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PAPA CONCURSOS | DIREITO DO TRABALHO: PRINCÍPIOS E FONTES | PROF. MARCEL BARROS 
1 
Disciplina: Direito do Trabalho 
Professor: Marcel Barros 
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PAPA CONCURSOS | DIREITO DO TRABALHO: PRINCÍPIOS E FONTES | PROF. MARCEL BARROS 
2 
PRINCÍPIOS E FONTES DO DIREITO DO TRABALHO 
❖ Fontes do Direito: expressão metafórica para designar a origem das normas jurídicas 
o Dividem-se em dois grandes grupos → Fontes Materiais e Fontes Formais. 
“Fontes formais são como o leito do rio, ou canal, por onde correm e manifestam-se as fontes 
materiais” (Sérgio Pinto Martins) 
❖ Fontes MATERIAIS 
o Fatores que conduzem à CONSTRUÇÃO das regras de Direito. 
o Momento “pré-norma” ou “pré-jurídico”. Inspiração. 
o Ligadas ao conteúdo do Direito, ao fato social que dá origem às normas trabalhistas. 
▪ Fatores sociológicos, econômicos, políticos, filosóficos... 
o Exemplos típicos de prova: Greve dos trabalhadores por melhores condições de trabalho; pressão 
dos empregadores em face do governo, pleiteando interesses próprios; fenômenos 
sociais/políticos/econômicos. 
❖ Fontes FORMAIS 
o Mecanismos de EXTERIORIZAÇÃO das normas jurídicas. 
o Momento “pós”, quando há a norma propriamente dita. 
o Ligadas à forma jurídica manuseada para regulamentar o fato social 
o MGD: trata-se do “ ingresso, instauração e cristalização da norma na ordem jurídica”
o Tem natureza de ato-regra (MGD), dotado dos atributos de 
▪ Generalidade (dirige-se a todos, indistintamente) 
▪ Abstração (não incide sobre um caso concreto, mas sim sobre uma hipótese) 
▪ Imperatividade (deve ser cumpridas, obrigatoriamente) 
o Dividem-se em F.F Autônomas e F.F Heterônomas 
❖ AUTÔNOMAS: derivam da vontade das partes da relação trabalhista. 
o Normas cuja produção se caracteriza pela imediata participação dos seus destinatários 
principais. 
o Em geral, provém de organizações da sociedade, como os Costumes e instrumentos de 
negociação coletiva. 
o Autodisciplinamento das condições de vida e trabalho pelos próprios interessados. 
o MGD: essa produção autônoma não pode ser contraditória ao núcleo essencial do Direito 
do Trabalho, devendo a ele se ajustar harmonicamente. 
▪ ACT e CCT (exemplos clássicos ) 
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PAPA CONCURSOS | DIREITO DO TRABALHO: PRINCÍPIOS E FONTES | PROF. MARCEL BARROS 
3 
▪ Costumes (ver tópico específico) 
▪ Contrato de Trabalho (há divergência, por não possuir natureza de ato-regra, ver 
tópico específico) 
▪ Regulamento Empresarial Bilateral (ver tópico específico) 
❖ HETERÔNOMAS: derivam da participação de um terceiro, alheio à relação de trabalho. 
o Normas cujas produção NÃO se caracteriza pela imediata participação dos seus 
destinatários. 
o Em geral, provém do Estado. 
▪ Constituição Federal, Leis Federais (LC, LO, LD, MP), 
▪ Leis Estaduais (?): Em certos casos, sim. Ex. Pisos salariais (competência da União 
delegada pela LC 103, para quando não houver lei ou norma coletiva) 
▪ Decretos do Poder Executivo. 
▪ Tratados e Convenções Internacionais RATIFICADOS. 
• STF: em regra, ingressam no Direito brasileiro com status de norma 
infraconstitucional. 
o Se tratarem de Direitos Humanos: ingressam como norma 
supralegal. 
o Se tratarem de Direitos Humanos e forem aprovados com rito e 
quórum de Emenda Constitucional (3/5 de cada Casa do CN, em 
dois turnos): status de Emenda Constitucional. 
• E se não forem ratificados? Serão “apenas” fatores que inspiram o 
legislador, logo... 
▪ Portarias, instruções normativas e outros atos do Poder Executivo. 
• Que detenham natureza de ato-regra. 
• Ex. Art. 200 da CLT delega ao Ministério do Trabalho “estabelecer 
disposições complementares às normas” do capítulo sobre segurança e 
medicina do trabalho. 
▪ Sentença Normativa: 
o É aquela resultante de um dissídio coletivo. 
CF/88, art. 114, § 2º: “Recusando-se qualquer das partes à 
negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de 
comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, 
podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as 
disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as 
convencionadas anteriormente”. 
▪ Tribunal fixa prazo de sua vigência, o qual não poderá ser superior 
a 04 anos. 
o Poder Normativo do judiciário trabalhista. 
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PAPA CONCURSOS | DIREITO DO TRABALHO: PRINCÍPIOS E FONTES | PROF. MARCEL BARROS 
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o “Corpo de Sentença, Alma de Lei” (Calamandrei) 
▪ Laudo Arbitral: 
• No âmbito do direito coletivo do trabalho (CF, art. 114, § 1º - Frustrada a 
negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros), constitui fonte 
formal heterônoma. 
o MGD: é a “decisão de caráter normativo, tomada por alguém 
escolhido por entidades juscoletivas, no contexto de negociação 
trabalhista, para incidência no âmbito das respectivas bases 
sindicais”. 
• No âmbito do Direito Individual, entendia-se a arbitragem como totalmente 
imcompatível, tendo em vista a desigualdade entre as partes e o P. da 
Indisponibilidade. 
o Contudo, a Reforma Trabalhista criou essa possibilidade ao inserir o 
Art. 507-A: “Nos contratos individuais de trabalho cuja remuneração 
seja superior a duas vezes o limite máximo estabelecido para os 
benefícios do Regime Geral de Previdência Social, poderá ser 
pactuada cláusula compromissória de arbitragem, desde que por 
iniciativa do empregado ou mediante a sua concordância expressa, 
nos termos previstos na Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996”. 
o Ainda assim, o laudo arbitral fixado nas relações individuais de 
trabalho não possui natureza de ato-regra, razão pela qual não 
constitui fonte formal do Direito do Trabalho. 
▪ Regulamento de Empresa Unilateral (ver tópico específico) 
TÓPICOS ESPECÍFICOS 
I. USOS E COSTUMES 
❖ Doutrina majoritária classifica a expressão como fonte formal. 
➢ Mas não são termos sinônimos! 
❖ Uso: prática habitual adotada no contexto de uma relação jurídica específica. 
➢ Para MGD, não seria Fonte do Direito do Trabalho, eis que não possuiria 
natureza de ato-regra. 
❖ Costume: prática habitual adotada em no contexto mais amplo de certa empresa, categoria, 
região, etc, firmando um critério ou modelo de conduta geral e impessoal, aplicável para 
todos os trabalhadores inseridos naquele contexto. 
➢ Inquestionável natureza de ato-regra, sendo fonte formal. 
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PAPA CONCURSOS | DIREITO DO TRABALHO: PRINCÍPIOS E FONTES | PROF. MARCEL BARROS 
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➢ Classificação dos Costumes. 
a) Secundum legem (segundo a lei): são aqueles que estão de acordo 
com a lei. 
b) Praeter legem (além da lei): é a prática social adotada na lacuna da 
lei. Vide o art. 8° CLT. 
c) Contra legem (contra a lei): é o costume contrário ao ordenamento 
jurídico. 
➔ o costume contra legem pode ser considerado válido no 
Direito do Trabalho? Maurício Godinho Delgado: sim! 
➔ Fundamento: Princípio da Norma Mais Favorável, que gera 
“critério hierárquico especial” no Direito do Trabalho. 
➔ Limite: Normas proibitivas estatais (ex: prescrição 
trabalhista – art. 7, XXIX, CF/88). 
(Evolução do tema em provas de concurso, por Marcelo de Almeida Sobral): 
1) FCC, 2006, classificou “usos e costumes” como fontes, sem especificar a espécie: 
(B) os usos e costumes são uma importante fonte do Direito do Trabalho sendo que, 
muitas vezes, da sua reiterada aplicação pela sociedade, é que se origina a normal 
legal. – CERTO 
2) FCC, 2013, classificou “costumes” novamente como fonte, sem especificar a espécie: 
I. Fontes formais são as formas de exteriorização do direito, como por exemplo, as 
leis e costumes. - CERTO 
3) FCC, 2014, classificou “usos e costumes” como fontes formais autônomas: 
(D) Os acordos e convenções coletivas de trabalho que estipulam normas relativas à 
segurança e saúde do trabalho, assim como os usos e costumes sobre o tema, são 
classificados como fontes formais autônomas. – CERTO 
4) FCC, 2015, classificou “costumes” como fonte integradora: 
II. A legislação trabalhista fazreferência aos costumes como fonte integradora do 
Direito do Trabalho. 
➔ Perceba que a questão falou “...legislação trabalhista...” – neste 
caso, devemos pensar no art. 8º CLT! 
5) CESPE, 2016, classificou usos e costumes como fontes, sem especificar a espécie. 
Na falta de disposições legais ou contratuais, a justiça do trabalho ou as 
autoridades administrativas poderão decidir o caso de acordo com os usos e 
costumes, que são fontes do direito do trabalho. – CERTO 
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6) FCC, 2018, classificou como fonte formal autônoma 
No Direito do Trabalho, as sentenças normativas da Justiça do Trabalho, 
os costumes e a Convenção Coletiva de Trabalho são classificados, 
respectivamente, como fontes: “formal heterônima, formal autônoma e 
formal autônoma”. 
II. CONTRATO DE TRABALHO (cláusulas contratuais) 
❖ MGD: Não é fonte do direito, pois não se qualifica como diploma instituidor de atos-regra, 
de comandos abstratos, gerais e impessoais, mas sim de cláusulas concretas, específicas e 
pessoais, com abrangência a seus contratantes. 
o Consequência desta distinção: 
▪ Cláusulas contratuais tem efeito adesivo permanente nos contratos, não 
podendo ser suprimidas pela vontade que as instituiu. 
▪ Fontes formais do direito (normas) não aderem permanentemente à 
relação jurídica, podendo ser revogadas. 
❖ SPM: é exemplo de fonte formal autônoma. “O art. 8° da CLT faz menção expressa às 
disposições contratuais como fonte do direito do trabalho”. 
o FCC já entendeu dessa forma. 
III. REGULAMENTO EMPRESARIAL 
❖ MGD: seus dispositivos são gerais, abstratos e impessoais, mas a jurisprudência lhe nega 
natureza de fonte forma autônoma, entendendo que se trata de ato de vontade unilateral, 
aderindo ao contrato de trabalho como cláusula contratual. 
❖ TST: Súmula 51 trata como cláusula contratual (sem natureza de fonte formal): 
o Súmula nº 51 do TST. 
NORMA REGULAMENTAR. VANTAGENS E OPÇÃO PELO NOVO REGULAMENTO. 
ART. 468 DA CLT 
I - As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas 
anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou 
alteração do regulamento. (ex-Súmula nº 51 - RA 41/1973, DJ 14.06.1973) 
II - Havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção do empregado 
por um deles tem efeito jurídico de renúncia às regras do sistema do outro. (ex-OJ nº 
163 da SBDI-1 - inserida em 26.03.1999) 
❖ SPM: Regulamento empresarial é fonte formal. 
o Se Unilateral: Fonte formal Heterônoma 
o Se Bilateral: Fonte forma autônomo 
▪ Ainda assim, adere ao CT. 
❖ CESPE e FCC: precedentes classificando como fonte formal . 
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PAPA CONCURSOS | DIREITO DO TRABALHO: PRINCÍPIOS E FONTES | PROF. MARCEL BARROS 
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IV. ADERÊNCIA CONTRATUAL DAS REGRAS DE ACT E CCT 
❖ As regras firmadas via ACT/CCT aderem permanentemente ao contrato de trabalho? 03 
Teorias. 
1) Aderência irrestrita: os dispositivos de ACT/CCT ingressam para sempre nos 
contratos individuais. Ou seja, possuem os mesmos efeitos das cláusulas contratuais. Esta 
posição não se aplica nos dias atuais. 
2) Aderência limitada pelo prazo: os dispositivos de ACT/CCT vigoram apenas no prazo 
assinado em tais diplomas. Era o critério adotado na redação original da súmula 277 TST. 
3) Aderência limitada por revogação (ou “ultratividade relativa”): os dispositivos de 
ACT/CCT vigoram até que novo diploma os revogue. Esta revogação pode se dar de forma 
expressa ou tácita – neste caso, quando o novo diploma omitisse preceitos da velha ACT/CCT. 
▪ Maurício Godinho Delgado afirma que este é o melhor critério, pois incentiva a 
negociação coletiva. 
▪ Presente na atual redação da Súmula 277 do TT, cuja aplicação foi suspensa pelo 
STG, em outubro de 2016, na ADPF 323: “As cláusulas normativas dos acordos 
coletivos ou convenções coletivas integram os contratos individuais de trabalho 
e somente poderão ser modificadas ou suprimidas mediante negociação coletiva 
de trabalho”. 
▪ REFORMA TRABALHISTA: desde 11 de Novembro de 2017, inseriu na CLT 
preceito veda expressamente a ultratividade. 
o Art. 614, § 3o Não será permitido estipular duração de convenção 
coletiva ou acordo coletivo de trabalho superior a dois anos, sendo 
vedada a ultratividade. 
V. FONTES SUPLETIVAS/DE INTEGRAÇÃO (Art. 8° da CLT) 
❖ CLT traz expressamente, um rol de fontes supletivas, a serem utilizadas “na falta de 
disposições legais ou contratuais”, “mas sempre de maneira que nenhum interesses de 
classe ou particular prevaleça sobre o interesse público” 
Art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta 
de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela 
jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e normas 
gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de 
acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de 
maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre 
o interesse público. 
• Jurisprudência 
• Analogia 
• Equidade 
• Principios e Normas Gerais de Direito, princ. do D. 
Trabalho. 
• Usos e Costumes 
• Direito Comparado 
o MENMÔNICO: Em caso de lacuna JAE PUC 
DIREITO 
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PAPA CONCURSOS | DIREITO DO TRABALHO: PRINCÍPIOS E FONTES | PROF. MARCEL BARROS 
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VI. Alteração do § 1º do art. 8° da CLT: “§ 1º O direito comum será fonte subsidiária do direito do 
trabalho”. 
o REFORMA RETIROU A EXPRESSÃO FINAL “naquilo em que não for incompatível com os 
princípios fundamentais deste”. Mas, lembrar que isso permanece no art. 769, que diz 
respeito à aplicação do direito processual comum como fonte subsidiária do Dir. Proc. 
do Trabalho. 
VII. SÚMULAS E OJs do TST: 
o MGD: não são fontes formais do direito, mas tão somente fontes supletivas. 
o SPM: conforme CPC/15, Súmulas, Jurisprudência e Precedentes são fontes do direito. 
o Reforma Trabalhista incluiu § 2o no art. 8º: “Súmulas e outros enunciados de jurisprudência 
editados pelo Tribunal Superior do Trabalho e pelos Tribunais Regionais do Trabalho não 
poderão restringir direitos legalmente previstos nem criar obrigações que não estejam 
previstas em lei. 
o Súmula Vinculante é fonte formal heterônoma. 
VIII. Analogia e Equidade: não são fontes formais do direito, mas tão somente fontes supletivas/critérios 
de integração. 
IX. Princípios Gerais do Direito: 
o Para MGD: São, além de fontes supletivas, fontes formais do direito. 
o Para SPM, não são fontes formais, mas apenas formas de interpretação das regras jurídicas. 
X. Doutrina: não é fonte do direito. 
XI. Alteração do § 3º do art. 8° da CLT: “§ 3o No exame de convenção coletiva ou acordo coletivo de 
trabalho, a Justiça do Trabalho analisará exclusivamente a conformidade dos elementos essenciais 
do negócio jurídico, respeitado o disposto no art. 104 da Lei no10.406, de 10 de janeiro de 2002 
(Código Civil), e balizará sua atuação pelo PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA NA AUTONOMIA 
DA VONTADE COLETIVA. 
o CC - Art. 104. A validade do negócio jurídico requer: 
o I - agente capaz; 
o II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável; 
o III - forma prescrita ou não defesa em lei. 
XII. Hierarquia das Fontes do Direito do Trabalho (Tópico expresso do Edital FCC) 
o No Direito Comum, há rigidez e inflexibilidade. Constituição no vértice da pirâmide, 
acompanhada das EC’, seguida das Leis e MPs. Após, os decretos e, sucessivamente, 
diplomas de menor extensão de eficácia e intensidade normativa. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10406.htm#art104
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PAPA CONCURSOS | DIREITO DO TRABALHO: PRINCÍPIOS E FONTES | PROF. MARCEL BARROS 
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o No Direito do Trabalho, há flexibilidade na hierarquização das normas jurídicas, pautada 
pelo “Princípio da Norma Mais Favorável”. 
o Pirâmide normativa é plástica e variável. 
o Assim, no vértice das normas trabalhistas não se encontra,necessariamente, a CF/88, mas sim a norma que seja mais favorável ao 
trabalhador! 
o Limites a aplicação da “norma mais favorável”: normas proibitivas 
estatais. 
o Mitigações trazidas pela Reforma Trabalhista: 
a. Art. 620 da CLT. As condições estabelecidas em acordo coletivo de 
trabalho sempre prevalecerão sobre as estipuladas em convenção 
coletiva de trabalho. 
b. Art. 8°, § 3º (Visto acima) 
c. Art. 611-A, caput, incisos I a XV e § 1º da CLT → Diversas matérias 
em que ACT e CCT prevalecerão sobre a lei. 
d. Art. 611-B, caput,incisos I a XXX e parágrafo único da CLT → Rol 
restrito de direitos que não podem ser suprimidos/reduzidos por 
ACT e CCT> 
o Como eleger a norma mais favorável? Três teorias. 
a) Teoria da acumulação ou atomista: para identificar a norma mais favorável, fracionam-
se os textos normativos. Ou seja, retiram-se, de cada norma, os dispositivos mais 
favoráveis ao trabalhador. 
Ex: ACT prevê hora noturna com 50min; hora extra em 50% e pagamento de décimo 
quarto e décimo quinto salários. Já a CCT prevê hora noturna em 52m30s; hora extra em 
70% e apenas décimo quarto salário. Conclusão: aplica-se ao trabalhador a ACT quanto à 
hora noturna com 50min e pagamento de décimo quarto e décimo quinto salários e a 
CCT quanto à hora extra em 70%. 
Crítica: conduz à liquidação da noção de Direito como sistema, visto que cada caso 
concreto poderá ter uma solução diferente, suprimindo o caráter universal do 
ordenamento jurídico. Acaba por transformar o juiz em legislador, pois é ele quem cria a 
norma para o caso apresentado. 
b) Teoria do Conglobamento: as fontes devem ser comparadas e deve ser aplicada aquela 
que, em conjunto, seja mais favorável ao empregado. Tem diversos precedentes de 
aplicação no TST: 
"RECURSO DE REVISTA. DIFERENÇAS SALARIAIS. INAPLICABILIDADE DOS ACORDOS 
COLETIVOS. PREVALÊNCIA DAS CONVENÇÕES COLETIVAS DO TRABALHO. TEORIA DO 
CONGLOBAMENTO. 
(...) E, na aferição de qual ajuste coletivo é o mais benéfico, aplica-se a teoria do 
conglobamento, ou seja, a convenção coletiva e o acordo coletivo devem ser 
considerados em sua totalidade, não se podendo pinçar isoladamente as cláusulas mais 
benéficas de um e de outro texto, o que resultaria na indevida formação, pela via 
jurisprudencial, de um terceiro regime de normas, alheia à vontade coletiva das 
categorias profissional e econômica." (RR - 138100-37.2007.5.01.0033, Data de 
Julgamento: 25/4/2012, Relator Ministro: Pedro Paulo Manus, 7ª Turma, Data de 
Publicação: DEJT 27/4/2012.) 
 - 
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PAPA CONCURSOS | DIREITO DO TRABALHO: PRINCÍPIOS E FONTES | PROF. MARCEL BARROS 
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"RECURSO DE REVISTA. (...) ENQUADRAMENTO SINDICAL. NORMA COLETIVA APLICÁVEL. 
OPERADOR DE TELEMARKETING. 
(...) 
E, no confronto entre convenção coletiva e acordo coletivo reconhecidamente válidos 
(art. 7º, XXVI, da CF/88), a jurisprudência predominante nesta Corte Superior segue 
adotando o entendimento de que deve ser observado o ajuste coletivo mais benéfico 
(art. 620 da CLT). E, na aferição de qual ajuste coletivo é o mais benéfico, aplica-se a 
teoria do conglobamento, ou seja, a convenção coletiva e o acordo coletivo devem ser 
considerados em sua totalidade, não se podendo pinçar isoladamente as cláusulas mais 
benéficas de um e de outro. E nesta esfera recursal não há como se chegar a conclusão 
contrária (Súmula nº 126 do TST). Recurso de revista a que não se conhece. (...)." (RR - 
180100-98.2007.5.01.0244, Data de Julgamento: 27/06/2012, Relatora Ministra: Kátia 
Magalhães Arruda, 6ª Turma, Data de Publicação: DEJT 6/7/2012.) 
c) Teoria do Conglobamento mitigado, orgânico ou por instituto: aqui a comparação é 
feita não pela norma como um todo, mas sim em virtude de cada instituto (ex: jornada, 
férias, regime de despedida). Foi o critério adotado na Lei 7.064/1982 (que regula a 
situação de trabalhadores contratados ou transferidos para prestar serviços no exterior.) 
Art. 3º - A empresa responsável pelo contrato de trabalho do empregado transferido 
assegurar-lhe-á, independentemente da observância da legislação do local da execução 
dos serviços: 
II - a aplicação da legislação brasileira de proteção ao trabalho, naquilo que não for 
incompatível com o disposto nesta Lei, quando mais favorável do que a legislação 
territorial, no conjunto de normas e em relação a cada matéria. 
É a teoria defendida por Maurício Godinho Delgado, que afirma essa a ser majoritária na 
doutrina e jurisprudência. Também há decisões de turmas do TST adotando tal teoria: 
AGRAVO DE INSTRUMENTO DA RECLAMADA INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI 
13.015/2014. REQUISITOS DO ART. 896, § 1º-A, DA CLT, ATENDIDOS. ADICIONAL 
DE INSALUBRIDADE . SEMANA ESPANHOLA . FÉRIAS. FRACIONAMENTO. TEMPO 
DE DESLOCAMENTO INTERNO ENTRE PORTARIA E LOCAL DE TRABALHO . 
(...)Em atenção ao princípio da norma mais favorável (art. 7º, caput, da CLT), devem 
preponderar os comandos mais benéficos ao trabalhador, tendo como critério de 
apuração a teoria do conglobamento mitigado, também denominado de parcial, 
orgânico ou por instituto, e não, pura e simplesmente, a teoria do conglobamento. 
 A comparação em bloco das normas cotejadas inevitavelmente redundaria em 
enorme discricionariedade e insegurança, pois não haveria como objetivamente 
valorar a importância relativa dos institutos colacionados. Descabe falar, por via de 
consequência, que os instrumentos coletivos estabelecem várias outras vantagens 
aos empregados, o que tornaria válida a negociação empreendida, no particular, 
em função das concessões recíprocas realizadas pelas partes 
(TST - ARR: 107614620135030028, Relator: Augusto César Leite de Carvalho, Data 
de Julgamento: 08/02/2017, 6ª Turma, Data de Publicação: DEJT 10/02/2017) 
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PAPA CONCURSOS | DIREITO DO TRABALHO: PRINCÍPIOS E FONTES | PROF. MARCEL BARROS 
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CLASSIFICAÇÃO DAS FONTES: 
A. Classificação das fontes de ORLANDO GOMES, citada por ALICE MONTEIRO DE BARROS e já utilizada pela 
FCC: 
1. Fontes primárias ou de criação: depende da vontade das partes. Neste caso, apenas o contrato de 
trabalho. 
2. Fontes imperativas: não dependem da vontade das partes. Subdivididas conforme a sua produção: 
a) fonte de produção estatal: aqui entra a lei. 
b) fonte de produção profissional: ACT/CCT.. 
c) fonte de produção mista: Sentença Normativa. O processo de dissídio coletivo é 
iniciado pelas entidades sindicais, mas quem decide é a Justiça do Trabalho. 
B. Classificação das fontes por SERGIO PINTO MARTINS: 
1) Quanto à origem: 
a) Estatais – quando provenientes do Estado. Exemplo: Constituição, leis, sentença 
normativa. 
B) Extraestatais – quando emanadas dos grupos e não do Estado. Exemplo: 
regulamento de empresa, costume, ACT, CCT, contrato de trabalho. 
c) Profissionais – estabelecidas pelos trabalhadores e empregadores interessados. 
Exemplos: CCT e ACT. 
2) Quanto à vontade das partes: 
a) Voluntárias – quando dependem da vontade das partes para sua elaboração. 
Exemplo: contrato de trabalho, ACT e CCT, regulamento de empresa bilateral. 
b) Imperativas – quando são alheias à vontade das partes. 
Exemplo: Constituição, leis, sentença normativa. 
3) Fontes comuns e fontes peculiares: 
A- Comuns: comuns a todos os ramos do Direito. Exemplo: Constituição, leis. 
B- Peculiares ao Direito do Trabalho. Exemplo: sentença normativa, ACT e CCT, 
regulamento de empresa e contrato de trabalho. 
QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES 
1. (FCC_TRT15_2018_TJAA) No Direito do Trabalho, as sentenças normativas da Justiça do Trabalho, os 
costumes e a Convenção Coletiva de Trabalho são classificados, respectivamente, como fontes: 
a) formal autônoma, material heterônima e formal autônoma. 
b) material autônoma, formal heterônima e formal autônoma. 
c) formal autônoma, material heterônima e material heterônima. 
d) material heterônima, formal autônoma e material heterônima. 
e) formal heterônima, formal autônoma e formal autônoma.- 
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2. (FCC_TRT2_2018_AJAJ) acerca das fontes do Direito do Trabalho, considere: 
I. As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, 
decidirão, conforme o caso, apenas pela jurisprudência, por analogia, por equidade, pelo direito comparado 
e outros princípios e normas gerais de direito, admitindo-se, excepcionalmente, que um interesse de classe 
ou particular prevaleça sobre o interesse público. 
II. Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo Tribunal Superior do Trabalho e pelos 
Tribunais Regionais do Trabalho não poderão restringir direitos legalmente previstos nem criar obrigações 
que não estejam previstas em lei. 
III. No exame de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho, além de analisar 
a conformidade dos elementos essenciais do negócio jurídico (agente capaz, objeto lícito, possível, 
determinado ou determinável e forma prescrita ou não defesa em lei), poderá anular cláusulas coletivas com 
base em juízos de valor sobre o pactuado, balizando sua atuação pelo princípio da intervenção adequada na 
autonomia da vontade coletiva. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I. 
b) II. 
c) II e III. 
d) I e III. 
e) I e II. 
3. (FCC_TRT6_2018_TJAA) O artigo 8o da Consolidação das Leis do Trabalho elenca algumas fontes 
subsidiárias ou supletivas do Direito do trabalho, NÃO se incluindo 
a) direito comparado. 
b) jurisprudência. 
c) analogia. 
d) usos e costumes. 
e) convenção coletiva de trabalho. 
4. (CESPE_TRT8_2016_AJAA) Em relação aos princípios e às fontes do direito do trabalho, assinale a opção 
correta. 
a) Em virtude do princípio da boa-fé, via de regra, o trabalhador pode renunciar a seu direito de férias, se 
assim preferir. 
b) Na falta de disposições legais ou contratuais, a justiça do trabalho ou as autoridades administrativas 
poderão decidir o caso de acordo com os usos e costumes, que são fontes do direito do trabalho. 
c) Por conter regras específicas acerca da maioria dos institutos trabalhistas, na análise de um caso concreto, 
a Consolidação das Leis do Trabalho pode se sobrepor aos dispositivos constantes da Constituição Federal de 
1988 (CF). 
d) A sentença normativa é fonte do direito do trabalho, mas não o são os atos normativos do Poder Executivo. 
e) Os princípios gerais de direito não são aplicados na interpretação das normas do direito do trabalho, ainda 
que subsidiariamente. 
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5. (FCC_TRT11_2016_TJAA) O termo “fonte do direito” é empregado metaforicamente no sentido de origem 
primária do direito ou fundamento de validade da ordem jurídica. No Direito do Trabalho, o estudo das fontes 
é de relevada importância, subdividindo-se em algumas modalidades. Assim sendo, considera-se fonte 
formal heterônoma do Direito do Trabalho: 
a) As convenções coletivas de trabalho firmadas entre sindicatos de categorias profissional e econômica. 
b) Os acordos coletivos de trabalho firmados entre uma determinada empresa e o sindicato da categoria 
profissional. 
c) As greves de trabalhadores por reajuste salarial de toda a categoria. 
d) Os fenômenos sociais, políticos e econômicos que inspiram a formação das normas juslaborais. 
e) A sentença normativa proferida em dissídio coletivo. 
6. (FCC_TRT14_2016_TJAA) A doutrina dominante classifica como fontes formais autônomas do Direito do 
Trabalho: 
a) a Constituição Federal e as Medidas Provisórias. 
b) as Portarias do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE. 
c) os fatos sociais e políticos que contribuíram para formação e a substância das normas jurídicas trabalhistas. 
d) os acordos coletivos de trabalho e as convenções coletivas de trabalho. 
e) as greves de trabalhadores em busca de melhores condições de trabalho. 
7. (FCC_TRT9_2015_TJAA) Considere: 
I. As convenções coletivas e os acordos coletivos de trabalho são exemplos de fontes formais autônomas do 
Direito do Trabalho. 
II. A legislação trabalhista faz referência aos costumes como fonte integradora do Direito do Trabalho. 
III. A jurisprudência não é considerada fonte formal de Direito do Trabalho, uma vez que não há previsão 
legal para sua utilização, bem como se refere apenas a casos concretos e específicos. 
Está correto o que se afirma em: 
a) I e II, apenas. 
b) III, apenas. 
c) I, II e III. 
d) I e III, apenas. 
e) II, apenas. 
8. (FCC_TRT4_2015_AJAJ) Em sentido genérico, 'fontes do direito' consubstancia a expressão metafórica 
para designar a origem das normas jurídicas. Na Teoria Geral do Direito do Trabalho, são consideradas fontes 
formais autônomas: 
a) fatores econômicos e geopolíticos. 
b) fatores sociais e religiosos. 
c) Constituição Federal e leis complementares. 
d) medidas provisórias e jurisprudência. 
e) acordo coletivo de trabalho e convenção coletiva de trabalho. 
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9. (FCC_TRT4_2015_OJAF) A sentença normativa é a decisão proferida por um Tribunal do Trabalho em um 
dissídio coletivo, estabelecendo uma regra geral, abstrata e impessoal que vai reger às relações entre 
trabalhadores e empregadores de uma determinada categoria, sendo classificada no Direito do Trabalho 
como, 
a) fonte material heterônoma. 
b) fonte formal autônoma. 
c) regra de hermenêutica e não fonte do direito. 
d) fonte formal heterônoma. 
e) fonte material profissional. 
10. (FCC_MANAUSPREV_2015_PROCURADOR) Dentre as fontes formais do Direito do Trabalho NÃO se 
incluem: 
a) a sentença que decide a ação civil pública e os fenômenos sociais, econômicos e políticos. 
b) as sentenças normativas e os tratados internacionais ratificados pelo Brasil. 
c) os acordos e as convenções coletivas de trabalho. 
d) as leis ordinárias e as leis complementares. 
e) os decretos e as medidas provisórias 
11. (FCC_TRT1_2014_JUIZ) O tema relativo às fontes do ordenamento jurídico é nuclear da Filosofia Jurídica 
e da Teoria Geral do Direito, na medida em que examina as causas e fundamentos do fenômeno jurídico. 
Nessa seara, quanto às fontes justrabalhistas, é correto afirmar: 
a) As greves e pressões sociais realizadas por trabalhadores objetivando melhorias nas condições sociais e de 
trabalho são entendidas como fontes formais heterônimas. 
b) As Convenções da Organização Internacional do Trabalho - OIT ratificadas pelo Brasil classificam-se como 
fontes materiais autônomas. 
c) As sentenças normativas proferidas em dissídios coletivos econômicos junto aos Tribunais Regionais do 
Trabalho são consideradas como fontes formais e também materiais, ambas heterônimas. 
d) Os acordos e convenções coletivas de trabalho que estipulam normas relativas à segurança e saúde do 
trabalho, assim como os usos e costumes sobre o tema, são classificados como fontes formais autônomas. 
e) As medidas provisórias em matéria trabalhista, editadas pelo Presidente da República, são fontes mate- 
riais autônomas. 
12. (FCC_TRT16_2014_AJAJ) No tocante as fontes do Direito do Trabalho considere: 
I. As fontes formais traduzem a exteriorização dos fatos por meio da regra jurídica. 
II. São fontes formais do Direito do Trabalho as portarias ministeriais e a Constituição Federal brasileira. 
III. A sentença normativa e as leis são fontes materiais autônomas. 
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Está correto o que se afirma APENAS em : 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) II e III. 
d) III. 
e) I 
PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO 
o Princípios: atuam desde a fase pré-jurídica, enquanto proposições fundamentais que dão direção à 
construção do Direito. Sendo, portanto, verdadeiras fontes materiais do direito. 
o Função informadora (inspiram o legislador) 
o Na fase jurídica,são também espécie do gênero “normas”, sendo, também, fontes formais do 
Direito. 
o Função normativa: fonte formal supletiva/integradora do direito. 
o Função Interpretativa: auxiliam o operador do direito na interpretação jurídica 
1. Princípio da Proteção 
o “O Direito do Trabalho estrutura em seu interior, com suas regras institutos, princípios e 
presunções próprias, uma teia de proteção à parte hipossuficiente e vulnerável na relação 
empregatícia – o obreiro -, visando retificar (ou atenuar), no plano jurídico, o desequilíbrio 
inerente ao plano fático do Contrato de Trabalho” (MGD) 
o “Como regra, deve-se proporcionar uma forma de compensar a superioridade econômica do 
empregador em relação ao empregado, dando a este último superioridade jurídica”. (SPM)
o Decorrência do princípio da igualdade, possui três desdobramentos/subprincípios principais: 
I) In dubio pro operário: havendo várias INTERPRETAÇÕES possíveis em relação a uma norma,
deve-se optar pela mais favorável ao trabalhador; 
II) Aplicação da condição mais benéfica: as condições mais vantajosas estipuladas no contrato 
de trabalho do obreiro, ou mesmo constantes no regulamento da empresa prevalecerão mesmo se 
revogada ou diminuída a proteção por norma superveniente, tendo em vista que se reveste do 
caráter de direito adquirido. 
o Ex: Súmula 51 TST, I. Cláusula Regulamentar - Vantagem Anterior. I - As cláusulas 
regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas anteriormente, só atingirão 
os trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração do regulamento. 
o MGD: é manifestação do Princípio da Inalterabilidade Contratual Lesiva! 
o Não vale para normas legais!! 
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III) Aplicação da norma mais favorável: havendo mais de uma norma aplicável, deve-se observar 
a que for mais favorável ao trabalhador, independentemente de sua posição na escala hierárquica.
▪ OBS: Este princípio não se aplica diante das chamadas normas proibitivas estatais (leis de 
ordem pública) – Exemplo: prazo prescrição (art. 7º, XXIX, CF/88). 
o 1. Dimensão INFORMADORA: novas leis devem elaborar regras que beneficiem os 
trabalhadores. 
o 2. Dimensão INTERPRETATIVA/NORMATIVA: as normas já criadas devem-se ser 
interpretadas da maneira mais favorável aos trabalhadores (como componente de um 
universo mais amplo, categoria) . 
o 3. Dimensão HIERARQUIZANTE: flexibilidade da pirâmide trabalhista - no caso de 
conflito entre regras, prevalece aquela mais favorável ao trabalhador, desde que isso não 
venha a comprometer a noção de direito como sistema. 
• Pelo que afasta-se a teoria da acumulação e aplica-se a teoria do 
conglobamento. 
➔ Mitigações do Princípio da Norma Mais Favorável: 
o Art. 620 da CLT. As condições estabelecidas em acordo coletivo 
de trabalho sempre prevalecerão sobre as estipuladas em 
convenção coletiva de trabalho. 
o Art. 611-A, caput, incisos I a XV e § 1º da CLT → Diversas 
matérias em que ACT e CCT prevalecerão sobre a lei. 
o Art. 611-B, caput,incisos I a XXX e parágrafo único da CLT → Rol 
restrito de direitos que não podem ser suprimidos/reduzidos 
por ACT e CCT> 
2. Primazia da realidade sobre a forma (ou contrato realidade) 
o No Direito do Trabalho, prima-se pelo que realmente aconteceu no mundo dos fatos em 
detrimento daquilo que restou formalizado no mundo do Direito. 
o A prática concreta efetivada ao longo da prestação de serviços altera o contrato pactuado, 
gerando novos direitos e obrigações, além daqueles formalizados 
o TST - SÚMULA nº 12 Anotações - Empregador - Carteira Profissional - Jure et de Jure - Juris 
Tantum 
As anotações apostas pelo empregador na Carteira Profissional do empregado não geram 
presunção jure et de jure, mas apenas juris tantum. 
o Limites: quando a forma constituir elemento essencial do ato (por exemplo: documento 
escrito para quitação ou instrumento escrito para contrato temporário). 
3. Intangibilidade salarial: 
• o salário é disponível pelo empregado, não podendo o empregador impedir ou restringir a livre 
disposição. 
• Salário tem caráter alimentar, atendendo a necessidades essenciais do ser humano. 
• Consequências: 
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A – Irredutibilidade salarial (salvo ACT/CCT – CF/88 Art.7 VI) 
B – prazo para pagamento dos salários (arts. 459 e 466 da CLT) 
C – modo e local para pagamento de salários art. 465 da CLT) 
D – vedação a descontos indevidos (art. 462 da CLT) 
E – Impenhorabildade dos salários como regra (art. 649, IV do CPC) 
F – Preferência dos créditos trabalhistas no caso de falência do empregador Lei 
11.101/2005 
4. Continuidade da Relação de Emprego: 
o Presume-se que os contratos tenham sido pactuados por prazo indeterminado, somente se 
admitindo excepcionalmente os contratos por prazo determinado. 
o Ainda, confere suporte teórico ao instituto da sucessão de empregadores (contrato se 
mantém, ainda que tenha havido alteração subjetiva do empregador). 
o Constitui presunção favorável ao empregado. 
▪ Faz presumir a ruptura contratura mais onerosa ao empregador (dispensa sem justa 
causa), que fica com ônus de provar o contrário (que houve justa causa ou pedido 
de demissão) 
▪ Súmula nº 212 do TST - DESPEDIMENTO. ÔNUS DA PROVA: O ônus de provar o 
término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o 
despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de 
emprego constitui presunção favorável ao empregado. 
o ENTENDA: 
o Empregador negou a prestação de serviços: ônus do empregado provar que 
trabalhou (fato constitutivo do seu direito) 
o Empregador negou a prestação de serviços E o despedimento (não 
trabalhou para mim, mas caso seja entendido que trabalhou, não o 
despedi): nesse caso, pelo princípio da continuidade que favorece o 
empregado, é ônus do empregador provar como o contrato terminou. 
5. Princípio da Imperatividade das normas trabalhistas: no ordenamento jurídico trabalhista, 
prevalecem regras jurídicas obrigatórias (cogentes), essencialmente imperativas, que não podem ser 
afastadas pela simples manifestação de vontade das partes. 
o Em virtude da imperatividade, há severa restrição à autonomia da vontade DAS PARTES no 
contrato empregatício, devendo ser respeitado o patamar mínimo de proteção garantido 
pela legislação. 
o Também pode ser chamado de Princípio da “Indisponibilidade dos direitos trabalhistas” ou 
da “Irrenunciabilidade”. 
o Empregado não pode dispor/renunciar, individualmente, das vantagens e proteções que 
lhe asseguram a ordem jurídica e o contrato. 
▪ Caso assim não seja, e o trabalhador, premido pelas circunstâncias (econômicas, 
principalmente) e pelo poder empregatício, puder dispor de seus direitos, tal prática 
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poderá ser a regra, vista a hipossuficiência do trabalhador, sua subordinação jurídica 
e a desigualdade fática entre ele e seu contratante. 
o MGD: a indisponibilidade dos direitos trabalhistas seria uma projeção da imperatividade das 
normas trabalhistas. 
▪ A indisponibilidade seria a impossibilidade de o empregado despojar-se, por sua 
exclusiva vontade, das vantagens asseguradas pelo ordenamento jurídico 
trabalhista. 
▪ Conclusão: para MGD, a imperatividade alcança as partes (empregador e 
empregado), enquanto a indisponibilidade alcança o empregado! 
o MGD: Reforma Trabalhista buscou ampliar a presença de regras dispositivas na CLT, 
aumentando o poder do empregador na gestão do contrato. Ainda assim, “não fez 
desaparecer o princípio jurídico ora examinado”. 
o As regras expressas nos artigos 9º e 444 da CLT expressam, em síntese, o conteúdo básico 
do princípio da indisponibilidade dos direitos trabalhistas. 
▪ Novo parágrafo único do art. 444 traz mitigação deste princípio, ao criar a figura dotrabalhador “hiperssuficiente”, o qual pode negociar individualmente os seus 
direitos (conforme rol do art. 611-A) 
Art. 9º - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de 
desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na 
presente Consolidação. 
Art. 444 - As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre 
estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às 
disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes 
sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes. 
Parágrafo único. A livre estipulação a que se refere o caput deste artigo 
aplica-se às hipóteses previstas no art. 611-A desta Consolidação, com a 
mesma eficácia legal e preponderância sobre os instrumentos coletivos, 
no caso de empregado portador de diploma de nível superior e que 
perceba salário mensal igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos 
benefícios do Regime Geral de Previdência Social. 
6. Princípio da Razoabilidade/proporcionalidade. 
o Adequação + necessidade + proporcionalidade em sentido estrito. 
7. Princípio da Inalterabilidade contratual lesiva: 
o Em regra, são vedadas as alterações do contrato do trabalho que tragam prejuízos ao 
empregados. 
o Somente cabem alterações contratuais benéficas para o empregado. 
▪ Vedação que não é absoluta: 
o havendo mitigação decorrente do poder diretivo do empregador, que torna 
lícitas pequenas alterações não substanciais no contrato de trabalho, para a 
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organização do empreendimento (ex. Alterações dos horários de trabalho, 
modelos dos uniformes, etc). 
o E quando a lei trouxer exceções, como o caso do parágrafo 1° do art. 468, do 
parágrafo único do art. 444 (empregado hiperssuficiente) e das hipóteses de 
alteração por negociação coletiva. 
o Gera a chamada “intangibilidade contratual objetiva”. 
▪ MGD: conteúdo do contrato empregatício não poderia ser modificado (como já 
ressaltado pelo princípio da inalterabilidade contratual lesiva) mesmo que ocorresse 
efetiva mudança no plano do sujeito empresarial. Ou seja, a mudança subjetiva 
perpetrada (no sujeito-empregador) não seria apta a produzir mudança no corpo do 
contrato (em seus direitos e obrigações, inclusive passados). Trata-se da sucessão 
trabalhista, como se percebe (também conhecida como alteração subjetiva do 
contrato de trabalho). O contrato de trabalho seria intangível, do ponto de vista 
objetivo, embora mutável do ponto de vista subjetivo, desde que a mudança 
envolvesse apenas o sujeito-empregador”. 
8. Princípio da Boa-fé: Atuação do empregado e do empregador pautada pela lealdade, probidade e 
boa-fé. 
o Manifesta-se tanto durante o contrato de trabalho, como nas fases pré e pós contratual. 
9. Dignidade da pessoa humana: o ser humano é um fim em si mesmo, não podendo ser utilizado como 
meio para atingir determinado objetivo. “Trabalho humano não é mercadoria”. 
o Limita o poder diretivo do empregador. 
o Por exemplo, impõe limitação nas revistas pessoais e monitoramento de emails. 
QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES 
13. (FCC_TRT6_2018_AJAJ) Invocando a regra da condição mais benéfica ao empregado, que se insere no 
princípio da proteção peculiar ao Direito do Trabalho, é correto afirmar: 
a) Havendo conflito entre duas normas jurídicas, prevalece a mais favorável ao empregado. 
b) Havendo dúvida quanto ao alcance da norma tutelar, julga-se a favor do empregado. 
c) As normas legais não prevalecem diante de normas instituídas por convenção ou acordo coletivo, por 
terem estas destinação mais específica. 
d) A supressão de direitos trabalhistas instituídos por regulamento de empresa só alcança os empregados 
admitidos posteriormente. 
e) As condições estabelecidas em convenção coletiva de trabalho, quando mais favoráveis, prevalecem sobre 
as estipuladas em acordo. 
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14. (FCC_PGE-TO_2018_PROCURADOR) Os princípios exercem um papel constitutivo da ordem jurídica, cuja 
interpretação leva em consideração os valores que os compõem. Nesse sentido, o entendimento 
jurisprudencial adotado pelo Tribunal Superior do Trabalho de que o encargo de provar o término do 
contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento é do empregador está 
embasado no princípio 
a) protetor. 
b) da primazia da realidade. 
c) da irrenunciabilidade. 
d) da continuidade da relação de emprego. 
e) da boa-fé contratual subjetiva. 
15. (FCC_TST_2018_JUIZ) Sobre os princípios norteadores do Direito do Trabalho, considere: 
I. O princípio da primazia da realidade ou do contrato realidade autoriza a descaracterização de uma 
pactuada relação civil de prestação de serviços, instrumentalizada em documento escrito, desde que, no 
cumprimento do contrato, despontem, objetivamente, todos os elementos fático-jurídicos da relação de 
emprego. 
II. O princípio da intangibilidade salarial deve ser analisado de forma absoluta, admitindo-se exceção única 
quando se verificar a anuência expressa do trabalhador, por escrito, em razão da efetiva possibilidade de 
manutenção de seu emprego. 
III. O princípio da continuidade do qual o contrato de trabalho constitui presunção favorável ao empregador 
em razão da segurança jurídica contratual, razão pela o ônus da prova, quanto ao término do contrato de 
trabalho, é do trabalhador, nas hipóteses em que são negadas a prestação dos serviços e o despedimento. 
IV. Em consonância com o princípio da intangibilidade contratual objetiva, a mudança subjetiva perpetrada 
no sujeito empregador não se configura apta a produzir mudança no corpo do contrato, em seus direitos e 
obrigações. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) II, III e IV. 
b) I e II. 
c) II e III. 
d) I, III e IV. 
e) I e IV. 
16. (FCC_TRT24_2017_AJAJ) O advogado Hércules pretende fundamentar uma tese na petição inicial de 
reclamatória trabalhista utilizando o ditame segundo o qual, ainda que haja mudanças vertiginosas no 
aspecto de propriedade ou de alteração da estrutura jurídica da empresa, não pode haver afetação quanto 
ao contrato de trabalho já estabelecido. Tal valor está previsto no princípio de Direito do Trabalho 
denominado 
a) razoabilidade. 
b) disponibilidade subjetiva. 
c) responsabilidade solidária do empregador. 
d) asserção empresarial negativa. 
e) continuidade da relação de emprego. 
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17. (FCC_TRT24_2017_OJAF) No estudo da Teoria Geral do Direito do Trabalho é correto afirmar que na 
hipótese de um instrumento coletivo de trabalho dispor sobre norma prevista na Consolidação das Leis do 
Trabalho − CLT, porém com determinação de multa com valor superior em caso de infração, é de se aplicar 
aquela norma em detrimento desta, com fundamento no princípio da 
a) primazia da realidade. 
b) boa fé contratual objetiva. 
c) intangibilidade contratual objetiva. 
d) aplicação da norma mais favorável. 
e) leal contraprestação. 
18. (FCC_TRT20_2016_TJAA) Considere: 
I. A obrigação de comprovar o término do contrato de trabalho quando negado o despedimento é do 
empregador. 
II. A descaracterização de um contrato de prestação de serviços de trabalhador sob sistema de cooperativa, 
desde que presentes os requisitos fático-jurídicos da relação empregatícia. 
III. As cláusulas regulamentares que alterem vantagens deferidas anteriormente, só atingirão os 
trabalhadores admitidos após a alteração do regulamento. 
Os itens I, II e III correspondem, respectivamente, aos princípios do Direito do Trabalho: 
a) continuidade da relação de emprego; irrenunciabilidade; razoabilidade. 
b) razoabilidade; primazia da realidade; intangibilidade salarial. 
c) continuidade da relação de emprego; primazia da realidade; condiçãomais benéfica. 
d) primazia da realidade; condição mais benéfica; instrumentalidade das formas. 
e) irrenunciabilidade; continuidade da relação de emprego; prevalência do negociado sobre o legislado. 
19. (FCC_TRT20_2016_TJAA) A restrição à autonomia da vontade inerente ao contrato de trabalho, em 
contraponto à soberania da vontade contratual das partes que prevalece no Direito Civil, é tida como 
instrumento que assegura as garantias fundamentais do trabalhador, em face do desequilíbrio de poderes 
inerentes ao contrato de emprego, é expressão do princípio da 
a) autonomia privada coletiva. 
b) condição mais benéfica. 
c) primazia da realidade. 
d) imperatividade das normas trabalhistas. 
e) prevalência do negociado em face do legislado. 
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20. (FCC_TRT20_2016_OJAF) O artigo 7o da Constituição Federal de 1988 estabeleceu direitos mínimos dos 
trabalhadores urbanos e rurais, objetivando a garantia e o aprimoramento da sua condição social, inserindo 
princípios do Direito do Trabalho, mesmo que de forma implícita, como por exemplo, 
a) primazia da realidade; intangibilidade salarial; razoabilidade. 
b) boa fé contratual; primazia da realidade; irredutibilidade salarial. 
c) irredutibilidade salarial; igualdade salarial; intangibilidade salarial. 
d) alteridade; continuidade da relação de emprego; princípio da despersonalização do empregador. 
e) continuidade da relação de emprego; pacta sunt servanda; proteção à criança e ao adolescente. 
21. (CESPE_TRT8_2016_AJAA) Em relação aos princípios e às fontes do direito do trabalho, assinale a opção 
correta. 
a) Em virtude do princípio da boa-fé, via de regra, o trabalhador pode renunciar a seu direito de férias, se 
assim preferir. 
b) Na falta de disposições legais ou contratuais, a justiça do trabalho ou as autoridades administrativas 
poderão decidir o caso de acordo com os usos e costumes, que são fontes do direito do trabalho. 
c) Por conter regras específicas acerca da maioria dos institutos trabalhistas, na análise de um caso concreto, 
a Consolidação das Leis do Trabalho pode se sobrepor aos dispositivos constantes da Constituição Federal de 
1988 (CF). 
d) A sentença normativa é fonte do direito do trabalho, mas não o são os atos normativos do Poder Executivo. 
e) Os princípios gerais de direito não são aplicados na interpretação das normas do direito do trabalho, ainda 
que subsidiariamente. 
22. (CESPE_TRT8_2016_TJAA) Acerca dos princípios e das fontes do direito do trabalho, assinale a opção 
correta. 
a) A aplicação do in dubio pro operario decorre do princípio da proteção. 
b) As fontes formais correspondem aos fatores sociais que levam o legislador a codificar expressamente as 
normas jurídicas. 
c) Dado o princípio da realidade expressa, deve-se reconhecer apenas o que está demonstrado 
documentalmente nos autos processuais. 
d) Em decorrência do princípio da irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas, o empregador não pode 
interferir nos direitos dos seus empregados, salvo se expressamente acordado entre as partes. 
e) O princípio da razoabilidade não se aplica ao direito do trabalho. 
23. (FCC_TRT14_2016_AJAJ) O Tribunal Superior do Trabalho editou a Súmula de Jurisprudência de n°212, 
segundo a qual o ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço 
e o despedimento, é do empregador, pois determinado princípio do Direito do Trabalho constitui presunção 
favorável ao empregado. O referido princípio é o da 
a) indisponibilidade dos direitos trabalhistas. 
b) continuidade da relação de emprego. 
c) flexibilização das normas trabalhistas. 
d) intangibilidade salarial. 
e) primazia da realidade. 
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PAPA CONCURSOS | DIREITO DO TRABALHO: PRINCÍPIOS E FONTES | PROF. MARCEL BARROS 
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24. (FCC_TRT14_2016_OJAF) A relação objetiva evidenciada pelos fatos define a verdadeira relação jurídica 
estipulada pelos contratantes, ou seja, em matéria trabalhista, importa o que ocorre na prática mais do que 
as partes pactuaram, em forma mais ou menos expressa, ou o que se insere em documentos, formulários e 
instrumentos de contrato. Tal enunciado corresponde ao princípio específico do Direito do Trabalho: 
a) Condição mais benéfica. 
b) Primazia da realidade. 
c) Intangibilidade contratual lesiva. 
d) Busca do pleno emprego. 
e) Continuidade da relação de emprego. 
25. (CESPE_AGU_2015_AGU) No que se refere a ações constitucionais, julgue o item subsequente. 
O princípio constitucional da norma mais favorável ao trabalhador incide quando se está diante de conflito 
de normas possivelmente aplicáveis ao caso. 
GABARITO: 
01: E; 2: B; 03: E; 04: B; 05: E; 06: D; 07: A; 08: E; 09: D; 10: A 11:D 12: A; 13: D; 14: D; 15: E; 16: E; 17:D; 18:C; 
19: D; 20: C; 21: B; 22: A; 23: B ; 24: B ; 25: C

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