genético é a resistência 
a doenças, muito se avançou em produção e mais recentemente em sólidos no 
leite, mas um foco importante é a imunidade natural de cada indivíduo e que pode 
ser transmitida para seus descendentes. 
 É fundamental a definição e execução de um programa sanitário que vise à 
erradicação das principais doenças que incidem sobre o rebanho leiteiro, com o 
objetivo não só de ganho de produção, mas também em segurança alimentar. O 
objetivo na busca por saúde animal deve ser a prevenção e não o tratamento 
clínico. 
 Dentre as doenças que mais atacam as vacas leiteiras destacam-se as 
doenças reprodutivas, que causam grandes prejuízos como abortos, retenção de 
placenta, infecção uterina, menor taxa de concepção, repetição de cio e por 
consequência aumento da taxa de descarte, o que eleva o custo da empresa 
leiteira. Isso porque aumenta o intervalo entre partos e a relação 
inseminação/prenhes. 
 Vale lembrar que animais bem nutridos tem maior capacidade de resistir a 
doenças, pois, animais subnutridos são mais sensíveis a infecções. Por isso, a 
alimentação deve ser balanceada conforme a categoria animal. 
 A principal forma de prevenir doenças é por meio da vacinação, cada 
propriedade deve seguir o calendário de vacinação conforme sua região e segui-lo a 
risca. 
 Muitas propriedades leiteiras utilizam touro para monta natural e não 
inseminação artificial, mas além da viabilidade econômica que deve ser analisada, 
também é fundamental analisar que esse animal, se contaminado, é o maior 
disseminador de doenças entre as vacas, já que entra em contato periodicamente 
com os animais. Por isso, os exames e cuidados dispensados ao touro devem ser 
bem feitos para evitar prejuízos. 
 A propriedade leiteira deve ser gerida como uma empresa leiteira, com uma 
gestão estratégica que contemple o gerenciamento das finanças, de pessoas e 
animais, com o objetivo de atingir a máxima eficiência por meio da saúde do 
rebanho. 
 
 REFERÊNCIAS 
 
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eficiência (parte I). Milkpoint. Publicado em: mai. 2012. Disponível em: 
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03 mar. 2013. 
 
BIOGÉNESIS Bagó. Manejo e prevenção das doenças reprodutivas. Milkpoint. 
Publicado em: ago. 2012. Disponível em: <http://ow.ly/hVKIF>. Acesso em: 02 
mar. 2013. 
 
BRASIL, João Gabriel Quaggio. Qualidade do Leite (Embrapa e Vallée). Doenças 
mais comuns do rebanho leiteiro. Disponível em: 
<http://www.qualidadedoleite.com.br/textos/16/doencas.html>. Acesso em: 01 
mar. 2013. 
 
CÓRDOVA, U. de A. (Org.) Produção de leite a base de pasto em Santa Catarina. 
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Publicado em: abr. 2012. Disponível em: 
<http://www.portalagropecuario.com.br/bovinos/pecuaria-de-corte/como-prevenir-
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RAMON, Jonas M. Mastite. SIS – Sistema de Inteligência Setorial, SEBRAE-SC, 
Seção: Leite, out. 2012. Disponível em: <http://sis.sebrae-sc.com.br>. Acesso em: 
01 mar. 2013. 
 
RIBEIRO, Antonio Candido de Cerqueira Leite. Manual do Produtor. Piracanjuba. 
Embrapa Gado de Leite. Publicado em: jan. 2013. Disponível em: 
<http://www.piracanjuba.com.br/docs/manual_do_produtor.pdf>. Acesso em: 03 
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http://sis.sebrae-sc.com.br/
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