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13 ANALISE DA VISITA PRÉ OPERATÓRIA

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164 Rev. SOBECC, São Paulo. jul./set. 2014; 19(3): 164-172
ARTIGO DE REVISÃO http://dx.doi.org/10.4322/sobecc.2014.025
Análise da visita pré-operatória de enfermagem: 
revisão integrativa*
Analysis of preoperative nursing visiting: an integrative review
Análisis de la visita preoperatoria de enfermería: revisión integradora
Marly Maria de Oliveira1, Katiane Martins Mendonça2
RESUMO: Objetivos: Analisar a produção científica nacional sobre o estado da arte da visita pré-operatória de Enfermagem como fase 
da Sistematização da Assistência de Enfermagem Perioperatória. Método: Realizou-se uma revisão integrativa da literatura, que incluiu 
estudos nacionais, disponíveis em todas as bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde, publicados até janeiro/2013. Resultados: Foram 
selecionados 19 estudos, todos desenvolvidos por Enfermeiros. A maioria objetivou investigar a atuação desse profissional na visita pré-
operatória e apontou que, apesar de essencial, essa atividade não é uma prática habitual. Conclusão: O pequeno número de pesquisas 
encontrado e o enfoque das mesmas refletem a necessidade de mais investigações que reforcem a magnitude do tema e que subsidiem 
a prática.
PALAVRAS-CHAVE: Enfermagem de centro cirúrgico. Processos de enfermagem. Pesquisa em enfermagem.
ABSTRACT: Objectives: To analyze the national scientific production on the state of the art of pre-operative nursing visiting as a phase 
of the Systematization of Perioperative Nursing Assistance. Method: An integrative literature review, which included national studies, 
of all the data available in the Virtual Health Library database, published until January/2013. Results: Nineteen studies developed by 
nurses were selected. Most of them aimed to investigate the activities of this professional in pre-operative visits. The investigation 
indicated that, although essential, this activity is not a usual practice. Conclusion: The small number of researches found, as well as 
their focuses, reflect the need for further research to subsidize this practice and increase the magnitude of the subject.
KEYWORDS: Operating room nursing. Nursing process. Nursing research.
RESUMEN: Objetivo: Analizar la producción científica nacional sobre el estado de la técnica de visita preoperatoria de enfermería 
como fase de la Sistematización de la Asistencia en Enfermería Perioperatoria. Método: Una revisión integradora de la literatura, que 
incluyó estudios nacionales, disponibles en todas las bases del datos de la Biblioteca Virtual en Salud, publicados hasta enero/2013. 
Resultados: Se seleccionaron 19 estudios, todos desarrollados por enfermeros, estando, la mayoría de ellos, dirigidos a investigar las 
actividades de ese profesional en visita preoperatoria y señalándose que, aunque esencial, dicha actividad no es una práctica habitual. 
Conclusión: El pequeño número de estudios encontrados y el enfoque de estos refleja la necesidad de más investigaciones que refuercen 
la magnitud del tema y subsidien la práctica.
PALABRAS CLAVE: Enfermería de centro quirúrgico. Procesos de enfermería. Investigación en enfermería.
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1Enfermeira. Atua no Centro Cirúrgico e no Centro de Material e Esterilização do Hospital de Doenças Tropicais. Cursa Pós-graduação no Curso de Especialização em 
Sistematização da Assistência de Enfermagem. PUC-GO. 
Rua X-23, Qd. 18, Lt. 19. Jardim Olímpico. Aparecida de Goiânia, GO, Brasil. 
Telefones: (62) 3201-3636 / (62)3598 0877. E-mail: marlymil@hotmail.com 
2Enfermeira. Doutora. Docente da Faculdade de Enfermagem (FEN). Universidade Federal de Goiás (UFG). Integrante do Núcleo de Estudos e Pesquisa de Enfermagem em 
Prevenção e Controle de Infecções relacionadas à Assistência à Saúde (NEPIH/FEN/UFG). E-mail: katiane2303@gmail.com
*Trabalho resultante do desenvolvimento de uma Monografia de Pós-graduação Lato Sensu. Curso de Especialização em Sistematização da Assistência de Enfermagem – 
Instituto de Ensino e Pesquisa Gênesis. Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO).
Recebido: 17 dez. 2013 
Aprovado: 20 jun. 2014
165Rev. SOBECC, São Paulo. jul./set. 2014; 19(3): 164-172
Análise da visita pré-operatória de enfermagem: revisão integrativa
Introdução
A Sistematização de Assistência de Enfermagem 
Perioperatória (SAEP) é a utilização do processo de 
Enfermagem aplicado ao paciente cirúrgico, durante o 
período perioperatório, ou seja, compreende o intervalo de 
24 horas antes da cirurgia até as primeiras 48 horas seguintes 
ao ato anestésico-cirúrgico1. De acordo com a Associação 
Brasileira de Enfermeiros do Centro Cirúrgico, Recuperação 
Anestésica e Central de Material Esterilizado (SOBECC), 
a SAEP possui as seguintes fases: pré-operatório imediato, 
transoperatório, recuperação pós-anestésica, pós-operatório 
imediato e pós-operatório mediato2.
A implementação da SAEP é uma atividade privativa 
do Enfermeiro e exige desse profissional conhecimentos 
cognitivos e humanísticos consolidados3,4.
No contexto da equipe de Enfermagem, a SAEP possibilita 
o desenvolvimento de ações destinadas à prevenção, ao 
controle e à manutenção do conforto e da segurança do 
paciente e de seus familiares, visando à redução dos eventos 
biopsicossociais advindos do processo perioperatório5. Para 
isso, recomenda-se manter um cuidado individualizado, 
considerando-se que a forma de enfrentamento diferencia-se 
entre os indivíduos6,7.
Um importante momento desse cuidado a ser realizado 
no âmbito da SAEP é a abordagem inicial do paciente, no 
período pré-operatório. A literatura mostra que a assistência 
adequada, de forma criteriosa e holística, nesse momento, 
pode interferir no restabelecimento do indivíduo no período 
pós-operatório e interferir no tempo de internação8.
A visita pré-operatória de Enfermagem é a atividade 
primordial do Enfermeiro no período pré-operatório, pois, 
além de representar o primeiro contato entre Enfermeiro e 
paciente, possibilita ao profissional detectar, solucionar e/ou 
encaminhar problemas identificados. A visita pré-operatória 
representa a essência para o sucesso da SAEP e, somente a 
partir desta, é possível dar continuidade à assistência nas 
fases subsequentes3-9.
A importância da visita pré-operatória de Enfermagem é 
muito ampla, pois beneficia todas as partes envolvidas no 
processo do cuidado: proporciona o bem-estar do paciente, 
promove a visibilidade ao cuidado do profissional Enfermeiro 
e fornece subsídios ao planejamento da assistência de 
forma contínua e individualizada10. Esse tema recebe maior 
visibilidade, nos dias atuais, devido à publicação pelo 
Ministério da Saúde do Programa Nacional de Segurança 
do Paciente (PNSP), por meio da Portaria nº 529, de 1º de 
abril de 2013, buscando a prevenção de eventos adversos 
nos serviços de saúde11.
Desse modo, a importância da visita pré-operatória 
é indiscutível; no entanto, na prática laboral, ainda são 
encontrados entraves para a sua execução, como aqueles 
relacionados à formação do profissional Enfermeiro, ao 
conhecimento da equipe quanto à realização da SAEP 
e aos aspectos institucionais, que podem interferir na 
implementação de uma assistência sistematizada, em especial 
no período perioperatório12,13.
Caminhos para intervir nessa realidade devem ser 
investigados e publicados. Acreditamos que resultados de 
pesquisas científicas, metodologicamente rigorosas, que 
contemplem a necessidade e a avaliação da efetiva atuação 
do Enfermeiro na visita pré-operatória de Enfermagem, 
fundamental à SAEP, possam guiar a prática clínica.
A questão norteadora para a presente revisão foi: “As 
produções científicas nacionais sobre visita pré-operatória 
de Enfermagem a contemplam como fase integrante da 
Sistematização da Assistência de Enfermagem Perioperatória 
(SAEP)?”.
Assim, diante da importância do tema e da aparente 
escassez de investigações sobre a visita pré-operatória de 
Enfermagem, em interface com a atuação do profissional 
Enfermeiro, justifica-se por que este estudo se faz necessário. 
Seu desenvolvimentovisa a contribuir para a divulgação da 
SAEP, para identificar a atenção de pesquisadores nacionais 
sobre a temática que diz respeito ao papel fundamental 
dessa atividade no período perioperatório e à atuação do 
profissional Enfermeiro nesse período. Além disso, poderá 
apontar caminhos, baseados em evidências científicas, para 
implementar a visita pré-operatória de Enfermagem em 
estabelecimentos assistenciais de saúde, de modo a melhorar 
os indicadores da qualidade da assistência.
Objetivo
Analisar a produção científica nacional sobre o estado da 
arte da visita pré-operatória de Enfermagem como fase da 
Sistematização da Assistência de Enfermagem Perioperatória.
Método
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. Esse 
método de pesquisa tem seis fases: identificação do 
tema ou questionamento da revisão integrativa; busca na 
literatura; categorização dos estudos; avaliação dos estudos 
incluídos na revisão; interpretação dos resultados, e síntese 
do conhecimento evidenciado nos artigos analisados/
apresentação da revisão integrativa14.
Para a definição da amostra, foram estabelecidos 
os seguintes critérios de inclusão: estudos científicos 
nacionais, que abordassem a sistematização da assistência 
de Enfermagem perioperatória, em interface com a visita 
pré-operatória de Enfermagem; que estivessem disponíveis 
em todas as bases de dados que integram a Biblioteca Virtual 
em Saúde (BVS); que tivessem sido publicados nos idiomas 
inglês, português e espanhol até o mês de janeiro de 2013. 
Não houve limite de data da primeira publicação.
Para a busca, utilizaram-se os descritores apresentados 
pelos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) da BVS, 
“enfermagem” e “visita pré-operatória”, associando-os por 
meio do operador boleano “AND”. Foram encontrados 
166 Rev. SOBECC, São Paulo. jul./set. 2014; 19(3): 164-172
Oliveira MM, Mendonça KM
24 estudos, sendo que 22 atendiam aos critérios de inclusão 
estabelecidos. No entanto, 11 destes não estavam disponíveis 
nas bases de dados eletrônicas. Nesses casos, procedeu-se 
à tentativa de compra e/ou de contactar os autores e, dessa 
forma, foram obtidas oito investigações. No total, 19 estudos 
foram incluídos na presente revisão.
Todos os 19 textos foram submetidos à leitura na íntegra. 
Para a análise e a síntese dos estudos, foram construídos 
quadros sinópticos contemplando os seguintes aspectos: 
autores; ano e local de publicação; periódico científico; 
objetivos; população do estudo; delineamento metodológico 
e principais resultados. Utilizou-se a forma descritiva para 
apresentação dos resultados.
Resultados e discussão
Foram avaliados 19 estudos que estão apresentados no 
Quadro 1.
Todos os estudos avaliados foram desenvolvidos por 
Enfermeiros, sendo que 15,8% deles apresentavam título de 
Especialistas, 36,8% de Mestres ou Doutores, e em 47,4%, 
não foi possível identificar a titulação do autor principal. Esse 
achado demonstra o investimento na educação, na busca por 
novos saberes, o que reflete, em conjunto com o compromisso 
individual e organizacional, na prática assistencial, com a 
qualidade da assistência, e no desenvolvimento de pesquisas 
destinadas ao cotidiano laboral da Enfermagem. Além disso, 
essa participação do Enfermeiro na pesquisa pode evidenciar 
sua atuação como multiplicador do saber, enquanto líder de 
uma equipe30.
Doze estudos avaliados foram desenvolvidos na Região 
Sudeste, seis na Região Sul e um na Região Nordeste. Uma 
justificativa para esse quantitativo maior na Região Sudeste 
é o aumento crescente de programas de Pós-Graduação e 
elevado número de financiamentos oriundos dos fundos de 
fomento à pesquisa, especialmente no Estado de São Paulo31.
Dentre os 19 textos encontrados, 89,5% estavam publicados 
em periódicos científicos, com predomínio da Revista Paulista 
de Enfermagem, que tem, no cenário nacional, Qualis B2. 
Conforme a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de 
Nível Superior (CAPES), o Qualis refere-se a um conjunto 
de procedimentos destinados a estratificar a qualidade da 
produção intelectual dos programas de Pós-Graduação, em 
que os periódicos científicos são classificados por área de 
avaliação e em estratos alusivos à qualidade: A1, o mais 
elevado; A2; B1; B2; B3; B4; B5; C, com peso zero32.
Um Qualis elevado torna o periódico reconhecido como 
agente de contribuição e utilidade para o desenvolvimento 
das práticas e da pesquisa. A atribuição do conceito Qualis 
é feita com extremo rigor, por vezes até inatingível para 
os periódicos brasileiros, que, por sua vez, necessitam de 
incentivos para alcançar status de veículo de excelência 
internacional32.
O período em que houve maior distribuição da produção 
científica foi no período de 2006 a 2010. Acreditamos 
que isso se deve ao fato de a regulamentação da SAE e 
da implementação do Processo de Enfermagem ter sido 
aprovada em 2009, pelo Conselho Federal de Enfermagem 
(COFEN) e, desde então, o assunto tem sido objeto de 
discussão para promover condições ao cumprimento da lei.
Dentre os objetivos das investigações analisadas, a 
maioria (84,2%) focou na atuação do profissional Enfermeiro 
na realização da visita pré-operatória, abordando desde 
percepções sobre o trabalho desenvolvido até questões 
emocionais relacionadas a essa atividade.
A caracterização da atuação do Enfermeiro na 
implementação da SAEP, por ser um ator ativo, em especial 
quanto à execução da visita pré-operatória de Enfermagem, 
é um aspecto imperativo para avaliar a assistência oferecida, 
em especial no quesito eficácia do método utilizado no 
atendimento às necessidades e aos anseios do cliente 
cirúrgico33.
Além disso, uma atuação expressiva do Enfermeiro, 
pautada em técnica, ciência e humanização, tem, como 
feedback, a redução do medo, das incertezas e do estresse 
enfrentado pelo paciente no pré-operatório, bem como auxilia 
na recuperação do mesmo34.
As populações/amostras dos estudos avaliados foram 
constituídas, na maioria dos casos, por usuários de 
estabelecimentos assistenciais de saúde. Esse enfoque no 
usuário e em suas percepções pode fazer com que o sujeito 
seja capaz de participar ativamente do processo de cuidar e, 
assim, contribuir para a mudança das práticas; esse fato vem 
recebendo destaque na literatura por meio da temática sobre 
empoderamento dos usuários.
A perspectiva dos usuários sobre os estabelecimentos 
assistenciais de saúde promove o controle social e um 
crescimento progressivo da valorização do seu papel de 
consumidor. Os usuários podem, assim, subsidiar o processo 
decisório conjunto e intervir em soluções adequadas para os 
problemas existentes35.
Nesse contexto de abordagem de todos os envolvidos, 
direta e indiretamente, na assistência à saúde, recebeu 
destaque, na presente revisão, a negligência dos estudos 
com o papel dos gerentes de serviços de saúde, da equipe 
multiprofissional e dos gestores dos sistemas de saúde, 
de modo a interferirem no processo de implementação e 
efetivação da visita pré-operatória de Enfermagem. Sabe-se 
que, direta e/ou indiretamente, esses envolvidos podem 
influenciar na elaboração e no desenvolvimento de projetos 
e ações.
Estudos apontam como fatores dificultadores para a 
omissão da visita pré-operatória de Enfermagem o não apoio 
de outros profissionais e a negligência dessa tarefa pelos 
gerentes das clínicas e do centro cirúrgico. Aparentemente, 
o que se tem são ações centralizadas em grupos de pessoas 
que pensam os processos a serem executados por outros 
profissionais. Desta forma, verifica-se que o modelo de 
gestão institucional interfere nos resultados dos processos 
de trabalho, podendo ser positivos, por meio do modelo 
167Rev. SOBECC, São Paulo. jul./set. 2014; 19(3): 164-172
Análise da visita pré-operatória de enfermagem: revisão integrativa
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171Rev. SOBECC, São Paulo. jul./set. 2014; 19(3): 164-172
Análise da visita pré-operatória de enfermagem: revisão integrativa
de gestão compartilhada, na qual há o envolvimento 
de todos na elaboração e na implementação de uma 
metodologia de assistência sistematizada. E, somente 
assim, se provocarão mudanças no modo de agir dos 
trabalhadores, gerentes e gestores, uma vez que engloba 
compromisso e responsabilidade. Embora seja ideal, este 
modelo é desafiador, pois influencia as relações de poder e 
a autonomia36.
Quanto ao delineamento metodológico, predominou a 
abordagem quantitativa dos dados. Relatos de experiências9,26,27 
e pesquisas com abordagem de método misto21 também 
foram encontradas. Destacam-se as duas investigações de 
caráter qualitativo18,28, que podem complementar estudos 
quantitativos após a identificação de diagnósticos situacionais 
e, assim, apontar novas reflexões sobre a temática do estudo. 
Caracterizar o tipo de pesquisa é importante, pois, baseando-
se na fidedignidade do método empregado, pode-se replicar 
o estudo e considerar os resultados aplicáveis na prática 
clínica1.
De acordo com o Quadro 2, os estudos analisados apontaram 
resultados diversos, que indicam problemas e soluções 
relacionadas à assistência de Enfermagem perioperatória. A 
identificação dos diagnósticos de Enfermagem foi destacada 
por alguns autores4,8,18,25 como ponto forte para o cuidado 
sistematizado. A visita pré-operatória de Enfermagem foi 
classificada como indispensável; contudo, esta deve ser 
pautada no conhecimento científico, de forma humanizada 
e em linguagem acessível, respeitando a individualidade e a 
integridade do paciente.
Alguns pesquisadores abordaram a efetividade da 
realização de visitas pré-operatórias de Enfermagem24,28 e 
demonstraram não ter encontrado diferença de desempenho 
entre instituições que a realizavam e outras que não 
realizavam.
Evidenciou-se, com o presente estudo, que a maioria 
das investigações, apesar de apontarem a importância e 
a responsabilidade da realização da visita pré-operatória 
pelo Enfermeiro, demonstrou que essa atividade não é uma 
prática habitual. Os pesquisadores dos estudos incluídos 
nesta revisão apresentaram alguns motivos para que isso não 
ocorra, como o elevado número de procedimentos cirúrgicos, 
o déficit de Enfermeiros atuando no centro cirúrgico, 
o acúmulo de funções, o curto período de internação 
prévio ao procedimento anestésico-cirúrgico e o déficit no 
conhecimento científico relacionado aos procedimentos 
cirúrgicos.
Os resultados observados neste estudo são similares 
àqueles de outros estudos1,5, que enfocaram a assistência de 
Enfermagem ao paciente cirúrgico. Nessas investigações, 
verificou-se a priorização de atividades administrativas – 
o cuidado nem sempre vem acompanhado de orientação 
que atenda aos anseios do paciente – e a forma mecânica e 
rotineira como os procedimentos são executados.
A atualidade demanda ações que minimizem a ocorrência 
de eventos adversos relacionados à assistência à saúde; 
também, há de se priorizar ações para a segurança dopaciente, para a qualidade do atendimento e para a estrutura 
organizacional em prol da melhor atividade laboral de 
profissionais da área da saúde.
Conclusão
Foi possível verificar que a visita pré-operatória de 
Enfermagem é reconhecidamente uma atividade essencial 
ao desenvolvimento da SAEP. Está inserida num período 
decisivo e mostra-se fundamental, em todos os 19 estudos 
analisados, para o alcance do sucesso das fases posteriores, 
contemplando a segurança e a proteção do paciente cirúrgico.
Os resultados encontrados refletem a escassez de estudos 
sobre o tema, apesar de o assunto ser atual e, aparentemente, 
apresentar-se mais difundido no cenário nacional.
A atuação do profissional Enfermeiro é retratada, pela 
maioria dos autores dos estudos, com deficiências, no que 
se refere ao atendimento do paciente cirúrgico, conforme 
suas necessidades. Essa situação pode mudar à medida 
que a instituição ofereça estrutura organizacional viável ao 
desenvolvimento do processo de trabalho e o profissional 
tenha o conhecimento e o compromisso na reconstrução de 
práticas destinadas à qualidade da assistência, uma vez que 
toda transformação exige mobilização.
Acredita-se que este estudo possa, além de reforçar 
a importância do tema, também incentivar profissionais 
Enfermeiros e gerentes de instituições de saúde a refletir 
em conjunto sobre caminhos para implementarem a visita 
pré-operatória de Enfermagem ou iniciar o planejamento de 
ações para essa execução. Os pontos positivos e negativos 
apresentados pelos estudos incluídos nesta revisão devem ser 
relevados e repensados, ao considerar as especificidades de 
cada estabelecimento. A partir daí, novas pesquisas poderão 
ser desenvolvidas, com rigoroso perfil metodológico, 
de modo a colaborar com a prática da Enfermagem 
perioperatória, baseada em evidências científicas.
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