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Plano de Aula: Características fisiopatológicas da diabetes mellitus PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS PARA GRUPOS ESPECIAIS - SDE0362 Título Características fisiopatológicas da diabetes mellitus Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 7 Tema Características fisiopatológicas da diabetes mellitus Objetivos Compreender os diferentes tipos de diabetes mellitus. Avaliar a evolução temporal da diabetes mellitus no século XXI. Associar a diabetes mellitus do tipo II como doença metabólica e com o conceito de estado inflamatório de baixo grau. Entender os mecanismos da diabetes mellitus e seus riscos à saúde. Identificar os diferentes meios para o diagnostico de diabetes mellitus. Estrutura do Conteúdo Diabetes mellitus: O diabetes mellitus é hoje um dos maiores problemas de saúde em todo o mundo. Atualmente, mais de 250 milhões de pessoas convivem com a doença, mas espera-se que este número chegue a 380 milhões, em 2025. O Brasil ocupa a 4ª posição entre os países com maior prevalência de diabetes: são 13,7 milhões de pessoas, e muitas ainda nem foram diagnosticadas. Além do fator genético, o diabetes é uma doença totalmente ligada ao estilo de vida adotado. Uma pessoa comalimentação desequilibrada, rica em gorduras, carboidratos, açúcares e produtos industrializados, e pobre em vegetais, legumes e frutas têm mais propensão a desenvolver o diabetes.Sedentarismo, obesidade e tabagismo também são fatores de risco e, juntos, contribuem para o aparecimento da doença. O diabetes é uma doença sistêmica e pode prejudicar diversos órgãos, se não for controlado adequadamente, por meio de um tratamento multidisciplinar que envolve medicamentos, dieta regulada e equilibrada, e exercícios físicos. Dentre as complicações do diabetes estão: retinopatia diabética, edema macular diabético, pé diabético, infarto, dentre outros. Causas do diabetes mellitus: O diabetes é uma doença de base genética e hereditária. Em geral, se há histórico na família entre parentes de primeiro grau, há possibilidades maiores de desenvolver a doença. O diabetes é uma síndrome do metabolismo que resulta no acúmulo de glicose pelo organismo. Pacientes com diabetes apresentam deficiência na função da insulina, o hormônio responsável por metabolizar a glicose, ou mesmo apresentam falta de insulina no organismo. Com a deficiência de insulina, o organismo não absorve a glicose e as taxas de açúcar no sangue aumentam de forma permanente, o que se caracteriza como hiperglicemia e dá origem ao diabetes. Tipos de diabetes mellitus Diabetes mellitus tipo I: Também conhecido como diabetes juvenil ou autoimune, pois o pâncreas não produz insulina suficiente e suas células sofrem um tipo de autodestruição. O diabetes tipo I aparece já na infância ou na adolescência e o paciente necessita do uso de insulina diariamente para adequar os níveis de glicose no sangue. O diabetes tipo 1 é o de menor incidência na população e chega a acometer até 10% do total de pacientes com a doença. Diabetes mellitus do tipo II: O organismo desenvolve resistência à insulina produzida ou mesmo passa a ter deficiência em sua secreção. Isso acontece, principalmente, devido a uma dieta irregular e prejudicial, com excesso de refrigerantes, açucares, carboidratos, alimentos industrializados e ricos em gordura. O diabetes tipo II é o de maior incidência na população, com quase 90% do número de casos. Diabetes gestacional: Cerca de 3 a 8% das mulheres grávidas desenvolvem diabetes gestacional. Ela acontece porque os hormônios da placenta reduzem a ação da insulina. Para compensar, o pâncreas aumenta sua produção, equilibrando o nível de glicose no sangue da mãe. Mas, parte das mulheres não produz essa insulina extra e acumulam açúcar no sangue. A presença do diabetes gestacional é assintomática, por isso, recomenda-se o acompanhamento do índice de glicose, em jejum, durante a gravidez. O diabetes mellitus do tipo II é responsável por 95% dos casos e se caracterizada como doença multifatorial de desordem metabólica recorrente das alterações no metabolismo em função dos quadros de hiperglicemia. Isso ocorre quando o pâncreas não consegue produzir insulina suficiente para que ocorra a absorção da glicose pelas células ou quando a insulina produzida perde a sua eficácia. Nos últimos 50 anos, a prevalência do diabetes mellitus do tipo II vem aumentando vertiginosamente em função do estilo de vida moderno, dados do estudo de vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico (VIGITEL), mostram que com o passar da idade, os números de indivíduos diabéticos triplica entre os homens acima de 45 anos e duplica em mulheres da mesma faixa etária. O diabetes mellitus do tipo II apresenta alguns sintomas clássicos como; poliúria (urina excessiva), polidipsia (sede excessiva), perca de visão, infecções recorrentes, diminuição na capacidade de cicatrização, sensação de formigamento nas extremidades dos membros e ganho de peso. E a partir dos hábitos de alimentação principalmente, o indivíduo começa a desenvolver a resistência à insulina. Riscos à saúde: O diabetes não controlado é hoje a principal causa de cegueira em pessoas na idade produtiva e de amputações no Brasil. Os diabéticos também estão mais suscetíveis a doenças coronarianas. São alguns exemplos de complicações do diabetes: Retinopatia diabética e edema macular diabético (EMD). O EMD é a maior causa de cegueira na idade adulta. Neuropatia diabética e acidente vascular cerebral, também conhecido como derrame. Doença periodontal e inflamação das gengivas. Arterosclerose, enfarte do miocárdio e doença vascular periférica. Insuficiência renal, falência dos rins e necessidade de transplantes. Úlcera nos pés (pé diabético) e artropatia de Charcot. Diagnóstico de diabetes mellitus: O diabetes é uma doença assintomática, ou seja, não traz sintomas claros para o paciente. Por isso, é possível que o paciente fique em situação de pré-diabetes por cinco ou dez anos antes de ter um diagnóstico adequado. Os critérios utilizados para isso, geralmente são determinados pelos principais centros de estudos e organização mundiais, esses critérios estão descritos: glicose de jejum acima de 126 mg/dL e hemoglobina glicosilada maior que 6,5%. Aplicação Prática Teórica Discutir com os discentes algumas situações práticas do dia-a-dia que demonstram a relação entre diabetes mellitus e hábitos do dia-a-dia, ressaltando a importância desse entendimento para o Profissional de Educação Física.