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Doenças dermatológicas: manifestações orais 1. PÊNFIGO VULGAR O pênfigo vulgar é uma patologia autoimune caracterizada pela formação de bolhas intra epiteliais na pele e nas mucosas que se rompem pelo menor trauma, evoluindo para ulcerações dolorosas e de fácil infecção. Na maioria dos casos, os primeiros sinais se desenvolvem na mucosa bucal. Essas lesões podem, inclusive, preceder as cutâneas por longos períodos. Características clínicas: - As primeiras manifestações são bucais; - Apresenta erosões (de coloração mais esbranquiçadas) e úlceras superficiais, localizadas em mucosa jugal, palato, lábio, gengiva e língua; - São algumas manifestações encontradas na pele: vesículas, bolhas e conjuntiva ocular; OBS.: são muitas lesões bolhosas dificilmente encontradas na cavidade oral. - Sinal de Nykolsky positivo: manobra semiotécnica feita a partir da pressão (que pode ser feita com o cabo do espelho) na mucosa próxima as lesões ativas, quando positivo, há a formação de uma bolha que ocorre devido a fragilidade da camada epitelial, é importante salientar que o sinal de Nikosky não é patognomônico, podendo ser observado em outras doenças vesículo-bolhosas; - Não possui predileção sexual. Características histológicas: - Separação intra epitelial (basal); - Carreira de pedras tumulares; - Acantólise da camada espinhosa e presença das células de Tzanck - manifestando-se clinicamente na forma de bolhas na mucosa bucal e na pele, devido à reação dos autoanticorpos contra as desmogleínas 1 e 3; - Infiltrado inflamatório crônico; - Imunofluorescência direta; - Tecido perilesional - retirar nas biópsias. Figura 1 - Presença de fenda intraepitelial (acantólise) e tecido conjuntivo com infiltrado inflamatório crônico. Podemos observar ainda algumas células localizadas no interior das fendas. Figura 2 - Destacamento de toda camada superficial do epitélio apenas a camada basal permanece. Aspecto de "fileira de pedras tumulares". Figura 3 - Células de Tzank Tratamento: Nesse caso, o diagnóstico precoce é fundamental, a medicação utilizada é corticosteroide a nível sistêmico (prednisona) e imunossupressores (azatioprina). Os pacientes podem apresentar alguns efeitos colaterais dos corticosteróides. Raramente ocorre a resolução completa e o índice de mortalidade está entre 5 a 10%. OBS.: O uso prolongado do corticoide pode trazer reações adversas, como obesidade, diabetes, osteoporose e outros distúrbios, por isso, a utilização de imunossupressores, como azatioprina, ciclofosfamida e micofenolato de metila, visa diminuir os efeitos adversos. 2. PENFIGÓIDE CICATRICIAL O termo penfigóide refere-se a doenças bolhosas autoimunes que podem atingir a pele e as mucosas, em particular, a oral e a ocular. Faz parte desse grupo o penfigóide cicatricial, cujas lesões orais são mais comuns, e o penfigóide bolhoso, que afeta, preferencialmente, a pele. A formação de cicatrizes nos olhos e na pele (quando acometida) justifica a denominação de penfigóide cicatricial, um dos nomes pelo qual a doença também é chamada. O diagnóstico diferencial é realizado com outras doenças bolhosas, como o pênfigo vulgar. Algumas doenças infecciosas, como a sífilis secundária, podem provocar múltiplas lesões ulceradas em cavidade oral, podendo assim, ser incluídas no diagnóstico diferencial. O lúpus eritematoso discóide e o líquen plano erosivo também devem ser diferenciados. Características clínicas: - Acomete indivíduos entre 50 a 60 anos e possui predileção pelo sexo feminino; - Pode acometer mucosa conjuntiva, nasal, esofágica; - Qualquer região da mucosa oral poderá ser afetada, sendo que o palato, gengiva e as mucosas labial e jugal são as regiões mais envolvidas. Quando isolado em gengiva, o processo é chamado de gengivite descamativa, assim como no pênfigo e no líquen plano erosivo. - As lesões são caracterizadas por múltiplas vesículas e bolhas, que sofrem ruptura (são mais resistentes que as bolhas do pênfigo) e dão origem à ulcerações dolorosas e de aparência amarelada; - O envolvimento ocular no penfigóide é bastante significativo, sendo responsável por grande parte da morbidade da doença, pois muitas vezes pode levar o paciente à cegueira pela cicatrização entre a mucosa conjuntival e a palpebral, denominada de simbléfaro . - A formação de cicatrizes conjuntivais faz com que a triquíase inicial evolua para entrópio cicatricial com triquíase. Figura 1 - Gengivite Descamativa por Penfigoide: Notar intenso edema e ulceração em gengiva superior e inferior. Figura 2 - Formação de Simbléfaros e múltiplas lesões ulceradas orais. Figura 3 - Lesão característica de penfigóide em gengiva. Características histológicas: - Fenda subepitelial; - Discreto infiltrado inflamatório crônico; - Imunofluorescência direta: com a junção das características clínicas e histopatológicas, o diagnóstico fica altamente sugestivo de penfigóide, podendo ser confirmado pela detecção dos autoanticorpos pela técnica da imunofluorescência direta (com taxas de positividade superiores a 90%) nos espécimes de biópsia; - Doença de IgA linear: doença bolhosa incomum, que se distingue do penfigoide bolhoso e da dermatite herpetiforme por depósitos lineares de IgA na zona da membrana basal; - Tecido perilesional. OBS.: O diagnóstico diferencial microscópico pode ser realizado com o líquen plano, que algumas vezes pode exibir fendas subepiteliais (mas outras características próprias do líquen fazem a diferenciação). A angina bolhosa hemorrágica também apresenta fenda subepitelial, mas é encontrando grandes quantidades de sangue no interior da fenda. O penfigóide bolhoso apresenta as mesmas características histológicas do penfigoide de membranas mucosas, sendo considerado a contraparte cutânea da doença. Figura 1 - fenda epitelial formada pela separação do tecido conjuntivo. Infiltrado inflamatório crônico pode ser observado. Tratamento: O tratamento pode ser realizado com corticosteróides tópicos ou sistêmicos, dependendo da gravidade e da quantidade de locais afetados. Deve ser feito acompanhamento oftalmológico. Nos casos com maior gravidade, deve ser considerado o uso de corticosteroides sistêmicos, associados ou não aos imunossupressores. Os medicamentos sistêmicos maisutilizados são: Prednisona, dexametasona, tetraciclina e dapsona, essas duas últimas em casos leves e moderados. Ciclofosfamida e azatioprina (imunossupressores) podem ser associadas aos corticosteróides nos casos com maior morbidade. 3. ERITEMA MULTIFORME É uma desordem ulcerativa e bolhosa, de etiopatogênese incerta, caracterizada por erupção cutânea seguida ou não de envolvimento oral, podendo, ocasionalmente, envolver a boca de maneira isolada. Características clínicas: - Possui predileção pelo sexo masculino de idade entre 20 e 30 anos; - Forma leve: ulcerações bucais; Forma severa (síndrome de Stevens Johnson): necrólise epidérmica; OBS.: A Síndrome de Stevens-Johnson , ou Eritema multiforme maior, apresenta um curso muito mais agressivo, onde além da mucosa oral e pele serem envolvidas, há o acometimento da região genital e da mucosa ocular. Esse tipo do eritema apresenta uma forte relação com o uso medicamentos. - As lesões do eritema multiforme são autolimitadas e costumam sofrer remissão entre 2 e 6 semanas após o envolvimento inicial. Casos de recorrência são comumente relatados; - Lesões em alvo - são descritas assim por apresentarem múltiplos anéis eritematosos e concêntricos, normalmente são bilaterais e costumam envolver as extremidades; - Caracteriza-se em múltiplas lesões ulceradas e erosivas; - Acomete lábios, mucosa jugal e a língua, mas as lesões podem ser encontradas em qualquer região oral; - As lesões costumam ser dolorosas e os pacientes geralmente relatam que as mesmas apareceram após uma "gripe forte" ou após o uso de um determinado medicamento (normalmente analgésicos); - Alguns pacientes podem apresentar febre, prostração, dor de garganta e outros sintomas sistêmicos, principalmente em casos mais agressivos da doença. Figura 1 - Lesões cutâneas em aspecto de "olho de boi" ou "alvo" Figura 2 - Lesões em mucosa labial e vermelhão do lábio (bastante característico do acometimento oral pela doença) Características histológicas: - Vesículas intra e subepiteliais - dentro pode-se encontrar células necróticas e eosinófilos; - Necrose de ceratinócitos basais; - O tecido conjuntivo adjacente exibe um infiltrado inflamatório misto, esse infiltrado também pode ser encontrado ao redor dos vasos sanguíneos, assim como na Sífilis e a Granulomatose de Wegener; - Diagnóstico baseia-se na apresentação clínica e exclusão de outras doenças. Figura 1 - Área de ulceração e formação de vesícula subepitelial. Adjacente ao tecido epitelial, podemos observar a presença de um infiltrado inflamatório. Figura 2 - Degeneração da camada de células basais e exocitose. Tratamento: As lesões são autolimitadas, ou seja, desaparecem automaticamente entre 2 e 6 semanas desde o primeiro sinal. O tratamento de suporte, com o objetivo de reduzir a dor do paciente é necessário. O medicamento suspeito de ter causado a doença deve ser descontinuado. 4. ERITEMA MIGRATÓRIO É uma alteração comum que afeta principalmente a língua, constituindo uma alteração da normalidade e não uma patologia. Geralmente é detectada no exame clínico de rotina. As lesões ocorrem de 1 a 3% da população. Também é conhecida como língua geográfica. Características clínicas: - ⅔ anteriores da superfície dorsal da língua, apresenta-se como linhas brancas e firmes; - Ponta e bordas laterais da língua; - Atrofia das papilas filiformes (despapiladas) - essas áreas frequentemente apresentam um alo amarelo-esbranquiçado ao redor; - Geralmente as lesões iniciam como uma pequena placa branca, que em seguida desenvolve uma zona central atrófica eritematosa e aumenta centrifugamente; - Em geral são assintomáticas, mas pode ocorrer sensação de queimação ou sensibilidade a alimentos quentes ou condimentos quando as lesões estão ativas. Características histológicas: - Hiperparaceratose; - Acantose e espongiose; - Alongamento das cristas epiteliais; - Infiltrado neutrofílico dentro do epitélio; - Linfócitos e neutrófilos, envolvem a lâmina própria; - O intenso infiltrado neutrofílico pode ser responsável pela destruição da porção superficial do tecido epitelial, o que faz com que a mucosa fique atrófica e avermelhada conforme a progressão da lesão. Tratamento: Normalmente o diagnóstico é clínico, não sendo necessário biópsia. A doença é benigna e auto limitante, logo não é indicado nenhum tratamento. Por conta da sensibilidade e queimação pode ser prescrito um corticosteróide tópico para alívio dos sintomas fluocinonida ou betametasona gel); 5. LÍQUEN PLANO O líquen plano (LP) é uma doença crônica autoimune inflamatória crônica mediada por linfócitos T que afeta o epitélio escamoso estratificado (pele e mucosas). A etiologia desta doença permanece desconhecida, mas vários fatores causais têm sido associados, entre os quais: ansiedade, diabetes, doenças autoimunes, doenças intestinais, drogas, estresse, hipertensão, infecções, materiais dentários, neoplasias, predisposição genética. Características clínicas: - Doença de meia idade e não tem predileção por sexo; - Acomete, normalmente, a mucosa oral, mas pode ocorrer na pele, nas unhas e na mucosa genital; - Formas clínicas: reticular, forma de placa, atrófica, erosiva, bolhosa; - Reticular: forma mais comum da condição, sendo caracterizado pela presença de estrias entrelaçadas (denominadas de Estrias de Wickham) bilaterais de coloração esbranquiçada, assintomática e que normalmente acomete a mucosa jugal. Outros locais como os lábios, gengiva e língua também podem estar envolvidos; - Erosivo: as lesões são normalmente sintomáticas, existe uma lesão central ulcerada ou atrófica circundada por finas estrias esbranquiçadas. Quando a área atrófica está localizada na gengiva é denominado de gengivite descamativa ou atrófica; - Forma de placa: apresenta irregularidades esbranquiçadas e homogêneas que se assemelham a leucoplasia, ocorrendo, principalmente, em dorso de língua e mucosa jugal. As lesões podem ser multifocais, que mudam de aspecto, tornando-se elevadas e/ou rugosas (principalmente em tabagistas); - Atrófica: apresenta lesões avermelhadas difusas, podendo aparentar ser uma mistura de duas formas clínicas, como a presença de estrias brancas características do tipo reticular circundada por umaárea eritematosa; - Bolhosa: forma clínica mais incomum e apresenta bolhas que aumentam de tamanho e tendem à ruptura, deixando a superfície ulcerada e dolorosa. A periferia da lesão é, em geral, circundada por estrias finas e queratinizadas; - Papular: raramente observada e é normalmente acompanhada de algum outro tipo de variante descrita. Apresenta pequenas pápulas brancas (0,5 mm a 1,0 mm. de diâmetro) com estriações finas na sua periferia. O envolvimento cutâneo é caracterizado por múltiplas pápulas (pápulas púrpuras e pruriginosas) localizadas frequentemente nas regiões flexoras das extremidades; - Gengivite descamativa: área eritematosa ou ulcerada localizada em gengiva inserida associada a pequenas áreas esbranquiçadas. Quando ocorrem lesões bolhosas, a gengivite descamativa não é sinal patognomônico de LPO, uma vez que pode estar associada a outras doenças, como penfigóide, pênfigo vulgar, dermatite herpetiforme ou doença linear IgA; - Diagnóstico diferencial clínico: reações liquenoides (a medicamento ou ao amálgama), nevo branco esponjoso, lúpus eritematoso, candidose, leucoplasia e a doença do enxerto-versus-hospedeiro. A gengivite descamativa também pode estar presente em lesões como o pênfigo e o penfigóide. Figura 1 - Líquen plano reticular - estrias brancas entrelaçadas localizadas na mucosa jugal de um paciente (estrias de Wickham). Figura 2 - LP reticular com algumas pápulas esbranquiçadas. Figura 3 - LP erosivo - Observar uma área de ulceração circundada por estrias brancas localizada em borda lateral de língua. Figura 4 - LP erosivo - Lesões ulceradas entremeadas por estrias e placas esbranquiçadas. Figura 5 - Observar áreas atróficas localizadas na gengiva vestibular superior e inferior, essa condição é conhecida como gengivite descamativa. Figura 6 - Pápulas púrpuras e pruriginosas - Acometimento cutâneo clássico do líquen plano. Observar estrias brancas nas lesões. Características histológicas: - Hiperceratose (orto ou paraceratose); - Camada espinhosa do epitélio pode apresentar acantose ou atrofia; - Cristas epiteliais frequentemente exibem um aumento classificado como "dentes de serra"; - Degeneração da camada basal; - Ceratinócitos apoptóticos; - Infiltrado linfocítico em banda subepitelial; - Espongiose, exocitose, formação de corpos de civatte (ceratinócitos degenerados), destacamento da interface epitélio/conjuntivo e hipermelanose. Figura 1 - infiltrado inflamatório em banda abaixo do epitélio, degeneração da camada basal, exocitose e hiperceratose. Figura 2 - apagamento da interface epitélio/conjuntivo devido ao infiltrado e degeneração da camada basal. Observar a entrada das células de inflamatórias no epitélio (exocitose). Figura 3 - A. Intenso infiltrado inflamatório em faixa. B. Degeneração da camada basal e em C. Ceratinócito degenerado (corpo de civatte). Tratamento: O diagnóstico do LP reticular é feito a partir das suas características clínicas (finas estrias brancas bilaterais), que podem ser consideradas patognomônicas. Quando associada a candidose, é necessário o tratamento dessa condição, para posterior análise microscópica. As lesões normalmente são tratadas a partir da utilização de corticosteroides tópicos , tendo como função a remissão dos sintomas da doença (no caso do líquen plano sintomático), o LP deve ser controlado, pois na maioria das vezes não se consegue a cura. No começo pode prescrever antifúngicos também, pois são capazes de reduzir o crescimento de fungos oportunistas no tecido acometido pelo LP. Em casos mais resistentes e com um acometimento mais generalizado (envolvendo mucosa oral, pele e mucosa genital) a utilização de medicações sistêmicas estão indicadas. Vale ressaltar que o LP tem associação com transformação maligna . 6. DOENÇA DE ENXERTO CONTRA HOSPEDEIRO (DECH ) A etiologia é decorrente da reação das células do doador (enxerto) contra o organismo do paciente (hospedeiro). Seus sintomas podem ocorrer em um único órgão ou podem estar disseminados, sendo comuns alterações em pele, olhos, boca, trato gastrointestinal, pulmões e articulações. Características clínicas: - Clinicamente, as lesões são semelhantes ao Líquen Plano (reticular ou erosivo), apresentando áreas eritematosas com estrias hiperceratóticas, comumente encontradas em mucosa jugal e língua; o que irá diferenciar é que, no caso do DECH, sabe-se a etiologia; - DECH aguda - pode ocorrer nos primeiros três meses pós-TMO, frequentemente entre o 7º e o 21º dia (devido as dosagens elevador de imunossupressores); - DECH crônica - após o 100º dia; - Lesões orais frequentes - pode haver atrofia da mucosa bucal - e ocorre em língua, mucosa labial e jugal. Características histológicas: - Hiperparaceratose; - Resposta inflamatória menos intensa; - Tecido glandular alterado; - Deposição anormal de colágeno. Figura 1 - DECHc liquenóide-acantose, infiltrado em faixa na derme papilar Tratamento: As estratégias para prevenção e tratamento visam interferir com a fase aferente da resposta, numa tentativa de eliminar as células T do doador ou bloquear sua ativação. A profilaxia da DECH é feita com imunossupressores como corticóide, ciclosporina e metotrexate utilizados de forma combinada. Anti-histamínicos orais e corticoterapia tópica são utilizados para casos leves. No tratamento da DECH, as drogas de primeira linha são ciclosporina e corticóides, utilizados de forma combinada ou não. Para pacientes resistentes, esquemas com tacrolimus, micofenolato, azatioprina, talidomida e a fotoquimioterapia Puva são utilizados na tentativa de controlar a doença. 7. LÚPUS ERITEMATOSO O lúpus eritematoso (LE) é uma doença autoimune que, classicamente, pode ser subdividida em lúpus eritematoso sistêmico (LES) e lúpus eritematoso cutâneo (LEC). O envolvimento da mucosa oral pode ocorrer em ambas as formas e a possibilidade de se manifestar com caráter mais agressivo requer atenção e diagnóstico precoce. Características clínicas: - Sistêmico: esse tipo é o mais comum e pode ser leve ou grave, conforme cada situação. Nessa forma da doença, a inflamação acontece em todo o organismo da pessoa, o que compromete vários órgãos ou sistemas, além da pele, como rins, coração, pulmões, sangue e articulações.É uma lesão cutânea em formato de asa de borboleta. Algumas pessoas que têm o lúpus discóide podem, eventualmente, evoluir para o lúpus sistêmico; - Cutâneo Crônico: lúpus eritematoso discóide - esse tipo fica limitado à pele da pessoa. Pode ser identificado com o surgimento de lesões avermelhadas com tamanhos, formatos e colorações específicas na pele, especialmente no rosto, na nuca e/ou no couro cabeludo.; - Cutâneo Subagudo: sem manifestações orais. Características histológicas: - Hiperceratose; - Acantose; - Atrofia; - Degeneração das células basais; - Infiltração linfocítica subepitelial; - Infiltrado inflamatório perivascular; - Espessamento da camada basal; - Imunofluorescência direta - indireta. Tratamento: Evitar exposição solar; fazer uma associação de anti inflamatório + hidroxicloroquina (droga antimalárica); utilização dos corticosteróides sistêmicos em casos mais graves; prognóstico variável.
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