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Aula 03 - Avaliação de Impacto Ambiental

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Avaliação de Impacto Ambiental
Prof. M.Sc. Ivanhoé S. Bezerra
Objetivos de Aprendizagem
Empregar uma abordagem aprofundada das avaliações de impacto ambientais e suas
aplicações práticas: Estudo de Impacto Ambiental, Avaliação de Risco e Avaliação Ambiental Estratégica
Identificar os principais tipos de impacto ambiental.
Sumário
Estudo de Impacto Ambiental
Avaliação de Impacto Ambiental
Avaliação de Risco
Elaborar um mapa mental sobre Avaliação de Impacto Ambiental
Estudo de Impacto Ambiental
Nas últimas décadas, foram realizados muitos trabalhos de planeja‐ mento ambiental, zoneamento ecológico‐econômico, ordenação do territó‐ rio, planejamento do meio físico, ecologia da paisagem. Para esse fim ado‐ taram‐se diferentes enfoques e metodologias, com foco em aspectos temáticos e âmbitos geográficos muito distintos (Cendrero, 1982).
Ainda segundo Cendrero (1982), o planejamento ambiental se realiza em três níveis (macro, meso e micro), cada qual apresentando problemas diferentes, que se tenta resolver com a aplicação de técnicas e instrumentos de análise também distintos.
Estudo de Impacto Ambiental
No nível macro desenvolvem‐se as seguintes atividades: 
Análise e diagnóstico do sistema socioeconômico, inclusive das necessidades e desejos da população, tanto no que diz respeito aos objetivos do desenvolvimento quanto nas atitudes tomadas diante de problemas ambientais.
Diagnóstico dos principais problemas de desenvolvimento e de meio ambiente existentes. 
Realização de inventário de recursos naturais, financeiros e humanos existentes em nível geral. 
Avaliação comparativa das diferentes políticas de desenvolvimento e de seus impactos ambientais.
 Definição de objetivos e prioridades de desenvolvimento, abrangen‐ do, com igual importância, os objetivos ambientais, econômicos e sociais.
Estudo de Impacto Ambiental
No nível meso, os seguintes procedimentos costumam ocorrer:
Definição e caracterização das atividades a serem promovidas.
Descrição e representação, em mapas, das características do território considerado e do inventário de seus recursos.
Avaliação da capacidade, impacto e aptidão do território, em cada um de seus pontos, para as diferentes atividades. Para isso, é preciso dese‐ nhar e aplicar métodos que permitam a integração de parâmetros muito heterogêneos e dificilmente agregáveis.
Geração de propostas alternativas de uso do território.
	Avaliação comparativa das diferentes alternativas.
Estudo de Impacto Ambiental
No nível micro, as atividades desenvolvidas são:
Seleção de localizações específicas para os empreendimentos.
Desenho de projetos concretos, com especificações técnicas detalhadas.
Avaliação comparativa dos diferentes projetos, incluindo a avaliação de impactos ambientais.
Determinação das medidas preventivas e corretivas a serem aplicadas para reduzir ou minimizar os impactos que serão gerados.
Determinação dos sistemas de monitoramento e de controle, além da avaliação continuada de parâmetros fundamentais que possam servir de indicadores de impactos e que facilitem o controle e a gestão das atividades.
Estudo de Impacto Ambiental
A avaliação de impacto ambiental aparece, então, na literatura, como um instrumento do planejamento ambiental, sobretudo no nível micro, e é nesse nível que os estudos de impacto ambiental têm sido empregados, ou seja, para avaliar impactos ambientais de um empreendimento proposto, em que pese haver discordâncias a esse respeito. 
Alguns autores defendem a utilização da avaliação de impacto ambiental para outros níveis, além daquele de projetos ou empreendimentos específicos.
Por exemplo, em 1995, a Lei de Biossegurança estabeleceu a exigência de estudo de impacto ambiental para a introdução de qualquer organismo geneticamente modificado ou transgênico no país.
Avaliação de Impacto Ambiental
A Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) tem como objetivo analisar as consequências ambientais prováveis de uma atividade humana no mo‐ mento de sua proposição. 
Essas informações devem, portanto, ser levadas em consideração no processo decisório, juntamente com outras de caráter financeiro, técnico, legal e político. 
A finalidade é que tais ações respeitem o meio ambiente e todas as consequências ambientais negativas sejam deter‐ minadas desde o início do projeto e levadas em consideração já na sua concepção. 
Dessa forma, pode‐se melhorar o rendimento dos recursos naturais e minimizar ou compensar seus efeitos desfavoráveis .
No entanto, existem algumas controvérsias sobre o termo e sua aplicação. Para alguns teóricos do assunto, a AIA é um amplo processo que inclui instru‐mentos como o Estudo de Impacto Ambiental (EIA). Para outros, é uma das etapas de um processo mais amplo que consiste no EIA.
Avaliação de Impacto Ambiental
O EIA é um documento em que as informações da avaliação ambiental estão consubstanciadas, que apresenta e discute os impactos considerados relevantes para o empreendimento em questão e propõe as medidas miti‐gadoras e um plano de monitoramento. 
Outro ponto controverso entre os teóricos é que, para alguns, o EIA deve ser utilizado para projetos, como já mencionado anteriormente, e a AAE para políticas e planos;
 As principais diferenças entre uma AAE e um EIA, indicadas por Sadler e Verhem (apud Sadler, 1998), são que a avaliação estratégica se preocupa, sobretudo, com impactos indiretos e cumulativos de políticas, planos e programas, identificando implicações para o desenvolvimento sustentável de uma região, tendo uma perspectiva ampla e um baixo nível de detalhe para prover uma visão e um quadro geral. 
Avaliação de Impacto Ambiental
A preocupação principal da AAE seria com a capacidade de carga dos ecossistemas e com a manutenção das atividades dentro desses limites (Partidário, 1998). 
Em contrapartida, o EIA se referi‐ ria a um projeto específico e, portanto, deveria avaliar seus efeitos específicos, sobretudo aqueles impactos e benefícios diretos, com uma perspectiva mais estreita e um alto nível de detalhe, que enfocasse, principalmente, as medidas mitigadoras. 
A AAE e o EIA seriam, portanto, instrumentos complementares (Dalal‐Clayton e Sadler, 1998). 
No entanto, somente alguns países, sobretudo europeus, têm regulamentos ou guias formais para a rea‐ lização da AAE: Holanda, Grã‐Bretanha, Dinamarca, Polônia, Eslováquia, Estados Unidos, Canadá, Nova Zelândia e Hong Kong (Partidário, 1998).
Avaliação de Risco
A Política Nacional do Meio Ambiente, introduzida pela Lei n. 6.938 de 31.08.1981, prevê a utilização de diversos instrumentos para sua implantação. 
Dentre eles, está a Avaliação de Impactos Ambientais. Com algumas semelhanças, o mais novo instrumento é a Avaliação de Riscos Ambientais, em muitos casos, inserida no EIA/Rima por decisão de organizações governamentais de controle ambiental. 
A questão do risco está ganhando terreno no campo da gestão ambiental, e o aspecto comunicacional desse processo está provocando muitas discussões entre os componentes dos sistemas decisórios governamentais, empresariais e comunitários.
Avaliação de Risco
As metodologias de avaliação, análise e gerenciamento de riscos incorporam uma relativa abundância de técnicas e perspectivas teóricas, que vão desde modelos causais do câncer até a estimativa probabilística de acidentes catastróficos.
 Considera-se, então, que “risco” se refere à possibilidade de ocorrências indesejáveis e causadoras de danos para a saúde, para os sistemas econômicos e para o meio am-biente. 
No dia a dia, os indivíduos ou a coletividade aceitam certos riscos e evitam outros, mas, em todos os casos, a noção de dano, qualquer que seja sua magnitude, estará presente.
Avaliação de Risco
Riscos e Perigos
Considera-se que a noção de risco está ligada à ideia de ameaça, no sentidode que um evento indesejável e danoso venha a ocorrer com deter- minada probabilidade. 
Quanto ao perigo, ele é a ameaça em si, ainda não mensurável e não totalmente evidente (por exemplo, o caso de aterros que receberam rejeitos tóxicos cuja possibilidade de causar determinado dano ainda não foi medida, ou o cenário onde possa ocorrer exposição de seres humanos ou ecossistemas a esses rejeitos ainda não foi totalmente descrito).
Ao se pensar em um cenário de risco, visando, principalmente, à saúde humana, seus efeitos (evitáveis ou mitigáveis) serão uma função das características da exposição.
Avaliação de Risco
Avaliação Preliminar de Perigos (APP)
Essa técnica foi estruturada visando à identificação dos perigos presentes em uma instalação, capazes de causar, sob determinadas condições, a ocorrência de eventos indesejáveis. As áreas de aplicação dessa técnica podem ser instalações militares em fase inicial de desenvolvimento, em fase de projeto ou mesmo em estágio operacional. O objetivo é rever os aspectos de segurança do sistema estudado.
A Avaliação Preliminar de Perigos (APP) procura focalizar situações em que haja possibilidade de ocorrência de falhas na instalação estudada, por causa de perigos a que esteja exposta. Falhas humanas e de equipamento são estudadas sob as ópticas de causa e efeito e das categorias de severidade nas quais se enquadram.
Avaliação de Risco
Avaliação Preliminar de Perigos (APP)
Os resultados são apresentados em planilhas em que são representados os perigos, os eventos causais, suas consequências e as categorias de severidade para cada um dos componentes, materiais ou não, do sistema em análise. A APP costuma utilizar as seguintes categorias de severidade:
Desprezível: nenhum dano ou danos não mensuráveis.
Marginal: danos irrelevantes ao meio biogeofísico e socioeconômico do entorno.
Crítica: possíveis danos ao meio em razão da liberação de substâncias químicas tóxicas ou inflamáveis.
Catastrófica: tal liberação causa morte ou lesões graves à população exposta.
Outra metodologia que merece destaque é o método Hazard Operability Analysis (HazOp), técnica para identificação de perigos estruturada para estudar possíveis desvios de projeto ou da operação de uma instalação.
Avaliação de Risco
Avaliação de risco Tecnológico
Os riscos são calculados por meio de perspectivas técnicas capazes de antecipar possíveis danos à saúde humana ou aos ecossistemas, por meio da avaliação dos eventos causadores desses danos em função do espaço e do tempo e do uso de frequências relativas (observadas ou modeladas) como um meio de especificar probabilidades.
As análises que utilizam perspectivas técnicas são as seguintes:
Enfoque atuarial: permite uma resposta direta às questões sobre a conceituação de incerteza, o escopo dos efeitos negativos e o grau por meio do qual o conhecimento humano reflete a realidade. Nessa abordagem, os eventos danosos são agrupados em um sistema no qual se permite sua observação e sua mensuração por métodos científicos adequados. Um exemplo pode ser a previsão de fatalidades provoca- das por acidentes com veículos motorizados em um determinado ano, a partir de estatísticas de acidentes similares em anos anteriores.
Avaliação de Risco
Avaliação de risco Tecnológico
As análises que utilizam perspectivas técnicas são as seguintes:
Enfoque de avaliação de riscos à saúde e aos ecossistemas: é semelhan- te ao enfoque anterior, diferindo dele no método de cálculo da possibilidade dos efeitos indesejáveis. Aqui, as relações causais devem ser exploradas e modeladas de modo explícito. Baseando-se em conheci- mentos de natureza toxicológica (experimentos com animais) ou em estudos epidemiológicos (comparação entre populações expostas e não expostas a um agente de risco), os pesquisadores tentam identificar e quantificar a relação entre um agente potencial de risco (por exemplo, dioxina) e o dano observado em seres humanos ou em outros organismos vivos expostos.
Enfoque probabilístico: procura prever a probabilidade de falhas em sistemas tecnológicos complexos, mesmo na ausência de dados sufi- cientes para descrever o sistema como um todo. Utilizando métodos como árvores de falhas e árvores de eventos, as probabilidades de falha para cada componente do sistema são sistematicamente estimadas e, então, ligadas à estrutura completa do mesmo sistema. Todas as probabilidades de tais árvores lógicas são sintetizadas de modo a modelar a taxa global de falhas do sistema.
Atividade Individual
Em uma folha a parte elaborar 5 questões sobre Avaliação de Impacto Ambiental e Avaliação de Risco;
Trocar a folha com a do colega ao lado e responder os questionamentos propostos sobre Avaliação de Impacto Ambiental e Avaliação de Risco
Avaliação Ambiental Estratégica
Leitura e discussão do Artigo: Avaliação Ambiental Estratégica no Brasil: considerações a respeito do papel das agências multilaterais de desenvolvimento 
Referências
PHILLIPI JR., A. ROMÉRO, M. A. BRUNA, G. C (Editores). CURSO DE GESTÃO AMBIENTAL. 2ª Edição, Atualizada e Ampliada. São Paulo: Manole, 2014. 1231 p.