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Prof. Tarcísio Carvalho 02/03/2016 1 Patologia Morte celular Prof. Dr. Tarcísio Carvalho Conteúdo - Patologia • Lesão celular reversível e irreversível • Morte Celular – Necrose e Apoptose • Reações inflamatórias • Mecanismo de reparo tecidual • Distúrbios circulatórios • Edema e hemorragia • Infarto • 1ª Avaliação • Tromboembolismo • Distúrbios da Pigmentação • Distúrbios do crescimento e do desenvolvimento • Introdução à carcinogênese • Teorias da Carcinogênese • 2ª Avaliação • Definição – morte celular com perda de integridade das membranas e extravasamento do conteúdo citoplasmático, resultando na dissolução da célula pela ação de enzimas lisossomais (da própria célula ou de leucócitos). O processo de necrose ocorre acompanhado da inflamação. • Morfologia - aumento da eusinofilia (coloração mais rósea) - degradação da cromatina, retração (picnose) e fragmentação do núcleo Necrose 2 – Morte celular: necrose e apoptose Prof. Tarcísio Carvalho 02/03/2016 2 • Necrose por coagulação – preservação da forma do tecido, com células mortas, mas com contornos preservados. Está presente nos infartos de órgãos sólidos (exceto cérebro) Padrões de necrose 2 – Morte celular: necrose e apoptose • Necrose por coagulação - Tipo mais comum de necrose - Caracteriza-se pela permanência das células necróticas (anucleadas e eosinofílicas) no tecido como restos “fantasmas” – dias a semanas - Causa mais frequente → isquemia MACROSCOPIA: aspecto firme e pálido (ausência de circulação) MICROSCOPIA: perda da nitidez dos elementos nucleares acidofilia citoplasmática (ausência RNA) picnose ⇒⇒⇒⇒ cariorrexe ⇒⇒⇒⇒ cariólise (alterações nucleares) Padrões de necrose 2 – Morte celular: necrose e apoptose Alterações Microscópicas na Necrose 2 – Morte celular: necrose e apoptose ADENOHIPÓFISE CÉLULAS MUSCULARES CARDÍACAS Fase inicial - ACIDÓFILAS - ANUCLEADAS - PRESERVAÇÃO DA ARQUITETURA DO TECIDO CARDÍACO Prof. Tarcísio Carvalho 02/03/2016 3 Alterações Microscópicas na Necrose 2 – Morte celular: necrose e apoptose ADENOHIPÓFISE CÉLULAS MUSCULARES CARDÍACAS Fase Tardia - Acidófilas - Anucleadas - Arquitetura afetada do tecido • Necrose liquefativa – formação de uma massa viscosa e líquida, com completa destruição da arquitetura do tecido por enzimas de células inflamatórias. Frequente em infecções bacterianas e fúngicas no sistema nervoso. Padrões de necrose 2 – Morte celular: necrose e apoptose • Necrose por liquerfação - Área necrosada com consistência fluida, liquefeita - Localização: tecido nervoso, glândula suprarrenal e mucosa gástrica - Causa: liberação de enzimas lisossomais devido à processo inflamatório (infecções fíngicas ou bacterianas) - Intensa Inflamação, presença de leucócitos, piócitos e macrófagos Padrões de necrose 2 – Morte celular: necrose e apoptose Prof. Tarcísio Carvalho 02/03/2016 4 • Necrose gangrenosa – ocorre quando em algum membro há hipóxia ou anóxia, atingindo várias camadas de tecido, na presença de infecção bacteriana. Apresenta aspecto variado: - Gangrena seca área necrótica com perda aquosa para o ambiente - Gangrena úmida contaminação por bactérias que digerem o tecido e deixam um aspecto umedecido - Gangrena gasosa bactérias com capacidade de fermentação e formação de gases (Clostridium) Padrões de necrose 2 – Morte celular: necrose e apoptose • Necrose gangrenosa - Gangrena seca - Frequentes em extremidades dos membros - Pode ocorrer mumificação - Aspecto escuro/azulado - Causas Diabetes mellitus Insuficiência arterial periférica Aterosclerose Padrões de necrose 2 – Morte celular: necrose e apoptose • Necrose gangrenosa - Gangrena úmida - Frequentes em extremidades dos membros - Invasão por bactérias anaeróbias, ricas em enzimas (liquerfação tecidual) - Produção de gases fétidos - Presentes no tubo digestivo, pulmões e pele - Causas Infecção bacteriana Solução de continuidade Baixa resistência Padrões de necrose 2 – Morte celular: necrose e apoptose Prof. Tarcísio Carvalho 02/03/2016 5 • Necrose gangrenosa - Gangrena úmida - Frequentes em extremidades dos membros - Invasão por bactérias anaeróbias, ricas em enzimas (liquerfação tecidual) - Produção de gases fétidos - Presentes no tubo digestivo, pulmões e pele - Causas Infecção bacteriana Solução de continuidade Baixa resistência Padrões de necrose 2 – Morte celular: necrose e apoptose Padrões de necrose 2 – Morte celular: necrose e apoptose • Necrose gangrenosa - Gangrena Gasosa - Frequentes em membros inferiores - Contaminação por bactérias do gênero Clostridium - Produção de gases fétidos - Inchaço tecidual / dor - Formação de bolhas de coloração clara • Necrose caseosa – Aparência macroscópica à queijo (caseoso). Organização do tecido é perdida. Ocorre extravasamento de enzimas pancreáticas que tem ação sobre o panículo adiposo. Os ácidos graxos combinam-se com Ca - saponificação Padrões de necrose 2 – Morte celular: necrose e apoptose Prof. Tarcísio Carvalho 02/03/2016 6 • Necrose fibrinoide – ocorre em reações imunológicas, onde há precipitação de complexos antígeno/anticorpo da parede de vasos sanguíneos, juntamente com fibrina. Padrões de necrose 2 – Morte celular: necrose e apoptose • Redução na geração de ATP • Perda da integridade da membrana celular • Defeito na síntese de proteínas • Dano no citoesqueleto • Lesão no material genético (DNA) • Mitocôndrias - Aumento de volume - Perda das pregas mitocondriais - Formação de depósitos na matriz mitocondrial Alterações Presentes na Necrose 2 – Morte celular: necrose e apoptose • Parada das funções celulares vitais (falta de ATP) • Ruptura da membrana dos lisossomos • Extravasamento de enzimas lisossomais • Cálcio internalizado (ruptura da membrana plasmática) ativa as hidrolases lisossomais • Autólise – digestão do conteúdo celular por ação das enzimas da própria célula Alterações Presentes na Necrose 2 – Morte celular: necrose e apoptose Prof. Tarcísio Carvalho 02/03/2016 7 Alterações Presentes na Necrose 2 – Morte celular: necrose e apoptose LISOSSOMOS HIDROLASES PROTEASES LIPASES GLICOSIDASES RIBONUCLEASES DESOXIRRIBONUCLEASES DIGESTÃO DE PRATICAMENTE TODOS OS SUBSTRATOS CELULARES Fatores importantes • Dose do estímulo nocivo – magnitude, duração e gravidade da lesão podem ser importantes para o desencadeamento da morte celular. • Variações celulares – as consequências da lesão sofrem influência de fatores próprios do tecido ou indivíduo (variações na expressão de determinados genes). • Componente celular afetado – alvos importantes para o desenvolvimento da morte celular são as mitocôndrias, desequilíbrio da concentração de Ca++, integralidade da das membranas plasmáticas e lisossômicas,danos no DNA. • Rota bioquímica afetada – diferentes danos podem afetar a mesma via bioquímica, sendo assim, ao eliminar um fator, o mesmo dano celular pode continuar ocorrendo. Alterações Moleculares Necrose 2 – Morte celular: necrose e apoptose ATP (Adenosina tri-fosfato) • Causas da queda de ATP Redução do aporte de oxigênio ou nutrientes, dano mitocondrial ou toxinas. • Síntese via fosforilação oxidativa, com melhor rendimento (mitocôndrias) via glicólise, menos eficiente (citoplasma) • Via de síntese variada entre os tecidos células com maior capacidade de glicólise sobrevivem mais tempo com fatores que inibem a produção de ATP - fígado, musculo esquelético → 2 - 3h - tecido nervoso, músculo cardíaco → 20 min Alterações Moleculares Necrose 2 – Morte celular: necrose e apoptose Prof. Tarcísio Carvalho 02/03/2016 8 • Consequências da redução de ATP Alterações Moleculares Necrose 2 – Morte celular: necrose e apoptose • Consequências da redução de ATP Alterações Moleculares Necrose 2 – Morte celular: necrose e apoptose • Consequências da redução de ATP Cálcio – 1000 vezes mais reduzido na célula - ativação de enzimas fosfolipases (destruição da MP) proteases (citoesqueleto nucleases (DNAses e RNAses)Alterações Moleculares Necrose 2 – Morte celular: necrose e apoptose Prof. Tarcísio Carvalho 02/03/2016 9 Consequências da redução de ATP Estresse oxidativo - elementos instáveis e muito reativos - produção elevada durante estrese celular fosfolipases (destruição da MP) proteases (citoesqueleto nucleases (DNAses e RNAses) Alterações Moleculares Necrose 2 – Morte celular: necrose e apoptose Alterações Microscópicas na Necrose 2 – Morte celular: necrose e apoptose ADENOHIPÓFISE Alterações Microscópicas na Necrose 2 – Morte celular: necrose e apoptose ADENOHIPÓFISE PICNOSE NUCLEAR - INTENSA CONTRAÇÃO e CONDENSAÇÃO DA CROMATINA - NÚCLEO INTENSAMENTE BASÓFILO - NÚCLEO MENOR QUE O NORMAL - MASSA SÓLIDA E ENCOLHIDA Prof. Tarcísio Carvalho 02/03/2016 10 Alterações Microscópicas na Necrose 2 – Morte celular: necrose e apoptose ADENOHIPÓFISE PICNOSE NUCLEAR - INTENSA CONTRAÇÃO e CONDENSAÇÃO DA CROMATINA - NÚCLEO INTENSAMENTE BASÓFILO - NÚCLEO MENOR QUE O NORMAL - MASSA SÓLIDA E ENCOLHIDA Alterações Microscópicas na Necrose 2 – Morte celular: necrose e apoptose ADENOHIPÓFISE Alterações Microscópicas na Necrose 2 – Morte celular: necrose e apoptose ADENOHIPÓFISE CARIÓREXE - FRAGMENTAÇÃO NUCLEAR - DISPERSÃO NO CITOPLASMA - DESAPARECIMENTO TOTAL DO NÚCLEO Prof. Tarcísio Carvalho 02/03/2016 11 Alterações Microscópicas na Necrose 2 – Morte celular: necrose e apoptose CARIÓREXE - FRAGMENTAÇÃO NUCLEAR - DISPERSÃO NO CITOPLASMA - DESAPARECIMENTO TOTAL DO NÚCLEO Alterações Microscópicas na Necrose 2 – Morte celular: necrose e apoptose ADENOHIPÓFISE Alterações Microscópicas na Necrose 2 – Morte celular: necrose e apoptose ADENOHIPÓFISE CARIÓLISE - DIGESTÃO DA CROMATINA - PERDA DA AFINIDADE TINTORIAL - AUSÊNCIA DOS NÚCLEOS NAS CÉLULAS - AÇÃO DE DNAses Prof. Tarcísio Carvalho 02/03/2016 12 Alterações Microscópicas na Necrose 2 – Morte celular: necrose e apoptose CARIÓLISE - DIGESTÃO DA CROMATINA - PERDA DA AFINIDADE TINTORIAL - AUSÊNCIA DOS NÚCLEOS NAS CÉLULAS - AÇÃO DE DNAses
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