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direito Internacional privado Capa Página 1 de Nova Seção 1 sararayanne58@ gmail.com direito internacional privado sumário → Casamento e divórcio no DIPR: Página 05 ↳ Capacidade para casar: Página 05 ↳ Casamento realizado no Brasil: Página 06 ↳ Casamento realizado no exterior: Páginas 06 e 07 ↳ Casamento consular: Página 07 ↳ Casamento consular de brasileiros no exterior: Página 07 ↳ Casamento consular de estrangeiros no Brasil: Página 07 ↳ Casamento por procuração: Página 08 ↳ Lei aplicável ao regime de bens: Página 08 ↳ Efeitos pessoais do casamento: Página 08 ↳ Invalidade do casamento: Página 09 ↳ Divórcio: Página 10 ↳ Divórcio consensual consular: Página 10 e 11 ↳ Divórcio consensual puro e qualificado: Páginas 11 e 12 → Relações parentais no Dipr: Página 13 ↳ Filiação: Página 13 ↳ Guarda de filhos: Página 14 ↳ Direito de visita: Páginas 14 e15 ↳ Alimentos: Página 15 e 16 ↳ Sequestro internacional de crianças: Página 16 a 18 → Sequestro internacional de crianças: Página 19 Objetivos da convenção: Páginas 19 ao 21 Stickers: FreePik Sumário Página 2 de Nova Seção 1 sararayanne58@ gmail.com direito internacional privado sumário → Adoção: Página 22 Questão da nacionalidade: Página 22 Convenção Interamericana sobre Conflito de Leis em Matéria de Adoção de Menores (1984): Página 23 a 25 Convenção Relativa à Proteção das Crianças e à Cooperação em Matéria de Adoção Internacional (1993): Página 25 e 26 Direito Internacional Privado brasileiro da adoção: Página 26 e 27 Adoção por estrangeiros na Constituição de 1988 e no ECA: Página 27 e 28 Resumo: Página 28 e 29 → Direito das sucessões no DIPR: Página 30 Princípio da universalidade sucessória: Páginas 30 e 31 Desuso (de facto) e insubsistência (de jure) da regra: Página 31 Bens imóveis localizados no estrangeiro: Páginas 31 e 32 Equalização de direitos na partilha dos bens: Página 32 Sucessão de bens de estrangeiros situados no País: Página 32 Capacidade para suceder: Páginas 32 e 33 Execução de testamento celebrado no estrangeiro: Página 33 Lei aplicável à forma: Página 33 → Direito das obrigações e contratos. Página 34 Obrigação proveniente de contrato: Página 34 e 35 Obrigação no exterior destinada à execução no Brasil: Página 35 Obrigações por atos ilícitos: Página 35 Tratados internacionais: Página 35 e 36 Flexibilização pela lex damni: Página 36 Obrigações ex lege: Página 36 Stickers: FreePik Sumário Página 3 de Nova Seção 1 sararayanne58@ gmail.com direito internacional privado sumário → Pessoas jurídicas no DIPR: Página 37 Lei Aplicável: Página 37 Nacionalidade da empresa: Página 37 Reconhecimento e funcionamento da empresa estrangeira: Página 37 Limites de operação no Br: Páginas 37 e 38 → Direito processual internacional; Página 39 Introdução: Página 39 Natureza das normas de direito processual internacional: Página 39 Fontes do direito processual civil internacional: Página 39 Lex fori; Lex Diligentiae e lex causae: Páginas 39 e 40 → Cooperação jurídica internacional: Página 41 Introdução: Página 41 Carta rogatória: Páginas 41 e 42 Cooperação judiciária internacional: Página 42 Homologação de sentença estrangeira: Página 43 Requisitos: Páginas 43 e 44 → Condição jurídica do estrangeiro: Página 45 Conceito de estrangeiro: Página 45 Regulamentação: Página 45 Admissão e ingresso de estrangeiro: Página 45 Tipos de visto: Páginas 45 a 47 Direitos dos estrangeiros: Páginas 47 e 48 Exclusão do estrangeiro: Páginas 48 a 50 Extradição: Páginas 49 e 50 Fases ( sistema judiciário de extradição): Página 50 a 54 Sumário Página 4 de Nova Seção 1 sararayanne58@ gmail.com Art./Súmulas Observações Títulos Atenção Subtítulos Aula 01 Aula 01- Casamento e Divórcio É de extrema importância analisarmos tais fenômenos dentro do direito internacional privado, principalmente pela enorme constância com que pessoas de nacionalidades e domicílios distintos casam-se. - Casamentos no estrangeiro de domiciliados no Brasil.- E casamentos no Brasil de pessoas domiciliadas no estrangeiro.- QUAL LEGISLAÇÃO DEVE SER APLICADA E UTILIZADA A ESSA RELAÇÃOJURÍDICA? - Casamento e divórcio no DIPR: CAPACIDADE + FORMALIDADES (HABILITANTES E CELEBRANTES) AS NORMAS DE DPR EM RELAÇÕ AO CASAMENTO TEM IMPORTÂNCIA PARA A PRECIAÇÃO DE SUA VALIDADE EM RELAÇÕES INTERJURISDICIONAIS. - Se atentar para a união estável.- Analisaremos o casamento ocorrido no brasil e no exterior, o casamento consular, o casamento por procuração, a lei aplicável ao regime de bens e a invalidade matrimonial. - Capacidade para casar: A capacidade para casar(contrair matrimônio), é estabelecida pela lei pessoal de domicílio de cada nubente. - A lei que estabelece esse ideal é a LINDB em seu Art.7°.caput.- Já a forma é estabelecida pela lei do local de celebração(Art.7°,LINDB;§1°). - A lei do local de celebração, pode ter regra diferente enquanto a capacidade, mas a que deve ser avaliada é a de domicilio dos mesmos. - Por exemplo: umas pessoa/jovem com dezoito anos de idade é habilitado a se casar no Brasil, entretanto em algumas leis estrangeiras o mesmo pode ser considerado menor. - Há também outros fatores que a lei de domicilio deve tratar como de ordem pública, como: doença mental, loucura ou exercício de determinadas funções ou cargos. - QUAL A LEI DEVE SER APLICADA QUANTO AOS IMPEDIMENTOS MATRIMONIAIS? Deve ser verificado a lei do local de celebração(lex loci celebrationis), e não referente a lei do domicilio. Art. 7°.LINDB= A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família. Art.7°;§1°;LINDB= Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração. Gmail: sararayanne58@gmail.com/ Instagram: sararayanne58 Página 5 de Nova Seção 1 sararayanne58@ gmail.com Juliana Oliveira Casamento realizado no Brasil: Como já elucidado no Art.7;§1° da LINDB,as formalidades habilitantes e celebrantes serão regidas pela lei do local de celebração, observado por cada legislação. - Cada ordem jurídica/Estado chama para si a competência quanto as formalidades habilitantes e celebrantes do matrimônio. - Evitar casamentos à margem da lei.- CÓDIGO DE BUSTAMANTE x CONVEÇÃO DE HAVANA O código de Bustamante em seus Arts. 36° e 37°,dispõe, que os nubentes estão sujeitos a lei pessoal/domicílio quanto a capacidade de contrair matrimônio, devendo ainda provar e certificar, ao consentimento mediante certidão pela autoridade local/paterna. - CONDIÇÕES JURÌDICAS QUE DEVE PRECEDER A CELEBRAÇÃO DO MATRIMONIO:CÓDIGO DE BUSTAMANTE.. - Art. 36°= Os nubentes estarão sujeitos á sua lei pessoal, em tudo quanto se refira á capacidade para celebrar o matrimonio, ao consentimento ou conselhos paternos, aos impedimentos e á sua dispensa. Art. 37°= Os estrangeiros devem provar, antes de casar, que preencheram as condições exigidas pelas suas leis pessoais, no que se refere ao artigo precedente. Podem fazê-lo mediante certidão dos respectivos funcionários diplomáticos ou agentes consulares ou por outros meios julgados suficientes pela autoridade local, que terá em todo caso completa liberdade de apreciação. A norma brasileira é adepta a regra locus regit actum(lugar rege o ato). - A intenção da norma, é preservar o casamento de qualquer fraude, buscar o respeito ao direito brasileiro(Código Civil). - Observar a lex fori (lei do foro/local).- Obedecidas as formalidade habilitantes e celebrantesda lei brasileira , será portanto válido do Brasil e em todos os países, em relação ao princípio do direito adquirido n exterior. - Casamento realizado no exterior: E QUANTO AOS CASAMENTO DE BRSILEIROS OU ESTRANGEIROS DOMICILIADOS NO BRASIL, QUAL LEI SERÁ APLICADA? A resposta é clara, pois se como dito, os casamentos celebrados no brasil, deve se respeita a lei local, nada que mais lógico que aplicar a lei do local da celebração.(lex loci celebrationis),pois cada pais tem uma norma quanto as formalidades. - Assim o casamento no estrangeiro, seja como for a modalidade ,será plenamente válido no Brasil, e a recíproca é verdadeira. - O casamento de brasileiros no estrangeiros, entretanto deve ser registrado perante autoridade brasileira(habilitação reguladas no Código Civil). - Art. 1.544°;CC= O casamento de brasileiro, celebrado no estrangeiro, perante as respectivas autoridades ou os cônsules brasileiros, deverá ser registrado em cento e oitenta dias, a contar da volta de um ou de ambos os cônjuges ao Brasil, no cartório do respectivo domicílio, ou, em sua falta, no 1 o Ofício da Capital do Estado em que passarem a residir. Art.9°; §1°;LINDB= Para qualificar e reger as obrigações, aplicar- se-á a lei do país em que se constituírem. § 1 Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e dependendo de forma essencial, será esta observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos do ato. Continuação Página 6 de Nova Seção 1 sararayanne58@ gmail.com Porém, muito embora exista a previsão constitucional de respeito ao direito adquirido, tal premissa, ao menos no Brasil, não é absoluta, visto que não será reconhecido o direito adquirido nos casos em que se entenda haver ofensa à ordem pública, aos bons costumes e à soberania nacional. Logo, não se reconhece no Brasil, casamentos ocorridos no exterior entre um homem e várias mulheres, ainda que tal prática seja legal em cerca de cinquenta países. Assim, se um cidadão árabe que possui duas esposas legítimas cujos casamentos ocorreram na Arábia Saudita, onde permite-se a poligamia, estabelecer sua residência no Brasil, não poderá ter reconhecido seus dois casamentos, tendo assim afetados os seus direitos outrora adquiridos em seu país natal. - Casamento consular: Tanto brasileiros no exterior quanto estrangeiros no brasil podem casar perante autoridades consulares de seus respectivos países. - LEI NACIONAL DOS NUBENTES.- EM XCEÇÃO A REGRA GERAL LEX LOCI CELEBRATIONIS.- Para evitar constrangimentos em caso de imposição de algumas regras. - Art.5°; da convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas de 1963. - Casamento consular de brasileiros no exterior: Art. 18°;LINDB= Tratando-se de brasileiros, são competentes as autoridades consulares brasileiras para lhes celebrar o casamento e os mais atos de Registro Civil e de tabelionato, inclusive o registro de nascimento e de óbito dos filhos de brasileiro ou brasileira nascido no país da sede do Consulado. Assim cônsules de carreira, podem celebrar casamento de nubentes de nacionalidade brasileira, independendo lugar de seu domicílio. - ENTRETANTO DEVE-SE OBSERVAR QUE OS NUBENTES PRECISAM TER NACIONALIDADE BRASILEIRA(SEJA ORIGINÁRIA OU DERIVADA). - Art.7°;§2°;LINDB= O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes. PORTANTO NÃO PODERÁ E NÃO SERÁ VÁLIDO OS CÔNSULES CELEBRAR CASAMENTO DE UM NACIONAL E UM ESTRANGEIRO.(POR QUESTÃO DE SOBERANIA), PORÉM PODERAM CASAR SOB AUTORIDADE LOCAL,DESDE QUE NÃO SEJA IMPOSTA FORMALIDADES IMPOSSÍVEIS DE SEREM CUMPRIDAS, QUE OS NUBENTES NÃO CONCORDAM, SENDO PORTANTO IMPOSSÍVEL O CASAMENTO POR FALTA DE BASE JURÍDICA. - Questão de reciprocidade entre os Estados soberanos em função do casamento consular. - Mesmo havendo casamento consular há a necessidade de registro em 180 dias no brasil. - Casamento consular de estrangeiros no Brasil: Da mesma forma que é permitido aos brasileiros casarem em repartição consular ou diplomática (perante autoridades brasileiras),podem os estrangeiros igualmente fazerem. - Interesse da autoridade celebrante.(soberania).- No Brasil, portanto podem ser feitas diversas formas de casamento por forma diversa da legislação brasileira, pois cada Estado tem um interesse e entendimento diverso(legislação de origem). - PODEM,CONTUDO DOIS ITALIANO,QUE SÃO TAMBÉM BRASILEIROS EM RAZÃO DE DUBLA NACIONALIDADE CASAR-SE PERANTE AUTORIDADE CONSULAR? A resposta é não!!!!! Continuação Página 7 de Nova Seção 1 sararayanne58@ gmail.com Casamento por procuração: Existe uma certa divergência quanto a sua definição.- SE ALGUÉM,DOMICILIADO EM PAÍS QUE IMPEDE TAL MODALIDADE,PASSA UMA PROCURAÇÃO PARA OUTREM A FIM DE CASAR-SE COM CONSORTE DOMICILIADO NO Brasil, QUAL A LEI APLICÁVEL AO CASAMENTO ASSIM CELEBRADO? Dolinger explica que essa questão está ligada de maneira substancial, ligada à capacidade, à manifestação da vontade para casar, deve aplicar-se a lex causae e considerar que o casamento não foi regularmente celebrado, devendo ser invalidado; - ENTRETANTO FOI TRATADO COMO FORMA DE CELEBRAÇÃO, APLICANDO- SE ASSIM A LEX LOCI CELEBRATIONIS, A LEI BRASILEIRA POR SER PLENAMENTE VÁLIDO A FORMA DE CELEBRAÇÃO POR PROCURADOR. - O mesmo deve ser realizado por etapas.- Lex fori X lex causae Apesar do Brasil aceitar, o mesmo não poderá ser realizado no Brasil, exceto por tratado internacional em contrário. - Outro fator é que apesar do impedimento da lex causae de haver casamento por procuração não viola nossa "ORDEM PÚBLICA". - NADA IMPEDE QUE O PAÍS A QUALIFIQUE COMO UMA QUESTÃO SUBSTÂNCIAL, QUALIFICADA PELA LEX FORI. - PARA SER VÁLIDO NO BRASIL,DEVE A LEI PESSOAL DO OUTORGANTE PERMITIR EXPRESSAMENTE.. - Lei aplicável ao regime de bens: Ao que se refere ao regime de bens no casamento, a LINDB determina em seu Art.7°;§4°.que deve se observar à lei do país em que os nubentes estão domiciliados, se esse for diverso, à lei do primeiro domicílio conjugal. - Assim como o Código de Bustamante em seu Art.187°:- Sendo evidente que o domicílio conjugal é o da época da celebração ou estabelecimento. - Art.7°;LINDB= § 4o O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal. DOS CONTRACTOS MATRIMONIAES EM RELAÇÃO AOS BENS Art. 187°=Os contractos matrimoniaes regem-se pela lei pessoal commum aos contractantes e, na sua falta, pela do primeiro domicilio matrimonial. DOMICÍLIO COMUM x PRIMEIRO DOMICÍLIO DOS NUBENTES MATRIMONIAL Convenção da Haia a Lei aplicável aos Regimes Matrimoniais. - NÃO TERÁ NENHUMA INFLUÊNCIA A EVENTUAL MUDANÇA POSTERIOR DE DOMICÍLIO. - PARA ALGUNS DOUTRINADORES O MAIS CERTO SERIA TER A LEI DO LOCAL DE CELEBRAÇÃO DO ATO, AO QUE SE REFERE AO REGIME DE BENS, AFIM DE EVITAR POSSÍVEIS FRAUDES. PRINCIPALMENTE POR SE TRATAR DE FASE PRELIMINAR E NÃO POSTERIORE,POIS O DOMICÍLIO CONJUGAÇ SERÁ O SUBSEQUENTE. - No brasil há uma certa liberdade para os cônjuges estipularem qual regime lhes é mais benéfico. - O tema também é ressalvado no código Civil quanto a prova de mudança de domicílio no Art.74°CC, em como sobre o processo de habilitação para o casamento em seu Art.1525°IV;CC. - APOSTILAMENTO:DE REGIME DE COMUNHÃO PARCIAL DE BENS,RESPEITANDO O DIREITO DE TERCEIROS; - Efeitos pessoais do casamento: A LINDB não contém disposições expressas sobre o assunto. - Entretanto se nos valermos da lei nacional (domiciliar) para tratar das relações dos cônjuges. - Em respeito ao princípio da ordem pública.- Continuação Página 8 de Nova Seção 1 sararayanne58@ gmail.com Invalidade do casamento: No que se refere à invalidade do casamento, é estabelece a LINDB, em seuArt.7°;§3°. - Art. 7°;§3°;LINDB= Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal. A norma é profundamente criticada, por se afastar do que é estabelecido no Código de Bustamante, em seu Art.47°. - A lei deverá ser aplicada independentemente do lugar de celebração observando apenas o domicilio conjugal.(sendo portanto incongruente e sem lógica essa ideia posta pelo legislador, de reger a invalidade por lei estranha, a do lugar de celebração). - Código de Bustamante Art. 47°= A nulidade do matrimônio deve regular-se pela mesma lei a que estiver submetida a condição intrínseca ou extrínseca que a tiver motivado. Na prática o que o disposto deixa a entender(incongruentemente) é o seguinte: um casal contrai núpcias num país, à luz de suas regras jurídicas e, tão logo se casam, fixando domicílio em outro país, neste caso só podendo pela lei deste último- que é país totalmente estranho ao lugar da celebração do matrimonio- discutir a validade do casamento realizado alhures. - Para Almicar de Castro, à redação do dispositivo foi infeliz, pois ao invés de tratar sobre a validade, preferiu acolher a invalidade. Pois para ele, não se pode realizar o casamento por um direito, e anulá-lo por outro: e que nenhum casamento pode ser celebrado em um pìs para valer apenas fora desse país. - Além dele Dolinger, a incongruência de ter a LINDB determinado a aplicação de uma lei de um país B para uma falha formal ou substancial prevista em sua legislação que tenha ocorrido em um casamento celebrado quando os nubentes ainda eram domiciliados neste país B. - Ora, se o casamento foi validamente realizado à luz de certe ordem jurídica, não poderá a lei de terceiro Estado determinar a regência de sua possível invalidade, que poderá ter lugar em situações adversas às estabelecidas pela lex loci celebrationis. - Por todos esses motivos é que o STF, em 1972, declarou como não escrita a regra do art. 7°, § 3°, da LINDB, ao entender que a lei-regente da invalidade do casamento só poderá ser a lex loci celebrationis, mesmo para eventos ocorridos depois das núpcias, nestes termos: Tendo a nova lei adotado o princípio domiciliar para reger, entre outros, os direitos de família (art. 7°), ao contrário da antiga, para quem a lei pessoal era, não a do domicílio, mas a da nacionalidade, o legislador resolveu estender o princípio domiciliar aos casos de invalidade do matrimônio (art. 7°, § 3°), esquecido de que, enquanto a lógica não for sepultada, a validade ou invalidade de um ato só pode ser aferida em face da lei a que ele obedeceu. (...) Que fazer então? Ter o preceito como inaplicável, por impossibilidade lógica, e, assim, como não escrito. - Continuação Página 9 de Nova Seção 1 sararayanne58@ gmail.com Divórcio: Os casais (nacionais ou estrangeiros) que contraíram núpcias no Brasil e aqui se domiciliam terão – salvo eleição de foro estrangeiro, com a anuência de ambos – de submeter-se à competência da autoridade brasileira para aqui se divorciar. - O STF, por sua vez, baseado em tais elementos, entendeu- ser a Justiça norte-americana incompetente para a prolação da sentença de divórcio, vez que era o casal domiciliado no Brasil, pelo que somente a Justiça brasileira teria competência para conhecer da ação; entendeu o tribunal, além do mais, não ter havido foro de eleição, por faltar a concordância da esposa. À conta disso, negou-se a homologação da sentença norte- americana de divórcio em razão, entre outras, da incompetência do juízo. CASADOS NO BRASIL + DOMICILIADOS = NÃO ADMITE DIVÓRCIO FORA Por sua vez, casais domiciliados no Brasil cujo casamento tenha sido realizado no exterior podem eleger a autoridade brasileira como competente para decidir sobre a separação ou o divórcio. Em tais casos, aceita-se a competência da autoridade brasileira para tanto, à luz da regra domiciliar prevista no art. 7° da LINDB. Evidentemente que poderá o casal optar pela realização do divórcio no país em que celebrado o casamento, em razão da lex loci celebrationis (especialmente se o Estado em causa adota o critério da nacionalidade como determinante do estatuto pessoal). - CASADO EM OUTRO + DOMICILIADO = PODE PROCESSAR PAÍS NO BRASIL DIVÓRCIO NO BRASIL Optando, porém, por divorciar-se no Brasil, nada há que- impeça o conhecimento da demanda perante a Justiça brasileira, bastando, para tanto, que apenas um dos cônjuges seja domiciliado no Brasil.97 Ao juiz, porém, poderão aparecer duas questões de DIPr a serem, de plano, verificadas: a relativa à validade do ato realizado no estrangeiro (à luz da regra locus regit actum) e a relativa à regra aplicável ao regime de bens (LINDB, art. 7o, § 5o). Se o divórcio realizou-se no estrangeiro, sendo um ou ambos os cônjuges brasileiros, dispõe o art. 7°, § 6°, da LINDB,que: - Art. 7°;§ 6°; LINDB=O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges forem brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da data da sentença, salvo se houver sido antecedida de separação judicial por igual prazo, caso em que a homologação produzirá efeito imediato, obedecidas as condições estabelecidas para a eficácia das sentenças estrangeiras no país. O Superior Tribunal de Justiça, na forma de seu regimento interno, poderá reexaminar, a requerimento do interessado, decisões já proferidas em pedidos de homologação de sentenças estrangeiras de divórcio de brasileiros, a fim de que passem a produzir todos os efeitos legais. O art. 226°, § 6°, da Constituição Federal de 1988, cuja redação original dispunha que “ casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio, após prévia separação judicial por mais de um ano nos casos expressos em lei, ou comprovada separação de fato por mais de dois anos”, foi posteriormente alterado (em 13.07.2010) pela Emenda Constitucional no 66, passando a dizer, simplesmente, que “casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio”, sem qualquer referência a prazo para a dissolução. - O divórcio realizado alhures somente não produzirá efeitos perante a nossa ordem jurídica se houver violação à ordem pública, a teor do que dispõe o art. 17 da LINDB, segundo o qual “ leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes”. - Divórcio consensual consular: A partir da entrada em vigor da Lei no 11.441/2007, possibilitou-se no Brasil a realização de inventário, partilha, separação consensual e divórcio consensual pela via administrativa - (extrajudicial). Continuação Página 10 de Nova Seção 1 sararayanne58@ gmail.com À vista dessa inovação legislativa, a Lei no 12.874/2013 incluiu os §§ 1° e 2° ao art. 18° da LINDB,para o fim de autorizar às autoridades consulares brasileiras que também celebrem a separação e o divórcio consensuais de brasileiros no exterior, nestes termos: - Art. 18°. § 1º ;LINDB= As autoridades consulares brasileiras também poderão celebrar a separação consensual e o divórcio consensual de brasileiros, não havendo filhos menores ou incapazes do casal e observados os requisitos legais quanto aos prazos, devendo constar da respectiva escritura pública as disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns e à pensão alimentícia e, ainda, ao acordo quanto à retomada pelo cônjuge de seu nome de solteiro ou à manutenção do nome adotado quando se deu o casamento. Art.18°;§ 2°;LINDB= É indispensável a assistência de advogado, devidamente constituído, que se dará mediante a subscrição de petição, juntamente com ambas as partes, ou com apenas uma delas, caso a outra constitua advogado próprio, não se fazendo necessário que a assinaturado advogado conste da escritura pública. Entretanto o §2° do Artigo, merece um olha crítico, quando a indispensabilidade de haver um advogado constituído no processo com registro na Ordem dos Advogados, o que poderia/pode dificultar às partes na obtenção do divórcio consensual. - Divórcio consensual puro e qualificado: Se discutia muito sobre a necessidade de homologação no Brasil das sentenças estrangeiras de divórcio consensual, para o fim de operar efeitos em território nacional. - Atualmente, não há dúvidas de que o divórcio consensual realizado no exterior independe de homologação pelo STJ para valer no Brasil, a teor do que expressamente dispõe o art. 961°, § 5°, do CPC/2015: - Portanto a sentença de divórcio consensual no estrangeiro, é reconhecido no brasil, sem haver a necessidade de homologação pelo STJ. - Art. 961°;CPC= A decisão estrangeira somente terá eficácia no Brasil após a homologação de sentença estrangeira ou a concessão do exequaturàs cartas rogatórias, salvo disposição em sentido contrário de lei ou contrato § 5º A sentença estrangeira de divórcio consensual produz efeitos no Brasil, independentemente de homologação pelo Superior Tribunal de Justiça. Provimento CNJ nº 53/2016 Dispõe sobre a averbação direta por Oficial de Registro Civil das Pessoas Naturais da sentença estrangeira de divórcio consensual simples ou puro, no assento de casamento, independentemente de homologação judicial. 16 de Maio de 2016 Divórcio consensual puro:Divórcio consensual simples ou puro consiste exclusivamente na dissolução do matrimônio, podendo dispor sobre a questão do nome de casada/nome de solteira. Continuação Página 11 de Nova Seção 1 sararayanne58@ gmail.com Divórcio consensual qualificado:divórcio consensual qualificado consiste no divórcio que além de dissolver o matrimônio faz disposição sobre guarda de filhos, pensão alimentícia e/ou partilha de bens. Continuação Página 12 de Nova Seção 1 sararayanne58@ gmail.com Art./Súmulas Observações Títulos Atenção Subtítulos Aula 0 2 Aula 02- Relações parentais em DIPR O Dipr também se preocupa em estabelecer e definir casos em que relacione variados ordenamentos jurídicos (relação internacional) em casos e questões como filiação, guarda de filhos, alimentos, subtração de menores etc. - Filiação : Relações parentais no Dipr: Filiação é a relação entre duas pessoas em que uma é pai ou mãe da outra. Essa relação é disciplinada pelo art.7°;CAPUT da LINDB, regido pela lei do domicílio, por se tratar de direito de família. - Sendo o domicílio do filho, por se tratar de seus diretos primordiais. - E para conhecer o domicílio do filho é necessário aplicar o disposto no Art.7°;§7°.LINDB: - § 7° Salvo o caso de abandono, o domicílio do chefe da família estende-se ao outro cônjuge e aos filhos não emancipados, e o do tutor ou curador aos incapazes sob sua guarda. UM PONTO DE CONFLITO QUE ENCOTRAMOS É QUANDO HÁ NECESSIDADE DE DETERMINAR O DOMICÍLIO DO FILHO, QUE AINDA NÃO SE SABE QUEM É O PAI: - Neste caso aplica-se o domicílio residual do menor- E em casos de proibição da busca da paternidade em país estrangeiro, aplica-se a lei mais favorável (brasileira?lex fori). - Valendo lembrar quem nos códigos anteriores era a nacionalidade que determinava o começo e fim da personalidade, capacidade, direito de famiçia,mas por uma questão de favorecer situações como essas houve a alteração. - Poderá, contudo, a lei de residência habitual do filho ou, inclusive, a mais favorável ofender a ordem pública do foro (em raríssimos casos, é certo). Já se pensou, v.g., que ofenderia a ordem pública do foro a lei do país que autoriza a investigação de paternidade, quando esta é inadmitida pela lex fori. Essa questão hoje nos parece superada, pois a maioria dos países trazem essa proteção dos filhos, não fazendo discriminações entre filhos - Assim, para as questões relativas à filiação, sendo comum o domicílio (ou residência habitual) de pais e filhos, aplica-se a norma prevista pela lei desse espaço de convivência comum; sendo, porém, diferentes os domicílios (ou residências habituais) de ambos, aplica-se, a priori, a lei do local de residência habitual do filho, se não lhe for mais favorável a lei pessoal de cada qual dos pais. - Arts.57 a 66/ Código de Bustamante.- Continuação Página 13 de Nova Seção 1 sararayanne58@ gmail.com Guarda de filhos: Art. 1.584°;CC= A guarda, unilateral ou compartilhada, poderá ser: I – requerida, por consenso, pelo pai e pela mãe, ou por qualquer deles, em ação autônoma de separação, de divórcio, de dissolução de união estável ou em medida cautelar; II – decretada pelo juiz, em atenção a necessidades específicas do filho, ou em razão da distribuição de tempo necessário ao convívio deste com o pai e com a mãe. Para a lei brasileira ser competente, os pais e filhos devem estar domiciliados no Brasil(lei do domicílio familiar). - É VÁLIDO FRISAR, QUE O DOMICÍLIO É ENTENDIDO NÃO COMO NO EXPOSTO NO CÓDIGO CIVIL, COM ÂNIMO DEFINITIVO, MAS - mas como o país (ou estado, província, território etc.) em que se encontra a família, ainda que seus membros residam separadamente. Poderão os pais, contudo, domiciliar-se em países distintos, quando, então, inexistirá “domicílio familiar”? Qual norma deve ser aplicada? Sobre a análise do código civil de 1916, e alguns doutrinadores, como Pontes de Miranda, deveria ser analisada a lei dos cônjuges, ou se tivessem a nacionalidade diferente a lei de cada um, mas a lei do filho que deveria ser vista e atendida. - No Código Civil atual (de 2002) a guarda vem regulada nos arts.1.583° a 1.590°, pertencentes ao Capítulo XI (“Da Proteção da Pessoa dos Filhos”), que integra o Subtítulo I (“Do Casamento”) no âmbito do Título I (“Do Direito Pessoal”) do Livro IV (“Do Direito de - Família”) do Código. Também no ECA a guarda (art. 33°)encontra- se em capítulo intitulado “Do Direito à Convivência Familiar e Comunitária” (Capítulo III). Portanto, não restam dúvidas ser a lei do estatuto do filho (lei da residência habitual do menor, à luz do entendimento atual) a competente para o estabelecimento da guarda, sempre que outra não lhe seja mais favorável. Como forma de proximidade com a lei e proteção dos direitos e interesses do menor. Direito de visita: Assim como a guarda, o direito dos pais à visita aos filhos será regulado pela lei brasileira quando ambos (pais e filhos) forem domiciliados ou residentes no Brasil. Em um primeiro momento definimos o direito de visitação, entretanto não podemos nos esquecer, que um dos genitores podem querer sair no período de visitação, entretanto é necessário a autorização do poder judiciário. - Art. 83°;ECA= Nenhuma criança ou adolescente menor de 16 (dezesseis) anos poderá viajar para fora da comarca onde reside desacompanhado dos pais ou dos responsáveis sem expressa autorização judicial. Continuação Página 14 de Nova Seção 1 sararayanne58@ gmail.com Art. 84°;ECA= Quando se tratar de viagem ao exterior, a autorização é dispensável, se a criança ou adolescente: I - estiver acompanhado de ambos os pais ou responsável; II - viajar na companhia de um dos pais, autorizado expressamente pelo outro através de documento com firma reconhecida. Qual a lei aplicável ao direito de visita quando há pluralidade de domicílios? Neste caso diferentemente do direito de guarda, que se observa o interesse principalmente do menor, deve-se analisar neste caso e o interesse dos membros da família , afim de propiciar um ambiente familiar saudável. Entretanto a grande dificuldade é determinar a lei aplicável tendo os pais/genitores domicílios diferentes, em casos de domicílio. - Por tal motivo, na falta de critério uniforme estabelecido em tratado, parece coerente admitir que o critério da residência habitual da criança continue a operar mesmoquando em jogo interesses mais amplos e relativos a uma gama maior de pessoas (como pais, avós, tios etc.) O grande motivo para tal entendimento é para se evitar conflitos entre os genitores, por questões de direito material entre ordenamentos jurídicos distintos e desconhecimento da lei referente a visita. - Alimentos: O estudo da lei aplicável à prestação de alimentos leva em conta tanto normas internacionais específicas quanto a regra da norma mais favorável ao alimentando. Convenção de Nova York sobre Prestação de Alimentos no Estrangeiro (1956): - O Brasil faz parte da convenção de Nova York desde da década de 1960,com a intenção de facilitar ao credor de alimentos/parte demandante . - Autoridade remetente e instituição intermediária.( responsáveis para tomar as atitudes necessárias) - ARTIGO VI Funções da Instituição Intermediária 1. A Instituição Intermediária, atuando dentro dos limites dos poderes conferidos pelo demandante, tomará, em nome deste, quaisquer medidas apropriadas para assegurar a prestação dos alimentos. Ela poderá, igualmente, transigir e, quando necessário, iniciar e prosseguir uma ação alimentar e fazer executar qualquer sentença, decisão ou outro ato judiciário. A Lei de Alimentos (Lei no 5.478, de 25 de julho- de 1968). Continuação Página 15 de Nova Seção 1 sararayanne58@ gmail.com Lei de Alimentos (Lei no 5.478, de 25 de julho - de 1968). Art. 26°; É competente para as ações de alimentos decorrentes da aplicação do Decreto Legislativo nº. 10, de 13 de novembro de 1958, e Decreto nº. 56.826, de 2 de setembro de 1965, o juízo federal da Capital da Unidade Federativa Brasileira em que reside o devedor, sendo considerada instituição intermediária, para os fins dos referidos decretos, a Procuradoria-Geral da República. Convenção sobre a Cobrança Internacional de Alimentos para Crianças e outros Membros da Família e Protocolo sobre a Lei Aplicável (2007). - Artigo 1º -DECRETO Nº 9.176, DE 19 DE OUTUBRO DE 2017 A presente Convenção tem por objeto assegurar a eficácia da cobrança internacional de alimentos para crianças e outros membros da família, principalmente ao: estabelecer um sistema abrangente de cooperação entre as autoridades dos Estados Contratantes; a) possibilitar a apresentação de pedidos para a obtenção de decisões em matéria de alimentos; b) garantir o reconhecimento e a execução de decisões em matéria de alimentos; e c) requerer medidas eficazes para a rápida execução de decisões em matéria de alimentos. d) Os arts. 7° e 8° do Protocolo inovam ao permitir às partes, não obstante com restrições, que escolham a lei aplicável às obrigações alimentares, reforçando a tendência do DIPr contemporâneo que consagra a autonomia da vontade das partes. - Portanto entende-se que uma maior flexibilização das normas e leis aplicáveis aos casos concretos que envolvam credor e devedor em uma relação de alimentos. - Daí a conclusão de que a norma alimentar a ser aplicada pelo juiz há de ser sempre a mais favorável ao alimentando, seja tal norma a sua lei pessoal, da sua nacionalidade, do domicílio, residência ou nacionalidade do devedor ou, em última análise, a lex fori (caso esta não se confunda com uma ou outra). - NECESSIDADE x POSSIBILIDADE Alguns autores, contudo, defendem que não ferindo a moral, os bons costumes ou a ordem - pública do foro, melhor seria a aplicação da lei pessoal do devedor para regular a obrigação alimentar, ao argumento de que mais fácil seria, na prática, a cobrança e a execução desses alimentos no foro do executado. Sequestro internacional de crianças: EM RAZÃO DA GRANDE QUANTIDADE DE VIAJENS ESTRANGEIRAS EM CASOS DE GUARDA E VISITA,SURGIRAM A PREOCUPAÇÃO QUANTO A SUBTRAÇÃO ILÍCITA DE CRIANÇAS DE SUA REDIDÊNCIA HABITUAL. Convenção sobre Aspectos Civis do Sequestro Internacional de Crianças, concluída na Haia (à unanimidade) em 25 de outubro de 1980. - OBJETIVOS DA CONVENÇÃO:- assegurar o retorno imediato de crianças ilicitamente transferidas para qualquer Estado- contratante ou nele retidas indevidamente; a) fazer respeitar de maneira efetiva nos outros Estados contratantes os direitos de guarda e de visita existentes num Estado-contratante b) Continuação Página 16 de Nova Seção 1 sararayanne58@ gmail.com O instrumento visa, assim, proteger as crianças dos efeitos nocivos de sua subtração e retenção para além dos limites de um Estado, prevendo mecanismos para o seu retorno imediato ao país de residência habitual. A redação entretanto se preocupou apenas com maneiras facilitadores para o retorno da criança e não em tornas as leis aplicáveis. - É IMPORTANTE SALIENTAR QUE É ERRADO O USO DO TERMO SEQUESTRO, POIS SE TRATA DE SUBTRAÇÃO ILEGAIS DE CRIANÇAS DE SEU PAIS DE RESIDÊNCIA HABITUAL Convenção sobre Aspectos Civis do Sequestro Internacional de Crianças: - A transferência ou a retenção de uma criança é considerada ilícita quando: a) tenha havido violação a direito de guarda atribuído a pessoa ou a instituição ou a qualquer outro organismo, individual ou conjuntamente, pela lei do Estado onde a criança tivesse sua residência habitual imediatamente antes de sua transferência ou da sua retenção; e b) esse direito estivesse sendo exercido de maneira efetiva, individual ou em conjuntamente, no momento da transferência ou da retenção, ou devesse está-lo sendo se tais acontecimentos não tivessem ocorrido. O direito de guarda referido na alínea a) pode resultar de uma atribuição de pleno direito, de uma decisão judicial ou administrativa ou de um acordo vigente segundo o direito desse Estado. Artigo 5 Nos termos da presente Convenção: a) o "direito de guarda" compreenderá os direitos relativos aos cuidados com a pessoa da criança, e, em particular, o direito de decidir sobre o lugar da sua residência; b) o "direito de visita" compreenderá o direito de levar uma criança, por um período limitado de tempo, para um lugar diferente daquele onde ela habitualmente reside. Compete a cada Estado-contratante designar a Autoridade Central encarregada de dar - cumprimento às obrigações que lhe são impostas pela Convenção (art. 6°) Artigo 7 As autoridades centrais devem cooperar entre si e promover a colaboração entre as autoridades competentes dos seus respectivos Estados, de forma a assegurar o retorno imediato das crianças e a realizar os demais objetivos da presente Convenção. Em particular, deverão tomar, quer diretamente, quer através de um intermediário, todas as medidas apropriadas para: a) localizar uma criança transferida ou retida ilicitamente; b) evitar novos danos à criança, ou prejuízos às parles interessadas, tomando ou fazendo tomar medidas preventivas; c) assegurar a entrega voluntária da criança ou facilitar uma solução amigável; d) proceder, quando desejável, à troça de informações relativas à situação social da criança; e) fornecer informações de caráter geral sobre a legislação de seu Estado relativa à aplicação da Convenção; f) dar início ou favorecer a abertura de processo judicial ou administrativo que vise o retomo da criança ou, quando for o caso, que permita a organização ou o exercício efetivo do direito de visita; g) acordar ou facilitar, conforme ás circunstâncias, a obtenção de assistência judiciária e jurídica, incluindo a participação de um advogado; h) assegurar no plano administrativo, quando necessário e oportuno, o retorno sem perigo da criança; i) manterem-se mutuamente informados sobre o funcionamento da Convenção e, tanto quanto possível, eliminarem os obstáculos que eventualmente se oponham à aplicação desta. Continuação Página 17 de Nova Seção 1 sararayanne58@ gmail.com Comprovada a subtração e de competência da justiça federal decidir sobre o retorno imediato do infanteao país de residência habitual. Art.109°;CF. - Nos termos do art. 15 da Convenção, poderá o Poder Judiciário, “antes de ordenar o retorno da criança, solicitar a produção pelo requerente de decisão ou de atestado passado pelas autoridades do Estado de residência habitual da criança comprovando que a transferência ou retenção deu-se de forma ilícita. - Por sua vez, como não poderia deixar de ser, a Convenção prevê também exceções ao - retorno imediato da criança, entre as quais está a atinente aos riscos graves de ordem física ou psíquica que pode a criança, em seu retorno, ficar submetida. O art. 13, b, da Convenção, Continuação Página 18 de Nova Seção 1 sararayanne58@ gmail.com Art./Súmulas Observações Títulos Atenção Subtítulos Aula 03 Aula 03- Sequestro/Subtração de menores. Sequestro internacional de crianças: EM RAZÃO DA ABERTURA DAS FRONTEIRAS, E DOS CONFLITOS ENTRE GENITORES QUANTO A GUARDA E VISITA, SURGIRAM PREOCUPAÇÕES QUANTO A SUBTRAÇÃO ILÍCITA DE MENORES EM OUTROS TERRITÓRIOS. Convenção sobre Aspectos Civis do Sequestro Internacional de Crianças, concluída na Haia (à unanimidade) em 25 de outubro de 1980. - Objetivos da convenção: Art.1°; da convenção sobre aspectos civis do sequestro internacional. - Artigo 1- A presente Convenção tem por objetivo: assegurar o retorno imediato de crianças ilicitamente transferidas para qualquer Estado Contratante ou nele retidas indevidamente; a) fazer respeitar de maneira efetiva nos outros Estados Contratantes os direitos de guarda e de visita existentes num Estado Contratante. b) O instrumento visa, assim, proteger as crianças dos efeitos nocivos de sua subtração e retenção para além dos limites de um Estado, prevendo mecanismos para o seu retorno imediato ao país de residência habitual. A convenção prima pelos aspectos civis e não penalizadores (criminais),estabelecendo portando normas facilitadoras e não aplicáveis ao caso concreto. - SEQUESTRO x SUBTRAÇÃO Nesse sentido não se deve confundir o sequestro com a subtração, pois na subtração é transferência/retenção ilícita e indevida do menor por u dos genitores ou familiares próximos. - Nos termos da Convenção, há duas possibilidades de se configurar a subtração: - quando se transfere ilicitamente a criança de sua residência habitual, levando-a para outro país sem o 1) consentimento do responsável; quando o responsável consente na viagem da criança para o exterior, mas o subtraente a retém em país distinto por tempo indeterminado 2) Artigo 3 A transferência ou a retenção de uma criança é considerada ilícita quando: a) tenha havido violação a direito de guarda atribuído a pessoa ou a instituição ou a qualquer outro organismo, individual ou conjuntamente, pela lei do Estado onde a criança tivesse sua residência habitual imediatamente antes de sua transferência ou da sua retenção; e b) esse direito estivesse sendo exercido de maneira efetiva, individual ou em conjuntamente, no momento da transferência ou da retenção, ou devesse está-lo sendo se tais acontecimentos não tivessem ocorrido. Continuação Página 19 de Nova Seção 1 sararayanne58@ gmail.com sistema de cooperação entre as Autoridades Centrais dos Estados- membros, por meio do qual tais autoridades em cada país proporcionam assistência para localizar a criança, possibilitando sua restituição voluntária ou uma solução amigável Comprovada a subtração internacional da criança, caberá ao Poder Judiciário (Justiça Federal) decidir sobre o retorno imediato do infante ao país de residência habitual. A competência da Justiça Federal para tanto encontra fundamento no art. 109, III, da Constituição Federal, segundo o qual aos juízes federais compete processar e julgar “as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo internacional”. - Por sua vez, como não poderia deixar de ser, a Convenção prevê também exceções ao retorno imediato da criança, entre as quais está a atinente aos riscos graves de ordem física ou psíquica que pode a criança, em seu retorno, ficar submetida. O art. 13, b, da Convenção. - Conforme determina o art. 11 da Resolução no 131, de 13 de maio de 2011 do Conselho Nacional de Justiça, as autorizações de viagem não constituem em autorizações para fixação de residência no exterior, salvo se expressamente consignado. - O conceito de subtração internacional de crianças está presente na Convenção de Haia de 1980 sobre os Aspectos Civis do Sequestro Internacional de Crianças e também na Convenção Interamericana de 1989 sobre a Restituição Internacional de Menores. - cabe à Autoridade Central Administrativa Federal (ACAF) receber e enviar pedidos de cooperação jurídica internacional para retorno de crianças vítimas de subtração internacional ao seu país de residência habitual, bem como a implementação do direito de visitas transnacional (nos casos em que não se configura a ocorrência de subtração internacional ilícita da criança ou do adolescente), Ao receber pedidos de Autoridades Centrais estrangeiras, a ACAF atua em conjunto com a Interpol e a Advocacia-Geral da União para a localização da criança e a obtenção de ordem judicial que implemente tais tratados, garantindo o retorno seguro da criança ao seu país de residência habitual ou para restabelecer o contato entre a criança e o pai/mãe. - A ACAF será como um mediador, onde o requerente deve entrarem contato pata requerer e solicitar o retorno ou efetivação do direito de visita, por intermédio do preenchimento de um formulário em português e traduzido no idioma do pais onde a criança se encontra. - Em casos de incerteza quanto ao paradeiro da criança, a ACAF poderá entra em contanto com a Interpol, com familiares,amigos e apoio de autoridades locais através da citação de características físicas, documentos, fotos. - Aspectos legais: - Mediação;a) Assistência jurídica gratuita;b) No Brasil, o pedido de retorno das crianças é enviado ao judiciário pela Advocacia Geral da União (AGU), que ingressa com o processo judicial em nome próprio, a pedido do Estado estrangeiro. Dessa forma, a AGU não representa os interesses do particular perante a justiça, mas sim o interesse do Estado estrangeiro que solicita a cooperação jurídica. artigo 11 da Resolução no 131 do CNJ,a autorização de viagem não constitui autorização para alterar a residência da criança para o exterior. A autorização tem prazo determinado e deve ser usada nos casos em que a viagem para o exterior se der em caráter temporário (férias, passeio, visitas, etc.). Há países que diferentemente do Brasil, não possui um controle de saída de crianças e adolescentes eficaz, permitindo que ocorra muitas subtrações. Desta forma a emissão de passaporte no brasil se tornou um dos meios mais eficientes. - Continuação Página 20 de Nova Seção 1 sararayanne58@ gmail.com A Convenção de Haia de 1980 sobre os Aspectos Civis do- Sequestro Internacional de Crianças também estabelece meios para garantir o direito de visitas internacionais. Art. 5°;b) Continuação Página 21 de Nova Seção 1 sararayanne58@ gmail.com Art./Súmulas Observações Títulos Atenção Subtítulos Aula 03- Adoção Aula 03 não estudaremos as formas de se adotar, mas apenas os elementos de conexão e as leis aplicáveis a modalidade da adoção em cenário internacional. Em princípio aplica-se o caput do Art.7°; da LINDB, sempre que não houver outra favorável a fim de determinar a lei competente para reger a adoção internacional, contudo atualmente entende a lei de "residência habitual do adotando Questão da nacionalidade: A criança adota por um brasileiro, não recebe nacionalidade brasileira em razão do fato de ser adotada, o que conclui que a adoção não influi na nacionalidade estrangeiro(de origem) - A pessoa adotada só poderá ser nacional do Brasil, quando maior,se assim pretender, e por meio do processo de naturalização, uma vez que a adoção não produz, em nosso sistema jurídico, qualquer efeito relativo à nacionalidade. A equiparação de direitos entre filhos disposto na constituição federal e no código civil, possui efeitos apenas civis, pois para ter nacionalidade originária brasileira, só em caso de nascidos no estrangeiros de pai ou mãe brasileiros,supondo apenas os filhos biológicos. - Cuida-se, como se vê, na Convenção da Haia de 1993, de relação de equivalência aos efeitos decorrentes da ruptura do vínculo, não a outros alheios a esse ponto - específico, como a atribuição de nova nacionalidade à criança. Aqui, o “diálogo das fontes” internacionais e internas está a demonstrar a impossibilidade de se atribuir à criança adotada a nacionalidade dos adotantes. Convenção da Haia sobre Conflitos de Nacionalidade, de 1930, o seu art. XVII. - Art. 52-C;ECA= Nas adoções internacionais, quando o Brasil for o país de acolhida, a decisão da autoridade competente do país de origem da criança ou do adolescente será conhecida pela Autoridade Central Estadual que tiver processado o pedido de habilitação dos pais adotivos, que comunicará o fato à Autoridade Central Federal e determinará as providências necessárias à expedição do Certificado de Naturalização Provisório. Adoção: Continuação Página 22 de Nova Seção 1 sararayanne58@ gmail.com Convenção Interamericana sobre Conflito de Leis em Matéria de Adoção de Menores (1984): O Brasil é parte da Convenção Interamericana sobre Conflito de Leis em Matéria de Adoção de Menores (CIDIP- III), concluída em La Paz (Bolívia) em 24 de maio de 1984. - Os artigos introdutórios dessa convenção carrega algumas críticas, pois tem por destinatários apenas o círculo restrito dos Estados-partes, não valendo para relações jurídicas entre Estados-partes e não partes. - Artigo 1 Esta Convenço aplicar-se-á à adoção de menores sob as formas de adoção plena, legitimação adotiva e outras formas afins que equiparem o adotado à condição de filho cuja filiação esteja legalmente estabelecida, quando o adotante ( ou adotantes) tiver seu domicílio num Estado-Parte e o adotado sua residência habitual noutro Estado-Parte Artigo 3 Obs.: deve se analisar a existência de lei mais favorável ao interesse da criança. A lei da residência habitual do menor regerá a capacidade, o consentimento e os demais requisitos para a adoção, bem como os procedimentos e formalidades extrínsecas necessários para a constituição do vínculo. A lei do domicílio do adotante (ou adotantes) regulará: a capacidade para ser adotante;a) os requisitos de idade e estado civil do adotante;b) o consentimento do cônjuge do adotante, se for o caso, e c) os demais requisitos para ser adotante.d) EXCEÇÃO: Quando os requisitos da lei do adotante (ou adotantes) forem manifestamente menos estritos do que os da lei da residência habitual do adotado, prevalecerá a lei do adotado. A regra, como se nota, tem por finalidade impedir que legislações estrangeiras facilitem a adoção internacional de menores, ameaçando a sua proteção. Artigo 4 Art.46°;§ 3°;ECA= Em caso de adoção por pessoa ou casal residente ou domiciliado fora do País, o estágio de convivência será de, no mínimo, 30 (trinta) dias e, no máximo, 45 (quarenta e cinco) dias, prorrogável por até igual período, uma única vez, mediante decisão fundamentada da autoridade judiciária. Apenas para a questão: prévia, relativa à capacidade dos adotantes para adotar, levar-se-á em conta a lei domiciliar de cada um deles (Convenção, art. 4°, primeira parte; LINDB, art. 7°, caput). Já se disse, porém, que a evolução do DIPr na matéria exige também observar a norma mais favorável ao adotando, podendo tal norma, v.g., ser a lei da nacionalidade, do domicílio ou da residência ha A lei indicada pela regra de DIPr convencional, poderá, contudo, colidir com eventual lei de aplicação imediata (loi de police) em vigor no Estado do foro, como, v.g., algumas normas do Estatuto da Criança e do Adolescente no Brasil, vez que as normas de aplicação imediata operam a priori de qualquer investigação legislativa. Não viola o tratado a inaplicação da lei indicada, porque o bloqueio dá-se não à norma convencional, senão à possibilidade por ela prevista de aplicação de outra lei. O mesmo poderá ocorrer, evidentemente, com a violação à ordem pública. Neste caso, porém, verifica-se a lei (que seria) aplicável, para, depois, cortar efeitos ao comando legislativo. - Continuação Página 23 de Nova Seção 1 sararayanne58@ gmail.com Artigo 5 As adoções feitas de acordo com esta Convenção serão reconhecidas de pleno direito nos Estados-Partes, sem que se possa invocar a exceção da instituição desconhecida. Artigo 6 Os requisitos concernentes a publicidade e registro da adoção reger-se-ão pela lei do Estado em que devam ser cumpridos. Nos registros públicos deverão constar a modalidade e as características da adoção. Artigo 9 No caso de adoção plena, legitimação adotiva e formas afins: a) as relações entre o adotante ( ou adotantes) e o adotado, inclusive no que diz respeito a alimentos, bem como as relações do adotado com a família do adotante ( ou adotantes), reger-se-ão pela mesma lei que regula as relações do adotante ( ou adotantes) com sua família; b) os vínculos do adotado com sua família de origem serão considerados dissolvidos. No entanto, subsistirão impedimentos para contrair matrimônio. Artigo 10 No caso de adoção diferente da adoção plena, da legitimação adotiva e de forma afins, as relações entre o adotante ( ou adotantes), e o adotado regem-se pela lei do domicílio do adotante ( ou adotantes). Artigo 11 Os direitos sucessórios correspondentes ao adotado (ou adotantes) reger-se-ão pelas normas aplicáveis às respectivas sucessões. No caso de adoção plena, legitimação adotiva e formas afins, o adotado, o adotante ( ou adotantes) e a família deste último ou destes últimos terão os mesmos direitos sucessórios correspondentes à filiação legítima. Artigo 12 As adoções a que se refere o artigo 1 serão irrevogáveis. A revogação das adoções a que se refere o artigo 2 reger-se-á pela lei da residência habitual do adotado no momento da adoção. Artigo 13 Quando for possível a conversão da adoção simples em adoção em adoção plena, legitimação adotiva ou formas afins, essa conversão reger-se-á, à escolha do autor, pela lei da residência habitual do adotado no momento da adoção ou pela lei do Estado de domicílio do adotante ( ou adotantes) no momento de ser pedida a conversão. Artigo 14 A anulação da adoção será regida pela lei de sua outorga. A anulação somente será decretada judicialmente, velando-se pelos interesses do menor de acordo com o artigo 19 desta Convenção. Artigo 15 Serão competentes para outorgar as adoções a que se refere esta Convenção as autoridades do Estado da residência habitual do adotado. Artigo 16 Serão competentes para decidir sobre a anulação ou a revogação da adoção os juízes do Estado da residência habitual do adotado no momento da outorgada adoção. Continuação Página 24 de Nova Seção 1 sararayanne58@ gmail.com Artigo 17 Serão competentes para decidir as questões referentes às relações entre o adotado e o adotante (ou adotantes) e a família deste último (ou destes últimos), os juízes do Estado de domicílio do adotante (ou adotantes), enquanto o adotado não constituir domicílio próprio. A partir do momento em que o adotado tiver domicílio próprio será competente, à escolha do autor, o juiz do domicílio do adotado ou do adotante (ou adotantes) Artigo 18 As autoridades dos Estados-Partes poderão recusar-se a aplicar a lei declarada competente por esta Convenção quando essa lei for manifestamente contrária á sua ordem pública. Artigo 19 Os termos desta Convenção e as leis aplicáveis de acordo com ela serão interpretados harmonicamentee em favor da validade da adoção e em benefício do adotado. Artigo 25 As adoções, outorgadas de conformidade com o direito interno, quando o adotante ( ou adotantes) e o adotado tiverem domicílio ou residência habitual no mesmo Estado-Parte, surtirão efeitos de pleno direito nos demais Estados-Partes, sem prejuízo de que tais efeitos sejam regidos pela lei do novo domicílio do adotante ( ou adotantes). Convenção Relativa à Proteção das Crianças e à Cooperação em Matéria de Adoção Internacional (1993): O Brasil também é parte da Convenção Relativa à Proteção das Crianças e à Cooperação em Matéria de Adoção Internacional, concluída na Haia em 29 de maio de 1993. - Artigo 1 estabelecer garantias para que as adoções internacionais sejam feitas segundo o interesse superior da criança e com respeito aos direitos fundamentais que lhe reconhece o direito internacional; a) instaurar um sistema de cooperação entre os Estados Contratantes que assegure o respeito às mencionadas garantias e, em consequência, previna o sequestro, a venda ou o tráfico de crianças; b) assegurar o reconhecimento nos Estados Contratantes das adoções realizadas segundo a Convenção. c) A Convenção da Haia de 1993 tem seus aspectos jurídicos notadamente voltados a normas administrativas e de processo civil, em atenção ao melhor interesse da criança, não propriamente a questões conflituais de DIPr. - A presente Convenção tem por objetivo: Artigo 4 tiverem determinado que a criança é adotável;a) tiverem verificado, depois de haver examinado adequadamente as possibilidades de colocação da criança em seu Estado de origem, que uma adoção internacional atende ao interesse superior da criança; b) tiverem-se assegurado de:c) que as pessoas, instituições e autoridades cujo consentimento se requeira para a adoção hajam sido convenientemente orientadas e devidamente informadas das conseqüências de seu consentimento, em particular em relação à manutenção ou à ruptura, em virtude da adoção, dos vínculos jurídicos entre a criança e sua família de origem; 1) que estas pessoas, instituições e autoridades tenham manifestado seu consentimento livremente, na forma legal prevista, e que este consentimento se tenha manifestado ou constatado por escrito; 2) que os consentimentos não tenham sido obtidos mediante pagamento ou compensação de qualquer espécie nem tenham sido revogados, e 3) que o consentimento da mãe, quando exigido, tenha sido manifestado após o nascimento da criança; 4) tiverem-se assegurado, observada a idade e o grau de maturidade da criança, de: d) que tenha sido a mesma convenientemente orientada e devidamente informada sobre as consequências de seu consentimento à adoção, quando este for exigido; 1) que tenham sido levadas em consideração a vontade e as opiniões da criança; 2) que o consentimento da criança à adoção, quando exigido, tenha sido dado livremente, na forma legal prevista, e que este consentimento tenha sido manifestado ou constatado por escrito; 3) que o consentimento não tenha sido induzido mediante pagamento ou compensação de qualquer espécie. 4) As adoções abrangidas por esta Convenção só poderão ocorrer quando as autoridades competentes do Estado de origem: Continuação Página 25 de Nova Seção 1 sararayanne58@ gmail.com Artigo 5 tiverem verificado que os futuros pais adotivos encontram-se habilitados e aptos para adotar; a) tiverem-se assegurado de que os futuros pais adotivos foram convenientemente orientados; b) tiverem verificado que a criança foi ou será autorizada a entrar e a residir permanentemente no Estado de acolhida. c) As adoções abrangidas por esta Convenção só poderão ocorrer quando as autoridades competentes do Estado de acolhida: 1. Uma adoção certificada em conformidade com a Convenção, pela autoridade competente do Estado onde ocorreu, será reconhecida de pleno direito pelos demais Estados Contratantes. O certificado deverá especificar quando e quem outorgou os assentimentos previstos no artigo 17, alínea "c". Artigo 23 Art. 960°;CPC=. A homologação de decisão estrangeira será requerida por ação de homologação de decisão estrangeira, salvo disposição especial em sentido contrário prevista em tratado. § 2º A homologação obedecerá ao que dispuserem os tratados em vigor no Brasil e o Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça. Não há que falar, assim, em necessidade de homologação da decisão estrangeira pelo STJ, mesmo porque o próprio CPC reconhece os tratados e convenções. Em relação a um Estado que possua, em matéria de adoção, dois ou mais sistemas jurídicos aplicáveis em diferentes unidades territoriais: qualquer referência à residência habitual nesse Estado será entendida como relativa à residência habitual em uma unidade territorial do dito Estado; a) qualquer referência à lei desse Estado será entendida como relativa à lei vigente na correspondente unidade territorial; b) Artigo 36 No tocante a um Estado que possua, em matéria de adoção, dois ou mais sistemas jurídicos aplicáveis a categorias diferentes de pessoas, qualquer referência à lei desse Estado será entendida como ao sistema jurídico indicado pela lei do dito Estado Artigo 37 Artigo 38 Um Estado em que distintas unidades territoriais possuam suas próprias regras de direito em matéria de adoção não estará obrigado a aplicar a Convenção nos casos em que um Estado de sistema jurídico único não estiver obrigado a fazê-lo. Direito Internacional Privado brasileiro da adoção: Art. 7°;LINDB= A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família. Obs.: pela lei domiciliar atualmente também compreendida como a lei da “residência habitual” Continuação Página 26 de Nova Seção 1 sararayanne58@ gmail.com a lei da residência habitual do adotando (ou a mais favorável) regerá a capacidade para ser adotado, o consentimento do adotando e demais requisitos para a adoção, bem assim os procedimentos e formalidades extrínsecos necessários à constituição do vínculo. ADOÇÃO X FILIAÇÃO NATURAL. Art. 42°;ECA= Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, independentemente do estado civil. § 3º O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho do que o adotando. O motivo de o ECA – que é norma de aplicação imediata, loi de police – exigir que a Autoridade Central do país de acolhida ateste (por meio de Relatório, a ser enviado à Autoridade Central Federal Brasileira) que os adotantes estão “aptos para adotar” (art. 52, II e III). Tal significa, em última análise, que, “ao atender à diferença de idade estabelecida na lei do país do adotante, o Estado do adotando está simplesmente cooperando com este para que a adoção seja eficaz em seu território”. - Por fim, no que tange à forma da adoção, a doutrina é unânime em determinar a aplicação da regra locus regit actum. Assim, ainda que a lei relativa aos efeitos da adoção seja a estrangeira (da residência habitual do adotando, ou outra mais favorável, como, v.g., a do domicílio ou da nacionalidade do adotante), será a lei brasileira a aplicada quanto à forma se for a adoção realizada no Brasil. Adoção por estrangeiros na Constituição de 1988 e no ECA: Art.227°;§ 5º;CF= A adoção será assistida pelo Poder Público, na forma da lei, que estabelecerá casos e condições de sua efetivação por parte de estrangeiros. A adoção de criança brasileira por estrangeiros residentes no Brasil é adoção de caráter nacional, não internacional. De acordo com o Art.5°; da CF, pois trata os brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil com a mesma igualdade de direitos, sem necessidade portanto de dispositivo ou lei específica/especial. - Continuação Página 27 de Nova Seção 1 sararayanne58@ gmail.com Portanto, segundo a interpretação mais coerentedo dispositivo constitucional, apenas quando o estrangeiro for domiciliado no exterior é que haverá a necessidade de legislação específica para reger a adoção internacional, pois, se for o estrangeiro residente no Brasil, tem a seu favor assegurada a igualdade de direitos com os cidadãos brasileiros, podendo adotar (tal qual os brasileiros) e viver normalmente com o(s) filho(s) adotivo(s) no Brasil. Convenção da Haia, de 29 de maio de 1993, Relativa à Proteção das Crianças e à Cooperação em Matéria de Adoção Internacional: A Convenção será aplicada quando uma criança com residência habitual em um Estado Contratante ("o Estado de origem") tiver sido, for, ou deva ser deslocada para outro Estado Contratante ("o Estado de acolhida"), quer após sua adoção no Estado de origem por cônjuges ou por uma pessoa residente habitualmente no Estado de acolhida, quer para que essa adoção seja realizada, no Estado de acolhida ou no Estado de origem. 1) . A Convenção somente abrange as Adoções que estabeleçam um vínculo de filiação. 2) Artigo 2 LER TODO O Art.52°; do ECA Art. 52-B;ECA= A adoção por brasileiro residente no exterior em país ratificante da Convenção de Haia, cujo processo de adoção tenha sido processado em conformidade com a legislação vigente no país de residência e atendido o disposto na Alínea “c” do Artigo 17 da referida Convenção, será automaticamente recepcionada com o reingresso no Brasil. § 1 o Caso não tenha sido atendido o disposto na Alínea “c” do Artigo 17 da Convenção de Haia, deverá a sentença ser homologada pelo Superior Tribunal de Justiça § 2 o O pretendente brasileiro residente no exterior em país não ratificante da Convenção de Haia, uma vez reingressado no Brasil, deverá requerer a homologação da sentença estrangeira pelo Superior Tribunal de Justiça. Resumo: Organismos de adoção não possui fins lucrativos.- ACAF/Administração pública(mediadora nas adoções. - Convenção de Haia 1993.- Relatório geral das atividades desenvolvimentos e relatório do acompanhamento das ultimas adoções; relatório pós-adotivo. - cópia da certidão de registro de nascimento- estrangeira e do certificado de nacionalidade tão logo lhes sejam concedidos. Adoção internacional e subtração de menores= ACAF(órgão interno). - Cooperação internacional.- Tratado internacional.- A principal atividade de uma Autoridade Central é prestar cooperação internacional de - maneira célere e efetiva como decorrência da diminuição de etapas no processamento de demandas judiciais tramitadas entre países distintos, podendo-se, a depender do conteúdo do tratado que lhe incumbe implementar, inclusive dispensando o uso de outros mecanismos de cooperação jurídica internacional, como a homologação de sentenças estrangeiras ou o uso da carta rogatória. Evitar falhas de comunicação e permitir o cumprimentos das etapas necessárias dos processuais. - Conselho das Autoridades Centrais Brasileiras=traçar políticas e linhas de ação comuns e garantir o interesse superior da criança e do adolescente brasileiros quanto à sua - adotabilidade internacional. Continuação Página 28 de Nova Seção 1 sararayanne58@ gmail.com O Conselho é composto pelos seguintes membros:- I - Autoridade Central Administrativa Federal, que o presidirá; II - um representante de cada Autoridade Central dos Estados federados e do Distrito Federal (CEJA/CEJAI); III - um representante do Ministério das Relações Exteriores; e Ademais, informamos que atualmente não há organismo brasileiro credenciado junto à ACAF para atuar em matéria de adoção internacional. - IV - um representante da Polícia Federal. Continuação Página 29 de Nova Seção 1 sararayanne58@ gmail.com Art./Súmulas Observações Títulos Atenção Subtítulos Aula 04 Aula 04- Direito das sucessões no DIPR Direito das sucessões no DIPR A natureza do direito das sucessões é bifronte pois é uma junção de um viés pessoal e um viés material: - AUTOR DA HERANÇA + HERDEIROS + BENS DEIXADOS Sucessão pode ser entendido como a substituição do de cujus pelos herdeiros. Tanto em direitos como obrigações. - "tomar um vivo a situação jurídica que foi de um morto,- recebendo total ou parcialmente seus direitos e obrigações” PESSOA DO DEFUNTO + SITUAÇÃO AS COISAS Art. 10°;LINDB= A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens. § 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus. § 2o A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para suceder. A regra do CAPUT do Art.10°é chamada de "lei de sucessão". - A disposição abrange tanto a sucessão por morte –- legítima (ab intestato) ou testamentária (disposição de última vontade) – quanto a sucessão por ausência. Quantidade de bens:- A título singular: de um bem determinado.a) A título universal: de todos os bens do de cujus.b) Momento:- Por ato inter-vivos.a) Por ato causas mortis.b) Ato de vontade:- Sucessão testamentária.a) Sucessão legítima ou ab intestato/sem atestado.b) Art. 1.845°;CC= São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge. Aberta a sucessão no Brasil, deverá o juiz do foro localizar a lei sucessória para o fim de resolver o inventário e a partilha dos bens deixados pelo falecido. Princípio da universalidade sucessória: Quando a LINDB determina que a lei a ser aplicada seja a do último domicílio, ela pretende unificar as questões em uma única lei sucessória, firmando o princípio da universalidade. Diferente de como ocorre com alguns país que faz diferenciação quanto aos bens móveis e imóveis - Continuação Página 30 de Nova Seção 1 sararayanne58@ gmail.com O princípio sofre abalo significativo sobretudo quanto aos imóveis localizados no estrangeiro, dada a sua sujeição à lei do local em que situados, tornando a regra brasileira ineficaz a esse respeito. - Desuso (de facto) e insubsistência (de jure) da regra: Diversos doutrinadores criticam o exposto no artigo 10°; da LINDB por acreditar que por se tratar de casos com foros distintos a lei única pode não ter prática, ou ter uma prática ineficaz, por entrar em conflito com bens no exterior e a vontade do autor, inclusive a aplicação de lei mais favorável ao cônjuge filhos.. Art. 8°;LINDB= Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei do país em que estiverem situados. Art. 12°;LINDB= É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for o réu domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação. § 1° Só à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das ações relativas a imóveis situados no Brasil. Em 2015, no julgamento do Caso Susemihl, o STJ sepultou de vez o princípio da universalidade sucessória, ao entender que o art. 10, caput, da LINDB “não assume caráter absoluto”, SITUAÇÃO + VONTADE DOAUTOR DA COISA Art. 23°;CPC= Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra: I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil; II - em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional; Portanto a ideia de lei única e universalista, fica restrita apenas aos bens situados no Brasil. - Bens imóveis localizados no estrangeiro: o STJ tem mitigado a aplicação do art. 10, caput, da LINDB, em razão da pluralidade de juízos sucessórios. - Vários foros competentes (soberania), e o surgimento de um conflito positivo de normassucessórias. - Continuação Página 31 de Nova Seção 1 sararayanne58@ gmail.com Para resolver a questão, o entendimento (doutrinário e jurisprudencial) é no sentido de que a Justiça brasileira não terá, a priori, o poder de decidir sobre imóveis sitos em país estrangeiro, dada a regra nacional de que " à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das ações relativas a imóveis situados no Brasil” (LINDB, art. 12, § 1o). Equalização de direitos na partilha dos bens: Dizer que o juiz brasileiro não pode decidir sobre os bens imóveis sitos no estrangeiro não significa impedir o juiz nacional de zelar pela norma material brasileira que garante às partes a partilha igualitária dos bens. - STF= tem aceito a chamada regra equalizadora, que autoriza aguardar a decisão proferida pela Justiça estrangeira para, depois, proceder a partilha dos bens localizados no Brasil. Em suma, o que não pode o juiz brasileiro fazer é invadir a competência do juiz estrangeiro para decidir sobre bens ali situados, v.g., partilhando-os. Essa competência é exclusiva da Justiça estrangeira, como também, no Brasil, é exclusiva do juiz brasileiro. Sucessão de bens de estrangeiros situados no País: Art. 10°; § 1º;LINDB= A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus. Obs.: ipsis litteris do Art.5°;XXXI:CF Art. 1.789°;CC= Havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade da herança. Capacidade para suceder: Art.10°;§ 2°; LINDB= A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para suceder. “capacidade para suceder” senão apenas a aptidão para receber a herança. Esta, que é capacidade de fato, de exercício, não de direito, será a única regida pela lei do domicílio do herdeiro ou legatário, à luz da devida interpretação do art. 10°, § 2°, da LINDB. - Trata-se da capacidade (aptidão) para praticar atos jurídicos para o fim de receber a herança, não a relativa à questão prévia de saber quem é ou não sucessível, ou seja, de quem pode herdar. Continuação Página 32 de Nova Seção 1 sararayanne58@ gmail.com CAPACIDADE PARA RECEBER X CAPACIDADE DE SUCEDER No direito brasileiro atual, a opinião corrente é a de que subsiste a autonomia da vontade no direito sucessório, permitindo-se ao testador, portanto, escolher outra lei para a regência do testamento, desde que o faça nos limites da lei geral de sucessão, que é, na LINDB, a lei domiciliar. Há no direito brasileiro restrição expressa quanto à legítima, que é parte dos bens que não se pode incluir no testamento por havê-la reservado o Código Civil aos herdeiros necessários (art. 1.857°, § 1°). - Exceção à unidade sucessória em razão de créditos locais.- (sua territorialidade é incontestável, sendo inadmissível que um Estado deva, para receber os impostos de sucessão devidos sobre bens sitos no seu território, ir se habilitar em processo de inventário e partilha, aberto no estrangeiro, e que fique sujeito, no assunto, à disposição de leis estrangeiras, quer substantivas, quer adjetivas”). Execução de testamento celebrado no estrangeiro: Validade intrínseca e extrínseca.- O plano extrínseco diz respeito à forma do documento (aspecto externo); e o intrínseco conota a - sua substância (aspecto interno). Lei aplicável à forma: A forma do ato de última vontade é regida pela lei do local de sua celebração (locus regit actum). celebrante e os requisitos de constituição do ato.- Art. 1.863°;CC= É proibido o testamento conjuntivo, seja simultâneo, recíproco ou correspectivo. Convenção sobre os Conflitos de Leis quanto à Forma de Disposições Testamentárias. - Para a Convenção, uma disposição testamentária será válida sempre que sua forma estiver em conformidade com as normas do direito interno : do lugar onde o testador a realizou;a) do país de nacionalidade do testador no momento em que realizou a disposição ou no momento de sua morte; b) de um lugar em que o testador possuía domicílio no momento em que, realizou a disposição ou no momento de sua morte. C) do lugar em que o testador tinha suaD) residência habitual no momento em que realizou a disposição ou no momento de sua morte; quando estiverem incluídos imóveis, do lugar em que estes estiverem situados. A e) Convenção, como se vê, amplia sobremaneira o leque de possibilidades sobre a validade formal das disposições testamentárias, aceitando, para além do locus regit actum, também os critérios da nacionalidade, do domicílio e da residência habitual do testador, bem assim a lex rei sitae se o testamento contemplar bens imóveis. Não terá qualquer relevância a lei do país em que realizado o ato, que só servirá para aferir a validade formal do documento; a validade substancial do testamento obedece à lei do último domicílio do de cujus (testador). Assim, se a pessoa testa num domicílio e falece em outro, a lei do primeiro (vigente àquele tempo) regerá a capacidade para testar, e a do segundo (vigente ao tempo do falecimento), a substância do ato. - Continuação Página 33 de Nova Seção 1 sararayanne58@ gmail.com Art./Súmulas Observações Títulos Atenção Subtítulos Aula 05 Aula 05- Direito das obrigações e contratos. Art. 9°;LINDB= Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem.(extracontratual). § 1o Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e dependendo de forma essencial, será esta observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos do ato. § 2o A obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no lugar em que residir o proponente.(contratual). Nenhuma preocupação se há de ter, nesse caso, com a nacionalidade, o domicílio ou a residência dos contratantes, estando tudo a depender do local em que constituída a obrigação. - Contratuais(vontade das partes) como as extracontratuais(vinculam as partes mesmo sem a vontade das partes). - Qual a lei irá reger a capacidade para contratar? No direito brasileiro por exemplo é a de domicílio. Apesar do disposto no Art.9°, existem outras leis que também podem ser aplicadas, não sendo possível falar na aplicação de lei única. - dépeçage (fracionamento).- regra locus regit actum.- isto é, livremente determinada pela vontade das partes, não há jamais falar em fraude à lei, pois não pode (nem poderia) haver fraude quando se tem liberdade para escolher a lei aplicável a certo ato jurídico. - Nem sempre a regra locus regit actum será facultativa. - Obrigação proveniente de contrato: As manifestações de vontade conectadas a mais de um ordenamento jurídico extraterritorial, com qualquer meio de conexão podem ser considerados contratos internacionais e aplicáveis a sua regência e execução. - Quando, portanto, um contrato internacional existir, surgirá a dúvida relativa à lei aplicável à sua regulação? Porque o Art.9°;§2°, trata do lugar onde reside o proponente? Porque os contratantes possuem domicílios diferentes e seria impossível a aplicação do caput Direito das obrigações e contratos. Continuação Página 34 de Nova Seção 1 sararayanne58@ gmail.com Para alguns doutrinadores a ideia do contrato ser reputado constituído no lugar de residente do proponente parece absurda, pois o ato foi constituído em outro território. Mas, há outros que diz não ser necessário o apego ao nacionalidade. - Almir de Castro diz que deve ser levado e consideração onde ele estiver e propor a propositura do contrato. - Conotação errada do residir no parágrafo, pois tem que ser entendido como lugar de morada do indivíduo. Os doutrinadores ainda interpretam o dispositivo reputa-se no sentido de presumir, ou seja a autonomia da vontade das partes para escolher o foro eleito
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