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GESTÃO DA PRODUÇÃO [AP1] AULA 1 – INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO • Revolução Industrial: substituição da força humana e da água pela força mecanizada no processo de produção. • Administração Científica: popularização da noção da eficiência. • Globalização: fenômeno facilitado pelo desenvolvimento das telecomunicações e dos meios de transporte. O PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO • Os recursos utilizados pelo processo de transformação são chamados inputs, enquanto outputs são todos os bens e serviços produzidos pela organização. Input é o que entra e output é o que sai. BENS X SERVIÇOS Características Bens Serviços Tangibilidade São tangíveis. São intangíveis. Simultaneidade São produzidos e depois consumidos. São produzidos ao mesmo tempo que são consumidos. Envolvimento do Cliente A presença do cliente em geral não existe durante o processo. A presença do cliente em geral existe durante o processo. Controle de Qualidade As falhas podem ser corrigidas antes que o produto chegue ao cliente. As falhas ocorridas ficam evidentes para o cliente. INPUTS DO PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO • Recursos transformados: são os que serão modificados no processo de produção. Ex.: matérias- primas. • Recursos de transformação: são os que transformam as matérias-primas. VOLUME E VARIEDADE DE PRODUTOS • O volume é inversamente proporcional à variedade. Quanto menor variedade, maior volume. Quanto maior variedade, menor volume. GRAU DE CONTATO COM O CLIENTE • As operações, tanto de serviço como de bens, possuem graus diferentes de contato com o cliente. • Exemplo: loja física x loja virtual. AULA 2 – ESTRATÉGIA DE PRODUÇÃO NÍVEIS DE DEFINIÇÃO DA ESTRATÉGIA • A estratégia corporativa será seguida por todas as ramificações em que a empresa atua. • A estratégia de cada empresa do grupo são as decisões tomadas no âmbito de cada unidade. • A estratégia funcional é realizada por cada área ou função (marketing¸ pessoal, finanças, produção). ESTRATÉGIA DE PRODUÇÃO NAS EMPRESAS • Posição reativa: a área de produção limita-se a tomar ações determinadas pelo comando da empresa. Não tem voz própria. Não é esperada a geração de inovação. • Posição proativa: a área de produção é vista como potencial provedora da base para o sucesso competitivo. Ela é inovadora e capaz de adaptar-se às mudanças dos mercados. OBJETIVOS DE DESEMPENHO DA PRODUÇÃO Qualidade Fazer certo as coisas. Produzir bens e serviços sem erros. • Automóveis: a montagem dos componentes deve seguir os padrões da empresa, a pintura do veículo não deve apresentar riscos e o acabamento tem de ser perfeito. • Restaurante: deve se preocupar tanto com qualidade da comida quanto com o atendimento. Refeições frescas, funcionários atenciosos, ambiente agradável e higiênico. Rapidez Minimizar o tempo entre a solicitação do bem pelo cliente e a entrega. • Automóveis: a montadora deve diminuir o tempo entre a solicitação de um automóvel pelo revendedor e sua entrega ao consumidor, para que este não tenha que esperar muito. Confiabilidade Fazer as coisas em tempo, cumprindo os prazos de entrega estabelecidos. • Automóveis: a montadora deve entregar os veículos aos revendedores dentro dos prazos estabelecidos. • Restaurante: o prato deve ser entregue no prazo estabelecido. Flexibilidade Ter a capacidade de mudar rapidamente para atender às necessidades dos clientes. • Flexibilidade de produto: habilidade da operação para introduzir novos produtos e serviços. • Flexibilidade de composto: oferecer ampla variedade ou composto de produtos e serviços. • Flexibilidade de volume: habilidade de operação para alterar seu volume de output. • Flexibilidade de entrega: habilidade de mudar a programação de entrega de produtos ou serviços. Custos Fazer as coisas o mais barato possível. AULA 3 – ESTRATÉGIA DE PRODUÇÃO. PRIORIZANDO OBJETIVOS DE DESEMPENHO PRIORIDADE DE OBJETIVOS DE DESEMPENHO • Necessidade dos clientes; • Desempenho da concorrência; • Estágio do produto em seu ciclo de vida. Influência dos clientes A prioridade da empresa deve ser a maior preferência dos clientes. É preciso conhecer os clientes até mesmo para não investir desnecessariamente naquilo que eles não consideram importante. Influência dos concorrentes Se um concorrente conseguir desempenho melhor que a empresa, esta deverá aprimorar-se. Exemplo: nova locadora na cidade onde havia apenas uma locadora de bairro. A nova locadora consegue oferecer mais variedade e é mais rápida na oferta dos lançamentos. Ao gerente da locadora mais antiga na cidade restam três alternativas: - acompanhar a estratégia do concorrente e ser igualmente rápida na aquisição dos lançamentos em filmes. - focar a estratégia inicial e priorizar ainda mais a flexibilidade de mix a fim de superar a concorrência nesse critério. - nem acompanhar o concorrente nem manter a prioridade inicial. A locadora que já estava instalada na cidade pode efetuar promoções, por exemplo. A prioridade recairia sobre o desempenho em custos. Ciclo de vida do produto • Introdução; Crescimento; Maturidade; Declínio. • Na fase de introdução, os objetivos de desempenho mais importante devem ser a qualidade e a flexibilidade, porque os clientes devem ter uma impressão favorável sobre o novo produto. • Na fase de crescimento, além do nível de qualidade elevado, os objetivos relevantes devem ser rapidez e confiabilidade. • Na fase de maturidade, o objetivo mais importante deve ser custos. • Na fase de declínio, também é importante o objetivo custos, visto que o volume de vendas do produto está diminuindo. CRITÉRIO QUALIFICADOR E CRITÉRIO GANHADOR DE PEDIDO • Critério qualificador: quem não tiver o critério qualificador em um nível mínimo não consegue competir pela preferência do cliente. • Critério ganhador de pedido: dentre as empresas qualificadas, o critério ganhador de pedido vai fazer a diferença. • Critérios menos importantes: Não são decisivos na escolha do cliente. AULA 4 – PROJETO EM GESTÃO DA PRODUÇÃO PROJETOS DE BENS, SERVIÇOS E PROCESSOS • Projeto de Produto: ao definir o design, a motorização, o tipo de câmbio e de combustível de um novo modelo de veículo, a montadora está efetuando o projeto de produto. • Projeto do Processo: ao definir a localização da planta produtiva, os tipos de máquinas utilizadas na produção, sua sequência dentro da fábrica e a capacitação dos funcionários, a montadora estará efetuando o projeto do processo. DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE DE PROJETO A atividade de projeto começa em uma ideia ampla que é desenvolvida até a especificação final. Critérios de Avaliação de Projetos • Viabilidade: verificar se a empresa tem condições de reunir os recursos necessários para realizar uma opção de projeto. • Aceitabilidade: levar em consideração o retorno de cada opção do projeto, por exemplo, aumento das vendas. • Vulnerabilidade: riscos que a empresa corre se o projeto fracassar. INFLUÊNCIA DO PROJETO SOBRE OS OBJETIVOS DE DESEMPENHO • Qualidade: o projeto de produto deve considerar as necessidades dos clientes e deve haver um baixo índice de defeitos. O projeto de processo pode contribuir através da utilização de tecnologias modernas de montagem ou capacitação do pessoal. • Rapidez: por exemplo, a utilização de fábricas focalizadas (dedicadas a uma variedade restrita de produtos) propicia melhor desempenho em rapidez para as operações. • Confiabilidade: o projeto de processo precisa agrupar recursos de forma confiável. • Flexibilidade: o projeto de processo deve considerar a criação de vários modelos de produtos. • Custos: o projeto do produto influencia diretamente o custo dos materiais, porque será ele que definirá quais matérias primas serão utilizadas. O projeto do processo pode agir sobre os custos de transformação ao definirníveis de automação e capacidade da fábrica. Novo objetivo que vem sendo considerado: sustentabilidade. Escolha de matérias-primas que podem ser reaproveitadas ao final da vida útil do produto. Substituir materiais tóxicos por outros biodegradáveis. OS FATORES TEMPO E CUSTO NAS ATIVIDADES DE PROJETO • Tempo: a inovação deve chegar rápido. Por exemplo, duas empresas podem estar desenvolvendo projetos semelhantes ao mesmo tempo. o Fatores que podem reduzir o tempo de lançamento de um novo produto: ▪ Engenharia simultânea (projetos de processo e produto ao mesmo tempo); ▪ Resolução rápida de conflitos e incertezas (reduz grau de incerteza do projeto, custo extra e tempo do projeto); ▪ Estrutura organizacional por projeto (profissionais de diversas áreas no mesmo projeto); ▪ Projeto auxiliado por computador (CAD/CAM). AULA 5 – PROJETO DO PROCESSO DE PRODUÇÃO VOLUME, VARIEDADE E PROJETO • Organização de processamento da produção: focalizado no produto ou focalizado no processo. • Uma fabricante de carteiras escolares padronizadas terá um projeto de processo dedicado a um único tipo de produto (focalizado no produto), com fluxo contínuo com a mesma sequência de tarefas. + volume de outputs, - variedade de outputs. Necessidade de equipamentos mais modernos, como robôs. • Uma fabricante de móveis sob encomenda será focalizado no processo, visto que este precisa ser altamente flexível, sendo que a sequência de atividades para cada produto deverá ser diferente. - volume de outputs, + variedade de outputs. Mais esforço para treinar os funcionários, planejar e controlar o chão e fábrica. TIPOS DE RESPOSTA À DEMANDA Pode haver a postergação de acabamento da produção. Por exemplo, estoque de produtos semiacabados para fabricantes de produtos sob encomenda. Já os fabricantes de produtos padronizados devem ter estoque de produto acabados. TIPOS DE PROCESSOS DE MANUFATURA • Produção job shop: a variedade é tão grande que cada produto é único e o volume é muito baixo (ex.: produção de navios, alfaiates). • Produção em lotes: um lote de bens iguais é manufaturado em sequência (mais de uma unidade por vez). É produzido um lote de determinado item. Na sequência, ocorre a preparação das máquinas para a produção de um diferente item (ex.: fabricante de tintas produzindo uma cor por vez). • Produção em massa: o volume produzido de cada produto é maior que na produção em lotes. Menor variedade. (ex.: veículos, variações apenas de cor e acessórios). • Produção contínua: não apresenta variedade, volumes superiores a qualquer tipo de processo. Muitas vezes as operações são literalmente contínuas. (ex.: refinarias petroquímicas e instalações de geração de energia). TIPOS DE PROCESSOS DE SERVIÇO • Serviços profissionais: baixo volume e alta variedade, serviço mais personalizado (ex.: consultores, advogados, médicos). • Lojas de serviço: posição intermediária (ex.: rede de hotéis). • Serviço de massa: baixa diferenciação e processa grande quantidade de materiais, pessoas ou informações. (ex: transporte de metrô). AULA 6 – PROJETO DE PRODUTOS E SERVIÇOS A INOVAÇÃO E A GESTÃO DA PRODUÇÃO • Inovação incremental: consiste em fazer o que sempre foi feito, mas de forma um pouco melhor. Mais frequente e menos arriscado para a empresa. • Inovação radical: grau de novidade maior. Não acontece tão frequentemente e exige que a empresa assuma certos riscos. ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO DE PROJETO Etapa 1: Geração do conceito A etapa de geração do conceito precisa organizara as ideias. As ideias são prospectadas a partir de diversas origens. Fontes internas são as pessoas ou equipes de dentro da empresa, capazes de gerar ideias. Fontes externas são os participantes do mercado que podem ser utilizados pela empresa para o aproveitamento de ideias. Fontes externas: O cliente pode atuar como fornecedor de ideias. Pode ser estimulado a opinar através de uma pesquisa de mercado. A área de marketing terá que ir até o cliente potencial e formalizar uma pesquisa. As ideias podem vir através dos fornecedores também. Além disso, podem surgir dos concorrentes, através de benchmarking. Fontes internas: A área de P&D pode colocar a empresa em situação favorável na corrida pela inovação. Os funcionários também podem contribuir com ideias. Marketing: a área de marketing está no limite entre fonte interna e externa, porque esta pesquisa o mercado externamente e também analisa internamente informações sobre os consumidores. Etapa 2: Triagem do conceito Vide aula 4, critérios de avaliação de projetos. Etapa 3: Projeto preliminar O projeto preliminar deve resultar na especificação dos produtos e serviços que compõem o pacote e na definição dos processos necessários para transformar os produtos e/ou serviços. O projeto preliminar deve conter a lista de materiais e a estrutura do produto. Etapa 4: Avaliação e melhoria • Desdobramento da função qualidade: consiste em observar cuidadosamente a adequação do pacote de produtos e/ou serviços que estão sendo projetados aos benefícios potencialmente valorizados pelos clientes. • Análise de valor: busca evitar qualquer custo supérfluo, que não contribua para o desempenho previsto do produto. • Método de Taguchi: consiste em submeter o produto ou serviço a condições adversas, a fim de testar sua robustez. Etapa 5: Protótipo e projeto final • O protótipo serve para testar o produto sob condições reais de operação, o teste com o protótipo pode corrigir os últimos detalhes. Um modelo mundial de automóvel, por exemplo, pode ser lançado inicialmente em apenas um país ou região. AULA 7 – REDE DE OPERAÇÕES PRODUTIVAS E INTEGRAÇÃO VERTICAL GESTÃO DA REDE DE OPERAÇÕES Os fornecedores estão à montante e os clientes estão à jusante. Pode haver várias camadas. Modificações que vêm ocorrendo na configuração das redes de operações: • Redução do número de fornecedores por parte das empresas; • Intensificação do intercâmbio de informações entre os elos da rede; • Esforço conjunto por altos níveis de qualidade e eficiência; • Aumento da internacionalização das trocas. • Alto fluxo de informações. Características Relações cliente-fornecedor Relações de parceria Tempo Curto prazo Longo prazo Objetivos de desempenho Custos Qualidade, confiabilidade, custos Fluxo Troca de materiais e pedidos Fluxo de materiais e informações diversas Negociação Poder de barganha Relação ganha-ganha Foco Empresa Rede INTEGRAÇÃO VERTICAL É o grau de controle que uma organização possui da rede que ela participa. As empresas devem decidir a direção da expansão (à montante ou à jusante?) e a amplitude da expansão (pequena ou grande?). • Fabricante de cimento: pode integrar a montante adquirindo uma mina de argila ou instalando uma fábrica de gesso. Pode integrar a jusante incorporando fabricantes de concreto ou construindo sua própria usina. A VERTICALIZAÇÃO E OS OBJETIVOS DE DESEMPENHO A influência da integração vertical nos objetivos de desempenho pode ser positiva ou negativa. Cabe à empresa evitar a acomodação de mercado da rede de suprimento verticalizada e explorara ao máximo as vantagens de controlar as falhas de qualidade do produto. Os efeitos também podem ser benéficos se as sinergias e facilidades de comunicação e controle forem aproveitadas. Sistemas informatizados podem melhorar o desempenho de rapidez e confiabilidade. AULA 8 – LOCALIZAÇÃO DAS OPERAÇÕES PRODUTIVAS OS CUSTOS DE TRANSPORTE E A RAPIDEZ • A decisão de localização precisa considerar, entre outros fatores, os fluxos dentro da rede de operações. • Localizar uma unidade produtiva próximo ao fornecedor facilita o fluxo de entrada das matérias- primas. Isso é chamado logística de suprimento. • Uma decisão de localização que leve mais em consideração o acesso aos mercados consumidores facilita o fluxo dos produtosacabados. Isso tem o nome de logística de distribuição. MÉTODO DO CENTRO DE GRAVIDADE Utilizar uma média ponderada das coordenadas, atribuindo maior peso para as regiões nas quais os distribuidores vendem mais. Fazer um cálculo para o eixo horizontal e um cálculo para o eixo vertical. RECURSOS HUMANOS E LOCALIZAÇÃO Um recurso transformador que pode ter variações em cada local são os recursos humanos. Os custos dos recursos humanos utilizados no processo de produção podem variar de um local para o outro. Por exemplo: no ABC Paulista, a sindicalização pode aumentar o risco de greves e pressões sobre os salários. Além disso, deve-se considerar a oferta de pessoas qualificadas – por exemplo, localizar próximo a centros de pesquisa das universidades. FATORES QUANTITATIVOS NA DECISÃO DE LOCALIZAÇÃO • Custos de transportes de matérias-primas e produtos acabados. • Custos de recursos humanos. • Custos de terrenos. • Custos dos impostos – estados podem oferecer incentivos fiscais. • Custos variáveis de um país para o outro. FATORES QUALITATIVOS NA DECISÃO DE LOCALIZAÇÃO • Rapidez na entrega de matérias-primas à fábrica e dos produtos acabados aos clientes. • Qualificação dos recursos humanos. • Serviços públicos oferecidos. • Qualidade de vida local. • Receptividade da comunidade. • Legislação ambiental. MÉTODO DA PONDERAÇÃO DE FATORES Utiliza diversos fatores na ponderação de localizações possíveis. Os fatores recebem pesos e notas. LOCALIZAÇÃO E GLOBALIZAÇÃO Fatores que devem ser levados em conta: garantia de disponibilidade energética, estabilidade econômica, diferenças legais, culturais e climáticas. Primeiro a empresa escolhe a região do mundo ou país que deseja instalar-se; em seguida, define a região do país ou cidade; e, por último, o local específico. AULA 9 – PLANEJAMENTO DA CAPACIDADE PRODUTIVA UTILIZAÇÃO DE CAPACIDADE E CUSTOS DE PRODUÇÃO Custo Total (CT) = Custo Fixo (CF) + Custo Variável (CV) 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑜 𝑢𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑜 = 𝐶𝑓 + (𝐶𝑉𝑢 × 𝑞) 𝑞 NÍVEL ÓTIMO DE CAPACIDADE Nível ótimo de produção é a quantidade produzida por uma instalação produtiva que acarretará o menor custo médio unitário possível. ECONOMIA DE ESCALA E DESECONOMIA DE ESCALA • Os custos fixos de uma operação não aumentam proporcionalmente à sua capacidade. • Os custos de capital para construir-se uma fábrica não aumentam proporcionalmente à sua capacidade. Por exemplo: os custos fixos de uma fábrica de 1.000 unidades são maiores que um décimo dos custos fixos de uma fábrica de 10.000 unidades. • Economia de escala é uma vantagem competitiva em custos advinda das vantagens obtidas por uma operação de maior capacidade produtiva. • Deseconomia de escala: a operação produtiva é tão grande que isso impacta de forma negativa nos custos. RISCO DE SOBRECAPACIDADE Quando a demanda real fica abaixo do nível previsto, o nível de vendas será menor que o esperado. Poderá ser vantajoso para a empresa cancelar algum investimento de ampliação de capacidade inicialmente planejado. RISCO DE SUBCAPACIDADE O comportamento real da demanda pode acontecer em níveis mais elevados que o previsto. O que fazer quando a demanda supera as expectativas? GESTÃO ESTRATÉGICA DA CAPACIDADE – MOMENTO DAS INTERVENÇÕES AULA 10 – TIPOS DE ARRANJO FÍSICO ARRANJO FÍSICO EM MANUFATURA Objetivo de minimizar a distância percorrida pelo produto em processo. Outros fatores que o arranjo físico deve se preocupar: otimização do espaço, qualidade de vida dos trabalhadores (ex.: redução da poluição sonora e atmosférica), segurança. TIPOS DE ARRANJO FÍSICO Arranjo Físico Posicional Os recursos transformados não saem da posição durante o processo. O que se desloca são os recursos transformadores. Ex.: navio, cirurgia. Isso pode ocorrer por alguns fatores: o produto é muito grande para ser removido, pacientes estão em um estado muito delicado para serem removidos, clientes não se movem por comodidade. Objetivo e criar condições para que os recursos transformadores possam ser operados da forma mais fácil e econômica possível. Arranjo Físico por Processo Os recursos transformados movem-se entre estágios da operação produtiva. A sequência em que os estágios são percorridos variam devido a diversidade de produtos. Os fluxos são diversificados: cada produto ou pequeno lote de produtos segue um roteiro dentro da fábrica. Ex.: academia de ginástica e fábrica de ferramentas. Os recursos transformadores podem ser posicionados para otimizar o fluxo da variedade de recursos transformados, mas também podem ser posicionados de forma a obter agrupamentos e posição adequados às suas condições de financiamento. Ex.: Todas as bicicletas próximas na academia, todos os tornos próximos na fábrica de ferramentas – o que pode facilitar a atuação da equipe de manutenção dessas máquinas. Arranjo Físico Celular Uma célula pode ser responsável pelo processamento de um produto ou de uma família de produtos. Isso porque um produto, ou uma família de produtos, torna-se parcela importante do volume de produção total da empresa. Ex.: uma academia pode criar uma célula para atendimento de clientes idosos, uma fábrica de ferramentas pode querer produzir grande quantidade da ferramenta Y. Os resultados esperados são: melhor controle da produção, distâncias percorridas pelos fluxos menores e tempo de preparação das máquinas reduzido, já que os equipamentos dentro da célula processam apenas um tipo de produto. Arranjo Físico por Produto A posição dos recursos transformadores deve atender à conveniência do(s) produto(s) produzido(s). É mais fácil de ser controlado e ideal para produção em altos volumes. Os produtos em processo não ficam se cruzando dentro da fábrica. Ex.: caixa automático, campanha de vacinação. Linha Reta ou em Forma de “U” O arranjo físico em forma de “U” pode trazer algumas vantagens Os operários ficam mais próximos uns dos outros e possuem uma melhor visualização de todo o processo. Os mesmos operários poderão trocar informações e instrumentos com maior facilidade. SELEÇÃO DE ARRANJO FÍSICO AULA 11 – PROJETO DETALHADO DE ARRANJO FÍSICO POR PROCESSO E POR PRODUTO POR PROCESSO • Considerar a quantidade (em unidades) de materiais movimentados entre cada par de departamentos, o tamanho da fábrica e o tamanho dos departamentos. • Melhor alternativa de arranjo físico é aquela que minimiza as distâncias percorridas pelos materiais e, consequentemente, os custos de movimentação. • É importante, por exemplo, aproximar departamentos que fazem muitas trocas entre si. • Para comparar entre dois arranjos físicos é importante saber os fluxos dos produtos e a quantidade produzida. POR PRODUTO • Caminho dos produtos em processo já está definido e o principal desafio será com a distribuição de tarefas. • Quais tarefas serão alocadas a cada estação de trabalho? Denomina-se balanceamento de linha a alocação equânime de trabalho para cada estágio da linha. • Quanto tempo de ciclo é necessário? (intervalo entre a saída de um item da linha de produção e a saída de outra unidade do mesmo item) • Quantos estágios são necessários? 1. Calcular o tempo de ciclo (tempo disponível total / número de produtos produzidos) 2. Calcular o número mínimo de estações de trabalho (somatório do tempo das atividades / tempo de ciclo). 3. Alocar as tarefas (obedecendo a ordem dada pelo diagrama de precedências e garantindo que os tempos totais das tarefas dentro de cada estágio não superem o tempo do ciclo). a. Escolher a maior atividade que caiba no tempo remanescente do estágio. b. Escolher a atividade com maior número de dependentes. 4. Calcular a perda por balanceamento (tempo ocioso total / (tempo de ciclo x número de estágios)). AULA 12 – TECNOLOGIA DE PROCESSO TECNOLOGIA DE PROCESSAMENTO DE MATERIAIS • CAD (Computer-AidedDesign): criação e modificação de desenhos em três dimensões. • CAM: (Computer-Aided Manufacturing) • FMS: (Flexible Manufacturing Systems): integra tecnologias num sistema controlado por computador. Além da estação de trabalho em si, um FMS tem uma central de controle por computador, que controla e coordena as atividades do sistema. Os FMS mantêm suas informações em forma de softwares facilmente reprogramáveis. • CIM: (Computer-Integrated Manufacturing): abrange toda a empresa, alcançando todas as atividades que dão sustentação à manufatura como, por exemplo, projeto e programação. Utiliza um banco de dados comum e estabelece uma comunicação avançada dentro da empresa através de uma rede de computadores. Considerar: grau de ruído produzido pelo equipamento e poluentes e resíduos gerados. Dispositivos de segurança e custo em aso de acionamento. Apenas a utilização de modelas tecnologias de processo não é suficiente para garantir o bom desempenho de uma organização. As decisões tecnológicas devem propor soluções alinhadas com os objetivos estratégicos da empresa. TECNOLOGIA DE PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÕES • A LAN é uma rede de comunicações que opera até uma distância limitada. O tipo mais comum conecta os PCs em um grupo de trabalho permitindo compartilhamento de arquivos de dados, impressoras e redes externas como a internet. • Um grande desafio para as empresas tem sido garantir a segurança na troca de dados. • Código de barras consegue fazer com que as empresas tomem decisões mais precisas durante o planejamento de compras e produção, reduzindo custos com estoques desnecessários. No futuro, será RFID (registro das compras automático). Sistemas ERP • Têm o objetivo de automatizar processos de manufatura, organizar livros contábeis, modernizar o setor de recursos humanos e muito mais, integrando todas as atividades da empresa. Um dos objetivos do ERP é criar um sistema que, de forma globalizada, utilize dados e processos compatíveis para as regiões e divisões de uma empresa. TECNOLOGIA DE PROCESSAMENTO DE CLIENTES • Ferramentas tecnológicas em operações de serviço. Ex.: caixa automático, tecnologia de reserva de passagens aéreas. Grau de automação da Tecnologia • Quanto menor a intervenção humana no processo, maior o grau de automação. Os benefícios do grau crescente de automação em tecnologia de processo são: a redução de custos de mão-de-obra direta e a redução da variabilidade da operação. Deve-se tomar cuidado com a possível limitação da flexibilidade em processos que necessitam de baixo volume e alta variedade. • Nem todos os projetos de automação são bem-sucedidos. • A automação não pode compensar uma má administração. • A automação de algumas operações pode não ser a opção amis econômica. • Não é tecnicamente viável automatizar algumas operações. • A empresa pode preferir esperar o amadurecimento do negócio para implementar o projeto de automação. Escala da Tecnologia • Decisão: uma copiadora de alta performance ou três equipamentos menores com a capacidade somada igual à primeira máquina? • Alternativa 1: máquina de alta performance ocuparia menos espaço, reduziria o número de operadores e tenderia a manter o padrão de qualidade. No entanto, se quebrar paralisa todo o processo. Se a demanda diminuir, haverá ociosidade. • Alternativa 2: a aquisição de três equipamentos menores garantiria a disponibilidade de 2/3 da capacidade em caso de quebra de uma das máquinas. Não haveria interrupção total das atividades. Se a demanda diminuir, a empresa pode se desfazer de uma das máquinas. As três maquinas ocupariam mais espaço e necessitariam de mais operadores que a máquina de alta performance.
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