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Ludicidade, Currículo e Avaliação 
na Educação Infantil
W
BA
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65
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1.
0
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Ludicidade, Currículo e Avaliação na Educação Infantil
Autora: Marilene Sales de Melo
Como citar este documento: MELO, Marilene Sales de. Ludicidade, Currículo e Avaliação na Educação 
Infantil. Valinhos, 2016.
Sumário
Apresentação da Disciplina 04
Unidade 1: A Influência da Concepção de Criança no Trabalho Desenvolvido na Educação Infantil 06
Assista a suas aulas 21
Unidade 2: A Concepção de Ensino e Aprendizagem e a Organização da Prática Pedagógica na 
Educação Infantil
29
Assista a suas aulas 44
Unidade 3: Currículo e Proposta Pedagógica para a Educação Infantil: os Diálogos entre Lóczy e 
Reggio Emilia
51
Assista a suas aulas 72
Unidade 4: O Objeto de Estudo das Diferentes Áreas de Conhecimento que Compõem o Currículo 
da Educação Infantil e a Criança como Protagonista do Processo
79
Assista a suas aulas 95
2/189
3/1893
Unidade 5: A Interdisciplinaridade e a Ludicidade como Eixo Curricular da Educação Infantil 102
Assista a suas aulas 120
Unidade 6: Avaliação da Aprendizagem na Educação Infantil: Concepções e Modalidades 127
Assista a suas aulas 141
Unidade 7: A Diversificação dos Instrumentos Avaliativos na Educação Infantil 148
Assista a suas aulas 163
Unidade 8: O Papel do Professor Diante de uma Avaliação que Ajude o Aluno a Aprender 170
Assista a suas aulas 182
Sumário
Ludicidade, Currículo e Avaliação na Educação Infantil
Autora: Marilene Sales de Melo
Como citar este documento: MELO, Marilene Sales de. Ludicidade, Currículo e Avaliação na Educação 
Infantil. Valinhos, 2016.
4/189
Apresentação da Disciplina
A Educação Infantil é a primeira etapa da 
educação básica brasileira, considerada de 
imensa relevância para bebês e crianças. 
Nesta disciplina você aprenderá sobre 
três aspectos fundamentais relacionados 
à educação e aos cuidados na primeira 
infância, sendo eles: Ludicidade, Currículo 
e Avaliação.
Durante o percurso de aprendizagem, você 
reconhecerá a importância da influência 
da concepção de criança no trabalho 
desenvolvido na Educação Infantil e 
também perceberá o quanto a concepção 
de ensino e aprendizagem interfere na 
organização da prática pedagógica.
O caminho a ser trilhado proporcionará o 
diálogo com as inspiradoras experiências 
de Lóczy e Reggio Emilia, tendo como foco 
desenvolver reflexão e ação sobre Currículo 
e Proposta Pedagógica que tenham as 
crianças como protagonistas do processo. 
As diferentes áreas do conhecimento e 
suas múltiplas linguagens serão temas 
de estudo. A interdisciplinaridade e 
ludicidade, dois eixos importantes no 
currículo da Educação Infantil, farão parte 
das aprendizagens proporcionadas.
Você conhecerá mais sobre avaliação da 
aprendizagem na Educação Infantil. Saberá 
mais sobre as concepções, modalidades, 
possíveis instrumentos avaliativos e 
também sobre o papel do professor, 
diante de uma avaliação permeada pela 
denominada Pedagogia da Escuta.
5/189
Esteja pronto para embarcar nessa viagem, 
rumo às singularidades e especificidades 
da Primeira Infância. Lembre-se de trazer 
na bagagem protagonismo e autoria para 
os seus estudos.
6/189
Unidade 1
A Influência da Concepção de Criança no Trabalho Desenvolvido na Educação Infantil
Objetivos
1. Reconhecer que a concepção de 
criança influencia o trabalho na 
Educação Infantil.
2. Perceber os fundamentos e a 
importância da Sociologia da 
Infância.
3. Identificar crianças como seres 
singulares, competentes e produtoras 
de cultura.
Unidade 1 • A Influência da Concepção de Criança no Trabalho Desenvolvido na Educação Infantil7/189
Introdução 
Várias são as concepções que você pode 
encontrar sobre crianças e infância. As 
crianças às vezes são caracterizadas pelo 
que são, muitas vezes pelo que podem vir 
a ser e também pelo que falta a cada uma 
delas. 
A concepção de infância com foco nas 
dimensões sociais é a que pautará os 
seus estudos na temática da influência 
da concepção de criança no trabalho 
desenvolvido na Educação Infantil. Para o 
melhor entendimento da dimensão social, 
cabe citar os estudos pioneiros de Philippe 
Ariès que mostram, principalmente no 
mundo ocidental, que o sentimento de 
infância passa a ser modificado a partir da 
Idade Moderna. Esse sentimento pode ser 
caracterizado como a certeza por parte de 
adultos de que a infância é uma etapa de 
vida especial e importante para qualquer 
ser humano.
Para saber mais
Philippe Ariès (1914-1984) nasceu na França, 
foi um importante historiador do século XX, 
entre os temas de suas pesquisas destacam-se 
a vida cotidiana e a história da criança. Sua obra 
História Social da Criança e da Família tornou-se 
um clássico.
Para que você entenda a importância de 
considerar a infância como construção 
social, as contribuições da Sociologia 
da Infância serão fundamentais. Nesta 
abordagem a infância é entendida como 
objeto sociológico, contrapondo-se 
Unidade 1 • A Influência da Concepção de Criança no Trabalho Desenvolvido na Educação Infantil8/189
a perspectivas biológicas que focam 
apenas em aspectos de maturação e 
desenvolvimento, assim como algumas 
perspectivas psicológicas que não 
consideram a importância da construção 
social no desenvolvimento das crianças. 
A Sociologia da Infância entende 
a infância como categoria social, 
tendo as crianças como seu objeto de 
investigação, considerando a sociedade 
de modo global em seus estudos. Sendo 
a infância historicamente construída, 
permeada pelas práticas sociais, pelas 
interações entre as crianças e entre 
crianças e adultos, é imprescindível levar 
em conta a multiplicidade de contextos 
vivenciados por elas, com variáveis diversas 
relacionadas a gênero, etnia, classe social, 
condições econômicas e sociais. Torna-se 
necessária a reflexão sobre as diversidades 
das condições de existência das crianças e 
como essas condições atuam socialmente. 
Outro aspecto a ser observado são 
as políticas públicas para a infância, 
presentes ou ausentes nesses contextos. 
Eis um pouco mais sobre Sociologia da 
Infância:
Link
Gerações e alteridade: interrogações a partir da 
sociologia da infância. Trata da infância como 
objeto sociológico. Disponível em: <http://
www.scielo.br/pdf/es/v26n91/a03v2691.
pdf>. Acesso em: 5 jun. 2016.
http://www.scielo.br/pdf/es/v26n91/a03v2691.pdf
http://www.scielo.br/pdf/es/v26n91/a03v2691.pdf
http://www.scielo.br/pdf/es/v26n91/a03v2691.pdf
Unidade 1 • A Influência da Concepção de Criança no Trabalho Desenvolvido na Educação Infantil9/189
As crianças devem ser vistas como 
seres em interação com seus pares que 
produzem valores, rotinas, artefatos 
e ideias, constituindo o que pode ser 
chamado de culturas infantis. Crianças 
são competentes, criativas, o tempo todo 
formulam indagações sobre a natureza, 
a sociedade e o mundo. Interpretam 
tudo o que está a sua volta. Você deve ter 
percebido que não existe uma forma única 
de ser criança, por isso pode-se dizer que 
existem múltiplas infâncias e diferentes 
maneiras de viver essas infâncias. 
A forma como a unidade de Educação 
Infantil organiza seus espaços, tempos, 
materiais, constrói sua proposta 
pedagógica, seu currículo, revela quais as 
concepções de infância e de criança estão 
presentes no seu trabalho pedagógico. A 
observação atenta mostrará se cada bebê 
e criança que chegam à instituição estão 
sendo acolhidos na sua integralidade e 
especificidade. Para que crianças formulem 
indagações, elas precisam ter voz e 
participar das escolhas dentro e fora das 
unidades educacionais.
Eu lembro a você o quanto é importante 
considerar falas e expressões de bebês 
e crianças, meninas e meninos. Esse 
material é valioso para nos indicar que 
infâncias são essas que cada um está 
experimentando e vivenciando. Escutando 
nossas crianças, é possível aos educadores, 
familiares e responsáveis por elas, terem 
mais possibilidades de considerar seus 
interesses e necessidades. Que tal agora 
Unidade 1 • AInfluência da Concepção de Criança no Trabalho Desenvolvido na Educação Infantil10/189
observar e refletir um pouco mais sobre a 
importância das concepções de infância na 
Educação Infantil.
Link
Vídeo: “Educação Infantil - Concepções 
de Criança, Creche e Pré-escola”. 
Fonte: <https://www.youtube.com/
watch?v=RKpu_7qcK1s>. Acesso em: 5 jun. 
2016.
1. CONHECENDO BEBÊS E 
CRIANÇAS 
Quando você atua na Educação Infantil, 
o conhecimento dos bebês e crianças que 
frequentam a instituição é fundamental, 
principalmente se a concepção de 
infância que estiver em pauta for aquela 
que reconhece as singularidades e 
especificidades da primeira infância. 
Para saber mais
Educação Infantil de acordo com a Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 
9394/96) é a primeira etapa da Educação Básica 
que é composta por Educação Infantil, Ensino 
Fundamental e Ensino Médio. 
Conhecer as crianças implica em saber 
quem são seus amigos, quais são suas 
brincadeiras, canções e jogos preferidos, 
como é o seu dia a dia na família, as 
relações que estabelecem com seus 
familiares, como se comunicam oral e 
https://www.youtube.com/watch?v=RKpu_7qcK1s
https://www.youtube.com/watch?v=RKpu_7qcK1s
Unidade 1 • A Influência da Concepção de Criança no Trabalho Desenvolvido na Educação Infantil11/189
corporalmente, quais são suas condições 
de vida, como resolvem seus conflitos e 
de que maneira dão sentido aos tempos e 
espaços da instituição escolar.
É compreender a criança como um 
sujeito pleno e cultural, ou seja, que 
não apenas está inserida em uma 
cultura adultocêntrica, mas que produz 
uma cultura que é própria de seu 
desenvolvimento cognitivo, biológico, 
social e emocional. 
Conhecer os bebês e as crianças implica em 
reconhecer sua capacidade de criatividade 
sobre o mundo, como sujeitos complexos 
que estão em um acelerado processo de 
formação. Por isso, a compreensão de uma 
criança fragmentada e passiva tem sido 
questionada por uma série de profissionais 
que atuam com elas. 
Essa percepção ajuda a reconhecer a 
alteridade entre o adulto e a criança e 
seus respectivos processos de socialização 
e interação. Poderíamos dizer que é 
um processo de transitoriedade entre 
diferenças, mas que não estão em processo 
de antagonismo, mas que exigem um 
aprendizado pela vivência social. Daí a 
relevância do educador em reconhecer este 
processo como contínuo e que exige uma 
escuta ativa das crianças. 
2. CRIANÇAS COMO 
PRODUTORAS DE CULTURA
Você já reparou como bebês e crianças tem 
seu modo próprio de ver e experimentar o 
mundo? São sujeitos de direitos e o tempo 
Unidade 1 • A Influência da Concepção de Criança no Trabalho Desenvolvido na Educação Infantil12/189
todo eles indagam o mundo a sua volta, 
criam e produzem cultura por meio de suas 
falas, expressões e brincadeiras. Gostam 
de investigar e descobrir o que acontece ao 
seu redor.
Observando bem as crianças, você 
perceberá que as brincadeiras são sua 
principal linguagem, que a utilizam para se 
relacionar com outras formas de expressão 
que podem envolver a música, o som, a 
fala, pintura, desenho, leitura e tantas 
outras, de forma a produzirem culturas. 
Dessa maneira na Educação Infantil, mais 
do que “alunos” são “crianças”. 
Um ponto que devemos salientar é que 
essa compreensão se relaciona aos estudos 
desenvolvidos pela Sociologia da Infância, 
a qual questiona os conceitos tradicionais 
sobre criança e infância, o que implica em 
perceber que esta abordagem pretende 
se deslocar das proposições apresentadas 
pela Psicologia do Desenvolvimento. 
Um dos pontos que nos interessam nesta 
concepção é perceber o processo de 
“desescolarizar” a criança, ou seja, seu 
desenvolvimento não deve ocorrer com 
atividades repetitivas, fragmentadas e 
que não possibilitem a ela ser sujeito no 
processo. Nesta direção percebemos a 
relevância do brincar, que se apresenta 
como a atividade inerente ao processo de 
formação da criança. Este reconhecimento, 
como estudaremos a seguir, permeia os 
documentos oficiais, como as Diretrizes 
Curriculares Nacionais da Educação 
Infantil. 
Unidade 1 • A Influência da Concepção de Criança no Trabalho Desenvolvido na Educação Infantil13/189
Assim, as crianças passam a ser 
compreendidas como sujeitos, 
protagonistas culturais, pois finda-se a 
concepção natural e genérica sobre a 
criança, isto é, não há um modelo único 
sobre o “ser criança”, o que existe são seres 
em formações complexas e multifacetadas, 
portanto, não há um “sentido único” para a 
formação e o desenvolvimento da criança. 
A criança como produtora cultural passa 
por um processo de empoderamento à 
medida que não é apenas um receptáculo 
da cultura do adulto, necessitando ser 
“formatada” dentro de padrões culturais 
que lhes são externos. A criança produz 
uma cultura que lhe é própria, pelas 
escolhas que realiza, pelo seu próprio 
processo de subjetivação e interesses 
sociais e culturais. Evidentemente que 
a cultura adulta não está descolada 
completamente desse processo, até porque 
a criança é cuidada e educada por adultos, 
mas o ponto central é a compreensão por 
parte desses adultos em não impor seu 
habitus às crianças. 
Veja um pouco mais sobre essa questão.
Link
O “ofício de aluno” e “ofício de criança”: 
articulações entre a sociologia da educação e a 
sociologia da infância. Trata da importância do 
ser criança. Disponível em: <http://www.scielo.
mec.pt/pdf/rpe/v23n1/v23n1a09.pdf>. 
Acesso em: 11 jun. 2016.
http://www.scielo.mec.pt/pdf/rpe/v23n1/v23n1a09.pdf
http://www.scielo.mec.pt/pdf/rpe/v23n1/v23n1a09.pdf
Unidade 1 • A Influência da Concepção de Criança no Trabalho Desenvolvido na Educação Infantil14/189
3. EDUCAÇÃO INFANTIL: UM LUGAR PARA 
VIVER A INFÂNCIA
Se você observar atentamente, verá que 
com a expansão da educação, as crianças 
têm ficado cada vez mais tempo dentro 
das unidades que são responsáveis pela 
primeira infância, passam ali os primeiros e 
preciosos anos de suas vidas. 
Sendo assim, o contato com elas exige uma 
escuta atenta, que indague e pergunte 
sobre como tem sido na instituição a 
oferta de educação e cuidados para bebês 
e crianças, que experiências e vivências 
fazem parte do cotidiano, que concepções 
estão por trás do que é oferecido a cada 
uma delas. Algo para aguçar olhares sobre 
critérios de atendimento na primeira 
etapa da Educação Básica. Vale a pena 
conhecer o trabalho realizado pelas 
pesquisadoras Fúlvia Rosemberg e Maria 
Malta Campos. 
Link
Critérios para um Atendimento em Creches 
que Respeite os Direitos Fundamentais 
das Crianças. Mostrará o que observar no 
atendimento à Educação Infantil. Disponível em: 
<http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/
direitosfundamentais.pdf>. Acesso em: 10 jun. 
2016.
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/direitosfundamentais.pdf
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/direitosfundamentais.pdf
Unidade 1 • A Influência da Concepção de Criança no Trabalho Desenvolvido na Educação Infantil15/189
Um ponto que nos interessa é perceber que a vida nas creches e pré-escolas deve ser 
compreendida como um espaço para a experimentação, isto é, para que as crianças possam 
se formar. Isto levou à emergência de repensarmos como os espaços para o atendimento 
das crianças são planejados desde sua concepção arquitetônica até os processos sociais de 
aprendizagem. 
Para saber mais
Fúlvia Rosemberg (1942-2014) era doutorada em Psicologia da Infância pela Université de Paris. Foi 
consultora da Fundação Getúlio Vargas e Professora Titular da Pontifícia Universidade Católica de São 
Paulo. Alguns de seus temas de atuação são: relações raciais, relações de gênero, educação e educação 
infantil. (Fonte: Currículo Lattes).
Maria Malta Campos possui doutorado em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo e realizou 
estágios de pós-doutorado na Universidade de Stanford e na Universidade de Londres. Pesquisadora da 
Fundação Carlos Chagas e professora de pós-graduação da Pontifícia UniversidadeCatólica. Temas de 
atuação: educação infantil, creche, qualidade da educação e política educacional. (Fonte: Currículo Lattes).
Unidade 1 • A Influência da Concepção de Criança no Trabalho Desenvolvido na Educação Infantil16/189
Esta visão permite compreender a criança 
como cidadã que deve ter seu direito 
à educação respeitado e valorizado 
socialmente. Os objetos que serão 
disponibilizados para esse processo 
também devem ser alvo de profunda 
reflexão por parte dos adultos. Nosso 
destaque será o brinquedo, pois é por 
intermédio dele que a criança também 
constrói suas representações sociais. 
Este espaço para viver o tempo da infância 
deve garantir que o brincar e o brinquedo 
sejam de qualidade. Nesse sentido, 
a intencionalidade na proposta e no 
planejamento do adulto são fundamentais 
para que a qualidade exista. Portanto, 
viver a infância com qualidade na 
Educação Infantil implica em brinquedos, 
brincadeiras, materiais, tempos e espaços 
que privilegiem essa concepção de criança 
como produtora cultural. 
Unidade 1 • A Influência da Concepção de Criança no Trabalho Desenvolvido na Educação Infantil17/189
Glossário
Artefatos: objetos criados por seres humanos que podem indicar a época em que foram feitos e 
fornecer dados sobre a cultura de quem os produziu.
Primeira infância: período que corresponde aos primeiros anos de vida de uma criança e se 
estende até por volta dos seis anos.
Proposta pedagógica: documento que norteia as linhas de concepção do trabalho pedagógico 
que se pretende desenvolver na Unidade Educacional. Sua elaboração pressupõe trabalho 
coletivo.
Questão
reflexão
?
para
18/189
Como você viu, as concepções de infância influenciam 
o trabalho desenvolvido na Educação Infantil. 
Reflita sobre as contribuições que a Sociologia da 
Infância pode trazer para o cotidiano das instituições 
educacionais.
19/189
Considerações Finais
• As concepções de criança e infância influenciam o trabalho na Educação 
Infantil.
• A Sociologia da Infância tem as crianças e suas práticas culturais como seu 
objeto de investigação.
• Conhecer as crianças, suas singularidades e especificidades é fundamental 
para a construção de propostas pedagógicas na Educação Infantil.
• Crianças, por meio de suas falas, expressões e brincadeiras, produzem 
cultura.
Unidade 1 • A Influência da Concepção de Criança no Trabalho Desenvolvido na Educação Infantil20/189
Referências
ARIÈS, P. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: LTC, 1981.
BRASIL. Lei 9394/96. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm>. Acesso em: 12 jun. 2016.
CAMPOS, M. M.; ROSEMBERG, F. Critérios para um atendimento em creches que respeite os direitos 
fundamentais das crianças. Brasília: MEC, SEB, 2009. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/
dmdocuments/direitosfundamentais.pdf>. Acesso em: 10 jun. 2016.
MARCHI, Rita de Cássia. O “ofício de aluno” e o “ofício de criança”: articulações entre a 
sociologia da educação e a sociologia da infância. Rev. Port. de Educação, Braga, v. 23, n. 1, 
p. 183-202, 2010. Disponível em: <http://www.scielo.mec.pt/pdf/rpe/v23n1/v23n1a09.pdf>. 
Acesso em 11 jun. 2016.
SARMENTO, J. M. Gerações e alteridade: interrogações a partir da sociologia da infância. Rev. 
Educ. Soc., Campinas, vol. 26, n. 91, p. 361-378, maio/ago. 2005. Disponível em: <http://www.
scielo.br/pdf/es/v26n91/a03v2691.pdf>. Acesso em: 5 jun. 2016.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/direitosfundamentais.pdf
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/direitosfundamentais.pdf
http://www.scielo.mec.pt/pdf/rpe/v23n1/v23n1a09.pdf
http://www.scielo.br/pdf/es/v26n91/a03v2691.pdf
http://www.scielo.br/pdf/es/v26n91/a03v2691.pdf
21/189
Assista a suas aulas
Aula 1 - Tema: A Influência da Concepção de 
Criança no Trabalho Desenvolvido na Educação 
Infantil - Bloco I
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f-
1d/072532a181159116b3e5a7b0bb7bdbcf>.
Aula 1 - Tema: A Influência da Concepção de 
Criança no Trabalho Desenvolvido na Educação 
Infantil - Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
b2b411b91690c916aa2a5ac70c399be1>.
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22/189
1. A infância é vista pela Sociologia da Infância:
a) pelos seus aspectos de maturação.
b) pela perspectiva biológica.
c) pela abordagem de objeto sociológico.
d) pela caracterização do que falta nas crianças.
e) pela perspectiva psicológica de desenvolvimento.
Questão 1
23/189
2. Crianças devem ser vistas como:
a) competentes, criativas e indagadoras.
b) pessoas que apenas serão alguém no futuro.
c) excessivamente falantes e imaturas.
d) portadoras de muitas dificuldades de desenvolvimento.
e) adultos em miniatura.
Questão 2
24/189
3. Para conhecer as crianças, é fundamental:
a) considerá-las como seres imaturos.
b) prestar atenção em suas falas e expressões.
c) desconsiderar as dimensões sociais.
d) observar aspectos apenas de sua maturação biológica.
e) atentar somente às questões de cuidado.
Questão 3
25/189
4. A forma como a unidade de Educação Infantil organiza seus espaços, 
tempos e materiais revela:
a) diretrizes de desenvolvimento.
b) o quadro de ocupação dos funcionários.
c) concepções de infância e de criança.
d) parâmetros de homogeneização do espaço.
e) orientações para o sistema de seriação do espaço.
Questão 4
26/189
5. A principal linguagem da infância que se relaciona com todas as 
outras linguagens na produção de culturas infantis é:
a) a matemática.
b) a geografia.
c) a leitura e a escrita.
d) a brincadeira.
e) estudos sociais.
Questão 5
27/189
Gabarito
1. Resposta: C.
A Sociologia da Infância considera a 
infância pela abordagem sociológica por 
considerá-la como uma construção social.
2. Resposta: A.
Crianças são produtoras de cultura, por 
isso devem ser vistas como criativas, 
competentes e indagadoras.
3. Resposta: B.
Crianças são seres de muita singularidade 
e diversidade. Escutá-las é imprescindível 
para conhecê-las, por isso a importância de 
observar atentamente seus gestos e falas.
4. Resposta: C.
Dependendo da maneira que a unidade 
de Educação Infantil organiza seus 
tempos, espaços e materiais, é possível 
saber quais as concepções de criança e 
infância estão presentes. Se elas são vistas 
como autônomas, produtoras de cultura, 
provavelmente a organização levará esses 
aspectos em conta, com variedade de 
objetos e altura acessível dos materiais. 
Provavelmente, teremos nos espaços a 
presença de marcas e produções infantis.
5. Resposta: D.
O brincar é a principal linguagem da 
infância que se relaciona a todas as outras 
28/189
Gabarito
linguagens, possibilitando às crianças 
experimentarem e vivenciarem diferentes 
modos de ver e sentir o mundo, de forma a 
produzir cultura.
29/189
Unidade 2
A Concepção de Ensino e Aprendizagem e a Organização da Prática Pedagógica na Educação 
Infantil
Objetivos
1. Perceber que a concepção de ensino 
e aprendizagem interfere na prática 
pedagógica.
2. Compreender que a organização da 
prática pedagógica deve propiciar àscrianças vivências e experiências que 
ampliem repertórios. 
3. Entender que os projetos de trabalho 
são uma relevante modalidade 
organizativa na Educação Infantil.
Unidade 2 • A Concepção de Ensino e Aprendizagem e a Organização da Prática Pedagógica na Educação Infantil30/189
Introdução
Você sabia que a concepção de ensino e 
aprendizagem que se assume interfere 
na organização da prática pedagógica? 
Quando a opção é por dar voz e escuta 
às crianças, o cuidar e educar como algo 
indissociável estará presente em cada 
ação, o protagonismo infantil será a 
tônica do trabalho, e cada experiência e 
vivência planejadas terão como marcas a 
intencionalidade de ampliar os repertórios 
das crianças, a partir do que elas trazem 
de conhecimento do mundo. Esse modo de 
pensar é diferente de concepções em que 
o foco das práticas está na antecipação da 
escolarização, por meio da adaptação de 
atividades do Ensino Fundamental.
Organizar situações de aprendizagem 
na Educação Infantil, tendo por base os 
princípios da chamada Pedagogia da 
Infância, exige que se considere o cuidar 
e educar como binômio, a criança como 
centro de um Projeto Pedagógico que 
proporcione o acesso a bens culturais 
construídos pela humanidade. Que 
tal conhecer um pouco mais sobre a 
Pedagogia da Infância?
Link
Construindo a Pedagogia da Infância no 
município de São Paulo. Traz a fala de vários 
autores sobre princípios da Pedagogia da 
Infância. Disponível em: <http://portal.sme.
prefeitura.sp.gov.br/Portals/1/Files/16676.
pdf>. Acesso em: 13 jun. 2016.
http://portal.sme.prefeitura.sp.gov.br/Portals/1/Files/16676.pdf
http://portal.sme.prefeitura.sp.gov.br/Portals/1/Files/16676.pdf
http://portal.sme.prefeitura.sp.gov.br/Portals/1/Files/16676.pdf
Unidade 2 • A Concepção de Ensino e Aprendizagem e a Organização da Prática Pedagógica na Educação Infantil31/189
Paulo Freire, em sua obra Pedagogia da 
Autonomia, diria que quem ensina aprende 
e quem aprende ensina. O papel do 
educador é construído na aprendizagem 
diária com as infâncias, por meio de 
observações atentas e diferentes formas 
de registro, organizando situações 
de aprendizagem, tendo sempre em 
vista o interesse dos bebês e crianças, 
a organização de tempos, espaços e 
materiais, de modo a propiciar momentos 
significativos de interação. Incentivar 
cada descoberta, a partir do interesse dos 
pequenos, para ampliação de repertórios 
de aprendizagem, é ponto fundamental do 
seu trabalho.
Ser educador da infância pressupõe na 
prática levar em conta especificidades 
e singularidades da Educação Infantil. 
Espera-se que esse educador seja alguém 
que elabore seu planejamento com 
intencionalidade, observe e registre as 
aprendizagens das crianças e considere 
a participação delas na organização das 
atividades. Veja um relato de experiência 
de um educador da infância.
Para saber mais
Paulo Freire (1921-1927), educador, pedagogo e 
filósofo brasileiro, é reconhecido mundialmente 
na história da Pedagogia. 
Unidade 2 • A Concepção de Ensino e Aprendizagem e a Organização da Prática Pedagógica na Educação Infantil32/189
É importante que você saiba que cada 
situação de aprendizagem planejada 
deve ampliar os repertórios das crianças, 
parte-se do que elas já sabem, elas sempre 
têm muito a contribuir; a partir desse 
conhecimento os repertórios precisam 
ser ampliados com novas vivências e 
experiências que propiciem aprendizagens 
significativas.
Uma boa forma de partir dos interesses das 
crianças e ampliar seus conhecimentos é 
a elaboração de Projetos de Trabalho, eles 
são uma ótima modalidade organizativa do 
trabalho pedagógico na Educação Infantil. 
As crianças aprendem bastante com os 
projetos, quando eles tratam de assuntos 
significativos para elas. Aprendem a 
pesquisar, a buscar informações, opinar e 
argumentar.
Como você pôde perceber, a concepção 
de ensino e aprendizagem interfere na 
prática pedagógica. Se os fundamentos 
dessa prática estiverem alicerçados na 
Pedagogia da Infância, o cuidar e educar 
indissociável, o protagonismo das crianças 
e a ampliação de repertórios, vivências e 
experiências serão a tônica do trabalho 
Link
De como ser professor sem dar aulas na escola 
da infância. Trata de um relato de experiência. 
Disponível em: <http://www.reveduc.
ufscar.br/index.php/reveduc/article/
viewFile/23/23>. Acesso em: 13 jun. 2016.
http://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/viewFile/23/23
http://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/viewFile/23/23
http://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/viewFile/23/23
Unidade 2 • A Concepção de Ensino e Aprendizagem e a Organização da Prática Pedagógica na Educação Infantil33/189
desenvolvido. Ganharão lugar importante 
no planejamento do educador os projetos 
de trabalho construídos para e com as 
crianças.
Organizar esse modo de trabalho exige 
intencionalidade, que é percebida 
no planejamento das situações de 
aprendizagem, na organização de tempos, 
espaços e materiais, nas interações que 
se estabelecem com as crianças. Tudo isso 
contribuirá para sejam ofertados educação 
e cuidados com qualidade social.
1. VIVÊNCIAS E EXPERIÊNCIAS: 
AMPLIAÇÃO DE REPERTÓRIOS
Perceba que dentro do contexto de 
uma unidade de Educação Infantil 
cada dia para a criança deve ser um dia 
de vivenciar novas experiências que 
ampliem seus conhecimentos, seus 
repertórios. Torna-se importante que o 
planejamento das atividades parta do que 
as crianças já sabem, de seus interesses, 
suas indagações. Elas com suas falas, 
brincadeiras, desenhos, criam cultura. 
De acordo com Sarmento (2004), há 
traços distintivos nas culturas da infância 
relacionados à forma como constroem 
significados com lógica própria, e quanto 
essas culturas são permeadas por jogos e 
brincadeiras. Lembro-me da criança que, 
ao ser indagada pela professora sobre o 
que era um amigo, responde: “alguém 
que te mostra borboletas”. Perceba 
como o jeito de se expressar delas está 
Unidade 2 • A Concepção de Ensino e Aprendizagem e a Organização da Prática Pedagógica na Educação Infantil34/189
próximo da poesia, enquanto seus vários 
questionamentos as aproximam dos 
cientistas. 
Para saber mais
Manuel Jacinto Sarmento é um estudioso 
português. Atua como professor titular da 
Universidade do Minho, em Portugal, realiza 
pesquisas sobre Sociologia da Infância. (Fonte: 
<www.curriculosemfronteiras.org>).
Para que a criança possa ampliar seu 
repertório, perceba que devemos observar 
sua interação com outras crianças, 
com a família, com o ambiente, com os 
brinquedos e demais objetos, com os 
professores e outros adultos que estão 
presentes nas unidades educativas. 
Perceber essa interação implica em 
dialogar com os conhecimentos prévios da 
criança e com os conhecimentos que irá 
desenvolver. 
As culturas da infância integram elementos 
diversos que devem ser considerados no 
momento de se pensar e planejar vivências 
e experiências que se deseja oferecer aos 
meninos e meninas. Para que você possa 
conhecer um pouco mais sobre as culturas 
da infância:
Link
As culturas das infâncias na encruzilhada da 2ª. 
modernidade. Disponível em: <http://www.
cedei.unir.br/submenu_arquivos/761_1.1_
u1_as_culturas_na_infancia.pdf>. Acesso em: 
20 jun. 2016. 
http://www.curriculosemfronteiras.org
http://www.cedei.unir.br/submenu_arquivos/761_1.1_u1_as_culturas_na_infancia.pdf
http://www.cedei.unir.br/submenu_arquivos/761_1.1_u1_as_culturas_na_infancia.pdf
http://www.cedei.unir.br/submenu_arquivos/761_1.1_u1_as_culturas_na_infancia.pdf
Unidade 2 • A Concepção de Ensino e Aprendizagem e a Organização da Prática Pedagógica na Educação Infantil35/189
Para Sarmento (2004, p. 13), devemos nos 
ater à gramática das culturas infantis, uma 
vez que elas demonstram: 
• Semântica: relacionado aos 
processos de significação e 
referenciação simbólico-cultural; 
• Sintaxe: relacionado à representação 
lógica que a criança atribui aos 
significados e signos, com o intuito detransmitir um significado completo e 
compreensível sobre o mundo e seu 
ordenamento;
• Morfologia: cria as estruturas 
e flexões sobre os elementos 
constitutivos das culturas infantis. 
Perceba que para a ampliação do repertório 
cultural das crianças é fundamental que 
elas possam interagir com diferentes 
materiais, linguagens, repertórios, espaços, 
entre outros. Assim, o planejamento 
docente deve estar pautado na criatividade 
e na ludicidade. 
2. MODALIDADES 
ORGANIZATIVAS DO TRABALHO 
PEDAGÓGICO
O planejamento na Educação Infantil 
pede intencionalidade e que se parta do 
que as crianças já sabem, ampliando seus 
conhecimentos. Para melhor pensar nessas 
ações, é possível selecionar modalidades 
organizativas do trabalho pedagógico, 
como bem coloca a pesquisadora Délia 
Lerner. 
Unidade 2 • A Concepção de Ensino e Aprendizagem e a Organização da Prática Pedagógica na Educação Infantil36/189
Dentre as modalidades temos as atividades 
habituais, denominadas de atividades 
permanentes, pois são aquelas que 
exigem certa periodicidade, que pode ser 
diária ou semanal. Elas têm como foco 
cuidados básicos, aprendizagem e prazer, 
por exemplo, a leitura de histórias no 
planejamento deve ser realizada todos 
os dias, assim como rodas de conversa e 
brincadeiras. Perceba que esta modalidade 
está profundamente articulada com a 
rotina das crianças. 
Outra modalidade é a sequência de 
atividades, que consiste em um conjunto 
de atividades sequenciadas que ofereça 
desafios cada vez mais complexos, 
como, por exemplo, saber mais sobre um 
determinado animal. 
Já os projetos de trabalho se constituem 
em modalidade organizativa fundamental 
na Educação Infantil, que tem como foco 
encontrar solução para um problema 
compartilhado com as crianças, cujos 
resultados podem ser comunicados ao 
final, por meio de produção realizada. 
Você poderá utilizar cada modalidade 
conforme a necessidade da turma, no 
entanto, os projetos de trabalho são a 
modalidade fundamental da Educação 
Infantil, que podem inclusive abarcar as 
outras formas de organização do trabalho.
Unidade 2 • A Concepção de Ensino e Aprendizagem e a Organização da Prática Pedagógica na Educação Infantil37/189
É fundamental que o professor conheça as 
modalidades para que sua intencionalidade 
em relação à prática pedagógica seja 
coerente com a escuta realizada junto 
às crianças. Neste sentido, o educador 
deve traçar uma caracterização do grupo 
das crianças com as quais trabalha, 
compreendendo seus diferentes níveis de 
conhecimento sobre os diferentes temas 
que se pretende desenvolver. Perceba 
que as modalidades sempre devem ser 
desafiadoras às crianças e ao mesmo 
Para saber mais
Délia Lerner é pesquisadora argentina, investiga 
as áreas da Didática da Matemática e da Didática 
da Língua. (LERNER, 2002).
tempo compatíveis com suas necessidades 
de aprendizagem. 
3. PROJETOS DE TRABALHO
Os projetos de trabalho são a modalidade 
organizativa que mais dialoga com 
concepções de ensino e aprendizagem 
que têm no centro o protagonismo das 
crianças. De acordo com Barbosa (2007), 
pela Pedagogia de Projetos ao elaborar 
um projeto primeiro se define o tema 
do problema, cria-se um planejamento, 
informações são coletadas, organizadas 
e registradas, ao final é realizada uma 
avaliação e comunicação das atividades 
realizadas. 
Unidade 2 • A Concepção de Ensino e Aprendizagem e a Organização da Prática Pedagógica na Educação Infantil38/189
O projeto deve partir de um problema 
real, que tenha despertado o interesse 
das crianças, favorecendo, assim, o 
protagonismo delas.
Para planejar projetos de trabalho, 
você precisa saber quais são as 
intencionalidades do tema escolhido e 
o quanto ele dialoga com interesses e 
curiosidades das crianças. Os projetos 
de trabalho oferecem a possibilidade de 
ampliar os conhecimentos das crianças. 
Um ponto central no trabalho com projetos 
é que eles devem ser significativos para 
as crianças, ou seja, estão ligados aos 
seus interesses. Para que o educador seja 
exitoso nesse sentido, é fundamental que 
ele seja conhecedor do grupo, como já 
mencionamos anteriormente. Na Educação 
Infantil é fundamental que o educador 
também articule as dimensões concretas 
e reais com a imaginária e lúdica. Assim, a 
curiosidade deve ser um elemento-chave 
a ser continuamente estimulado junto as 
crianças. 
Conheça um pouco mais sobre projetos de 
trabalho.
Link
Abordagem de projetos de trabalho na educação 
infantil: um percurso de formação de professores 
no contexto de uma creche universitária. 
Disponível em: <http://www3.fe.usp.br/
secoes/inst/novo/agenda_eventos/
inscricoes/PDF_SWF/14962.pdf>. Acesso em: 
20 jul. 2016.
http://www3.fe.usp.br/secoes/inst/novo/agenda_eventos/inscricoes/PDF_SWF/14962.pdf
http://www3.fe.usp.br/secoes/inst/novo/agenda_eventos/inscricoes/PDF_SWF/14962.pdf
http://www3.fe.usp.br/secoes/inst/novo/agenda_eventos/inscricoes/PDF_SWF/14962.pdf
Unidade 2 • A Concepção de Ensino e Aprendizagem e a Organização da Prática Pedagógica na Educação Infantil39/189
Glossário
Indissociável: que não pode se separar.
Binômio: dois elementos que conectam uma única ideia.
Intencionalidade: consciência, deliberação, propósito.
Questão
reflexão
?
para
40/189
Você estudou, neste tema, pontos relevantes sobre a 
organização do trabalho pedagógico. Construa uma 
síntese sobre os principais aspectos que propiciem 
uma organização do trabalho educacional que amplie o 
repertório de aprendizagem das crianças.
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Considerações Finais
• As concepções de ensino e aprendizagem interferem na prática 
pedagógica.
• São princípios de Pedagogia da Infância: cuidar e educar, criança no 
centro do projeto pedagógico, valorização das culturas infantis.
• As culturas da infância devem ser consideradas no planejamento.
• A prática pedagógica deve ser organizada com intencionalidade.
• As modalidades organizativas do trabalho pedagógico são: 
atividades habituais, sequência de atividades e projetos de trabalho.
• Os projetos de trabalho favorecem o protagonismo das crianças.
Unidade 2 • A Concepção de Ensino e Aprendizagem e a Organização da Prática Pedagógica na Educação Infantil42/189
Referências 
BARBOSA, M. C. et al. Projetos pedagógicos na educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2007.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. Paz e Terra: São Paulo, 2015.
LERNER, L. Ler e Escrever: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre: Artmed, 2002.
RUSSO, D. De como ser professor sem dar aulas na escola da infância. Rev. Eletrônica de 
Educação, São Carlos, v. 2, n. 2, p. 149-174, nov. 2008. Disponível em: <http://www.reveduc.
ufscar.br/index.php/reveduc/article/viewFile/23/23>. Acesso em: 13 jun. 2016.
SÃO PAULO (Estado). Secretaria Municipal de Educação. Construindo a pedagogia da infância 
no município de São Paulo. São Paulo: SME/DOT, 2004. Disponível em: <http://portal.sme.
prefeitura.sp.gov.br/Portals/1/Files/16676.pdf>. Acesso em: 15 jun. 2016.
SARMENTO, M. J. As culturas da infância nas encruzilhadas da 2ª modernidade. In: Crianças 
e miúdos: perspectivas sócio-pedagógicas da infância e educação. Porto: Asa, 2004. p. 9-34. 
Disponível em <http://www.cedei.unir.br/submenu_arquivos/761_1.1_u1_as_culturas_na_
infancia.pdf>. Acesso em: 20 jun. 2016. 
http://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/viewFile/23/23
http://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/viewFile/23/23
http://portal.sme.prefeitura.sp.gov.br/Portals/1/Files/16676.pdf
http://portal.sme.prefeitura.sp.gov.br/Portals/1/Files/16676.pdf
http://www.cedei.unir.br/submenu_arquivos/761_1.1_u1_as_culturas_na_infancia.pdf
http://www.cedei.unir.br/submenu_arquivos/761_1.1_u1_as_culturas_na_infancia.pdf
Unidade 2 • A Concepção de Ensino e Aprendizagem e a Organização da Prática Pedagógica na Educação Infantil43/189
VIEIRA, F. R. Abordagem de projetos de trabalho na educação infantil: um percurso de formação 
de professores no contexto de uma creche universitária – Relatode Prática e Pesquisa. In: 
CONGRESSO PAULISTA DE EDUCAÇÃO INFANTIL. 6., 2012. Anais eletrônicos... São Paulo: FEUSP, 
2012. Disponível em: <http://www3.fe.usp.br/secoes/inst/novo/agenda_eventos/inscricoes/
PDF_SWF/14962.pdf>. Acesso em: 20 jun. 2016.
http://www3.fe.usp.br/secoes/inst/novo/agenda_eventos/inscricoes/PDF_SWF/14962.pdf
http://www3.fe.usp.br/secoes/inst/novo/agenda_eventos/inscricoes/PDF_SWF/14962.pdf
44/189
Assista a suas aulas
Aula 2 - Tema: A Interferência da concepção de 
ensino e aprendizagem na organização da prática 
pedagógica na educação infantil - Bloco I
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/pA-
piv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/dc-
2f2e3be978e480b7b8d99abd9e09c9>.
Aula 2 - Tema: A Interferência da concepção de 
ensino e aprendizagem na organização da prática 
pedagógica na educação infantil - Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f-
1d/67ab578ca5ee57b7135d2f83b6178edc>.
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1. Cuidar e educar na Educação Infantil são termos tidos como:
a) duas modalidades estanques.
b) binômio, dissociáveis.
c) dois modos não convergentes.
d) binômio, indissociáveis.
e) formas divergentes que não dialogam.
Questão 1
46/189
2. Pedagogia que tem como um dos seus princípios a criança como centro 
do Projeto Pedagógico:
Questão 2
a) Pedagogia Tecnicista.
b) Pedagogia Tradicional.
c) Pedagogia da Infância.
d) Pedagogia não Libertadora.
e) Pedagogia da Juventude.
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3. Um aspecto importante do trabalho do educador da infância é:
Questão 3
a) disciplinar as crianças.
b) ampliar repertórios de aprendizagens.
c) desenvolver exercícios de coordenação motora.
d) organizar o planejamento não intencional.
e) desenvolver exercícios preparatórios de leitura e escrita.
48/189
4. São modalidades organizativas do trabalho pedagógico:
Questão 4
a) leitura, escrita e matemática.
b) plano de trabalho, diário de classe e lista de presença.
c) atividades habituais, sequência de atividades e projetos de trabalho.
d) plano de estudo, síntese e resenhas.
e) planilhas, estudo do meio, mapas.
49/189
5. Os projetos de trabalho, realizados de modo colaborativo, são 
importantes por promoverem nas crianças:
Questão 5
a) protagonismo.
b) condicionamento.
c) individualismo.
d) nivelamento.
e) motricidade.
50/189
Gabarito
1. Resposta: D.
Cuidar e educar na Educação Infantil são 
termos que devem sempre andar juntos e 
não se separam, por isso considera-se a 
ideia de binômio, sendo entendidos como 
indissociáveis.
2. Resposta: C.
Para a Pedagogia da Infância, são 
princípios fundamentais: o cuidar e educar, 
a ampliação de repertórios e a criança 
como centro do Projeto Pedagógico.
3. Resposta: B.
A partir do que as crianças já sabem o 
educador da infância desenvolve suas 
ações de maneira a ampliar os repertórios 
de aprendizagens das crianças, por meio 
do planejamento de novas vivências e 
experiências.
4. Resposta: C.
São consideradas modalidades 
organizativas do trabalho pedagógico: 
atividades habituais, sequência de 
atividades e projeto de trabalho.
5. Resposta: A.
Os projetos de trabalho, ao investigarem 
temas que interessam às crianças 
e ao serem desenvolvidos de modo 
colaborativo, promovem o protagonismo.
51/189
Unidade 3
Currículo e Proposta Pedagógica para a Educação Infantil: os Diálogos entre Lóczy e Reggio Emilia
Objetivos
1. Entender a importância da 
construção coletiva da proposta 
pedagógica.
2. Conhecer a concepção de currículo 
na Educação Infantil.
3. Inspirar-se com as experiências de 
Reggio Emilia e Lóczy.
Unidade 3 • Currículo e Proposta Pedagógica para a Educação Infantil: os Diálogos entre Lóczy e Reggio Emilia52/189
Introdução
As Diretrizes Curriculares Nacionais para 
a Educação Infantil (Res. maio de 2009) 
são relevantes para você compreender 
a importância da construção coletiva da 
Proposta Pedagógica de uma instituição 
responsável pela primeira infância. A 
Proposta Pedagógica é entendida nas 
Diretrizes como um plano orientador das 
ações da instituição, que define as metas 
para a aprendizagem e o desenvolvimento 
das crianças, levando em conta o cuidar e 
educar indissociável. Sua elaboração deve 
pressupor trabalho coletivo, contando 
com a participação da equipe gestora da 
unidade, dos educadores e da comunidade 
escolar. 
Outro aspecto relevante a ser considerado 
pelas instituições, ao elaborarem suas 
propostas pedagógicas, diz respeito aos 
princípios éticos, estéticos e políticos 
presentes nas Diretrizes Curriculares 
Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI). 
Os princípios éticos estão relacionados 
à autonomia, responsabilidade, 
Link
Diretrizes Curriculares Nacionais para a 
Educação Infantil. Disponível em: <http://
portal.mec.gov.br/index.php?option=com_
docman&view=download&alias=9769-
diretrizescurriculares-2012&category_
slug=janeiro-2012-pdf&Itemid=30192>. 
Acesso em 30 jul. 2016.
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=9769-diretrizescurriculares-2012&category_slug=janeiro-2012-pdf&Itemid=30192
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=9769-diretrizescurriculares-2012&category_slug=janeiro-2012-pdf&Itemid=30192
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=9769-diretrizescurriculares-2012&category_slug=janeiro-2012-pdf&Itemid=30192
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=9769-diretrizescurriculares-2012&category_slug=janeiro-2012-pdf&Itemid=30192
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=9769-diretrizescurriculares-2012&category_slug=janeiro-2012-pdf&Itemid=30192
Unidade 3 • Currículo e Proposta Pedagógica para a Educação Infantil: os Diálogos entre Lóczy e Reggio Emilia53/189
solidariedade, respeito ao bem comum, 
ao meio ambiente e às diferentes 
culturas, identidades e singularidades. Os 
princípios políticos expressam os direitos 
de cidadania, do exercício da criticidade 
e do respeito à ordem democrática. Já 
os princípios estéticos têm relação com 
a sensibilidade, criatividade, ludicidade 
e liberdade de expressão nas diferentes 
manifestações artísticas e culturais.
Um aspecto relevante para a construção 
e reflexão em uma unidade de educação 
infantil refere-se à organização do 
currículo, sendo este entendido como um 
conjunto de práticas que articulam as 
experiências e saberes das crianças com 
os conhecimentos que fazem parte do 
patrimônio cultural, artístico, ambiental, 
científico e tecnológico, de modo a 
promover o desenvolvimento integral 
de meninos e meninos 0 a 5 anos de 
idade, como apontado no texto legal das 
Diretrizes Curriculares Nacionais para a 
Educação Infantil. 
Sabendo da relevância do trabalho na 
primeira infância, duas experiências – uma 
italiana e outra húngara – servirão de 
inspiração para a realização de práticas de 
cuidado e educação que levem em conta 
protagonismo, escuta e autoria de bebês 
e crianças. Conheceremos as experiências 
de Lóczy e Reggio Emilia que não devem 
ser vistas como modelos a serem seguidos, 
mas sim como fonte de inspiração para 
ressignificar práticas envolvendo bebês e 
crianças.
Unidade 3 • Currículo e Proposta Pedagógica para a EducaçãoInfantil: os Diálogos entre Lóczy e Reggio Emilia54/189
A experiência italiana de Reggio Emilia 
poderá inspirar você com o belo trabalho 
desenvolvido com as múltiplas linguagens, 
a pedagogia da escuta, além da forte 
parceria com as famílias. Os registros 
realizados com foco na documentação 
pedagógica dão visibilidade às produções 
e criações das crianças, que nessa 
experiência são entendidas como seres de 
cem linguagens, potentes e competentes. 
As crianças se expressam utilizando todos 
os sentidos, por isso exigem dos adultos 
escuta ativa.
A experiência húngara de Lóczy, realizada 
por meio da abordagem criada pela médica 
pediatra Emmi Pikler, é inspiração para 
que você pense em práticas de cuidados 
com os bebês em que se rompa com a 
ideia de criança incapaz. O incentivo 
à motricidade livre é um dos pontos 
fortes dessa experiência, uma vez que 
os movimentos livres são a base para 
uma verdadeira autonomia. Reconhece 
a importância de relações estáveis e de 
vínculos afetivos entre bebês, crianças 
bem pequenas e adultos. A organização de 
ambientes, tempos, materiais e a qualidade 
das relações e interações estabelecidas 
com bebês e crianças são fundamentais 
para a abordagem Emmi Pikler.
Unidade 3 • Currículo e Proposta Pedagógica para a Educação Infantil: os Diálogos entre Lóczy e Reggio Emilia55/189
A construção conjunta, com o coletivo dos 
educadores, de propostas pedagógicas 
que levem em conta os princípios éticos, 
políticos e estéticos, anunciados pelas 
Diretrizes Curriculares Nacionais para a 
Para saber mais
Emmi Pikler (1902-1984) foi uma médica 
pediatra austríaca que realizou seu trabalho 
na Hungria, atuando como diretora de uma 
instituição para crianças órfãs e abandonadas, 
localizada em uma rua chamada Lóczy, em 
Budapeste. As práticas de cuidado e educação 
desenvolvidas nessa instituição ficaram 
conhecidas mundialmente como abordagem 
Emmi Pikler e também como a experiência de 
Lóczy.
Educação Infantil, é caminho que favorece 
a gestão democrática e as aprendizagens 
das crianças nas instituições responsáveis 
pela primeira infância. Inspirar-se nas 
experiências de Reggio Emilia e na 
abordagem Emmi Pikler auxilia a criação 
de currículos que levem em conta as 
múltiplas linguagens das crianças, o modo 
próprio que elas têm de ver o mundo, os 
redimensionamentos de tempos e espaços 
da instituição e as formas de interação que 
se dão em seu interior.
1. CURRÍCULO E PROPOSTA 
PEDAGÓGICA
Uma nova visão de currículo não estará 
centrada na ideia de que este é composto 
Unidade 3 • Currículo e Proposta Pedagógica para a Educação Infantil: os Diálogos entre Lóczy e Reggio Emilia56/189
por um conjunto de disciplinas de estudo, 
mas sim que currículo envolve tempos, 
espaços, materiais, interações e múltiplas 
linguagens. O currículo precisa estar 
articulado com a Proposta Pedagógica da 
unidade educacional, sendo que esta deve 
ser construída de forma conjunta, dando 
voz aos educadores, pais e crianças.
É importante destacar que, diferentemente 
do Ensino Fundamental e Ensino Médio 
que se organiza por meio de disciplinas, 
a Educação Infantil está organizada por 
“eixos”, na qual temos: movimento, música, 
artes visuais, linguagem oral e escrita, 
natureza e sociedade, e matemática. 
Nesse sentido, o currículo da Educação 
Infantil procura inferir sobre o legado da 
humanidade e seu patrimônio cultural, 
artístico e científico, bem como se articular 
com as experiências e vivências das 
crianças em seu cotidiano. 
Assim, o foco da ação das unidades 
educativas está em mediar este processo 
de formação do sujeito, compreendido 
como histórico, cultural e de direitos. A 
criança, portanto, não é nem submissa e 
nem passiva aos desígnios dos adultos, 
muito pelo contrário, ela é o cerne e a 
protagonista da vivência desta proposta 
pedagógica. 
Neste sentido, o trabalho dos educadores 
exige que todo o planejamento seja 
concebido compreendendo a proeminência 
da criança como sujeito, pois nossas ações 
são pensadas “para” e “com” elas. 
Unidade 3 • Currículo e Proposta Pedagógica para a Educação Infantil: os Diálogos entre Lóczy e Reggio Emilia57/189
Vale destacar que as DCNEI, além de 
privilegiarem a criança como protagonista, 
compreendem o lúdico e o brincar como 
inerentes ao processo de desenvolvimento 
da criança, portanto, devem perpassar 
toda a proposta pedagógica. O brincar é o 
meio pelo qual a criança imita o contexto 
que conhece, mas ao mesmo tempo recria 
e constrói um contexto novo para suas 
experimentações e vivências. 
Não podemos esquecer que um ponto que 
deve ser considerado no planejamento da 
proposta pedagógica é o contexto cultural 
e familiar em que a criança está inserida, 
isto significa que devemos considerar que 
as unidades educativas são pluriculturais 
e suas diferentes manifestações precisam 
ser respeitadas. Mas não significa 
compreender que a escola é um apêndice 
da educação familiar/maternal ou 
assistencialista, como já foi no passado. 
Lembro a você que a articulação do 
Currículo com as Diretrizes Curriculares 
Nacionais para a Educação Infantil se faz 
necessária, levando em conta princípios 
éticos, estéticos e políticos. A leitura do 
texto da pesquisadora Zilma de Moraes 
Ramos de Oliveira trará aspectos 
importantes dessa articulação.
Link
O currículo na Educação Infantil: o que propõem 
as novas Diretrizes Nacionais? Disponível 
em: <http://portal.mec.gov.br/docman/
dezembro-2010-pdf/7153-2-1-curriculo-
educacao-infantil-zilma-moraes/file>. 
Acesso em: 25 jul. 2016.
http://portal.mec.gov.br/docman/dezembro-2010-pdf/7153-2-1-curriculo-educacao-infantil-zilma-moraes/file
http://portal.mec.gov.br/docman/dezembro-2010-pdf/7153-2-1-curriculo-educacao-infantil-zilma-moraes/file
http://portal.mec.gov.br/docman/dezembro-2010-pdf/7153-2-1-curriculo-educacao-infantil-zilma-moraes/file
Unidade 3 • Currículo e Proposta Pedagógica para a Educação Infantil: os Diálogos entre Lóczy e Reggio Emilia58/189
2. REGGIO EMILIA: UMA 
EXPERIÊNCIA INSPIRADORA
Reggio Emilia é uma cidade do norte da 
Itália, que conta com uma rede de escolas 
da infância que se tornou conhecida 
mundialmente devido a seu trabalho 
inovador. O idealizador de seu projeto 
educativo foi Loris Malaguzzi, que criou 
uma pedagogia própria, a Pedagogia 
Para saber mais
Zilma de Moraes Ramos de Oliveira é professora 
associada da Universidade de São Paulo. 
Participou da elaboração das Diretrizes 
Curriculares Nacionais para a Educação Infantil.
da Escuta, e também a teoria das Cem 
Linguagens das Crianças. 
Para saber mais
Loris Malaguzzi (1920-1994) foi fundador da 
filosofia educativa de Reggio Emilia, participou 
do nascimento e construção da rede de escolas. 
Entendia as crianças como seres de cem 
linguagens.
A Pedagogia da Escuta é aquela que 
entende a criança como um ser ativo e 
competente. O verbo escutar, nesse caso, 
significa escutar com o corpo todo, escutar 
falas, gestos, olhares, expressões, choros 
e criações das crianças. Escutar suas cem 
linguagens. Essa escuta exige do educador 
Unidade 3 • Currículo e Proposta Pedagógica para a Educação Infantil: os Diálogos entre Lóczy e Reggio Emilia59/189
curiosidade, interesse, emoção e disponibilidade ao outro. A documentação pedagógica, 
composta de diferentes registros, dá visibilidade a essa escuta.
As crianças são vistas em Reggio Emilia como competentes, pois o tempo todo indagam o 
mundo onde vivem, elaboram teorias próprias, relacionam-se com o contexto em que estão 
inseridas. São ricas em saberes, produtoras de cultura e se expressam por múltiplas linguagens. 
Essa interessante experiência pode ser fonte de inspiração para inovações no trabalho com 
bebês e crianças. 
Para que você possa compreender a lógica da proposta de Reggio Emilia, vale a análise do 
poema a seguir: 
A criança é feita de cem./A criança tem cem mãos/cem pensamentos/
cem modos de pensar/de jogar e de falar./Cem sempre cem/modos de 
escutar/as maravilhasde amar. Cem alegrias/para cantar e compreender./
Cem mundos/para descobrir./Cem mundos/para inventar./Cem mundos/
para sonhar./A criança tem/cem linguagens/(e depois cem cem cem)/mas 
roubaram-lhe noventa e nove./A escola e a cultura/lhe separam a cabeça 
do corpo. (Malaguzzi, 1994).
Unidade 3 • Currículo e Proposta Pedagógica para a Educação Infantil: os Diálogos entre Lóczy e Reggio Emilia60/189
Assim, perceba que a criança precisa 
ser educada em sua singularidade e sua 
subjetividade, ou seja, ela é um indivíduo 
potente e capaz, logo o papel do educador 
é justamente estar atento e desenvolver 
uma comunicação afetiva, pautada na fala, 
no afeto, no carinho, no gesto, pois esta 
criança terá muitas formas de expressar 
seus sentimentos, desejos, ideias. 
Esta Pedagogia da Escuta não se limita 
apenas a “escutar”, ela abrange a 
organização da proposta pedagógica da 
escola. Logo, os espaços de socialização 
e interação são compreendidos como 
“laboratórios”, nos quais as crianças têm 
autonomia no seu desenvolvimento, com 
atividades relacionadas às diferentes 
linguagens, diversos tipos de manipulação, 
movimentos, ou seja, tudo que lhe permita 
uma formação integrada e completa, tanto 
em aspectos cognitivos, físico-biológicos e 
emocionais. 
Um ponto que merece muita atenção 
por parte dos educadores é a questão 
do registro por parte dos educadores. O 
registro é um momento privilegiado do 
educador para compreender como as 
crianças se desenvolvem. Lembre-se que 
esta avaliação serve de horizonte para 
os professores, em seu planejamento, 
conhecerem a criança em sua 
integralidade. Malaguzzi compreendeu que 
esta documentação transformava a criança 
em um ser “visível”, ou seja, para além dos 
arcabouços teóricos e propedêuticos sobre 
o cuidado com as crianças. 
Unidade 3 • Currículo e Proposta Pedagógica para a Educação Infantil: os Diálogos entre Lóczy e Reggio Emilia61/189
Chamo sua atenção para perceber que o 
registro do educador é ao mesmo tempo 
uma reflexão sobre a criança e sobre a 
proposta pedagógica. Para Malaguzzi, esse 
registro seria um “testemunho cultural” 
sobre a trajetória das crianças. 
Esta perspectiva italiana está fortemente 
marcada pelo pensamento de Vygotsky 
sobre a formação do sujeito, no qual há 
um processo dialético entre a constituição 
do sujeito e seu processo de assimilação 
da cultura, uma vez que a cultura forma o 
sujeito e é transformada por ele. Assim, as 
crianças recebem a cultura existente, mas 
também a transformam, sendo sujeitos do 
processo, protagonistas. 
A criança dentro dessa concepção é 
concreta, isto é, cada uma é uma, pois 
sua existência ocorre dentro de um 
contexto coletivo, mas sua subjetividade 
é individual. Logo, não poderia ser 
educada e nem compreendida por padrões 
previamente definidos. 
A documentação e a narração contam 
uma história da infância e da trajetória 
profissional dos educadores, apresentando 
suas impressões, valores, crenças, e todo 
um arcabouço sobre suas experiências 
enquanto sujeitos sociais em contextos 
educativos. 
O papel do “atelierista” seria essencial para 
o registro e a documentação dos percursos 
das crianças em sua vida concreta. Assim, 
o professor dialoga diretamente com as 
crianças, pois busca captar e retratar 
sua integralidade enquanto um ser em 
formação. 
Unidade 3 • Currículo e Proposta Pedagógica para a Educação Infantil: os Diálogos entre Lóczy e Reggio Emilia62/189
Conheça um pouco mais sobre essa cidade 
educadora da primeira infância.
Link
Reggio Emilia: uma cidade educadora da 
primeira infância. Disponível em: <http://portal.
aprendiz.uol.com.br/arquivo/2014/01/08/
reggio-emilia-uma-cidade-educadora-da-
primeira-infancia/>. Acesso em: 25 jun. 2016.
Também recomendo que você assista ao vídeo: 
As Escolas de Educação Infantil de Reggio Emilia, 
Itália. Disponível em: <https://www.youtube.
com/watch?v=4j8mtA_iDss&feature=youtu.
be>. Acesso em: 20 set. 2016. 
3. A EXPERIÊNCIA DE LÓCZY: 
ABORDAGEM EMMI PIKLER
A abordagem Emmi Pikler, também 
conhecida como a experiência de Lóczy, 
realizada pelo Instituto Emmi Pikler em 
Budapeste, na Hungria, é conhecida 
mundialmente por desenvolver uma série 
de experiências relacionadas às práticas 
de cuidados com bebês. Lóczy é o nome da 
rua onde se localiza o antigo orfanato onde 
Pilkler realiza sua proposta. 
Devido à sua formação como médica, seu 
interesse pelo bem-estar físico e psíquico 
das crianças sempre motivou seu olhar e 
sua abordagem sobre as crianças. Sua visão 
era de que a criança seria saudável se sua 
relação com o ambiente fosse saudável, e 
http://portal.aprendiz.uol.com.br/arquivo/2014/01/08/reggio-emilia-uma-cidade-educadora-da-primeira-infancia/
http://portal.aprendiz.uol.com.br/arquivo/2014/01/08/reggio-emilia-uma-cidade-educadora-da-primeira-infancia/
http://portal.aprendiz.uol.com.br/arquivo/2014/01/08/reggio-emilia-uma-cidade-educadora-da-primeira-infancia/
http://portal.aprendiz.uol.com.br/arquivo/2014/01/08/reggio-emilia-uma-cidade-educadora-da-primeira-infancia/
https://www.youtube.com/watch?v=4j8mtA_iDss&feature=youtu.be
https://www.youtube.com/watch?v=4j8mtA_iDss&feature=youtu.be
https://www.youtube.com/watch?v=4j8mtA_iDss&feature=youtu.be
Unidade 3 • Currículo e Proposta Pedagógica para a Educação Infantil: os Diálogos entre Lóczy e Reggio Emilia63/189
isso implicava em compreender a criança 
com um ser em sua integralidade. 
Os princípios fundamentais dessa 
abordagem são a segurança afetiva e 
uma motricidade livre. O acolhimento, 
os cuidados com os bebês e a formação 
dos profissionais que atuam com essas 
crianças são aspectos importantes a serem 
observados. 
Uma perspectiva muito importante 
dentro desta abordagem é a superação da 
dicotomia entre o cuidar e o educar. Esta 
ruptura somente é possível com respeito 
ao sujeito da criança e com a compreensão 
de que esses são processos imbricados 
e coexistentes. Por isso a necessidade 
de repensarmos as interações entre os 
sujeitos, sejam elas crianças/crianças ou 
crianças/adultos, bem como os espaços, 
tempos e propostas de desenvolvimento e 
aprendizagem. 
A sua abordagem exige o respeito 
pelo desejo e pela vontade da criança. 
Esse respeito deve ser incorporado em 
todas as práticas direcionadas a ela, as 
“atividades de atenção pessoal”, como 
são denominadas as ações relacionadas 
aos cuidados com higiene e alimentação, 
exigem cuidado e carinho com as crianças. 
Assim, para que a criança se sentisse 
segura e soubesse a quem recorrer 
deveria existir um profissional específico 
que criasse esse vínculo de acolhimento 
e se individualizasse no cuidado com as 
crianças. Uma característica importante 
desse profissional era respeitar os ritmos 
Unidade 3 • Currículo e Proposta Pedagógica para a Educação Infantil: os Diálogos entre Lóczy e Reggio Emilia64/189
das crianças, bem como estar atento às 
suas iniciativas para poder estimular e 
auxiliar as crianças no desenvolvimento de 
sua autonomia. 
Um ponto-chave dentro dessa abordagem 
é o desenvolvimento da autonomia 
da criança, portanto o educador deve 
estimulá-la a realizar as atividades de 
forma autônoma, ou seja, para Pilkler um 
adulto não deve realizar uma atividade 
para uma criança se ela for capaz de fazê-
la sozinha, ao contrário o adulto deve 
acompanhar, estimular e motivar para que 
ela tenha interesse em cada vez mais ser 
independente e autônoma. Um exemplo 
neste sentido é estimular a criança a vestir 
a sua própria roupa, os educadores devem 
estimular as crianças, deixando que elas 
vivenciem este processo, orientando, 
dando suporte, mas permitindo que ela 
realize um processo de erros e acertos. 
Para compreender a experiência de Lóczy, 
devemos entender que os princípios que 
norteiam a proposta são acolhimento, 
cuidado e desenvolvimento a fim de 
garantir o bem-estar físico e emocional das 
crianças. Certamente que, para que isso 
fosse preciso, era necessário investir na 
formação e qualificação dos profissionaisque atuam com as crianças. 
Unidade 3 • Currículo e Proposta Pedagógica para a Educação Infantil: os Diálogos entre Lóczy e Reggio Emilia65/189
Assim, é possível perceber que: 
A construção da segurança afetiva inicia-se com o entendimento 
de que cada criança é um ser único, singular, cujo desenvolvimento 
depende da qualidade da relação que se estabelece com os materiais, 
objetos e adultos de seu entorno. Nesse sentido, o respeito à criança 
é fundamental, encarando-a como uma pessoa com características, 
necessidades e expectativas próprias (FREITAS; PELIZON, 2010, p. 4). 
Na rotina do bebê e da criança o fundamental são as relações que se estabelecem, é o 
envolvimento que permite que as crianças sejam consideradas como únicas. A motricidade 
livre também é um ponto relevante porque permite que as crianças se experimentem como 
sujeitos e consequentemente se desenvolvam respeitando seus ritmos e características 
próprias. 
A intervenção do adulto se faz necessária para garantir que a criança vivencie experiências 
que auxiliem e fomentem o seu desenvolvimento. Logo, o profissional que atua dentro desta 
proposta está preparado em termos técnicos, mas especialmente predisposto a desenvolver 
Unidade 3 • Currículo e Proposta Pedagógica para a Educação Infantil: os Diálogos entre Lóczy e Reggio Emilia66/189
uma escuta ativa, atenta e sensível às 
necessidades de cada criança. 
Para ela, a motricidade livre respeita o 
ritmo do desenvolvimento das crianças, 
logo os movimentos livres gerarão 
experiências e vivências essenciais para 
seu desenvolvimento como sujeito. 
Para Pikler, a criança não necessita de 
orientação e intervenção do adulto para 
desenvolver sua motricidade, pois este 
é um processo natural e inerente do seu 
desenvolvimento. A criança que aprende 
a cair e levantar é mais cuidadosa do que 
aquela que é superprotegida, pois tem mais 
autonomia e mais consciência corporal. 
Assim, poderíamos sumarizar que os 
princípios de seu trabalho em Lóczy 
envolviam: valorização da atividade livre e 
autônoma por parte da criança, valorização 
das relações sociais, com acolhimento e 
estabilidade, criação de uma autoimagem 
positiva por parte da criança, estímulo e 
cuidado com a saúde física e psíquica das 
crianças.
Entenda um pouco sobre as contribuições 
de Lóczy na Educação Infantil.
Link
As contribuições da experiência de Lóczy para 
o professor da educação infantil. Disponível 
em: <http://www.plataformadoletramento.
org.br/download/contribuicoes-da-
experiencia-de-loczy.pdf>. Acesso em: 22 jun. 
2016.
http://www.plataformadoletramento.org.br/download/contribuicoes-da-experiencia-de-loczy.pdf
http://www.plataformadoletramento.org.br/download/contribuicoes-da-experiencia-de-loczy.pdf
http://www.plataformadoletramento.org.br/download/contribuicoes-da-experiencia-de-loczy.pdf
Unidade 3 • Currículo e Proposta Pedagógica para a Educação Infantil: os Diálogos entre Lóczy e Reggio Emilia67/189
Perceba que as propostas de Reggio Emilia 
e de Lóczy são inovadoras porque, além 
de compreenderem a criança como um 
sujeito pleno, representaram uma ruptura 
definitiva com a perspectiva de que a 
criança era um ser passivo que necessitava 
apenas de cuidados relacionados a sua 
higiene e alimentação. 
Unidade 3 • Currículo e Proposta Pedagógica para a Educação Infantil: os Diálogos entre Lóczy e Reggio Emilia68/189
Glossário
Ludicidade: forma de desenvolver a criatividade, os conhecimentos, através de jogos, 
música e dança. O intuito é educar, ensinar, se divertindo e interagindo com os outros. O 
primeiro significado do jogo é o de ser lúdico (ensinar e aprender se divertindo).
Inspiração: algo que serve de estímulo para ativar a capacidade de criação.
Motricidade livre: considerando a abordagem Emmi Pikler, é o respeito ao ritmo individual do 
bebê.
Questão
reflexão
?
para
69/189
Durante o estudo deste tema, você conheceu as 
inspiradoras experiências de Lóczy e Reggio Emilia. 
Faça uma análise considerando que aspectos das 
duas experiências poderiam, como inspiração, ser 
considerados ao pensar o currículo da Educação 
Infantil.
70/189
Considerações Finais
• A proposta pedagógica deve ser organizada de forma coletiva. Sua 
construção pede articulação com as Diretrizes Curriculares Nacionais para 
a Educação Infantil, seguindo princípios éticos, estéticos e políticos.
• O currículo da Educação Infantil é um conjunto de práticas que busca 
articular os saberes das crianças com saberes socialmente construídos.
• Reggio Emilia tem um trabalho mundialmente reconhecido por conta 
da pedagogia da escuta, da importância dada às múltiplas linguagens e 
também da documentação pedagógica, além da forte parceria com as 
famílias.
• A experiência húngara de Lóczy procura dar visibilidade aos bebês como 
atores sociais e produtores de cultura.
• O diálogo com Reggio Emilia e a experiência de Lóczy não são modelos, 
mas inspirações para o trabalho na Educação Infantil.
Unidade 3 • Currículo e Proposta Pedagógica para a Educação Infantil: os Diálogos entre Lóczy e Reggio Emilia71/189
Referências 
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Diretrizes curriculares nacionais 
para educação infantil. Brasília: MEC, SEB, 2010. 
FALK, J. (Org.). Educar os três primeiros anos: a experiência de Lóczy. Araraquara: JM Editora, 
2004.
FREITAS, A. V. C; PELIZON, M. H. A Experiência de Lóczy e a Formação do Professor de Educação 
Infantil. 2010. Disponível em: <http://www.plataformadoletramento.org.br/download/
contribuicoes-da-experiencia-de-loczy.pdf>. Acesso em: 29 jun. 2016.
GANDINI, L.; EDWARDS, C.; FORMAN, G. As cem linguagens da criança: a abordagem de Reggio 
Emilia na educação da primeira infância. Porto Alegre: Artmed, 1999.
MALAGUZZI, Loris. Ao contrário as cem existem. Bambini. Milão, ano 10, n. 2, fev. 1994. 
(Tradução livre de Ana Lúcia Goulart de Faria, Patrízia Piozzi e Maria Carmem Barbosa).
OLIVEIRA, Z. M. R. O currículo na educação infantil: o que propõem as novas Diretrizes. In: I 
SEMINÁRIO NACIONAL: CURRÍCULO EM MOVIMENTO – Perspectivas Atuais. 1., 2010. Anais 
eletrônicos... Belo Horizonte, nov. 2010. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/docman/
dezembro-2010-pdf/7153-2-1-curriculo-educacao-infantil-zilma-moraes/file>. Acesso em: 22 
jun. 2016.
http://www.plataformadoletramento.org.br/download/contribuicoes-da-experiencia-de-loczy.pdf
http://www.plataformadoletramento.org.br/download/contribuicoes-da-experiencia-de-loczy.pdf
http://portal.mec.gov.br/docman/dezembro-2010-pdf/7153-2-1-curriculo-educacao-infantil-zilma-moraes/file
http://portal.mec.gov.br/docman/dezembro-2010-pdf/7153-2-1-curriculo-educacao-infantil-zilma-moraes/file
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Assista a suas aulas
Aula 3 - Tema: Currículo e proposta pedagógica 
para a educação infantil: Os diálogos entre 
lóczy e reggio emilia - Bloco I
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
e19d750a0c37dc77a9afc3eeb909d1d5>.
Aula 3 - Tema: Currículo e proposta pedagógica 
para a educação infantil: Os diálogos entre 
lóczy e reggio emilia - Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
b19ccdab948cb43b7497393ea5fe54a6>.
http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/e19d750a0c37dc77a9afc3eeb909d1d5
http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/e19d750a0c37dc77a9afc3eeb909d1d5
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73/189
1. A elaboração da propostapedagógica pressupõe:
a) trabalho individual.
b) trabalho esporádico.
c) trabalho solitário.
d) trabalho coletivo.
e) trabalho apenas dos gestores.
Questão 1
74/189
2. Os princípios políticos nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a 
Educação Infantil expressam:
a) relações com autonomia, responsabilidade e solidariedade.
b) direitos de cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à ordem democrática.
c) relação com a sensibilidade, criatividade, ludicidade e liberdade de expressão.
d) cultura da paz, aprendizagem individual e tecnológica.
e) educar em valores, competitividade e memória seletiva.
Questão 2
75/189
3. As experiências de Lóczy e Reggio Emilia podem vistas como:
a) lição sobre como tratar casos de indisciplina.
b) modelo pedagógico a ser reproduzido.
c) inspiração para ressignificar práticas.
d) exemplo do que não deve ser feito no cotidiano da instituição.
e) referência para educar crianças na vertente condicionada.
Questão 3
76/189
4. São aspectos importantes da experiência de Reggio Emilia:
a) Pedagogia da Escuta, múltiplas linguagens, parceria com as famílias e documentação 
pedagógica.
b) Pedagogia da Opressão, disciplinas curriculares, atividades estereotipadas.
c) Pedagogia Comportamental, leitura e escrita, reunião anual com as famílias, relatórios 
descritivos.
d) Pedagogia da Tolerância, matemática, culpabilização da família, avaliações com legenda.
e) Pedagogia da Autonomia, ciências sociais, escolas de pais, relatos orais.
Questão 4
77/189
5. Um ponto forte da experiência de Lóczy é:
a) motricidade contida.
b) motricidade controlada.
c) motricidade ordenada.
d) motricidade dependente.
e) motricidade livre.
Questão 5
78/189
Gabarito
1. Resposta: D.
A elaboração da proposta pedagógica 
pressupõe trabalho coletivo que envolva a 
equipe gestora, professores e comunidade.
2. Resposta: B. 
Os princípios políticos nas Diretrizes 
Curriculares Nacionais para a Educação 
Infantil expressam os direitos de cidadania, 
do exercício da criticidade e do respeito à 
ordem democrática.
3. Resposta: C.
As experiências de Lóczy e Reggio Emilia 
não devem ser vistas como modelo, mas sim 
como inspiração para ressignificar práticas 
nas instituições de Educação Infantil.
4. Resposta: A.
São aspectos importantes em Reggio 
Emilia a Pedagogia da Escuta, as múltiplas 
linguagens, a parceria com as famílias e a 
documentação pedagógica.
5. Resposta: E.
Um ponto forte da experiência de Lóczy é 
o incentivo à motricidade livre dos bebês, 
que colabora para que tenham cada vez 
mais autonomia.
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Unidade 4
O Objeto de Estudo das Diferentes Áreas de Conhecimento que Compõem o Currículo da 
Educação Infantil e a Criança como Protagonista do Processo
Objetivos
1. Conhecer áreas do conhecimento e 
seus desdobramentos nas múltiplas 
linguagens.
2. Entender a criança como 
protagonista do processo de 
aprendizagem e produtora de cultura.
3. Compreender que a principal 
linguagem da infância é o brincar.
Unidade 4 • O Objeto de Estudo das Diferentes Áreas de Conhecimento que Compõem o Currículo da Educação Infantil e 
a Criança como Protagonista do Processo
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Introdução
As áreas de conhecimento são 
desdobradas na Educação Infantil em 
múltiplas linguagens, tais como brincar 
e imaginar, linguagens artísticas, 
conhecimento de si e do mundo, 
linguagem corporal, linguagem verbal, 
o conhecimento matemático, entre 
outras. O brincar é a linguagem que deve 
perpassar todas as outras. As crianças nas 
vivências e experiências com as linguagens 
devem ser protagonistas do processo de 
aprendizagem e produtoras de cultura.
O brincar e imaginar envolve o resgate das 
brincadeiras tradicionais, que fazem parte 
da história da cultura infantil; o cotidiano 
precisa ser permeado por diversos tipos 
de jogos, e, principalmente, as crianças 
precisam de tempo, espaço e brinquedos 
(convencionais e não estruturados) para 
as brincadeiras de faz de conta.
O conhecimento de si e do mundo se 
dá nas interações em que se cuida de si 
mesmo, do outro e do meio ambiente. O 
trabalho com a questão da identidade, 
em que se procura saber mais de si e dos 
outros, reconhecendo e valorizando as 
manifestações culturais diversas, é um 
aspecto importante a considerar.
A linguagem corporal fala da importância 
de exploração do mundo e do próprio 
corpo por meio do movimento. A criança 
conhece muito do mundo pela sua 
experiência corporal, o movimento é acima 
de tudo um ato criativo para meninas e 
meninos.
Unidade 4 • O Objeto de Estudo das Diferentes Áreas de Conhecimento que Compõem o Currículo da Educação Infantil e 
a Criança como Protagonista do Processo
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A linguagem artística pode ser explorada 
por meio das linguagens musical, teatral 
e visual. As crianças se apropriam 
dessas linguagens de um modo todo 
próprio marcado pela exploração e 
experimentação.
O trabalho com a linguagem verbal 
pressupõe brincar com as palavras, 
comunicar-se, conhecer e praticar 
comportamentos leitores, ter contato com 
diferentes gêneros e portadores textuais. A 
linguagem gestual manifesta intenções das 
crianças e também deve ser considerada.
O conhecimento matemático na Educação 
Infantil se dá nas experiências com as 
relações quantitativas – com os espaços, 
formas e medidas –, que podem ser 
recriadas no cotidiano da instituição.
As linguagens, na Educação Infantil, 
não são estanques, o tempo todo uma 
interage com a outra. Lembro você que o 
brincar e as interações, considerados eixos 
da primeira etapa da Educação Básica, 
pelas Diretrizes Curriculares Nacionais da 
Educação Infantil, devem estar presentes 
em todos os momentos.
As interações que propiciam as relações 
entre criança/criança e criança/adulto 
são importantes na organização e 
planejamento das vivências e experiências 
com as múltiplas linguagens. Nessas 
interações os ritmos e tempos de 
cada bebê e cada criança precisam ser 
respeitados. Vale lembrar que as interações 
se dão também entre adultos/adultos 
que trabalham na instituição, e espera-
se que essas relações sejam amistosas e 
Unidade 4 • O Objeto de Estudo das Diferentes Áreas de Conhecimento que Compõem o Currículo da Educação Infantil e 
a Criança como Protagonista do Processo
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respeitosas, e que o mesmo ocorra nas 
interações com as famílias.
As múltiplas linguagens são requeridas 
quando a criança é vista como 
protagonista de seu processo de 
aprendizagem. Considera-se que ela é um 
ser potente, sujeito de direitos, constrói 
teorias e hipóteses sobre o mundo que a 
rodeia, produz cultura, e a brincadeira é 
a sua principal linguagem. Conheça um 
pouco mais sobre as múltiplas linguagens e 
os bebês na Educação Infantil.
Link
Bebês interrogam o currículo: as múltiplas 
linguagens na creche. Disponível em: <https://
periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/
view/1605/900>. Acesso em: 20 jul. 2016.
As crianças têm um jeito próprio de ver o 
mundo, entendem o tempo de um modo 
diferente dos adultos, são criadoras. Dessa 
maneira, o trabalho com as linguagens 
deve propiciar protagonismo, criação e 
autoria. Para que as crianças desenvolvam 
seu protagonismo, elas precisam de escuta 
atenta e sensível, espaços para momentos 
de escolha e seleção. Entende-se escuta 
como algo que não pode ser limitado 
ao ouvir a fala das crianças. Escutar as 
crianças significa estar atento a falas, 
gestos, balbucios, expressões, choros, 
olhares, criações e manifestações diversas.
As múltiplas linguagens são mais 
bem desenvolvidas em contextos de 
vivências e experiências significativas, 
como entendidos por Walter Benjamin 
https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/1605/900
https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/1605/900
https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/1605/900
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a Criança como Protagonista do Processo
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(1987), que consideraque as vivências 
compartilhadas se transformam em 
experiências. É imprescindível o foco na 
autoria das crianças. 
Para saber mais
Walter Benjamin (1892-1940), crítico literário, 
tradutor, ensaísta e filósofo alemão. Suas obras 
versam sobre literatura, arte, vida social e 
filosofia.
1. PLANEJANDO EXPERIÊNCIAS 
COM AS MÚLTIPLAS 
LINGUAGENS
Para ampliar o repertório das crianças, 
nada melhor do que primeiro conhecer o 
que já sabem, o que exige muita escuta de 
suas falas, expressões, brincadeiras, gestos 
e criações. As áreas de conhecimento 
na Educação Infantil se convertem em 
múltiplas linguagens, que se relacionam e 
interagem a todo instante. 
Vivências lúdicas e possibilidades de 
interação com as diferentes linguagens são 
aspectos a serem garantidos na hora de 
planejar as experiências de aprendizagem. 
Veja como Márcia Gobbi entende as 
múltiplas linguagens de meninos e 
meninas:
Unidade 4 • O Objeto de Estudo das Diferentes Áreas de Conhecimento que Compõem o Currículo da Educação Infantil e 
a Criança como Protagonista do Processo
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O trabalho que considere as diferentes linguagens das crianças implica, 
além de elaborar, para elas e com elas, ricos ambientes contendo 
materiais diversos, que se garanta também a aproximação da arte 
em suas formas: teatro, cinema, dança, exposições, literatura, música 
ampliando e reivindicando o direito às manifestações artístico-culturais 
além do contexto escolar, transpondo-o de modo corrente e constante. 
(GOBBI, 2010, p. 2).
Link
Múltiplas linguagens de meninos e meninas no cotidiano da Educação Infantil. Disponível em: 
<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=6678-
multiplaslinguagens&category_slug=setembro-2010-pdf&Itemid=30192>. Acesso em: 28 
jun. 2016.
Unidade 4 • O Objeto de Estudo das Diferentes Áreas de Conhecimento que Compõem o Currículo da Educação Infantil e 
a Criança como Protagonista do Processo
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É necessário compreender que as múltiplas 
linguagens garantem a expressividade da 
criança enquanto um ser potente e criativo. 
Desta forma, as crianças necessitam de 
atividades que possam garantir que elas 
se expressem por meio das artes plásticas, 
da música, da dança, enfim, das diversas 
linguagens artísticas, da linguagem verbal 
e da escrita. 
Para saber mais
Márcia Gobbi é doutora em Educação pela 
Universidade Estadual de Campinas. Desenvolve 
pesquisas sobre os seguintes temas: educação 
infantil e infância, fotografia, desenho e 
sociologia da infância.
Isso exige que os espaços e os materiais 
sejam pensados e planejados pelos 
educadores para estimular a criação e a 
exploração, daí a valorização de múltiplos 
artefatos estruturados ou não. Logo, 
o educador não deve privilegiar uma 
atividade em detrimento das demais, 
pois é a interação entre elas que permite 
o desenvolvimento da criança em sua 
inteireza.
Gobbi (2010) indica que pelas múltiplas 
linguagens podemos reconhecer mais 
profundamente as características das 
crianças em termos de gênero, raça, classe 
social, afetividade. Esse processo engendra 
a necessidade do planejamento “com” 
e “para” as crianças, pois elas deixaram 
manifestas suas preferências e a riqueza 
Unidade 4 • O Objeto de Estudo das Diferentes Áreas de Conhecimento que Compõem o Currículo da Educação Infantil e 
a Criança como Protagonista do Processo
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cultural que trazem consigo aos ambientes 
educativos. 
O olhar sensível do educador, portanto, 
requer que a criança seja compreendida 
como uma artista que deve ser valorizada 
em quanto tal. 
Para Gobbi (2010), ao desenhar e pintar 
as crianças devem ser estimuladas 
em diferentes bases e com materiais 
diversificados, pois esse processo criativo 
gera diferentes narrativas, invenções no 
sentido de conhecer, se reconhecer e ser 
reconhecida. Esses suportes ofertados 
pelos professores mobilizam o contato 
com o legado cultural e ao mesmo tempo 
movimentam sua capacidade criadora, 
articulando a dimensão individual e 
coletiva de suas existências. 
Na mesma direção teremos o cinema e a 
fotografia, que auxilia no desenvolvimento 
plurissensorial da criança. O ato de retratar 
e ser retratado afirma sua condição 
enquanto sujeito. As manifestações 
culturais presentes no cinema também irão 
auxiliar na formação de padrões estéticos, 
éticos e morais, o que exige novamente 
a necessidade de um planejamento 
adequado em relação ao seu conteúdo. 
Lembre-se de que a fotografia também 
será uma forma de retratar e documentar a 
história das crianças. 
Essas múltiplas linguagens geram o 
processo de conhecer o mundo pela 
experiência corporal, com cores, com 
texturas, cheiros, entre outros. A criança 
conhece o mundo e amplia o seu repertório 
Unidade 4 • O Objeto de Estudo das Diferentes Áreas de Conhecimento que Compõem o Currículo da Educação Infantil e 
a Criança como Protagonista do Processo
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cultural porque interage, experimenta, vive 
o contexto no qual está inserida. 
A poesia, a literatura, a dança, a música 
e o teatro serão importantes para 
que a criança reconheça seu corpo, 
criando consciência corporal e de seus 
movimentos, assim será a forma de 
expressar sua linguagem, seus sentimentos 
e seus pensamentos. Conhecer os ritmos, 
desenvolver a empatia, o raciocínio 
lógico e tantos outros aspectos de sua 
subjetividade. 
A valorização dessa trajetória e desse 
processo criativo deve estar presente 
nas exposições infantis, as quais podem 
ocorrer dentro ou fora das unidades 
educativas. O fato mais relevante nesse 
processo é valorizar a produção da criança, 
pois é desta forma que ela irá criar uma 
autoimagem positiva sobre si mesma, 
além de experimentar o belo e o bom. Um 
cuidado fundamental que o educador 
necessita ter é não hierarquizar ou valorizar 
um aluno em detrimento do outro. 
2. CRIANÇAS COMO 
PROTAGONISTAS DO PROCESSO 
EDUCATIVO
Crianças são sujeitos potentes, 
competentes, que merecem ser ouvidos 
com todos os sentidos, por meio de uma 
escuta atenta e sensível. Elas têm direito 
a voz, a poder participar dos momentos 
de escolha. Têm um modo próprio de ver 
e entender o mundo. Manifestam-se por 
Unidade 4 • O Objeto de Estudo das Diferentes Áreas de Conhecimento que Compõem o Currículo da Educação Infantil e 
a Criança como Protagonista do Processo
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meio das múltiplas linguagens, porém o 
brincar é a sua linguagem preferida. 
São produtoras de cultura, por isso é dever 
de cada educador e cada instituição de 
Educação Infantil valorizar o conhecimento 
das crianças e ampliá-los por meio do 
trabalho com as diferentes linguagens. 
O educador polonês Janusz Korczak 
foi um grande defensor dos direitos e 
protagonismo das crianças. A leitura de 
um artigo sobre protagonismo infantil 
ampliará seus conhecimentos sobre o 
assunto.
Um ponto que deve estar no horizonte de 
análise dos educadores é a tênue linha 
que diferencia o protagonismo da criança 
da sua possibilidade de participação 
dentro do contexto educativo. Para que 
as crianças possam ser compreendidas 
como verdadeiras protagonistas, elas 
devem participar ativamente dos processos 
decisórios, o que nos demonstra uma 
simbiose entre esses termos, uma vez 
que não é possível ser protagonista sem 
participar e decidir. 
Esse protagonismo permite que a 
criança se experimente como sujeito, 
e certamente a atividade que deve ser 
central neste processo é a brincadeira. As 
crianças devem ter liberdade de escolher 
sobre o que desejam brincar e como 
pretendem fazê-lo, cabendo ao educador 
uma observação ativa sobre o processo, 
uma vez que esse processo indicará o 
desenvolvimento da criança em termos 
Unidade 4 • O Objeto de Estudo das Diferentes Áreas de Conhecimento que Compõem o Currículo da Educação Infantil e 
a Criança como Protagonista do Processo
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da imaginação, memória, concentração, 
atenção, do respeito ao próximo, da 
socialização e da afetividade.
Os estímulos oferecidos pelo educador são 
o mote de seu processode escuta ativa dos 
interesses das crianças, possibilitando a 
ampliação do repertório cultural delas. O 
papel do professor é ser um mediador no 
processo de desenvolvimento da criança, 
e esta por sua vez o centro de toda a 
intencionalidade pedagógica. 
Link
Protagonismo infantil. Disponível em: <http://
www.scielo.br/pdf/paideia/v17n38/
v17n38a02.pdf>. Acesso em: 25 jul. 2016.
Para saber mais
Janusz Korczak (1878-1942) foi médico e 
educador polonês considerado pioneiro na 
defesa dos direitos das crianças. Entre seus livros 
destaca-se a obra Quando eu voltar a ser criança.
Esse processo de aprendizagem exige 
que a criança seja protagonista, ou seja, 
ao interagir em diversas linguagem 
ela vivência valores e aprende sobre 
questões relacionadas ao conhecimento 
matemático, linguístico, científico, 
social, artístico, enfim, todos aqueles que 
serão necessários para sua constituição 
enquanto sujeito de direitos. Assim, 
perceba que ao tratar do protagonismo 
http://www.scielo.br/pdf/paideia/v17n38/v17n38a02.pdf
http://www.scielo.br/pdf/paideia/v17n38/v17n38a02.pdf
http://www.scielo.br/pdf/paideia/v17n38/v17n38a02.pdf
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a Criança como Protagonista do Processo
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infantil não estamos pensando apenas 
em termos conceituais, mas em ações 
concretas que permitam a sua vivência 
enquanto tal. 
Unidade 4 • O Objeto de Estudo das Diferentes Áreas de Conhecimento que Compõem o Currículo da Educação Infantil e 
a Criança como Protagonista do Processo
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Glossário
Estanque: ato ou efeito de estancar . Interrupção; paragem
Não estruturados: no caso específico dos brinquedos, significa utilizar materiais diversos para 
brincar, tais como caixas de papelão, tampinhas, tecidos, entre outros.
Protagonismo: ação de quem exerce o papel principal.
Questão
reflexão
?
para
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Na Educação Infantil, as múltiplas linguagens precisam 
ser contempladas no trabalho de maneira que as 
crianças sejam protagonistas do processo educativo. 
Com base nessa afirmativa, faça uma síntese sobre a 
importância do protagonismo das crianças no trabalho 
com as múltiplas linguagens.
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Considerações Finais
• As áreas do conhecimento na Educação Infantil são compostas por 
linguagens que se entrelaçam.
• O brincar e as interações devem estar presentes no trabalho com todas as 
linguagens.
• As crianças são protagonistas do processo de aprendizagem, são seres 
singulares no modo de ver e sentir o mundo.
• As múltiplas linguagens são essenciais para o trabalho na Educação 
Infantil.
Unidade 4 • O Objeto de Estudo das Diferentes Áreas de Conhecimento que Compõem o Currículo da Educação Infantil e 
a Criança como Protagonista do Processo
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Referências
BENJAMIN, W. Magia e Técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. 3. ed. 
São Paulo: Brasiliense, 1987. 
FERRETTI, Celso J.; ZIBAS, Dagmar M. L.; TARTUCE, G. L. B. P. Protagonismo juvenil na literatura 
especializada e na reforma do ensino médio. Cadernos de pesquisa, v. 34, n. 122, p. 411-423, 
2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/paideia/v17n38/v17n38a02.pdf>. Acesso 
em: 28 jun. 2016.
GOBBI, M. Múltiplas linguagens de meninos e meninas no cotidiano da educação infantil. 
ago. 2010. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_
docman&view=download&alias=6678-multiplaslinguagens&category_slug=setembro-2010-
pdf&Itemid=30192>. Acesso em: 28 jun. 2016.
JANUSZ, K. Quando eu voltar a ser criança. São Paulo: Círculo do Livro, 1990.
RICHTER, S. R. S.; BARBOSA, M. C. S. Os bebês interrogam o currículo: as múltiplas linguagens 
na creche. Educação (UFSM), Santa Maria, p. 85-96, maio 2010. ISSN 1984-6444. Disponível em: 
<https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/1605/900>. Acesso em: 20 jul. 
2016.
http://www.scielo.br/pdf/paideia/v17n38/v17n38a02.pdf
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=6678-multiplaslinguagens&category_slug=setembro-2010-pdf&Itemid=30192
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=6678-multiplaslinguagens&category_slug=setembro-2010-pdf&Itemid=30192
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=6678-multiplaslinguagens&category_slug=setembro-2010-pdf&Itemid=30192
https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/1605/900
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Assista a suas aulas
Aula 4 - Tema: O objeto de estudo das 
diferentes áreas de conhecimento que compõe 
o currículo da educação infantil e a criança 
como protagonista do processo - Bloco I
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
c0f7d22cedbdbc5de392c97f4dc812f3>.
Aula 4 - Tema: O objeto de estudo das diferentes 
áreas de conhecimento que compõe o currículo da 
educação infantil e a criança como protagonista 
do processo - Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/pA-
piv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/0be-
b44ed087a50e0c74992677a5de356>.
http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/c0f7d22cedbdbc5de392c97f4dc812f3
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http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/c0f7d22cedbdbc5de392c97f4dc812f3
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http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/0beb44ed087a50e0c74992677a5de356
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96/189
1. Crianças nas vivências e experiências com as linguagens devem ser:
a) reprodutoras de informação.
b) individualistas.
c) passivas. 
d) protagonistas.
e) competitivas.
Questão 1
97/189
2. Na Educação Infantil, as linguagens devem ser vistas:
a) de forma estanque.
b) interagindo umas com as outras.
c) como disciplinas.
d) apenas como português e matemática.
e) como rol de atividades a serem cumpridas.
Questão 2
98/189
3. O que precisa ser observado nas interações:
a) os ritmos e tempos de cada bebê e criança.
b) o tempo da criança do ponto de vista do adulto.
c) a colocação de cartazes com regras.
d) menos momentos conjuntos entre as crianças.
e) as escolhas apenas dos professores.
Questão 3
99/189
4. Para desenvolver seu protagonismo, as crianças precisam de:
a) atividades de coordenação motora.
b) escuta atenta e sensível, espaço para momentos de escolha e seleção.
c) atividades com desenhos prontos para pintar.
d) adultos direcionando as escolhas, pois as crianças são imaturas.
e) pais presentes, pois o protagonismo vem de casa.
Questão 4
100/189
5. As múltiplas linguagens devem ser permeadas por:
a) muitas lições de alfabetização.
b) treinos ortográficos.
c) lições de casa.
d) brincadeiras e interações.
e) coordenação motora.
Questão 5
101/189
Gabarito
1. Resposta: D.
Nas vivências e experiências com as 
linguagens é preciso que as crianças 
desenvolvam seu protagonismo, sendo 
autoras e produtoras de cultura.
2. Resposta: B.
O trabalho com as linguagens na Educação 
Infantil não deve ser estanque, pois as 
linguagens precisam interagir umas com as 
outras.
3. Resposta: A.
Os momentos de interação necessitam 
da observação dos ritmos e tempos dos 
bebês e das crianças, pois estes possuem 
singularidades.
4. Resposta: B.
O protagonismo infantil se desenvolve 
quando os educadores proporcionam 
escuta atenta e sensível e em momentos 
em que as crianças possam selecionar e ter 
oportunidades de escolha.
5. Resposta: D.
As brincadeiras e interações, por serem 
eixos importantes da Educação Infantil, 
devem permear as múltiplas linguagens.
102/189
Unidade 5
A Interdisciplinaridade e a Ludicidade como Eixo Curricularda Educação Infantil
Objetivos
1. Entender a interdisciplinaridade 
na Educação Infantil como um 
diálogo entre as diversas áreas do 
conhecimento.
2. Perceber que a ludicidade deve estar 
presente em todos os momentos 
do cotidiano das instituições de 
Educação Infantil.
3. Considerar o brincar como prática 
cultural e principal linguagem da 
infância.
Unidade 5 • A Interdisciplinaridade e a Ludicidade como Eixo Curricular da Educação Infantil103/189
Introdução
A interdisciplinaridade e a ludicidade 
podem ser entendidas como dois pontos 
de apoio da Educação Infantil. Relacionam-
se a aspectos que devem ser levados 
em conta no trabalho diário com as 
crianças. Ao pensar seu planejamento, 
o professor deve se perguntar como a 
interdisciplinaridade e a ludicidade estão 
presentes no seu trabalho.
A reflexão voltada para o trabalho 
pedagógico na Educação Infantil deve 
se pautar na questão de que o diálogo 
entre as diversas áreas do conhecimento, 
promovido pela interdisciplinaridade, 
é inevitável, pois dessa maneira não 
há fragmentação do conhecimento, o 
que rompe com uma visão estanque 
de currículo, em que cada área do 
conhecimento aparece desvinculada da 
outra. Para que o diálogo entre as áreas do 
conhecimento ocorra é necessário trabalho 
planejado e intencional.
Você pode perceber que quando no 
plano de trabalho do educador são 
consideradas as conexões entre as áreas 
do conhecimento as aprendizagens são 
ampliadas. A conexão dos conhecimentos 
corresponde ao que acontece na 
sociedade, em que várias áreas são 
mobilizadas para realização dos mais 
diversos projetos. A interdisciplinaridade 
propõe o rompimento de visões estanques 
e fragmentadas sobre o mundo e sobre a 
organização do currículo.
Uma das melhores maneiras de realizar 
a interdisciplinaridade no cotidiano 
Unidade 5 • A Interdisciplinaridade e a Ludicidade como Eixo Curricular da Educação Infantil104/189
das instituições de Educação Infantil é 
desenvolver projetos de trabalho. Para 
que esses projetos sejam desenvolvidos, 
o professor precisa assumir um 
novo paradigma sobre as áreas do 
conhecimento que exige relação 
dialógica e muita pesquisa. O trabalho 
interdisciplinar amplia horizontes tanto 
para os educadores quanto para as 
crianças.
Algo que deve estar sempre presente em 
todos os momentos na Educação Infantil 
é a ludicidade, que é representada pelas 
brincadeiras, jogos, fruição, fantasia, 
sonho, imaginação e criatividade que 
presentes no cotidiano de bebês e crianças. 
O brincar é a principal linguagem da 
infância, tida como uma prática cultural, 
também entendido como um direito 
fundamental das crianças. Para Sônia 
Kramer (1999) defende que a criança seja 
reconhecida no que é específico a ela, 
como a imaginação, fantasia e criação, e 
sejam vistas também como cidadãs que 
produzem cultura.
Para saber mais
Sônia Kramer tem doutorado pela PUC-RJ e pós-
doutorado na New York University. Temas de 
pesquisa: educação infantil, infância, formação 
de professores, políticas públicas, alfabetização 
e leitura e escrita. 
Unidade 5 • A Interdisciplinaridade e a Ludicidade como Eixo Curricular da Educação Infantil105/189
Entende-se o brincar como uma prática 
cultural por ele estar permeado por 
características históricas, sociais e 
regionais. Brinquedos são produzidos na 
e pela cultura. Conhecer as brincadeiras 
preferidas das crianças auxilia a planejar 
a ampliação de repertórios do brincar na 
unidade educacional.
A brincadeira pode ser entendida como 
um ato de descoberta, investigação e 
criação. Quando as crianças brincam, 
elas trazem para o brincar o visto, o 
observado, o escutado e o experimentado. 
As brincadeiras podem ser de faz de conta, 
materiais de construção e regras.
Durante o brincar de faz de conta, 
as crianças representam papéis, são 
exemplos dessas brincadeiras brincar 
de médico, casinha, teatro, fantoche. Ao 
brincar com materiais de construção, 
temos a transformação de material 
variado em novo produto, são exemplos 
brincar de construir castelos com areia, 
criar modelagens com massinha, brincar 
com blocos, pinos. As brincadeiras com 
regras combinam aspectos motores e 
exploratórios com aspectos intelectuais. 
Temos exemplos desse brincar nos jogos 
com bola, saltar elástico, soltar pipa, jogar 
dominó e dama. É sempre bom lembrar 
que o brincar é a principal linguagem 
da infância. Que tal a leitura de um 
interessante artigo para você conhecer 
mais sobre jogos na educação infantil?
Unidade 5 • A Interdisciplinaridade e a Ludicidade como Eixo Curricular da Educação Infantil106/189
Sendo assim, o planejamento das 
atividades na Educação Infantil deve 
considerar o trabalho interdisciplinar 
entre as diversas áreas do conhecimento, 
considerar o lúdico como algo que deve 
fazer parte do cotidiano e o brincar precisa 
ser visto como prática cultural. Cabe à 
instituição e a cada educador propiciar 
momentos para que as crianças brinquem 
de faz de conta, jogos de construção e de 
regras. 
1. INTERDISCIPLINARIDADE NA 
EDUCAÇÃO INFANTIL
A interdisciplinaridade se baseia no diálogo 
entre diversas áreas do conhecimento 
e suas múltiplas linguagens. Para que 
ela ocorra, é preciso trabalho planejado 
e intencional do professor, articulado à 
proposta pedagógica da instituição. Ao 
realizar o seu planejamento, o educador 
tem a opção de trabalhar com Projetos 
de Trabalho, que são uma boa maneira de 
garantir a interdisciplinaridade, uma vez 
que os projetos necessitam do aporte de 
diversas áreas de conhecimento para sua 
concretização. Você poderá conhecer um 
pouco mais sobre interdisciplinaridade 
com a leitura da monografia “A 
interdisciplinaridade na Educação Infantil”.
Link
Jogos na Educação Infantil. Disponível 
em: <file:///C:/Users/Teacher/
Downloads/10745-32465-1-PB%20(2).pdf> 
Acesso em: 2 ago. 2016. 
file:///C:/Users/Teacher/Downloads/10745-32465-1-PB%20(2).pdf
file:///C:/Users/Teacher/Downloads/10745-32465-1-PB%20(2).pdf
Unidade 5 • A Interdisciplinaridade e a Ludicidade como Eixo Curricular da Educação Infantil107/189
Um ponto crucial que gostaria de retomar 
com você refere-se à organização 
curricular da Educação Infantil. Lembre-
se de que ela não é disciplinar, mas 
estruturada por eixos. 
Assim, esse currículo não disciplinar tem 
como foco a brincadeira e a ludicidade, 
pois a criança é a protagonista, e esses 
elementos são inerentes a sua condição 
enquanto criança que está vivenciando 
a infância. Portanto, o professor também 
Link
A interdisciplinaridade na Educação Infantil. 
Disponível em: <http://biblioteca.ajes.edu.
br/arquivos/monografia_20140227105041.
pdf>. Acesso em: 1º ago. 2016.
precisa entender que uma condição para 
o desenvolvimento desta proposta é que 
ele assuma a brincadeira uma prática 
essencial do seu trabalho, pois estreita 
seus vínculos com as crianças e promove 
uma maior interação entre e com elas. 
Perceba que os limites tradicionais do 
conhecimento não são coerentes com a 
proposta da Educação Infantil, logo não 
há sentido em pensar em uma proposta 
pedagógica que seja disciplinar, mas que 
seja integradora. 
Desejo que você perceba que o currículo da 
Educação Infantil por meio da brincadeira 
exige vivência e experimentação. 
Sua principal diferença dos modelos 
tradicionais é que neles o adulto é 
http://biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20140227105041.pdf
http://biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20140227105041.pdf
http://biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20140227105041.pdf
Unidade 5 • A Interdisciplinaridade e a Ludicidade como Eixo Curricular da Educação Infantil108/189
privilegiado como centro do processo de ensino-aprendizagem, já nesta proposta a criança é 
valorizada e compreendida como ativa. 
Nesta proposta a criança cria, experimenta, cria novos significados, faz suas reflexões sobre os 
processos que está vivenciando e por isto torna-se sujeito e protagonista. 
Esta proposta interdisciplinar também inclui trabalhar comvalores, o que exige uma interface com a 
comunidade e com a família, pois a escola deve acolher estes valores e permitir que a criança possa 
ampliá-los. Perceba que neste processo as crianças formam suas identidades culturais. 
Assim, encontramos no DCNEI (2010) a seguinte proposta para o desenvolvimento do currículo 
na Educação Infantil:
• garantir espaços e tempos para participação, o diálogo e a escuta 
cotidiana das famílias, o respeito e a valorização das diferentes formas 
em que elas se organizam;
• trabalhar com os saberes que as crianças vão construindo ao mesmo 
tempo em que se garante a apropriação ou construção por elas de 
novos conhecimentos;
Unidade 5 • A Interdisciplinaridade e a Ludicidade como Eixo Curricular da Educação Infantil109/189
• considerar a brincadeira como a atividade fundamental nessa fase do 
desenvolvimento e criar condições para que as crianças brinquem 
diariamente;
• propiciar experiências promotoras de aprendizagem e consequente 
desenvolvimento das crianças em uma frequência regular;
• selecionar aprendizagens a serem promovidas com as crianças, não as 
restringindo a tópicos tradicionalmente valorizados pelos professores, 
mas ampliando-as na direção do aprendizado delas para assumir o 
cuidado pessoal, fazer amigos, e conhecer suas próprias preferências e 
características;
• organizar os espaços, tempos, materiais e as interações nas atividades 
realizadas para que as crianças possam expressar sua imaginação 
nos gestos, no corpo, na oralidade e/ou na língua de sinais, no faz de 
conta, no desenho, na dança, e em suas primeiras tentativas de escrita;
Unidade 5 • A Interdisciplinaridade e a Ludicidade como Eixo Curricular da Educação Infantil110/189
• considerar, no planejamento do currículo, as especificidades e os 
interesses singulares e coletivos dos bebês e das crianças das demais 
faixas etárias, vendo a criança em cada momento como uma pessoa 
inteira na qual os aspectos motores, afetivos, cognitivos e linguísticos 
integram-se, embora em permanente mudança;
Outro ponto que devemos destacar sobre a proposta interdisciplinar dentro da Educação 
Infantil é que a realidade não é fragmentada, esta foi uma forma positivista de compreender 
a realidade, mas a criança não percebe o mundo de forma compartimentada, uma vez que 
ela o vivencia na sua complexidade, logo o currículo deve ser pensado para dar conta desta 
realidade. Ainda nesta direção o DCNEI (2010) aponta que o currículo deve:
• abolir todos os procedimentos que não reconheçam a atividade 
criadora e o protagonismo da criança pequena e que promovem 
atividades mecânicas e não significativas para as crianças;
Unidade 5 • A Interdisciplinaridade e a Ludicidade como Eixo Curricular da Educação Infantil111/189
• oferecer oportunidade para que a criança, no processo de elaborar 
sentidos pessoais, se aproprie de elementos significativos de sua 
cultura não como verdades absolutas, mas como elaborações 
dinâmicas e provisórias;
• criar condições para que as crianças participem de diversas formas 
de agrupamento (grupos de mesma idade e grupos de diferentes 
idades), formados com base em critérios estritamente pedagógicos, 
respeitando o desenvolvimento físico, social e linguístico de cada 
criança;
• possibilitar oportunidades para a criança fazer deslocamentos e 
movimentos amplos nos espaços internos e externos às salas de 
referência das turmas e à instituição, e para envolver-se em exploração 
e brincadeiras;
Unidade 5 • A Interdisciplinaridade e a Ludicidade como Eixo Curricular da Educação Infantil112/189
• oferecer objetos e materiais diversificados às crianças, que 
contemplem as particularidades dos bebês e das crianças maiores, 
as condições específicas das crianças com deficiência, transtornos 
globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, e as 
diversidades sociais, culturais, étnico-raciais e linguísticas das crianças, 
famílias e comunidade regional;
• organizar oportunidades para as crianças brincarem em pátios, 
quintais, praças, bosques, jardins, praias, e viverem experiências de 
semear, plantar e colher os frutos da terra, permitindo-lhes construir 
uma relação de identidade, reverência e respeito para com a natureza;
• possibilitar o acesso das crianças a espaços culturais diversificados e a 
práticas culturais da comunidade, tais como apresentações musicais, 
teatrais, fotográficas e plásticas, e visitas a bibliotecas, brinquedotecas, 
museus, monumentos, equipamentos públicos, parques, jardins. 
Unidade 5 • A Interdisciplinaridade e a Ludicidade como Eixo Curricular da Educação Infantil113/189
2. LUDICIDADE, BRINCADEIRAS 
E INTERAÇÕES
A ludicidade que envolve proporcionar 
às crianças, no precioso tempo em que 
passam na instituição de Educação Infantil, 
momentos de encantamento, brincadeiras, 
jogos, criatividade, imaginação e fantasia, 
tem que estar presente no planejamento 
do educador e fazer parte da proposta 
pedagógica da instituição. O brincar e as 
interações são eixos da educação infantil 
brasileira que devem ser considerados 
ao pensar qualquer proposta de trabalho 
para a primeira infância. De acordo com 
Kishimoto (1998), a criança constrói sua 
cultura lúdica brincando, sendo esta um 
produto da interação social.
Você pode aprender muito sobre o brincar 
com a consulta ao manual Brinquedos 
e Brincadeiras de Creche, editado pelo 
Ministério da Educação com apoio da 
Unicef.
Para saber mais
Tizuko Morchida Kishimoto é uma das maiores 
pesquisadoras brasileiras sobre o brincar. Possui 
pós-doutorado na França e no Japão. Atua nas 
temáticas da educação infantil, formação de 
professores, o brincar e museus.
Unidade 5 • A Interdisciplinaridade e a Ludicidade como Eixo Curricular da Educação Infantil114/189
O lúdico e a brincadeira são fundamentais 
para o desenvolvimento da criança, pois 
entendemos que esta seja a atividade 
privilegiada para que ela se forme 
enquanto um sujeito social. É pela 
brincadeira que a criança experimenta os 
papéis sociais que conhece, tais como: as 
profissões, as relações afetivas com seus 
pais e irmãos, os heróis, fadas, príncipes, 
princesas e tantos outros. 
Este processo é muito importante porque 
a criança cria seus símbolos, a ordenação 
de seu mundo, desorganiza e ressignifica 
o mundo em que vive porque está em um 
processo ativo de reflexão e ação. Lembre-
se de que o educador deve compreender 
que “brincar é coisa séria”. 
Link
 Brinquedos e brincaderias de Creche. 
Disponível em: <Brinhttp://portal.mec.
gov.br/index.php?option=com_
docman&view=download&alias=12451-
publicacao-brinquedo-e-brincadeiras-
completa-pdf&category_slug=janeiro-2013-
pdf&Itemid=30192>. Acesso em: 30 jul. 2016.
Para saber mais
Unicef é um Fundo das Nações Unidas para 
a Infância, atua no Brasil desde 1950. Apoia 
ações na área da infância e adolescência. (Fonte: 
<www.unicef.org.br>. Acesso em: 30 jul. 2016.)
Brinhttp://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=12451-publicacao-brinquedo-e-brincadeiras-completa-pdf&category_slug=janeiro-2013-pdf&Itemid=30192
Brinhttp://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=12451-publicacao-brinquedo-e-brincadeiras-completa-pdf&category_slug=janeiro-2013-pdf&Itemid=30192
Brinhttp://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=12451-publicacao-brinquedo-e-brincadeiras-completa-pdf&category_slug=janeiro-2013-pdf&Itemid=30192
Brinhttp://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=12451-publicacao-brinquedo-e-brincadeiras-completa-pdf&category_slug=janeiro-2013-pdf&Itemid=30192
Brinhttp://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=12451-publicacao-brinquedo-e-brincadeiras-completa-pdf&category_slug=janeiro-2013-pdf&Itemid=30192
Brinhttp://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=12451-publicacao-brinquedo-e-brincadeiras-completa-pdf&category_slug=janeiro-2013-pdf&Itemid=30192http://www.unicef.org.br
Unidade 5 • A Interdisciplinaridade e a Ludicidade como Eixo Curricular da Educação Infantil115/189
Um outro aspecto fundamental sobre 
a ludicidade e a brincadeira é o prazer 
que essas atividades geram, por isso 
são motivadoras e significativas para as 
crianças, estimulando seu processo de 
desenvolvimento tanto cognitivo, como 
emocional, afetivo e social. 
Perceba que neste processo os brinquedos 
dão suporte à brincadeira. Não se esqueça 
de que o brinquedo, a brincadeira e o jogo 
são constitutivos da infância. Portanto, a 
valorização do lúdico e do brincar dentro 
da Educação Infantil implica em reconhecer 
que estas são as manifestações mais 
relevantes e que ocupam a maior parte das 
vivências e das experimentações dentro da 
infância. 
Assim, os educadores devem ter a crença 
que o brincar é um direito da criança, 
portanto é seu papel criar condições 
pedagógicas para que ele se realize em 
sua integralidade. Essa percepção está 
presente nos principais documentos e 
publicações que tratam desta temática, 
assim, nosso desafio é fazer que esta 
abordagem seja efetivamente incorporada 
como prática com qualidade. 
Unidade 5 • A Interdisciplinaridade e a Ludicidade como Eixo Curricular da Educação Infantil116/189
Glossário
Aporte: contribuição, subsídio, auxílio.
Dialógica: refere-se à possibilidade de debate, discussão e diálogo.
Interdisciplinaridade: duas ou mais áreas de conhecimento ou de disciplinas que se 
relacionam.
Paradigma: padrão, modelo, exemplo.
Questão
reflexão
?
para
117/189
A interdisciplinaridade deve ser considerada na 
hora de planejar atividades para Educação Infantil. 
Considerando o que você estudou neste tema sobre 
interdisciplinaridade, faça uma síntese sobre trabalho 
interdisciplinar na primeira infância.
118/189
Considerações Finais
• A interdisciplinaridade na Educação Infantil rompe com a visão estanque 
de conhecimento, tornando-se muito importante no desenvolvimento de 
projetos de trabalho.
• O trabalho interdisciplinar exige planejamento e intencionalidade.
• A ludicidade deve fazer parte do cotidiano da Educação Infantil.
• O brincar é uma prática cultural.
• As brincadeiras podem ser de faz de conta, jogos de construção e regras.
Unidade 4 • O Objeto de Estudo das Diferentes Áreas de Conhecimento que Compõem o Currículo da Educação Infantil e 
a Criança como Protagonista do Processo
119/189
Referências
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Diretrizes curriculares nacionais 
para educação infantil. Brasília: MEC/SEB, 2010. 
______. Brinquedos e brincadeiras de creches: manual de orientação pedagógica. Brasília: MEC/
SEB, 2012. 
KISHIMOTO, T. M. O brincar e suas teorias. São Paulo: Cengage Learning, 1998.
______. O jogo e a educação infantil. Perspectiva, Florianópolis, v. 12, n. 22, p. 105-128, jan. 
1994. ISSN 2175-795X. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/perspectiva/
article/view/10745>. Acesso em: 2 ago. 2016. 
KRAMER, S. Infância e educação infantil. Campinas: Papirus, 1999.
SANTOS, M. S. A interdisciplinaridade na educação infantil. 40 f. 2010. Monografia (Especialização 
em Psicopedagogia)–Instituto de Educação do Vale do Juruena. Juína, 2010. Disponível em: 
<http://biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20140227105041.pdf>. Acesso em: 
1º ago. 2016.
https://periodicos.ufsc.br/index.php/perspectiva/article/view/10745
https://periodicos.ufsc.br/index.php/perspectiva/article/view/10745
http://biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20140227105041.pdf
120/189
Assista a suas aulas
Aula 5 - Tema: A interdisciplinaridade e a 
ludicidade como eixo curricular da educação 
infantil - Bloco I
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
bd96f4b3d829f32fbd8a5d829093a738>.
Aula 5 - Tema: A interdisciplinaridade e a 
ludicidade como eixo curricular da educação 
infantil - Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/pA-
piv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/1a-
861d8156894235ccd22b7109116589>.
http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/bd96f4b3d829f32fbd8a5d829093a738
http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/bd96f4b3d829f32fbd8a5d829093a738
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121/189
1. A interdisciplinaridade propicia:
a) fragmentação das áreas do conhecimento.
b) visão estanque do currículo.
c) áreas do conhecimento desvinculadas umas das outras.
d) trabalho espontâneo e sem intencionalidade.
e) diálogo entre as diversas áreas do conhecimento.
Questão 1
122/189
2. A melhor maneira de realizar a interdisciplinaridade na Educação 
Infantil é por meio de:
Questão 2
a) projetos de trabalho.
b) lições repetitivas de leitura e escrita.
c) atividades que envolvam conhecimentos específicos de matemática.
d) trabalho individualizado de uma área de conhecimento escolhida.
e) um currículo espontâneo em que a intencionalidade não tem presença.
123/189
3. A ludicidade é representada por:
Questão 3
a) atividades repetitivas de coordenação motora fina em caderno específico.
b) atividades cotidianas de escrita realizadas ordenadamente sem brincadeiras.
c) jogos, brincadeiras, fantasias, imaginação.
d) atividades sérias e disciplinadas.
e) atividades de cópia de letras e números.
124/189
4. O brincar é entendido como uma prática:
Questão 4
a) natural de toda e qualquer criança.
b) indesejada, pois com ela se perde tempo de aprender outras lições.
c) de passatempo na Educação Infantil.
d) cultural, pois é permeada de características históricas, sociais e regionais.
e) de pouca importância na Educação Infantil.
125/189
5. As brincadeiras podem ser dos seguintes diferentes tipos:
Questão 5
a) faz de conta, brincar de casinha, fantoches.
b) faz de conta, jogos de regra, jogos de construção.
c) faz de conta, jogos de construção, brincar de casinha.
d) faz de conta, jogos de regra, ficar em silêncio.
e) faz de conta, cópia de números, repetir comandos.
126/189
Gabarito
1. Resposta: E.
Um trabalho interdisciplinar se pauta 
no diálogo entre as diversas áreas do 
conhecimento.
2. Resposta: A.
Para que não haja fragmentação do 
conhecimento na Educação Infantil, 
uma boa maneira de desenvolver a 
interdisciplinaridade é por meio de projetos 
interdisciplinares em diferentes áreas do 
conhecimento.
3. Resposta: C.
As brincadeiras, os jogos, a imaginação e a 
fantasia são representações de ludicidade 
que precisam estar presentes no cotidiano 
das crianças.
4. Resposta: D.
O brincar é uma prática cultural, permeada 
por características históricas e regionais. 
Ele não é natural para todas as crianças, 
pois infelizmente ainda temos aquelas que 
ao invés de brincar trabalham.
5. Resposta: B.
As brincadeiras podem ser entendidas 
como de faz de conta (em que se 
representam papéis), jogos de construção 
(um material variado é transformado 
em novo produto) e jogos com regras 
(que combinam aspectos motores e 
exploratórios com aspectos intelectuais).
127/189
Unidade 6
Avaliação da Aprendizagem na Educação Infantil: Concepções e Modalidades
Objetivos
1. Distinguir as concepções de avaliação 
classificatória e avaliação processual 
em uma perspectiva mediadora.
2. Perceber a importância da avaliação 
processual na Educação Infantil.
3. Conhecer as modalidades de 
avaliação para o desenvolvimento, 
aprendizagem e avaliação 
institucional.
Unidade 6 • Avaliação da Aprendizagem na Educação Infantil: Concepçõese Modalidades128/189
Introdução
Pensar em avaliação é pensar em 
concepções, dependendo da forma que 
você entende o processo avaliativo e as 
concepções de educação e criança, o 
modo como a avaliação será utilizada se 
transforma. Há grandes diferenças entre 
uma avaliação classificatória e outra que 
preze o processo em uma perspectiva 
mediadora. As perspectivas das duas não 
são as mesmas. Quando se pensa em 
avaliação também podemos distinguir 
duas modalidades, uma é a avaliação da 
aprendizagem e desenvolvimento das 
crianças e outra é a avaliação institucional.
O sistema classificatório de avaliação tem 
como foco apontar falhas no processo de 
aprendizagem e não tem a preocupação de 
indicar reais dificuldades dos educandos. 
Este é um sistema que discrimina e 
seleciona, reforçando a ideia de escola 
para poucos. Esse tipo de avaliação, 
como nos diz Luckesi (2002), se pauta na 
verificação e de certa maneira congela o 
objeto de avaliação, de maneira que não há 
caminhos de intervenção.
Para saber mais
Cipriano Carlos Luckesi é doutor em Educação 
pela Pontifícia Universidade Católica de 
São Paulo. Professor da pós-graduação da 
Universidade Federal da Bahia, coordena um 
grupo de pesquisa em Educação e Ludicidade.
Unidade 6 • Avaliação da Aprendizagem na Educação Infantil: Concepções e Modalidades129/189
Já a avaliação processual em uma 
perspectiva mediadora entende a avaliação 
como algo que deve ocorrer tanto no 
início, como durante e no final do processo, 
sempre com foco no acompanhamento de 
cada criança, pois cada uma tem seu jeito 
próprio de ser e de aprender. A avaliação 
de concepção mediadora, entende que 
algo fundamental no processo avaliativo 
é a intervenção pedagógica. Nessa 
concepção, o acompanhamento do 
processo e a atenção dada a cada criança 
contribuem para o desenvolvimento das 
aprendizagens.
Na Educação Infantil é muito importante a 
avaliação processual, pois as crianças são 
compostas por diversidades que exigem 
um acompanhamento que preze pela 
perspectiva mediadora, de forma que as 
intervenções necessárias sejam realizadas, 
tendo como objetivo a aprendizagem 
e desenvolvimento das crianças. Para 
Jussara Hoffmann (2015) um dos grandes 
objetivos da avaliação mediadora é 
promover o desenvolvimento máximo 
possível de todas as crianças, para isso a 
observação, a reflexão e a mediação são 
fundamentais.
Para saber mais
Jussara Hoffmann tem título de mestre em 
Educação pela Universidade Federal do Rio de 
Janeiro, em linha de pesquisa sobre Avaliação 
Educacional.
Unidade 6 • Avaliação da Aprendizagem na Educação Infantil: Concepções e Modalidades130/189
Há duas modalidades de avaliação na 
Educação Infantil que precisam ser 
conhecidas pelos educadores: uma 
é a avaliação do desenvolvimento e 
aprendizagem das crianças, e a outra é 
a avaliação institucional. Pode-se falar 
inclusive em avaliação na educação 
infantil que tem como foco a criança, o 
seu desenvolvimento e aprendizagem, e 
avaliação da educação infantil, que avalia 
a proposta pedagógica institucional, tendo 
em vista educação e cuidados que são 
ofertados às crianças.
A avaliação na Educação Infantil pede 
prioridade para o acompanhamento e 
registro do processo educacional, tendo 
como foco as múltiplas linguagens de 
bebês e crianças que são avaliados 
em relação a si mesmos, evitando 
comparativos de uma criança com a 
outra. Em vez de avaliar o que as crianças 
não sabem, procura-se avaliar as 
potencialidades que cada uma tem e como 
desenvolvê-las por meio de mediações e 
intervenções necessárias.
Para avaliar o desenvolvimento e a 
aprendizagem das crianças, tornam-se 
fundamentais o registro das experiências 
vividas, a articulação entre o que se 
pretende avaliar e o planejamento 
do professor e a sistematização dos 
registros avaliativos de forma a compor 
documentação pedagógica de todo o 
processo.
A avaliação da Educação Infantil, também 
conhecida como avaliação institucional, 
Unidade 6 • Avaliação da Aprendizagem na Educação Infantil: Concepções e Modalidades131/189
abrange o olhar avaliativo para a 
instituição educativa e seu contexto, sendo 
um potente instrumento de avaliação 
da instituição. É interessante que seja 
realizada em conjunto pelos profissionais 
da unidade educacional e pelos familiares 
das crianças, tendo em vista a qualidade 
social da educação ofertada.
Instrumento importante é a avaliação 
que, por meio de observações e reflexões, 
possibilita a mediação do processo de 
ensino e aprendizagem e também avalia a 
instituição, pois todas as crianças podem 
aprender, mas não sob qualquer condição. 
As concepções de avaliação definem se 
queremos apenas classificar crianças ou 
mediar suas aprendizagens para que cada 
vez mais desenvolvam potencialidades.
1. Concepção de Avaliação
A concepção mediadora de avaliação 
dialoga com a ideia de criança potente, 
criativa e produtora de cultura, pois 
entende que todas podem aprender, mas 
que para isso mediações e intervenções 
pedagógicas são necessárias. Para 
o acompanhamento processual do 
desenvolvimento e aprendizagem de 
meninos e meninas, são fundamentais 
os registros do processo, que constituem 
a chamada documentação pedagógica. 
Entenda um pouco mais sobre o assunto 
lendo o artigo Avaliação na Educação 
Infantil. 
Unidade 6 • Avaliação da Aprendizagem na Educação Infantil: Concepções e Modalidades132/189
Dessa maneira, ao realizar uma avaliação, 
os registros do processo são importantes 
instrumentos para acompanhar o 
desenvolvimento e a aprendizagem das 
crianças e também são úteis na avaliação 
institucional para que haja posteriormente 
a reflexão sobre a educação ofertada na 
unidade educacional.
A documentação pedagógica criada 
a partir dos registros precisa ser 
compartilhada, a fim de possibilitar 
maiores momentos de discussão e reflexão 
sobre quais as intervenções e mediações 
necessárias. Essa documentação pode 
servir para indagarmos o conhecimento 
construído pelas crianças e a prática 
educacional que vem sendo realizada. 
Por ela, você pode perceber quais são os 
maiores interesses das crianças, o que 
pensam, como desafiá-los a aprender cada 
vez mais. Também ajudam a refletir sobre 
como propiciar a ampliação de repertórios 
com as múltiplas linguagens. Deve servir 
também para sabermos a opinião da 
família sobre o trabalho que vem sendo 
realizado.
A avaliação ajuda a entender a maneira 
própria que as crianças têm de entender 
Link
Avaliação na Educação Infantil. Disponível em: 
<http://revista.fct.unesp.br/index.php/
Nuances/article/viewFile/3048/2711>. 
Acesso em: 4 ago. 2016.
http://revista.fct.unesp.br/index.php/Nuances/article/viewFile/3048/2711
http://revista.fct.unesp.br/index.php/Nuances/article/viewFile/3048/2711
Unidade 6 • Avaliação da Aprendizagem na Educação Infantil: Concepções e Modalidades133/189
o mundo, o que pode contribuir para que 
o professor elabore seus planejamentos 
a partir do que as crianças trazem. Isso só 
é possível com o acompanhamento das 
crianças por meio de diferentes registros, 
que enfatizem as descobertas, as vivências 
e experiências que as crianças possam ter.
A autoavaliação institucional é um 
caminho que complementa a avaliação 
de desenvolvimento e aprendizagem das 
crianças, pois o foco estará na instituição 
e seu contexto, de maneira que possa ser 
avaliado como cada unidade educacional 
tem ofertado educação e cuidados para 
bebês e crianças. Dessa maneira podem 
ser avaliados os espaços e tempos, como 
são trabalhadas as múltiplas linguagens, 
a valorização do brincar, as condições de 
trabalho.
Quando conta com a participação dos 
profissionais da instituição e de familiares 
das crianças, o processo se torna mais rico 
e com maiores possibilidades de beneficiar 
a qualidade de oferta de boas experiências 
e vivências para meninos e meninas na 
Educação Infantil.
2. MODALIDADES DE 
AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO 
INFANTIL
A avaliação pode ter foco no 
desenvolvimento e aprendizagemdas 
crianças, mas também deve ter um 
olhar para a instituição e sua proposta 
pedagógica. Uma avaliação complementa 
e auxilia a outra, sendo o objetivo principal 
promover as aprendizagens e desenvolver as 
Unidade 6 • Avaliação da Aprendizagem na Educação Infantil: Concepções e Modalidades134/189
potencialidades das crianças. A professora 
Dra. Sandra Maria Zákia Lian Sousa foi 
consultora do Ministério da Educação 
na criação do documento Educação 
Infantil: Subsídios para a construção de uma 
sistemática de avaliação, que muito pode 
auxiliar você no processo avaliativo em 
Educação Infantil. Conheça o documento 
que pode auxiliar o processo avaliativo.
Link
Educação Infantil: Subsídios para a 
construção de uma sistemática de avaliação 
(MEC). Disponível em: <http://portal.
mec.gov.br/index.php?option=com_
docman&view=download&alias=11990-
educacao-infantil-sitematica-avaliacao-
pdf&Itemid=30192>. Acesso em: 5 ago. 2016.
Para saber mais
Sandra Maria Zákia Lian Sousa é doutora em 
Educação pela Universidade de São Paulo e 
atua nas temáticas de Avaliação Educacional, 
Avaliação Escolar, Política Educacional e Ensino.
A avaliação do desenvolvimento e 
aprendizagem das crianças precisa 
ser realizada durante todo o processo 
educativo, com o registro das experiências 
e vivências proporcionadas às crianças 
no dia a dia. A ênfase deve estar nas 
aprendizagens, potencialidades, 
necessidades e interesses de meninos e 
meninas. Registros sistemáticos dão mais 
visibilidade ao que tem sido realizado.
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=11990-educacao-infantil-sitematica-avaliacao-pdf&Itemid=30192
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=11990-educacao-infantil-sitematica-avaliacao-pdf&Itemid=30192
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=11990-educacao-infantil-sitematica-avaliacao-pdf&Itemid=30192
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=11990-educacao-infantil-sitematica-avaliacao-pdf&Itemid=30192
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=11990-educacao-infantil-sitematica-avaliacao-pdf&Itemid=30192
Unidade 6 • Avaliação da Aprendizagem na Educação Infantil: Concepções e Modalidades135/189
Quando se fala em avaliação institucional 
você deve observar que a participação 
e escuta dos profissionais da unidade 
educacional e da família são fundamentais. 
Dessa forma, ter um bom instrumento 
avaliativo pode auxiliar muito nessa tarefa. 
Um bom exemplo de avaliação institucional 
são os Indicadores da Qualidade na 
Educação Infantil. Conheça o instrumento 
que pode ser uma boa possibilidade de 
avaliação institucional.
Link
Indicadores da Qualidade na Educação Infantil. 
Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/
dmdocuments/indic_qualit_educ_infantil.
pdf>. Acesso em: 5 ago. 2016.
Avaliação da instituição pode abranger 
diversas dimensões do trabalho 
educativo que vão desde a organização 
de tempos e espaços até as condições de 
trabalho. Nos Indicadores da Qualidade na 
Educação Infantil (MEC, 2009), você deve 
ter observado que são avaliadas sete 
dimensões, sendo elas: planejamento 
institucional, multiplicidade de 
experiências e linguagens, interações, 
promoção da saúde, espaços, materiais 
e mobiliários, formação e condições 
de trabalho das professoras e demais 
profissionais. O instrumento se constitui 
em uma autoavaliação participativa.
Essa maneira de avaliar o trabalho 
da instituição promove a perspectiva 
formativa e valoriza práticas que são 
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/indic_qualit_educ_infantil.pdf
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/indic_qualit_educ_infantil.pdf
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/indic_qualit_educ_infantil.pdf
Unidade 6 • Avaliação da Aprendizagem na Educação Infantil: Concepções e Modalidades136/189
dão no contexto da unidade educacional, 
além de auxiliar na promoção dos ajustes 
necessários para propiciarmos uma 
educação de qualidade social a todas as 
crianças. Dessa maneira é possível olhar 
para o cotidiano da instituição e perceber 
o que precisa ser melhorado, quais as 
potencialidades, o que tem sido bem feito, 
que caminho se pretende trilhar.
Autoavaliar a instituição ajuda a realizar 
a comparação entre o que havia sido 
previsto como metas na instituição e se 
elas foram cumpridas, quais foram as 
barreiras encontradas para a realização e 
de que maneira elas podem ser realizadas. 
Possibilita avaliar a proposta pedagógica 
e fortalecer o trabalho pedagógico 
desenvolvido.
Tanto a avaliação da aprendizagem e 
desenvolvimento das crianças quanto 
a avaliação institucional precisam estar 
presentes como processos que auxiliam 
e sistematizam por meio de registros as 
vivências e experiências que são ofertadas 
às crianças no cotidiano, nas práticas 
pedagógicas de cada instituição.
Unidade 6 • Avaliação da Aprendizagem na Educação Infantil: Concepções e Modalidades137/189
Glossário
Intervenção: ato de intervir, intercessão, mediação.
Mediação: intervenção, intermediação.
Potencialidades: capacidades, potencialidades, talentos.
Questão
reflexão
?
para
138/189
As concepções de criança e educação devem dialogar 
com a concepção de avaliação, entendendo-se que 
as crianças são produtoras de cultura, plenas de 
possibilidades, a avaliação processual mediadora 
será uma boa opção em termos avaliativos. Reflita 
sobre de que maneira a avaliação mediadora pode ser 
concretizada na Educação Infantil.
139/189
Considerações Finais
• As avaliações classificatórias e mediadoras possuem perspectivas 
diferentes.
• A avaliação mediadora preza o acompanhamento do processo 
educativo, a atenção dada a cada criança, de forma a contribuir para o 
desenvolvimento das aprendizagens.
• As avaliações na educação infantil são importantes, pois por meio de 
observações e reflexões é possível mediar o processo de aprendizagem.
• Em termos de modalidades, podemos falar em avaliação do 
desenvolvimento e aprendizagem das crianças e avaliação da instituição.
Unidade 4 • O Objeto de Estudo das Diferentes Áreas de Conhecimento que Compõem o Currículo da Educação Infantil e 
a Criança como Protagonista do Processo
140/189
Referências
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Indicadores da Qualidade na 
Educação Infantil. Brasília: MEC/SEB, 2009.
______. Educação Infantil: Subsídios para construção de uma sistemática de avaliação. Brasília: 
MEC/SEB, 2012.
FARIA, Ana Paula; BESSELER, Lais Helena. A avaliação na educação infantil: fundamentos, 
instrumentos e práticas pedagógicas. Nuances: estudos sobre Educação, v. 25, n. 3, p. 
155-169, 2014. Disponível em: <http://revista.fct.unesp.br/index.php/Nuances/article/
viewFile/3048/2711>. Acesso em: 4 ago. 2016.
HOFFMANN. J. Avaliação e educação infantil: um olhar sensível e reflexivo sobre a criança. Porto 
Alegre: Mediação, 2015.
LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da aprendizagem escolar. 13. ed. São Paulo: Cortez, 2002.
http://revista.fct.unesp.br/index.php/Nuances/article/viewFile/3048/2711
http://revista.fct.unesp.br/index.php/Nuances/article/viewFile/3048/2711
141/189
Assista a suas aulas
Aula 6 - Tema: Avaliação da aprendizagem na 
educação infantil: concepções e modalidades - 
Bloco I
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142/189
1. Pode-se dizer que a avaliação classificatória e a mediadora:
Questão 1
a) têm a mesma perspectiva.
b) são semelhantes.
c) possuem perspectivas diferentes.
d) são processuais.
e) focam intervenção e mediação.
143/189
2. É característico do sistema classificatório de avaliação:
Questão 2
a) apontar potencialidades.
b) refletir sobre intervenções.
c) mediar as aprendizagens.
d) discriminar e selecionar.
e) acompanhar o processo educacional.
144/189
3. A avaliação mediadora:
Questão 3
a) discrimina e seleciona.
b) reforça a ideia de escola para poucos.
c) pauta-se na verificação da aprendizagem.
d) aponta falhas e congela a avaliação.
e) entende a intervenção pedagógica como fundamental.
145/189
4. A avaliação na Educação Infantil tem foco:
Questão 4
a) no desenvolvimento e aprendizagem das crianças.
b) na proposta pedagógica da instituição.
c) na autoavaliação participativa realizada por profissionais da educação e pais.
d) na avaliação do contexto institucional.
e) na avaliação de tempos e espaços da instituição.
146/189
5. A avaliação da Educação Infantil prioriza:
Questão 5
a) o processo de desenvolvimento e aprendizagem das crianças.
b) avaliação de potencialidades de cada bebê e criança.
c) intervenções no processo de desenvolvimento e aprendizagens dos educandos.
d) acompanhamento de cada bebê e cada criança.
e) avaliar a instituição e sua proposta pedagógica.
147/189
Gabarito
1. Resposta: C.
Avaliação classificatória e avaliacão 
mediadora possuem perspectivas 
diferentes, enquanto a primeira tem foco 
apenas na verificação, a segunda tem como 
objetivo acompanhar, mediar e intervir no 
processo de ensino e aprendizagem.
2. Resposta: D.
O sistema classificatório, por sua própria 
característica de classificação, discrimina e 
seleciona os alunos.
3. Resposta: E.
Para a avaliação mediadora, a intervenção 
no processo de aprendizagem das crianças 
é fundamental.
4. Resposta: A.
A avaliação na Educação Infantil, diferente 
da avaliação da Educação Infantil, 
tem como foco o desenvolvimento e 
aprendizagem das crianças.
5. Resposta: E.
A avaliação da Educação Infantil prioriza 
avaliar o contexto da instituição e sua 
proposta pedagógica, enquanto a avaliação 
na tem como foco o desenvolvimento e 
aprendizagem das crianças.
148/189
Unidade 7
A Diversificação dos Instrumentos Avaliativos na Educação Infantil
Objetivos
1. Perceber a importância dos 
instrumentos avaliativos no trabalho 
desenvolvido na Educação Infantil.
2. Considerar os instrumentos 
avaliativos enquanto documentação 
pedagógica.
3. Entender a utilização de portfólios na 
Educação Infantil.
Unidade 7 • A Diversificação dos Instrumentos Avaliativos na Educação Infantil149/189
Introdução
Os instrumentos avaliativos utilizados na 
Educação Infantil para acompanhamento 
do desenvolvimento e aprendizagem 
das crianças são diversos e devem 
ser entendidos como documentação 
pedagógica. Dentre esses instrumentos 
se destacam os portfólios, que podem 
ser construídos para compilar registros 
processuais das vivências e experiências 
que acontecem nas instituições de 
Educação Infantil.
Durante o processo de acompanhamento 
das aprendizagens, os instrumentos 
avaliativos são relevantes, pois consideram 
as crianças em suas diversidades, 
mostrando enquanto documentação o 
que acontece com a criança no processo 
pedagógico. Por meio dos instrumentos 
avaliativos, é possível realizar observações, 
registros, reflexões e mediações que levem 
em conta as diversidades e singularidades 
de bebês e crianças.
A documentação pedagógica tem 
a característica de sistematizar 
registros significativos, identificando 
potencialidades, realizando a reflexão 
permanente para a ressignificação de 
práticas. Documentar é relatar o momento 
histórico vivido, que dependerá de nossas 
concepções de educação e criança e da 
visão que se tem do trabalho pedagógico. 
O uso de documentação pedagógica 
auxilia o processo de formação dos 
educadores, possibilitando crescimento 
profissional, por conta das reflexões 
que podem ser geradas na equipe de 
Unidade 7 • A Diversificação dos Instrumentos Avaliativos na Educação Infantil150/189
educadores. Ela não deve ser considerada 
apenas como uma simples coleta de dados, 
pois exige observação e escuta atenta, com 
registros realizados em uma diversidade 
de formas que permitem conhecer melhor 
as crianças. Essa observação e reflexão 
só pode existir a partir do exame de 
registros diversos que passam a compor a 
documentação pedagógica.
Há uma diversidade de objetos de 
registros quando se pensa na composição 
de instrumentos avaliativos, tais como: 
fichas, relatórios individuais e do grupo, 
pareceres, anotações, fotos e imagens, 
produções das crianças e portfólios. 
Todos esses instrumentos pedem 
observação para a realização dos registros. 
A realização da prática de observar e 
registrar indica a necessidade de algumas 
reflexões sobre: o que observar? Para 
quê? Quem serão os interlocutores? Que 
recursos e com que regularidade serão 
utilizados? Que reflexões serão feitas a 
partir dos registros? Documentar exige 
planejamento. Dependendo do número de 
crianças que você tenha em sua turma, o 
planejamento pode indicar que se observe 
mais atentamente um pequeno grupo de 
cada vez ao decorrer da semana. Conheça 
um pouco mais sobre a documentação 
pedagógica:
Unidade 7 • A Diversificação dos Instrumentos Avaliativos na Educação Infantil151/189
Cada instrumento de avaliação tem 
seu potencial e sua limitação, por isso a 
necessidade de variedade de instrumentos. 
As observações advindas dos registros 
precisam ser compartilhadas, discutidas 
e interpretadas. As fotografias e vídeos 
precisam ser selecionados, buscando os 
que são mais significativos e representem o 
processo e não apenas o produto final das 
atividades.
Link
A documentação pedagógica na abordagem 
de Reggio Emilia. Disponível em: <http://
periodicos.unisantos.br/index.php/
pesquiseduca/article/download/155/pdf_1>. 
Acesso em: 10 ago. 2016.
O uso de portfólios como instrumentos 
avaliativos auxilia a aprendizagem 
centrada nas crianças, documenta o 
processo de ensino e aprendizagem, 
colabora no desenvolvimento profissional 
dos professores e pode envolver as 
famílias quando estas são chamadas a 
participar de sua produção e ou quando 
se dá visibilidade a elas do que tem sido 
realizado com as crianças por meio dos 
portfólios.
Os portfólios podem ser um excelente meio 
para se registrar avaliações significativas 
de experiências vivenciadas pelas crianças 
no cotidiano da Educação Infantil. Como 
suporte para os portfólios, tem-se grandes 
pastas, cadernos, fichários, mídias digitais. 
São excelentes para documentar projetos 
de trabalho.
http://periodicos.unisantos.br/index.php/pesquiseduca/article/download/155/pdf_1
http://periodicos.unisantos.br/index.php/pesquiseduca/article/download/155/pdf_1
http://periodicos.unisantos.br/index.php/pesquiseduca/article/download/155/pdf_1
Unidade 7 • A Diversificação dos Instrumentos Avaliativos na Educação Infantil152/189
A partir do que foi documentado, 
por meio de diferentes instrumentos 
de registro, cabe refletir sobre como 
se dará a comunicação de toda essa 
documentação. Ela pode ocorrer por meio 
de painéis, panfletos, cartas, cadernos, 
livros, portfólios, blogs e outros meios que 
permitam a comunicação.
Ter momentos em que se possa rever a 
documentação junto com as crianças 
auxilia para que percebam suas próprias 
aprendizagens, elas também podem 
participar da escolha do que vai ser 
documentado, quais atividades irão para o 
portfólioe assim por diante.
Como você pode ter notado, há uma 
infinidade de instrumentos que podem 
auxiliar a compor registros que farão 
parte da documentação pedagógica, e 
os portfólios são um ótimo instrumento 
avaliativo, quando queremos documentar 
aprendizagens significativas das crianças.
1. IMPORTÂNCIA DOS 
INSTRUMENTOS AVALIATIVOS
Os diferentes instrumentos avaliativos 
são importantes porque possibilitam 
a observação atenta das experiências 
vivenciadas pelas crianças no processo 
de desenvolvimento e aprendizagem. 
Para Madalena Freire (1996), o olhar da 
observação envolve atenção e presença, de 
certa maneira, é um sair de si mesmo para 
ver e ouvir o outro. Dessa forma, o olhar e 
a escuta envolvem ação, reflexão e estudo. 
Unidade 7 • A Diversificação dos Instrumentos Avaliativos na Educação Infantil153/189
Há necessidade da criação de pautas de 
observação, o educador aprende ao olhar, 
por isso não pode invadir o espaço do outro 
sem pauta, sem planejamento. Aquele que 
a partir do olhar sensível pensa e reflete, 
consegue interpretar e avaliar melhor. A 
autora também nos diz que o ato de refletir 
é libertador, instrumentaliza o pensar, 
sendo que a reflexão é que conduz à ação 
transformada.
Para saber mais
Madalena Freire é pedagoga formada pela 
Universidade de São Paulo, filha de Paulo Freire, 
seguidora do seu legado. Atua na formação de 
professores. 
Refletir sobre os registros força 
distanciamento e possibilita rever, ampliar 
e aprofundar as próprias ideias e o próprio 
pensar. O ato de observar exige reflexão, 
avaliação e planejamento com base no 
contexto real. A observação vai apurando o 
olhar de forma a ter maior compreensão do 
que ocorre nas situações pedagógicas, pois 
amplia a memória, historiciza o processo e 
traz novas informações sobre a realidade, 
possibilitando assim transformações. 
Por meio dos registros também se pode 
expressar inquietações, de maneira a 
refletir sobre possíveis intervenções e 
encaminhamentos.
Perceba que a avaliação de que estamos 
tratando é “para” a aprendizagem, o que 
implica em reconhecer que a avaliação 
Unidade 7 • A Diversificação dos Instrumentos Avaliativos na Educação Infantil154/189
é inerente ao processo de aprendizado e 
desenvolvimento da criança, e por isso 
não serve para realizar classificações ou 
seleções, como ocorria no passado. 
Isso está registrado no marco legal que 
trata da Educação Infantil. A Lei nº 12.796, 
de 4 de abril de 2013, instituiu que as 
crianças com 4 anos completos devem 
estar matriculadas nas unidades escolares, 
bem como estabeleceu, em seu art. 31, que 
a avaliação na Educação Infantil deveria 
ocorrer “mediante acompanhamento e 
registro do desenvolvimento das crianças, 
sem o objetivo de promoção, mesmo para 
o acesso ao ensino fundamental” (BRASIL, 
2013). 
Portanto, a finalidade da avaliação é 
instrumentalizar o professor sobre o 
desenvolvimento da criança, mas como 
já apresentado anteriormente nós a 
assumimos também como uma rica fonte 
de ação, reflexão e planejamento sobre a 
constituição cultural da criança enquanto 
sujeito, bem como a própria trajetória do 
educador e sua atuação profissional. 
2. A DIVERSIDADE DE 
INSTRUMENTOS AVALIATIVOS
A diversidade de instrumentos avaliativos 
traz a necessidade de organização dos 
registros. Analisar e observar quais serão os 
melhores instrumentos para determinadas 
situações fazem parte de um processo 
de planejamento prévio. Os registros são 
formas de conhecer melhor as práticas 
Unidade 7 • A Diversificação dos Instrumentos Avaliativos na Educação Infantil155/189
educativas e entender o pensamento das 
crianças, as hipóteses que elas levantam, 
suas ideias, saberes e linguagens. Isso 
tudo é revelado por meio de fotos, vídeos, 
anotações, gravações de fala, criações 
das crianças. Os instrumentos avaliativos 
tornam a documentação pedagógica 
algo a ser revisitado constantemente. 
Para Luciana Ostetto (2008), quando 
a experiência é escrita ela ganha 
visibilidade e torna-se documento em 
que se pode rever o vivido. A partir dos 
registros, amplia-se a compreensão da 
prática, pode-se repensar o que foi feito, 
percebendo limites e possibilidades.
Para saber mais
Luciana Esmeralda Ostetto é professora 
da Universidade Federal Fluminense, 
possui doutorado em Educação. Temáticas 
desenvolvidas: Educação Infantil, Arte E Infância 
e Formação de Professores.
As memórias, vivências e experiências 
da turma podem ser documentas com 
diferentes instrumentos, tais como: 
murais, planilhas, livros da turma, diários, 
semanários, fotografias, relatórios, 
filmagens, gravações de áudio, portfólios, 
entre outros. Será sempre bom perguntar 
se os instrumentos escolhidos para registro 
documentam as vozes, desejos, vontades, 
expressões, dúvidas, hipóteses e interesses 
Unidade 7 • A Diversificação dos Instrumentos Avaliativos na Educação Infantil156/189
de bebês e crianças, de maneira que elas 
sejam vistas como autoras e protagonistas 
da sua aprendizagem.
Os registros que compõem a 
documentação pedagógica só terão 
sentido se tiverem a criança como 
protagonista, conhecendo-a, propondo 
reflexões com questões desafiadoras e que 
promovam autoria e autonomia. Que as 
crianças possam por meio dos registros 
expressar ideias, levantar suas questões, 
ou seja, serem ouvidas em suas falas, 
gestos, expressões, choros e produções. 
Maria Carmem Barbosa e Susana 
Beatriz Fernandes (2012) entendem que 
a documentação pedagógica produz 
sentidos, não é uma tarefa simples, 
exige (auto)formação e abertura para 
a mudança. As crianças não devem 
ser classificadas nem categorizadas; 
documentar implica acreditar que crianças 
são competentes, ricas em possibilidades. 
Veja um pouco mais sobre documentação 
pedagógica:
Link
Uma ferramenta para educar-se e educar 
de outro modo. Disponível em: <http://loja.
grupoa.com.br/revista-patio/artigo/6243/
uma-ferramenta-para-educar-se-e-educar-
de-outro-modo.aspx>. Acesso: 15 ago. 2016.
http://loja.grupoa.com.br/revista-patio/artigo/6243/uma-ferramenta-para-educar-se-e-educar-de-outro-modo.aspx
http://loja.grupoa.com.br/revista-patio/artigo/6243/uma-ferramenta-para-educar-se-e-educar-de-outro-modo.aspx
http://loja.grupoa.com.br/revista-patio/artigo/6243/uma-ferramenta-para-educar-se-e-educar-de-outro-modo.aspx
http://loja.grupoa.com.br/revista-patio/artigo/6243/uma-ferramenta-para-educar-se-e-educar-de-outro-modo.aspx
Unidade 7 • A Diversificação dos Instrumentos Avaliativos na Educação Infantil157/189
A multiplicidade de instrumentos de registro 
potencializa pensar em uma documentação 
pedagógica que leve em conta as 
singularidades e diversidades de crianças e 
instituições, que documente o processo e não 
apenas produtos finais de aprendizagem, que 
dê visibilidade a protagonismos e autorias de 
crianças, bebês, educadores e famílias que 
adentram todos os dias as instituições de 
Educação Infantil.
Para saber mais
Maria Carmem Barbosa é professora titular 
da Universidade Federal do Rio Grande do 
Sul. Temáticas de atuação: Educação Básica, 
Educação Infantil, Infância e Formação de 
Professores.
3. OS PORTFÓLIOS NA 
EDUCAÇÃO INFANTIL
Os portfólios constituem-se em uma forma 
de avaliação significativa, com o registro 
de experiências únicas, de maneira que 
as aprendizagens tenham as crianças 
como protagonistas. Documentam o 
processo com os registros de experiências 
vivenciadas por meninos e meninas 
no cotidiano das instituições. Como 
instrumento reflexivo que documenta o 
cotidiano, torna-se importante para o 
crescimento profissional dos educadores, 
pois a reflexão conjunta traz aprendizagens 
para todos. Conheça um pouco mais sobre 
o portfólio na Educação Infantil.
Unidade 7 • A Diversificação dos Instrumentos Avaliativos na Educação Infantil158/189
Os portfólios podem ser de características 
diversas, podem ser portfólio do grupo, 
portfólios particulares, portfólio de 
projetos, entre outros. Dependerá da 
intencionalidade e planejamentodo 
professor o tipo escolhido.
Os portfólios são um instrumento 
avaliativo singular ao documentar 
projetos e as aprendizagens das crianças. 
Permitem análise de experiências, as 
crianças podem participar opinando, 
Link
Portfólio na Educação Infantil. Disponível em: 
<http://www4.fapa.com.br/cienciaseletras/
pdf/revista43/artigo15.pdf>. Acesso em: 15 
ago. 2016.
questionando, selecionando materiais e 
revisando o que foi escolhido para compor 
a documentação. As produções das 
crianças devem se fazer presentes. Em sua 
elaboração, podem ter a participação dos 
familiares ou responsáveis pelas crianças, 
sendo assim um processo de autoria 
coletiva. 
Os portfólios dão visibilidade às 
aprendizagens desenvolvidas com as 
crianças, comunicam projetos. Quando 
as crianças também participam de 
sua elaboração, tornam-se autoras 
e protagonistas de suas vivências e 
experiências.
http://www4.fapa.com.br/cienciaseletras/pdf/revista43/artigo15.pdf
http://www4.fapa.com.br/cienciaseletras/pdf/revista43/artigo15.pdf
Unidade 7 • A Diversificação dos Instrumentos Avaliativos na Educação Infantil159/189
Glossário
Mídias digitais: veículos ou meios de comunicação que utilizam o meio digital.
Portfólios: coleção ou agrupamento de trabalhos e/ou produções.
Suporte: aquilo que auxilia ou reforça; reforço, apoio.
Questão
reflexão
?
para
160/189
A documentação pedagógica auxilia na compreensão 
das aprendizagens das crianças. Faça uma síntese sobre 
o papel dessa documentação na Educação Infantil.
161/189
Considerações Finais
• Na Educação Infantil, os instrumentos de avaliação podem contribuir 
muito para a aprendizagem das crianças.
• Os instrumentos avaliativos, enquanto documentação pedagógica, 
auxiliam na maior reflexão e mediação das aprendizagens.
• Há uma diversidade de instrumentos avaliativos na Educação Infantil 
que compõe os registros que fazem parte da chamada documentação 
pedagógica.
• Os portfólios são um ótimo instrumento avaliativo na Educação Infantil, 
pois documentam as aprendizagens das crianças e o trabalho pedagógico.
Unidade 4 • O Objeto de Estudo das Diferentes Áreas de Conhecimento que Compõem o Currículo da Educação Infantil e 
a Criança como Protagonista do Processo
162/189
Referências
BARBOSA, M. C.; FERNANDES, S. B. Uma ferramenta para educar-se e educar de outro modo. 
Pátio. n. 30, jan./mar. 2012. 
BRASIL. Ministério da Educação. Lei nº 12.796, de 4 de abril de 2013. Altera a Lei nº 9.394, de 20 
de dezembro de 1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, para dispor 
sobre a formação dos profissionais da Educação e dar outras providências. DOU, 5 abr. 2013. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12796.htm>. 
Acesso em: 15 ago. 2016. 
FREIRE, M. Observação, registro e reflexão: Instrumentos Metodológicos I. 2. ed. São Paulo: 
Espaço Pedagógico, 1996.
FRISON, L. M. B. Portfólio na educação infantil. Ciências e Letras, n. 43, p. 213-227, 2008. 
Disponível em: <http://www4.fapa.com.br/cienciaseletras/pdf/revista43/artigo15.pdf>. Acesso 
em: 15 ago. 2016. 
MARQUES, A. C. T. L.; ALMEIDA, M. I. A Documentação Pedagógica na abordagem de Reggio 
Emilia. Revista Eletrônica Pesquiseduca, v. 3, n. 5, p. 102-128, 2015. Disponível em: <http://
periodicos.unisantos.br/index.php/pesquiseduca/article/download/155/pdf_1>. Acesso em: 10 
ago. 2016.
OSTETTO, L. E. Educação infantil. Campinas: Papirus, 2008.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12796.htm
http://www4.fapa.com.br/cienciaseletras/pdf/revista43/artigo15.pdf
http://periodicos.unisantos.br/index.php/pesquiseduca/article/download/155/pdf_1
http://periodicos.unisantos.br/index.php/pesquiseduca/article/download/155/pdf_1
163/189
Assista a suas aulas
Aula 7 - Tema: A diversificação dos instrumentos 
avaliativos na educação infantil - Bloco I
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
57905fe0ba0dfb4a8f4768ac025a1fa2>.
Aula 7 - Tema: A diversificação dos instrumentos 
avaliativos na educação infantil - Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
e964b4247347d82e06da6b0f258e263a>. 
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164/189
1. Um instrumento de registro que se destaca é o:
Questão 1
a) caderno de lição de casa.
b) caderno de classe.
c) portfólio.
d) pasta de guardar atividades.
e) caderno de desenho.
165/189
2. Por meio do registro avaliativo é possível realizar observações, 
reflexões e mediações que levem em conta:
Questão 2
a) as diversidades e singularidades de bebês e crianças.
b) somente algumas crianças da turma.
c) crianças fora da escola.
d) só o que for igual e homogêneo.
e) as provas orais e escritas.
166/189
3. São instrumentos importantes para avaliação das crianças na 
Educação Infantil:
Questão 3
a) cartão de saída, calendário, identificação das pastas.
b) fotos, vídeos, portfólios.
c) cartão de entrada, receituário, lista de funcionários.
d) cardápios, controle de frequência, fotos.
e) controle de verbas, vídeos, lista de tarefas.
167/189
4. Documentar aprendizagens exige:
Questão 4
a) espontaneísmo.
b) individualismo.
c) planejamento.
d) trabalho solitário.
e) competição.
168/189
5. As observações dos registros devem ser:
Questão 5
a) guardadas.
b) compartilhadas.
c) arquivadas.
d) retomadas só no final do ano.
e) retomadas no final do primeiro semestre.
169/189
Gabarito
1. Resposta: C.
O portfólio se destaca como instrumento 
de registro por documentar de forma 
potencial as aprendizagens das crianças e 
o trabalho pedagógico.
2. Resposta: A.
Pelo registro avaliativo é possível observar, 
refletir e mediar as diversidades e 
singularidades de bebês e crianças.
3. Resposta: B.
Fotos, vídeos e portfólios constituem-se 
como instrumentos avaliativos.
4. Resposta: C.
Documentar as aprendizagens exige 
planejamento, não cabem espontaneímos 
e falta de intencionalidade.
5. Resposta: B.
As observações dos registros precisam ser 
compartilhadas para que gerem reflexões.
170/189
Unidade 8
O Papel do Professor Diante de uma Avaliação que Ajude o Aluno a Aprender
Objetivos
1. Compreender o papel do professor na 
Educação Infantil.
2. Perceber que o professor deve ser 
um observador participativo que 
atua mediando aprendizagens das 
crianças.
3. Entender que o professor tem um 
papel relevante na escuta de bebês e 
crianças.
Unidade 8 • O Papel do Professor Diante de uma Avaliação que Ajude o Aluno a Aprender171/189
Introdução
O papel do professor na Educação 
Infantil envolve cuidar, educar e avaliar 
aprendizagens. O cuidar e educar como 
binômio indissociável é ponto forte no seu 
trabalho. A avaliação do desenvolvimento 
e aprendizagem das crianças exige uma 
escuta atenta e sensível.
Toda educação cuida, todo cuidado 
educa. Cuidar e educar bebês e crianças 
significa dar acolhimento em momentos 
difíceis, garantir vivências e experiências 
com as múltiplas linguagens, partir do 
que já sabem para ampliar repertórios de 
conhecimentos, respeitar e valorizar as 
diversidades culturais, raciais e de gênero, 
eliminando qualquer forma de preconceito 
e discriminação. Você vai conhecer um 
documento interessante que traz práticas 
promotoras de igualdaderacial na 
Educação Infantil:
Link
Educação Infantil: práticas promotoras de 
igualdade racial. Disponível em: <http://portal.
mec.gov.br/index.php?option=com_
docman&view=download&alias=11284-
revistadeeducacaoinfantil-
2012&Itemid=30192>. Acesso em: 20 ago. 
2016.
Ações práticas de cuidado e educação 
envolvem acreditar nas potencialidades 
de todas as crianças, escutá-las, planejar 
atividades com intencionalidade, organizar 
diferentes tipos de experiências e vivências, 
cuidar para que conquistem autonomia e 
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=11284-revistadeeducacaoinfantil-2012&Itemid=30192
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=11284-revistadeeducacaoinfantil-2012&Itemid=30192
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=11284-revistadeeducacaoinfantil-2012&Itemid=30192
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=11284-revistadeeducacaoinfantil-2012&Itemid=30192
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=11284-revistadeeducacaoinfantil-2012&Itemid=30192
Unidade 8 • O Papel do Professor Diante de uma Avaliação que Ajude o Aluno a Aprender172/189
segurança, ter contato permanente com os 
familiares e responsáveis por elas.
O papel do professor no processo de 
avaliação é o da escuta atenta, curiosa 
e sensível, realizando observações e 
registros que propiciem diálogo e reflexão 
sobre as aprendizagens das crianças. Os 
educadores são acima de tudo mediadores, 
que cuidam, educam e avaliam as crianças, 
pautados em escuta atenta e sensível.
O professor na Educação Infantil atua 
mediando as aprendizagens das crianças, 
tendo um papel relevante na escuta de 
meninos e meninas. Como observador 
participativo, organiza ambientes, espaços, 
tempos e materiais de forma a desafiar 
e promover interações entre as crianças, 
escuta suas falas, gestos, expressões e 
manifestações, documenta aprendizagens 
e possibilita que as crianças construam 
as chamadas culturas infantis. Promove, 
ainda, a fala e o protagonismo das crianças.
Entende também que as crianças têm 
um jeito próprio de ver o mundo, assim 
potencializa vivências e experiências para 
meninos e meninas ampliando repertórios 
nas múltiplas linguagens. Sabe que a 
escuta vai além das falas, está presente 
nos olhares, gestos, expressões, choros, 
sorrisos, silêncios, gritos, movimentos, 
desenhos e criações. Dá voz às expressões e 
culturas infantis. 
A escuta não é um ato fácil, como diria 
Carla Rinaldi (2012) exige do educador 
competências como conhecimento 
da chamada Pedagogia da Escuta, 
Unidade 8 • O Papel do Professor Diante de uma Avaliação que Ajude o Aluno a Aprender173/189
entendimento da sua importância, mas 
também sensibilidade.
Para saber mais
Carla Rinaldi é uma educadora italiana, 
presidente da Fundação Reggio Children, que 
se configura como um centro internacional 
de defesa e promoção das potencialidades 
de meninos e meninas. Fonte: <http://www.
reggiochildren.it/identita/>. Acesso em: 15 
ago. 2016.
Conheça, então, um pouco mais sobre a 
Pedagogia da Escuta:
Link
Pedagogia da Escuta: currículos e projetos em 
Reggio Emilia. Disponível em: <http://periodi-
cos.uniso.br/ojs/index.php?journal=qua-
estio&page=article&op=view&path%5B%-
5D=182&path%5B%5D=182>. Acesso: 21 ago. 
2016.
O papel do educador da infância 
requer planejamento realizado com 
intencionalidade e compromisso, 
que encoraja e desafia as crianças 
a desenvolverem potencialidades, 
acreditando que todas podem aprender, 
entende que as condições da instituição 
também devem ser avaliadas para ofertar 
às crianças educação de qualidade social.
http://www.reggiochildren.it/identita/
http://www.reggiochildren.it/identita/
http://periodicos.uniso.br/ojs/index.php?journal=quaestio&page=article&op=view&path%5B%5D=182&path%5B%5D=182
http://periodicos.uniso.br/ojs/index.php?journal=quaestio&page=article&op=view&path%5B%5D=182&path%5B%5D=182
http://periodicos.uniso.br/ojs/index.php?journal=quaestio&page=article&op=view&path%5B%5D=182&path%5B%5D=182
http://periodicos.uniso.br/ojs/index.php?journal=quaestio&page=article&op=view&path%5B%5D=182&path%5B%5D=182
Unidade 8 • O Papel do Professor Diante de uma Avaliação que Ajude o Aluno a Aprender174/189
1. PROFESSOR QUE CUIDA, 
EDUCA E AVALIA
O educador da infância cuida, educa, avalia 
aprendizagens mediando as vivências 
e experiências que são proporcionadas 
às crianças, valorizando as culturas 
infantis. É alguém que vê a criança como 
protagonista de suas ações, entende 
o cuidar e educar como um binômio 
indissociável, entende também que as 
crianças são sujeitos de direitos, reconhece 
e valoriza a diversidade, entende o brincar 
como principal linguagem da infância, 
sabe da importância de organizar tempos 
e espaços, é parceiro das famílias. Esse 
profissional acredita que as crianças 
são potentes, ricas em potencialidades 
e que possuem uma maneira própria de 
enxergar o mundo. Compreende que as 
interações têm grande importância para 
o desenvolvimento e aprendizagem das 
crianças. Entenda um pouco mais sobre o 
binômio cuidar-educar.
Link
O binômio cuidar-educar na Educação Infantil 
e a formação inicial de seus professores. 
Disponível em: <http://www.unimep.
br/~rpschnet/binomio-criar-educar.pdf>. 
Acesso em: 21 ago. 2016.
Na elaboração de seu planejamento, 
esse profissional contempla os jogos, 
brincadeiras e as múltiplas linguagens. 
Avalia o percurso das crianças por meio 
http://www.unimep.br/~rpschnet/binomio-criar-educar.pdf
http://www.unimep.br/~rpschnet/binomio-criar-educar.pdf
Unidade 8 • O Papel do Professor Diante de uma Avaliação que Ajude o Aluno a Aprender175/189
de diversos registros que constituem a 
chamada documentação pedagógica que 
auxilia as intervenções e mediações que 
se fazem necessárias. Os projetos que 
desenvolve são centrados nas crianças. 
Sistematiza registros para reflexão sobre 
avanços e potencialidades, tendo como 
propósito realizar as devidas mediações 
e intervenções. Os registros entendidos 
como documentação pedagógica dão 
visibilidade a indivíduos e grupos, podem 
ser compostos por notas escritas, vídeos, 
gravações de áudio, fotografias, entre 
outros instrumentos. Torna visível o 
processo de aprendizado, possibilitando 
refletir e revisitar o material documentado. 
Possui caráter reflexivo, que gera 
conhecimento e uma didática participativa 
em que conhecimentos são comunicados 
e compartilhados. A documentação 
é uma forma de narrativa em que os 
acontecimentos são descritos pelo olhar 
pessoal de quem se pôs a documentar.
2. PROFESSOR OBSERVADOR 
PARTICIPATIVO
Um observador participativo é entendido 
como um educador da infância que 
procura mediar aprendizagens, realizar 
as intervenções necessárias, desafiar 
as crianças com propostas instigantes. 
Amplia seu próprio repertório e o das 
crianças partindo sempre do que elas já 
sabem. Faz indagações que contribuem 
para despertar a curiosidade de meninos 
Unidade 8 • O Papel do Professor Diante de uma Avaliação que Ajude o Aluno a Aprender176/189
e meninas sobre o mundo que as rodeia. 
Incentiva as crianças a construírem 
culturas infantis. Potencializa registros 
referentes aos momentos de brincadeira e 
também sobre as múltiplas linguagens.
Observa as produções das crianças, suas 
criações e entende que por meio delas 
elas se expressam. Acolhe e valoriza as 
brincadeiras trazidas pelas crianças, 
procura conhecer a comunidade em 
que as crianças vivem e estabelecem 
contatos amigáveis e de parceria 
com as famílias. Para Monção (2015), 
refletir sobre possibilidades e limites do 
compartilhamento da educação de bebês 
e crianças entre educadores e famílias é 
tema prioritário e de grande necessidade.
Para saber mais
Maria Aparecida Monção Guedes tem doutorado 
em Educação pela Universidade de São Paulo. 
Atua com as temáticas: Políticas Públicas, 
Educação Infantil e Formação deProfessores.
3. PAPEL DO PROFESSOR NA 
ESCUTA DAS CRIANÇAS 
Escutar as crianças implica em ouvir 
não somente com as orelhas, mas com 
todos os sentidos. Escutar suas múltiplas 
linguagens exige curiosidade sobre 
como os pequenos pensam, suspensão 
de julgamentos e abertura à mudança. 
A escuta dá visibilidade, pois de acordo 
com Rinaldi (2012) enriquece tanto 
Unidade 8 • O Papel do Professor Diante de uma Avaliação que Ajude o Aluno a Aprender177/189
quem escuta quanto os que produzem as 
mensagens, sendo que as crianças não 
suportam ser anônimas. Escutar se entende 
como premissa de qualquer relação de 
aprendizado.
As crianças são grandes ouvintes da 
realidade que as cercam, escutam 
observando, cheirando, sentindo gosto, 
ou seja, escutam com todos os sentidos. 
Sentem atração pelas diversas linguagens. 
Os educadores devem propiciar às crianças 
contextos múltiplos de escuta, em que 
muitas interações sejam possíveis. A 
documentação pedagógica é uma espécie 
de escuta visível das aprendizagens das 
crianças. 
Perceba que a escuta das crianças também 
é um instrumento de preocupação 
com a qualidade da educação e do 
desenvolvimento das crianças. Portanto, 
escutar as crianças implica utilizar os vários 
sentidos, observando atentamente suas 
produções em suas múltiplas linguagens. 
A escuta ativa das crianças dará um 
direcionamento ao planejamento do 
professor. 
Como diria Manoel de Barros (2010, p. 
187): “então eu trago das minhas raízes 
crianceiras a visão comungante e oblíqua 
das coisas. Eu sei dizer sem pudor que o 
escuro me ilumina”. 
Para saber mais
Manoel de Barros (1916-2014), poeta aclamado 
pela qualidade de seus escritos, ganhou muitos 
prêmios literários, entre eles dois Prêmios Jabuti 
de Literatura.
Unidade 8 • O Papel do Professor Diante de uma Avaliação que Ajude o Aluno a Aprender178/189
Glossário
Preconceito: qualquer opinião ou sentimento concebido sem exame crítico. Sentimento 
hostil, assumido em consequência da generalização apressada de uma experiência pessoal ou 
imposta pelo meio; intolerância. 
Discriminação: distinguir, diferenciar, adotar práticas que efetivam o preconceito.
Instigante: algo que provoca interesse.
Questão
reflexão
?
para
179/189
O papel do educador da primeira infância envolve 
cuidar, educar e avaliar. Faça uma síntese descrevendo 
aspectos centrais desse profissional.
180/189
Considerações Finais
• O professor na Educação Infantil cuida, educa e faz a avaliação do processo 
educativo.
• O processo de avaliação pede um professor mediador.
• A mediação deve ser realizada na perspectiva de observador participativo.
• A escuta das crianças requer um profissional atento às falas, gestos, 
choros, expressões e criações dos meninos e meninas.
Unidade 8 • O Papel do Professor Diante de uma Avaliação que Ajude o Aluno a Aprender181/189
Referências
AZEVEDO, H. de; SCHNETZLER, R. P. O binômio cuidar-educar na educação infantil e a formação 
inicial de seus profissionais. In: REUNIÃO ANUAL DA ANPED, 28., 2005. Anais eletrônicos... 
Caxambu, 2005. Disponível em: <http://www.unimep.br/~rpschnet/binomio-criar-educar.pdf>. 
Acesso: 20 ago. 2016.
BARROS. M. Memórias inventadas: as infâncias de Manoel de Barros. São Paulo: Planeta do Brasil, 
2010.
FORTUNATO, Ivan. Pedagogia da Escuta: Currículo e Projetos. Quaestio: revista de estudos 
em educação, v. 12, n. 1, 2010. Disponível em: <http://periodicos.uniso.br/ojs/index.
php?journal=quaestio&page=article&op=download&path%5B%5D=182&path%5B%5D=182> 
Acesso: 21 ago. 2016.
MONÇÃO, Maria Aparecida Guedes. O compartilhamento da educação das crianças pequenas 
nas instituições de educação infantil. Cadernos de Pesquisa, v. 45, n. 157, p. 652-679, 2015.
RINALDI, C. Diálogos com Reggio Emilia. São Paulo: Paz e Terra, 2012.
SILVA JR, Hédio; BENTO, Maria A. S.; CARVALHO, Silvia P. Educação infantil e práticas promotoras 
de igualdade racial. São Paulo: Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades-
CEERT: Instituto Avisa lá-Formação Continuada de Educadores, 2012.
http://www.unimep.br/~rpschnet/binomio-criar-educar.pdf/
http://periodicos.uniso.br/ojs/index.php?journal=quaestio&page=article&op=download&path%5B%5D=182&path%5B%5D=182
http://periodicos.uniso.br/ojs/index.php?journal=quaestio&page=article&op=download&path%5B%5D=182&path%5B%5D=182
182/189
Assista a suas aulas
Aula 8 - Tema: O papel do professor diante de 
uma avaliação que ajude o aluno a aprender - 
Bloco I
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f-
1d/68b3381a6f3f6a0d819b64fefb1c91ac>.
Aula 8 - Tema: O papel do professor diante de uma 
avaliação que ajude o aluno a aprender - Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
d1d07e30f266b2cf4198bb5c8283c09d>.
http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/68b3381a6f3f6a0d819b64fefb1c91ac
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183/189
1. O papel do professor na Educação Infantil envolve o binômio:
a) Cuidar e ensinar.
b) Cuidar e educar.
c) Cuidar e disciplinar.
d) Cuidar e limitar.
e) Cuidar e alimentar.
Questão 1
184/189
2. O professor deve eliminar no trabalho com a diversidade:
Questão 2
a) cooperação e amizade.
b) companheirismo e autonomia.
c) preconceito e discriminação.
d) apreciação e afetividade.
e) cuidado e educação.
185/189
3. A escuta do professor deve ser:
Questão 3
a) atenta, curiosa e sensível.
b) atenta, incomum e insensível.
c) atenta, curiosa e insensível.
d) atenta, sensível e desordenada.
e) atenta, curiosa e inflexível.
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4. O professor observador participativo:
Questão 4
a) evita escutar as crianças.
b) desconsidera culturas infantis.
c) desestimula interações entre as crianças.
d) escuta as crianças e documenta aprendizagens.
e) dá pouca atenção à organização de tempos e espaços.
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5. No ato de cuidar e educar, os educadores devem ver as famílias como 
potencialmente:
Questão 5
a) ausentes.
b) parceiras.
c) distantes.
d) desestruturadas.
e) pouco presentes.
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Gabarito
1. Resposta: B.
O binômio cuidar e educar faz parte do 
papel exercido pelo professor da infância, 
que deve observá-lo nos mais diversos 
momentos.
2. Resposta: C.
Atitudes de preconceito e discriminação 
devem ser eliminadas, sendo valorizada e 
respeitada a diversidade.
3. Resposta: A.
A escuta do professor precisa ser atenta, 
curiosa e sensível para entender o jeito de 
pensar das crianças.
4. Resposta: D.
O professor observador participativo 
precisa escutar as crianças e documentar 
suas aprendizagens para realizar as 
intervenções e mediações necessárias.
5. Resposta: B.
As famílias devem ser vistas 
potencialmente como parceiras, uma vez 
que na instituição a educação das crianças 
é compartilhada com elas.

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