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aula 2 - avaliação laboratorial do sistema urinário docx

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Avaliação laboratorial do sistema urinário 
 Urinálise e bioquímicos avaliam o sistema 
urinário 
Funções do rim: 
» Filtração e excreção de metabólicos e 
xenobióticos (todas as substancias que não 
fazem parte do metabolismo animal) 
» Produção e liberação de hormônios 
» Reabsorção de água, eletrólitos e proteínas 
» Controle da volemia e da osmolaridade 
plasmática 
 
Néfron 
 Unidade funcional do rim 
 Formado pelo glomérulo: filtração do plasma 
 
Através da artéria eferente o sangue chega 
ao glomérulo, onde será filtrado e vai para os 
túbulos onde ocorre a reabsorção (substancia 
volta para o organismo) e excreção. 
 
Urinálise 
Uns dos exames mais baratos e simples de ser 
executado. 
 
Quando realizar? 
» Na presença de sinais clínicos de doença renal 
ou órgãos urinários 
 Para avaliar a função do órgão e qual o tipo 
de alteração 
» Suspeita de doença generalizada, com 
envolvimento de outros órgãos ou sistemas do 
organismo. 
 Quadros de septicemia e anemia. Muitas 
lesões renais são secundarias a outras 
patologias. 
» Como exame de triagem nos internamentos, pp 
cirúrgicos. 
» Quando houver interesse em complementar o 
diagnóstico, acompanhar quadro clinico e 
estabelecer um prognóstico. 
 
 Urinálise também serve como prognóstico. 
Dependendo da quantidade de proteína, o 
tipo de cristal, a densidade e o ph pode ter 
um prognóstico da doença. 
 
COLETA DA AMOSTRA 
 Recipiente: 
 Tipo de recipiente: frasco estéril. Contaminação 
altera o resultado. 
 Identificação: nome, data, tipo de coleta e hora. 
Após a coleta deve ser processada em até 30 
min, se passar, tem que refrigerar por no 
máximo 6 horas. Temperatura ambiente para 
leitura. 
 
 Como coletar? 
 Micção espontânea ou compressiva: o primeiro 
jato vem contaminado com bactérias, células 
descamação... 
 Cateterismo: se tiver infecção a hora que passar 
o cateter pode contaminar a vesícula urinaria. 
Pode lesionar, tendo mais hemácias 
 Cistocentese: acesso pela cavidade abdominal. 
Contraindicado em animais com ascite 
infecções... 
 Solicitar qual foi o método da coleta 
 
Etapas da urinálise 
 
 
 Exame físico da urina 
 Visual e olfativo 
1. Volume 
 Avalia para saber se o volume coletado é 
suficiente para o exame. Precisa de no 
mínimo 1ml, mas o ideal é 10ml. 
Conceitos semiológicos 
 Poliúria: aumento do volume urinário. 
 Polaquiúria: urina com mais frequência em 
menor quantidade. 
 Pode ocorrer quando o animal ingere muita 
agua e a urina fica mais diluída (clara). 
 Oligúria: diminui o volume urinário. 
 Animal desidratado urina menos, com febre, 
diarreia 
 Anúria: ausência da produção de urina 
 Disúria: dor ao urinar 
 
 Poliúria 
Fisiologia ou transitória 
 Terapia diurética; 
 Aumento da ingestão de líquidos ou de fluidos; 
 Após adm de corticoides. 
Patológica 
 Nefrite aguda ou crônica; 
 Diabetes mellitus, diabetes insípidus (aumenta a 
excreção de glicose e a glicose puxa a agua); 
 Glicosúria renal primaria; 
 Piometra; 
 Hiperadrenocorticismo; 
 Pielonefrite generalizada. 
 Oligúria 
Fisiológicas 
 Redução da ingestão de líquidos; 
 Exercícios físicos intensos, com sudorese 
intensa; 
 Temperatura ambiente elevada. 
 
Patológicas 
 Associada a desidratação nos episódios de 
vomito e diarreia; 
 Nefrites agudas (queda acentuada da pressão 
sanguínea no glomérulo); 
 Febres prolongadas (perde liquido por 
sudorese), disfunção circulatória, edemas; 
 Enfermidades renais terminais (prognostico 
desfavorável) 
 
2. Aspecto 
 Transparência X eritrócitos, leucócitos, 
células epiteliais, bactérias, muco, lipídios ou 
cristais. 
» Límpido ou transparente; 
» Ligeiramente turvo; 
» Turvo ou floculento; 
» Leitoso (presença de lipídios). 
Espuma na urina: presença de proteína. 
 Equinos: presença de carbonato de 
cálcio, torna a urina levemente turva 
(fisiológico) 
3. Cor 
A coloração da urina varia conforme a quantidade 
de agua, se concentra o pigmento e a urina fica 
mais escura. 
 Normalmente amarela: urocromo. 
Outros pigmentos dão diferença na cor. 
 
Equídeos: a urina é amarela ao ser excretada 
podendo ficar escura devido a oxidação da 
pirocatequina. 
 Se deixar em contato com o oxigênio acaba 
oxidando e mudando a cor da urina, ficando 
mais escura. Se demorar para ler, a urina 
fica marrom. 
Azoturia: mioglobina x urina bem escura. 
 
» Amarelo claro: polaquiuria. 
» Amarelo: normal. 
» Âmbar: amarelo mais intenso, mais 
concentrado. 
» Marrom: relacionado a presença de 
mioglobina (lesões musculares, crises 
convulsivas e exercícios intensos) ou 
hemoglobina. 
» Vermelha: relacionada a presença de 
hemácias. 
Para saber se é eritrócito ou hemoglobina 
 Centrifugação 
 Se continuar com cor intensa tem 
hemoglobina livre no liquido. 
 Se a coloração sedimentar, são 
hemácias. 
 
Conceitos 
 Hematúria: sangue na urina 
 Hemoglobinúria: hemoglobina na urina 
 Mioglobinúria: mioglobina na urina 
 Bilirrubinúria: urina pode ficar verde 
4. Odor 
 Característico de cada espécie. 
A urina do gato é mais concentrada, nos herbívoros 
é adocicada. 
» Odor amoniacal: presença de bactérias que 
transformam a ureia em amônia 
» Odor pútrido: degradação bacteriana de 
proteínas urinarias. 
» Odor de acetona: cetonúria. 
5. Densidade 
Peso em relação a água destilada é igual a 
capacidade dos túbulos em concentrar urina. 
 Está diretamente relacionado com a 
ingestão de líquidos. 
 Nefropatias agudas: baixa taxa de filtração 
glomerular, com isso aumenta a densidade da 
urina, pois não consegue filtrar, passando 
proteínas, glicose... 
 Nefropatias crônicas: diminuição ou perda da 
capacidade de concentrar a urina, diminuindo a 
densidade. 
 Diabete mellitus: densidade normal pois a 
glicose puxa água junto (glicosúria) 
 Febre, desidratação e hipovolemia aumentam a 
densidade. 
Valores de referência 
 Determinado por refratometria 
» Cão – 1,015 a 1,045 
» Gato – 1,035 a 1,060 (maior capacidade de 
concentração de urina – odor forte) 
» Equinos – 1,020 a 1,050 
» Bovinos – 1,025 a 1,045 
Termos referentes a densidade especifica da urina 
em relação a densidade do filtrado plasmático 
(1,008 – 1,012) 
 Densidade da urina em relação ao filtrado 
 Densidade é observada no lado direito do 
refratômetro. 
Isotenúria: densidade entre 1,007 a 1,015, onde a 
concentração de solutos é igual a do filtrado 
glomerular (incapacidade de concentrar urina). 
Hipostenúria: densidade inferior a 1,007 – falência 
renal. 
Hiperstenúria: aumento da densidade. 
A reabsorção ocorre nos túbulos renais, estes são 
responsáveis por concentrar a urina. Se a densidade 
esta baixa, significa que está tendo problema no s 
túbulos renais. 
 Exame químico da urina 
 Fitas reagentes 
Simples e rápido 
 Mergulha a fita por completo de 1 a 2 segundos 
(sempre após homogeneizar a amostra), após, 
compara a coloração da fita com o padrão. 
Exame que avalia o grau de excreção de algumas 
substâncias orgânicas: aminoácidos, glicose, 
vitaminas, creatinina... 
O rim não excreta proteínas, se tiver proteína na 
amostra já indica que tem alteração. 
1. Ph ou potencial de hidrogênio 
Saber se a urina está ácida, básica ou neutra. 
 Interfere no equilíbrio ácido – básico. 
Carnívoros e lactantes: urina ácida devido a ingestão 
de grandes quantidades de proteína. 
 Ph 5,5 a 7,0 
Herbívoros: urina alcalina, dietas ricas em 
carboidratos. 
 Ph 7,0 – 8,4 
 
 A contaminação por bactérias pode mudar o ph da 
urina. As bactérias transformam a ureia em amônia 
tornando a urina mais alcalina. 
Urinas ácidas com ph < 6,0 
 Alimentação excessivamente rica em 
proteínas. 
» Administração de agentes acidificantes: ácido 
ascórbico, cloreto de amônia 
» Diabete mellitus 
» Inanição e doenças caquetizantes 
» Uremia 
» Acidosemetabólica ou respiratória: começa a 
absorver muito ácido, tenta excretar pela urina. 
Urinas alcalinas com ph > 7,0 
 Alimentação excessivamente rica em 
vegetais 
» Alcalose metabólica ou respiratória 
» Retenção urinária 
» Infecção do trato urinário 
» Administração de alcalinizantes (bicarbonato de 
sódio ou cálcio, citrato de potássio) 
2. Proteína 
Fisiologicamente, a proteína não consegue passar 
pelo filtro do glomérulo. 
 Fisiológica: exercício muscular excessivo, 
convulsões, ingestão excessiva de proteínas. 
 
 Patológica: lesão renal glomerular. 
 Se a lesão for no glomérulo a proteína vai 
estar bem aumentada, se for tubular vai 
estar levemente aumentada. 
 
 Falsa proteinúria: contaminação da urina por 
fluxo vulvo-vaginal, abscessos perineais e 
prepuciais e por matéria fecal. 
 
 Pré-renal: hematúria e hemoglobinúria: são 
proteínas também, se tiver vai estar 
aumentado. 
 
3. Presença de glicose 
É uma fonte de energia, não precisa ser 
excretada, é reabsorvida pelos túbulos. 
 Quantidade normal de glicose no sangue > 
ausência na urina. 
Quando não usa a glicose como energia, ela acaba 
se acumulando na circulação, e como tem em 
excesso, vai ser eliminado na urina. 
GLICOSÚRIA: quando a concentração de glicose é 
superior a capacidade de reabsorção ou a 
capacidade tubular está reduzida. 
 Glicosúria metabólica: associada a uma 
hiperglicemia. 
 Vai ter aumento de glicose no plasma e na 
urina. 
O aumento da glicose no plasma é acompanhado 
pela glicose na urina. 
 
 Glicosúria renal: associada à normoglicemia. 
 Vai ter aumento de glicose na urina, e no 
plasma normal 
Se for lesão tubular não consegue reabsorver, tendo 
aumento de glicose na urina e a glicose no plasma é 
normal 
 
 
Causas 
 Hipertireoidismo: aumenta a absorção de 
glicose no TGI 
 Hiperadrenocorticismo: glicocorticoesteróides > 
aproveitamento de aminoácidos para a 
neoglicogênese (fornece glicose para o plasma) 
hepática. 
 Superatividade das supra renais: formação 
excessiva de catecolaminas que estimulam a 
neoglicogênese, aumentando a produção de 
glicose que fica em excesso. 
 Ação hiperglicemiante: estimulam a 
neoglicogenese 
 Diabete mellitus e necrose pancreática: por 
deficiência de insulina. 
4. Corpos cetônicos ou acetonas 
Cetonúria 
 Diabete mellitus: não usa a glicose como fonte 
de energia e acaba metabolizando gordura, que 
geram os corpos cetônicos. 
 Jejum prolongado/inanição. 
 Toxemia da gestação em ovelhas: começa a 
metabolizar a gordura corporal, gerando corpos 
cetônicos que são metabolizados no fígado. 
 Como produz em grande quantidade, 
acumula na circulação e começa a excretar 
via urina. 
 Fita: cetona e ácido cetoacético. 
5. Presença de bilirrubina (bilirrubinúria) 
A bilirrubina não conjugada está no plasma, ela 
deve ir para o fígado, ser conjugada e ir para 
vesícula biliar onde será excretada via fezes. 
A bilirrubina não consegue ser excretada pela urina. 
 A bilirrubinúria ocorre por obstrução do 
fluxo biliar, onde acaba retornando ao 
sangue, já conjugada, e assim consegue ser 
excretada na urina. 
 É um indicador de doença hepática 
» Obstrução do ducto biliar: colestase intra e 
extra hepática. 
» Hepatopatias (cirrose, lepstopirose e neoplasias) 
6. Presença de urobinogênio 
 20% é reabsorvido 
 Sendo que 10% do que foi absorvido vai ser 
excretado via urina. 
 90% é excretado via fezes 
Sempre interpretar bilirrubina e urobinogênio juntos 
Animais com hepatopatia pode ter acúmulo de 
urina 
» Colestase: aumento de bilirrubina na urina 
sem aumento de urobinogênio. 
» Hepatopatia: aumento de bilirrubina e 
urobinogênio. 
7. Presença de nitrito 
 Bactérias produzem enzimas que reduzem o 
nitrato em nitrito 
- Avaliar sedimentos 
 É um indicativo de cistite 
 
8. Presença de sangue 
Sangue oculto na urina = fita reagente. 
» Hematúria: TVT, prostatite, uretrite, 
vaginite... 
» Hemoglobinúria: doenças infecciosas, 
plantas tóxicas, intoxicação, transfusões 
sanguíneas incompatíveis, anemia infecciosa 
equina e doença hemolítica do recém-
nascido. 
» Mioglobinuria: miosite, febre, exercício físico 
intenso. 
 Análise do sedimento urinário 
 Células epiteliais (renais e de pelve) 
 Células descamativas (vesicais, uretrais e 
vaginais) 
 Hemácias e leucócitos 
 Outras células (prostáticas e neoplásicas) 
 Cilindros e cristais 
 Bactérias, SPTZ, muco e parasitas 
 
 
 
Metodologia 
 Coleta de 5 a 10 ml. Se tiver 10ml centrifuga por 
5 minutos a 1.500 rpm. Após a centrifugação, o 
sedimento vai para baixo. 
 Depois tira o sobrenadante e com a pipeta pega 
0,2 ml e coloca na lâmina para visualizar no 
microscópio. 
1. Células 
» Epiteliais escamosas: são grandes 
» Descamativas: vesicais, uretrais e vaginais (cio*) 
 Células grandes com núcleo pequeno. 
Método de coleta ou inflamação? 
2. Hemácias 
» Hematúria: trauma, infecção, urólitos, 
neoplasia, distúrbios hemorrágicos, parasitas, 
drogas (ciclofosfamida) e estro 
3. Leucócitos 
» Inflamação (séptica ou não) 
Método de colheita e sinais clínicos: identificação 
da origem 
 
4. Cilindros 
Formação dentro do lúmen tubular 
 
5. Cristais 
 Cristais e cálculos: não indicam urolitíase, 
mas há certa correlação. 
Dependem também 
 Ph urinário 
 Estocagem e refrigeração 
 Concentração urinária e retenção 
 Dieta e uso de drogas

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