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BIOSSEGURANÇA 11/03 BIOSSEGURANÇA, CONTROLE SANITÁRIO, SISTEMA IMUNE DAS AVES E VACINAÇÕES Produção Avícola - Fluxograma de cadeia produtiva - Insumos: tudo que tiver relação com material de consumo que entra na cadeia produtiva – ração, vacinas, medicamentos, materiais permanentes como equipamentos e instalações são materiais que vem de fora e podem trazer algo contaminante. - Produtores de aves: que são os avozeiros, matrizeiros, incubatório e recriadores. Lembrar que antes de ter o frango de postura e a galinha de corte vamos ter os avozeiros e matrizeiros para produzi-los. - Produtores: de ovos, frango de corte. Isto vai ser passado para uma industria que vai fazer o processamento e tomar todos os cuidados em relação a processamento, transporte, fumigação, todos os cuidados em relação a segurança sanitária – produto de origem animal que chega até o consumidor. - E para passar pelos mercados, varejista, atacadista , industria de ovos para fazer a desidratação dos ovos, ou pasteurização de gema. Toda esta parte de padaria e confeitaria compram ovos pasteurizados. - E o consumidor industrial que seria a industria alimentícia em geral. Para depois chegar no consumidor final que usa o ovo in natura, frango congelado. - Qualquer falha neste elo de produção pode ter uma reação em cadeia, causando não somente danos financeiros ao produtor, mas também em perdas econômicas a nível nacional. INTRODUÇÃO: Brasil: 2º maior produtor de carne de frango do mundo Maior exportador de carne de frango do mundo 7º maior produtor de ovos do mundo ▪ Consumo interno –190 ovos/ano per capita Indústria Avícola→quanto maior a produtividade, menor o tempo vai ser gasto para criar este produto. ▪ Neste meio tempo lembrar que é importante o: Manejo nutricional, questão genética dos animais interfere, saúde animal (biosseguridade – também pensar na saúde pública), e para tudo isso funcionar de forma harmônica tem uma alta tecnificação e a cada 3-4 anos tem uma mudança nesses padrões. Atuais condições → ↑ risco à saúde animal – avaliar sempre quais são os riscos a saúde animal. ▪ Quando se tem um galpão com uma ↑ densidade populacional de animais ▪ E uma Área geográfica específica – que tem mais incidência para uma determinada doença. Isto deve ser observado para que se evite essa situação. ▪ Condições ideais para multiplicação e disseminação de patógenos → Surtos de doenças. ▪ Então essas condições de alta densidade demográfica e regiões que sejam mais favoráveis, ou períodos do ano que sejam mais favoráveis a desenvolvimento de agente infecciosos proporcionam a disseminação dos agentes. ▪ Lembrar que ambiente quente e úmido, ou no sul úmido e frio no inverno. Causa gerando surtos que podem ficar restritos a uma propriedade. Importante! →Programas de Biosseguridade BIOSSEGURIDADE “Planejamento e implementação de um conjunto de diretrizes e normas operacionais objetivando a proteção dos lotes contra a entrada de qualquer microorganismo patogênico” Patógeno ultrapassou a barreira determinada pelo Programa de Biosseguridade(PB)? • PB deve ser revisto e reformulado! →Ajustar- se à nova situação. - Biosseguridade é todas estratégias traçadas para identificar alguma situação e intervir conforme for aparecendo. E o mais importante, se planejar para evitar que problemas ocorram. PROGRAMA DE BIOSSEGURIDADE –PB Composto por várias etapas: Isolamento de núcleos Controle de tráfego – visitantes, insumos Higienização – comedouros, bebedouros, instalações Vacinação – depende qual o objetivo deste animal , se é frango de corte ou de postura, assim a vacinação é feita como base o tempo de vida desse animal. Monitoração de doenças – quando um animal morre fazer a necropsia Outras atividades: Uso de medicação Quarentena – vazio sanitário para tentar evitar a propagação desse agente etiológico Monitoração de resultados – para ver se essa mudança de conduta foi suficiente para erradicar ou controlar a enfermidade Para funcionar→educação continuada de toda a equipe envolvida!!! – se treina técnicos e pessoas que estão diretamente relacionadas a estes animais. Fontes possíveis de contaminação em plantel avícola: Pessoas: Operários, técnicos, motoristas, visitantes, etc. – necessário trocar o calçado. Veículos: Caminhões de pintinhos, ração ou frangos, utilitários para uso diverso e veículos de técnicos e visitantes Equipamentos: Todo equipamento necessário na criação, indevidamente higienizado Pintainhos de 1 dia: Aves introduzidas no aviário já contaminadas/albergando algum microrganismo patogênico A infecção pode ter origem da própria reprodutora ▪ Transmissão vertical Ou contaminação no incubatório ▪ transmissão horizontal Roedores, aves selvagens e insetos – animais filantrópicos Podem portar e introduzir microrganismos patogênicos no aviário – desta forma deve não deixar as aves silvestres entrarem no galpão Ração Matéria prima contaminada para produção de ração Água Não potável Cama Matéria- prima nova pode conter produtos tóxicos e cama reutilizada proveniente de lotes com antecedentes de doenças Ocorrência de uma doença PLANO DE CONTINGÊNCIA!!! → “Conjunto de ações e decisões emergenciais que devem ser tomadas em situação de doença ou suspeita de doenças em um lote de aves” - Controle da proliferação da doença e depois evitar que ela ocorra novamente. - Isto funciona como uma corrente/elos: primeiramente vai ser feito o isolamento dos indivíduos, é feita o controle da entrada e saída de veículos, higienização de todos objetos, desde comedouro, bebedouros, instalações por dentro e por fora, quarentena/ vazio sanitário, medicação e vacinação quando necessário, monitoramento da situação, fazer registros e comunicar os resultados (relatórios quinzenais/semestrais), fazer erradicação da doença/ controle da doença, auditórias de atualização, educação continuada (cursos e atualizações para funcionários) e realização do plano de contingência. CONTROLE SANITÁRIO Assegurar que pintinhos, aves de recria e ovos para incubação venham de reprodutoras saudáveis Comprar somente pintinhos de 1 dia ou ovos embrionados – e não pegar animais em fases mais desenvolvidas Manter animais agrupados de acordo com a idade e procedência Seguir programa All-in/All-out (tudo dentro/tudo fora) Manejo de troca de cama, limpeza e desinfecção do aviário e equipamentos sempre que possível Alimento de boa qualidade Água boa em quantidade suficiente Evitar visitantes Diagnóstico rápido e confiável de doenças Aves mortas→compostagem, incineração (destino final) Manter registros de saúde do lote(vacinações, tipos de vacinas, medicações, registro do índice de mortalidade,etc.) CONTROLE SANITÁRIO - AVIÁRIOS Aviários – pesquisar: Ração– matérias-primas: Cuidado com contaminação por bactérias, micotoxinas e venenos Peletização, se tem alteração em ácidos orgânicos, prebióticos e probióticos – que podem estar oxidados ou contaminados. Reprodutoras–nunca usar produtos de origem animal! Água– zero de coliformes fecais/pH entre 6,0 e 8,5 Cloração – sempre fazer oferta de água clorada, fazer avaliação da água de coliformes fecais. Cama– troca a cada lote é indicado: Se reutilizar, somente de lotes sadios Material macio, absorvente, livre de gases e MOs, umidade < 25% - material de boa qualidade! Reprodutoras– nunca reutilizar cama! Maravalha, bagaço de cana, pó-de-madeira, casca de arroz, café ou amendoim. *Cuidado com fungos! – incidência maior em bagaço de cana, café e casca de amendoim. Limpeza e desinfeção-↓ desafio de MOs patogênicos: Camasreutilizadas: retirar penas colocar cal no piso sem cama repor a cama após 10 dias Vazio das instalações: período entre lotes→All-in/ All-out Entre 7 e 10 dias Ar– ventilação adequada: Evitar formação de gases nocivos (amônia) Procedimentos necessários após a retirada das aves para a limpeza e desinfecção dos aviários e equipamentos: Retirada de todas as aves Retirada dos restos de ração dos comedouros Desmontar ou suspender equipamentos – para facilitar o transito de pessoas. Retirada de toda a cama Esvaziar e limpar os silos Cortar a grama ao redor do aviário Varrição do teto, paredes, telas, piso e áreas adjacentes aos aviários Aplicar lança-chamas (vassoura de fogo) no piso e ao redor dos aviários Aplicar soda cáustica em solução a 2% sobre o piso dos aviários Eliminar roedores (raticidas) e insetos (inseticidas) Lavagem com água sob pressão com solução detergente ou sabão líquido do aviário e equipamentos ▪ Teto, paredes, piso e cortinas ▪ Comedouros, bebedouros e outros Limpeza das áreas externas Desinfecção de todo o ambiente ▪ solução de amônia quaternária ▪ Glutaraldeído ▪ ácido peracético ou formol Bebedouros→ácido acético Realizar consertos e manutenção Colocação de cama nova Desinfecção da cama e do ambiente Distribuir os equipamentos após higienização CONTROLE SANITÁRIO - OVO FÉRTIL – REPRODUTORAS Ovo fértil: Ovo incubável: não deve ter nenhum defeito interno/externo – avaliado na pré seleção. Coleta– pelo menos 5x ao dia ( para ele não ser contaminado): Bandejas desinfetadas – porque o ovo tem microporos Ninhos–1 para cada 4 aves: Forrados com material macio (cama) substituído periodicamente Fechar o galpão no fim da tarde e reabrir de manhã Seleção e desinfecção dos ovos: Funcionários com mãos limpas (álcool) Fumigação (sala de ovos)–vapores de formol – inativa as células de bactérias e fungos. Transporte para o incubatório: Veículos fechados, isotérmicos e desinfetados CONTROLE SANITÁRIO – INCUBATÓRIO Incubatório: Localização–área isolada de outros setores e distante de estradas. Usar cerca industrial. Acesso com rodolúvio. – uma área de entrada e uma de saída. Prédio retangular: Extremidades: recepção de ovos e expedição de pintinhos Portas que só abrem em um sentido Diferentes pressões de ar Máquinas de incubação: Lavadas e desinfetadas sempre que esvaziadas – rotação em sentido correto, umidade e temperatura correta. Exames de resto da incubação: Descobrir causas de insucesso de eclosão Avaliação periódica da qualidade sanitária do incubatório: Placas de petri – avaliação microbiológica. SISTEMA IMUNE DAS AVES Dicotomia no Sistema Imune Bolsa de Fabrício– tem a Imunidade Humoral - Responsável pela produção de Linfócitos B : anticorpos: IgM, IgG, IgA, IgD e IgE IgM e IgG – identificados no soro IgA – identificada nas mucosas Timo–tem a Imunidade Celular - Linfócitos T efetores: citocinas e linfocinas ativas LT auxiliares e supressores - Faz com que nessa primeira fase, mudança alimentar, mudança de ambiente, estresse térmico. VACINAS Vivas (atenuadas)– feitas em animais de ciclo+curto Inativadas (necessita adjuvantes- injeção)– animais de ciclo longo Administração: - Maciça→feita na água (evitar em aves jovens), ou em forma de aerossóis em todo o galpão - Individual→instilação ocular, nasal, injeção SC ou IM – normalmente feita em encubatório - Vacina no ovo embrionado (inovo) ▪ Com 18dias de incubação–líquido amniótico ▪ Feita principalmente para Marek e Gumboro Duração da imunidade induzida (depende de qual é o objetivo desse animal): Frangos de corte→fazer vacina com prazo curta (vacinas vivas) Poedeiras comerciais e reprodutoras→ longa – fazer vacinas com prazo mais prolongado Vacinas ou bacterinas em adjuvante(inativadas) PROGRAMA DE VACINAÇÃO Objetivo: Evitar que as aves adoeçam ou morram, minimizando as perdas na produção. Monitoração sorológica: Para aves de período longo - poedeiras Estabelecer as expectativas de títulos de anticorpos esperados com relação ao programa adotado Avaliar a qualidade do método de aplicação – exemplo: SC , IM, etc. Desafio por agentes patogênicos no campo