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Anormalidades dentárias @stteferreira Introdução As anormalidades podem ser divididas entre aquelas que são influenciadas por fatores ambientais, as que são idiopáticas ou de natureza hereditária Alteração dos dentes por fatores ambientais Defeitos de desenvolvimento Perda da estrutura pós-desenvolvimento Pigmentação dos dentes Distúrbios localizados da erupção Efeitos do ambiente no desenvolvimento das estruturas dentárias Os ameloblastomas são muitos sensíveis a estímulos externos e muitos fatores podem levar a anormalidade no desenvolvimento do esmalte As anormalidades hereditárias primarias do esmalte que não estão relacionadas c/ alterações são designadas amelogênese imperfeita. É o único tecido que não ocorre remodelação após formação 3 estágios→ formação de matriz, mineralização e maturação. Durante a matriz→ proteínas depositadas Mineralização→ deposição de minerais e remoção da maioria das proteínas Maturação→ Durante a finalização da mineralização finale o que restou das proteínas são removidos No estágio inicial da mineralização o esmalte é grosseiro, branco e mole, pós maturação ele já se torna duro e translúcido. O período que ocorre a agressão ao ameloblasto tem grande importância na localização e aparência do defeito do esmalte. Fatores associados a defeito do esmalte Traumas relacionados a nascimento Químicos como medicação ou quimioterapia Anormalidades cromossômicos Infecções Doenças hereditárias Má nutrição Alterações metabólicas Alterações neurológicas Trauma mecânico Queimadura elétrica Irradiação Infecção local Odontogênese Processo complexo que envolve a interação epitélio oral e o ectomesênquima subjacente; Genes determinam número, forma, tamanho, e posição dos dentes→ Anomalias Dentárias Alterações dentárias de desenvolvimento Número Hipodontia Hiperdontia Tamanho Microdontia Macrodontia Anormalidades dentárias Forma Geminação Fusão Concrescencia Cúspides acessórias Dente invaginado Esmalte ectópico Taurodontia Hipercementose Raízes acessórias Dilaceração Estrutura Amelogênese imperfeita Dentinogênese imperfeita Agenesia Anomalia de desenvolvimento congênita mais comum, definida como a ausência congênita de um ou mais dentes decíduos ou permanentes. Anodontia Ausência de todos os dentes Oligodontia (subdivisão da hipodontia) Ausência de desenvolvimento de seis ou mais dentes Podendo haver associação com síndromes como: Displasia ectodérmica, Crouzon, Down. Hipodontia Termo genérico para dentes ausentes Anomalia mais comum Relacionada a fase de iniciação e proliferação da lâmina dentária Geralmente terceiros molares, 2pré-molar e Incisivos laterais, superiores Incomum em decíduos Associada a microdontia Fatores ambientais e genéticos Tratamento: Implante, ortodontia ou prótese Hiperdontia Desenvolvimento de um número maior de dentes chamados de supranumerários. Entre 76% a 86% são um único dente mais frequente em permanente (95% em maxila) Geralmente em parte anterior da maxila (Incisivos Superiores; molares (Superiores/nferiores), PM, caninos Incisivos Laterais Podem-se irromper ou não, ou assumir posição ectópica Teoria mais aceita é da hiperatividade da lâmina dentária Mesiodentes→ Região de incisivos superiores Distomolar ou distodente→ 4 molar Paramolar→ Posterior supranumerário situado lingual ou vestibularmente a um molar Suplementar→ Tamanho e forma normal Rudimentar→ Forma anormal e tamanho menor Coronóides→ Pequenos e cônicos Tuberculados→ Anterior em forma de barril com mais de uma cúspides Molarinformes→ Semelhantes a pré e molares Dentes natais e neonatais Natais→ Presentes ao nascimento Neonatais→ Surgem em até 30 dias após o nascimento 85%→ São incisivos inferiores 11%→ Incisivos superiores 4%→ Dentes posteriores Úlcera de riga-fede Ulceração traumática dos tecidos moles que podem ocorrer durante a amamentação DIsplasia cleidocriana→ Clavículas hipoplásicas, crânio grande, e um achado radiográfico importante é a falta de erupção de vários elementos dentários, incluindo um número grande de supranumerários Down→Macroglossia Gardner → Dentes supranumerários, osteomas, pólipos intestinais, odontomas, dentes impactados Microdontia Microdontia isolada- comum diâmetro MD reduzido; ILS e 3º molares MIcrodontia difusa→ Incomum Síndrome de Down Nanismo hipofisário Coroa afetada , mas raiz de comprimento normal Microdontia relativa →Macrognatia Macrodontia Dentes maiores que o normal: sentido MD e longitudinal Macrodontia difusa (raro) Gigantismo hipofisário Macrodontia isolada: incisivos ou caninos; Dificuldade na erupção e dente mais suscetível à cárie. Geminação Tentativa de um único germe dentário de se dividir Resulta em um dente aumentado com coroa chanfrada, e, geralmente uma raiz e um canal radicular em comum Dente único aumentado contagem dentária é normal quando o dente anômalo é considerado como um Fusão União de dois germes dentários normalmente separados Resulta em dente unido com confluência de dentina Dente único aumentado ou unido (duplo) no qual a contagem dentária revela a falta de um dente quando o dente anômalo é contado como um. Concrescência União de dois dentes pelo cemento, sem confluência da dentina É a união, pelo cemento, de dois dentes formados, ligados ao longo das superfícies radiculares Cúspides acessórias Cúspide de carabelli→ Cúspide acessória na palatina da cúspide mesiolingual dos molares superiores Cúspide em garra→ Cúspide adicional na superfície lingual de um dente anterior (cíngulo aumentado); ILS (55%) e IC (33%) Dente evaginado Consiste em uma elevação semelhante a uma cúspide de esmalte Localização: Sulco central ou na crista lingual da cúspide vestibular de pré-molares ou de molares. Frequentemente, o dente evaginado é visto em associação com outra variação da anatomia coronária, os incisivos em forma de pá Dente invaginado Conceito: Invaginação acentuada na superfície da coroa ou raiz limitada por esmalte Predomínio em incisivos laterais superiores Incisivos centrais,pré-molares,canino Incomum na dentição decídua Rx: Invaginação contornada por esmalte dando o aspecto de “um dente dentro de outro”. Tipo I→ Invaginação confinada à coroa Tipo II→ Invaginação abaixo da junção amelocementária Tipo III→ Invaginação se estende pela raiz O dente invaginado é caracterizado por profunda invaginação da superfície da coroa ou da raiz que é limitada pelo esmalte Esmalte ectópico Pérolas de esmalte em localização incomum Estruturas hemisféricas de esmalte (podem conter dentina e polpa subjacente) Extensão cervical de esmalte Extensão triangular do esmalte a partir da junção amelocementária para a bifurcação de um dente molar. Superfície vestibular dos molares Taurodontia Aumento do corpo e da câmara pulpar de um dente multirradicular, com deslocamento apical do assoalho pulpar e da bifurcação das raízes O grau de taurodontia pode ser classificado de acordo com o grau de deslocamento apical do assoalho pulpar. Hipercementose Deposição não neoplásica excessiva de cemento ao longo do cemento radicular normal Espessamento da raiz ou raiz rômbix- lamina dura intacta Localizada ou generalizada- pre molares Ocorre predominantemente em adultos e a frequência aumenta com a idade Implicação clínica: exodontia e movimentação ortodôntica Não há tratamento Tipo I (a): Invaginação que ocorre dentro dos limites da coroa, não se estendendo além da junção amelocementária. Tipo II (b):Invaginação que invade a raiz, mas permanece confinada. Ela pode ou não se comunicar com a polpa dental. Tipo III A (c): Invaginação que invade a raiz e se comunica com o espaço do ligamento periodontal por meio de um pseudo-forame. Normalmente não há comunicação com a polpa, que se encontra isolada dentro da raiz. Tipo III B (d): Invaginação que invade a raiz e se comunica com a área apical por meio de um pseudo-forame. A invaginação pode ser completamente revestida por esmalte, mas frequentemente é o cemento que reveste a invaginação. Raízes supranumerárias Aumento do número de raízes nos dentes, comparado com a classificação normal da anatomia dentária Implicação clínica→ endodontia (canais acessórios), e exodontia Dilaceração Angulação anormal ou curvatura na raiz ou menos frequente na coroa do dente Fatores idiopáticos, traumpaticos ou secundariamente a cisto ou tumor adjacente Radiografia essencial: Implicação clínica: Endodontia, ortodontia e exodontia. Hipoplasia de smalte Defeito quantitativo, ocorrendo na forma de fossetas, ranhuras ou grandes áreas de ausência de esmalte. O período em que ocorre a agressão aos ameloblastos tem grande importância na localização e aparência do defeito do esmalte. Hipoplasia de turner Dentes permanentes Defeito do esmalte causado pela doença inflamatória periapical dos dentes decíduos sobrejacentes ou por trauma. Fatores que determinam o grau de dano aos dentes permanentes pela infecção do dente decíduo: Estágio de desenvolvimento dentário Período de tempo da infecção ativa Virulência dos organismos infecciosos Resistência do hospedeiro à infecção Trauma O trauma no dente decíduo pode causar alteração significativa na dentição permanente 45% de todas as crianças sofrem traumas nos dentes decíduos. Incisivos centrais superiores são os mais acometidos O aspecto clínico das alterações varia em função da época e da gravidade do dano Superfície vestibular dos IS mais acometida devido a posição do ápice e germe dentário. Zona de pigmentação branca ou amarelo-acastanhada com ou sem área horizontal de hipoplasia do esmalte Hipoplasia causada por terapia antineoplásica Aumento no número de alterações de desenvolvimento Produz alterações clínicas em pacientes abaixo de 12 anos de idade, e mais extensamente em pacientes com menos de 5 anos de idade. Alterações mais frequentes: Hipodontia Microdontia Hipoplasia Vários dentes exibindo rizomicria (raiz com tam menor que o normal) secundária à radioterapia e quimioterapia Fluorose dentária Flúor cria defeitos através da retenção das amelogeninas→ Hipomineralização A gravidade da fluorose dentária é dose-dependente Ingestão de doses elevadas de flúor durante períodos críticos do desenvolvimento dentário = fluorose mais grave A superfície dentária alterada: Áreas com esmalte branco, opaco e sem brilho, podendo apresentar áreas de pigmentação amarela ou marrom-escura Diagnóstico definitivo Defeitos bilaterias; Simétricos; Encontrar evidências de consumo exagerado de flúor Níveis elevados de flúor no esmalte ou no outro tecido Hipoplasia sifilítica Síflis congênita-tríade→ Dentes de Hutchinson Ceratite ocular Surdez Incisivos de Hutchinson Molares em amora A síflis congênita resulta em um quadro de hipoplasia de esmalte. Amelogênese imperfeite Compreende um grupo complexo de condições que demonstram alterações de desenvolvimento na estrutura do esmalte na ausência de uma alteração sistêmica ou síndrome Alterações podem surgir em qualquer etapa na formação do esmalte Elaboração da matriz orgânica Mineralização da matriz Maturação do esmalte A amelogênese imperfeita pode ser herança autossômica dominante, autossômica recessiva (é o tipo mais grave) ou ligada ao cromossomo x. Ocorre acometimento difuso tanto dos dentes decíduos, como dos permanentes, na grande maioria Comprometimento de todos os dentes de ambas as dentições (autossômica recessiva) Hipoplásica→Alteração básica=deposição inadequada de matriz de esmalte→ O padrão pode ser generalizado Hipomaturada→ Contém proteína residual (ligada ao cromossomo x, autoss. Ou recess.) Matriz de esmalte apropriadamente depositada Ocorre a mineralização Defeito na maturação Forma normal, manchas opacas, brancas, marrom ou amarelas. Hipocalcificada→ Falta de proteína anormalidades mais graves Matriz de esmalte apropriadamente depositada, não ocorre a mineralização significante Esmalte mole e facilmente perdido; Marrom, amarelado, alaranjado, marrom negro Alguns autores preferem chamar de hipomineralizada para ambas as variantes Na maioria é autossômica dominante Principais problemas enfrentados com a amelogênese imperfeitas são: Estética Sensibilidade dentinária Perda da dimensão vertical Aumento da prevalência de cárie; Mordida aberta anterior; Erupção retardada; Impactação dentária. Dentinogênese imperfeita Disturbios de desenvolvimento da dentina na ausência de desordem sistêmica. Todos os dentes de ambas as dentições são afetados – decídua: mais afetada Mutação no gene da sialoproteínada dentina Tipos: DI tipo I- Associada a osteogênese imperfeita; DI tipo II- Apenas alteração dentária; DI tipo II- tipo Brandywine (tipo raro) A definição clássica de osteogênese imperfeita (OI) é ser doença caracterizada por fragilidade óssea causada por defeito qualitativo ou quantitativo do colágeno tipo 1 DIsturbio na maturação do colágeno; Mutação em genes que quiam a formação do colágeno; Fragilidade óssea, esclera azul, pode apresentar entes alterados, perda auditiva, deformidade nos ossos longos, hiperextensibilidade das articulações. Características clínicas tipo I Coloração azul-amarronzada, castanho, azulado, ou cinza, com um brilho opalescente Dentes decíduos afetados mais gravemente Discreta translucidez Junção amelo-dentinária defeituosa Desgaste rápido da dentina exposta Dentes em forma de concha Coloração azul-amarronzada, castanho, azulado, ou cinza, com um brilho opalescente Dentes decíduos afetados mais gravemente Discreta translucidez Junção amelo-dentinária defeituosa Desgaste rápido da dentina exposta Dentes em forma de concha Radiograficamente os dentes apresentam coroas bulbosas, constrição cervical, raízes delgadas e obliteração precoce dos canais radiculares e câmaras pulpares.
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