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micro - caso de hpv

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1) Qual é a patogênese da infecção pelo HPV?
A infecção genital por HPV é uma infecção sexualmente transmissível, a inoculação do papilomavírus humano sobrevém durante relação sexual com pessoas contaminadas. A história natural do processo de infecção viral ocorre em diferentes fases.
Inoculação (fase 0) – o vírus penetra no novo hospedeiro através de micro traumatismos. Os vírions então progridem até a camada basal, atravessando a membrana citoplasmática. O genoma viral é transportado para o núcleo, onde é traduzido e transcrito. Duas classes de proteínas são codificadas: proteínas transformadoras, que induzem funções na célula hospedeira, e proteínas reguladoras, que controlam a expressão dos genes virais .
 Período de incubação (fase I) – o período de incubação do condiloma acuminado varia de 2-3 semanas a 8 meses e parece estar relacionado com a competência imunológica individual (MODOTTI, 2005). Como o contato sexual não produz verrugas genitais em todos os casos, fica claro que a imunidade celular ou outros fatores locais influenciam decisivamente na transmissão do vírus .
	
Fase precoce (fase II) - três meses após o surgimento das primeiras lesões, tem inicio uma resposta imune adquirida que pode conter a infecção (regressão) ou ser insuficiente para eliminá-la (fase de expressão ativa) (ZAMPIROLO, 2007). Durante o estágio de contenção, os condilomas externos regridem espontaneamente em número significativo de indivíduos. No entanto, na maioria dos casos, as lesões focais persistem, embora o surgimento de novos papilomas possa ser interrompido ou parcialmente bloqueado.
Fase tardia (fase III) – cerca de nove meses depois após o aparecimento das primeiras lesões, os pacientes podem apresentar dois tipos de situação clínica: (a) os que continuarão em remissão (potencialmente infectantes para seus parceiros sexuais; (b) os que recidivarão, expressando doença ativa.
A infecção pelo HPV pode ser dividida em clínica, subclínica e latente. O processo infeccioso clínico é facilmente detectado e causa sintomas característicos, enquanto para os outros tipos de infecção necessitam do uso de métodos como peniscopia, histologia e ainda métodos de detecção do DNA do vírus. As infecções por HPV podem ser sintomáticas quando a forma clínica é evidenciável, ou assintomáticos. As lesões aparecer na em de verrugas genitais e chamada de condilomas. Surgem em regiões como vulva, colo vaginal e região perianal na mulher e no homem há possibilidade de aparecer na glande e sulco bálano prepucial, menos freqüente podem estar presentes em áreas extragenitais como conjuntivas mucosonasal, oral e laríngea. A infectividade do HPV é alta, estimando-se que 60% dos parceiros de pacientes infectados adquiram o vírus após um único contato sexual. As lesões epiteliais ocorrem em áreas sujeitas a trauma durante o ato sexual, pois é preciso a existência de condições que favoreçam a penetração do vírus O déficit local da imunovigilância favorece a passagem de infecção latente para a ativa. O intervalo entre a exposição e a evidência clínica varia de 4 a 6 semanas à 8 meses, com média de 3 meses, sendo no trato genital dividido de acordo com autor. 
• Clínica – É a forma evidenciável a olho nu; 
• Subclínica – É a forma reconhecida apenas com o uso do colposcópio (lente de aumento), após a aplicação de ácido acético 5%; 
 Latente – É a identificação de seqüências de DNA-HPV com técnicas de hibridização molecular em indivíduos com tecidos clinicamente normais. Em população adulta saudável, sexualmente ativa, o DNA-HPV é identificável com técnicas de biologia molecular.
2) O que diferencia os HPV de alto e baixo risco? Por qual mecanismo molecular isso ocorre? 
A importância principal do HPV está na carcinogênese do colo uterino. Os tipos de alto risco oncogênico podem levar ao aparecimento das lesões de alto grau, as conhecidas neoplasias intraepiteliais cervicais (NIC) ou mesmo ao câncer de colo uterino, podendo ser do tipo espinocelular ou adenocarcinoma. Os HPV que mais estão relacionados com o câncer são os tipos 16 e 18, presentes em 70% dos carcinomas escamosos, seguidos pelos 31, 33, 45, 52 e 58, totalizando 89% dos cânceres epiteliais. Os HPV de baixo risco, em especial o 6 e 11, são responsáveis pela manifestação dos condilomas acuminados em 90% das vezes. Estas lesões se manifestam principalmente na região vulvar, podendo ter tamanhos variáveis.
As lesões de vagina, neoplasias intraepiteliais vaginais (NIVA) e vulva (NIV), menos frequentes que as de colo, também são induzidas principalmente pelos HPV de alto risco oncogênico.
Vale ressaltar que no Brasil, o câncer de colo uterino é a terceira causa de neoplasia entre as mulheres, com taxas de 15 casos/100.000 mulheres ao ano. E 100% dos casos são de etiologia HPV-induzida.
Os PVs são pequenos vírus DNA (50-55nm) pertencentes à família Papoviridae – gênero Papillomavirus. Trata-se de vírus não envelopado, com simetria icosaédrica. Apresenta um genoma de aproximadamente 8.000 pares de base (8Kb) de DNA dupla fita e circular. Apesar do tamanho pequeno, sua biologia molecular é bastante complexa. O DNA viral encontra-se associado a proteínas semelhantes a histonas, envoltas por 72 capsômeros constituídos por duas proteínas estruturais, L1 e L2. Esses vírus são capazes de infectar seres humanos e grande número de espécies animais (gatos, coelhos e primatas não humanos), sendo o homem o hospedeiro mais extensivamente estudado.
 Os PVs são altamente específicos por espécie e não há relato de exemplos de PV de uma espécie causando infecção produtiva em outra espécie. São vírus que apresentam tropismo por células epiteliais, causando infecções na pele e nas mucosas (genital, oral, laringe, esôfago, ânus, canal anal), e a sua replicação ocorre no núcleo das células do hospedeiro.
3) Quais são as formas de aquisição do HPV? Indique duas manifestações clinicas dessa modalidade de infecção.
A transmissão do vírus acontece por contato direto com a pele ou mucosa infectada, principalmente por via sexual, seja ele oral, genital, anal ou manual. Pode haver ainda transmissão durante o parto. 
VERRUGAS CUTÂNEAS: As verrugas são as manifestações clínicas mais comuns e características da infecção pelo HPV. São tumores induzidos por vírus pleomórficos, que acometem diversas localizações, principalmente a pele de extremidades, mucosa, pele genital e mucosas oral e laríngea.
VERRUGA VULGAR (VV) A verruga vulgar (VV) consiste em pápulas ou nódulos individualizados, com superfície áspera. As lesões podem ser únicas ou múltiplas, de tamanhos variados, e habitualmente são assintomáticas
4) Quais são os métodos de prevenção do HPV?
Vacina contra o HPV: é a medida mais eficaz para prevenção contra a infeção. A vacina é distribuída gratuitamente pelo SUS e é indicada para:
· Meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos;
· Pessoas que vivem HIV;
· Pessoas transplantadas na faixa etária de 9 a 26 anos;
Mas, ressalta-se que a vacina não é um tratamento, não sendo eficaz contra infecções ou lesões por HPV já existentes.
Exame preventivo contra o HPV: o papanicolau é um exame ginecológico preventivo mais comum para identificar de lesões precursoras do câncer do colo do útero. Esse exame ajuda a detectar células anormais no revestimento do colo do útero, que podem ser tratadas antes de se tornarem câncer. O exame não é capaz de diagnosticar a presença do vírus, no entanto, é considerado o melhor método para detectar câncer de colo do útero e suas lesões precursoras.
Quando essas alterações que antecedem o câncer são identificadas e tratadas, é possível prevenir 100% dos casos, por isso é muito importante que as mulheres façam o exame de Papanicolaou regularmente.
 Preservativo: o uso do preservativo (camisinha) masculino ou feminino nas relações sexuais é outra importante forma de prevenção do HPV. Contudo, seu uso, apesar de prevenir a maioria das IST, não impede totalmente a infecção pelo HPV, pois, frequentemente as lesões estão presentes em áreas não protegidas pela camisinha (vulva,região pubiana, perineal ou bolsa escrotal). A camisinha feminina, que cobre também a vulva, evita mais eficazmente o contágio se utilizada desde o início da relação sexual.
5) Qual a relação entre HIV e HPV?
No caso da coinfecção entre HIV e HPV, se o tratamento antirretroviral não estiver sendo feito, o HIV pode acelerar o processo de desenvolvimento do HPV, por diminuir a imunidade da pessoa soropositiva. É relevante destacar que infecções por HPV aumentam significativamente o risco de transmissão do HIV, tanto para homens quanto para mulheres. Importante saber também que mulheres vivendo com HIV são particularmente afetadas pelo câncer de colo de útero (câncer cervical): elas têm até cinco vezes mais chances de desenvolver este câncer do que as mulheres que não vivem com o HIV.

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