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RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS - EaD AULA 01 DATA: 29/02/20 VERSÃO:01 RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS: QUÍMICA ORGÂNICA – AULA 1 DADOS DO(A) ALUNO(A): NOME: CRISTIAN PEREIRA DOS SANTOS MATRÍCULA: 01267622 CURSO: FARMACIA POLO: VITORIA DA CONQUISTA PROFESSOR(A) ORIENTADOR(A): DAIANE FLORES LEAO OLIVEIRA CONSTRUÇÃO DE MODELOS MOLECURES COM MATERIAIS ALTERNATIVOS E TESTE DE SOLUBILIDADE EM HIDROCARBONETOS O ensino tradicional de Química não tem sido muito eficaz no preparo do aluno para ingressar em cursos superiores. Falta capacitar o aluno para avaliar alternativas, agir criticamente ou trabalhar em grupos. O uso de atividades experimentais consiste numa prática docente que mostra a relação entre teoria e resultados experimentais, o que a torna muito produtiva, já que fornece aos alunos modelos de observação, raciocínio e interpretação. Através dessa estratégia de ensino é possível ao aluno formar seu próprio critério científico, onde este fará uso de seus conhecimentos teóricos e intuição para chegar a uma compreensão das experiências, ou seja, reforçar a aprendizagem. Tendo em vista a dificuldade dos alunos na compreensão da química orgânica no que diz respeito à classificação de carbonos e tipos de ligações químicas, esse trabalho contribuiu para melhor compreensão deste tema, pois a aula se baseou na utilização de modelos moleculares e montagem de estruturas pelos alunos, tornando menos abstrato o conhecimento teórico. O conceito de hibridização explica a presença de ligações covalentes em muitos elementos químicos. A partir do número de nuvens eletrônicas ao redor de um átomo, torna-se possível definir sua hibridização. Nº de nuvens eletrônicas Geometria das nuvens hibridização 2 Linear sp 3 Trigonal sp2 4 Tetraédrica sp3 5 Bipirâmide triangular sp3d 6 Octaedro sp3d2 Alguns exemplos: Nesse caso o átomo central na geometria linear é Be, contendo 2 nuvens eletrônicas representadas na cor cinza. RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS - EaD AULA 01 DATA: 29/02/20 VERSÃO:01 O composto acima possui geometria trigonal O metano representa perfeitamente a geometria tetraédrica. Segundo o modelo de orbitais criado por Linus Pauling, em 1960, a ligação covalente que forma as moléculas se dá pela fusão ou interpenetração dos orbitais incompletos dos elementos envolvidos na ligação. Desse modo, conclui-se que se o elemento possui um orbital incompleto (com apenas um elétron), ele poderá realizar apenas uma ligação covalente. Já se ele tiver dois orbitais incompletos, poderá fazer no máximo duas ligações e assim sucessivamente. Entretanto, veja os orbitais atômicos do átomo do elemento carbono, que possui o número atômico igual a 6 (Z = 6): RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS - EaD AULA 01 DATA: 29/02/20 VERSÃO:01 Observe que ele possui dois orbitais incompletos, portanto ele deveria realizar apenas duas ligações no máximo. Porém, não é isso que ocorre com ele. Conforme é de conhecimento de muitos, o carbono faz quatro ligações (é tetravalente), de modo que esse modelo dos orbitais não explica o caso do carbono. Para acabar com esse impasse, foi criada uma nova teoria que explicava melhor essa questão: a Teoria da Hibridização. A hibridização ocorre quando orbitais atômicos incompletos se fundem, originando novos orbitais, em igual número; que são denominados orbitais híbridos ou orbitais hidridizados. Para o carbono existem 3 tipos de hibridização, que são: sp3, sp2 e sp. Hibridização tipo sp3: Como cada hidrogênio possui um orbital do tipo s incompleto, é necessário receber mais um elétron, ou seja, cada um realiza apenas uma ligação covalente com o carbono. Por isso o carbono precisa estar com quatro orbitais incompletos. Como isso ocorre? Por meio da hibridização. Quando um elétron do orbital 2s absorve energia, ele passa para o orbital 2p que está vazio. Assim, dizemos que esse salto do elétron do subnível 2s para o 2p é uma “promoção” do elétron. Desse modo, o carbono fica em seu estado excitado ou ativado, com quatro orbitais hibridizados, disponíveis para realizar as ligações covalentes: Veja que os orbitais híbridos formados são equivalentes entre si, porém diferentes dos orbitais puros originais. Desse modo, ocorre a ligação entre o orbital s de cada um dos quatro átomos de hidrogênio com esses quatro orbitais hibridizados do carbono: RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS - EaD AULA 01 DATA: 29/02/20 VERSÃO:01 Conforme visto acima, a molécula do metano apresenta uma estrutura de tetraedro regular, com as quatro nuvens eletrônicas em cada vértice e ângulos adjacentes de 109º28’. Visto que a ligação foi realizada entre um orbital s de cada hidrogênio e um orbital hibridizado sp3 para cada ligação, temos então que são quatro ligações sigma s-sp3 (σs-sp3). Solubilidade dos compostos orgânicos Existem três aspectos que devem ser considerados quando analisamos a solubilidade dos compostos orgânicos em água e entre si, que são: a polaridade, as forças de atração intermolecular e o tamanho da cadeia carbônica. Polaridade: Há uma regra (que está sujeita a exceções) que se aplica não somente aos compostos orgânicos, mas à grande maioria das substâncias, no que se refere à solubilidade, que é: Substância polar é solúvel em substância polar. Substância apolar é solúvel em substância apolar. Ou seja, semelhante dissolve semelhante. Desse modo, temos que somente os compostos orgânicos que são polares é que se dissolverão na água, que também é polar (como mostrado abaixo). RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS - EaD AULA 01 DATA: 29/02/20 VERSÃO:01 Por exemplo, o açúcar, o álcool comum, a acetona e o ácido acético encontrado no vinagre são todos compostos polares. Portanto, todos eles se dissolvem na água e também se misturam entre si, originando misturas homogêneas. No entanto, a maioria dos compostos orgânicos não se mistura com a água porque são apolares. Um exemplo ocorre quando alguém suja as mãos com graxa, que é um composto orgânico apolar. Não adianta tentar limpá-las com água, a graxa não sairá, porque ela não se dissolve na água. A graxa é removida quando a dissolvemos com gasolina, que também é um composto orgânico apolar. Na imagem a seguir é mostrado um pouco de gasolina que vazou numa estrada. Note que ela não se mistura com a água: Forças de atração intermolecular Embora os solutos apolares se dissolvam melhor em solventes apolares e vice-versa, existem exceções, como ocorre com a gasolina, que é apolar e se dissolve muito bem no etanol, que é polar. Assim, o mais correto é considerar a solubilidade em termos de intensidade das forças intermoleculares. A possibilidade de ocorrer a dissolução aumenta quando a intensidade das forças atrativas entre as moléculas de soluto e de solvente é maior ou igual à intensidade das forças de atração entre as moléculas do próprio soluto e entre as moléculas do próprio solvente. O etanol é um caso especial de composto orgânico no que diz respeito à solubilidade, pois ele é infinitamente solúvel na água, que é polar, mas também dissolve muito bem materiais apolares como a gasolina. Isso acontece porque sua molécula possui uma parte apolar e uma extremidade polar, o grupo OH. RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS - EaD AULA 01 DATA: 29/02/20 VERSÃO:01 A parte apolar do etanol possui bastante afinidade com gasolina, tanto é que a gasolina que é vendida no Brasil possui cerca de 20% a 25% de etanol misturado em sua composição. Mas, o etanol é infinitamente solúvel em água. Isso acontece porque seu grupo OH realiza ligações de hidrogênio com as moléculas de água. Como essas forças de atração são as mais intensas, se misturássemos o etanol, a gasolina e a água, verificaríamos que o etanol seria extraído da gasolina pela água. A sacarose(açúcar) se dissolve bem na água também porque possui vários grupos OH em sua estrutura, que realizam ligações de hidrogênio com as moléculas de água, o que facilita sua dissolução. O óleo de cozinha possui uma solubilidade muito pequena em água, primeiro porque o óleo é apolar e a água é polar, segundo porque as moléculas de água se atraem e se agrupam com muita força (por ligação de hidrogênio) e as moléculas de óleo não conseguem ficar entre duas moléculas de água vizinhas. É por isso que o benzeno, um hidrocarboneto apolar líquido, tem baixa solubilidade em água. As suas ligações intermoleculares são dipolo instantâneo-dipolo induzido, que são mais fracas do que as ligações de hidrogênio que as moléculas de água realizam entre si. Portanto, o benzeno não consegue separar as moléculas de água e interagir com elas. RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS - EaD AULA 01 DATA: 29/02/20 VERSÃO:01 EXTRAÇÃO DO ETANOL NA GASOLINA A legislação brasileira estabeleceu, por meio da publicação da Portaria nº 143 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que a adição de etanol anidro à gasolina deve ser feita com um porcentual de 25%, sendo que a margem de erro é de 1% para mais ou para menos. A proposta do experimento, foi verificar se os níveis de etanol presentes na amostra estão de acordo com a legislação. A gasolina é composta de uma mistura de hidrocarbonetos que possuem de 6 a 10 átomos de carbono. Assim a composição química da gasolina pode variar. O álcool é composto por hidrogênio, carbono e oxigênio. Também conhecido como etanol ou álcool etílico, este combustível é produzido por fermentação a partir da cana de açúcar. O álcool é acrescentado à gasolina por apresentar duas vantagens principais: aumenta o índice de octanagem da gasolina e diminui a emissão de monóxido de carbono para a atmosfera. Esse índice é a medida de resistência à compressão sofrida pela gasolina no motor de explosão interna do automóvel. Quanto maior a resistência, melhor, porque a gasolina entrará em combustão no momento correto, e não antes, enquanto ainda é comprimida. O poder calorífico do álcool é menor que o da gasolina. Enquanto a gasolina isenta de álcool produz 46 900 J/g, o etanol combustível produz 27 200 J/g. Assim, o álcool é mais fácil de evaporar e funciona como um antidetonante, aumentando o índice de octanagem da gasolina. O percentual indicado de cerca de 25% foi criado justamente para poder diminuir os poluentes e também melhorar a limpeza interna do motor. Em tese, essa porcentagem é a que fornece o melhor custo-benefício, tornando importante que se mantenha a adição nessa faixa. A falta ou excesso de álcool em relação aos limites estabelecidos pela ANP compromete a qualidade do produto que chega aos consumidores. O experimento se deu da seguinte forma: 1. Adicionamos 50ml de gasolina em uma proveta de 100ml; 2. Preparamos uma solução de 50ml de NaCl a 10%, onde 50ml foi água destilada misturada a 5,0264g de NaCl. 3. Completamos a proveta de 100ml com a solução de NaCl; 4. Após agitação e repouso de 15min verificamos o volume de cada componente. Resultado: 50ml gasolina – 37ml NaCl = 13ml etanol % do álcool = ������ �� ������ � ��� ������ �� �������� �� � ��� �� = 26% No experimento realizado constatamos que o percentual de etanol misturado na gasolina estava dentro dos parâmetros permitidos pela legislação. Se o percentual estivesse acima do permitido por lei poderia ocorrer algumas desvantagens, como: Aumento do consumo do combustível, pois, conforme já dito, o poder calorífico do etanol é menor que o da gasolina; RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS - EaD AULA 01 DATA: 29/02/20 VERSÃO:01 Aumento da produção de óxidos de nitrogênio (NOx), entre os quais o principal é o dióxido de nitrogênio (NO2), mistura “pobre” de ar/combustível, falhas de funcionamento do motor, diminuição do poder calorífico da gasolina e perda de desempenho. Se for realizado um teste onde se utilizou 50 mL de água/ 50 mL de gasolina (inicialmente) e ao final do teste os volumes variaram para 62,5 mL de água / 37,5 mL de gasolina, o combustível está dentro do limite permitido? Demonstre deixando seu cálculo ao final de sua escrita. 62,5ml de água – 37,5ml de gasolina = 25ml de etanol % do álcool = ������ �� ������ � ��� ������ �� �������� �� � ��� ��,� = 40% O percentual de etanol está muito acima do permitido. Webreferências: https://brasilescola.uol.com.br/quimica/hibridizacao.htm. Acessado em, 22 de março de 2020. https://brasilescola.uol.com.br/quimica/hibridizacao-tipo-sp3.htm. Acessado em, 22 de março de 2020. https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/solubilidade-dos-compostos-organicos.htm. Acessado em, 22 de março de 2020. https://brasilescola.uol.com.br/quimica/alcool-versus-gasolina.htm. Acessado em, 22 de março de 2020. https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/adulteracao-gasolina-suas-consequencias.htm. Acessado em, 22 de março de 2020. RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS Geometria molecular linear. 180º Tetraédrica. 109,5º RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS - EaD ANEXOS Trigonal plana. 120º Bipiramidal Trigonal 90º v 120º h Octaédrica 90º AULA 01 DATA: 29/02/20 VERSÃO:01 RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS - EaD AULA 01 DATA: 29/02/20 VERSÃO:01 Amostra da gasolina 50ml Misturando solução a gasolina 50ml/50ml Verificando os níveis da gasolina e da solução
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