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questões de gestão e análise estratégica

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1. Quais são as 04 perspectivas dominantes do management? Explique-as 
1º Um corpo de técnicas a serem aplicadas: Técnicas gestão como ferramentas, aplicabilidade, instrumentalidade.
2º Administração como produto: Tem-se como exemplos o MBA, Consultorias, coaching. Constitui-se basicamente em uma conversão de ideias em valor de troca, algo que pode ser precificado em qualquer nível. Isso vale tanto para a solução de problemas quanto para a formação de gestores, há uma cadeia de valor em torno da administração, o que a torna objetivamente um grande negócio.
3º Um campo do conhecimento a ser explorado: como campo de conhecimento, a Administração se constituiu para apoiar a ideologia capitalista, ao mesmo tempo que pôde se debruçar sobre a ideia de desenvolvimento de técnicas a ser aplicadas para a solução de problemas - e sua comercialização. Daí poder-se literalmente "estudar" a Administração, seja no sentido de desenvolver soluções para as demandas organizacionais, seja para teorizar - e, portanto, qualificar - a organização e suas dimensões.
4º Uma ideologia a ser defendida ou atacada na sociedade: Pelo fato de ser uma ideologia, a administração deve ser encarada como uma forma específica de persuasão em um contexto mais amplo. A administração é o braço armado da economia. Isso significa que as batalhas entre Estado e mercado ocorrem, de forma mais concreta, nas organizações. É nelas que, a todo instante, procura-se naturalizar a ideia de resultados positivos, de ultracompetição, de instrumentalização das pessoas e de suas relações, enfim, justifica-se toda e qualquer ação sob uma lógica econômica que é maior e mais forte que cada um de nós e não um produto de nossa sociedade.
2. Em que medida podemos dizer que a Administração é ideológica? Podemos dizer que a Administração é ideológica a partir das modernas práticas de gestão, que ultrapassou a esfera econômica e disseminou-se como modelo de conduta para outras esferas da vida social, em um processo denominado management ou cultura do management. Esse processo trouxe, entre outros valores, modelos de sucesso que se propagaram a partir da mídia de negócios. A administração torna-se ideológica a partir da cultura do management, em que se caracteriza por aspectos como foco no curto prazo, lógica pragmática, abordagem triunfalista na apresentação de tecnologias gerenciais, valorização do adestramento em detrimento da aprendizagem e exatidão da novidade, entre outros. A administração ideológica, através da cultura do management, traz a ideia de que o mundo mudou. 
3. De que maneira o management permite a domesticação ideológica do ser humano? Partindo da noção de adesão a uma perspectiva "natural" de que "tudo" precisa ser administrado, sendo a administração onipresente e inexorável, restando apenas a nós, em algum nível, submetermo-nos à sua influência. Por meio de todas as iniciativas para conferir legitimidade à ideia de pensamento único, de necessidade de "domar" o ser humano nas organizações, de tornar previsíveis os elementos organizacionais, de disciplinar os corpos em função de interesses privados, de valorização do lucro acima de todas as coisas, enfim, e que a administração é uma das coisas mais centrais na nossa vida em sociedade, uma ideia que silencia perigosamente em relação a quem essa perspectiva atende e por que o faz dessa forma.
4. Em quais tipos de produções bibliográficas/culturais/visuais se identifica o management? 
Hoje, o management deixou de ser exclusividade da realidade das empresas e está integralmente enraizado na estrutura social, formando o que Bendassoli (2007, p.11) chamou de “a sociedade da gestão”, ou aquela que tem, em seu cerne, o universo econômico, social e cultural ditado pela empresa. Essa disseminação do ideário e das práticas de negócios consolidou a cultura do management, que Barbosa (2003, p. 81) chamou de cultura de negócios e definiu como “[...] uma série de fluxos culturais – imagens, valores, símbolos e significados – que permeiam o discurso e a atividade empresarial e gerencial das grandes empresas transnacionais, multinacionais e/ou globalizadas”. Essa cultura se manifesta na mídia popular de negócios, na retórica dos consultores, nas ementas dos cursos de administração, podendo ser definida como um conjunto de pressupostos compartilhados nas empresas e, em boa medida, no tecido social, dentre os quais se encontram: a crença na sociedade de livre mercado; a visão do indivíduo como empreendedor individual; o culto da excelência, para o aperfeiçoamento individual e coletivo; a exaltação de figuras emblemáticas (gerentes-heróis, gurus), símbolos ou palavras de efeito (inovação, excelência, sucesso), além da crença em tecnologias gerenciais para racionalizar atividades organizacionais grupais, quaisquer que sejam elas (WOOD JR. e PAULA, 2002). Trata-se, além disso, de um fenômeno que o processo de globalização só fez reforçar.
5. De que forma o management influencia nossa noção de sucesso na consultoria? Ituassu e Tonelli defendem que a cultura do management disseminou uma ideologia de sucesso a partir da mídia de negócios, o que investigaram - por meio de uma pesquisa de caráter construcionista - observando a principal revista de negócios do Brasil. Buscando evidenciar o modelo de executivo e homem de negócios bem-sucedido, os resultados sugerem a difusão de um modelo de sucesso ajustado à economia de mercado e aos valores da excelência e do empreendedorismo como características necessárias no mundo corporativo. 
Na ideologia management o sucesso e o fracasso são vistos como fruto de ações e decisões exclusivamente individuais, desconsiderando-se, no entanto, que o sucesso está submetido a acasos e que a origem social continua pesando nas trajetórias. Além disso o conceito de sucesso ligado, sobretudo, à ascensão profissional e social, sendo assim, a noção de sucesso limita-se a uma noção apenas do que seria ter sucesso, desqualificando assim, outras dimensões as quais poderiam ser levadas em consideração na definição da busca de sucesso, como a pessoal, a emocional, dentre outras.
6. Em que medida podemos dizer que o management tem um sentido alienante? A disseminação das práticas do management constitui fator de instrumentalização e alienação dos profissionais, ao colocá-los diante de paradoxos insolúveis. Os paradoxos estão no centro do modelo: espera-se autonomia, porém dentro de limites restritos; fomenta-se a criatividade, mas a partir de um sistema super-racional; espera-se total comprometimento com a organização, ainda que a possibilidade de demissão esteja sempre presente. Os novos modelos de gestão fazem crer que somos capazes de atingir desempenhos superiores, conquistar metas e nos realizarmos. Somos capturados pela ilusão narcisista de grandes conquistas. O sistema faz com que percamos o verdadeiro sentido do trabalho e nos orientemos cegamente para o atendimento de metas fixadas pela organização. Reagimos adoecendo e procurando ajuda de médicos, psicólogos e coaches. Acreditamos que o problema nos diz respeito individualmente, não coletivamente.
7. O que é o Pop-Management? Explique detalhadamente. O pop-management é a forma ou prática de gestão. É uma literatura popular de gestão, são as biografias de gerentes-heróis e os casos de sucesso divulgados pelas revistas de negócios, além de textos de autoajuda presentes na literatura do pop-management. Nos casos de sucessos muitas histórias seguem o formato abertura, como a estrutura dos contos infantis. O objeto central dessas histórias pode ser tanto um executivo quanto uma empresa de sucesso, utilizando-se de uma linguagem parecida ao dos contos infantis, com o objetivo de acalmar os desejos e temores relacionados às fantasias de poder, como o domínio e a dependência. 
8. Por que dizemos que a Administração é uma ciência factual/empírica? 
A condição factual da ciência (material ou empírica) está centrada nas coisas, sucessos e processos, muito mais na observação e na experimentação, do que na conjecturação. As ciências factuais utilizamsímbolos interpretados. Todavia, os enunciados precisam ser submetidos à verificação, por meio da experimentação direta ou indireta. 
9. Quais as principais diferenças entre o(a) profissional acadêmico(a) e o(a) consultor(a)? Hoje, o que se faz e se pensa nas empresas, organizações públicas e do terceiro setor está muito mais vinculado ao trabalho criativo dos consultores organizacionais, especialmente os que orientam processos de mudança, do que (ainda) imaginam os acadêmicos, profissionais da produção de conhecimento específico para tal área. Estes correm o risco de, pouco a pouco, terem cortada a via direta que imaginam de seu trabalho para o mundo real dos fatos e tendências. A função dos consultores de gestão, que até pouco tempo se entendia com apenas intermediação, não é só um fato definitivo e único, é uma instância própria de competência naquilo para onde convergia o saber administrativo: o discurso para a ação. O que surpreende, no entanto, é que os acadêmicos, a quem afinal, motiva o destino das organizações não tem o mundo da consultoria organizacional entre seus objetos ordinários de estudo. 
Ao passo que o acadêmico busca responder às questões de forma científica onde o tempo de resposta não é um indicador importante, o consultor tem como objetivos obter respostas em tempo hábil, além de que o foco da academia não é necessariamente a geração de lucro, já para o consultor é. É válido dizer que o descompasso de tempo entre a resposta requerida junto ao acadêmico e junto ao consultor faz com que este se afaste de soluções científicas e tenda a modismos.
10. De que maneira o modelo de business school domina hoje a propagação do management? O management pode ser entendido como parte da modernidade contemporânea, na qual o progresso científico encorajou o controle das mais diversas atividades no mundo, substituindo desordem e incerteza por domínio e entendimento. A mídia certamente não é o único agente a propagar a cultura do management, mas também as empresas de consultoria e escolas de administração (business school), podendo ser definida como um conjunto de pressupostos compartilhados nas empresas e, em boa medida, no tecido social, dentre os quais se encontram: a crença na sociedade de livre mercado; a visão do individuo como empreendedor individual; o culto da excelência, para o aperfeiçoamento individual e coletivo; a exaltação de figuras emblemáticas, símbolos ou palavras de efeito (inovação, excelência, sucesso), além da crença em tecnologias gerenciais para racionalizar atividades organizacionais grupais, quaisquer que sejam elas. Tudo o que está sujeito ao caos pode ser objeto do management. Como disciplina, estamos falando do departamento nas universidades, mais precisamente nas escolas de business, que reúne conhecimentos de economia, psicologia, comércio e sociologia para criar estímulos à alta performance, baseados na noção mecânica do que é uma organização e de como ela deve ser.
11. De que forma o management influencia a nossa noção de tempo nas organizações? o management é a melhor e mais avançada forma de organização humana, porque mais precisa, democrática, transparente, mensurável e eficiente. Acreditando nisso, formas alternativas de organização, como democracia, coordenação, participação ou cidadania são negligenciadas. Além disso, transformando essa ideia num dogma, parece que acabamos levando o management a todo lugar: ele hoje define nosso tempo, muda nossa linguagem cotidiana, emprega milhões e reforça a ideia de que controle e progresso estão necessariamente ligados.
12. De que forma é construído imaginário sobre qual deve ser a formação do consultor? O consultor é caracterizado de forma estereotipada como alguém que chega sem ser chamado, cria um pseudoproblema, propõe em seguida uma solução e cobra caro para fazê-lo. Somam-se outras crenças como aquela que apresenta tal profissional como mau conselheiro ou como estrangeiro e, por isso, desinformado sobre a realidade local, ou no pólo oposto, aquela que o apresenta como o “salvador da Pátria”. Tais estereótipos e crenças presentes no imaginário 2 social se estendem também ao mundo das organizações, permeando, inclusive, relações entre empregados de empresas contratantes e consultores contratados, conforme evidenciado em inúmeros trabalhos nacionais e internacionais já desenvolvidos sobre a problemática do trabalho de consultoria. Em suma, para os que atuam como consultores tais estereótipos e crenças lhes soam bem familiares.
13. Explique, de maneira detalhada, as três fases de caracterizam o desenvolvimento teórico da consultoria: Acredita-se que o surgimento da consultoria de gestão ou em organizações de trabalho tenha ocorrido no final do século XIX, sendo fenômeno contemporâneo à emergência da administração científica. Três fases marcam o desenvolvimento da consultoria:
14. Fase do gerenciamento científico: o foco inicial foi o aconselhamento na gestão dos negócios para depois se direcionar para o gerenciamento em nível da produção e da eficiência do trabalhador
15. Fase da Organização e Estratégia: o foco passou a ser a descentralização e diversificação de serviços, tais como a pesquisa, as intervenções psicossociais e a contabilidade.
16. Fase da Comunicação e Informação: caracterizada pelo aumento da concorrência de mercado que ampliou o foco da consultoria para a coordenação interna e externa (valorização do equilíbrio entre ambiente externo e interno), o desenvolvimento de competências essenciais da organização e a gestão apoiada nas novas tecnologias e inovações.
17. Explique as cinco perspectivas aplicáveis ao se tratar do fenômeno da consultoria: há cinco perspectivas aplicáveis quando se objetiva entender o fenômeno da consultoria.
a. Como mercado global: A perspectiva como mercado global em crescimento competitivo em que concorrem empresas especializadas e consultores individuais.
b. Como profissão institucionalizada: exige qualificação especializada, padrões éticos definidos, treinamento, experiência, sendo representada por instituições especificas, observando-se esforços no sentido de dar credibilidade científica e, ao mesmo tempo, de demarcar especializações entre profissionais de áreas afins.
c. Como tipo de serviço: se presta ao cliente, podendo ser um produto ou um conjunto de atividades especializadas, podendo realizar-se pela oferta de um produto padronizado já desenvolvido anteriormente ou pelo desenvolvimento conjunto da solução com o cliente.
d. Como representações sociais: incluem a imagem positiva e/ou negativa da pessoa do consultor em distintas culturas, refletindo o grau de credibilidade e de legitimidade do consultor.
e. Como conselheiro experiente: orienta as ações de pessoas em organizações.
18. Explique cada uma das quatro modalidades de inserção do consultor no mercado: 
a. Como empregado terceirizado: quando há competência na organização, mas indisponibilidade de tempo para se dedicar à atividade; o consultor, então, é contratado temporariamente, submetendo-se às mesmas rotinas dos empregados fixos.
b. Como especialista em treinamento: quando o objetivo é desenvolver competências e habilidades específicas nos empregados, e ao consultor compete planejar, testar, desenvolver e avaliar treinamentos, seminários, além de coordenar outros processos de aprendizagem em organizações
c. Como especialista técnico: quando se necessita prover solução técnica a curto prazo, e o consultor é contratado para analisar o problema, propor solução e implementá-la, e, finalizando
d. Como promotor de Desenvolvimento Organizacional: quando o foco é tanto na resolução quanto no desenvolvimento de pessoas para lidar com problemas similares no futuro e decidir por mudanças mais amplas na organização. O consultor, neste último caso, é contratado para planejar e coordenar o processo. Consultores deste tipo são especialistas de processo, mais do que de conteúdo, embora em alguns momentos seja necessário também usar este tipo de domínio.
19. Por que podemos dizer que consultorias são processos educativos?Explique: As consultorias podem ser consideradas com processos educativos pelo fato de esta proporcionar a aprendizagem através do desenvolvimento do hábito da reflexão, de forma que durante suas ações eles possam ser capazes de refletir sobre o que está acontecendo, o porquê esta acontecendo e quais as medidas de aplicações podem ser tomadas. A partir disso, o indivíduo passa a desenvolver experiências, que também são ricas fontes de aprendizagem que permite aos consultores desenvolveram habilidades interpessoais, tais como saber escutar e argumentar, funcionando como um processo educativo. 
20. Explique detalhadamente cada um dos seguintes tipos de consultoria:
 a. Modelo compra de serviços: é a mais comum em organização, estando normalmente associada à busca de uma habilidade considerada importante e não dominada pela organização- cliente. Por esta razão, é a que menos contribui com publicações de cunho conceitual, pois o sigilo e o know how são suas marcas registradas. É pontual, no sentido de que parte do princípio de que a organização-cliente diagnosticou corretamente o problema, conhece a sua extensão e está disposta a investir em sua solução e, por conseguinte, uma área ou assunto podem ser convenientemente isolados e submetidos a uma ação terapêutica. Em razão deste tipo de abordagem, há uma forte tendência deste tipo de Consultoria a ter o viés da área de especialização do consultor, ignorar interdependências e sofrer indiferença do resto da organização.
b. Modelo médico-paciente: é a mais conhecida forma de Consultoria em Organização e a que recebe maior e mais sedimentada contribuição conceitual. Parte do princípio de que o cliente não é capaz de identificar por si próprio a natureza dos problemas que enfrenta e, portanto, precisa de ajuda, tanto para o mapeamento e diagnóstico dos pontos fracos organizacionais, quanto para a elaboração de alternativas e para a implantação de soluções correspondentes. E característica de organizações cujo crescimento foi feito à custa de um grau de diferenciação acentuado, exigindo da consultoria uma missão de integrar, resgatar sinergias e articular áreas e funções.
c. Consultoria de processos/procedimentos: voltada para a identificação dos bloqueios organizacionais para estabelecer um auto diagnóstico de suas fraquezas. Está centrada na observação dos processos interpessoais (daí o seu nome), na busca de indicadores de dificuldades expressas por estes processos em estabelecer esse diagnóstico. Ela parte do reconhecimento de que só é possível a solução dos problemas organizacionais, na medida em que a própria organização seja capaz de estabelecer e sustentar um processo permanente de auto diagnóstico, submetendo seus processos interpessoais à avaliação da capacidade de proceder de forma madura nas gestões necessárias à eficácia organizacional. 
21. Explique, a partir de Habermas, a importância do consenso na construção da consultoria. Podemos ler nas próprias condições para a compreensão de expressões linguísticas que os atos de fala, que podem ser formados com seu auxílio, apontam para o consenso racionalmente motivado sobre o que é dito. Nessa medida, a orientação pela possível validade do proferimento faz parte das condições pragmáticas não só do entendimento, mas da própria compreensão da linguagem. Na linguagem, as dimensões do significado e da validez estão ligadas internamente. O consultor experiente sabe (implicitamente), em seu diálogo com os gerentes da empresa, por exemplo, o horizonte médio de certezas que estes partilham pela experiência e trabalha dentro dele, muito além do que chega a explicitar, para produzir consenso médio em torno de algo (idéias verbalizadas) que supõe não ser ainda de concordância ou consenso médio. O entendimento comum, a concordância, o consenso são apenas atitudes e comportamentos? – Claro que não. Supõem certezas já estabelecidas. E quem seria capaz de localizar e identificar suas “razões”, aquilo onde se enraízam, até onde vão? Elas estão silenciosas nesse background. Não é verdade que o conhecimento surge da ignorância. Só se aprende bem o que já se “sabe”.
22. Explique, de maneira detalhada, a importância do processo comunicativo na consultoria; Habermas se concentra na problemática do entendimento mútuo, o seu conceito de ação comunicativa refere-se à interação de ao menos dois sujeitos capazes de linguagem e ação que iniciam uma relação interpessoal na qual buscam se entender de forma a poderem coordenar de comum acordo seus planos de ação. Isso aplica-se perfeitamente à situação da consultoria, pois as partes encontrar-se-ão em uma dinâmica relacional na qual a exposição comunicativa de seus pontos de vista irá gerar um plano de ação de comum acordo e interesse o qual será o produto do processo comunicativo entre ambos.
23. Explique a dinâmica de interação dos sujeitos delimitando os conceitos de:
a. Atos perlocucionários: um significado real, mas derivado, de forma intencional ou não, do ato ilocucionário praticado.
b. Atos ilocucionários: consiste a ação de fala, que carrega a força de uma intenção
c. Em que medida o agir comunicativo leva ao consenso; Habermas introduz o conceito “agir comunicativo” (“O esboço do agir comunicativo é um desdobramento da intuição segundo a qual o telos do entendimento habita na linguagem”, HABERMAS, 1990, p. 77), e o caracteriza por oposição ao “agir estratégico”. Os tipos de interação distinguem-se, em primeiro lugar, de acordo com o mecanismo de coordenação da ação; é preciso saber, antes de mais nada, se a linguagem natural é utilizada apenas como meio para transmissão de informações ou também como fonte de integração social. No primeiro caso, 3 trata-se, no meu entender, de agir estratégico; no segundo, de agir comunicativo. No segundo caso, a força consensual do entendimento lingüístico, isto é, as energias de ligação da própria linguagem, tornam-se efetivas para a coordenação das ações, ao passo que no primeiro caso o efeito de coordenação depende da influência dos atores, uns sobre os outros e sobre a situação da ação, a qual é veiculada através de atividades não-lingüísticas. Vistos na perspectiva dos participantes, os dois mecanismos, o do entendimento motivador da convicção e o da influenciação que induz o comportamento, excluem-se mutuamente. Ações de fala não podem ser realizadas com a dupla intenção de chegar a um acordo com um destinatário sobre algo e, ao mesmo tempo, produzir algo nele, de modo causal.
 Na medida em que a ação comunicativa é o argumento que vence por ser verdadeiro e de acordo com o contexto; por possuir elementos racionais por trás da comunicação que sejam compatíveis com o plano cooperativo dos indivíduos.
24. Diferencie o agir estratégico do agir comunicativo na interação da consultoria; No agir comunicativo a linguagem natural é utilizada apenas como meio para transmissão de informações; aqui, o efeito de coordenação depende da influência dos atores uns sobre os outros e sobre a situação. Já no agir comunicativo a linguagem natural é utilizada como meio para transmissão de informações e como fonte de integração social; aqui há a força consensual do entendimento linguístico. Desta forma, o agir comunicativo na consultoria se manifestaria pelo alcance do consenso por meio do entendimento claro entre os lados envolvidos, ao passo que o agir estratégico envolveria o convencimento por meio da influencia de uma parte, sendo que no caso específico da consultoria tal influencia poderia ser exemplificada pelo conhecimento técnico de apenas uma das partes. 
25. Explique como os saberes implícitos de cada sujeito transita entre: 
a. O plano espacio-temporal da interação: é o caso em que os participantes se entendem porque estão sabendo onde se passa a cena, onde estão seus atores, ou em que tempo, passado ou futuro, ocorrem os fatos pertinentes. 
b. O plano temático da interação: (aquilo de que se está falando) também permanece ativo, mas tácito, na conversação, como seu elo de coerência, a evoluir dinamicamente. 
c. Os hábitos de fala, jargõese outros padrões de fala: Aqui, os saberes implícitos manifestam-se exteriormente no sujeito, pois suas convicções passam a definir como ele fala, os jargões que usa, que são próprios de seu contexto de saberes implícitos. 
26. Por que podemos dizer que ser consultor demanda prática e experiência? Segundo (Fosstenlokken et al., 2003) a aprendizagem é um o fator chave de desenvolvimento do conhecimento no setor de consultoria de gestão, é associada a ganhos de sensibilidade, histórico, aquisição de conhecimentos ao longo do circuito, experiência, construção de padrões e crescimento com erros passados. Assim, a prática e a experiência são substanciais ao verdadeiro consultor. Além disso, não basta ao consultor apenas o conhecimento teórico administrativo, consultor deve mergulhar no contexto do cliente, buscando entendê-lo, adquirindo experiências sobre a empresa.
27. Explique, detalhadamente, em relação ao consultor: 
28. O que é a definição do escopo de atuação do consultor; Definição de escopo é um processo de descrição detalhada do objetivo do projeto, abarca o entendimento dos objetivos do projeto, dos resultados esperados e a descrição do trabalho a ser realizado.
29. Quais são os aspectos relacionados à definição de portfólio?
Duração; segmento; região/espaço; amplitude (organizacional, estratégico?) e atendimento 
30. Explique os três pilares racionais que fundamentam o plano de carreira do consultor: 
a. Experiência profissional; trata-se do tempo de execução profissional em si, é importante para o administrador ter uma boa experiência profissional, pois ela irá nortear a sua atuação quanto à resolução das situações encontradas. 
b. Formação profissional/educativa; a formação profissional diz respeito à educação formal em si, o currículo do consultor com sua formação acadêmica e profissional, é o critério mínimo para entrar no mercado.
c. Feitos/produções/reputação: envolve quais tipos de projeto que desenvolveu, se foram bem sucedidos, qual a reputação do consultor no mercado, qual a imagem que se tem dele. 
31. A consultoria pode ser vista como um recurso organizacional? Explique. Não, a consultoria deve ser vista como um recurso externo, pois agrega core competences que não existem na organização. Ela também é temporária, um recurso de transição. A consultoria externa pode ser considerada como um recurso a partir da demanda pela internalização de uma competência não disponível na organização.
32. Explique, de maneira detalhada, cada uma das variáveis a seguir na consultoria:
 a. Percepção da natureza do problema; identificação, pela organização- cliente, de um problema que se desdobra em duas etapas independentes: a) reconhecimento de uma condição interna ou externa à organização que ameaça, em qualquer horizonte de tempo, sua estabilidade ou sobrevivência; e b) decisão sobre a estratégia de correção daquela condição.
b. Agentes de consultoria; reside na caracterização do responsável pela condução desse processo, cuja origem é fator determinante para o entendimento do poder, da penetração, da metodologia e dos interesses do consultor.
c. Base institucional de atuação (púb. Ou priv.?) trata-se das diferenças entre as administrações pública e privada em termos de estilo gerencial, formas de fixação de políticas, prioridades, comportamento administrativo etc.
d. Setor de atuação da empresa cliente; Os diferentes setores de atuação governamental e/ou empresarial - transportes, energia, informática, telecomunicações etc. - compreendem universos tecnológicos absolutamente distintos, bem como culturas institucionais, administrativas e gerenciais igualmente distintas.
e. Para que nível ocorre a consultoria? Trata-se de diferenciar as consultorias direcionadas aos níveis estratégico, gerencial e operacional das organizações-clientes.
f. Quais são os prazos de consultoria? Trata-se da diferenciação dos prazos de atuação de uma consultoria junto à empresa, sendo que a consultoria pode ser de caráter permanente e contínuo, através de contratos de trabalho de tempo indeterminado, ou ainda uma vinculação temporária, que é mais comum e tem um tempo determinado. 
g. Qual é o foco da Atuação do Consultor? O universo de trabalho de consultorias externas corresponde à ampla diversidade de problemas e carências possíveis (obsolescência do modelo institucional, custos elevados, perda de mercado, ameaças externas), portanto, o consultor deve ter um foco de atuação para o qual irá direcionar sua atuação. 
33. Explique quais são as três etapas do processo de consultoria? Explique-os. 
Formulação: é a fase conceitual, consistindo na projeção das metas a serem alcançadas no cronograma. 
Implantação: o projeto começa a ser executado, é uma fase política e estratégica da consultoria onde ocorrem a maioria dos conflitos.
Resultados: é a ultima fase, onde ocorre o feedback, aqui verifica-se a eficiência, a eficácia e a efetividade da consultoria prestada. 
34. Explique de que maneira fatores condicionantes externos impactam a consultoria. 
O projeto de consultoria deve levar em conta a os procedimentos técnicos, a interação política com o cliente, o contexto do cliente com base nos fatores psicológicos, políticos, culturais e históricos da empresa, além da adequada teoria administrativa. Dessa forma, o consultor é capaz de elaborar um projeto adequado e implementá-lo sem muitos conflitos.
35. Explique de maneira fatores condicionantes internos impactam a consultoria. 
Em relação ao ambiente micro deve-se buscar à eficiência, à escolha de procedimentos técnicos pertinentes à situação da empresa, além de prezar pela implementação adequada. Isso, aliado a apreciação e observação dos fatores externos permite adequadas: formulação, implementação e alcance de resultados.
36. O que é a consultoria como uma prática em vez de processos? Explique. Os consultores organizacionais podem ajudar os praticantes a refletirem sobre suas práticas, modificando e concretizando-as em ações estratégicas. Para isso, o processo de consultoria em estratégia não pode ser visto como uma aplicação de uma metodologia pré-estabelecida. Na prática como ferramenta estratégica a elaboração da estratégia é entendida como um processo artesanal em que os atores interagem para moldar o contexto em que a firma se inscreve, construindo socialmente novos padrões de atividades.
37. Na perspectiva de consultoria como uma prática, explique: 
a. O que é o conceito de práxis; Práxis são as reflexões feitas pelos profissionais. É o trabalho de fazer a estratégia.
b. O que é o conceito de práticas; Práticas referem-se às rotinas e normas de trabalho da estratégia, são os modos socialmente definidos de ação (ex: divisionalização, conglomeração)
c. O que é o conceito de praticantes; Atores que formam a construção do pensamento prático relacionando o que são, como agem e com que recursos o fazem, são os gestores, bem como os atores internos e externos.
38. Explique, a partir dos textos, como a consultoria é representada socialmente. A consultoria é representada como um recurso externo à organização o qual tem por função ajudar o cliente a refletir sobre a identificação e resolução dos seus problemas, outra representação é de que o consultor é um orientador, alguém que indica possíveis caminhos à organização, alguém ofereça soluções e opções de mudanças para as organizações contratantes. De uma forma geral essas duas são as principais formas de representação do consultor: como um facilitador que estimula a autonomia dos clientes em achar soluções, bem como de um guia que indica os caminhos a serem seguidos.
39. Qual a função da consultoria nas organizações? Explique cada uma das opções abaixo: 
a. Análise, priorização e geração de opções; os consultores podem analisar as questões estratégicas por meio de uma perspectiva externa, o que poderá auxiliar na identificação das prioridades e gerar opções para os estrategistas internos considerarem e escolherem.
b. Transporte de conhecimentos; disseminam visões, informações e conclusões oriundas da análise daorganização. 
c. Promoção de decisões estratégicas; realiza a escolha estratégica e influencia os estrategistas internos para adotarem essa escolha.
40. Qual a importância do contrato psicológico no processo de consultoria? Explique.
Para Schein, é crucial estabelecer um contrato psicológico entre consultor e cliente antes de iniciar o serviço. O consultor precisa descobrir as expectativas do cliente em relação ao processo. Isso aspecto é importante para que, posteriormente, não haja desapontamento em relação ao produto obtido. O consultor também deve ser bastante claro quanto ao que ele espera da organização. Esse acordo permite que a relação consultor-cliente seja baseada em sinceridade, gerando confiança entre as partes, facilitando o serviço de consultoria diminuindo resistências. 
41. Por que podemos dizer que a aprendizagem na consultoria é andragógica? Explique. Primeiramente, andragogia trata da educação de adultos. Dessa forma, a aprendizagem organizacional encontra-se na aprendizagem pela experiência, chamada aprendizagem experiencial, assim, os consultores, pessoas adultas, desenvolvem a própria aprendizagem por meio da experiência adquirida. Tal aprendizagem gera uma intervenção eficaz de consultoria, focada em ajudar as pessoas a aprender a partir de suas experiências, bem como contribuir para o desenvolvimento das pessoas e da própria organização.
42. Em relação às abordagens das escolas de aprendizagem na consultoria, diferencie: 
a. A abordagem behaviorista: os integrantes são estimulados ao envolvimento e ao compartilhamento de experiência devido ao recebimento de benefícios ou de punições.
b. A abordagem cognitivista: Diz respeito à facilidade de percepção, os indivíduos têm insights e flashes, reorganizando uma determinada experiência por meio de estímulos do ambiente. Estes insights tornam-se úteis para as organizações a partir do momento que são interpretados e compartilhados pelo grupo, subsidiando a resolução de problemas ou o desenvolvimento de produtos e da inovação. 
c. A abordagem humanista; as pessoas ao fazerem parte de um grupo, são responsáveis pelo seu crescimento e somente elas poderão ver sentido em suas ações perante o grupo. Esta orientação considera que os seres humanos podem controlar seus próprios destinos; as pessoas são livres para agir, sendo o comportamento consequência da escolha humana.
d. A abordagem de aprendizagem social: a aprendizagem dá-se por meio das interações dos indivíduos. Esta perspectiva apresenta uma posição de que as pessoas aprendem observando as outras. 
e. A abordagem construtivista: considera a aprendizagem como algo interno, sendo “um processo de construção de significados por parte do indivíduo e, dessa forma, uma atividade cognitiva interna”.
43. Explique, de maneira detalhada, os dois princípios básicos da aprendizagem: 
a. Continuidade: continuidade significa que toda e qualquer experiência utiliza algo das experiências anteriores que modifica, de algum modo, as experiências posteriores, se uma experiência desperta curiosidade, fortalece a iniciativa e suscita desejos e propósitos suficientemente intensos para conduzir uma pessoa aonde for preciso no futuro, a continuidade funciona. 
b. Interação: confere igualdade a dois fatores da experiência: as condições objetivas (meio ambiente) e as condições internas (do indivíduo). Uma experiência é o que é, porque uma transação está ocorrendo entre um indivíduo e o seu meio.
44. Explique os quatro estágios no ciclo de aprendizagem organizacional: 
a. Experiência concreta: as pessoas se envolvem em experiência concreta imediata, de forma completa, aberta e sem preconceitos.
b. Observação Reflexiva: a partir da experiência tida as pessoas , refletem sobre, observando essa experiência tida de várias perspectivas. 
c. Abstração de Conceitos: essas observações e reflexões serão assimiladas em teorias lógicas. 
d. Experimentação Ativa: essas observações e reflexões serão usadas para tomar decisões e solucionar problemas, servindo também como guia na ação para criar novas experiências, assim o ciclo é reiniciado.
45. De que forma a cultura organizacional influencia o processo de consultoria? A cultura organizacional viabiliza o processo de consultoria mediante participação efetiva dos executivos da empresa. A participação efetiva de executivos em processos de consultorias é sugerida para um processo gradativo, gerando menores externalidades negativas na cultura organizacional.
46. O que é a cultura organizacional segundo o conceito de Schein? Explique. É um padrão de pressupostos básicos que determinado grupo inventou, descobriu ou desenvolveu ao aprender a lidar com os problemas internos ou externos. Após serem considerados como válidos, são transmitidos aos demais membros da organização como forma correta de perceber, pensar e sentir em relação a esses problemas.
47. Quem e como se delimita a cultura dominante de uma organização? Explique. 
48. Explique os três aspectos abaixo relacionado à mudança cultural: 
a. Consciência de outros modos de operação: isto é, a empresa sabe que há outra forma de atuar, a outra forma pode ser mais vantajosa e isso pode impulsionar a empresa na direção da mudança. 
b. Compromisso das pessoas com mudança: as pessoas devem ter consciência de seus papeis na mudança a ser implementada, sendo assim, devem comprometer-se com a mudança, enxergando nela a possibilidade de melhoria. 
c. Aderência da estrutura quanto à mudança: trata-se do fato da organização embarcar (ou não) na ideia da mudança e na mudança em si, caso a organização não adira à mudança a mesma enfrentará resistências as quais dificultarão sua implementação e resultados. 
49. Explique o que é um ambiente de hipercultura e como influencia a consultoria. 
Ambiente de hipercultura diz respeito ao surgimento da tecnologia da informação, a interatividade, a conectividade e o modelo de hipertexto dela decorrentes, que colocaram o ser humano diante de novas formas de pensamento e interação com o mundo. Ela influencia a consultoria no sentido de que a maioria dos consultores faz parte das gerações digital e pós-digital, estando inseridos na hipercultura, fazendo uso da tecnologia em especial para atualização profissional. Além disso, os consultores mais hiperculturais atraem mais clientes de alto perfil e a fecham um maior número de contratos, além de serem mais versáteis.
50. O que é Teoria da Mediação Cognitiva (TMC)? Explique seus fundamentos. É uma teoria que defende que a capacidade cognitiva do ser humano resulta do processamento cerebral associado ao processamento realizado por estruturas extracerebrais (objetos, artefatos, grupos sociais etc.) que fornecem capacidade de processamento adicional ao cérebro, através da mediação com lógicas internas que fazem a ponte com os mecanismos externos. Ou seja, existe o processamento interno (do cérebro) e os processamentos externos (feitos por grupos sociais, PC’s etc), e que esses processamentos são mediados entre si e aumentam a capacidade de procedimento do cérebro. 
51. Explique os quatro elementos abaixo acerca da capacidade cognitiva do ser humano: 
a. Processamento cerebral: trata-se do processamento interno do cérebro, seria o processamento do cérebro com apenas si mesmo.
b. Processamento extracerebral: seria o processamento externo ao processamento cerebral e que complementaria este, tal processamento pode ser por meio de sistema sociais, cultura ou mesmo ferramentas físicas. 
c. Mediação com lógicas internas: seria a ponte entre os processamentos externos e internos, na qual é feita a ligação entre ambos os conhecimentos adquiridos. 
d. Dinâmica de interação: trata-se justamente da interação entre os processamentos externos e internos que são mediados com as lógicas internas. 
52. Explique as características, no processo de mudança organizacional: 
a. Da fase de início e da crise de liderança: caracteriza-se por longas jornadas de trabalho com salários compensadores; a comunicação entre a equipe dá-se frequentemente informal; os fundadoresexercem funções gestoras, além de estarem vocacionados a produzir e vender cada vez mais o seu produto; ocorre uma conseqüente crise de liderança, uma vez que a empresa está em desenvolvimento e exige uma postura de gerente do proprietário.
b. Da fase de sobrevivência e da crise de autonomia: inicia-se uma estrutura de organização funcional para separar as atividades por área; são adotadas novas normas de trabalho, programas de incentivo e orçamentos; a comunicação torna-se informal e impessoal de acordo com a hierarquia; pode ocorrer a crise de autonomia, pois a medida que a empresa cresce, as pessoas começam a desejar tarefas mais definidas e maior controle sobre elas. 
c. Da fase de sucesso/decolagem e a crise de controle: aos gerentes são atribuídas maiores responsabilidades; o bônus é uma forma de benefício utilizado para estimular o empregado a produzir e vender mais; a comunicação da alta gerência ocorre por comunicados, correspondências ou telefone, pois está mais distante do nível operacional, a crise esperada é a de perda de controle dos processos e pessoas, em função do aumento do porte da empresa. 
d. Da fase de expansão e da crise de burocracia: há planejamento formalizado para manter o controle da empresa; os cuidados, por parte dos proprietários, devem voltar-se para o enfrentamento da crise do excesso de burocracia, muito em função do número de controles que teve que elaborar para contornar as dificuldades da fase anterior. 
53. Da fase de maturidade e do crescimento pela colaboração. 
54. Quais são as diferentes abordagens relacionadas à contratação da consultoria? 
 Enquanto situação de compra e venda: ocorre em ambiente de negócios, é a situação na qual há um comprador que possui uma demanda ou necessidade, e, um vendedor que oferece seu serviço para satisfazer tais necessidades, e que destaca os elementos positivos que o diferencia de outras empresas de consultoria. Assim, aproxima-se de uma relação que se pauta pela lógica do cálculo racional.
Enquanto etapa do processo de consultoria: a contratação é entendida enquanto etapa do processo de consultoria, referindo-se este, ao próprio trabalho do consultor, a ação de intervenção na empresa-cliente.
55. Qual a importância do contrato no processo de consultoria? 
O contrato é um elemento de regulação da prestação do serviço. Nele ficariam estabelecidos os direitos e obrigações de cada parte, consultor e cliente, como uma forma, então, de tanto a consultoria quanto o cliente se garantirem legalmente em relação a aspectos acordados e que não foram cumpridos. Em suma, o contrato resguarda ambos os lados em relação ao que foi prometido e o que foi entregue, ele funciona como esse elo regulador.

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