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RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM PEDAGOGIA III ESPAÇOS NÃO ESCOLARES

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UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ - UNOCHAPECÓ
ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E JURÍDICAS
Curso de Graduação em Pedagogia 
Tanara Babinski
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM PEDAGOGIA III
ESPAÇOS NÃO ESCOLARES
Chapecó – SC, 2019
TANARA BABINSKI
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM PEDAGOGIA III
Relatório apresentado ao componente curricular Estágio Supervisionado em Pedagogia III, realizado sob a orientação da Profª Suzi Laura da Cunha
Chapecó – SC, 2019
SUMARIO
1.JUSTIFICATIVA	3
2.REFERENCIAL TEÓRICO	4
2.1 Contextualização da educação não formal	4
2.2 Papel do professor na educação formal e não formal	6
2.2.2 O que é a Pedagogia social/Pedagogo Social - Pedagogia social: Breve revisão de literatura	10
2.2.3 - Papel do pedagogo em espaços formais e não formais	11
2.3 Metodologia/métodos de Ensino e concepção de educação na educação não formal	13
2.3.1 Metodologias/Método de ensino	13
2.3.2 Metodologia de ensino na concepção de Paulo Freire	15
3 CONTEXTUALIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO	17
3.1 Histórico de surgimento da instituição e estrutura física	17
3.2. Principais atividades desenvolvidas pelo espaço e público atendido	21
3.2 Etapa de observação	22
CONSIDERAÇÕES FINAIS	26
REFERÊNCIAS	27
ANEXOS	28
1.JUSTIFICATIVA	
O componente curricular de estágio supervisionado em pedagogia III que ocorre no 6 período do curso de Pedagogia tem como objetivo compreender os meios de atuação do pedagogo em ambientes não escolares, tendo como objetivo Refletir sobre as diferentes possibilidades da Pedagogia enquanto ciência, na compreensão do fenômeno educativo em instituições que atendem a educação formal e não formal e a possibilidade de atuação do pedagogo nos espaços não escolares. O trabalho de intervenção, realizados no estágio III, foi desenvolvido no CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) do município de Nova Itaberaba-SC, e tem como objetivo principal a reflexão refletir sobre as diferentes possibilidades de atuação dos pedagogos, analisando e vivenciando a realidade educacional fora da sala de aula. 	
Neste presente relatório será apresentado, primeiramente alguns conceitos históricos da educação não-formal, na sequência o papel do pedagogo nestes espaços, e a contextualização de tais ambientes. Para finalizar apresento a concepção metodologia que norteará este trabalho. 
O estágio foi realizado no Cras de Nova Itaberaba-SC, onde funciona o programa Serviço de Convivência e Fortalecimento de vínculos (SCFU), que atende crianças com idade de 07 anos e adolescentes. A escolha do espaço ocorreu por ser o único na cidade de Nova Itaberaba e pelo interesse de conhecer como acontece os projetos lá realizados. Por ser horário contra turno nos dá impressão de ser um ‘’reforço escolar’’, porém conhecendo melhor é possível perceber que são projetos para crianças que se encontram em situações de vulnerabilidade social. O presente relatório buscará contextualizar a educação não formal, o papel do professor fora de sala (papel não formal), a contextualização do campo, considerações e referências do mesmo.
2.REFERENCIAL TEÓRICO	
2.1 Contextualização da educação não formal
Até os anos 80, a educação não-formal foi um campo de menor importância no Brasil, tanto nas políticas públicas quanto entre os educadores. Todas as atenções sempre estiveram concentradas na educação formal, desenvolvida nos aparelhos escolares institucionalizados. Em alguns momentos, algumas luzes foram lançadas sobre a educação não-formal, mas ela era vista como uma extensão da educação formal, desenvolvida em espaços exteriores às unidades escolares. (ANDRADE; ABREU, 2010)
O início do século XXI é marcado por mudanças na configuração do Estado, particularmente no que se refere às políticas sociais. Entrando nesta ênfase o neoliberalismo no qual vem como “novo modelo ideológico”, privilegiando as relações de mercado como reguladoras a vida social, política e econômica. (ANDRADE; ABREU, 2010)
Por este motivo o curso de pedagogia foi criado no Brasil, com intuito formar profissionais para a educação. Formado o pedagogo poderia ocupar a função de técnico de educação para lecionar no ensino não era preciso de especializações era apenas necessário ter concluído o ensino superior.
Este modelo de curso durou até 1969, tendo novas mudanças como a habilitação de apenas licenciado e não mais bacharelado, acontecendo uma divisão de dois modelos de aprendizagem no curso. Foi aí que o curso de pedagogia passou então a formar docente especializado em educação, nas principais áreas. “supervisor escolar, orientador educacional, administrador escolar, inspetor escolar, etc., com possibilidade ainda de uma formação alternativa para docência nos primeiros anos do ensino fundamental” (Scheibe, Aguiar, 1999, p.224).
Abrangendo assim além das esferas escolares às demandas econômicas e políticas que vem marcado a sociedade brasileira, dessa forma se estendido para novos e diferentes espaços, como os meios de comunicação,movimentos sociais, organizações não-governamentais, instituições públicas e em algumas empresas.
Nacional de Educação direcionam as políticas públicas brasileiras no campo educacional na direção de mudanças significativas em relação aos profissionais de educação já que no capítulo I artigo 1o referente a Educação diz que: o Pedagogo está a atuar no processo de formação que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais, e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.
A atuação do Pedagogo em ambientes não escolares é fato e agora embasado em lei, desta forma foi dada mais uma atribuição a este profissional que deverá agir dentro de suas habilidades pedagógicas no âmbito da capacitação de empresas, metodologias de disseminação de informações de ONGs, empresas e Meios de comunicação em geral.
Analisando o papel do pedagogo temos noção da extrema importância em um espaço não-escolar, sendo capacitado para desempenhar uma função de mediador e articulador da aprendizagem em uma organização. O espaço não escolar é aquele local diferente da organização do ambiente escolar formal, mas onde pode também ocorrer uma ação educativa. “Essa educação não escolar acontece fora dos muros da escola, com marcadores diferenciados, como por exemplo: objetivos, conteúdos, metodologias, técnicas, processos de avaliação e acompanhamento, sujeitos e recursos envolvidos.(SANZ FERNÁNDEZ, 2006). 
Pimenta (2001) levanta discussões sobre os Cursos de Complementação Pedagógica, e aponta indicativos para a formação do pedagogo cientista educacional, como sendo um profissional que atue como gestor/ pesquisador/ coordenador de diversos projetos educativos, dentro e fora da escola: pressupondo sua atuação em atividades de lazer comunitário; em espaços pedagógicos nos hospitais e presídios; na formação de pessoas dentro das empresas; que saiba organizar processos de formação de educadores de ONGs; que possa assessorar atividades pedagógicas nos diversos meios de comunicação como TV, rádio, Internet, quadrinhos, revistas, editoras, tornando mais pedagógicas as campanhas sociais educativas sobre violência, drogas, AIDS, dengue; que estejam habilitados à criação e elaboração de brinquedos, materiais de auto-estudo, programas de educação a distância; que organize, avalie e desenvolva pesquisas educacionais em diversos contextos sociais; que planeje projetos culturais e afins.
Nesse contexto, o conjunto de conhecimentos do pedagogo, servirá para interações sociais nas práxis educativas, bem para o desenvolvimento das atividades e práticas, no contexto sócio histórico, com alternativas de construção de um fazer pedagógico social com possibilidades que objetivem formar um cidadão, a partir do respeito a sua realidade, com sentido e significado nas dimensões educacional, artística, cultural e social. (Pimenta, 2001)
Segundo Silva e Perrude (2013), estas atividades acontecem dependendo de quempromove a ação, sendo, na maioria das vezes, ofertada pelo poder público municipal, sendo então consideradas atividades de contraturno como citada acima ou atividades complementares.
A educação não formal no Brasil como ressalta Garcia (2008), é um campo ainda de poucas pesquisas e estudos, visto que é considerada ainda como nova e em formação, que vêm ganhando destaque na atualidade. Porém, a autora afirma que atividades ligadas à educação não formal já acontecem no Brasil há bastante tempo, embora não sejam denominadas como educação não formal, muitas vezes, são denominadas como projetos sociais, atividades complementares, atividades de Educação formal e não formal 
2.2 Papel do professor na educação formal e não formal 
Em nossa sociedade atual, podemos afirmar que temos três modelos de educação, são elas: informal, formal e a não formal. Na educação informal o aprendizado acontece de forma espontânea, não sistematizada e não organizada e os “saberes adquiridos são absorvidos no processo de vivência e socialização pelos laços culturais e de origem dos indivíduos.” (GOHN, 2010). Tais qualidades relatadas abaixo:
A primeira qualidade indispensável aos professores progressistas é a humildade, a qual exige coragem, confiança e respeito, em relação a si próprio e aos outros. Sem humildade dificilmente ouviremos com respeito aqueles que consideramos demasiadamente longe de nosso nível de competência. Da mesma forma, a amorosidade não apenas aos alunos, mas ao próprio processo de ensinar e a tolerância virtude que nos ensina a conviver com o diferente, são fundamentais. (FREIRE, 1997) 
A coragem para comandar e educar nossos medos, bem como a segurança, que demanda competência científica, clareza política e integridade ética, também são qualidades apontadas. Não se pode esquecer, ainda, da competência, da capacidade de decisão, da eticidade, da alegria de viver e do equilíbrio entre a paciência e a impaciência – a paciência sozinha pode levar à acomodação; a impaciência, por sua vez, a um ativismo irresponsável. (FREIRE, 1997)
As relações estabelecidas entre os educadores e educandos incluem a questão da aprendizagem, do ensino, do processo do conhecer-ensinar-aprender, da autoridade, da liberdade, da leitura, da escrita, das virtudes da educadora, da identidade cultural dos educandos e do respeito devido a ela. É uma troca de saberes que são adquiridos entre gerações e seus agentes educadores são os pais, familiares, amigos, vizinhos, colegas de escola/trabalho, etc. que repassam suas práticas e experiências anteriores de forma contínua e permanente (FREIRE, 1997)
Freire (1997) afirma que não existe ensinar sem aprender, dessa forma este movimento demonstra a necessidade de formação permanente. O ato de estudar implica não apenas a leitura da palavra, mas, também a leitura do mundo, assim como a crítica a sua própria prática. Freire diz que o professor deve estar capacitado para entrar na sala de aula, mas antes disto deve ser crítico diante do conhecimento e ter humildade para rever os conceitos aprendidos, mantendo um processo permanente de reflexão entre a teoria sua prática.
Já a educação não formal é aquela que acontece fora do âmbito escolar (ONGS, museus, centros comunitários, culturais e esportivos, projetos sociais, etc.). Ela é desenvolvida de forma socioeducativa, levando em conta problemáticas e assuntos inseridos no contexto social e familiar. Embora ela possa se articular com os outros dois modelos de educação, a educação não formal possui um campo próprio. (FREIRE, 1997)
Freire (1997) aponta a questão da disciplina como um princípio básico nos diversos contextos de aprendizagem seja no trabalho intelectual, na leitura séria de textos, na escrita cuidada, na observação e análise de fatos e no estabelecimento de relações entre eles. Ao professor cabe a construção dos saberes com seus alunos, e não transmitir conhecimento. E para que se consiga de fato esta construção, antes é preciso que ele se prepare, invista numa formação sólida e abrangente, tornando-se, enfim, produtor do conhecimento que lhe foi ensinado.
Seu objetivo é a interação e a troca de saberes entre os indivíduos, assim como a educação informal. Na educação não formal, existe o papel do educador que faz a mediação das atividades com planejamento e cronograma. Porém, diferente da educação formal, ela é feita com menos grau de sistematização burocrática e sem a evolução para séries mais avançadas.’’ a aprendizagem gerada nos processos de educação não formal busca a necessidade de flexibilidade diante de uma realidade apenas relativamente formalizada, valorizando o contexto do erro e da dúvida.” (GOHN, 2015. p. 19).’’
A educação não formal baseia-se na prática pedagógica que promove autodesenvolvimento e o questionamento, capacitando o aluno de tal forma que ele próprio dirija as atividades com autonomia. “Sua finalidade é abrir janelas de conhecimento sobre o mundo que circunda os indivíduos e suas relações sociais. Seus objetivos não são dados a priori, eles se constroem no processo interativo, gerando um processo educativo.” (GOHN, 2010. p. 19).
Fazer parágrafo de conclusão
Em 1939 o curso de Pedagogia no Brasil foi criado, formando o primeiro bacharel em para se tornar professor. O bacharelado prevaleceu em detrimento da docência explicitando que a formação do pedagogo nesse período foi caracterizada pela separação entre bacharelado e licenciatura. Ao ser instituído não havia clareza sobre o locus de atuação do profissional, o mais certo é que atuaria como docente no Ensino Normal, podendo atuar ainda como Técnico em Educação, no Ministério da Educação. (LIBÂNEO, 2007) 
Com a aprovação da Lei nº 5540 de 28 de novembro de 1968, uma nova alteração se impôs para o curso. Cumprindo o que determinava a lei, o Parecer CFE nº 252/69 reorganizou o curso de Pedagogia e, junto à habilitação já existente de formação de professor para atuar no Ensino Normal, foram introduzidas as habilitações de supervisão, orientação, administração e inspeção escolar. (LIBÂNEO, 2007) 
A divisão social do trabalho se repercutiu na escola, havendo uma separação entre o trabalho/formação do professor e do especialista e entre a teoria e a prática. Influenciando a defesa do movimento em prol de um curso voltado para a formação de professores e do extermínio das habilitações, reduzindo o curso de Pedagogia à docência, a partir da Resolução CNE/CP nº 01/2006. (LIBÂNEO, 2007) 
LIBÂNEO (2007) destaca que após a aprovação da LDB nº 9394/96, a Secretaria de Ensino Superior do Ministério da Educação iniciou um processo de reforma curricular e elaboração das diretrizes curriculares para os cursos de graduação. No caso do curso de Pedagogia, as diretrizes aprovadas definiram a docência como base da formação do pedagogo e o curso foi definido como uma licenciatura, o currículo tem garantido a formação do professor para atuar na Educação Infantil, nos anos iniciais do Ensino Fundamental e na gestão.
Na década de 1980 a sociedade brasileira, por meio dos movimentos sociais, reivindica mudanças na política brasileira, configurando um novo modelo de sociedade e, nesse busca a revalorização da escola pública. Nesse cenário, conquistamos a democracia, configurando um novo modelo de sociedade e, nesse contexto, a educação que busca a revalorização da escola pública, na qual amplia-se a discussão tanto no aspecto das políticas educacionais, quanto dos currículos trabalhados, principalmente nos currículos que projetam a formação do pedagogo, já que este se depara com um cenário de mudanças. (CABRERA; DOMINGUES) 
Podemos contemplar a educação como uma política pública social, por se tratar de um serviço prestado pelo Estado, diante deste enfoque se faz necessário uma visão crítica sobre essa discussão, para que possamos compreender a dimensão e a importância dessa política, dentro de um recorte social, enfatizando a educação e a formação do pedagogo. ( CABRERA; DOMINGUES)
LIBANEO (2007) destaca que a partir da Constituição de 1988, a educação é concebida como direitodo cidadão, necessidade básica do ser humano, passa a ser vislumbrada dentro de um contexto social, cultural e político sanciona-se a LDBEN 9394/96, com características novas, principalmente no que se refere ao currículo de formação dos profissionais da educação, retomando uma discussão que ocorre desde 1978, com o objetivo de organizar os conteúdos e currículos dos cursos de Pedagogia. 
Tendo como apoio das instituições como: ANFOBE, ANPED, que dão corpo ao movimento dos educadores que reivindica a definição da identidade do pedagogo, elaborando um documento que organiza o curso. O MEC, não considera o documento e decide elaborar outro, o qual é aprovado em 2001, pelo do Conselho 16 Nacional de Educação, como Diretrizes para os cursos de Formação Inicial de Professores para a Educação Básica. (Libâneo 2006)
	Em 2004 uma Comissão inicia o processo de formalização das disciplinas que irão dar corpo a formação dos professores, elaborando um material de estudos sobre as normas gerais e as práticas curriculares constantes nas licenciaturas, bem como a situação paradoxal da formação.( Libâneo 2006)
2.2.2 O que é a Pedagogia social/Pedagogo Social - Pedagogia social: Breve revisão de literatura 
A pedagogia social não tem por objetivo moldar o cidadão à sociedade, mas respeitar o contexto social em que ele vive mas visa produzir impactos positivos através de sua aplicação nos contextos formais, não formais e informais.
Tendo como pressuposto planejar e executar propostas que tragam mudanças de paradigmas , transformação dos indivíduos e consciência do devir, promovendo os direitos e deveres, autonomia e senso crítico por meio de uma relação dialética e dialógica. Contribuindo para a construção, sem violência, com liberdade e plenitude, na direção de avanços que se estendem além dos muros institucionais fazendo com que o educando seja o protagonista da sua própria história.
A pedagogia social surgiu em forma de crítica á Educação focada no desenvolvimento do indivíduo sem considerar as diferentes dimensões sociais em que este poderá estar inserido.
A origem da ação pedagógica social aconteceu no momento histórico da Revolução Industrial, pois o trabalho nas indústrias transformou o modo de viver das pessoas, a sociedade agrária tradicional agora passa a ser sociedade industrial urbana, com isso a negligência em atender aos que tinham necessidade de assistência revelou novos problemas sociais que eram vistos como questões à serem solucionados por meio da educação. A educação é responsável por boa parte da formação do ser social é a assimilação pelo indivíduo dos seus direitos e deveres como pertencentes à sociedade., 
A prática educativa é uma ação social e sua origem está ligada à origem da própria humanidade e por este motivo deve ser intelectual, amoroso e afetuoso em sua prática, pois somente desta forma obterá resultados positivos. Historicamente a pedagogia social acredita na possibilidade de influenciar aspectos sociais através da educação. 
A Pedagogia Social como um componente da Pedagogia que se responsabiliza diretamente com a inclusão das crianças em situação de vulnerabilidade social no universo escolar. [...] que se traduz em um fazer pedagógico voltado para a realidade das crianças e adolescentes expostas a todo o tipo de dificuldades oriundas de uma educação direcionada para um público com valores e necessidades bem diferentes. Dificuldades estas que não abrangem apenas o âmbito educacional como também o social, o político, e o afetivo. (ARAÚJO, 2013).
A pedagogia social é ampla, não é neutra, respeita os conhecimentos prévios dos indivíduos, no entanto os saberes de experiências são importantes. Não é o objetivo da Pedagogia Social moldar o cidadão à sociedade, mas respeitar a sua história de vida no contexto em que estiver inserido. 
2.2.3 - Papel do pedagogo em espaços formais e não formais
A aplicação da Pedagogia Social busca desenvolver habilidades e competências na área de intervenção social que produzirão resultados positivos relacionados com respeito à realidade e a identidade sócio cultural dos atores envolvidos (educando e do Pedagogo/Educador Social), numa ação articulada com as famílias nas comunidades que os circundam. (FREIRE,1997)[
É importante destacar, ainda, que no percurso do Pedagogo/educador Social, práticas utilizadas no passado necessitam de desconstrução e urge a construção do aprendizado sob todos os aspectos. Como afirma Freire (1997, p.21)’“ensinar não é transferir conhecimentos, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção”. 
Ainda segundo Libâneo (2001, p. 15):(essa parte coloque no item sobre pedago
 [...] funções de formulação e gestão de políticas educacionais; organização e gestão de sistemas de ensino e de escolas; planejamento, coordenação, execução e avaliação de programas e projetos educacionais, relativos às diferentes faixas etárias (criança, jovens, adultos, terceira idade); formação de professores; assistência pedagógico-didática a professores e alunos; avaliação educacional; pedagogia empresarial; animação cultural; produção e comunicação nas mídias; produção e difusão do conhecimento científico e tecnológico do campo educacional e outros campos de atividade educacional, inclusive os não-escolares. (essa parte coloque no item sobre pedago
Freire (1997) destaca, que ensinar é também um aprendiz e que apesar deprazerosa a atividade docente requer seriedade, preparo científico, preparo físico, emocional e afetivo, pois promove um envolvimento emocional. Criticando também a ideologia da passividade, pois resistir a uma política e uma realidade social do ensino não é para seres passíveis, amorosos e parentais como a maioria das tias. Segundo autor ensinar é uma tarefa que envolve militância e especificidade no seu cumprimento.
Segundo autor ensinar é uma tarefa que envolve militância e especificidade no seu cumprimento, portanto ser rotulada como tia é assumir uma relação de parentesco, e a partir deste discurso constitui-se a desvalorização, pois ser tia nunca poderia ser uma profissão. Freire não tem a intenção de desvalorizar a tia, mas valorizar a professora, explicitando a importância da formação política do professorado. Aparentemente o termo “tia” carrega uma ideologia de “boas moças”, que não brigam, não resistem, não se rebelam, não fazem greve. (Freire 1997)
Freire (1997) propõe que o professor deve estar capacitado para entrar na sala de aula, mas antes disto deve ser crítico diante do conhecimento e ter humildade para rever os conceitos aprendidos, mantendo um processo permanente de reflexão entre a teoria sua prática. Dessa forma o professor não pode parar de ler o mundo em que está inserido, portanto a leitura do mundo precede a leitura da palavra. Implicando não apenas a leitura da palavra, mas, também a leitura do mundo, assim como a crítica a sua própria prática. 
O professor deve, portanto, ter convicção ao fazer a sua escolha, reconhecendo a dignidade e importância de sua tarefa, a qual é indispensável à vida social. Participando da formação de pessoas.Este movimento fará do professor um pesquisador de sua prática. Dessa forma cabe à escola estimular o gosto pela leitura e escrita, pois a prática garante o sucesso, qualidades indispensáveis são propostas, como a humildade, a qual exige coragem, confiança e respeito, em relação a si próprio e aos outros, a amorosidade com alunos e processo de ensinar. A coragem para comandar e educar nossos medos, bem como a segurança, que demanda competência científica, clareza política e integridade ética, também são qualidades apontadas, a competência, decisão, e a paciência (FREIRE, 1997)
Logo, o professor deve fazer uso do seu papel mediador sem esquecer a sua responsabilidade interventiva na construção da relação do conhecimento. As relações estabelecidas entre os educadores e educandos incluem a questão da aprendizagem, do ensino, do processo do conhecer-ensinar-aprender, da autoridade e da liberdade. (FREIRE, 1997)		Na carta com o título “De falar ao educandoa falar a ele e com ele; de ouvir o educando a ser ouvido por ele.” tem a ver com o ato político de ter voz e dar voz dentro de sala de aula. Destacada pelo autor a ênfase falar com os educandos para que, juntos, possam conduzir o processo de ensino-aprendizagem. 					
Paulo Freire (1997) estabelece também uma relação entre identidade cultural e educação, onde neste momento ele procura frisar a necessidade de o educador conhecer a realidade social de seus alunos porque, assim, terá uma concepção mais clara para a sua própria identidade, em que a identidade de uma pessoa está associada à classe social a que pertence. 
 (FREIRE, 1997) ressalta também a importância de procurar sempre entrelaçar o contexto concreto e o contexto teórico, pois é impossível ensinar conteúdos sem saber como pensam os alunos no seu contexto real (contexto concreto), ou seja, na sua cotidianidade. E cabe ao professor a construção dos saberes com seus alunos.
2.3 	Metodologia/métodos de Ensino e concepção de educação na educação não formal
2.3.1 Metodologias/Método de ensino
Os métodos são determinados pela relação objetivo-conteúdo, sendo os meios para alcançar objetivos gerais e específicos de ensino. assim, as características dos métodos de ensino estão orientados para os objetivos. Tais que as características dos métodos de ensino: estão orientados para os objetivos, implicam numa sucessão planejada de ações, requerem a utilização de meios.(LIBÂNEO, 1994) 
LIBANEO (1994) destaca um conceito simples de método de ensino é ser o caminho para atingir um objetivo. São métodos adequados para realizar os objetivos. É importante entender que cada ramo do conhecimento desenvolve seus próprios métodos, observa-se então métodos matemáticos, sociológicos, pedagógicos, entre outros. Por este motivo cabe ao professor estimular e dirigir o processo de ensino utilizando um conjunto de ações, passos e procedimentos que chamamos também de método (Atividade professor/ aluno). 
A relação objetivo-conteúdo-método é a relação que os métodos não têm vida sem os objetivos e conteúdos, dessa forma a assimilação dos conteúdos depende dos métodos de ensino e aprendizagem, a maior característica deste processo é a interdependência. Os princípios básicos do ensino são os aspectos gerais do processo de ensino que fundamentam teoricamente a orientação do trabalho docente. Estes também indicam e orientam a atividade do professor rumo aos objetivos gerais e específicos. (LIBÂNEO, 1994) 
Tais princípios são os aspectos gerais do processo de ensino que fundamentam teoricamente a orientação do trabalho docente. Estes princípios também indicam e orientam a atividade do professor rumo aos objetivos gerais e específicos. Destaca-se os princípios básicos de ensino que são:
Ter caráter científico e sistemático - O professor deve buscar a explicação científica do conteúdo; orientar o estudo independente, utilizando métodos científicos; certificar-se da consolidação da matéria anterior antes de introduzir as matérias novas; organizar a sequência entre conceitos e habilidades; ter unidade entre objetivos-conteúdos-métodos; organizar a aula integrando seu conteúdo com as demais matérias; favorecer a formação, atitudes e convicções.	Ser compreensível e possível de ser assimilado - Na prática, para se entender estes conceitos, deve-se: dosar o grau de dificuldade no processo de ensino; fazer um diagnóstico periódico; analisar a correspondência entre o nível de conhecimento e a capacidade dos alunos; proporcionar o aprimoramento e a atualização constante do professor.	
Assegurar a relação conhecimento-prática – Para oferecermos isto aos alunos estabelecendo vínculos entre os conteúdos e experiências e problemas da vida prática; pedir para os alunos sempre fundamentarem aquilo que realizam na prática; mostrar a relação dos conhecimentos com o de outras gerações. (LIBÂNEO, 1994) 
Assentar-se na unidade ensino-aprendizagem - ou seja, na prática: esclarecer os alunos sobre os objetivos das aulas, a importância dos conhecimentos para a sequência do estudo; provocar a explicitação da contradição entre ideias e experiências; oferecer condições didáticas para o aluno aprender independentemente; estimular o aluno a defender seus pontos de vista e conviver com o diferente; propor tarefas que exercitem o pensamento e soluções criativas; criar situações didáticas que ofereçam aplicar conteúdos em situações novas; aplicar os métodos de soluções de problemas. Garantindo a solidez dos conhecimentos. (LIBÂNEO, 1994) 
Levantar vínculos para o trabalho coletivo-particularidades individuais, deve-se adotar as seguintes medidas para isto acontecer: explicar com clareza os objetivos; desenvolver um ritmo de trabalho que seja possível da turma acompanhar; prevenir a influência de particularidades desfavoráveis ao trabalho do professor; respeitar e saber diferenciar cada aluno e seus ritmos específicos. (LIBÂNEO, 1994)
LIBÂNEO (1994) define os métodos de ensino ligados a relação cognoscitiva entre o aluno e professor. Pode-se diferenciar estes métodos segundo suas direções, podendo ser externo e interno. 
1. Método de exposição pelo professor - Este método é o mais usado na escola, pode ser de vários tipos de exposição: verbal, demonstração, ilustração, exemplificação.
2. Método de trabalho independente – consiste em tarefas dirigidas e orientadas pelo professor para os alunos resolverem de maneira independente e criativa. Este método tem, na atitude mental do aluno, seu ponto forte.Tem também a possibilidade de apresentar fases com a tarefa preparatória, tarefa de assimilação de conteúdos, tarefa de elaborarão pessoal.
3. Método de elaboração conjunta – é um método de interação entre o professor e o aluno visando obter novos conhecimentos.
4. Método de trabalho de grupo - consiste em distribuir tarefas iguais ou não a grupos de estudantes, o autor cita de três a cinco pessoas.
5. Atividades especiais – são aquelas que complementam os métodos de ensino.
Ao destacarmos os métodos podemos relacionar principalmente nos métodos utilizados em sala de aula, sendo necessariamente importantes a dominação dos mesmos para uso e ensino/aprendizagem, tais equipamentos que ajudarão em sala de aula sendo possível usa-los em outras matérias. (LIBÂNEO, 1994) 
2.3.2 Metodologia de ensino na concepção de Paulo Freire
O método Paulo Freire aplicado há mais de 50 anos (1963) sobre Alfabetização foi testado pela primeira vez na cidade de Angicos, Rio Grande do Norte. A experiência, inédita no Brasil, tinha uma meta ousada: alfabetizar adultos em 40 dias. Mas não era só isso. Paulo Freire pretendia despertar o ser político que deve ser sujeito de direito. (BECK, 2016)
O método Paulo Freire estimula a alfabetização dos adultos mediante a discussão de suas experiências de vida entre si, através de palavras presentes na realidade dos alunos, que são decodificadas para a aquisição da palavra escrita e da compreensão do mundo. “A concepção freiriana procura explicitar que não há conhecimento pronto e acabado. Ele está sempre em construção” “Aprendemos ao longo da vida e a partir das experiências anteriores, o que faz cair por terra a tese de que alguém está totalmente pronto para ensinar e alguém está ‘totalmente’ pronto para receber esse conhecimento, como uma transferência bancária. (FEITOSA, 1999)
A Educação Brasileira desenvolveu um método de alfabetização baseado nas experiências de vida das pessoas. Em vez de buscar a alfabetização por meio de cartilhas e ensinar, por exemplo, “o boi baba” e “vovó viu a uva”, ele trabalhava as chamadas “palavras geradoras” a partir da realidade do cidadão. Por exemplo, um trabalhador de fábrica podia aprender “tijolo”, “cimento”, um agricultor aprenderia “cana”, “enxada”, “terra”, “colheita” etc. A partir da decodificação fonética dessas palavras, ia se construindo novas palavras e ampliando o repertório. (BECK, 2016)
O método Paulo Freire de alfabetização é dividido em partes, tais são três que buscam investiga a realidade dos cotidiano dos próprios alunos. E no final,a etapa de problematização, aluno e professor buscam superar uma primeira visão mágica por uma visão crítica do mundo, partindo para a transformação do contexto vivido, reflexão se o que foi trabalhado fez diferença na vida dos educandos (o que os educandos aprenderam com a investigação e tematização). (FEITOSA, 1999).
3 CONTEXTUALIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO
3.1 Histórico de surgimento da instituição e estrutura física
O Centro de Referência de Assistência social (CRAS) Nova Itaberaba foi inaugurado em 22 de julho de 2009 para dar início aos seus trabalhos. Atualmente localizado na Avenida Progresso, n• 500, centro e atende em horários contraturno (Matutino e Vespertino) de segunda a sexta-feira das 07:30 às 11:30 e 13:00 às 15:00.
O Centro é uma unidade pública estatal descentralizada da Política Nacional de Assistência Social que atua como a principal porta de entrada do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e é responsável pela organização e oferta de serviços da Proteção Social Básica nas áreas de vulnerabilidade e risco social.
O centro está Em anexo foto 1 foto do documento norteador da fundação do CRAS. 
 Anexo I - Documento de fundação
Fonte: Acervo pessoal
O centro possui em sua estrutura física 8 salas sendo que uma delas é usada pela prefeitura para realização de cadastramentos, retirada de documentos (CPF) e demais questões públicas.
A instituição possui também dois banheiros, uma cozinha, uma sala de espera, sala para lanches e a sala onde acontece os atendimentos do projeto e juntamente a ela uma brinquedoteca.
Em anexo Fotos da instituição.
ANEXO II: Fachada da Instituição
FONTE: Acervo pessoal
ANEXO III: Sala de atendimento
FONTE: Anexo Pessoal
ANEXO IV: Brinquedoteca
FONTE: Acervo Pessoal
ANEXO V: SALA PARA REFEIÇÕES
FONTE: Acervo Pessoal
3.2. Principais atividades desenvolvidas pelo espaço e público atendido 
O programa SCFU (Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos), atende crianças a partir dos 7 anos e adolescentes em horários de contra turno, tem como objetivo oferecer projetos e programas socioeducativos de proteção social básica. 
A escolha do espaço ocorreu por ser o único na cidade de Nova Itaberaba e pelo interesse de conhecer como acontece os projetos lá realizados. Por ser horário contra turno nos dá impressão de ser um ‘’reforço escolar’’, porém conhecendo melhor é possível perceber que são projetos para crianças que se encontram em situações de vulnerabilidade social.
Martinelli (2007) afirmam que por volta do ano 3000 a.C. a assistência já era praticada como uma forma de ajudar os povos necessitados, tais como idosos, doentes, órfãos e outros. No século XXI, encorajadas pelas Igrejas Católica e Protestante, a profissão Assistente Social teve seu inicio na Europa. A princípio como ferramenta de controle social através de ações caridosas. E nesse contexto, surgiram às damas de caridade, que eram senhoras religiosas e ricas da época que se dedicaram a fazer ações beneficentes aos pobres.(COSTA, 2010)
O Serviço Social conquista espaço no Brasil no final de 1920, superando barreiras e dificuldades diante de uma longa circunstância histórica economicamente escassa e crises decorrentes dos setores político, social e religioso. Dispunham, ainda que precária, uma aparelhagem hospitalar e de assistência, que pertenceu às ordens religiosas europeias, que se disseminaram e implantaram por todo o país. (COSTA, 2010)
De acordo com Toscan Bogado e Castelo Branco (2011)
O surgimento das instituições assistenciais ocorre na primeira fase do movimento de divulgação do pensamento católico, caracterizando-se por uma diferenciação nas atividades tradicionais da caridade. Desta forma, surgiu em 1920, a Associação das Senhoras Católicas, no Rio de Janeiro e, em 1923, a Liga das Senhoras Católicas m São Paulo. Suas atividades são desenvolvidas pela grande burguesia paulista e carioca, detendo um suporte de recursos financeiros e potencial de contato em nível de Estado, possibilitando-lhes o planejamento de obras assistenciais d maior envergadura e eficiência técnica. (TOSCAN BOGADO E CASTELO BRANCO, 2011).
A partir daí, desenvolveu-se lentamente a criação de bases materiais e organizacionais que resultará na década seguinte a ampliação da Ação Social e o surgimento das primeiras Escolas de Serviço Social. As praticas foram se aperfeiçoando com o passar dos anos, e o Serviço Social deu um salto abundante na forma de atuação, recorrendo a estudos científicos e sociológicos, buscando cada vez mais desenvolver medidas apropriadas no campo denso das necessidades sociais da época. 
3.2 Etapa de observação
O período de observação teve início na data de 24 de setembro/ 2019 com finalização e Intervenção na data de 22 de outubro de 2019.
24 de setembro de 2019
Cheguei na instituição e me direcionei a sala onde acontece o atendimento, e juntamente com a professora e crianças formamos uma roda, onde foi realizada a chamada e conversa que abrangia o dia das mesmas e às novidades. Após conversa me apresentei para elas.
Em seguida, jogamos um jogo “Gosto ou não gosto” onde a professora tirava uma carta e os alunos tinham que responder quais coisas gostavam ou não gostavam.
Após foi realizado o intervalo/lanche e brincadeiras diversas (pular corda, jogo do palito).
01 de outubro de 2019
 Cheguei na Instituição e me direcionei a sala onde acontece o atendimento, inicialmente realizamos a roda de conversa e nesse dia assistimos o filme “Matilda”, o filme aborda aspectos de uma educação autoritária e cruel, gestos e vínculos afetivos.
Após, realizamos conversa sobre o filme e intervalo/ lanche. Em seguida pulamos corda até horário de saida.
08 de outubro de 2019
Cheguei na instituição como de costume, me direcionei a sala, conversamos sobre a atividade do dia.
Nesse dia tivemos a presença de uma Artesã que iria fazer uma atividade diferente com às crianças, a atividade era dividida por grupos os meninos e às meninas.
Sendo que às meninas iriam criar a boneca de fuxico (Anexo VI ) e os meninos um avião.
Após finalização da atividade aconteceu o intervalo/lanche. Ao voltarmos para sala brincamos com tais criações até o momento de saída.
ANEXO VI: BONECA DE FUXICO
FONTE: Acervo Pessoal
22 de outubro de 2019
Hoje é o dia da minha Intervenção, cheguei na instituição momentos mais cedo para organizar às salas, nesse dia apenas 09 crianças estavam presentes.
Ao iniciar conversamos sobre o que iríamos fazer, qual o assunto e o por que trabalhar sobre ele, o assunto era a “Reutilização”, conversamos sobre o que poderíamos usar para realizar a atividade de criação do Porta Trecos, objeto feito com rolo de papel, papelão e customizados com tinta pelas crianças 
Em seguida , entreguei a cada um deles o rolo de papel, pincel e a tinta em tampas de plástico para que pudessem dar início a pintura (Anexo VII), entreguei também álbuns adesivos de papel e cola para a customização do porta treco e colagem da base do mesmo.
ANEXO VII: PRODUÇÃO DO PORTA-TRECO
 
FONTE: Acervo pessoal
Ao longo que às crianças iam finalizando o porta treco entreguei massinhas de modelar para que brincassem, finalizado o porta treco, dei alguns brinquedos feito com materiais recicláveis para eles brincar. 
ANEXO VIII: PORTA TRECO FINALIZADO
FONTE: Acervo pessoal
Os brinquedos eram o pé de lata, os bilboquê e o jogo Alinhavo.
Após fomos diretamente para o lanche onde me despedi das crianças e da professora agradecendo-a.
26 Novembro de 2019
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Inicialmente comecei este estágio com um bastante insegurança, ao longo das observações e conhecendo melhor as crianças, fui me acalmando. Porém no dia da aplicação do projeto o medo tomou conta mas ao aplicar as atividades me surpreendi com a colaboração da crianças. Tentei me acalmar e seguir o planejamento. Ao final em conversa com eles pude me sentir mais segura ao ver eles comentar sobre as atividades, este estágio serviu para além dos objetivos do componentequebrar barreiras minhas como pessoa.
REFERÊNCIAS
BOGADO, Francielle Toscan. CASTELO BRANCO, Patrícia Martins. . Fundamentos, Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social I. São Paulo. Editora: Pearson. 2009. 
BOGADO, Francielle Toscan. CASTELO BRANCO, Patrícia Martins. Fundamentos, Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social I. São Paulo. Editora: Pearson. 2011. 
FREIRE, Paulo. Professora sim, tia não – cartas a quem ousa ensinar. São Paulo, Editora olha D´água. 1997. 
NETTO, José Paulo. Ditadura e serviço social: uma análise do serviço social no Brasil. São Paulo. Ed. Cortez 17ª edição, 2012. 
ANEXOS
Plano de intervenção
	PLANO DE INTERVENÇÃO
1 - Local e Endereço: 
Centro de Referência da assistência social CRAS
Localizado em Nova Itaberaba-SC
2 - Público atendido: 
O programa atende crianças a partir dos 7 anos e adolescentes em horários de contraturno, tem como objetivo oferecer projetos e programas socioassistenciais de proteção social básica.
A intervenção será realizada com a turma de 17 crianças com idade entre 07 a 10 anos.
3 - Justificativa da escolha do espaço: 
A escolha do espaço ocorreu por ser o único na cidade de Nova Itaberaba e pelo interesse de conhecer como acontece os projetos lá realizados. E por ser horário contra turno nos dá impressão de ser um ‘’reforço escolar’’, porém conhecendo melhor nos damos conta que são projetos para que essas crianças não fiquem na rua nesse horário que não estão na escola.
4 - Temática e Justificativa da escolha: 
Reciclagem
A escolha foi devido a importância da reutilização de certos objetos já utilizados antes como Papel, Garrafa pet, latas entre outros, para que ele se torne após a modificação em matéria-prima ou produto.
 Reciclagem é uma forma de reaproveitamento das matérias primas que são descartadas. Nesse sentido, reciclar significa diminuir a quantidade de resíduos provenientes dos produtos consumidos pelo homem.
5 - Objetivo Geral: 
Fortalecer hábitos de Reciclagem e compreender o que contribui este ato
Objetivos Específicos:
Refletir sobre a importância da Reciclagem e da integração com os outros;
Compreender a importância do trabalho em grupo;
Desenvolver a motivação para os bons habitos;
6 - Datas de observação e intervenção: 
	DATAS
	ATIVIDADES REALIZADAS
	24/09/2019
	Primeiro contato com o espaço. Conversa com a responsável pelo local.
	01/10/2019
	Observação da supervisão
	08/10/2019
	Observação da supervisão
	22/10/2019
	Intervenção
7 - Plano de atividade: 
Em um primeiro momento será feita a atividade de criação do ‘’Porta treco’’, com Rolo de papel, tintas e a colagem de enfeites para customização, após ainda na mesa turma fará atividade com massa de modelar.
 Em seguida iremos conversar sobre a próxima atividade que serão brinquedos feito com os materiais reciclados . Os brinquedos disponibilizados serão o Bilboquê, pés de lata e o Alinhavo.
Para finalizar alguns jogos para que possam brincar até hora da saída.
8 - Materiais Utilizados: 
Rolos de papel;
Massa de Modelar
Pés de lata;
Bilboques
Tintas;
Ficha de presença
Termo de Consentimento Livre Esclarecido 
Material utilizado 
LIVRO: O NATAL DO CARTEIRO
JANET & ALLAN AHLBERG

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