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Aula 1 DOENCAS INFECCIOSAS ParvoviroseCanina DEFINIÇÃO · Enfermidade infecto-contagiosa de alta letalidade, caracterizada por vômito, diarréia e alteração imunológica em animais da família Canidae HISTÓRICO · Primeira descrição de um Parvovirus em 1970 (EUA) · Minute virus of canines (MCV) -Binn et al.. · Associado a manifestação de diarréia e vômito em cães - 1978 (EUA) · Parvovirus canino - Eugster e Appel. · No Brasil, demonstrado o agente, em 1980 (HAGIWARA et al., 1980) ETIOLOGIA · DNA vírus · Família Parvoviridae · Gênero Parvovirus · Parvovirus Canino 2 · Sem envelope/simetria cúbica · Hélice simples de DNA · 20 a 22 nanômetros de diâmetro Mutante · parvovírus de vida selvagem · parvovírus da panleucopenia felina · Isolamento: culturas de células de rim canino · Cepas · 1970 – CPV 1 · 1978 – CPV 2 CPV 2a /CPV 2b · 2000 Itália – Glu-426, hoje: PVC-2 (Brasil – Rio Grande do Sul 2008) · Botucatu – 2012: cães com dois, quatro e cinco anos. · preferência tecidual para replicação no hospedeiro · necessidade de células de alto metabolismo e elevada taxa de mitose · epitélio intestinal · medula óssea · tecido linfóide · células do miocárdio de neonatos Resistência Ambiental · ao abrigo da luz solar direta Þ 6 a 8 meses · fezes ressecadas em instalações Þ vários anos · canis-hospitais-clínicas-ambiente doméstico · 4 a 10 °C (geladeira) - 10 meses · congelamento - longos períodos · 37°C - 2 semanas · 56 °C - 24 horas · 80 °C - 15 minutos · resistentes aos solventes lipídicos · sensível aos produtos que liberam cloro nascente · sensível ao hipoclorito de sódio a 5%, 30 minutos (desinfetante de eleição) · sensível a luz ultra violeta: canis e enfermarias EPIDEMIOLOGIA Hospedeiros · cão doméstico, cão selvagem, coiote, raposa, lobo · Influência do sexo, estação do ano e clima · Idade · primórdios da enfermidade · até 2000 · após a PVC-2c · Raça · Rottweiler – Doberman · aspectos observados na prática Morbidade · primórdios da enfermidade · atualidade alta incidência do desmame até 6 meses Letalidade · primórdios da enfermidade · atualidade relação inversa entre idade e letalidade. · PVC – 2c VIA DE ELIMINACAO · eliminação do vírus para o meio ambiente fezes · doença clínica 109 partículas/g de fezes · início da eliminação 3 dias pós-infecção antes dos sintomas clínicos · decréscimo da eliminação ® cessa 14 a 17 dias após a manifestação clínica · FONTES DE INFECÇÃO Manutenção da Doença no Ambiente FISIOPATOLOGIA DA PARVOVIROSE · ingresso no organismo hospedeiro via oral · período de incubação 4 a 6 dias FATORES CONTRIBUINTES PARA A GRAVIDADE DA ENFERMIDADE · estado de imunidade do hospedeiro · dose infectante do agente · patogeneicidade da cepa · divisão celular intestinal exacerbada inflamação · isosporose · verminose · enterite bacteriana ou viral (coronavirose) Gravidade do Quadro Clínico da Parvovirose LESÕES ANÁTOMO-PATOLÓGICAS · lesões no tecido linfóide · lesões na medula óssea · lesões miocárdicas · lesões clássicas observadas na necropsia MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS · Anorexia · Apatia · Vômito (múltiplos, bilioso e arejados) · Diarréia sanguinolenta · Hipertermia · Desidratação PATOLOGIA CLÍNICA · Leucopenia – 3.000 a 1.000 mm3 (linfopenia e neutropenia) 210 mm3. · Eritrograma: geralmente está normal ACHADOS DE NECROPSIA · Enterite hemorrágica segmentar ou generalizada · Linfonodos edemaciados ou hemorrágicos · Fígado congesto, aumentado de volume ou degenerado. · Pneumonia em fase de hepatização vermelha · Miocardite focal (raro) DIAGNÓSTICO · Epidemiológico · Clínico · Laboratorial: · Hemograma · Sorologia · Cultivo · PCR PROGNÓSTICO FATORES DETERMINANTES · tempo de atendimento · procedimento terapêutico correto · estado imunitário (vacinações) · doenças intercorrentes · raça TERAPÊUTICA · jejum absoluto · fluidoterapia adequada · uso correto de antibióticos Fluidoterapia adequada · ringer lactato (KCl a 10%) · 5% de glicose 50% · desidratação leve 5 a 10ml/Kg/h · hipovolemia 80 a 90ml/Kg/h Choque hipovolêmico ou hipoalbuminemia · coloides · plasma · dextran · hidroxietillamida · jejum absoluto · Antieméticos · Cloridrato de metoclopramida 0,2 a 0,5mg/kg – 1 a 2 mg/kg dia · clorpromazina 0,3 a 0,5 mg/kg TID (animal hidratado – dilata grandes vasos) IM ou SC · Citrato de maropitant 1mg/kg/dia 5 dias. SC · Ranitidina – 2 mg/kg/TID · Cimetidina – 5 a 10 mg/kg/TID Vitamina C – 500mg a 1g/dia · Processo de reparação tecidual · Formação de colágeno · Reação de oxidorredução · Síntese de proteína e lipídios · Contribui para manutenção da integridade das paredes vasculares e função do SI. Vitamina B12 – 5000mcg · B1 - tiamina 100mg Por dia, diluidos no soro. · Auxilia na recuperação do organismo expoliado · Reação de oxidorredução Antibióticos · Cloranfenicol 50mg/kg/TID · Ceftiofur 7,5 mg/kg SID, IM ou SC · Ceftriona 25mg/kg/SID · Enrofloxacino 5 mg/kg/dia, IM ou SC · Levofloxacino 10 mg/kg/dia, IM, SC ou IV Cuidado!!!!! – Aminoglicosídios · Aminoglicosídios exelente ação frente as enterobactérias, Pseudomonas sp. e Saphylococcus aureus. · Amicacina – 10mg/Kg/12h, IV, IM e SC · Gentamicina – 5mg/Kg/12h, IV, IM e SC Sepse - Hidrocortisona: 5 a 10 mg/kg/IV · Inibe a liberação de TNF-⍺ · Inibe a sínte de IL-1 · Inibe a síntese de óxido nítrico · Diminui a liberação do Fator de agregação plaquetária PROFILAXIA · Isolamento de animais doentes, contactantes e convalescentes · Desinfecção de ambiente e cuidados com fômites · Evitar promiscuidade na criação de animais jovens (animais de idades diferentes, contato com outros animais) · Vacinas Inativadas menor imunidade · Atenuadas maior imunidade · * Período de interferência vacinal: até 18 semanas pós-nascimento · Animais filhos de mães não vacinadas: iniciar aproximadamente com 45 dias (reforços) · Animais filhos de mães vacinadas: iniciar aproximadamente com 60 dias (reforços) FALHAS VACINAIS · Interferência de imunidade materna com a imunidade ativa do feto · Contato com alta carga infectante do vírus · doenças intercorrentes · Estado geral do animal · Terapias imunossupressoras · Variante viral · Acondicionamento e utilização inadequada da vacina · A fração Parvovírus Canino da vacina é preparada a partir de um vírus de campo atual (CPV-2b) que foi isolado, modificado e atenuado através de baixas passagens em cultivo celular. O vírus vacinal foi purificado e modificado para proporcionar segurança, conservando suas características de antigenicidade e eficácia.
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