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Pediculoses mortensius

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Pediculosis mortuis
Da descoberta da substância com potencial farmacológico até a comercialização, todos os passos na descoberta de um novo fármaco.
CONDIÇÃO A SER TRATADA
A pediculose do couro cabeludo é uma doença parasitária, causada por (Pediculus humanus capitis) conhecido popularmente por “piolho”. A faixa etária mais atingida por este parasita são as crianças, principalmente as que estão em fase escolar. A transmissão pode ocorrer de pessoa para pessoa ou também através do compartilhamento de locais, roupas ou objetos pessoais como por exemplo: bonés, toucas, travesseiros, pentes. A pediculose capilar não tratada principalmente em crianças pode levar ao acometimento de várias complicações como baixo desempenho escolar por conta da coceira, piora na qualidade do sono por conta da coceira, e em casos mais graves em que ocorra um total negligençiamento pode ocorrer anemia, provocada pela hematofagia (alimentação com o sangue de outro animal) dos piolhos. 
Levando em consideração todos os prejuízos causados ao desenvolvimento escolar das crianças, e que se trata de uma doença que acomete em grande parte uma população de mais baixa renda que é em suma dependente do Sistema Único de Saúde (SUS) foi que o Governo Federal através do Ministério da Saúde na pasta de Desenvolvimento e Pesquisa (P&D) iniciou um plano de desenvolvimento de um fármaco que venha sanar essa patologia. 
ORIGEM DO FARMACO
A medicina popular faz uso de folhas de Melão de São Caetano (Momordica charantia) há muito tempo para tratar várias doenças, entre elas a pediculose. Então foi escolhida esta planta para buscar o(s) composto(s) responsável por essa ação farmacológica. 
Dados da Momordica charantia (Melão de São Caetano):
	Nome cientifico
	Momordica charantia
	Família 
	Cucurbitaceae
	Origem
	Ásia, China, Índia
	Ciclo de vida
	Anual
	Altura
	0,3 a 0,4 metros
	Clima
	Equatorial, Subtropical, Tropical
 
O Melão de São Caetano é uma planta trepadeira, monóica e frutífera. De origem asiática em países como a China e Índia, a planta pode ser cultivada em vários países do mundo que tenham os climas equatorial, subtropical ou topical, como é o caso do Brasil.
Seguindo o uso popular, a parte da planta utilizada para o trabalho foram as folhas. É interessante esclarecer que, fatores ambientais interferem na constituição e quantidade de compostos encontrados no material analisado, para evitar possíveis erros em relação a essas variantes, é necessário que sejam levados em conta no momento de coleta de material as seguintes observações: época do ano; tipo de solo; temperatura e umidade relativa do ar. 
FORMA DE OBTENÇÃO
Os extratos foram produzidos a partir das folhas do Melão de São Caetano, seguindo a Farmacopéia Brasileira. As folhas foram lavadas com água destilada, foram secas em estufa de ar circulante a 50º C, por 36 horas. Posteriormente, 400g das folhas foram homogeneizadas em 1000 mL de solução etanol/água 80% (v/v), em agitação obedecendo a intervalos de 30s em cada 5 min. Ao término da homogeneização foi feito um filtrado do material, o filtro utilizado foi o papel filtro Whatman nº1, concentrado em rotaevaporador, 70ºC, 100 rpm até que o etanol fosse retirado completamente. O material foi novamente suspenso em concentrações de 100 mg/mL, 300 mg/mL e 500 mg/mL, com solução de etanol 80%.
As amostras foram analisadas utilizando-se a técnica de cromatografia gasosa associada com a espectrometria de massas (GC/EM) utilizando o cromatógrafo Shimadzu. As condições cromatográficas foram as seguintes: volume injetado 1,0 uL/amostra em coluna HP-%MS; 5% difenil; 95% dimetil polisiloxano (30m x 0,25 mm); arraste com He (99,9999 % de pureza) 1,0 ml/min; injetor em 280ºC, modo Split (1:100); escala de aumento de temperatura do forno 50ºC por 4 minutos; 300ºC (5ºC/min); 300ºC por 16 minutos (tempo total de 70 min). Para identificação dos compostos detectados nos cromatogramas foram utilizados a base de dados de espectros de massas NIST105, NIST21 e WILWY139.
No entanto, vale ressaltar que, os achados nestas plantas, sobretudo nas folhas são: momordopicrina, momordicinas I, II e III, ácido momórdico, ácidos graxos, cera vegetal, clorofila, várias resinas, alcaloides, Flavonóides, saponinas, glicosídeos, açucares redutores, constituintes fenólicos, óleo fixado e ácidos livres. Alcaloides são substâncias que atuam no sistema nervoso central agindo como calmante, sedativo, estimulante, anestésico e analgésico. Os Flavonóides apresentam ação antiinflamatória, antiesclerótica, antidematosa, espasmótica, antioxidante, antimicrobiana e fortalece os vasos capilares. 
ALVO FARMÁCOLOGICO
Indução de um paralisia tônica da musculatura, a paralisia será mediada pela potencialização ou ativação dos canais de cloro controlados pelo glutamato. Esses canais estão presentes nos nervos é células musculares dos invertebrados, e uma vez potencializados acarretam um aumento da permeabilidade da membrana celular aos íons cloreto com hiperpolarização dos nervos ou células musculares, que resultaram em paralisia.
TESTES CLINICO (inVIVO inVITRO)
1- Ensaios in vivo 
Pacientes infestados- esse ensaio foi selecionado um grupo de 20 indivíduos infestados para ser analisado as propriedades farmacológicas do pediculosis mortuis, essa substância foi avaliada diretamente na cabeça das pessoas, mostrando assim grande eficácia farmacológica para o tratamento de pediculose.
2- Ensaios em vitro 
Com a espécie alvo P.Capitis - Esse teste pressupõe uma boa coleta de piolhos, alimentados(no homem), o ensaio foi realizado diretamente no piolho e analisado a eficácia do fármaco em relação a pediculose.
ÁNALISE QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS

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