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Aprendizagem Motora: Conceitos Básicos

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Aprendizagem Motora: definições e conceitos básicos
O estudo do desenvolvimento humano tem sido de grande interesse para estudiosos e educadores há muitos anos. O conhecimento dos processos de desenvolvimento situa-se em qualquer área que tenha participação o processo de educação: sala de aula, ginásio, academia ou campo de esportes. 
A ciência aplicada ao comportamento motor foi, no passado, pouco estudada quando comparada aos estudos sobre os processos cognitivos e afetivos do desenvolvimento. Os psicólogos desenvolvimentistas se mostravam interessados em observar o desenvolvimento motor não como um objeto de estudo e sim como um indicador visual do funcionamento cognitivo.
No início, esses estudos eram conduzidos por psicólogos que estavam interessados em avaliar as consequências do desenvolvimento emocional e cognitivo sob o aspecto motor. Nos anos 70 essa área começou a ser observada por profissionais de educação física e estudada como um objeto principal de pesquisa. Assim foram utilizados conhecimentos dessa ciência (Educação Física) como fisiologia do exercício, biomecânica, aprendizado motor, controle motor, psicologia desenvolvimentista e psicologia social. Atualmente esse campo de estudos ainda não atingiu seu ápice e se desenvolve constantemente exigindo que os profissionais envolvidos com essa prática sempre estejam se atualizando.
Desenvolvimento motor
	O termo motor, quando utilizado sozinho, refere-se aos fatores biológicos e mecânicos 	que influenciam no movimento. Porém, raramente o termo é utilizado sozinho como nos exemplos das palavras psicomotor, sensório-motor ou desenvolvimento motor. 
Estudiosos do desenvolvimento motor reconhecem que as exigências físicas e motoras específicas de uma tarefa motora interagem com o indivíduo (fatores biológicos) e o ambiente (fatores de experiência e aprendizagem). A figura abaixo mostra como esses fatores, em conjunto com a tarefa motora podem interagir e influenciar um ao outro nos mais variados tipos de relações.
	O desenvolvimento é um processo contínuo que se inicia na concepção e cessa coma morte. Nesse processo estão incluídos todos os aspectos do comportamento humano e de forma didática os cientistas dividem esse conhecimento em “áreas”, “fases” ou “faixas etárias”.
O desenvolvimento motor é muito específico. Um conceito antigo chamado habilidade motora “geral”, atualmente, não é mais utilizado pois esse pensamento antigo preconizava que quando o indivíduo era ruim em uma habilidade motora ele era ruim em todas as outras. A ciência que estuda o desenvolvimento motor mostra que cada pessoa tem habilidades específicas em cada uma das muitas áreas de desempenho.
A velocidade do desenvolvimento motor também não pode ser padronizada. Cada indivíduo tem um tempo peculiar para aquisição e o desenvolvimento de habilidades motoras. Embora o “relógio biológico” seja bastante específico quando se trata da sequência de aquisição de habilidades motoras, o nível e a extensão do desenvolvimento são determinados individualmente pelas exigências da tarefa em si. O desenvolvimento é relacionado à idade, mas não depende dela.
Muitas vezes podemos estudar textos que utilizam a palavra crescimento em conjunto com a palavra desenvolvimento, porém é importante saber diferenciar bem essas terminologias. Crescimento refere-se ao sentido físico como o tamanho do corpo, multiplicação de células e aumento de tecidos. Esse termo é frequentemente utilizado na sua totalidade, indicando todas as alterações físicas e dessa forma seu conceito se aproxima muito do que chamamos de desenvolvimento. O desenvolvimento, em seu sentido mais puro, refere-se a alterações no nível do funcionamento de um indivíduo ao longo do tempo podendo ser definido como uma alteração adaptativa em direção à uma habilidade. Dessa forma, para mantermos uma habilidade, podemos ajustar, compensar ou mudar aspectos do desenvolvimento. Por exemplo, o bebê que está aprendendo a caminhar necessita compensar as alterações em sua base de apoio e seu centro de gravidade. Já no processo de envelhecimento existe uma compensação devido à perda de mobilidade das articulações. Dessa forma o desenvolvimento é um processo de permanente alteração.
Um termo frequentemente utilizado para compreendermos as “fases” do desenvolvimento é a maturação. A maturação ou amadurecimento de um organismo possibilita com que o indivíduo progrida para níveis mais altos de funcionamento. Esse aspecto, biologicamente falando, pode ser determinado por alterações genéticas ou ambientais. É um aspecto previsível, apesar de poder acontecer em velocidades diferentes, o surgimento das características não varia.
O ambiente também oferece uma variedade de estímulos que podem contribuir no processo de aprendizagem. As experiências das crianças podem afetar o índice de aparecimento de certos padrões de comportamentos.
Aprendizagem
É o resultado final do processo de instrução. Podemos dizer que o aprendizado é um processo interno que produz alterações consistentes no comportamento do indivíduo em considerando a interação da experiência, educação e do treinamento (processos biológicos). Sua construção tem fortes vínculos com o estado de desenvolvimento de um indivíduo, relacionando-se diretamente com a prática, ou seja, o aprendizado é um fenômeno no qual a experiência é pré-requisito.
O aprendizado motor corresponde a um aspecto no qual o movimento desempenha parte principal, significando uma alteração relativamente constante no comportamento motor em função da prática ou de experiências passadas.
Os aspectos desenvolvimentistas tanto da maturação como da experiência estão entrelaçados. Determinar a contribuição deles de forma separada é impossível. O termo adaptação é frequentemente usado para se referir à complexa interação entre as forças do indivíduo e do ambiente.
Capacidades (físicas) e Habilidades (Motoras)
	As capacidades motoras ou capacidades físicas são componentes da nossa aptidão física e estão relacionados a saúde do corpo. Força muscular, resistência muscular a fadiga, capacidade aeróbia, flexibilidade articular e composição corporal são exemplos de capacidades.
	As habilidades motoras estão relacionadas a nossa performance. Os estudos das habilidades motoras orientam-se para o processo do movimento, procurando observar a mecânica do corpo e quais são as causas subjetivas que podem alterar o movimento. Essas habilidades estão intimamente ligadas à área psicomotora que estuda como a cognição, a emoção e o ambiente podem interferir nesse processo. Sob esse ponto de vista podemos considerar que a aquisição e manutenção de habilidades pode variar com a idade, gênero ou classe social.
Performance
	Relacionado ao campo das habilidades ou de forma mais específica a uma habilidade esportiva, a performance é resultado do refinamento ou combinação de padrões de movimentos fundamentais e habilidades motoras para desempenhar uma atividade relacionada a um esporte. Os padrões de movimentos fundamentais de girar o corpo e bater podem ser desenvolvidos em um grau superior de precisão e aplicados, na forma horizontal, para o rebatimento no basebol ou, na forma vertical para jogar golfe ou sacar uma bola de tênis. O desempenho de uma habilidade esportiva requer que se façam alterações frequentemente precisas nos padrões básicos do movimento para atingir níveis superiores de habilidades.
Bibliografia Básica 
GALLAHUE, D. L.; OZMUN, J. C. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. São Paulo: Phorte, 2005.
TANI, G. (ed). Comportamento motor: aprendizagem e desenvolvimento. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan, 2005
SCHIMIDT, R. A. Aprendizagem e performance motora: dos princípios à prática. São Paulo: Movimento, 1993.
Bibliografia Complementar 
BARREIROS, J.; GODINHO, M.; MELO, F.; NETO, C. (eds). Desenvolvimento e aprendizagem: perspectivas cruzadas. Lisboa: FMH Eduções, 2004.
SCHIMIDT, R. A.; WRISBERG, C. A. Aprendizagem e performance motora: uma abordagem da aprendizagem baseada no problema. 2ª ed. PortoAlegre: Artmed, 2001.
SHEPHARD, R. J. Envelhecimento, atividade física e saúde. São Paulo: Phorte, 2003.
MAGIL, R. A. Aprendizagem motora: Conceitos e aplicações. 5 ed. São Paulo: Editora Edgard Blücher, 2000.
GUEDES, G. Aprendizagem motora. Problemas e contextos. Lisboa: Edições FMH, 2001.

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