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VÍCIOS REDIBITÓRIOS
CONCEITO: são defeitos ocultos em coisa recebida em virtude de contrato comutativo, que a tornam imprópria ao uso a que se destina, ou lhe diminuam o valor.
APLICAÇÃO: Contratos Como os contratos comutativos são espécies de contratos onerosos, não incidem as referidas regras sobre os gratuitos, como as doações puras, pois o beneficiário da liberalidade, nada tendo pago, não tem por que reclamar (CC, art. 552). O Código ressalva, porém, a sua aplicabilidade “às doações onerosas”, até o limite do encargo (art. 441, parágrafo único). bilaterais E comutativos.
FUNDAMENTO JURÍDICO: A teoria mais aceita e acertada é a do inadimplemento contratual, que aponta o fundamento da responsabilidade pelos vícios redibitórios no princípio de garantia, segundo o qual todo alienante deve assegurar, ao adquirente a título oneroso, o uso da coisa por ele adquirida e para os fins a que é destinada.
REQUISITOS
	Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor.
Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às doações onerosas.
	RECEBIMENTO DE COISA EM VIRTUDE DE CONTRATO COMUTATIVO;
	QUE O DEFEITO SEJA OCULTO
	QUE O DEFEITO SEJA EXISTENTE NO MOMENTO DA CELEBRAÇÃO DO CONTRATO E QUE PERDURE ATÉ O MOMENTO DA RECLAMAÇÃO
	Art. 444. A responsabilidade do alienante subsiste ainda que a coisa pereça em poder do alienatário, se perecer por vício oculto, já existente ao tempo da tradição.
EFEITOS:
	ENJEITAMENTO
	Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor.
Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às doações onerosas.
	ABATIMENTO DO PREÇO
	Art. 442. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o adquirente reclamar abatimento no preço.
	CONHECIMENTO DO DEFEITO:
	Art. 443. Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que recebeu com perdas e danos; se o não conhecia, tão-somente restituirá o valor recebido, mais as despesas do contrato.
		A ignorância acerca dos vícios não desonera o alienante, ainda que haja cláusula expressa!!!
	TINHA 
CONHECIMENTO
	RESTITUIÇÃO + P&D
	Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que recebeu com perdas e danos;
	NÃO TINHA CONHECIMENTO
	RESTITUIÇÃO + DESPESAS DO CONTRATO
	(...)se o não conhecia, tão-somente restituirá o valor recebido, mais as despesas do contrato.
	PERECIMENTO DA PRESTAÇÃO APÓS A ALIENAÇÃO:
	Art. 444. A responsabilidade do alienante subsiste ainda que a coisa pereça em poder do alienatário, se perecer por vício oculto, já existente ao tempo da tradição.
ESPÉCIES DE AÇÕES – AÇÕES EDILÍCIAS
Cabe ao credor optar pela redibição ou pela diferença de preço, com o efeito de concentrar a prestação. Daí afirmar-se que “a escolha é irrevogável. Uma vez feita, não admite recuo – electa uma via non datur recursus ad alteram. 
	AÇÃO REDIBITÓRIA – Deve ser necessariamente proposta no caso de perecimento. Tem como objetivo rejeitar a coisa, rescindindo o contrato e pleiteando a devolução do preço pago.
	AÇÃO ESTIMATÓRIA OU QUANTI MINORIS: conservar, embora subsista o defeito, reclamando, porém, abatimento no preço. - princípio da preservação do negócio jurídico.
PRAZOS PARA AJUIZAMENTO DAS AÇÕES EDILÍCIAS:
	
	PRAZO
	TERMO INICIAL
	DISPOSITIVO LEGAL
	REGRA GERAL
	Bem móvel – 30 DIAS
Bem imóvel – 01 ANO 
*Se o adquirente já estava na posse, cai pela metade.
	*A contar da entrega efetiva.
*A contar da alienação, se o adquirente já está na posse
	Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade.
	QUANDO O VÍCIO SÓ PODE SER CONHECIDO MAIS TARDE
	Bem móvel – 180 DIAS
Bem imóvel - 01 ANO
	A contar do momento que tomou ciência
	Art. 445. § 1º Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis.
CLÁUSULA DE GARANTIA
	Art. 446. Não correrão os prazos do artigo antecedente na constância de cláusula de garantia; mas o adquirente deve denunciar o defeito ao alienante nos trinta dias seguintes ao seu descobrimento, sob pena de está ligada à perda do direito de garantia contratual e não ao direito de ingressar com as ações edilícias. decadência.
	Essa cláusula de garantia é complementar da garantia obrigatória e legal e não a exclui.
	Haverá cumulação de prazos, com a fluência do prazo convencional e após, o prazo legal. Se o vício vier a surgir no curso do prazo convencional, o prazo para reclamar se esgota em trinta dias seguintes ao seu descobrimento.
	Sendo assim, findo o prazo de garantia convencional ou não exercendo o adquirente o direito no prazo de 30 dias fixado no art. 446 do CC, iniciam-se os prazos legais previstos no art. 445 do CC.
VENDA DE ANIMAIS: Art. 445. § 2º Tratando-se de venda de animais, os prazos de garantia por vícios ocultos serão os estabelecidos em lei especial, ou, na falta desta, pelos usos locais, aplicando-se o disposto no parágrafo antecedente se não houver regras disciplinando a matéria.
DIREITO DO CONSUMIDOR: Quando uma pessoa adquire um veículo, com defeitos, de um particular, a reclamação rege-se pelas normas do Código Civil. Se, no entanto, adquire-o de um comerciante estabelecido nesse ramo, pauta-se pelo Código de Defesa do Consumidor. Este diploma considera vícios redibitórios tanto os defeitos ocultos como também os aparentes ou de fácil constatação.
PALAVRAS EM LATIM
	VENIRE CONTRA FACTUM
	Protege uma parte contra aquela que pretende exercer uma posição jurídica em contradição com o comportamento proprium assumido anteriormente.
	SUPPRESSIO
	Um direito não exercido durante determinado lapso de tempo não poderá mais sê-lo, por contrariar a boa-fé.
	SURRECTIO
	É a outra face da suppressio. Acarreta o nascimento de um direito em razão da continuada prática de certos atos.
	TU QUOQUE
	Proíbe que uma pessoa faça contra outra o que não faria contra si mesmo, consistindo em aplicação do mesmo princípio inspirador da exceptio non adimpleti contractus.

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