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29/03/2020 12. A pesquisa antropológica https://servicos.ulbra.br/cog/conteudo_ead/disciplina_121004_edicao_2183_aula_885.html 1/8 ANTROPOLOGIA 12. A pesquisa antropológica Por: LAINO ALBERTO SCHNEIDER O objetivo de estudo deste capítulo será mostrar como a pesquisa antropológica tem como objetivo estudar as sociedades em suas particularidades. O estudo antropológico possibilita que haja uma compreensão acerca dos mais variados momentos da história da humanidade, possibilitando, assim: 29/03/2020 12. A pesquisa antropológica https://servicos.ulbra.br/cog/conteudo_ead/disciplina_121004_edicao_2183_aula_885.html 2/8 A antropologia tem poucas respostas finais, mas projeta a luz do fato e da razão em muitas questões prementes. (HOEBEL e FROST, 2005, p. 1) 1 A pesquisa de campo O olhar da diversidade e complexidade na observação deverá ser uma das metas propostas pelo pesquisador. Meus diários são anotações que fiz dia a dia, lá nas aldeias, do que via, do que me acontecia e do que os índios me diziam. Gastei nisso uns oito cadernos grossos, de capa dura, que ajudava a sustentar a escrita, porque índio não tem mesa, muitas vezes escrevia sobre minhas pernas ou deitado em redes balouçantes. Você imaginará a letra horrível que resultava disso. Os índios também escreviam nos meus diários e eu reproduzo algumas páginas de colaboração deles. Observando minha escrevinhação sem fim, eles pediam o caderno, sustentavam-se como eu e rabiscavam arabescos sobre a pauta. [...]. Além de diários eu preenchi quantidades de cadernetas de campo, que não são de publicar porque consistem apenas em anotações e gráficos que eu, depois, transpunha para os diários. (RIBEIRO, 1996, p. 9) O campo sempre é para o antropólogo espaço onde ele aprende a olhar e a identificar as características básicas para estudá-lo. A ética na pesquisa antropológica no campo pericial. 2 O olhar de dentro de fora (longe e perto) **** O olhar de quem chega é um no processo de observação e o olhar de quem é observado é outro. *** Processo de dicotomia. http://www.mpf.mp.br/atuacao-tematica/ccr6/documentos-e-publicacoes/documentos-e-publicacoes/artigos/docs_artigos/artigo_A_etica_na_pesquisa_antropologica_no_campo%20pericial.pdf 29/03/2020 12. A pesquisa antropológica https://servicos.ulbra.br/cog/conteudo_ead/disciplina_121004_edicao_2183_aula_885.html 3/8 *** A pesquisa de campo não é uma descrição pura e simples de uma observação, e sim a compreensão do mecanismo de produção e consumo desses códigos culturais. *** Processo de interpretação da relação que se estabelece por meio do polo da objetividade com a subjetividade. Esses são elementos importantes para a pesquisa de campo no campo antropológico. TRABALHO DE CAMPO E RELATIVISMO - A alteridade como crítica da antropologia. 3 A pesquisa etnográfica e etnológica Segundo o dicionário Priberam. Etnografia é a ciência que descreve os povos no relativo aos seus costumes, índole, raça, língua, religião etc. Já Etnologia é tratado acerca da origem e distribuição dos povos. http://www.antropologia.com.br/arti/colab/a5-eplacerda.pdf 29/03/2020 12. A pesquisa antropológica https://servicos.ulbra.br/cog/conteudo_ead/disciplina_121004_edicao_2183_aula_885.html 4/8 Etnografia 29/03/2020 12. A pesquisa antropológica https://servicos.ulbra.br/cog/conteudo_ead/disciplina_121004_edicao_2183_aula_885.html 5/8 A observação etnográfica sustenta-se sobre o encadeamento de três técnicas fortemente entrelaçadas: perceber, memorizar, anotar. Supõe um vai e vem permanente entre suas percepções, sua explicitação mental, sua memorização e o caderno (seu diário de campo) no qual faz suas anotações. É uma vigilância aguçada por informações exteriores e questões que evoluem à medida que seu trabalho avança. É uma ferramenta de descoberta e variação. Sem armas, a observação é vazia. Muito armada não apreende nada. Cabe a você construir o que deve verificar. Não se observa sem referências, sem pontos de balizamento. (BEAUD; WEBER, 2007, p. 97-8) O etnógrafo deve: --> se preocupar em fazer uma descrição densa e concisa sobre o que observa; --> manter uma observação minuciosa, detalhada do objeto em estudo; --> descrever os fenômenos que vislumbra, ou seja, mapear a realidade sócio- cultural. Como coloca Laplantine (1991, p. 150) "o etnógrafo é aquele que deve ser capaz de viver nele mesmo a tendência principal da cultura que estuda. A etnologia é: --> o estudo comparativo; --> uma comparação se mede, verifica-se semelhanças e diferenças; --> um complemento da etnografia, pois, enquanto a etnologia compara, a etnografia descreve um fato social ou comportamental. Tanto a etnografia quanto etnologia sempre visa comparar o grupo. O indivíduo não pode ser descontextualizado, nem no ambiente de comparação, nem no ambiente de descrição. 4 Métodos e técnicas de pesquisa 29/03/2020 12. A pesquisa antropológica https://servicos.ulbra.br/cog/conteudo_ead/disciplina_121004_edicao_2183_aula_885.html 6/8 As técnicas imprescindíveis em uma pesquisa de campo são: a) Observação: produzir documentação. b) Questionário: aplicação. c) Entrevista: especificação do tema. 5 A postura ética na pesquisa O pesquisador deve ter em mente que sua visão etnocêntrica deve ser deixada de lado, pois uma pesquisa deve ser o mais imparcial possível. O pesquisador deve transitar entre etnocentrismo e relativismo para poder compreender como o processo de transformação e mudança aconteceu. 29/03/2020 12. A pesquisa antropológica https://servicos.ulbra.br/cog/conteudo_ead/disciplina_121004_edicao_2183_aula_885.html 7/8 No presente capítulo, foi trabalhada a pesquisa antropológica, onde se verifica a importância da aprendizagem de um olhar não pra quem está certo ou errado, mas para o que justifica a forma de ser e agir da comunidade em estudo. Também se desenvolveu a discussão como na pesquisa antropológica, o método etnográfico e etnológico nos auxiliam na leitura e compreensão dos aspectos socioculturais. 29/03/2020 12. A pesquisa antropológica https://servicos.ulbra.br/cog/conteudo_ead/disciplina_121004_edicao_2183_aula_885.html 8/8 AMORIM, Elaine; ALVES, Kênia; SCHETTINO, Marco Paulo Fróes. A ética na pesquisa antropológica no campo pericial. Disponível em: <http://www.mpf.mp.br/atuacao-tematica/ccr6/documentos-e- publicacoes/documentos-e- publicacoes/artigos/docs_artigos/artigo_A_etica_na_pesquisa_antropologica_no_cam Acesso em: 6 out. 2017. BEAUD, Estéphane; WEBER, Florence. Guia para a pesquisa de campo: produzir e analisar dados etnográficos. Petrópolis: Vozes, 2007. GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 1989. HOEBEL, E. A.; FROST, L. E. Antropologia cultura e social. 7. ed. São Paulo: Cultrix, 2005. LACERDA, Eugênio Pascele. TRABALHO DE CAMPO E RELATIVISMO. A alteridade como crítica da antropologia. Disponível em: <http://www.antropologia.com.br/arti/colab/a5-eplacerda.pdf>. Acesso em: 5 out. 2017. LAPANTINE, François. Aprender antropologia. 5. ed. São Paulo: Brasiliense, 1991. PRIBERAM Dicionário. Disponível em: <https://www.priberam.pt/dlpo/Default.aspx>. Acesso em: 3 jul. 2018. RIBEIRO, Darcy. Diários índios. Os Urubus-Kaapor. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. Ulbra EAD Av. Farroupilha, 8001 · Prédio 11, 2º andar, corredor central · Bairro São José · Canoas/RS · CEP 92425- 900Telefone: 0800.051.4131 · E-mail: portalead@ulbra.br
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