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Evicção e Posse de Boa ou Má-fé no Direito Civil

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UNIVERSIDADE SANTO AMARO
Curso de Direito
Sandy Araújo Silva
Eliane Katia dos Santos
Atividade IV- - Evicção e posse de boa ou má-fé. Efeitos quanto aos frutos, danos e benfeitorias.
 São Paulo
2020
Sandy Araújo Silva RA: 3745996
Eliane Katia dos Santos Eliane Katia dos Santos RA: 3928055
Atividade IV- - Evicção e posse de boa ou má-fé. Efeitos quanto aos frutos, danos e benfeitorias.
Atividade IV de Direito Civil do curso de Direito da Universidade de Santo Amaro-UNISA.
Professora Orientadora: Cristhiane Bessas Juscelino.
São Paulo
2020
1. Thomas terá que indenizar o verdadeiro proprietário do imóvel quanto às laranjas colhidas? Em caso positivo, poderá ele cobrar o valor de Caio?
 Sim, Thomas terá que indenizar o verdadeiro proprietário do imóvel quanto as laranjas colhidas, porque realizou a colheita logo após ter sido notificado por um oficial de justiça passando a ter ciência que moveram uma ação reivindicatória. 
 E segundo R. Limongi Franca, quanto aos frutos, o possuidor de má fé tem a obrigação de devolvê-los todos, inclusive os colhidos e percebidos. E não apenas isso: responde ainda por todos os frutos que, por culpa sua, deixou de perceber. 
 Chama-se possuidor de má fé aquele que sabe que a coisa é alheia, e nada obstante a detém e a possui, recebendo-lhe os frutos e dela tirando todas as vantagens.
 Art. 126 CC - O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu de má-fé; tem direito às despesas da produção e custeio.
 Em caso positivo, poderá ele cobrar o valor de Caio?
          Sim, as benfeitorias necessárias ou úteis, não abonadas ao que sofreu a evicção, serão pagas pelo alienante.
2. Em relação às obras realizadas por Thomas, terá ele direito a requerer indenização ao terceiro? Haverá possibilidade de retenção? Em que medida esse panorama influenciará na responsabilidade do alienante?
 Foram 3 tipos de benfeitorias e em tempos distintos: 
 Quanto a reforma do telhado sim, pois caracteriza-se benfeitoria necessária, visto que a finalidade é conservar e evitar que o bem se deteriore, e ocorreu no tempo da boa-fé, logo é possível requerer indenização do terceiro. 
 Art. 1219 CC  - O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis. 
 Quanto a construção da piscina caracteriza-se benfeitoria voluptuária, são as de mero deleite, de mero luxo, para tornar mais agradável o seu uso.
 Quanto a instalação de algumas grades de segurança no local, caracteriza-se benfeitorias uteis  pois realizou ter sido notificado por um oficial de justiça passando a ter ciência que moveram uma ação reivindicatória,  o artigo 1220 CC diz que o possuidor de má fé serão ressarcidas somente as benfeitorias necessárias, não lhe assiste o direito de retenção pela importância dessas , nem o de levantar  as voluptuárias . 
 Haverá possibilidade de retenção?
 Pois bem, se o possuidor está de boa- terá sempre direito à indenização e retenção pelas benfeitorias necessárias; já as benfeitorias voluptuárias poderão ser levantadas pelo possuidor, se a coisa puder ser retirada sem estragar e se o dono não preferir. Art. 1219 CC 
 Em que medida esse panorama influenciará na responsabilidade do alienante?
 Para haver indenização na hipótese é necessário que a benfeitorias existam ao tempo da evicção. 
  A evicção ocorre quando o adquirente de um bem perde a propriedade, a posse ou o uso em razão de uma decisão judicial ou de um ato administrativo, que reconheça tal direito à terceiro, por uma situação preexistente (anterior) à compra.
 As benfeitorias necessárias ou úteis, não abonadas ao que sofreu a evicção, serão pagas pelo alienante.
3. Poderá o proprietário reclamar acerca dos pés de laranja podados? Esse fato traz repercussão na responsabilidade de Caio perante Thomas? (na resposta, considere que Thomas vendeu os pés de laranja podados a uma madeireira).
 Sim, o evicto poderá reivindicar pela indenização, pois o adquirente do imóvel só o podou depois de ter ciência do vicio em seu contrato, portanto acabou-se caracterizando má-fé por parte dele. Neste caso o proprietário terá direito a obrigação própria por conta do adquirente do imóvel ( isto é, o que está na posse), como descreve no código civil em seu Art. 450 I ele terá direito sobre os frutos que deveriam ser restituídos a ele, pois o mesmo obteve vantagem financeira com a venda das madeiras podadas as obteve intencionalmente , causando assim, prejuízo ao evicto, portanto o valos ganho nesta venda deverá ser deduzido no valor da indenização em que Thomas deverá pagar ao proprietário.
 Segundo Diniz (2005) cita que, existem na evicção três pessoas: o evicto, o adquirente que perderá a coisa adquirida ou sofrerá a evicção; o alienante, que transfere o bem por meio de contrato oneroso, que estabelece o dever de transferir o domínio e, sofrerá as consequências das decisões judiciais; e o evictor, que é o terceiro que move ação judicial, vindo a ganhar, total ou parcialmente, o bem objetivado no ato negocial.
4. Como Caio poderia se eximir de qualquer responsabilidade perante Thomas?
“O Código Civil de 1916 dispunha, no art. 1.101, que, nos contratos onerosos, pelos quais se transfere o domínio, posse ou uso, será obrigado o alienante a resguardar o adquirente dos riscos da evicção, toda vez que se não tenha excluído expressamente esta responsabilidade, acrescentando o parágrafo único que as partes podem reforçar ou diminuir essa garantia”. (GONÇALVES, 2004,p.119). 
 De acordo com Gonçalves (2004), a evicção funda-se no mesmo princípio de garantia em que se assenta a teoria dos vícios redibitórios. Nesta, o dever do alienante é garantir o uso e o gozo da coisa, protegendo o adquirente contra os defeitos ocultos. Mas essa garantia estende-se também aos defeitos do direito transmitido. Há, portanto, um conjunto de garantias a que todo alienante está obrigado, por lei, na transferência da coisa ao adquirente. Não só deve fazer boa a coisa vendida no sentido de que ela possa ser usada para os fins que ela se destina, como também no de resguardar o adquirente contra eventuais pretensões de terceiro e o risco de vir ser privado da coisa ou de sua posse e uso pacífico, pela reivindicação promovida com sucesso por terceiro, ressarcindo-o se acaso consume a evicção.
 Portanto nesta situação, entende-se que Caio não poderá se eximir da responsabilidade com Thomas, pois ocorrendo a lide como este caso o adquirente em o direito de voltar-se contra o alienante, por não ter ciência da situação, pedindo assim, ressarcimento do prejuízo que lhe foi causado.
Bibliografia
 DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro: Teoria das Obrigações Contratuais e extracontratuais. 21 ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
 GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro.v.3. São Paulo: Saraiva, 2004.
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: Contratos em espécie. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2005.
 RODRIGUES, Silvio. Direito Civil: Dos contratos das declarações Unilaterais da vontade. 30 ed. São Paulo: Saraiva, 2002.
 DIAS, Hildenguedson Ribeiro. Instituto da evicção na visão doutrinária, disponível em:https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-civil/instituto-da-eviccao-na-visao-doutrinaria/. Acesso em 16/03/2020 às 19:54

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