Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PATOLOGIA PULPAR E PERIRRADICULARPERIRRADICULAR Prof. Espe. Me. João Marcos Arruda Dassoler 2017 Principais alterações patológicas são de natureza inflamatória e de etiologia infecciosa Intensidade Tipo de agressão Intensidade Agressão Localizar/Preparar Reparo INFLAMAÇÃO • Latim: enfflamare, atear fogo. • ‘’A reação da microcirculação a uma injúria aos tecidos, com a consequente movimentação de elementos intravasculares, como consequente movimentação de elementos intravasculares, como fluidos, células e moléculas, para o espaço extravascular.’’ • ENDODONTIA: antes, durante e após o tratamento. CAUSAS DA INFLAMAÇÃO Biológica FísicaFísica Química BIOLÓGICA • Microrganismos FÍSICA Polpa • Calor gerado durante o preparo cavitário/ Polimento de restaurações • Ação mecânica de brocas • Trauma, com exposição pulpar• Trauma, com exposição pulpar • Pressão exercida durante a moldagem protética FÍSICA Ligamento periodontal • Sobreinstrumentação • Sobreobturação QUÍMICA Polpa • Seladores temporários • Materiais restauradores definitivos • Ataque ácido da dentina e / ou da polpa• Ataque ácido da dentina e / ou da polpa • Dessecantes e desinfetantes de cavidade QUÍMICA Ligamento periodontal • Soluções irrigadoras • Medicação intracanal • Material obturador• Material obturador Agressão física: não é persistente Agressão química: não é persistente Agressão biológica: é biológica: é persistente Dificuldade de mecanismo de defesa do hospedeiro/ polpa necrosada TIPOS DE INFLAMAÇÃO AGUDAS CRÔNICAS DURAÇÃO • Resposta inflamatória aguda: curta duração ( 2 a 3 dias) Evolução: processo crônico NATUREZA • Resposta inflamatória aguda: EXSUDATIVA ↑permeabilidade vascular • Resposta inflamatória crônica: PROLIFERATIVA Ex. pulpite hiperplásica CÉLULAS ENVOLVIDAS • Resposta inflamatória aguda: neutrófilos PMNs/macrófagos pH tecidual(alcalino) 7.2 a 7,4 → pH(ácido) 6,5 ou menos • Resposta inflamatória crônica: mononucleares Fibroblastos, vasos neoformados. INFLAMAÇÃO AGUDA ‘’ Localizar, eliminar o agente agressor, remover os tecidos degenerados, preparar a área afetada para a reparação.’’ Inflamação envolve:Inflamação envolve: • Alterações vasculares • Células responsáveis • Mediadores químicos SINAIS CARDEAIS DA INFLAMAÇÃO • Calor: vasodilatação • Rubor • Tumor • Dor: compressão das terminações nervosas• Dor: compressão das terminações nervosas • Perda de função INFLAMAÇÃO CRÔNICA • Apresenta caráter destrutivo • Osteoclastos: reabsorção óssea• Osteoclastos: reabsorção óssea • Osteoblastos: osteíte condensante CAUSAS DA INFLAMAÇÃO CRÔNICA • Microrganismos • Produtos e componentes estruturais bacterianos • Corpos estranhos • Produtos metabólicos• Produtos metabólicos • Principais células: macrófagos, linfócitos, plasmócitos, fibroblastos, mastócitos, fibras nervosas e elementos vasculares PATOLOGIA PULPAR • Cárie dentária • Resposta inflamatória Profundidade da invasão bacteriana Alterações da permeabilidade dentinária PULPITE REVERSÍVEL • Sinais e sintomas • Dor provocada (frio), localizada, de curta duração Edema→pressão sobre fibras nervosas (tipo A) • Inspeção:restauração ou lesão de cárie • Percussão e palpação:negativos • Achados radiográficos:restauração ou lesão de cárie Edema→pressão sobre fibras nervosas (tipo A) →↓limiar de excitabilidade →DOR TRATAMENTO • Remoção da cárie ou restauração defeituosa • Proteção pulpar indireta + restaração provisória• Proteção pulpar indireta + restaração provisória • Restauração definitiva após 7 dias • Persistência da agressão →Inflamação moderada a severa DANO TECIDUAL Degradação da matriz extracelular e outros componentes teciduaisteciduais Pus Microabscessos PULPITE IRREVERSÍVEL PULPITE IRREVERSÍVEL Sinais e sintomas: Estágio intermediário: • Dor provocada, aguda, localizada, persistente • Analgésico pode ou não ser eficaz• Analgésico pode ou não ser eficaz Estágio avançado: • Dor espontânea, pulsátil, excruciante, lancinante, contínua • Exacerbada pelo calor, aliviada pelo frio • Analgésico não é eficaz PULPITE IRREVERSÍVEL • Resposta pulpar à agressão –Inflamação aguda DOR Permeabilidade vascular prolongada ↑pressão hidrostá ca tecidual↑pressão hidrostá ca tecidual Edema Fibras tipo C • Exacerbada pelo calor, aliviada pelo frio • Degeneração das fibras tipo A (Kim, 1990) • Inspeção: restauração ou lesão de cárie extensas • Percussão e palpação: negativos Achados radiográficos • restauração ou lesão de cárie extensas. ELP normal ou ligeiramente espessado Tratamento: • Pulpectomia • Instrumentção / irrigação • ObturaçãoObturação PULPITE CRÔNICA HIPERPLÁSICA • Indivíduos jovens • Teto da câmara pulpar destruído • Proliferação (hiperplasia) do tecido pulpar que protrui para a cavidade oral → Pólipo pulparoral → Pólipo pulpar Sinais e sintomas • Assintomática, dor à mastigação • Sangramento ao toque Inspeção: massa de tecido pulpar projetada pela câmara pulpar • Percussão e palpação: negativos • Achados radiográficos: lesão de cárie extensa, ausência do teto da câmara pulpar Tratamento: • Pulpectomia • Instrumentção / irrigação • Obturação• Obturação NECROSE PULPAR • Caracteriza-se pelo somatório de alterações morfológicas que acompanham a morte celular do tecido, pode ser: Necrose de liquefaçãoNecrose de liquefação Necrose de coagulação Necrose gangrenosa Sinais e Sintomas Assintomática • Inspeção: Leve escurecimento da coroa • Testes pulpares Calor: Teste – Frio: Teste – Cavidade: Teste – Inspeção: • Fratura, restauração ou lesão de cárie extensas que atingiram a polpa • Escurecimento da coroa Tratamento: • Remoção do tecido necrosado e infectado –penetração desinfetante • Instrumentação / irrigação / medicação intracanal • Obturação Patologia Perirradicular Resposta dos tecidos à agressão Intensidade Nº miroorganismos patogênicos Grau de virulência patogênicos Resposta inflamatória aguda Resposta inflamatória crônica PERIODONTITE APICAL AGUDA Eventos vasculares • ↑Permeabilidade vascular • Saída de exudato • ↓fluxo sanguíneo• ↓fluxo sanguíneo • ↑viscosidade sanguínea • ↑pressão hidrostática tecidual no espaço LP Eventos vasculares • Vasodilatação ↑fluxo sanguíneo ↑pressão hidrostática vascular Eventos celulares EDEMA Eventos celulares • Migração das células de defesa para o espaço extravascular, reconhecimento e fagocitose Sinais e sintomas: • Dor intensa, espontânea, localizada • Extrema sensibilidade ao toque do dente (mastigação) Edema Compressão das fibras nervosas PG, Histamina, Bradicinina DOR • Sensação de dente crescido →Ligeira extrusão dentária →edema →dilaceração das fibras colágenas pelo edema no LP Teste de sensibilidade pulpar: • Negativo Percussão e Palpação: • Positivos Achados radiográficos: • ↑espessura do ELP apical –extrusão do dente para acomodar o edema • Não há reabsorção óssea –processo rápido Tratamento: • Eliminação do agente agressor –instrumentação / irrigação / medicação intracanal • Obturação • Retirar o dente de oclusão –alívio da sintomatologia• Retirar o dente de oclusão –alívio da sintomatologia • Receitar analgésico / anti-inflamatório Persistência da agressão Exacerbação da resposta Bactérias extremamente extremamente virulentas Inflamação purulenta ABSCESSO PERIAPICAL AGUDO ABSCESSO PERIAPICAL AGUDO • Inflamação purulenta dos tecidos periapicais (neutrófilos e bactérias em degeneração) • Duração: 72 a 96 horas Sinais e sintomas:Sinais e sintomas: • Dor espontânea, pulsátil, lancinante e localizada • Edema intenso →Compressão das fibras nervosas • PGs (Mc Nicholas et al., 1991; Takayama et al., 1996) • Pode ou não apresentar evidências de envolvimento sistêmico (linfadenite regional, febre e mal-estar) Inspeção: • Tumefação intra e/ou extra-oral, flutuante ou não • Estágio inicial não apresenta tumefação • Mobilidade dentária e ligeira extrusão dentária Teste de sensibilidadepulpar: • Negativo Percussão e Palpação: • Positivos Achados radiográficos: • Restauração ou lesão de cárie extensas e profundas. • Espessamento do ELP apical Tratamento: • Drenagem da coleção purulenta →Via canal radicular →Incisão da mucosa • Eliminação do agente agressor –instrumentação / irrigação / medicação intracanal • Obturação• Obturação • Receitar analgésico / anti-inflamatório • Receitar antibiótico no caso de envolvimento sistêmico Vias de disseminação e drenagem do abscesso PERIODONTITE APICAL CRÔNICA →Infiltrado inflamatório crônico • Linfócitos • Plasmócitos • Macrófagos• Macrófagos →Componentes do processo de reparo • Fibroblastos • Fibras nervosas • Vasos sanguíneos neoformados Sinais e sintomas: • Assintomático Inspeção: • Cárie e/ou restauração extensa • Escurecimento da coroa Teste de sensibilidade pulpar: • Negativo Percussão e Palpação: Negativos• Negativos Achados radiográficos: • Área radiolúcida circular ou oval associada ao ápice radicular ou lateralmente à raiz, bem circunscrita • Perda da integridade da lâmina dura • Pode assumir grande diâmetro, com deslocamento radicular (cisto) Tratamento: →Tratamento endodôntico convencional • Remoção do tecido necrosado e infectado –penetração desinfetante • Instrumentação / irrigação / medicação intracanal • Obturação →Cirurgia parendodôntica • Reabsorção óssea • Osso reabsorvido → subs tuído por tecido granulomatoso GRANULOMA PERIAPICAL Proliferação epitelial no granuloma -Restos epiteliais de Malassez Formação de ilhotas de epitélio organizado ABSCESSO PERIAPICAL CRÔNICO Cronificação do abscesso periapical agudo Sinais e sintomas: • Assintomático Inspeção: • Cárie e/ou restauração extensa • Fístula intra ou extra oral Teste de sensibilidade pulpar: • Negativo Percussão e Palpação: • Negativos Achados radiográficos: • Área radiolúcida associada ao ápice radicular, limites mal definidos Tratamento: • Eliminação do agente agressor –instrumentação / irrigação / medicação intracanal • Obturação • Desaparecimento da fístula –7 a 30 dias• Desaparecimento da fístula –7 a 30 dias CASO CLÍNICO 1. Paciente com 22 anos de idade, sexo masculino, relata episódios de dor aguda recorrente na região inferior esquerda. O exame clínico mostra uma fratura vertical no sentido mésio distal no dente 37. O exame radiográfico mostra alteração radiolúcida periapical recente, indicativa de abscesso periapical. Quando a inflamação pulpar é intensa o suficiente para ocasionar odontalgia Quando a inflamação pulpar é intensa o suficiente para ocasionar odontalgia severa e contínua, esta condição, em geral, evolui para A) Necrose Pulpar B) Abscesso periodontal crônico C) Cisto periodontal D) Granuloma periapical E) Cisto radicular 2. Paciente relata dor difusa na maxila anterior direita, região entre o 15 e o 11. Ao radiografar com tomada para canino superior, encontra na radiografia uma grande rarefação óssea apical no 13, com solução de continuidade da lâmina dura ou alteração do espaço periodontal deste e resposta negativa ao teste de vitalidade pulpar. Na área do 11, na mesma radiografia, há também uma área radiolúcida próxima ao ápice, sem alteração visível da lâmina dura e resposta positiva ao teste de vitalidade pulpar. O que fazer? A) Tratar o 13 e o 11, sendo o 13 polpa viva e o 11 polpa morta. B) Tratar o 13 e o 11, sendo o 13 polpa morta e o 11 polpa viva. C) Tratar só o 11, pois a radiolucidez sobre o 13 é o canal palatino médio. D) Tratar só o 13, pois a radiolucidez sobre o 11 é o forame palatino. E) Tratar o 13, 12 e 11 devido à possibilidade de infecção generalizada.
Compartilhar