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A INCLUSÃO DE ALUNOS PÚBLICO ALVO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO ENSINO REGULAR

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PAGE 
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 3
2 DESENVOLVIMENTO ............................................................................................ 6
2.1 Como a escola deve se organizar para receber o público-alvo da educação especial, no que se refere ás práticas que contribuem para o desenvolvimento da cultura inclusiva? ........................................................................................................ 6
2.1.1 Qual o respaldo legal para a inclusão do aluno PAEE? .................................... 8
2.1.1.1 Em um contexto de escola inclusiva, que tenha um aluno com as características de Paulo, como vocês agiriam, enquanto professores que compõem a equipe dessa escola?................................................................................................ 10
2.1.1.1.1 Como a família poderia auxiliar no desenvolvimento dessas estratégias? 12
3 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 14
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 16
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho trata da inclusão de pessoas com deficiência no sistema regular de ensino, com o intuito de refletir sobre a trajetória do histórico da educação especial por meio de discussões sobre a reformulação das leis, decretos e legislações referente ao tratamento que estas pessoas necessitam, do assistencialismo e da inclusão no âmbito escolar regular.
Para compreender como se desenvolveu essa trajetória temos que entender os conceitos de inclusão, como conseqüência da exclusão social. O rumo da educação especial no Brasil frente ao paradigma da educação inclusiva inovou ao criar o atendimento educacional especializado (AEE) que promove o desenvolvimento de habilidades extracurriculares nos ensinos regulares inclusivos. 
Quando são devidamente interpretados e proporcionadas às escolas comuns, o AEE pode provocar a mudança que se espera no ensino comum, com o auxílio da Sala de Recursos Multifuncionais pode de certa forma, atender as exigências de uma educação para todos.
De acordo com os estudos de Mazzota ( 2005), é possível destacar três atitudes sociais que marcaram o desenvolvimento da Educação Especial no tratamento dado às pessoas com necessidades especiais, no que diz respeito às pessoas com deficiência, sendo elas: marginalização, assistencialismo e educação/reabilitação. Com a promulgação da LDB n. 4.024/61 que em seu texto original, trata da educação de excepcionais que por sua vez passam a ter direito a educação regular e trouxe com essa implantação um grande avanço, pois estes grupos antes excluídos da escola passou a ter como direito a educação escolar, ultrapassando as barreiras do simples assistencialismo, da terapia ocupacional, da execução de trabalhos manuais, oportunizando estas pessoas a inclusão social.
Esta inserção escolar foi relativa, pois estes alunos passavam por um treinamento, uma adaptação para se enquadrar na educação regular e no âmbito social. A escola permaneceu inalterada, dividida entre a educação regular e especial, com enfoque pedagógico nas patologias.
A emenda a Constituição brasileira na Lei n°. 5.692/71 modificou alguns conceitos da LDB de 61, que em seu Artigo 9 trata da garantia do atendimento as pessoas com deficiência sem apontar, explicitamente, de que forma deverá ocorrer a educação, reforçando a dubiedade e o erro na interpretação durante o cumprimento do regulamento da Lei.
A inclusão das pessoas com necessidades educativas especiais vem sendo discutida com ênfase no âmbito escolar com a proposta de acesso e permanência dos alunos especiais na escola, contribuindo para a melhoria do atendimento especializado, da capacitação dos docentes e da estrutura organizacional. Antes de abordar os conceitos da inclusão, torna-se indispensável interpretarmos que a inclusão só ocorre mediante a exclusão.
Atender às diferenças, atender às necessidades especiais, ressignificar, mudar o olhar da escola, pensando não a adaptação do aluno, mas a adaptação do contexto escolar aos alunos. Isso significa torná-lo múltiplo, rico de experiências e possibilidades, pronto para viver, conviver com o diferente, rompendo barreiras humanas e arquitetônicas, criando novos conceitos, dando novos sentidos, ressignificando a aprendizagem e, conseqüentemente, o desenvolvimento humano.
Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizarem-se para o atendimento aos educandos com necessidades especiais, assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidades para todos. MEC/SEESP(2008).
Diferentes Fases do Processo de Inclusão na busca de enfrentar esses desafios e construir projetos capazes de superar nosso histórico de exclusão, a assembléia geral da organização das nações unidas (ONU) produziu vários documentos internacionais norteadores, tais como: Declaração Universal Dos Direitos Humanos (1948); Declaração De Jontien (1990); Declaração De Salamanca (1994); Convenção da Guatemala (1999), que teve o intuito do desenvolvimento das políticas públicas dos seus países membros, com o objetivo de promover transformações no sistema de ensino assegurando o acesso e permanência de todos na escola.
Inclusão é interagir com o outro, sem separação de categorias de aprendizagem, sendo assim, um regime escolar único capaz de atender a toda sociedade. Para conseguirmos reformar a instituição escolar primeiramente devemos rever nossos preconceitos. Estamos vivenciando uma crise de paradigmas que geram medos, inseguranças, incertezas e insatisfações, mas propõe-se que este seja o momento de ousar e de buscar alternativas que nos sustentem e nos direcione para realizarmos as mudanças que o momento propõe.
O exercício da cidadania para todos, engloba progresso educacional e social e a questão das mudanças torna-se imprescindível para que as escolas se tornem centros de conexão total dos indivíduos, não só na mudança da estrutura organizacional, mas também da reformulação de todos os aspectos que envolvem a escola.
Torna-se importante frisar que todos devem estar engajados nesta luta para que aconteça o processo de inclusão. No entanto, mesmo com essa perspectiva conceitual transformadora, as políticas educacionais implementadas não alcançam o objetivo de levar a escola comum a assumir o desafio de atender as necessidades educacionais de todos os alunos.
Grandes barreiras são enfrentadas por todos aqueles que defendem a questão legal, preconceitos, problemas conceituais, desrespeitam as interpretações tendenciosas de nossa legislação educacional, distorcem o sentido da inclusão escolar, reduzindo-a unicamente à inserção de alunos com deficiência no ensino regular.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1- COMO A ESCOLA DEVE SE ORGANIZAR PARA RECEBER O PÚBLICO ALVO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL, NO QUE SE REFERE ÀS PRÁTICAS QUE CONTRIBUEM PARA O DESENVOLVIMENTO DA CULTURA INCLUSIVA?
Historicamente a educação caracterizou-se por não ter escola para todos, pois a escolarização era um privilégio de algumas pessoas. A partir do momento em que houve a democratização da escola acreditava-se que estariam solucionados os problemas de desigualdade, porém, ainda continuou a haver grupos ou indivíduos que não eram considerados ditos "normais", e assim a educação para estes alunos que seriam fora dos padrões homogêneo da escola continuariam sendo excluídos.
“Ao refletir sobre a abrangência do sentido e do significado do processo de Educação Inclusiva, estamos considerando a diversidade de aprendizes e seu direito à equidade. Trata-se de equiparar oportunidades, garantindo-se a todos – inclusive às pessoas em situação de deficiência e aos de altas habilidades/superdotados, o direito de aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a conviver. (CARVALHO, 2005.”
A inclusão perpassa pelas várias dimensões humanas,sociais e políticas, e vem gradualmente se expandindo na sociedade contemporânea, de forma a auxiliar no desenvolvimento das pessoas em geral de maneira a contribuir para a reestruturação de práticas e ações cada vez mais inclusivas e sem preconceitos. A Educação Inclusiva afirma-se como um novo paradigma exigindo das escolas transformações em sua estrutura e funcionamento. Este processo de mudança requer um modelo de atendimento que se constitua por meio de ações interdependentes que, para se efetivarem e se perpetuarem, devem resultar em mudanças culturais. No presente artigo, o conceito de metacontigência foi usado como unidade de análise do processo de transformação da Educação Inclusiva em prática cultural.
A inclusão representa um movimento social em defesa de todas as pessoas excluídas e marginalizadas. Sua efetivação depende da adesão de todos os cidadãos e de iniciativas do poder público.
Para tornar-se inclusiva a escola precisa formar seus professores e equipe de gestão, e ver as formas de interação vigentes entre todos os segmentos que a compõe e que nela interferem, precisa realimentar sua estrutura, organização, seu projeto político-pedagógico, seus recursos didáticos, metodologias e estratégias de ensino, bem como suas práticas avaliativas. Para acolher todos os alunos, a escola precisa sobretudo, transformar sua intenções e escolhas curriculares, oferecendo um ensino diferenciado que favoreça o desenvolvimento e a inclusão social.
O mérito da escola inclusiva não é apenas proporcionar educação de qualidade a todos. Sua criação constitui passo decisivo para eliminar atitudes discriminatórias, criar comunidades escolares que acolham todos e conscientizar a sociedade. Implica, portanto, um processo de mudança que consome tempo para as adaptações necessárias e requer providências indispensáveis para o bom funcionamento do ensino inclusivo.
A inclusão, abrangendo conceitos como respeito mútuo, compreensão, apoio, equidade e autorização, não é uma tendência, um processo, ou um conjunto de procedimentos educacionais passageiros a serem implementados. Ao contrário, a inclusão é um valor social que se considerado desejável torna-se um desafio no sentido de determinar modos de conduzir nosso processo educacional para promovê-la. Não haverá um conjunto de práticas estáticas, e sim uma interação dinâmica entre educadores, pais, membros da comunidade e alunos para desenvolver e manter ambientes e oportunidades educacionais que serão orientadas pelo tipo de sociedade na qual queremos viver. Desse modo, podemos concluir que a educação adquiriu uma dupla função: propiciar a aprendizagem e desenvolver práticas que favoreçam a propagação de comportamento exequíveis para o desenvolvimento de uma sociedade inclusiva.
O esforço pela inclusão social e escolar de pessoas com necessidades especiais no Brasil é a resposta para uma situação que perpetuava a segregação dessas pessoas e cerceava o seu pleno desenvolvimento. Até o início do século XXI, o sistema educacional brasileiro abrigava dois tipos de serviços: a escola regular e a escola especial- ou o aluno freqüentava uma, ou a outra. Na última década, nosso sistema escolar modificou-se com a proposta inclusiva e um único tipo de escola foi adotada: a regular, que acolhe todos os alunos, apresenta meios e recursos adequados e oferece apoio aqueles que encontram barreiras para a aprendizagem.
A Educação inclusiva compreende a Educação especial dentro da escola regular e transforma a escola em um espaço para todos. Ela favorece a diversidade na medida em que considera que todos os alunos podem ter necessidades especiais em algum momento de sua vida escolar.
Há, entretanto, necessidades que interferem de maneira significativa no processo de aprendizagem e que exige uma atitude educativa específica da escola como, por exemplo, a utilização de recursos e apoio especializados para garantir a aprendizagem de todos os alunos.
A educação é um direito de todos e deve ser orientada no sentido do pleno desenvolvimento e do fortalecimento da personalidade. O respeito aos direitos e liberdades humanas, primeiro passo para a construção da cidadania, deve ser incentivado.
Educação inclusiva, portanto, significa educar todas as crianças em um mesmo contexto escolar. A opção por esse tipo de Educação não significa negar as dificuldades dos estudantes. Pelo contrário. Com a inclusão, ás diferenças não são vistas como problemas, mas como diversidade. É essa variedade, a partir da realidade social, que pode ampliar a visão de mundo e desenvolver oportunidades de convivência a todas as crianças.
Preservar a diversidade apresentada na escola, encontrada na realidade social, representa oportunidade para o atendimento das necessidades educacionais com ênfase nas competências, capacidades e potencialidades do educando.
2.1.1 – QUAL O RESPALDO LEGAL PARA A INCLUSÃO DO ALUNO PAEE.
A prática da inclusão dos alunos PAEE em sala de aula comum deve ser subsidiada com o apoio do professor do AEE, com intuito de promover o aprendizado levando em consideração não somente a deficiência, mas suas potencialidades.
Nas várias reformas educacionais ocorridas no país nos últimos anos, com destaque para a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996, o tema das necessidades educativas especiais esteve presente, com a referência comum da responsabilidade do poder público e da matrícula preferencial na rede regular de ensino, com os apoios especializados necessários.
O trabalho pedagógico na sala de aula comum com alunos do PAEE deve pensar a inclusão escolar através de novas posturas tanto dos professores quanto do sistema educacional brasileiro. Lembrando também que este processo de aprendizagem requer a reciprocidade das experiências entre o aluno que é público-alvo da educação especial, o professor e os demais alunos. Um processo de aprendizagem onde todos participem.
Dessa maneira, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, promulgada em 1996, o Decreto n.5.626/2005 e o Decreto n. 7.611/2011 devem ser interpretados à luz dos preceitos constitucionais atuais.
De acordo com a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (MEC,2008), a educação especial se torna modalidade não mais substitutiva, mas complementar ou suplementar, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades da educação. Na perspectiva inclusiva, à educação especial cabe disponibilizar recursos e serviços, realizar o atendimento educacional especializado e orientar quanto a sua utilização no processo de ensino e aprendizagem nas turmas comuns do ensino regular. (Revista Inclusão, 2008 p. 15).
Na perspectiva da educação inclusiva, cabe destacar que a educação especial tem como objetivo assegurar a inclusão escolar de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/super-dotação nas turmas comuns do ensino regular, orientando os sistemas de ensino para garantir o acesso ao ensino comum, a participação, aprendizagem e continuidade nos níveis mais elevados de ensino.
Com intuito de respaldar a regulação e normatização dos sistemas de ensino no processo de ressignificação da educação especial, o Conselho Nacional de Educação, instituiu Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica, por meio da Resolução CNE/CEB, n.04/2010, que, no seu artigo 29 estabelece: a educação especial, como modalidade transversal a todos os níveis, etapas e modalidades de ensino, é parte integrante da educação regular, devendo ser prevista no projeto político-pedagógico da unidade escolar.
Cabe ressaltar, que a inclusão de pessoas com necessidades especiais faz parte do paradigma de uma sociedade democrática, comprometida com o respeito aos cidadãos e à cidadania. Esse paradigma, na escola, apresenta-se no projeto pedagógico que norteará sua ação, explicitará sua política educacional, seu compromisso com a formação dos alunos, assim como, ações que favoreçam a inclusão social.
2.1.1.1 – EM UM CONTEXTO DE ESCOLAINCLUSIVA, QUE TENHA UM ALUNO COM AS CARACTERÍSTICAS DE PAULO, COMO VOCÊS AGIRIAM, ENQUANTO PROFESSORES QUE COMPÕEM A EQUIPE DA ESCOLA.
A inclusão está diretamente relacionada com o processo de ensino-aprendizagem, não basta só incluir, a escola deve ofertar um ensino de qualidades e para isso o professor deve desenvolver metodologias diversificadas e flexíveis. Para que se possa obter uma resposta positiva ao seu trabalho, essa desenvoltura terá que existir independente da heterogeneidade encontrada em sala de aula.
A inclusão da criança com autismo em sala de aula deve existir de forma consciente, o conjunto escolar tem que possuir um suporte pedagógico sólido para incluir o aluno no contexto educacional de forma que todos os envolvidos assimilem a situação e conhecimento das metodologias a serem trabalhadas visando à superação de limitações da criança com autismo.
Com a inclusão da criança com autismo em escolas de ensino regular, o professor tem um papel determinante, pois é ele quem recepciona e estabelece o primeiro contato com a criança, seja positivo ou negativo, dessa forma ele é um grande responsável por efetivar ou não o processo de inclusão, considerando que é seu dever criar possibilidades de desenvolvimento para todos, adequando sua metodologia as necessidades diversificadas de cada aluno.
Convém enfatizar que o profissional de apoio ao professor, ou acompanhante especializado, torna-se imprescindível nesse processo de inclusão, principalmente nos casos de crianças e adolescentes com maiores dificuldades de socialização, linguagem e comportamentos repetitivos.
Enfatiza-se que esse profissional é de extrema importância para prestar auxílio, tanto nas questões pedagógicas desses alunos, mas também suprir a necessidade de atenção individualizada, higiene pessoal e cuidados dependendo de cada caso.
Outro aspecto importante é que o professor precisa investir em sua formação e conhecimentos acerca do assunto para que possa conhecer as reais dificuldades e as capacidades do seu aluno autista.
Um planejamento direcionado, que leve em conta as potencialidades e limites do aluno com autismo, permite ao professor promover uma aprendizagem significativa.
Uma das questões que mais preocupa o professor, em relação ao autismo, é a questão da interação desse aluno com outras crianças, uma vez que as pessoas com autismo apresentam muitas dificuldades de socialização, em vários níveis de gravidade. A escola precisa quebrar o preconceito sobre o autista no ambiente escolar e combater o bullyng.
Inúmeros são os benefícios da interação entre crianças e adolescentes, com deficiências ou não, que compartilham do mesmo espaço físico e de um processo pedagógico que propicia a troca e a cooperação. O apoio do professor é fundamental para que esse aluno participe de forma produtiva. As músicas e brincadeiras são excelentes ferramentas para a aprendizagem das crianças com autismo.
Ressalta-se também, que o diálogo e a parceria constante com a família do aluno autista são imprescindíveis na consolidação de uma aprendizagem efetiva. A escola precisa estabelecer laços e contar, além da família, com as possibilidades da rede de atendimento do município caso esse aluno necessite de encaminhamento.
O material pedagógico também precisa ser apropriado para as pessoas com autismo, sendo, de preferência, concreto e bastante visual com figuras e gravuras associativas que ajudem o professor no decorrer das explicações. De acordo com Diretrizes Operacionais da Educação Especial:
a) Sala de recursos multifuncional: espaço físico, mobiliários, materiais didáticos, recursos pedagógicos e de acessibilidade e equipamentos específicos;
b) Matrícula de aluno AEE: condicionada à matrícula no ensino regular da própria escola ou de outra escola;
c) Plano do AEE: identificação das necessidades educacionais específicas dos alunos, definição dos recursos necessários e das atividades a serem desenvolvidas; cronograma de atendimento dos alunos;
d) Professor para o exercício da docência do AEE;
e) Redes de apoio: no âmbito da atuação inter-setorial, da formação docente, do acesso a recursos, serviços e equipamentos, entre outros.
2.1.1.1.1 – COMO A FAMÍLIA PODERIA AUXILIAR NO DESENVOLVIMENTO DESSAS ESTRATÉGIAS.
A presença da família na escola, é de extrema importância, a relação família-escola, principalmente quando se fala em educação inclusiva, pois não tem como acompanhar um aluno sem a parceria com a família, a escola necessita de informações desse aluno para ter um acompanhamento mais abrangente.
Precisamos do apoio da família para um bom resultado do aprendizado do aluno, mas muitas famílias justificam a ausência por falta de tempo em estar presente em reuniões, em estar acompanhando tarefas de casa ou atividades de sala de aula, em estar presente, pois o pai trabalha fora e não está presente todo o dia em casa, muitas famílias tem a dificuldade em aceitar que o filho é portador de necessidade especial, assim dificultando o desenvolvimento do aluno.
A escola, depois da família, é o espaço primeiro e fundamental para o processo de socialização da criança. A inclusão das crianças e jovens portadores de deficiência na escola regular, com o apoio de atendimento educacional especializado, quando necessário, faz parte da atual política educacional brasileira. Contudo, todo o trabalho realizado pela escola terá maior êxito, se acompanhado diretamente pelos membros da família dos deficientes. Esse trabalho de acompanhamento dá, primeiramente, segurança à criança e permite a ela desenvolver as suas habilidades de forma mais tranqüila. Para a criança com necessidades educacionais especiais essa parceria é fundamental. A escola deve estreitar ao máximo essa relação, oportunizando um convívio maior dos pais dentro da escola para auxiliar no desenvolvimento.
A escola juntamente com a família tem a função de fazer com que o deficiente se desenvolva em todos os aspectos, e auxiliar para que tenham sucesso em sua aprendizagem. Acredita-se que pais que são “parceiros” da escola ajudarão no rendimento escolar de seu filho e conseguintemente a ter uma vida de sucesso e tornar-se independente.
Para fazer a inclusão de verdade e garantir a aprendizagem de todos os alunos na escola regular é preciso fortalecer a formação dos professores e criar uma boa rede de apoio entre alunos, docentes, gestores escolares, famílias e profissionais de saúde que atendem as crianças com Necessidades Educacionais Especial.
3 CONCLUSÃO
Ao realizarmos este trabalho foi possível refletir sobre as propostas educacionais que garantem “educação para todos”, nesse processo chamado inclusão, e se realmente estão acontecendo nas escolas, de forma satisfatória.
Sabemos que a educação é o alicerce para o desenvolvimento de qualquer cidadão, e que incluir o aluno com necessidades educacionais especiais, é também, uma forma de respeitá-lo e garantir a possibilidade de seu crescimento. No entanto, percebemos que as dificuldades existem, não são poucas e ficam bem mais claras quando se pára para observar de forma mais crítica. Afinal, colocar o aluno em sala regular e não atender o que realmente ele necessita, não é inclusão.
Entre tantas dificuldades podemos constatar a falta de preparo dos professores, bem como a falta de infra-estrutura das escolas. Os professores, na sua maioria, não foram preparados para lidar com a diversidade, com as especificidades de cada aluno, assim como também as escolas não passaram por um processo de reestruturação.
As políticas públicas, podem com certeza criar espaços, promover projetos, assegurar direitos e deveres. Porém isso por si só, não é suficiente para se garantir uma inclusão verdadeira. Apenas as leis não dão conta do processo de inclusão, além delas, é preciso que haja condições e recursos humanos, pedagógicos e físicos para que, o que é proposto nas leis seja aplicado na realidade, com resultados realmente significativos. E, para que tudo isso possa realmente se efetivar, urge fundamentalmente umamudança de mentalidade.
É como se tivesse sido dado o primeiro passo de uma longa caminhada, de um percurso de lutas para que se garantam a todos as mesmas oportunidades para conviver, estudar, trabalhar, ter lazer, enfim, para ter acesso a todos os bens produzidos socialmente.
Portanto é essencial que o poder público, federal, estadual e municipal encare os problemas referentes à educação para todos de frente, não como um favor a nós e sim como uma obrigação para todos, obrigação esta que deve ser cumprida.
Assim, podemos concluir que a Inclusão no ensino regular é um processo que exige respeito, dedicação e compreensão ao próximo, tanto das instituições de ensino, quanto as pessoas que recebem este aluno, aceitando as diferenças de cada um.
REFERÊNCIAS
BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: MEC/SEESP, 2008
BRASIL. Decreto n. 3.956 de 8 de outubro de 2001. Disponível em: HTTP://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto.htm. Acesso em 30/09;2012;
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n° 9.394/96. BRASIL. Constituição Federal de 1988. Disponível em: WWW.planalto.gov.br/ccivil03/constituicao/constituicao.htm.
BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: MEC/SEESP,2008;
BRASIL. Decreto n. 6.571, de 18 de setembro de 2008. Disponível em: HTTP://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Decreto/D7611.htm#art11. Acesso em : 07/10/2012;
COMITE DE AJUDAS TECNICAS, CAT, Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), Brasília, 2007. UNESCO;
Declaração de Salamanca sobre princípios. Política e Prática em Educação Especial. Brasília. 1994;
MANTOAN, Maria Tereza Eglér. Inclusão escolar: O que é?Por quê?Como fazer?São Paulo: Moderna,2003;
MANTOAN, M.T.H. A Integração de pessoas com deficiência. São Paulo: Senac, 1997
MAZZOTTA, Marcos José Silveira. Educação Especial no Brasil. Histórica e Políticas Públicas. São Paulo: Cortez, 1996
MAZZOTTA, M.J.S. Educação Especial no Brasil. São Paulo: Cortez, 1996
WERNECK, Claudia. Ninguém mais vai ser bonzinho na sociedade inclusiva. Rio de Janeiro: ED. W.V.A, 1997
SILVA, T.T. da (Org). Identidade e Diferença. A perspectiva dos Estudos Culturais. Petrópolis, Vozes, 2000
SANCHEZ, P. A. A educação inclusiva: um meio de construir escolas para todos no século XXI. Revista Inclusão. Brasília, v. 1 n°. 1 out./2005, p. 718
http://jus.com.br/artigo/42693/a-inclusao-de-alunos-com-transtorno-do-espectro-autista-nas-classes-comuns-da-rede-regular-de-ensino
Sistema de Ensino Presencial Conectado
pedagogia
 A INCLUSÃO DE ALUNOS PÚBLICO ALVO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO ENSINO REGULAR
São Carlos/SC
2018
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