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BIOLOGIA MOLECULAR MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO Prof. Dr. Lourival Antunes de Oliveira Filho lourival.filho@prof.uniso.br NA ÚLIMA AULA... Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Sabemos que dentro do núcleo encontra-se o material genético responsável pela reprodução celular e garantia da vida. Mais que isso, para que tenhamos a continuidade da vida torna-se necessário que façamos cópias de nós mesmos. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. As cópias do material hereditário são feitas através da duplicação do DNA, ou seja, de um processo molecular conhecido como replicação. Assim, a replicação é exatamente o processo de duplicação de uma molécula de DNA de dupla hélice. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – Química da síntese de DNA Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. REPLICAÇÃO SEMICONSERVATIVA As DNA polimerases não são capazes de sintetizar uma nova fita de DNA sem que antes seja sinalizado isso para elas. 3’ 5’ 5’ 3’ Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Alberts, Bruce. Biologia Molecular da Célula. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO As DNA polimerases não são capazes de sintetizar uma nova fita de DNA sem que antes seja sinalizado isso para elas. 3’ 5’ 5’ 3’ DNA polimerase Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Alberts, Bruce. Biologia Molecular da Célula. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO As DNA polimerases não são capazes de sintetizar uma nova fita de DNA sem que antes seja sinalizado isso para elas. 3’ 5’ 5’ 3’ Primase Primer DNA polimerase Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Alberts, Bruce. Biologia Molecular da Célula. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO 3’ 5’ 5’ 3’ Primase Primer DNA polimerase As DNA polimerases não são capazes de sintetizar uma nova fita de DNA sem que antes seja sinalizado isso para elas. Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Alberts, Bruce. Biologia Molecular da Célula. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO 5’ 3’ 3’ 5’ Primase Primer DNA polimerase As DNA polimerases não são capazes de sintetizar uma nova fita de DNA sem que antes seja sinalizado isso para elas. Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Alberts, Bruce. Biologia Molecular da Célula. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO 5’ 3’ 3’ 5’ As DNA polimerases não são capazes de sintetizar uma nova fita de DNA sem que antes seja sinalizado isso para elas. Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Alberts, Bruce. Biologia Molecular da Célula. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO 5’ 3’ 3’ 5’ 5’ 3’ 3’ 5’ As DNA polimerases não são capazes de sintetizar uma nova fita de DNA sem que antes seja sinalizado isso para elas. Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Alberts, Bruce. Biologia Molecular da Célula. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Alberts, Bruce. Biologia Molecular da Célula. A DNA-polimerase na fita-líder pode sintetizar o DNA assim que seu molde for exposto, porém, a síntese da fita tardia precisa esperar que o deslocamento da forquilha de replicação exponha uma extensão considerável do molde antes que este possa ser replicado. 5’ 3’ 3’ 5’ Primer DNA polimerase DNA polimerase As DNA polimerases não são capazes de sintetizar uma nova fita de DNA sem que antes seja sinalizado isso para elas. Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Alberts, Bruce. Biologia Molecular da Célula. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO 3’ 5’ DNA polimerase DNA polimerase Primase DNA polimerase Fragmentos de Okazaki As DNA polimerases não são capazes de sintetizar uma nova fita de DNA sem que antes seja sinalizado isso para elas. Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Alberts, Bruce. Biologia Molecular da Célula. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO Para completar a replicação do DNA, os iniciadores de RNA, utilizados para a iniciação, devem ser removidos e substituídos por DNA. Para substituir os iniciadores de RNA por DNA, uma enzima denominada RNase H reconhece e remove a maior parte de cada iniciador de RNA. Essa enzima degrada especificamente o RNA que está realizando pareamento de bases com DNA (por isso, o “H” do nome, que corresponde a “híbrido” em uma molécula híbrida de RNA:DNA). Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Alberts, Bruce. Biologia Molecular da Célula. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Alberts, Bruce. Biologia Molecular da Célula. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO 3’ 5’ DNA polimerase DNA polimerase DNA polimerase Exonuclease DNA polimerase Para completar a replicação do DNA, os iniciadores de RNA, utilizados para a iniciação, devem ser removidos e substituídos por DNA. Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Alberts, Bruce. Biologia Molecular da Célula. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO Fonte: PIMENTEL, Márcia Gonçalves, GALLO, Cláudia Vitória Moura, SANTOS-REBOUÇAS, Cíntia Barros. Genética Essencial. Guanabara Koogan, 03/2013. & Google imagens. A síntese de DNA necessita de dois substratos fundamentais. Primeiro, uma nova síntese necessita dos quatro desoxinucleosídeos trifosfatados: • dGTP, dCTP, dATP e dTTP. O segundo substrato essencial para a síntese de DNA é um arranjo particular de DNA de fita simples (ssDNA) e DNA dupla-fita (dsDNA) chamado junção iniciador:molde. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – Química da síntese de DNA Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – Química da síntese de DNA Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. O DNA é sintetizado pela extensão da extremidade 3’ do iniciador. As bases químicas da síntese de DNA permitem que a extensão da nova cadeia ocorra apenas pela extremidade 3’ do iniciador. A ligação fosfodiéster é formada em uma reação SN2, na qual o grupo hidroxila da extremidade 3’ da fita do iniciador ataca o grupo α-fosforil do nucleosídeo trifosfatado que sera ́ adicionado. O outro produto da reação é o pirofosfato, que se origina a partir da liberação dos β e γ- fosfatos do substrato nucleotídico. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – Química da síntese de DNA Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. A hidrólise de pirofosfato é a força promotora da síntese de DNA A síntese de DNA é catalisada por uma classe de enzimas chamada DNA-polimerase. Ao contrário da maioria das enzimas, que possuem um sítio ativo dedicado a uma única reação, a DNA-polimerase utiliza um único sítio ativo para catalisar a adição de qualquer um dos quatro desoxinucleosídeos trifosfatados. Em vez de detectar o nucleotídeo exato que entra no sítio ativo, a DNA-polimerase monitora a capacidade de o nucleotídeo a ser incorporado formar um par de bases A:T ou G:C. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – MECANISMO DA DNA-POLIMERASE Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Em vez de detectar o nucleotídeo exato que entra no sítio ativo, a DNA-polimerase monitora a capacidade de o nucleotídeo a ser incorporado formar um par de bases A:T ou G:C. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – MECANISMO DA DNA-POLIMERASE Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. As DNA-polimerases apresentam uma capacidade impressionante para distinguir entre ribonucleosídeos e desorribonucleosídeos trifosfatados (rNTPs e dNTPs). Essa discriminação é mediada pela exclusão estérica de rNTPs do sítio ativo da DNA- polimerase. Na DNA-polimerase, o sítio de ligação ao nucleotídeo não consegue acomodar uma 2’-OH no nucleotídeo que chega. Esse espaço é ocupado por dois aminoácidos que fazem contato com o anel do açúcar por meio de ligações de van der Waals. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – MECANISMO DA DNA-POLIMERASE Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. A troca desses aminoácidos por outros com cadeias laterais menores (p. ex., trocando-se um resíduo de glutamato por uma alanina) resulta em uma DNA- polimerase com capacidade reduzida de discriminação entre dNTPs e rNTPs. Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Os nucleotídeos que apresentam alguns, mas não todos, os requerimentos para serem usados pela DNA-polimerase podem inibir a síntese de DNA pela terminação do alongamento. Esses nucleotídeos representam uma classe importante de fármacos usados para tratar câncer e infecções virais. As DNA-polimerases assemelham-se a uma mão que segura a junção iniciador:molde A compreensão do mecanismo molecular de como as DNA-polimerases catalisam a síntese de DNA surgiu de estudos da estrutura atômica de várias DNA-polimerases ligadas às junções iniciador:molde. Essas estruturas revelaram que o substrato de DNA se encaixa em uma grande fenda que se assemelha a uma mão direita parcialmente fechada. Com base na analogia com a mão, os três domínios da polimerase são chamados de polegar, dedos e palma. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – MECANISMO DA DNA-POLIMERASE Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. O domínio da palma é composto por uma folha β e contém os elementos principais do sítio catalítico. Particularmente, essa região da DNA-polimerase liga-se a dois íons metálicos divalentes (em geral, Mg2+ ou Zn2+) que alteram o ambiente químico em torno do dNTP corretamente pareado e a 3’-OH do iniciador. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – MECANISMO DA DNA-POLIMERASE Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Além de seu papel na catálise, o domínio de palma também verifica a precisão do pareamento entre nucleotídeos recém-adicionados. Essa região da polimerase efetua inúmeros contatos por ligações de hidrogênio com pares de bases na fenda menor do DNA recém-sintetizado. Esses contatos não são base-específicos, mas são formados apenas se os nucleotídeos recentemente adicionados (quaisquer que eles sejam) estiverem corretamente pareados. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – MECANISMO DA DNA-POLIMERASE Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Quais são as funções dos dedos e do polegar? Os dedos também são importantes para a catálise. Vários resíduos localizados nos dedos ligam-se ao dNTP que sera ́ incorporado. Uma vez que o par de bases correto entre o dNTP e o molde é formado, o domínio dos dedos desloca-se, envolvendo o dNTP. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – MECANISMO DA DNA-POLIMERASE Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. O domínio dos dedos também se associa à região do molde, levando a uma volta de quase 90° do esqueleto de fosfodiéster entre a primeira e a segunda bases do molde. Essa conformação do molde serve para expor apenas a primeira base do molde, após o iniciador, no sítio catalítico e evita qualquer dúvida a respeito da base que efetuará o pareamento com o próximo nucleotídeo a ser adicionado MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – MECANISMO DA DNA-POLIMERASE Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Ao contrário dos dedos e da palma, o domínio do polegar não está intimamente envolvido na catálise. Em vez disso, o polegar interage com o DNA recém-sintetizado. Isso tem dois objetivos: • Primeiro, manter a posição correta do iniciador e do sítio ativo. • Segundo, o polegar auxilia na manutenção da forte associação entre a DNA-polimerase e seu substrato. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – MECANISMO DA DNA-POLIMERASE Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. EM REUSMO: uma série ordenada de eventos ocorre cada vez que a DNA- -polimerase adiciona um nucleotídeo na cadeia de DNA em crescimento. • O nucleotídeo a ser incorporado pareia com a próxima base disponível do molde. • Essa interação faz os dedos da polimerase se fecharem em torno do dNTP pareado. • Essa conformação da enzima posiciona os íons metálicos catalíticos essenciais à catálise, ocorrendo a formação da próxima ligação fosfodiéster. • A ligação do nucleotídeo pareado ao iniciador leva à reabertura dos dedos e à movimentação da junção iniciador:molde em um par de bases. • A polimerase está, então, pronta para o próximo ciclo de adição. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – MECANISMO DA DNA-POLIMERASE Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. As DNA-polimerases são enzimas processivas A catálise pela DNA-polimerase é rápida. As DNA-polimerases são capazes de adicionar cerca de 1.000 nucleotídeos/s a uma fita de iniciador. Essa alta velocidade de síntese de DNA deve-se em grande parte à natureza processiva da DNA-polimerase. A processividade é uma característica das enzimas que atuam sobre substratos poliméricos. Nos caso das DNA-polimerases, o grau de processividade é definido como o número médio de nucleotídeos adicionados cada vez que a enzima se liga à junção iniciador:molde. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – MECANISMO DA DNA-POLIMERASE Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. O aumento da processividade é facilitado pela capacidade de as DNA-polimerases deslizarem ao longo do molde de DNA. Cada vez que um nucleotídeo é adicionado à fita do iniciador, o DNA libera-se parcialmente da polimerase. (As ligações de hidrogênio com a fenda menor são rompidas, mas as interações eletrostáticas com o polegar são mantidas.) O DNA, então, é rapidamente religado à polimerase, mas agora em uma posição alterada em 1 pb, utilizando o mesmo mecanismo não específico por sequência. Aumentos adicionais na processividade são alcançados por meio de interações entre a DNA- polimerase e proteínas acessórias MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – MECANISMO DA DNA-POLIMERASE Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Exonucleases realizam uma revisão de leitura no DNA recém-sintetizado Um sistema baseado apenas na geometria do pareamento de bases e na complementaridade entre as bases é incapaz de alcançar o extraordinário nível de precisão observado na síntese de DNA de uma célula (aproximadamente um erro a cada 10^10 pb adicionados). A principal limitação na precisão da DNA-polimerase é a oscilação ocasional (aproximadamente 1:10^5 vezes) das bases para a forma tautomérica “incorreta” (imino ou enol). Essas formas alternadas das bases permitem que pares de bases incorretos sejam posicionados corretamente para a catálise. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – MECANISMO DA DNA-POLIMERASE Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – MECANISMO DA DNA-POLIMERASE Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Quando o nucleotídeo retorna a seu estado “correto”, o nucleotídeo incorporado é mal-pareado com o molde e deve ser eliminado. A remoção dos nucleotídeos malpareados é mediada por um tipo de nuclease que foi originalmente identificada no mesmo polipeptídeo que a DNA-polimerase. Chamadas de exonucleases de revisão de leitura, essas enzimas degradam o DNA a partir de uma extremidade 3’ de DNA. (As nucleases capazes de degradar o DNA apenas a partir de uma extremidade são chamadas exonucleases; as nucleases capazes de clivar no meio de uma fita de DNA são chamadas endonucleases.) MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – MECANISMO DA DNA-POLIMERASE Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. A remoção dos nucleotídeos malpareados é mediada por um tipo de nuclease que foi originalmente identificada no mesmo polipeptídeo que a DNA-polimerase. Chamadas de exonucleases de revisão de leitura, essas enzimas degradam o DNA a partir de uma extremidade 3’ de DNA. (As nucleases capazes de degradar o DNA apenas a partir de uma extremidade são chamadas exonucleases; as nucleases capazes de clivar no meio de uma fita de DNA são chamadas endonucleases.) MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – MECANISMO DA DNA-POLIMERASE Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Inicialmente, a presença de uma exonuclease 3’ no mesmo polipeptídeo que uma DNA-polimerase fez pouco sentido. Por que haveria necessidade de a DNA-polimerase degradar o DNA que ela havia recém-sintetizado? Resposta = preferência em degradar o DNA com pareamento de bases incorreto LEMBRE-SE: A remoção de nucleotídeos malpareados é facilitada pela capacidade reduzida de a DNA-polimerase adicionar um nucleotídeo adjacente a um iniciador contendo um par de bases incorreto. O DNA malpareado altera a geometria entre a 3’-OH e o nucleotídeo a ser incorporado, devido a interações fracas com a região da palma. Assim, quando um nucleotídeo malpareado é adicionado, ele diminui a velocidade de adição de novos nucleotídeos e aumenta a velocidade da atividade da exonuclease de revisão de leitura. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – MECANISMO DA DNA-POLIMERASE Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Como o DNA sabe que deve se soltar da região da palma e se ligar no sítio da exonuclease? Quando um par de bases malpareado está presente no sítio ativo da polimerase, a junção iniciador:molde é desestabilizada, criando vários pares de bases de DNA não pareado. O sítio ativo da DNA-polimerase liga-se muito mal a esse molde malpareado, mas o sítio ativo da exonuclease possui uma afinidade 10 vezes maior por extremidades 3’ de fita simples. Portanto, a extremidade 3’ recém-despareada move-se do sítio ativo da polimerase para o sítio ativo da exonuclease. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – MECANISMO DA DNA-POLIMERASE Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Essencialmente, as exonucleases de revisão de leitura funcionam como a “tecla de deletar” de um teclado, removendo apenas os erros mais recentes. A presença da exonuclease de revisão de leitura aumenta muito a precisão da síntese de DNA. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – MECANISMO DA DNA-POLIMERASE Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Em média, a DNA-polimerase insere um nucleotídeo incorreto a cada 10^5 nucleotídeos adicionados. Com a exonuclease o pareamento incorreto diminui para um a cada 10^7 nucleotídeos. O nível adicional de precisão é fornecido pelo sistema de reparo de maus pareamentos pós- replicação. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – MECANISMO DA DNA-POLIMERASE Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Ambas as fitas do DNA são sintetizadas juntas na forquilha de replicação Até agora nós estávamos vendo a síntese como se ela gerasse apenas uma fita nova de DNA. Entretanto, na célula, ambas as fitas do dúplex de DNA são replicadas ao mesmo tempo. Isso requer a separação das duas fitas da dupla-hélice, formando dois moldes de DNA. A junção entre as duas fitas-molde recém-separadas e o dúplex de DNA não replicado é conhecida como forquilha de replicação MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – Forquilha de replicação Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. A forquilha de replicação desloca-se continuamente em direção à região do dúplex de DNA não replicado, deixando em seu trajeto dois moldes de ssDNA que coordenam, cada um, a síntese de uma fita de DNA complementar. A natureza antiparalela do DNA é uma dificuldade à replicação simultânea dos dois moldes expostos pela forquilha de replicação. Como o DNA é sintetizado apenas pelo alongamento da extremidade 3’, apenas um dos dois moldes expostos pode ser replicado de forma contínua à medida que a forquilha de replicação se movimenta. Sobre essa fita-molde, a polimerase simplesmente “segue” a forquilha de replicação. A fita de DNA recém-sintetizada, coordenada por esse molde, é conhecida como fita-líder. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – Forquilha de replicação Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. A síntese da nova fita de DNA coordenada pelo outro molde de ssDNA é mais problemática. Esse molde faz a DNA-polimerase se deslocar em direção oposta à forquilha de replicação. A fita de DNA sintetizada a partir desse molde é chamada fita tardia, ou fita retardada. Os pequenos fragmentos de DNA recém-sintetizados, formados na fita tardia, são chamados fragmentos de Okazaki e variam de 1.000 a 2.000 nucleotídeos de comprimento nas bactérias, e de 100 a 400 nucleotídeos nos eucariotos. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – Forquilha de replicação Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. A iniciação de uma nova fita de DNA requer um iniciador de RNA. Como descrito anteriormente, TODAS as DNA-polimerases necessitam de um iniciador com uma extremidade 3’-OH livre. ESSE INICIADOR NÃO É FORMADO DE DNA! ELE É UMA PEQUENA FITA SIMPLES DE RNA! MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – Forquilha de replicação Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Por que RNA e não DNA? ENTÃO, COMO INICIA A SÍNTESE DE NOVAS FITAS DE DNA? Para realizar isso, a célula aproveita-se da habilidade das RNA-polimerases em fazer o que as DNA-polimerases não conseguem: iniciar novas cadeias de RNA de novo. A primase é uma RNA-polimerase especializada em sintetizar pequenos iniciadores de RNA (com 5 a 10 nucleotídeos) sobre um molde de ssDNA. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – Forquilha de replicação Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Embora ambas as fitas, líder e tardia, necessitem da primase para iniciar a síntese de DNA, a frequência de funcionamento da primase sobre as duas fitas é bastante diferente. Cada fita-líder necessita apenas de um único iniciador de RNA. Em contrapartida, a síntese descontínua da fita tardia requer a síntese de um novo iniciador para cada fragmento de Okazaki. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – Forquilha de replicação Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Ao contrário das RNA-polimerases envolvidas na síntese de RNA mensageiro (mRNA), RNA ribossômico (rRNA) e RNA transportador (tRNA), a primase não necessita de uma sequência de DNA estendida para iniciar a síntese de RNA. Em vez disso, as primases preferem iniciar a síntese de RNA usando um molde de ssDNA contendo um trímero específico (GTA, no caso da primase de Escherichia coli). Corroborando essa preferência, a análise da sequência do genoma de E. coli mostra que a sequência-alvo GTA para a primase de E. coli está super-representada nas porções do genoma que servirão de molde para a síntese da fita tardia de DNA. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – Forquilha de replicação Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Os iniciadores de RNA devem ser removidos para finalizar a replicação do DNA. Para completar a replicação do DNA, os iniciadores de RNA, utilizados para a iniciação, devem ser removidos e substituídos por DNA. A remoção dos iniciadores de RNA pode ser considerada um evento de reparo do DNA. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – Forquilha de replicação Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Para substituir os iniciadores de RNA por DNA, uma enzima denominada RNase H reconhece e remove a maior parte de cada iniciador de RNA. Essa enzima degrada especificamente o RNA que está realizando pareamento de bases com DNA (por isso, o “H” do nome, que corresponde a “híbrido” em uma molécula híbrida de RNA:DNA). A RNase H remove todo o iniciador de RNA, exceto o ribonucleotídeo diretamente ligado à extremidade do DNA. Isso ocorre porque a RNase H só consegue clivar ligações entre dois ribonucleotídeos. O ribonucleotídeo final é removido por uma exonuclease 5’ que degrada RNA ou DNA a partir de suas extremidades 5’. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – Forquilha de replicação Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. A remoção do iniciador de RNA deixa uma lacuna no DNA dupla-fita que funciona como um substrato ideal para a DNA-polimerase – uma junção iniciador:molde A DNA-polimerase preenche essa lacuna por meio do pareamento de cada nucleotídeo, deixando uma molécula de DNA completa, exceto por uma quebra no esqueleto fosfodiéster entre a extremidade 3’-OH e o 5’-fosfato da fita reparada. Essa “quebra” no DNA é reparada por uma enzima chamada DNA-ligase. As DNA-helicases desenrolam a dupla-hélice à frente da forquilha de replicação. As DNA-polimerases em geral não são eficientes em promover a separação das duas fitas do dúplex de DNA. Portanto, na forquilha de replicação, uma terceira classe de enzimas, denominadas DNA- helicases, catalisa a separação das duas fitas do dúplex de DNA. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – Forquilha de replicação Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Essas enzimas ligam-se ao ssDNA e deslocam-se unidirecionalmente sobre este, utilizando a energia da hidrólise de nucleosídeos trifosfatados (normalmente ATP) para deslocar qualquer fita de DNA que esteja anelada ao ssDNA. Em geral, as DNA-helicases que atuam na forquilha de replicação são proteínas hexaméricas que assumem o formato de anel. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – Forquilha de replicação Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Proteínas de ligação ao DNA de fita simples estabilizam o ssDNA antes da replicação. Após a passagem das DNA-helicases, a ssDNA recém-gerada deve permanecer livre de pareamentos para ser utilizada como molde na síntese de DNA. Para estabilizar as fitas separadas, as proteínas de ligação ao ssDNA (SSBs, ssDNA-binding proteins) ligam-se rapidamente a essas fitas. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – Forquilha de replicação Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. A ligação cooperativa assegura que o ssDNA seja rapidamente coberto por SSB à medida que ele é liberado da DNA-helicase. Uma vez coberto com SSB, o ssDNA é mantido alongado, o que facilita sua utilização como molde para a síntese do DNA ou para a síntese do iniciador de RNA. As topoisomerases removem as supertorções produzidas pelo desenrolamento do DNA na forquilha de replicação. À medida que as fitas do DNA são separadas na forquilha de replicação, o dsDNA em frente à forquilha torna-se progressivamente supertorcido . MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – Forquilha de replicação Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Na verdade, para que o DNA à frente da forquilha de replicação permaneça relaxado, uma laçada do DNA deve ser removida a cada cerca de 10 pb de DNA desenrolado. Se não existisse um mecanismo para aliviar o excesso de superenrolamentos, a maquinaria de replicação giraria como uma manivela até parar, em função do aumento de pressão no DNA existente antes da forquilha. As supertorções introduzidas pela ação da DNA-helicase são removidas por topoisomerases que atuam sobre o dsDNA não replicado em frente à forquilha de replicação MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – Forquilha de replicação Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Dessa maneira, as topoisomerases atuam como “relaxadoras” que rapidamente dissipam o excesso das supertorções provocadas pelo desenrolamento do DNA. Enzimas da forquilha de replicação expandem a amplitude de substratos da DNA-polimerase. A DNA-polimerase, por si só, pode estender de forma eficiente apenas iniciadores com uma extremidade 3’-OH anelados a moldes de ssDNA. A adição da primase, da DNA-helicase e da topoisomerase amplia, consideravelmente, os possíveis substratos para a DNA-polimerase. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – Forquilha de replicação Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. As DNA-polimerases são especializadas em diferentes funções na célula. A importante função das DNA-polimerases na replicação eficiente e precisa do genoma exige que as células apresentem diversas DNA-polimerases especializadas. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – Especializações das DNA-Polimerases Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Por exemplo, E. coli tem pelo menos cinco DNA-polimerases, que são distinguidas por suas propriedades enzimáticas, composição de subunidades e abundância. A DNA-polimerase III (DNA Pol III) é a principal enzima envolvida na replicação do cromossomo. Como todo o genoma de E. coli, com 4,6 Mb, é replicado por duas forquilhas de replicação, a DNA Pol III deve ser altamente processiva. Para suprir essa necessidade, a DNA Pol III é, em geral, encontrada como parte de um complexo maior, que confere uma processividade muito alta – um complexo conhecido como holoenzima DNA Pol III. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – Especializações das DNA-Polimerases Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. As células eucarióticas também possuem múltiplas DNA-polimerases; uma célula normal apresenta mais de 15. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – Especializações das DNA-Polimerases Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Os grampos deslizantes aumentam significativamente a processividade da DNA-polimerase. A alta processividade na forquilha de replicação assegura a rápida duplicação dos cromossomos. Como foi discutido, as DNA-polimerases da forquilha de replicação sintetizam milhares a milhões de pares de bases sem se liberarem do molde. Na ausência de outras proteínas, porém, as DNA-polimerases que atuam na forquilha de replicação são capazes de sintetizar apenas 20 a 100 pb, antes de serem liberadas do molde. COMO A PROCESSIVIDADE DESSAS ENZIMAS AUMENTA DE MANEIRA TÃO DRÁSTICA NA FORQUILHA DE REPLICAÇÃO? MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – Especializações das DNA-Polimerases Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Um evento essencial para a alta processividade das DNA-polimerases que atuam na forquilha de replicação é sua associação a proteínas chamadas grampos deslizantes de DNA. Essas proteínas são compostas por múltiplas subunidades idênticas que se unem em formato de “rosquinha”. O orifício no centro do grampo é grande o bastante para circundar a dupla-hélice do DNA e deixar espaço para uma ou duas camadas de moléculas de água entre o DNA e a proteína. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – Especializações das DNA-Polimerases Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Como a associação com o grampo deslizante altera a processividade da DNA-polimerase? • Na ausência do grampo deslizante, uma DNA-polimerase dissocia-se e afasta-se do molde de DNA em média uma vez a cada 20 a 100 pb sintetizados. • Na presença do grampo deslizante, a DNA-polimerase ainda desprende seu sítio ativo da extremidade 3’-OH do DNA frequentemente, mas a associação com o grampo impede que ela se difunda para longe do DNA MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – Especializações das DNA-Polimerases Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Uma vez liberados de uma DNA-polimerase, os grampos deslizantes não são imediatamente removidos do DNA replicado. Em vez disso, outras proteínas que atuam no sítio de síntese recente de DNA interagem com as proteínas do grampo. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – Especializações das DNA-Polimerases Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Os grampos deslizantes são abertos e posicionados no DNA por carregadores do grampo O grampo deslizante é um anel fechado em solução, mas deve se abrir para envolver a dupla- hélice de DNA. Uma classe especial de complexos proteicos, denominada carregadores do grampo deslizante, catalisa a abertura e a colocação dos grampos deslizantes no DNA. Essas enzimas acoplam a ligação e a hidrólise do ATP ao posicionamento do grampo deslizante em torno das junções iniciador:molde no DNA MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – Especializações das DNA-Polimerases Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Na forquilha de replicação, as fitas líder e tardia são sintetizadas simultaneamente. A síntese simultânea tem a vantagem de limitar a quantidade de ssDNA presente na célula durante a replicação do DNA. A exposição do ssDNA pode levar a quebras e consequente mutações no DNA. É fundamental limitar o período em que o DNA está no estado de fita simples. Para coordenar a replicação de ambas as fitas do DNA, diversas DNA-polimerases atuam na forquilha de replicação. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – Síntese de DNA na forquilha de replicação Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Em E. coli, a ação coordenada dessas polimerases é facilitada pela ligação física entre elas em um grande complexo multiproteico chamado “holoenzima DNA Pol III” Holoenzima é um nome genérico para um complexo multiproteico no qual a atividade de uma enzima central está associada a componentes adicionais que aumentam a função. A holoenzima DNA Pol III inclui três cópias do “núcleo” da enzima DNA Pol III e uma cópia do fixador do grampo deslizante de cinco subunidades. Embora presente em apenas uma cópia na holoenzima, o carregador do grampo deslizante inclui três cópias de proteína τ, e cada uma delas liga-se a uma enzima central DNA Pol III MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – Síntese de DNA na forquilha de replicação Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. Como as múltiplas DNA-polimerases permanecem ligadas na forquilha de replicação enquanto sintetizam DNA nos moldes das fitas líder e tardia? Um modelo para explicar isso propõe que a maquinaria de replicação explora a flexibilidade do DNA e da proteína τ. MECANISMOS MOLECULARES DA REPLICAÇÃO – Síntese de DNA na forquilha de replicação Fonte: WATSON, James D., BAKER, Tania A., BELL, Stephen P., GANN, Alexander, LEVINE, Michael, LOSICK, Richa. Biologia Molecular do Gene. UFAA, por hoje acabou! BIOLOGIA MOLECULAR MUITO OBRIGADO! Perguntas? Prof. Dr. Lourival Antunes de Oliveira Filho lourival.filho@prof.uniso.br
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