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AO EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO PERTECENTE À VARA CIVEL N°____DA COMARCA DE BRUSQUE-SC Paulo, brasileiro, viúvo, militar da reserva, idoso na forma da lei, residente e domiciliado na Rua Bauru, 371, Brusque/SC, inscrito no registro geral sob correspondente número: ___________ e no cadastro nacional de pessoas físicas n°_______________, vem , mui respeitosamente, através do seu advogado devidamente qualificado, PROPOR PELO RITO COMUM, AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE NEGÓCIO JURÍDICO CUMULADO COM REITEGRAÇÃO DE POSSE E PEDIDO DE LIMINAR, EM FACE DE JUDITE, brasileira, solteira, advogada, residente na rua dos Diamantes, n°123, Brusque/SC, e de Jonatas, espanhol, casado, comerciante e sua esposa Juliana, brasileira, casada, ambos residentes na Rua jirau, 336, Florianópolis cujo CPF, XXXXXXX, PELOS MOTIVOS QUE PASSA A EXPOR: DAS PRELIMINARES DA GRATUIDADE JUDICIÁRIA Requer o autor, nos termos da lei n° 1.060 de 1950 e do artigo 98 e seguintes do CPC, que lhe seja deferido os benefícios da justiça gratuita, tendo em vista em que o mesmo não pode arcar com as custas processuais e com os honorários advocatícios sem prejuízo do sustento próprio. DA COMPETÊNCIA DO JUIZO É competente este foro para a propositura da presente ação, haja vista o objeto do caso em tela ser o direito de moradia, da dignidade da pessoa do idoso, previsto em seu estatuto (lei n° 10.741/03), e com clara disposição no código de processo civil, ao teor do artigo 53, inciso III, alínea “e”. Versa aos artigos a seguir” Art. 53. É competente o foro: III- do lugar: (....) e) de residência do idoso, para a causa que verse sobre direito previsto no respectivo estatuto; (CPC). PRIORIDADE DA TRAMITAÇÃO (ART.71 DA LEI 10741, Estatuto do idoso) Art. 1048. Terão prioridade de tramitação, em qualquer juízo ou tribunal, os procedimentos judiciais: I – Em que figure como parte oi interessado pessoa com idade igual ou superior a 60 anos (sessenta) anos ou portadora de doença, assim compreendida qualquer das enumeradas no art. 6, inciso XIV, da lei n° 7.713, de 22 de dezembro de 1988 (CPC). DA NECESSIDADE DO LITISCONSÓRCIO PASSIVO NECESSÁRIO. Excelência, como todo exposto no decorrer do presente feito, torna-se á explicitamente necessário o estabelecimento do litisconsórcio passivo necessário simples, tendo em vista a conexão entre os pedidos e a causa de pedir que o feito reclama os Réus, e ainda, podendo-se acrescentar o contexto fático e jurídico do caso exposto. Nos termos do artigo 113 e 114 e seguintes do CPC: II – DA AUDÊNCIA DE CONCILIAÇÃO O Autor não tem interesse na Audiência de Conciliação. Art. 71. É assegurada prioridade na tramitação dos processos e procedimentos e na execução dos atos e diligências judiciais em que figure como parte ou interveniente pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, em qualquer instância. (lei n° 10.741/03). Art. 1048. Terão prioridade de tramitação, em qualquer juízo ou tribunal, os procedimentos judiciais: III – FATOS Paulo, 65 anos de idade, brasileiro, viúvo, militar da reserva, residente na Rua Bauru, 371, Brusque S/C, era proprietário de um imóvel de veraneio situado na Rua Rubi, 350, Balneário de Camboriú/SC, juntamente com sua irmã Judite, brasileira, solteira, advogada, residente na Rua dos Diamantes, 123, Brusque/SC. Em 15/12/2016, Judite, utilizando-se da procuração outorgada por Paulo, em novembro de 2011, que continha poderes especiais e expressos para alienação, alienou para Jonatas, espanhol, casado, comerciante e sua esposa Juliana, brasileira, casada, ambos residentes na Rua Jirau, 366, Florianópolis, o imóvel do casal pelo valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais). Ocorre que tal procuração havia sido revogada por Paulo em 16/11/2016 sendo certo que o titular do Cartório do 1° Oficio de notas onde foi lavrada a procuração, bem como sua irmã foram devidamente notificados da revogação em 05/12/2016, ou seja, dez dias antes da alienação. Paulo só teve ciência da alienação no dia 1° de fevereiro de 2017 ao chegar no imóvel e ver que o mesmo estava ocupado por Jonatas e sua esposa. IV - FUNDAMENTOS Ausência da vontade do Autor em alienar porque o Mandato estava Extinto, conforme Art.682, I, CC, o Negócio é nulo por falta a vontade do autor de realizar a venda, conforme, Art.166, V, CC; V – PEDIDO Diante do exposto requer: 1- Concessão da Prioridade na tramitação; 2- Citação do Réu; 3- Intimação do Réus para comparecerem à audiência de conciliação a ser designadas; 4- Procedência do pedido para o fim de declaração da nulidade do negócio jurídico em questão.; Art. 169, CC; 5- Sucumbência; VI – DAS PROVAS Dá-se a causa o valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais). Pede deferimento, Local, São Paulo, março de 2018 Elizabete Ramos Kanazawa OAB n° XXXXXXX/SP
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