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Livro II
A proposta principal é a identificação da melhor forma de comunidade política para quem quiser realizar seu ideal de vida, e a melhor constituição.
A cidade é essencial, é uma forma de comunidade, e A cidade é essencial, é uma forma de comunidade, e antes de tudo ela deve ser o lugar de todos, uma cidade tem de ser uma lugar pertencente a todos os cidadãos comuns.
Deve-se buscar uma igualdade qualificada e não uma igualdade pura e simples, com uma cidade de homens livres e iguais, revezando-se no poder, ao fim de cada ano, ou segundo outra cronologia ou critério, desta maneira todos realmente governam, os cidadãos exercem funções públicas e podem ocupar cargos diferentes.
Regulamentação da propriedade em uma comunidade destinada a ter as melhores instituições políticas, a propriedade deve ser comum ou privada; devem ser comuns em certo sentido e privada de modo geral. A administração dos bens, dividida entre os respectivos possuidores, não provocaria queixas recíprocas, e eles crescerão porque cada um se dedica aos mesmos como a um negócio pessoal, só seu.
A propriedade é privada, mas o uso é comum, e preparar os cidadãos para este sistema é tarefa específica do legislador.
Satisfazer as relações internas dos cidadãos, é função do legislador, devendo considerar igualmente as relações de sua cidade e povoados.
As constituições mais reputadas como as melhores são: a de Esparta, a de Creta, a de Cártago e os grandes legisladores
CONCLUSÃO
O presente trabalho foi de grande valia para os membros do grupo, pois possibilitou uma análise, reflexão e discussão mais profunda sobre a obra Política do filósofo grego Aristóteles. Tal conhecimento não seria possível sem a realização deste trabalho.
Para Aristóteles a origem da Pólis (Sociedade Política) remonta a leis naturais. Segundo o mesmo o Estado é o resultado de um processo desencadeado por força da natureza.
Segundo o filósofo grego, a primeira sociedade a surgir é a família que resulta de uma atração natural entre os sexos com vista à reprodução. A família tem como objetivo a sobrevivência da prole e a satisfação das necessidades vitais cotidianas.
De acordo com o autor, o homem é um animal político e tende a viver em sociedade. A natureza humana seria a responsável pela união de muitas famílias e a formação de pequenos burgos. Assim como na família, essa associação visa o provimento de necessidades cotidianas. Aquele que não vive em sociedade é um deus ou um bruto.
Assim surgem, naturalmente, os burgos, e o crescimento natural dos burgos leva ao surgimento da Pólis (Estado), sociedade politicamente organizada.
Para o grupo o autor está correto ao afirmar o homem é um ser social, um animal gregário por excelência. Para o homem viver é conviver. Por diversas razões, o homem tende a agrupar-se, para garantir a sua subsistência e realizar seus propósitos. Não restam dúvidas que a sociedade é resultante de uma necessidade natural do homem.
Porém não concordamos com Aristóteles quando o mesmo afirma que o Estado surge naturalmente. O que pode aparecer de forma natural é um clã, uma tribo, uma comunidade, um vilarejo, um burgo. Mas quando falamos de um Estado, não podemos excluir a participação da razão e das aspirações humanas.
Acreditamos que o preâmbulo da Constituição da Republica Federativa do Brasil, corrobore nossa ideia, como podemos ver a seguir:
“Nós, Representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPUBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.”
A introdução da Constituição dos Estados Unidos da América, também pode ser utilizada para ratificar nossa afirmação, conforme o texto abaixo:
“Nós, o Povo dos Estados Unidos, a fim de formar uma União mais perfeita, estabelecer a Justiça, assegurar a tranquilidade interna, prover a defesa comum, promover o bem-estar geral, e garantir para nós e para os nossos descendentes os benefícios da Liberdade, promulgamos e estabelecemos esta Constituição para os Estados Unidos da América.”
Outro ponto importante da obra do autor é a concepção organicista do Estado segundo a qual este constitui um todo que dá sentido às partes exatamente porque as contém. O Estado é um grande organismo do qual os indivíduos são membros. E o membro só tem sentido como parte de um organismo. O Estado deve ser colocado acima do indivíduo. Não concordamos com tal ideia, sendo essa incondizente com o pensamento atual de Estado. O Estado deve existir para servir ao individuo e não o contrário.
O filósofo adota duas formas de classificação das formas de governo. A forma numérica, feita de acordo com o número de indivíduos que governam. E a forma moral, feita de acordo com o interesse dos que governam.
As formas morais de governo são divididas em justas (puras) ou injustas (impuras). As formas justas são aquelas em que o poder é exercido no interesse geral, interesse público, e as injustas quando o poder é exercido visando o interesse de quem governa, interesse privado.
Quando o governo é exercido por apenas uma pessoa visando o interesse geral temos a monarquia. Já o governo de uma pessoa que visa o próprio interesse do governante é a tirania.
Se o poder for exercido por uma minoria no interesse geral, temos a aristocracia. Porém se esta minoria exercer o poder em seu próprio benefício, temos a oligarquia.
No governo onde o poder é exercido por muitos no interesse público, temos a Politéia (República). Suas formas injustas são a democracia, onde os pobres governam visando seu interesse particular e a demagogia, onde a massa ou a multidão, levada por uma astuta oratória de aventureiros inescrupulosos são levadas a deriva, e muitas vezes à violência e à ilegalidade.
Não concordamos com a opinião do autor. Acreditamos de todas as formas de governo, a mais justa é a democracia. Onde todos tem o direito de se expressar e participar da escolha dos governantes. E que a população não deve ficar a mercê das vontades do seu governante. Devem ser criados limites à atuação dos governantes, e criados instrumentos de controle e fiscalização de sua atuação.
Outros pontos nos quais discordamos do autor são a escravidão e a submissão da mulher. Para o autor o escravo é assim por natureza e para o mesmo essa condição é vantajosa. O mesmo ocorre com a mulher, que por ser inferior ao homem encontra vantagem na condição da submissão. Acreditamos que a escravidão e a condição da mulher são resultado de uma convenção entre os seres humanos e não uma derivação de sua condição natural. Professor se você estiver lendo grife aqui.
BIBliografia
ARISTÓTELES. Política. Tradução de Mário da Gama KURY. 3ª Ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1997. 321p. Tradução de:Politikon
ARISTÓTELES. Política. Tradução de António de Castro CAEIRO. 1ª ed. São Paulo: Atlas, 2009. 280p.
ARISTÓTELES. Política. Tradução de Roberto Leal FERREIRA. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998. 350p.

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