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POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE • PROF. ESP. : WELINGTON SANTOS • EMAIL: WELINGTON_SANTOS2009@HOTMAIL.COM • Período: 30/03 a 08/04/2020 AVISO IMPORTANTE. Caros alunos, Este material é de uso exclusivo do aluno CEAS, para utilização durante as aulas da disciplina de POLITICAS DA SAUDE, ministradas nos cursos técnicos de Radiologia e Segurança do Trabalho. Fica proibido o compartilhamento de arquivos, videoaulas, provas e artigos sem a devida autorização do professor. Uso indevido de imagem e sem prévia autorização, podendo acarretar multa. Qualquer duvida falar com a coordenação do curso. Bons estudos! Atenciosamente, Welington Santos. SE LIGA NAS DATAS E PRAZOS 30/03 – 1ª NOTA: 5,0 RESENHA CRITICA SOBRE O FILME : Historia da Saúde Publica no Brasil. 06/04 – 1ª NOTA: 5,0 RESENHA CRITICA O VIDEO: ISOLAMENTO HORIZONTAL SALVA MILHÕES DE VIDAS 07/04 - 2ª NOTA: 10 TRABALHO: CAPA; INTRODUÇÃO; DESENVOLVIMENTO; CONCLUSÃO; REFERENCIA BIBLIOGRAFICA Observações: 1. Digitado ou Escrito 2. Pode ser em dupla. 3.Enviar para o email (welington_santos2009@hotm ail.com) até o dia 07/04 PARA ALUNOS DE RADIOLOGIAPARA ALUNOS DE RADIOLOGIA: : A Importância do uso do DOSIMENTRO para os técnicos de radiologia; Programa De Saúde Da Família À Estratégia Saúde Da Família; Os Avanços E Desafios Do SUS Nas Duas Décadas De Existência; COVID-19 08/04 - 3ª NOTA: 10 PROVA : SUS e mailto:welington_santos2009@hotmail.com mailto:welington_santos2009@hotmail.com ABORDAGEM DA DISCIPLINAABORDAGEM DA DISCIPLINA 1. Antecedentes históricos do Sistema único de saúde (SUS) – breve história da política de saúde no Brasil 2. O Sistema único de saúde e as leis orgânicas da saúde 3. A descentralização do SUS: o financiamento e as normas operacionais básicas 4. Pacto pela saúde 5. Do programa de saúde da família à estratégia saúde da família 6. Os avanços e desafios do SUS nas duas décadas de existência Políticas Públicas • Conceito: “(...) Políticas Públicas são um conjunto de ações e decisões do governo, voltadas para a solução (ou não) de problemas da sociedade (...)”, ou seja, são a totalidade de ações, metas e planos que os governos (nacionais, estaduais ou municipais) traçam para alcançar o bem-estar da sociedade e o interesse público. • As Políticas Públicas são o resultado da competição entre os diversos grupos ou segmentos da sociedade que buscam defender (ou garantir) seus interesses. ANTECEDENTES HISTÓRICOS DO SISTEMA ÚNICO ANTECEDENTES HISTÓRICOS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE DE SAÚDE –– BREVE HISTÓRIA DA POLÍTICA DE BREVE HISTÓRIA DA POLÍTICA DE SAÚDE NO BRASILSAÚDE NO BRASIL Saúde no Brasil – Linha do tempo 1923 • Criação das Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAP) • Lei Eloy Chaves • O Estado não participa 1932 • Criação dos institutos de aposentadorias e pensões (IAPs) • Acentua-se o componente de assistência médica, principalmente, por • meio da compra de serviços do setor privado. 1965 • Criação do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) • Unificação dos IAPs 1977 • Criação do SINPAS (Sistema Nacional de Assistência Médica e Previdência Social) e do INAMPS (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social) 1982 • Implantação do Programa de Ações Integradas de Saúde (PAIS) – com ênfase na atenção primária. 1986 • VIII Conferência Nacional de Saúde – deu-se após o fim da ditadura militar. • princípio da saúde como direito universal como dever do Estado; 1988 • CF/88 – constituição cidadã. Saúde como direito de todos e dever do Estado 1990 • Criação do SUS, Lei 8.080/90 – promoção, proteção e recuperação da saúde a organização e funcionamento dos serviços correspondentes. PERÍODO COLONIAL / IMPERIAL(1500 A 1889) Caracterizado pela existência de diversas doenças transmissíveis, trazidas inicialmente pelos colonos portugueses e, posteriormente, pelos escravos africanos e diversos estrangeiros que aqui chegavam para fins de comércio ou por imigração. Muitas dessas doenças tornaram-se endêmicas e outras, provocavam epidemias assustadoras e dizimavam enormes contingentes populacionais. ENDEMIA – OCORRÊNCIA COLETIVA DE UMA DETERMINADA DOENÇA TRANSMISSÍVEL EM UMA DETERMINADA ÁREA GEOGRÁFICA ACOMETENDO A POPULAÇÃO DE FORMA PERMANENTE E CONTÍNUA EPIDEMIA – OCORRÊNCIA SÚBITA DE UMA DETERMINADA DOENÇA TRANSMISSÍVEL EM UMA DETERMINADA ÁREA GEOGRÁFICA, ACOMETENDO EM CURTO ESPAÇO DE TEMPO GRANDE NÚMERO DE PESSOAS. A assistência médica limitava-se apenas às classes dominantes, constituídas principalmente pelos coronéis do café e era exercida pelos raros médicos que vinham da Europa. Aos demais, restavam apenas os recursos da medicina popular e as sangrias que eram praticadas para a cura de algumas doenças. PERÍODO DA PRIMEIRA REPÚBLICA OU REPÚBLICA VELHA (1889-1930) - Em 1902, o presidente Rodrigues Alves lançou um programa de saneamento do RJ e de combate à febre amarela em SP. - 1904; Varíola; Revolta da vacina - 1920, Carlos Chagas assumia o Comando do Departamento Nacional de Saúde, criando programas que introduziam a propaganda e a educação sanitária como forma de prevenção das doenças. PERÍODO DA SEGUNDA REPÚBLICA OU ERA VARGAS (1930-1945) • 1941: I Conferência nacional de saúde – organização sanitária estadual e municipal, ampliação das campanhas nacionais contra lepra e tb, desenvolvimento dos serviços básicos de saneamento , plano nacional de proteção a infância e juventude. • 1939: regulamentada a justiça do trabalho • 1943: homologada a CLT PERÍODO DE REDEMOCRATIZAÇÃO OU DESENVOLVIMENTISTA (1945-1963) • 1948: criado o primeiro conselho de saúde (a saúde foi reconhecida como importante função administrativa do governo) • 1950: Dutra lança o plano SALTE (saúde, alimentação, transporte e energia), destacando a saúde como suas prioridades, contudo, a maior parte dos recursos foi destinada à área do transporte • 1963: 3º conferência nacional de saúde (situação sanitária da população, distribuição e coordenação das atividades médicas sanitárias nas 3 esferas do governo, municipalização dos serviços de saúde e fixação de um plano nacional de saúde. PERÍODO DO REGIME MILITAR (1964-1984) • Contratação dos serviços privados de saúde • Modelo médico assistencial privatista: exacerbação da racionalidade técnica, exclusão da cidadania e privatização dos hospitais. • 1970: criação da superintendência de campanhas de saúde pública (SUCAM) • Ao final dos anos 70: crise aprofundada no setor saúde graças aos altos custos da assistência que é complexa, pouco resolutiva e insuficiente para a demanda, pela menor arrecadação financeira em tempos de crise econômica, e pelos desvios dos recursos, alimentados pela ânsia de lucro do setor privado. • Consequência = caos no serviço de saúde e sucateamento • A política econômica dos anos do regime militar trouxe como consequências: concentração de renda, arrocho salarial, redução do poder de compra do salário mínimo, aumento de preços, colapso dos serviços públicos de saúde e transporte e precárias condições de vida para a população. • 1978: Conferência de Alma Ata – mudança no conceito da atenção primária • REFORMA SANITÁRIA: tinha como ambição a universalização do direito à saúde, compreendida como qualidade de vida e um modelo de atenção com ênfase na integralidade PERÍODO DA NOVA REPÚBLICA (1985-1988) • 1988: VIII Conferência Nacional de Saúde (conceito ampliado de saúde, reconhecimento da saúde como direito de todos e dever do estado, criação do SUS, a descentralização e a hierarquização dos serviços, a atenção integral às necessidades de saúde da população e a participação popular. • 1988: com a promulgação da CF foi aprovado o SUS • Lei 8.080, de 19/09/1990 •Nos termos do art. 196/CF, a saúde é direito de todos e dever do Estado. Em harmonia comeste principio constitucional, o art. 2º da Lei 8.080/90 enuncia que a saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício”. • O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação. O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade. Estado Políticas sociais Políticas econômicas Reduzir riscos de doenças; Acesso UNIVERSAL e IGUALITÁRIO as ações e serviços de saúde (promoção, proteção e recuperação Princípios e diretrizes da CF • Segundo a CF são apresentados as seguintes diretrizes: I. Descentralização, com direção única em cada esfera de governo; II. Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; III. Participação da comunidade Saúde • Nos termos do art. 196 da Constituição Federal, “a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. • Os serviços públicos de saúde serão prestados gratuitamente: para usufruir de tais serviços, não é necessário que o paciente contribua para a Seguridade Social. • A saúde é direito de todos: assim, não pode o Poder Público se negar a atender determinada pessoa em razão de suas condições financeiras. Qualquer pessoa, pobre ou rica, pode dirigir-se a um hospital público e ser atendida. • O poder Público prestará os serviços de saúde à população de forma direta ou através de convênios ou contratos com instituições privadas. Esses contratos e convênios serão celebrados, preferencialmente, com as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. Os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do País, tendo a saúde como determinantes e condicionantes, entre outros: • Alimentação • Moradia • Saneamento básico • Meio ambiente • Trabalho • Renda • Educação • Transporte • Lazer • Acesso aos bens e serviços essenciais O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE E AS LEIS O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE E AS LEIS ORGÂNICAS DA SAÚDEORGÂNICAS DA SAÚDE O SUS NA CF A sua inscrição na carta magna acatou as proposições da sociedade civil organizada, incorporando mudanças no papel do Estado e alterando de forma significativa o arcabouço jurídico-institucional do sistema público de saúde brasileiro, pautando-se por um conjunto de princípios e diretrizes válidos para todo o território nacional. • Sistema de caráter ÚNICO • MS – ações preventivas e de caráter coletivo • Ministério da previdência e Assistência social – assistência médica, caráter curativo • O SUS fundamentado numa concepção ampla do direito à saúde • O SUS está descrito oficialmente no capítulo da seguridade social, especificamente, nos artigos 196 a 200 desta seção SEGURIDADE SOCIAL: CONJUNTO INTEGRADO DE AÇÕES DE INICIATIVA DOS PODERES PÚBLICOS E DA SOCIEDADE DESTINADO A ASSEGURAR OS DIREITOS RELATIVOS À SAÚDE, À PREVIDÊNCIA E À ASSISTÊNCIA SOCIAL ARTIGOS Os artigos 196 a 200, são aqueles que regem o SUS: - Artigo 196: explicita que saúde é direito de todos e dever do estado - Artigo 197: define ações e serviços de saúde como sendo de relevância pública - Artigo 198: mostra que o sus é uma rede regionalizada e hierarquizada de ações e serviços públicos de saúde, cuja organização deve pautar-se nas diretrizes: descentralização, atendimento integral e participação da comunidade. Define ainda que o financiamento será feito com recursos das 3 esferas do governo, além de outras fontes. - Artigo 199: mantém à saúde livre à iniciativa privada, de forma complementar, tendo como preferência as entidades filantrópicas e as sem fim lucrativo. - Artigo 200: apresenta as competências do SUS, detalhando as suas atribuições. LEIS ORGÂNICAS DA SAÚDELEIS ORGÂNICAS DA SAÚDE - Lei nº 8.080 de 19 de setembro de 1990 - Lei nº 8.142 de 28 de dezembro de 1990 Criadas para dar cumprimento ao mandamento constitucional SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS Lei 8.080/90 Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Com base nessa lei, a saúde é entendida como um direito fundamental do ser humano. Cabe ao estado prover condições indispensáveis ao seu pleno exercício, por meio de políticas econômicas e sociais que visem a redução de riscos de doenças e outros agravos, além do estabelecimento de condições que assegurem o acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para sua promoção, proteção e recuperação. DAS DISPOSIÇÕES GERAIS DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. § 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação. Art. 3º A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do País. Art. 4º O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público, constitui o Sistema Único de Saúde (SUS). § 1º Estão incluídas no disposto neste artigo as instituições públicas federais, estaduais e municipais de controle de qualidade, pesquisa e produção de insumos, medicamentos, inclusive de sangue e hemoderivados, e de equipamentos para saúde. § 2º A iniciativa privada poderá participar do Sistema Único de Saúde (SUS), em caráter complementar. DOS OBJETIVOS E ATRIBUIÇÕESDOS OBJETIVOS E ATRIBUIÇÕES Art. 5º São OBJETIVOS do Sistema Único de Saúde SUS: I - a identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde; II - a formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos econômico e social (...); III - a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas. Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS): I - a execução de ações: a) de vigilância sanitária; b) de vigilância epidemiológica; c) de saúde do trabalhador; d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica; II - a participação na formulação da política e na execução de ações de saneamento básico; III - a ordenação da formação de recursos humanos na área de saúde; IV - a vigilância nutricional e a orientação alimentar; V - a colaboração na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho; VI - a formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros insumos de interesse para a saúde e a participação na sua produção; VII - o controle e a fiscalização de serviços, produtos e substâncias de interesse para a saúde; VIII - a fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas para consumo humano; IX - a participação no controle e na fiscalização da produção, transporte,guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; X - o incremento, em sua área de atuação, do desenvolvimento científico e tecnológico; XI - a formulação e execução da política de sangue e seus derivados. LEI 8.142 LEI 8.142 DISPÕE SOBRE A PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA GESTÃO DO SUS E SOBRE AS TRANSFERÊNCIAS INTERGOVERNAMENTAIS DE RECURSOS FINANCEIROS NA ÁREA DA SAÚDE (CONTA ESPECIAL – FUNDOS DE SAÚDE) ‘ OS PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS EXPRESSAM AS IDEIAS FILOSÓFICAS QUE PERMEIAM A CRIAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DO SUS E PERSONIFICAM O CONCEITO AMPLIADO DE SAÚDE E O PRINCÍPIO DO DIREITO À SAÚDE. OS PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS ORIENTAM O FUNCIONAMENTO DO SISTEMA, DE MODO A CONTEMPLAR SEUS PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS.’ RONCALLI PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS 1. UNIVERSALIDADE: GARANTIA DE ACESSO DE TODA POPULAÇÃO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE, EM TODOS OS NÍVEIS DE ASSISTÊNCIA, SEM PRECONCEITOS OU PRIVILÉGIOS DE QUALQUER ESPÉCIE. 2. EQUIDADE: ASSEGURAR AÇÕES E SERVIÇOS DE TODOS OS NÍVEIS DE ACORDO COM A COMPLEXIDADE QUE O CASO REQUEIRA, MORE O CIDADÃO ONDE MORAR, SEM PRIVILÉGIOS E SEM BARREIRAS. 3. INTEGRALIDADE: CONJUNTO ARTICULADO E CONTÍNUO DE AÇÕES E SERVIÇOS PREVENTIVOS E CURATIVOS, INDIVIDUAIS E COLETIVOS, EXIGIDO PARA CADA CASO, EM TODOS OS NÍVEIS DE COMPLEXIDADE DO SISTEMA. PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS 1. DESCENTRALIZAÇÃO: REDESTRIBUIÇÃO DAS RESPONSABILIDADES QUANTO ÀS AÇÕES E SERVIÇOS DE SAÚDE ENTRE OS TRÊS NÍVEIS DE GOVERNO. 2. REGIONALIZAÇÃO E HIERARQUIZAÇÃO DO SISTEMA: VIDA UMA ADEQUADA DISTRIBUIÇÃO DE SERVIÇOS PARA A PROMOÇÃO DA EQUIDADE DE ACESSO, OTIMIZAÇÃO DOS RECURSOS E RACIONALIDADE DOS GASTOS. 3. PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL: GARANTIA CONSTITUCIONAL DE QUE A POPULAÇÃO, POR MEIO DE ENTIDADES REPRESENTATIVAS, PARTICIPARÁ DO PROCESSO DE FORMULAÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE, DO CONTROLE E DE SUA EXECUÇÃO. COMPETÊNCIAS • NÍVEL FEDERAL: NORMATIZAÇÃO E A COORDENAÇÃO GERAL DO SISTEMA NO ÂMBITO NACIONAL A SER DESENVOLVIDO COM A PARTICIPAÇÃO DOS ESTADOS E MUNICÍPIOS. • NÍVEL ESTADUAL: PLANEJAMENTO DO SISTEMA ESTADUAL REGIONALIZADO E O DESENVOLVIMENTO DA COOPERAÇÃO TÉCNICA E FINANCEIRA COM OS MUNICÍPIOS. • NÍVEL MUNICIPAL: GESTÃO DO SISTEMA DE SAÚDE NO SEU MUNICÍPIO, COM O PLANEJAMENTO, GERENCIAMENTO E A EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE E A REGULAÇÃO DOS PRESTADORES PRIVADOS DE SERVIÇOS. FINANCIAMENTO DO SUSFINANCIAMENTO DO SUS Referido na lei 8.080/90 no artigo 33 que garante que os recursos financeiros do SUS serão depositados em conta especial, ou fundos de saúde, em cada esfera de atuação e serão movimentados sob a fiscalização dos conselhos de saúde. CRITÉRIOSCRITÉRIOS - O primeiro é com base no número de habitantes - E o segundo critério, com os outros 50% de recursos, toma como base os seguintes aspectos: • o perfil demográfico e epidemiológico • as características quantitativas e qualitativas da rede de serviços • o desempenho técnico e financeiro do período anterior • os níveis de participação do setor saúde • a previsão do plano quinquenal de investimentos da rede • o ressarcimento de atendimento a serviços prestados para outras esferas do governo EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 29 ESTABELECE QUE OS MUNICÍPIOS DEVAM DESTINAR 15% DE SUAS RECEITAS E OS ESTADOS, 12% PARA FINANCIAMENTO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE, ENQUANTO AS DESPESAS DA UNIÃO SERÃO BASEADAS NOS RECURSOS UTILIZADOS NO ANO ANTERIOR, ACRESCIDOS DA VARIAÇÃO NOMINAL DO PIB. A DESCENTRALIZAÇÃO DO SUS: AS NORMAS OPERACIONAIS BÁSICAS DE SAÚDE DESCENTRALIZAÇÃO É UM DOS PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS DO SUS, QUE PODE SER ENTENDIDO COMO UMA REDISTRIBUIÇÃO DAS RESPONSABILIDADE QUANTO ÀS AÇÕES E SERVIÇOS DE SAÚDE ENTRE OS NÍVEIS DE GOVERNO: FEDERAL, ESTADUAL E MUNICIPAL. A DESCENTRALIZAÇÃO COM ÊNFASE NA MUNICIPALIZAÇÃO DA GESTÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE, CONSTITUI-SE EM UMA MUDANÇA SIGNIFICATIVA DO SUS. SUA DEFESA, PELO MOVIMENTO DA REFORMA SANITÁRIA BRASILEIRA, PARTE DO PRESSUPOSTO DE QUE A REALIDADE LOCAL É O DETERMINANTE PRINCIPAL ESTABELECIMENTO DE POLÍTICAS DE SAÚDE. NORMAS OPERACIONAIS BÁSICAS DO SUS – NOB’S AS PORTARIAS FEDERAIS, INCLUSIVE AS NORMAS OPERACIONAIS EDITADAS AO LONGO DOS ANOS 90, APRESENTARAM ALTERAÇÕES E COMPLEMENTAÇÕES QUE APRIMORARAM O PROCESSO DE DESCENTRALIZAÇÃO, BUSCANDO DEFINIR: AS ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES DOS GESTORES NOS DIVERSOS NÍVEIS DE GESTÃO; OS MECANISMOS DE RELACIONAMENTO E NEGOCIAÇÕES ENTRE OS GESTORES (FEDERAL, ESTADUAL E MUNICIPAL); AS MODALIDADES DE REPASSE FEDERAIS DE CUSTEIO E A REMUNERAÇÃO DOS SERVIÇOS, DE ACORDO COM AS CONDIÇÕES DE GESTÃO DE ESTADOS E MUNICÍPIOS. OBJETIVOS • Induzir e estimular mudanças; • Aprofundar e reorientar a implementação do SUS; • Definir novos objetivos estratégicos, prioridades, diretrizes, e movimentos tático-peracionais; • Regular as relações entre seus gestores; • Normatizar o SUS. DO PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA À ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA DIVULGADO OFICIALMENTE EM 1994, O PSF INICIALMENTE É DEFINIDO COMO UM MODELO DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE DO INDIVÍDUO, DA FAMÍLIA E DA COMUNIDADE, UTILIZANDO O TRABALHO DE EQUIPES DE SAÚDE, RESPONSÁVEIS PELO ATENDIMENTO NA UNIDADE LOCAL DE SAÚDE E DA COMUNIDADE, NO NÍVEL DE ATENÇÃO PRIMÁRIA. CARACTERÍSTICAS DA PROPOSTA • Cada equipe básica de PSF seria responsável pela cobertura de uma área geográfica onde habitassem 800 a 1000 famílias • Composição das equipes: um médico, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e quatro a seis agentes comunitários de saúde • Regime de trabalho de dedicação exclusiva e residência obrigatória na comunidade para os agentes comunitários de saúde • Atendimento integral a cada pessoa das famílias • Participação da comunidade no controle de qualidade dos serviços prestados pelo PSF • o PSF como porta de entrada do SUS A PARTIR DO MARCO INICIAL, OUTROS DOCUMENTOS FORAM SENDO PRODUZIDOS E A PARTIR DE 1996, O PSF PASSA A SER CONSIDERADO NÃO MAIS COMO UM PROGRAMA, NA TRADIÇÃO CORRENTE DO MINISTÉRIO DA SAÚDE, MAS COMO UMA ESTRATÉGIA. O MOMENTO TAMBÉM INSTITUIA UMA NOVA POLÍTICA DE FINANCIAMENTO A PARTIR DA NOB 96, COM O PISO DA ATENÇÃO BÁSICA (PAB), COM 2 COMPONENTES – O FIXO E O VARIÁVEL. CENÁRIO ATUAL - COMPOSIÇÃO DAS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA: COMPOSTAS, NO MÍNIMO, POR UM MÉDICO DA FAMÍLIA, UM ENFERMEIRO, UM AUXILIAR DE ENFERMAGEM E 6 AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE, COM JORNADA DE TRABALHO DE 40 HORAS SEMANAIS PARA TODOS OS SEUS INTEGRANTES. CADA EQUIPE RESPONSABILIZA-SE PELO ACOMPANHAMENTO DE NO MÁXIMO 4MIL HABITANTES. O NÚMERO DE ACS DEVE SER SUFICIENTE PARA COBRIR 100% DA POPULAÇÃO CADASTRADA, COM UM MÁXIMO DE 750 PESSOAS POR ACS E DE 12 ACS POR EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.
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