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TRABALHO BEHAVIORISMO

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INTRODUCÃO
No seguinte trabalho estaremos abrangendo as ideias mais relevantes da abordagem do Behaviorismo. Nele apresentaremos o Behaviorismo Metodológico, o Behaviorismo Radical e o Behaviorismo Social Cognitivo e seus respectivos autores, com o objetivo de buscar um entendimento e visão global e específica da abordagem em questão, e sermos capazes de compartilhar tais conhecimentos com nossos colegas da vida acadêmica. A seguir explicaremos a grandes rasgos a abordagem.
O Behaviorismo, surgiu em oposição ao mentalismo e ao introspeccionismo, como uma nova proposta para a Psicologia, tomando como objeto de estudo, o comportamento.
Buscava prever e moldar cientificamente o comportamento humano. Em certo ponto, trouxe esperança para às pessoas desencantadas com as ideias antigas. Por ser uma abordagem antagonista à Psicologia da época e considerada como inovadora, o Behaviorismo foi muito popular, ao mesmo tempo, rejeitado por um grande grupo. 
Pode se dizer que o Behaviorismo começou com Ivan Pavlov e o condicionamento clássico, o reflexo condicionado e o seu famoso experimento com cães, no qual era colocado um estímulo (alimento) para o cão, ao qual, naturalmente a resposta a esse estímulo seria, a salivação. Logo, era colocado um estímulo neutro ou agente indiferente (o som da campainha) o que é apresentado junto com o alimento repetidas vezes (condicionamento). Como consequência, o cão começa salivar somente com o som da campainha. Em conclusão, um estímulo que não tem nada a ver com a comida, passa a ser capaz de provocar modificações digestivas. 
Watson, é inspirado pelo trabalho desse fisiólogo e segue aprofundando-se em seus estudos no âmbito metodológico. A meta era reduzir todo comportamento em unidades de estímulo-resposta.
Assim também, Watson, se mostra descontento com como a Psicologia estava sendo abordada, crítica abordagens como a Psicologia Estrutural, e o Funcionalismo. Escreve o seguinte em seu livro, “Psicologia como um behaviorista a vê”...
“Creio ser possível criar uma psicologia definindo-a assim como Pillsbury, mas sem voltar atrás na definição, ou seja, jamais usando os termos consciência, estados mentais, mente, conteúdo, verificável por introspecção, imagem e outros afins. A definição pode ser feita em termos de estímulo e resposta, de formação de hábito, integrações de hábitos e outros...”
Efetivamente, esta abordagem não tem nada a ver com a Psicanálise, ela se remete ao estudo do comportamento do individuo e não aquilo que ele pensa ou anseia. As questões internas ficam de lado, se valoriza o estímulo e a resposta, e é a traves deles que será possível ter a caracterização do comportamento e até a modificação do mesmo. 
Com tudo, no Behaviorismo se afirma que: “qualquer pessoa, sem importar sua natureza, pode ser treinada para ser qualquer coisa.”
Watson foi um pouquinho mais longe, fala em um trecho do seu livro Behaviorismo, que se lhe dessem uma dezena de bebês saudáveis para cria-los, escolheria um, aleatoriamente, para treina-lo e torna-lo especialista de qualquer área, independentemente do talento, da propensão, da tendência, habilidade, vocação, de raça de seus ancestrais. (Watson, 1930, p.104)
Posteriormente mencionaremos as ideias e métodos do Behaviorismo Metodológico de Watson, Behaviorismo Radical de Skinner e mais a diante o Behaviorismo Social de Albert Bandura.
BEHAVIORISMO METODOLOGICO DE WATSON
John B. Watson (1878-1958) é conhecido como o pai e fundador do Behaviorismo Metodológico.
Nascido em Carolina do Sul, filho de pai violento, com uma vida desregrada, que fugiu com outra mulher quando John tinha 13 anos, nunca o perdoou, por outro lado, sua mãe, extremamente religiosa, o fez prometer que se converteria em pastor, promessa que guardou até o falecimento dela. 
Watson, teve uma infância difícil, não ia bem na escola e era considerado um delinquente, um individuo indolente, propenso a discussões e de temperamento impulsivo. Acabou-se formando na Universidade de Chicago. 
 	Watson, que seguiria a ideia do positivismo, afirmava que a traves do Behaviorismo, seria possível prever e controlar toda a conduta humana, com base no estudo do ambiente onde o individuo vive. 
Dessa forma, define Behaviorismo como uma aproximação metodológica aos problemas da Psicologia. Apresentava conceitos como Estímulo – Resposta e mostra como uma resposta pode ser condicionada a um estímulo específico. 
Watson, insistia que a Psicologia se limitasse aos dados das ciências naturais, ao que fosse possível de observar, em outras palavras, devia limitar-se ao estudo objetivo do comportamento usando métodos objetivos e rígidos de investigação. De tal maneira que os experimentos pudessem ser realizados em qualquer laboratório. Tais métodos incluíam:
- A observação, com ou sem instrumentos,
- Métodos de teste, mediam as respostas do individuo à situação do estímulo de ser submetido ao teste.
- Método de relato verbal, as reações orais, por serem observáveis objetivamente, seriam como qualquer resposta motora, “falar é fazer” 
- Método do reflexo condicionado, como substituição à introspecção.
Assim também, Watson argumentava que os conceitos psíquicos e mentais não serviam de nada para uma ciência como a Psicologia, acreditava que o objetivo de estudo da Psicologia deveria ser o comportamento e não a consciência. Para ele, conceitos como a imaginação, julgamento e raciocínio não deveriam ser tomados como objetos de estudo. 
As “emoções”, para Watson, eram simplesmente, respostas corporais a estímulos. A emoção seria uma forma de comportamento implícito em que as respostas internas se evidenciam.
Por outro lado, os “instintos” seriam respostas condicionadas socialmente. Watson, eliminou o conceito de instinto, junto com os talentos, temperamento ou capacidade herdada. Com relação aos “processos de pensamento”, Watson tentou reduzir o pensamento a “comportamento motor implícito”. Partia do princípio de que o comportamento do pensamento envolvia movimentos ou reações de fala implícitas. O pensamento se transforma em uma forma de conversação silenciosa. 
Watson é lembrado como uma figura carismática que projetava suas ideias com entusiasmo, otimismo e autoconfiança. Assim também como um orador muito eloquente e persuasivo que desprezava a tradição e rejeitava a psicologia corrente. Qualidades que, até certo ponto, provocaram aceitação do seu Behaviorismo. 
Foi assim, que graças a sua rede de contatos renomados e a sua notoriedade, foi eleito presidente da APA, American Psychological Association. 
O seu trabalho é marcado por um grande interesse na Psicologia Animal. Utilizava animais nos seus experimentos para obter hipóteses do comportamento humano. 
Foi conhecido com artigos como “A Psicologia como o behaviorista a vê” e o “Manifesto behaviorista” no qual ele falava qual deveria ser o enfoque da Psicologia. 
Em 1920, seu interesse muda para o estudo de crianças. Watson propõe que os bebês nascem com apenas três reações básicas: Amor, Raiva e Medo e é por meio delas que o ambiente, tanto externo como interno, seria responsável pela formação de hábitos. 
Surge o experimento de “Albert e o Martelo”:
 Albert, um bebê de 8 meses, passa por experimentos nos quais, Watson descobre os estímulos que provocariam as reações básicas no Albert. Ao estímulo de carinho a resposta seria amor; ao estímulo de imobilização, a resposta seria raiva e a resposta do medo viria de um barulho forte ou da perda súbita de apoio. Estas três, seriam as únicas respostas emocionais inatas, não aprendidas.
No experimento, o pequeno Albert teve uma resposta não condicionada, o medo ao barulho alto.
Watson, por sua vez, quis provocar uma resposta condicionada a partir da resposta não condicionada. Para isso, ele começa a combinar a visão de um rato branco com o barulho, não tardou para que Albert associara o medo do barulho ao ratinho. Como consequência, toda vez que Albert via o ratinho branco ele respondia com medo, mas não parou com o ratinho, o pequeno começoua manifestar medo com qualquer animal de pelo branco e até, com casacos peludos. 
Watson, concluiu que nossos medos, ansiedades e fobias devem ser respostas condicionadas que foram estabelecidas na infância e permanecem por toda a vida nas nossas vidas. 
Watson, publica seu livro “Os cuidados psicológicos com a criança” em 1928, no qual aconselha, rigidamente, que pais evitem as demonstrações de afeto com seus filhos, com a finalidade de controlar seus comportamentos. Acreditava que, se podia criar os filhos como experimentos científicos, chegou a propor que a sociedade parasse de procriar por vinte anos para poder, de certa forma, “resetar” a sociedade se baseando no argumento de que, para ele, os pais eram incompetentes e as crianças, no começo do século XX, não eram felizes. Considerando, como crianças felizes, aquelas que controlavam suas emoções e comportamentos, que eram capazes de superar as dificuldades de modo independente e sem demostrar sofrimento.
Posteriormente Watson, admite que sabia muito pouco sobre a criação de filhos para ter escrito o que escreveu. Com tudo, o fracasso da aplicação das propostas de Watson no livro, repercutiu como um atestado da ineficiência da sua proposta psicológica, o que reforçou o contexto crítico e polemico que envolveu o movimento behaviorista. (CARRARA, 2005)
Foi assim que Watson criou seus filhos, sem expressar sentimentos, e de maneira distante, acreditando, como behaviorista que as risadas eram um sinal de desajuste. Vale acrescentar, que essa forma de educar, não foi exatamente um sucesso na sua família, considerando que seus filhos sofreram de depressão e com impulsos suicidas. (apud Simpson, 2000, p.65) (apud Hartley e Commire, 1990, p.273)
Watson é afastado do seu trabalho como acadêmico, como consequência do escândalo da sua infidelidade com a sua assistente, que deu fim ao seu casamento. Desempregado foi levado a procurar outros caminhos, chegou assim, na área da propaganda e o marketing, área na qual foi muito bem sucedido e conseguiu usar e desenvolver seus conhecimentos na predição e controle do comportamento humano. Nele, atingia o medo, raiva e amor com o intuito de influenciar, dessa forma, uma necessidade psicológica. Para ele, o comportamento humano era igual ao da máquina. Afirmava que para controlar o consumidor,
Basta apresentar-lhe um estímulo emocional condicional ou fundamental... dizer-lhe algo que se relacione com o medo, que provoque uma leve ira, que incentive uma reação apaixonada e efetiva, ou que capte uma profunda necessidade psicológica ou de hábito. (apud Buckley, 1982, p212)
Watson, se aposenta com 67 anos, em 1945 e termina seus dias homenageado pela APA em 1957, como um dos autores mais importantes da H. da Psicologia. 
Por outro lado, as propostas de Watson e Rayner para reverter o condicionamento precederam práticas terapêuticas futuras, apesar de que, Mary Cover Jones, despertou seu interesse pelo assunto e fez o experimento com um menino de 3 anos, chamado Peter, com a finalidade de reverter o medo que manifestava por coelhos, tendo sucesso. Assim também, a Terapia Cognitivo Comportamental (CBT) praticada atualmente, com bons resultados experimentais. 
E, para quem ainda se pergunta, hoje em dia experimentos passam por comitês de ética, que não aprovariam a condução de experimentos como o do Pequeno Albert. Ainda que há não tanto tempo outros experimentos duvidosos tenham sido realizados.
BEHAVIORISMOS RADICAL DE SKINNER
Skinner, nascido em Susquehanna, na Pensilvânia, cresceu em ambiente estável e de muito afeto. Se formou na mesma escola de ensino médio em que seus pais se formaram em sua formatura havia somente sete colegas. Quando criança, gostava de construir vagões, jangadas, aeromodelos, chegando a montar uma espécie de canhão vapor para atirar pedaços de cenoura e batata sobre o telhado. Gostava de ler sobre os animais e mantinha diversas espécies, inclusive realizou treinamentos em pombos para realizar alguns truques. 
Durante décadas foi o psicólogo mais influente do mundo, morreu em 1990, deixando como marco alguém que marcou a psicologia para sempre.
A obra de Skinner é a expressão mais célebre do Behaviorismo que dominou o pensamento e a prática da psicologia, em escolas e consultórios, até os anos de 1950. O behaviorismo restringe ao estudo do comportamento, tomado pelo conjunto de reações dos organismos aos estímulos externos, com o principio de que só é possível teorizar e agir sobre o que é cientificamente observável.
A teoria de Skinner baseia – se na ideia em que o aprendizado ocorre em função de mudança no comportamento manifesto, mudanças no comportamento são o resultado de uma resposta individual a eventos (estímulos) que ocorrem no meio, produzindo uma resposta. Quando um padrão particular Estimulo–Resposta é reforçado o individuo é condicionado a reagir. A característica que distingue o condicionamento operante em relação ás formas de behaviorismo é que o organismo pode emitir respostas, em vez de só obter respostas devido ao estimulo externo.
O reforço é o elemento chave para Skinner. Um reforço é qualquer coisa que fortaleça a resposta desejada, podendo ser um elogio verbal, uma boa nota, ou um sentimento de realização ou satisfação crescente. A teoria também cobre reforços negativos uma ação que evita uma consequência negativa.
Metodologia 
O referido trabalho é de natureza bibliográfica com abordagem que teve inicio a partir das fundamentações teóricas do autor Skinner, utilizando como pesquisa de dados observações em sala de aula, anotações e o libro história da psicologia moderna.
As transformações do pensamento de Skinner
Desde suas primeiras publicações, em 1930 nas véspera de sua morte, Skinner desenvolveu uma verdadeira visão de mundo (Michael, 1980), que aborda as mais diversas questões (ética, educação, organização social, cultura etc.) de um ponto de vista muito particular. Essa extensa obra, como qualquer outra de seu porte, é perpassada por aspectos unificadores, mas também por transformações.
Por um lado, pode-se afirmar que toda a sua obra é marcada por alguns pontos gerais que parecem permanecer inalterados:
O estabelecimento do objeto de estudo - o comportamento; a suposição do comportamento como determinado; a pretensão de fazer uma análise científica do comportamento a partir da noção de ciência proposta pela ciência natural; o estudo realizado a partir do dado empírico; o afastamento de toda metafísica do saber científico; a proposta de previsão e controle (Micheletto, 2001, p. 30).
Essas marcas, por outro lado, além de muito genéricas, tiveram seu sentido alterado ao longo da obra de Skinner. Como esperamos demonstrar no decorrer deste texto, ao menos dois grandes momentos podem ser distinguidos nesse processo. Por um lado, um período inicial englobando aproximadamente os anos de 1930-38, em que o autor, como ele próprio admitiria depois (Skinner, 1989/1995b, p. 176), ainda "estava comprometido em demasia com o `reflexo'" em termos da sua noção de comportamento (apesar de as suas investigações o terem conduzido à formulação do conceito de operante ainda em 1937) e onde a influência de uma concepção de ciência adotada pela Física era proeminente. Por outro lado, em um período posterior, em que seu foco de interesse recai mais sobre o comportamento operante, suas concepções vão gradualmente amadurecendo e sua noção de ciência passa a ser mais marcadamente influenciada pelas noções da Biologia. Esses dois momentos, entretanto, se imbricam no desenvolvimento da obra skinneriana: pode-se perceber a presença de certas concepções do período inicial nos escritos posteriores de Skinner e interpretar algumas mudanças de concepção como um desenvolvimento do próprio pensamento do autor.
Essas alterações, em alguns dos fundamentos filosóficos da sua visão de mundo, podem ser responsáveis, porém, por parte das interpretações errôneas do comportamentalismo radical. É para uma breve análise dessas transformações no pensamento de Skinnerque agora nós voltamos.
O período inicial e as influências da física
A adesão de Skinner ao comportamentalismo e seu consequente ingresso na pós-graduação em Psicologia de Harvard (em 1928) podem ser atribuídos, em grande parte, a sua leitura do livro "Behaviorismo", de John B. Watson (Skinner, 1989/1995b). De fato, podemos admitir, com o próprio Skinner, que, desde o início, a sua concepção de Psicologia, de estudo do comportamento, era muito semelhante àquela proposta por Watson em seu famoso artigo de 1913: "Segundo o ponto de vista comportamentalista, a Psicologia é um ramo puramente objetivo e experimental da ciência natural. Seu objetivo teórico é a predição e o controle do comportamento" (citada por Skinner, 1989/1995b, p. 165). Foram as aspirações de uma ciência do comportamento voltada para a previsão e o controle que o motivaram a ingressar na Psicologia. Assim, desde o princípio, Skinner pretendia levar a cabo uma análise científica do comportamento a partir de uma noção de ciência fortemente inspirada nas ciências naturais (Micheletto, 2001). Cabe assinalar, entretanto, quais seriam, mais especificamente, as principais influências que convergiram para moldar a forma como ele empreenderia essa aspiração.
O modelo de ciência que inicialmente vai influenciar Skinner é aquele associado às transformações por que a Física passava no final do século XIX e início do século XX e às críticas que, nessa época, se levantavam contra o modelo mecanicista fundado na Física newtoniana (Micheletto, 2001). O modelo mecanicista explicava os eventos do mundo em termos da ação causal de forças diversas, no tempo e no espaço, sobre a matéria. Cada coisa se moveria devido à interação mecânica com outras coisas, todas sujeitas a um conjunto de forças. Nesse modelo, além disso, considerava-se que a realidade possuísse existência independente do sujeito que a experiência e o princípio de explicação dessa realidade deveriam ser sempre baseados em um mecanismo. Foram essas noções que acabaram por levar à elaboração de conceitos especulativos, interpretativos ou até metafísicos na busca por tais explicações sempre baseadas em mecanismos.
Ciência e comportamento humano
Seguindo o desenvolvimento da obra de Skinner, cabe questionar se, em 1953, com a publicação de Ciência e Comportamento Humano, suas concepções de ciência e comportamento humano teriam se diferenciado das de seu período inicial. Outras influências sobre o seu pensamento podem ser vislumbradas? Que outras concepções próprias podem ser aí destacadas?
Logo nas primeiras páginas do livro, na "Apresentação da edição brasileira", Skinner enfatiza a necessidade de o conhecimento ser útil e ter um significado prático. Para ele, a ciência poderia e deveria ser um "corretivo" para os problemas humanos (Skinner, 1953/1970, cap. I). Esse argumento é uma constante em toda a obra de Skinner. Suas principais justificativas para o empreendimento de uma ciência do comportamento humano são os resultados práticos para a sociedade - daí a ênfase na predição e no controle. Essa ideia nos serve para, primeiramente, ressaltarmos a importância da ciência para a sociedade no pensamento skinneriano.
O estudo científico do comportamento humano
Uma compreensão mais clara da noção de ciência desenvolvida por Skinner nessa obra pode ser obtida a partir das suas concepções sobre o estudo (científico) do comportamento humano.
Ao tratar do tema, Skinner começa enfatizando a extrema complexidade desse objeto de estudo. Ressalta que essa é uma das objeções normalmente levantadas contra a possibilidade de uma ciência do comportamento e descarta-a por considerar que: 1) "da complexidade não se segue a autodeterminação" (Skinner, 1953/1970, p. 20); 2) nada se pode afirmar sobre os limites das investigações desse objeto até que tenhamos tentado, e, mais importante, 3) pode-se simplificar as condições em laboratório ou através de análises estatísticas. A importância das técnicas experimentais e matemáticas para o estudo do comportamento (mesmo sem serem consideradas essenciais), aqui novamente ressaltadas pelo autor, deve ser marcada como uma das características do seu pensamento. O estabelecimento de relações quantitativas entre as variáveis em estudo, obtidas após um adequado controle das condições experimentais, parece ser a via privilegiada de descrição científica para Skinner. No estudo das variáveis que controlam o modo como os organismos se comportam, assim, "qualquer condição ou evento que tenha algum efeito demonstrável sobre o comportamento deve ser considerada" (Skinner, 1953/1970, p. 21). Essas condições (ou eventos) deveriam ser descobertas e analisadas, preferencialmente, de forma quantitativa.
Tendo delimitado o tipo de análise que a ciência deveria empreender, o autor passa a especificar mais claramente quais seriam as variáveis das quais o comportamento é função. As variáveis a serem consideradas deveriam ser aquelas ao alcance de uma análise científica, aquelas que estão fora do organismo, em seu ambiente imediato e em sua história ambiental. [Aquelas que] possuem um status físico para o qual as técnicas usuais da ciência são adequadas e permitem uma explicação do comportamento nos moldes da de outros objetos explicados pelas respectivas ciências (Skinner, 1953/1970, p. 26, grifo do autor).
E quanto às variáveis ou condições internas (tanto psicológicas quanto fisiológicas)? Qual o seu papel numa ciência do comportamento? Essa é uma questão fundamental e recorrente na obra de Skinner. Lembremos que uma de suas convicções ao começar a estudar o comportamento, já na década de 1930, era estudar o comportamento do organismo como um todo, sem recorrer a estruturas fisiológicas ou psicológicas mediadoras. Vamos alongar-nos um pouco nesse ponto, tratando do modo como o autor lida com ele em 1953.
Seu argumento parte da afirmação de que a relação do organismo com o ambiente pode ser entendida como o encadeamento causal de três elos: uma operação externa ao organismo (por ex., privação de água), uma condição interna (por ex., sede fisiológica ou psicológica) e uma resposta (por ex., beber água). Assim, teoricamente, poderíamos prever o terceiro elo a partir do segundo. Lidar com as condições internas do organismo (que precedem imediatamente ao comportamento) seria inclusive preferível, do ponto de vista da previsão e do controle, por ser essa uma variável temporalmente próxima. O problema com esse tipo de variável é que não temos ainda como obter dados independentes e confiáveis sobre ela. Daí, que, em geral, infere-se o segundo elo ou do primeiro ou do terceiro. Para o autor, esse é o método mais censurável, tanto prática quanto teoricamente.
Mesmo que conseguíssemos contornar tal problema e manipular com segurança as condições internas que precedem imediatamente o comportamento, porém, "ainda teríamos de lidar diretamente com aquelas enormes áreas do comportamento humano controladas através da manipulação do primeiro elo" (Skinner, 1953/1970, p. 28). Sua conclusão é que "A objeção aos estados interiores não é a de que eles não existem, mas a de que não são relevantes para uma análise funcional" (p.28). As informações sobre o segundo elo dessa cadeia podem esclarecer a relação entre os outros dois elos - que é, esta sim, útil para a previsão e o controle - mas não podem alterar essa relação.
Em suma, em Ciência e Comportamento Humano, delineia-se uma concepção mais completa de ciência, que apresenta diversas continuidades com as noções do período inicial. A adesão a definições operacionais e a uma concepção de explicação que a iguala à de descrição de relações funcionais entre variáveis permanece como uma herança já daquele período. Skinner também parece manter uma concepção da ciência como um modo de produção de conhecimento que não se restringiria a alguns objetos de estudo, que abarcaria tanto a Física quanto a Biologia e a Psicologia, por exemplo. O que aparece de novo em 1953 é a afirmação mais clara da ciência como meio privilegiado de intervenção na realidade, de resoluçãode problemas sociais. Uma ciência do comportamento seria uma necessidade para a solução dos problemas sociais - e tiraria daí uma de suas principais justificativas.
Aqui, Skinner também aborda mais especificamente o comportamento humano, e aí podemos ver todo um campo de discussão que, pelo menos, não era explícito no início da sua carreira. Um conjunto de concepções próprias utilizadas na abordagem desse objeto torna-se aqui de grande importância: o conceito de comportamento operante é amplamente utilizado e chega a ser predominante no livro; as análises que utilizam o conceito de comportamento verbal também são abundantes; a importância do comportamento social para as ações humanas é destacada (toda uma seção do livro - "O comportamento de pessoas em grupo" -é dedicada ao assunto), e as questões relativas à descrição, evolução e planejamento de culturas ocupam outra grande parte do livro. Skinner ressalta, além do mais, a extrema complexidade desse objeto de estudo - afirmação tantas vezes omitida por seus críticos - e sugere, para lidar com isso, a simplificação experimental das condições envolvidas. Vale a pena notar que, apesar de a ciência do comportamento a que Skinner se refere durante todo o livro ser a Análise Experimental do Comportamento, suas interpretações e comentários extrapolam grandemente o escopo das investigações produzidas nesse âmbito.
 As influências da biologia e os pontos fundamentais da proposta skinneriana sobre a ciência e o comportamento
Podemos perceber, ao longo do desenvolvimento da obra de Skinner, uma ampliação da sua concepção de objeto de estudo (Micheletto, 2001). Um primeiro marco importante nesse sentido é a elaboração do conceito de comportamento operante, em 1937. Com este, o sentido da ação dos organismos se amplia para englobar a operação dos organismos sobre o mundo e o efeito das suas conseqüências sobre as ações futuras.
Um segundo momento que podemos destacar é aquele em que Skinner explicita mais claramente as diferenças entre o seu projeto de ciência e os dos outros comportamentalismos, com a publicação do artigo "The operational analysis of psychological terms",5 em 1945 (Tourinho, 1987). É aí que fica bem marcada sua oposição a uma concepção de verdade por consenso público (acatada pelo comportamentalismo metodológico). A aceitação de um fenômeno ou de um conceito por uma ciência do comportamento não é mais vinculada a sua acessibilidade a pelo menos duas pessoas; o fundamental passa a ser se o cientista pode operar eficazmente com ele - trata-se de um critério mais instrumental, pragmatista (Tourinho, 1987). A interpretação6 é postulada como um método legítimo da ciência. É ainda naquele mesmo artigo (de 1945) que Skinner, como uma derivação dessa sua concepção de verdade, deixa claro que os eventos privados (conjunto de eventos e comportamentos que ocorrem sob a pele do indivíduo) incluem-se como objetos legítimos de estudo de uma ciência do comportamento.
Um terceiro momento significativo no processo de ampliação do seu objeto de estudo envolve a incorporação do comportamento verbal e da importância do ambiente social para o estudo do fazer humano - que pode ser simbolicamente marcado pelo lançamento do livro "O Comportamento Verbal" (Skinner, 1957/1978), mas que já se encontra presente ao menos desde 1953 (Skinner, 1953/1970). É aí que toda uma ampla gama de aspectos da ação humana vai ser definitivamente abarcada pelo pensamento skinneriano: questões relativas à cultura, à moral, à dinâmica da própria comunidade científica, etc.
Paralelamente à expansão do objeto de estudo, vamos assistir também a uma ampliação das determinações do comportamento alegadas por Skinner. Partindo de uma determinação mais restrita e imediata logo no começo de sua obra (associada à sua ênfase inicial no conceito de reflexo), passando por uma ampliação com a invenção7 do conceito de operante (já presente em 1953), a concepção da determinação ambiental do comportamento vai acabar sendo definida (no período pós-1953) como resultado da interação entre as histórias filogenética (seleção natural), ontogenética (condicionamentos) e cultural (evolução cultural) do indivíduo.
Tais mudanças no modo de encarar a ação humana - expansão do objeto de estudo pertinente a uma ciência do comportamento e ampliação de suas determinações - podem ser entendidas como resultado de uma influência crescente da Biologia sobre o pensamento de Skinner. Segundo Micheletto (2001):
Esse novo significado dado ao fazer se vincula às influências das ciências biológicas, especificamente a teoria da evolução por seleção natural, que trazem para o comportamento um novo conjunto de pressupostos. As referências aos supostos da teoria da evolução por seleção natural começam a aparecer a partir da distinção entre reflexos respondentes e operantes. A vinculação com a seleção natural vai ficando cada vez mais explícita e abrangente. Se de início Skinner busca na seleção natural os princípios que orientam sua concepção de objeto, gradualmente esses princípios se estendem à própria noção de causalidade (p. 38).
Seriam ao menos quatro as características das espécies propostas por Charles Darwin que teriam contribuído para a noção skinneriana de comportamento (Micheletto, 2001): 1) elas não são imutáveis - ao contrário, são produtos momentâneos de um constante processo de transformação; 2) a variabilidade interna é uma condição essencial para a evolução, a seleção (sobrevivência) de variedades mais bem adaptadas ao ambiente; 3) essa seleção ocorre a partir da utilidade, da eficiência de uma variação em relação a um dado ambiente; 4) os organismos não podem ser entendidos isoladamente do ambiente em que vivem, aí incluídas suas relações com outros membros da espécie e com outras espécies distintas. São esses mesmos supostos básicos que encontramos na concepção de comportamento de Skinner, que o considera um objeto: 1) em constante transformação; 2) essencialmente variado (cada instância de comportamento, cada resposta particular, é única, não é igual a nenhuma outra); 3) que tem suas unidades selecionadas por sua eficiência em lidar com o mundo, e 4) que não pode ser entendido sem referência ao ambiente em que ocorre (genético, físico e social).
A influência das ciências biológicas também se estende à noção de causalidade adotada por Skinner após a elaboração do conceito de operante (Micheletto, 2001). A noção de seleção pelas conseqüências implicou, desde o início de seu uso por Skinner, um afastamento ainda maior de uma causalidade mecanicista do comportamento. Pelo menos dois importantes aspectos podem ser enumerados para confirmar tal assertiva: a seleção pelas conseqüências é uma forma de causalidade muito menos visível do que aquela da Física do século XIX (e muito mais complexa), e é uma forma de combater as noções metafísicas que se infiltraram na mecânica clássica e que orientaram concepções mentalistas de uma mente criadora (Micheletto, 2001). Vale lembrar que essa forma de causalidade foi estendida por Skinner aos três níveis de determinação do comportamento (filogênese, ontogênese e cultura) - todos explicados em termos selecionistas (Tourinho, 2003).
Criticas
As criticas ao behaviorismo de Skinner tinham como alvo o seu extremo positivismo e a oposição á teoria, a qual seus oponentes alegavam ser impossível eliminar completamente. O planejamento prévio dos detalhes de um experimento é uma evidencia da teorização, mesmo sendo uma teoria simples.
Skinner emitia afirmações ousadas a respeito das questões econômicas, sociais, politicas derivadas do seu sistema, chegou a escrever em 1986 um artigo com o titulo bem abrangente “O que há de errado com a vida o mundo ocidental”. Afirmava que o comportamento humano ocidental se enfraquecera, mas pode ser fortalecido com a aplicação dos princípios derivados da analise experimental comportamental.
A afirmação de Skinner de que todo comportamento é aprendido foi rebatida pelo trabalho de treinamento animal dos Brelands, eles constataram que o porco, a galinha,o hamster, o boto, a baleia, a vaca e outros animais demonstraram uma propensão á transferência instintiva ou seja que tendiam a substituir o comportamento instintivo pelo comportamento reforçado, mesmo que o comportamento instintivo interferisse na obtenção de comida.
As visões de Skinner sobre o comportamento verbal e a explicação sobre como a criança aprendia a falar também foram contestadas. Os críticos insistiam em afirmar que alguns comportamentos seriam inatos.
BEHAVIORISMO SOCIAL COGNITIVO DE ALBERT BANDURA
Na abordagem Behaviorista o psicólogo Bandura e como outros seguidores eram bem distintos de Skinner ,eles questionavam a visão de não considerar os processos mentais ou cognitivos, propunham em seu lugar uma aprendizagem social ou sociobehaviorista.
Albert Bandura(1925)
Nasceu no Canadá, em 4 dezembro de 1925 uma cidade tão pequena que a escola de ensino médio que estudou tinha apenas vinte alunos. Depois de se formar trabalhou na construção civil no território Yukon, estando no meio de diversas pessoas, com várias características de personagens , Bandura desenvolveu rapidamente uma profunda admiração pela psicopatologia da vida cotidiana. Recebeu PHD da lowa University, em 1952, e tornou-se professor da Stanford University. No início da década de 1960, propôs uma versão de Behaviorista que inicialmente definira como sociobehaviorismo, mas posteriormente chamou de abordagem cognitiva social(Bandura 1986).
A Teoria Social Cognitiva
A teoria de Bandura era menos radical que de Skinner, ofereceu um verdadeiro impacto do renovo interesse da psicologia nos fatores cognitivos. Sua pesquisa tinha como meta observar o comportamento dos indivíduos durante a interação. Além de ser uma teoria Behaviorista, o sistema de Bandura era cognitivo, enfatizava a influência dos esquemas de reforço externo dos processos de pensamento, tais como crenças, expectativas e instrução.
Dando a origem a aprendizagem por meio do Reforço Vicário: mediante a observação tanto do comportamento das outras pessoas como das suas consequências, parte do princípio de que somos capazes de antecipar e avaliar as consequências que observamos nas outras pessoas, mesmo não passando pela mesma experiência .
Na opinião de Bandura não é o esquema de reforço em si que produz efeito mudança do comportamento de uma pessoa conforme afirmava Skinner, mas o que ele pensa desse esquema. A aprendizagem ocorre não pelo reforço direto, mas por meio de “modelos ,” observando o comportamento de outras pessoas e nele fundamentando os próprios padrões.
As pesquisas completas de Bandura sobre as características dos modelos que influenciam o comportamento humano mostra que a tendência do individuo é modelar o próprio comportamento com base nas pessoas do mesmo sexo e idade, ou seja nos semelhantes que conseguiram os problemas similares aos nossos. Há uma propensão também de se deixar impressionar por modelos de prestígio e status superiores ao nosso. O tipo de comportamento envolvido afeta a amplitude da imitação, a hostilidade e a agressividade tendem ser muito imitadas, principalmente pelas crianças (Bandura 1986). A mídia tem um peso muito relativo na vida real do comportamento das pessoas, muitas vezes determinam o comportamento. A abordagem de Bandura consiste em uma teoria de aprendizagem social, porque estuda a formação e modificação do comportamento nas situações sociais, afirmava que os psicólogos não devem considerar relevantes para o mundo moderno as descobertas de pesquisas que ignorem as interação social.
A aprendizagem por observação envolve quatro elementos:
1. Atenção. Existe uma seleção àquilo que prestamos atenção, o que é crucial para se aprender por observação. Essa seleção é feita em função das características do modelo (estatuto/prestígio, competência, valência afetiva), do observador e da atividade em si.
2. Retenção. A informação observada é codificada, traduzida e armazenada no nosso cérebro, com uma organização em padrões, em forma de imagens e construções verbais. Deve possuir o que se designa por prática coberta (ser capaz da repetição imagética ou preposicional de procedimentos que observou ou de regras) e do que se designa de prática comportamental (ser capaz da execução repetida e sistemática dos procedimentos que observou)
3. Reprodução. Consiste em traduzir as concepções simbólicas do comportamento armazenado na memória nas ações correspondentes. Pode haver dificuldades nessa tradução (ex. inabilidades físicas) e por isso, deve-se facilitar a execução correta, quando se está a ensinar alguém.
4. Motivação e os Interesses. Bandura defende que a aquisição é um processo diferente da execução. Então para que um determinado comportamento aprendido seja executado, deve-se estar motivado para fazê-lo, o que pode ser alcançado através de incentivos. Experiências demonstram que um modelo de comportamento recompensado tem mais probabilidades de ser imitado pelos observadores do que um modelo cujas consequências não eram recompensadoras ou mesmo penalizadoras.
Experimento João Bobo
Para o experimento, cada criança foi exposta a um cenário individualmente, para não haver influências ou distrações. A primeira parte dos experimentos envolveu levar um criança e um adulto-modelo em uma sala. Nesta sala, a criança sentava em um canto com atividades altamente apelativas como adesivos e estampas.[1] O adulto-modelo sentava-se em outro canto contendo um conjunto de brinquedos, uma marreta e um boneco João Bobo inflável. Antes de deixar a sala, o fiscal explicava à criança que os brinquedos no canto do adulto só podiam ser usados pelo adulto.
No cenário agressivo, o adulto começaria a brincar com os brinquedos por aproximadamente um minuto. Depois desse período o adulto começaria a demonstrar agressividade para com o João Bobo. Ele poderia bater no boneco e usar a marreta para bater no rosto do boneco. Depois de dez minutos, o fiscal voltaria para a sala, dispensaria o adulto-modelo, e levaria a criança à outra sala. No cenário não-agressivo, o adulto-modelo brincaria com o conjunto de brinquedos durante os dez minutos. Nesse cenário, o João Bobo foi completamente ignorado pelo adulto-modelo e a criança seria retirada da sala após o período.
A próxima etapa do experimento foi colocar a criança e o fiscal em uma sala com brinquedos estimulantes: um camião, bonecos e um pião. Ali, a criança era convidada à brincar com qualquer brinquedo. Depois de dois minutos o fiscal decidia que a criança não podia mais brincar com os brinquedos. Isso era feito para criar frustração. O fiscal diz que a criança pode brincar com os brinquedos da sala, agressivos ou não-agressivos. À criança era permitido brincar durante vinte minutos enquanto o fiscal avaliava a brincadeira da criança.[1]
A primeira atitude a ser considerada foi baseada em agressões físicas. Isso inclui socar ou chutar o boneco, sentar-se nele, acertá-lo com a marreta, e jogá-lo pela sala. Agressão verbal foi a segunda atitude à ser considerada. Os fiscais contaram cada vez que a criança imitava o adulto-modelo agressivo e registraram os resultados. A terceira atitude foi a quantidade de vezes que a marreta foi usada para demonstrar outro tipo de agressividade que não o acertar o boneco. A última atitude incluía modos de agressividade mostrados pela criança que não foram imitações diretas do comportamento do adulto-modelo.
A Auto - Eficácia
Consiste na percepção do indivíduo de sua autoestima e a competência em lidar com os problemas da vida, realizou muitas pesquisas sobre autoeficácia, descrita como senso de autoestima ou valor próprio, o sentimento de adequação , eficácia é a competência para enfrentar os problemas(Bandura 1982).demostrando através do seu trabalho que as pessoas com grau elevado de autoestima acreditam ser capazes de lidar com os diversos acontecimentos da vida. Elas acreditam ser capazes de vencer obstáculos, mantêm um alto grau de confiança na sua capacidade de obter êxito e de controlar a própria vida.
As pessoas com baixo graude autoeficácia sentem-se inúteis, sem esperança acreditam que não conseguem lidar com as situações e que tem poucas chances de muda-las, diante de um problema , tendem a desistir na primeira tentativa.
A pesquisa de Bandura mostrou que a crença no nível de autoeficácia influência vários aspectos da vida do indivíduo. Por exemplo: pessoas com elevado de autoeficácia tendem a obter notas altas, analisar mais opções de carreira, a obter maior sucesso profissional, a estabelecer metas pessoais mais alta s e apreciar mais a saúde mental e física do que as com baixa autoeficácia. No geral, constatou-se que o homem tem a autoeficácia mais elevada do que a da mulher, o pico da autoeficácia ocorre na meia idade e diminui depois dos 60 anos tanto no homem e na mulher. A pesquisa com grupos como equipe de esportes, departamento corporativos, unidades militares, quanto mais intensamente percebia a eficácia coletiva, mais elevadas são as aspirações do grupo e maior é a motivação.
A Modificação de Comportamento
A proposta de Bandura consiste em alterar ou modificar comportamentos considerados socialmente anormais ou indesejáveis. Pensou que como o comportamento é aprendido, observando outras pessoas e modelando o nosso comportamento de acordo com o delas, então é possível através da observação alterar ou reaprender esses comportamentos inadequados.
Exemplo: Uma criança que tem medo de cachorro observa outra da mesma idade – o modelo-aproximar se do animal e acariciá-lo. Observando de uma distância segura, a criança vê o modelo realizar movimentos progressivos, aproximando-se aos poucos do cachorro. O modelo acaricia o cão através das barras do cercadinho e em seguida, entra e brinca com o animal. Como resultado dessa situação de aprendizagem por observação, o medo da criança pode ser reduzido.
A forma de terapia de comportamento de Bandura é amplamente empregada em clínicas, empresas e salas de aula e tem sido comprovada por centenas de estudos experimentais. Esse método tem sido eficaz na cura de fobias: cobra, espaços fechados , espaços abertos e alturas. Também é válido no tratamento dos distúrbios obsessivo compulsivos, das disfunções sexuais e de algumas formas de ansiedade, além de ser eficaz no aumento da autoeficácia.
A teoria social cognitiva tem sido amplamente aceita na psicologia como uma forma eficaz para o estudo do comportamento em laboratórios e para modifica-los no s ambientes clínicos. As contribuições de Bandura foram reconhecidas pelos colegas. Presidiu a APA em 1974 e, em 1980, recebeu o Prêmio de Destaque pela contribuição Cientifica da APA, sua teoria e a terapia de modelos dela derivada ajustam-se a forma prática e funcional da psicologia americana contemporânea.
CONTRIBUIÇÕES
Behaviorismo de Watson, suas contribuições na área da publicidade têm como objetivo primário captar uma necessidade do cliente e direcioná-la a um produto específico, torná-la desejo. Atingindo os consumidores nas emoções básicas, de raiva, afeto e medo. Assim também, Watson tornou a metodologia e terminologia da Psicologia mais objetiva.
Behaviorismo de Skinner, na atualidade, suas ideias de gratificação na área organizacional são ainda utilizadas. Por exemplo, nas vendas, condicionando o comportamento dos funcionários com o estímulos em forma de bônus aos indivíduos que atingirem as metas propostas pelas empresas. 
Contribuições no TEA, transtorno espectro autismo, com sua descrição e operacionalização do comportamento verbal continua sendo de grande valor cientifica para o delineamento e implementação de experimentos e tratamentos para indivíduos com TEA, com excelentes ganhos para algumas dessas crianças, especialmente se implementado precoce e preventivamente. (Disponível em https://www.webartigos.com/artigos/transtorno-do-espectro-do-autismo-intervencoes-focadas-na-analise-do-comportamento-verbal-de-skinner/46842)
B. Bandura, as suas contribuições amplamente empregadas em clínicas, empresas e área educacional. Tem sido comprovada por centenas de estudos experimentais, em destaque tem sido eficaz na cura das seguintes fobias, às cobras, espaços fechados e altura. Também no tratamento dos disturbo obsessivos-compulsivos, nas disfunções sexuais e de alguma forma, de ansiedade, além de ser eficaz no aumento da autoeficácia dos indivíduos. 
CONCLUÇÃO
Como grupo podemos refletir e concluir que o Behaviorismo trouxe importantes contribuições na área da Psicologia, pois compreendemos que os autores vivenciaram sua época com suas características e indagações, trazendo o seu olhar reflexivo de “homem” e propostas enriquecedoras para a sociedade. No caso do positivismo de Watson, protagonizando o comportamento humano, tornando a metodologia e terminologia da Psicologia mais objetiva, concreta e de uma maneira aplicável cientificamente. Suas contribuições positivas, são evidentes, mostrando resultados objetivos e comprováveis porem, no nosso entendimento, concordamos que seus esforços em deixar de lado as questões internas, a interação afetiva, e as suas ideias radicais com relação aos sentimentos, instintos e impulsos nos parecem, de certa forma, nocivas para o desenvolvimento saudável dos indivíduos.
Em relação a Skinner, consideramos que conseguiu aprimorar as ideias de Watson, trazendo benefícios na área da educação e organizacional com o condicionamento operante, esquemas de reforços. Nos parece difícil concordar com Skinner com suas ideias referentes ao instinto e aos comportamentos inatos. 
Por seu lado, Bandura trouxe contribuições para o Behaviorismo ampliando a compreensão do olhar para o ser humano compreendendo seus aspectos cognitivos, físico e social de uma forma tríade, sem desconsiderar nenhum desses aspectos citados, os três trabalham de forma conjunta. Suas ideias nos beneficiam até os dias atuais sendo amplamente usadas em ambientes diversos. Nos identificamos com a sua visão de homem completo, considerando todos os seus atributos humanos. Nos traz a compreensão da importância da interação entre os seres humanos no desenvolvimento do comportamento. 
BIBLIOGRAFIA
· Behaviorismo Metodológico de Watson - Livro: História da Psicologia Moderna, Schultz & Schultz, 10ª edição norte-americana, Capítulo 10.
· Artigo: John B. Watson, o cuidado psicológico do infante e da criança, possíveis consequências para o movimento Behaviorista, disponível no endereço, http://dx.doi.org/10.1590/S1984-02922008000200023
· SKINNER, B. F. Behaviorism and Logical Positivism de Laurence Smith. In ______. Questões Recentes na Análise Comportamental. Campinas, SP: Papirus, (1989), 1995c, pp. 145- 150.
· Shultz D. P. e Shultz S. E. – História da Psicologia Moderna 10° edição norte-americana (1904 – 1990), pp. 241-250.
· LIVRO: HISTÓRIA DA PSICOLOGIA MODERNA 8ªEDIÇÃO
· https://psicologiaexperimental.blogs.sapo.pt/tag /bandura
· https://pt.wikipedia.org/wiki/Experimento_do_Jo%C3%A3o_Bobo_de_Bandura

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