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DROGAS DE AÇÃO DIURÉTICAS PRINCIPAIS FUNÇÕES DOS RINS • Excreção de metabólitos tóxicos • Síntese de hormônios que interferem no metabolismo endócrino e metabólico (eritropoetina e renina) • Manutenção do equilíbrio acidobásico, eletrolítico e hídrico. USOS DAS DROGAS DIURÉTICAS • Insuficiência renal aguda (IRA) • Edema cerebral • Hemorragia pulmonar durante exercício em equinos • Hipercalcemia • Síndrome nefrótica • Insuficiência cardíaca congestiva • Hipertensão arterial sistêmica • Glaucoma HISTOFISIOLOGIA RENAL Partes do rim: 1. Cápsula renal 2. Córtex renal 3. Coluna de Bertin 4. Medula renal 5. Pirâmide renal 6. Papila renal 7. Pelve renal 8. Cálice maior 9. Cálice menor 10. Ureter 11. Corpúsculo renal 12. Veia interlobular e Artéria interlobular 13. Veia arqueada e Artéria arqueada 14. Veia interlobar e Artéria interlobar 15. Artéria renal 16. Veia renal 17. Hilo renal 18. Seio renal 19. Veia segmentar e Artéria segmentar 20. Arteríola aferente 21. Arteríola eferente 22. Artéria radial perfurante 23. Veia estrelada https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A1psula_renal https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3rtex_renal https://pt.wikipedia.org/wiki/Coluna_de_Bertin https://pt.wikipedia.org/wiki/Medula_renal https://pt.wikipedia.org/wiki/Pir%C3%A2mide_renal https://pt.wikipedia.org/wiki/Pelve_renal https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A1lice_maior https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A1lice_menor https://pt.wikipedia.org/wiki/Ureter https://pt.wikipedia.org/wiki/Corp%C3%BAsculo_renal https://pt.wikipedia.org/wiki/Veia_interlobular https://pt.wikipedia.org/wiki/Art%C3%A9ria_interlobular https://pt.wikipedia.org/wiki/Veia_arqueada https://pt.wikipedia.org/wiki/Art%C3%A9ria_arqueada https://pt.wikipedia.org/wiki/Veia_interlobar https://pt.wikipedia.org/wiki/Art%C3%A9ria_interlobar https://pt.wikipedia.org/wiki/Art%C3%A9ria_renal https://pt.wikipedia.org/wiki/Veia_renal https://pt.wikipedia.org/wiki/Hilo_renal https://pt.wikipedia.org/wiki/Seio_renal https://pt.wikipedia.org/wiki/Veia_segmentar https://pt.wikipedia.org/wiki/Art%C3%A9ria_segmentar https://pt.wikipedia.org/wiki/Arter%C3%ADola_aferente https://pt.wikipedia.org/wiki/Arter%C3%ADola_eferente https://pt.wikipedia.org/wiki/Art%C3%A9ria_radial_perfurante https://pt.wikipedia.org/wiki/Veia_estrelada GLOMÉRULO • A pressão hidrostática dos capilares que o constituem forma um filtrado, cuja composição química é semelhante à do plasma sanguíneo, sem as macromoléculas. • Contém pequena quantidade de albumina e proteínas de peso molecular até 70.000 Da. • O filtrado glomerular é composto de várias substâncias essenciais para o organismo – água, eletrólitos, bicarbonato, glicose, proteínas (que precisam ser reabsorvidas), além de outras substâncias que precisam ser eliminadas. TÚBULO CONTORNADO PROXIMAL • Inicia a transformação do filtrado glomerular em urina. • 2/3 do 𝑁𝑎+ do filtrado glomerular são absorvidos através da bomba de sódio e da anidrase carbônica; com gasto de energia por processo ativo. • Absorve 𝑁𝑎+, 𝐶𝑙−, glicose por processo ativo. • Absorve água por difusão passiva. • Excreta creatinina, ácido paramino-hipúrico, resíduos de drogas metabolizadas pelo fígado. • Reduz em 85% o volume do filtrado glomerular. ALÇA DE HENLE • O segmento descendente (fino) da alça de Henle faz absorção de água de forma passiva. • No segmento ascendente espesso da alça de Henle há absorção de 𝑁𝑎+ e 𝐶𝑙−ativamente pelo sistema de cotransporte (𝑁𝑎+/𝐾+/2𝐶𝑙−), sistema dependente de energia fornecido pela bomba de sódio (𝑁𝑎+𝐾+𝐴𝑇𝑃𝑎𝑠𝑒). • Há absorção passiva de 𝐶𝑎+2 𝑀𝑔+2, no segmento ascendente. TÚBULO CONTORNADO DISTAL • Absorve 𝑁𝑎+, 𝐶𝑙−, outros íons por cotransporte de 𝑁𝑎+e 𝐶𝑙− e em menor quantidade por atuação do hormônio aldosterona. • Impermeável à água. • Secreta potássio 𝐾+, hidrogênio 𝐻+ e amônia. • Acidifica a urina. • É um segmento importante na manutenção do equilíbrio acidobásico do sangue. DUCTO COLETOR • O hormônio antidiurético (ADH) atua tanto no segmento cortical quanto medular absorvendo água e concentrando a urina. • A aldosterona age somente no segmento cortical do ducto coletor, aumentando a permeabilidade ao 𝑁𝑎+ , absorvendo o 𝑁𝑎+ e enviado para a circulação sanguínea. • Esse processo favorece a secreção de 𝐾+ e 𝐶𝑙−para a luz do ducto coletor. • Na ausência do ADH o ducto coletor é impermeável à água, sendo a urina formada hipotônica (diluída), eliminando água do organismo. CONCLUINDO • A reabsorção de cloreto de sódio (NaCl) pelos túbulos é muito importante para que ocorra passivamente a reabsorção de água, pois este mecanismo está diretamente relacionado com a regulação e a manutenção do volume do fluido extracelular, do qual o cloreto de sódio (NaCl) é o soluto predominante. CLASSIFICAÇÃO DOS DIURÉTICOS CLASSIFICAÇÃO DOS DIURÉTICOS 1. Mercuriais 2. Inibidores da anidrase carbônica 3. Diuréticos de alça (ou saluréticos potentes)- inibição do sistema de cotransporte (𝑁𝑎+/𝐾+/2𝐶𝑙−) 4. Tiazídicos e análogos (saluréticos moderados) 5. Diuréticos poupadores de potássio 6. Diuréticos osmóticos 1. MERCURIAIS • Compostos por: meraluride, mercurofilina, mersalila, meretoxilina, mercumatilina, mercaptomerina e clormerodrina. • Abolido da prática clínica pelos efeitos colaterais que causa. • Alcalose metabólica hipoclorêmica, arritmias cardíacas e IRA; reações de hipersensibilidade, febre náuseas, êmese... 2. INIBIDORES DA ANIDRASE CARBÔNICA (IAC) • Compostos por: acetazolamida, diclorfenamida, metozolamida. • A anidrase carbônica está presente principalmente na região do túbulo contornado proximal do néfron e é a enzima responsável pela produção de íon 𝐻+ intracelular que será trocado pelo íon 𝑁𝑎+presente na região luminal (filtrado glomerular). (O íon 𝐻+ é resultado da reação de degradação do ácido carbônico (𝐻2𝐶𝑂3)). • Mecanismo de ação: os IAC agem principalmente nos túbulos contorcidos proximais inibindo a reabsorção de 𝑁𝑎+, eliminando este íon na urina e com ele a água por osmose. • Assim, os IAC diminuem também a pressão intraocular e do líquido céfalorraquidiano. 3. DIURÉTICOS DE ALÇA (SALURÉTICOS POTENTES) • Compostos por: furosemida, ácido etacrínico, bumetanida. • Mecanismo de ação: Atuam no segmento ascendente espesso da alça de Henle, inibindo a absorção ativa de 𝑁𝑎+e 𝐶𝑙−. • Assim, os íons 𝑁𝑎+e 𝐶𝑙−são eliminados na urina e com eles a água por osmose. • São considerados diuréticos potentes, induzem o aumento do fluxo sanguíneo renal e mantêm a diurese, porém, há perda de potássio na urina. 4. TIAZÍDICOS • Compostos por: flumetiazida, hidroclorotiazida, benzotiazida. • Mecanismo de ação: inibem a absorção de 𝑁𝑎+e 𝐶𝑙− principalmente no túbulo contorcido distal. Assim, os íons 𝑁𝑎+e 𝐶𝑙−são eliminados na urina e com eles a água por osmose. 5. DIURÉTICOS POUPADORES DE POTÁSSIO • Compostos por: espironolactona. • Mecanismo de ação: a espironolactona é um antagonista da aldosterona e age inibindo competitivamente a ação deste mineralocorticóide no túbulo contornado proximal, túbulo contornado distal e no ducto coletator do néfron. • A ação da aldosterona é absorção de 𝑁𝑎+ nos segmentos descritos acima e excreção de 𝐶𝑙−e 𝐾+ no ducto coletor para a urina. • Assim, com a ação da espironolactona os íons 𝑁𝑎+ são eliminados na urina e com eles a água por osmose, e ainda inibindo a excreção de 𝐾+(poupando o 𝐾+de ser eliminado pela urina, mantendo-o na corrente sanguínea). 6. DIURÉTICOS OSMÓTICOS • Compostos por: manitol, glicose, exclusivamente administrados por via intravenosa. • Mecanismo de ação: • Manitol: diminui a absorção de 𝑁𝑎+no túbulo contorcido proximal e no segmento delgado da alça de Henle promovendo diurese osmótica (com diminuição da absorção de água); • Glicose: atua portoda a extensão do nefron, impedindo a absorção de água e de íons 𝑁𝑎+; assim, os íons 𝑁𝑎+são eliminados na urina e com eles a água por osmose. Portanto, DIURÉTICOS OSMÓTICOS • O manitol é uma substância que quando injetada na circulação, pode atravessar facilmente os poros da membrana glomerular, sendo inteiramente filtrada pelos glomérulos. • Suas moléculas, contudo, não são reabsorvidas nos túbulos renais e a sua presença no líquido dos túbulos gera uma sobrecarga osmótica importante. • Essa pressão osmótica elevada no interior dos túbulos impede a reabsorção da água, fazendo com que grandes quantidades de filtrado glomerular atravessem os túbulos e sejam eliminados como urina. • Níveis muito elevados de glicose no sangue produzem uma diurese osmótica semelhante à do manitol. INDICAÇÕES DE USO DOS DIURÉTICOS Insuficiência renal aguda • Insuficiência renal aguda (IRA) – é uma emergência e necessita diurese rápida: furosemida + dopamina para melhorar o fluxo sanguíneo renal; • Obs.: o manitol causa rápida expansão de volume intravascular e acarreta riscos de edema pulmonar, principalmente se há disfunção cardíaca presente. Insuficiência cardíaca congestiva (ICC) • Recomendado tanto em ICC esquerda (edema e/ou congestão pulmonar - furosemida) como em ICC direita (ascite, efusão pleural e/ou pericárdica - espironolactona). • Geralmente: diuréticos de alça (furosemida), os poupadores de potássio (espironolactona), tiazídicos e suas associações, de acordo com o desenvolvimento da patologia. • Diuréticos associados a outros medicamentos como: inibidores da ECA, digitálicos, betabloqueadores, antiarrítmicos, dieta hipossódica, broncodilatadores e da diminuição da condição de estresse. Edema cerebral • Furosemida e bumetamida – diuréticos de alça. • Diminuem rapidamente a pressão intracraniana e auxiliam na redistribuição do sangue para o leito perivascular periférico com a dilatação das vênulas. • Manitol também é indicado por manter um gradiente osmótico e mover o líquido em excesso presente no cérebro para o meio intravascular. Hemorragia pulmonar durante exercícios, em equinos • A furosemida parece apresentar efeitos benéficos em provas (corridas, enduros, polos) em que há permissão. • Administração antes das atividades físicas de furosemida (120 a 240 minutos antes). • O edema pulmonar precede a hemorragia, portanto a administração da furosemida irá prevenir o edema pulmonar. ALGUMAS COMPLICAÇÕES DA TERAPIA DIURÉTICA COMPLICAÇÕES DA TERAPIA DIURÉTICA - desidratação • Diurese acentuada em pacientes com doença cardíaca – desidratação - débito cardíaco comprometido o que leva a hipotensão sistêmica, taquicardia reflexa, má perfusão tecidual e disfunção de órgãos = IRA, fraqueza muscular. • Diurese acentuada em pacientes com edema pulmonar de origem cardiogênica – desidratação – interferência no mecanismo de depuração mucociliar com aumento de risco de infecções. Referências Bibliográficas • Kogika MM, Yamato RJ. Diuréticos. Spinosa HS, Górniak SL, Bernardi MM, autores. Farmacologia aplicada à medicina veterinária. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2011. p. 309-316. • Reece WO. Função renal nos mamíferos. In: Reece WO. Dukes fisiologia dos animais domésticos. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2012. p. 67-96. • Junqueira LC, Carneiro J. Aparelho urinário. In: Junqueira LC, Carneiro J. Histologia básica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1995. p. 313- 330.
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