Buscar

Anomalias dentárias

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Beatriz Galvão – Odontologia UFRN 
1 
ANOMALIAS DENTÁRIAS 
 Odontogênese: processo complexo que envolve a interação epitélio oral e o 
ectomesênquima subjacente; genes determinam número, forma, tamanho e 
posição dos dentes. 
Alterações dentárias de desenvolvimento: 
• Número: hipodontia; hiperdontia. 
• Tamanho: microdontia; macrodontia. 
• Forma: geminação; fusão; concrescência; cúspides acessórias; dente 
invaginado; esmalte ectópico; taurodontia; hipercementose; raízes acessórias; 
dilaceração. 
• Estrutura: amelogênese imperfeita e dentinogênese imperfeita. 
Alterações de desenvolvimento do número de dentes: 
Os termos estudados pertencem a dentes com falha no desenvolvimento, e não são 
aplicados a dentes que estão impactados ou foram extraídos. 
Agenesia: anomalia de desenvolvimento congênita mais comum, definida como a 
ausência congênita de um ou mais dentes decíduos ou permanentes. 
a. Anodontia: ausência de desenvolvimento de todos os dentes; 
b. Hipodontia: termo genérico para dentes ausentes; 
c. Oligodontia (subdivisão da hipodontia): ausência de desenvolvimento de seis ou 
mais dentes; tendência genética (filhos, tios, primos); 
 
Hipodontia: anomalia mais comum; relacionada com a fase de iniciação e proliferação 
da lâmina dentária – ausência da lâmina dentária apropriada; geralmente 3º molares, 2º 
pré-molar e incisivos laterais superiores; incomum em decíduos; associada a 
microdontia; fatores ambientais e genéticos; associada a displasia ectodérmica 
hipoidrótica hereditária (Síndrome de Christ-Siemens-Tourane); presente em pacientes 
não sindrômicos com fenda labial ou fenda palatina. 
Tratamento: movimentação ortodôntica; exodontia e implante. 
A lâmina dentária é muito sensível a estímulos externos, e danos antes da formação do 
dente podem resultar em hipodontia – traumas, infecção, radiação, quimioterápicos, 
distúrbios endócrinos e intrauterinos graves foram associados à ausência dos dentes. 
 
Beatriz Galvão – Odontologia UFRN 
2 
 
Hiperdontia: desenvolvimento de um número maior de dentes, chamados de dente 
supranumerário; hiperatividade localizada e independente da lâmina dentária; 
geralmente são de um único dente, na dentição permanente e 95% ocorre na maxila – 
incisivos superiores, molares superior e inferior, PM, caninos; pode irromper ou não, ou 
assumir posição ectópica; teoria mais aceita é da hiperatividade da lâmina dentária; 
relacionada com macrodontia e predominância no sexo masculino. 
Podem ser adotadas outras dominações para “supranumerários”, como: mesiodente 
(região de incisivos superiores); distomolar/distodente (4º molar acessório); paramolar 
(dente posterior supranumerário situado na lingual ou vestibular de um molar). 
Síndromes associadas a hiperdontia: 
• Displasia cleidocraniana: clavículas hipoplásicas, crânio grande, achado 
radiográfico importante é a falta de erupção de vários elementos dentários, 
incluindo um número grande de supranumerários. 
• Síndrome de Down: macroglossia. 
• Gardner: dentes supranumerários, osteomas, pólipos intestinais, odontomas e 
dentes impactados. 
Dentes natais ou neonatais: os natais estão presentes no nascimento enquanto que os 
neonatais surgem em até 30 dias após o nascimento; mais comum em incisivos 
inferiores, incisivos superiores e dentes posteriores, respectivamente. 
• Úlcera de riga-fede: ulceração traumática dos tecidos moles que podem ocorrer 
durante a amamentação. 
 
Alterações de desenvolvimento do tamanho dos dentes: 
Microdontia: a microdontia isolada é comum, com diâmetro MD reduzido; incisivo 
lateral superior e 3º molares; a microdontia difusa é incomum, está relacionada com a 
síndrome de Down e com o nanismo hipofisário; a coroa é afetada mais a raiz tem 
comprimento normal; microdontia relativa → macrognatia. 
 
Beatriz Galvão – Odontologia UFRN 
3 
 
Macrodontia: macrodontia isolada é comum nos incisivos ou caninos – dificuldade na 
erupção e dentes mais suscetível à cárie; macrodontia difusa é rara e tem relação com o 
gigantismo hipofisário. 
 
Alteração de desenvolvimento na forma dos dentes: 
Geminação: tentativa de um único germe dentário de se dividir; resulta em um dente 
aumentado com coroa chanfrada, e geralmente uma raiz e um canal radicular em 
comum; dente único aumentado, a contagem dentária é normal quando o dente anômalo 
é considerado um. 
 
Fusão: união de dois germes dentários normalmente separados; resulta em dente unido 
com confluência de dentina; dente único aumentado ou unido (duplo) no qual a 
contagem dentária revela a falta de um dente quando o dente anômalo é contado como 
um. 
 
 
Beatriz Galvão – Odontologia UFRN 
4 
Concrescência: união de dois dentes pelo cemento, sem confluência da dentina; é a 
união, pelo cemento, de dois dentes formados, ligados ao longo das superfícies 
radiculares. 
 
Cúspides acessórias: 
a. Cúspide/tubérculo de Carabelli: cúspide acessória na palatina da cúspide 
mesiolingual dos molares superiores; decíduos ou permanentes. 
b. Cúspide em garra: cúspide adicional na superfície lingual de um dente anterior 
(cíngulo aumentado); incisivo lateral superior e incisivo central; rara na dentição 
decídua. 
 
Dente evaginado: consiste em uma elevação semelhante a uma cúspide de esmalte; 
localizado no sulco central ou na crista lingual da cúspide vestibular de pré-molares ou 
de molares; frequentemente, o dente evaginado é visto em associação com outra 
variação da anatomia coronária, os incisivos em forma de pá. 
Dentes invaginado (dens in dente): invaginação acentuada na superfície da coroa ou 
raiz limitada por esmalte; ILS, IC, PM, C, M, respectivamente; incomum na dentição 
decídua; no raio x podemos observar uma invaginação contornada por esmalte dando o 
aspecto de “um dente dentro de outro”; o dente invaginado é caracterizado por profunda 
invaginação da superfície da coroa ou da raiz que é limitada pelo esmalte. 
 
Beatriz Galvão – Odontologia UFRN 
5 
 
Esmalte ectópico: pérolas de esmalte; presença de esmalte em localizações incomum; 
estruturas hemisféricas de esmalte (podem conter dentina e polpa subjacentes); extensão 
cervical do esmalte; extensão triangular do esmalte a partir da junção amelocementária 
para a bifurcação de um dente molar; superfície vestibular dos molares. 
Taurodontia: aumento do corpo e da câmara pulpar de um dente multirradicular, com 
deslocamento apical do assoalho pulpar e da bifurcação das raízes; o grau de 
taurodontia pode ser classificado de acordo com o grau de deslocamento apical do 
assoalho pulpar: leve -hipotaurodontia, médio – mesotaurodontia e grave – 
hipertaurodontia. 
Síndromes associadas: Down, displasia ectodérmica. 
 
Hipercementose: deposição não neoplásica excessiva de cemento ao longo do cemento 
radicular normal; espessamento da raiz ou raiz rômbica – lâmina dura intacta; localizada 
ou generalizada; comum em PM; ocorre predominantemente em adultos e a frequência 
aumenta com a idade; implicação clínica: exodontia e movimentação ortodôntica; 
nenhum tratamento. 
 
Beatriz Galvão – Odontologia UFRN 
6 
 
 Está a associada a fatores locais e sistêmicos; em sistêmicos: Doença de Paget do osso: 
caracterizada pela reabsorção e deposição óssea anárquicas e anormais resultando em 
deformidade e enfraquecimento esquelético. 
Raízes supranumerárias: aumento do número de raízes nos dentes, comparado com 
aquele classicamente descrito na anatomia dentária; implicação clínica: endodontia 
(canais acessórios) e exodontia. 
 
 
Dilaceração: angulação anormal ou curvatura na raiz, ou menos frequentemente, na 
coroa do dente; é essencial a radiografia; fatores idiopáticos, traumáticos ou 
secundariamente a cisto ou tumor adjacente; implicação clínica: endodontia, ortodontia 
e exodontia. 
 
Beatriz Galvão – Odontologia UFRN 
7 
 
Anormalidades dentárias: anormalidades na formação do esmalte ficam 
permanentemente marcadas na superfíciedos dentes; o desenvolvimento do esmalte 
passa por 3 estágios: 
1. Formação de matriz orgânica; 
2. Mineralização da matriz; 
3. Maturação do esmalte; 
Nesses estágios, o período que ocorre a agressão aos ameloblastos tem grande 
importância na localização e aparência do defeito do esmalte. 
Hipoplasia de esmalte: defeito quantitativo, ocorrendo na forma de fossetas, ranhuras 
ou grandes áreas de ausência de esmalte; o período em que ocorre a agressão aos 
ameloblastos tem grande importância na localização e aparência do defeito do esmalte. 
 
Hipoplasia de Turner: observado em dentes permanentes; defeito do esmalte causado 
pela doença inflamatória periapical dos dentes decíduos sobrejacentes ou por trauma; 
fatores que determinam o grau de dano aos dentes permanentes pela infecção do dente 
decíduo: estágio de desenvolvimento dentário, período de tempo da infecção ativa, 
virulência dos organismos infecciosos e resistência do hospedeiro à infecção; 
 
Beatriz Galvão – Odontologia UFRN 
8 
 
Trauma: trauma do dente decíduo pode causar alteração significativa na dentição 
permanente; 45% de todas as crianças sofrem traumas nos dentes decíduos; ICS são os 
mais acometidos; o aspecto clinico das alterações varia em função da época e da 
gravidade do dano; superfície vestibular dos IC são mais acometidas devido a posição 
do ápice e germe dentário; zona de pigmentação branca ou amarelo-acastanhada com ou 
sem área horizontal de hipoplasia do esmalte. 
 
 
 
 
 
 
Hipoplasia causada por terapia antineoplásica: aumento no número de alterações de 
desenvolvimento; produz alterações clínicas em pacientes abaixo de 12 anos de idade, e 
mais extensamente em pacientes com menos de 5 anos de idade; as alterações mais 
frequentes: hipodontia, microdontia, hipoplasia. 
 
 
Beatriz Galvão – Odontologia UFRN 
9 
Alterações causadas por terapia antineoplásica: vários dentes exibindo rizomicria 
secundária à radioterapia e quimioterapia; raiz com tamanho menor que o normal. 
Fluorose dentária: flúor cria defeitos através da retenção das amelogeninas: 
hipomineralização; a gravidade da fluorose dentária é dose-dependente; ingestão de 
doses elevadas de flúor durante períodos críticos do desenvolvimento dentário – 
fluorose mais grave. 
• A superfície dentária alterada: áreas com esmalte branco, opaco e sem brilho, 
podendo apresentar áreas de pigmentação amarela ou marrom-escura. 
• Em virtude de outros diagnósticos, o diagnóstico definitivo de fluorose dentária, 
requer: defeitos bilaterais; simétricos; encontrar evidências de consumo 
excessivo de flúor; níveis elevados de flúor no esmalte ou outro tecido. 
 
 
Hipoplasia sifilítica: sífilis congênita-tríade: dentes de Hutchinson, ceratite ocular e 
surdez; incisivos de Hutchinson; molares em amora; a sífilis congênita resulta em um 
quadro de hipoplasia de esmalte. 
 
Amelogênese imperfeita: compreende um grupo complexo de condições que 
demonstram alterações de desenvolvimento na estrutura do esmalte na ausência de uma 
alteração sistêmica ou síndrome; ocorre uma alteração genética; alterações podem surgir 
em qualquer etapa de formação do esmalte; 
 
Beatriz Galvão – Odontologia UFRN 
10 
 Pode ser de herança autossômica dominante, autossômica recessiva (tipo mais 
grave, comprometimento de todos os dentes de ambas as dentições) ou ligada ao 
cromossoma X; ocorre acometimento difuso tanto dos dentes decíduos, como 
dos permanentes, na grande maioria. 
 Estética comprometida; alteração de cor: branco-opaco ao amarelo marrom 
(dente para dentes, paciente para paciente); aumento da prevalência de cárie; 
perda da estrutura do esmalte (dimensão vertical). 
Hipoplásica: alteração básica se concentra na deposição inadequada da matriz de 
esmalte – o padrão pode ser generalizado ou localizado. 
Hipomaturada: ligadas ao cromossoma X ou são autossômicas recessivas; contém 
proteína residual; matriz de esmalte apropriadamente depositada; ocorre mineralização; 
defeito na maturação; forma normal, manchas opacas, brancas, marrom ou amarelas. 
Hipocalcificada: na maioria é autossômica dominante; falta de proteína, anormalidades 
mais graves; matriz de esmalte apropriadamente depositada; não ocorre mineralização 
significante; esmalte mole e facilmente perdido; marrom, amarelado, alaranjado, 
marrom negro; alguns fatores preferem chamar de hipomineralizada para ambas as 
variantes. 
Principais problemas enfrentados com a amelogênese imperfeita são: estética, 
sensibilidade dentária, perda da dimensão vertical, aumento da prevalência de cárie, 
mordida aberta anterior, erupção retardada, impactação dentária. 
 
Dentinogênese imperfeita: distúrbio de desenvolvimento da dentina na ausência de 
desordem sistêmica; todos os dentes de ambas as dentições são afetados – decídua: mais 
afetada; mutação no gene da sialoproteína da dentina; radiograficamente: dentes c/ 
coroas bulbosas. 
Tipos: DI Tipo I – Associada a osteogênese imperfeita; DI Tipo II – apenas alteração 
dentária; DI Tipo III – Tipo Brandywine (tipo raro). 
Osteogênese imperfeita: doença caracterizada por fragilidade óssea causada por 
defeito qualitativo ou quantitativo de colágeno tipo 1

Outros materiais