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DIPri parte 2

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direito 
Internacional 
privado
Capa
 Página 1 de Nova Seção 1 
sararayanne58@
gmail.com
direito internacional privado
sumário
→ Casamento e divórcio no DIPR: Página 05
 				↳ Capacidade para casar: Página 05
 ↳ Casamento realizado no Brasil: Página 06
 ↳ Casamento realizado no exterior: Páginas 06 e 07
 ↳ Casamento consular: Página 07
 ↳ Casamento consular de brasileiros no exterior: Página 07
 ↳ Casamento consular de estrangeiros no Brasil: Página 07
 ↳ Casamento por procuração: Página 08
 ↳ Lei aplicável ao regime de bens: Página 08
 ↳ Efeitos pessoais do casamento: Página 08
 ↳ Invalidade do casamento: Página 09
 ↳ Divórcio: Página 10
 ↳ Divórcio consensual consular: Página 10 e 11
 ↳ Divórcio consensual puro e qualificado: Páginas 11 e 12
→ Relações parentais no Dipr: Página 13
 ↳		Filiação: Página 13
 ↳		Guarda de filhos: Página 14
 ↳		Direito de visita: Páginas 14 e15
 ↳		Alimentos: Página 15 e 16
 ↳		Sequestro internacional de crianças: Página 16 a 18
→ Sequestro internacional de crianças: Página 19
 		Objetivos da convenção: Páginas 19 ao 21
Stickers: FreePik
Sumário
 Página 2 de Nova Seção 1 
sararayanne58@
gmail.com
direito internacional privado
sumário
→ Adoção: Página 22
 		Questão da nacionalidade: Página 22
 		Convenção Interamericana sobre Conflito de Leis em Matéria de Adoção de Menores (1984): Página 23 a 25
 		Convenção Relativa à Proteção das Crianças e à Cooperação em Matéria de Adoção Internacional (1993): Página 25 e 26
 		Direito Internacional Privado brasileiro da adoção: Página 26 e 27
 		Adoção por estrangeiros na Constituição de 1988 e no ECA: Página 27 e 28
 		Resumo: Página 28 e 29
→ Direito das sucessões no DIPR: Página 30
 		Princípio da universalidade sucessória: Páginas 30 e 31
 		Desuso (de facto) e insubsistência (de jure) da regra: Página 31
 		Bens imóveis localizados no estrangeiro: Páginas 31 e 32
 		Equalização de direitos na partilha dos bens: Página 32
 		Sucessão de bens de estrangeiros situados no País: Página 32
 		Capacidade para suceder: Páginas 32 e 33
 		Execução de testamento celebrado no estrangeiro: Página 33
 Lei aplicável à forma: Página 33
→ Direito das obrigações e contratos. Página 34
 Obrigação proveniente de contrato: Página 34 e 35
 Obrigação no exterior destinada à execução no Brasil: Página 35
 Obrigações por atos ilícitos: Página 35
 Tratados internacionais: Página 35 e 36
 Flexibilização pela lex damni: Página 36
 Obrigações ex lege: Página 36
Stickers: FreePik
Sumário
 Página 3 de Nova Seção 1 
sararayanne58@
gmail.com
direito internacional privado
sumário
→ Pessoas jurídicas no DIPR: Página 37
 Lei Aplicável: Página 37
 Nacionalidade da empresa: Página 37
 Reconhecimento e funcionamento da empresa estrangeira: Página 37
 Limites de operação no Br: Páginas 37 e 38
→ Direito processual internacional; Página 39
 Introdução: Página 39
 Natureza das normas de direito processual internacional: Página 39
 Fontes do direito processual civil internacional: Página 39
 Lex fori; Lex Diligentiae e lex causae: Páginas 39 e 40
→ Cooperação jurídica internacional: Página 41
 Introdução: Página 41
 Carta rogatória: Páginas 41 e 42
 Cooperação judiciária internacional: Página 42
 Homologação de sentença estrangeira: Página 43
 Requisitos: Páginas 43 e 44
→ Condição jurídica do estrangeiro: Página 45
 Conceito de estrangeiro: Página 45
 Regulamentação: Página 45
 Admissão e ingresso de estrangeiro: Página 45
 Tipos de visto: Páginas 45 a 47
 Direitos dos estrangeiros: Páginas 47 e 48
 Exclusão do estrangeiro: Páginas 48 a 50
 Extradição: Páginas 49 e 50
 Fases ( sistema judiciário de extradição): Página 50 a 54
Sumário
 Página 4 de Nova Seção 1 
sararayanne58@
gmail.com
Art./Súmulas
Observações
Títulos
Atenção
Subtítulos
Aula 01
Aula 01- Casamento e Divórcio
É de extrema importância analisarmos tais fenômenos dentro 
do direito internacional privado, principalmente pela enorme 
constância com que pessoas de nacionalidades e domicílios 
distintos casam-se.
-
Casamentos no estrangeiro de domiciliados no Brasil.-
E casamentos no Brasil de pessoas domiciliadas no estrangeiro.-
QUAL LEGISLAÇÃO DEVE SER APLICADA E UTILIZADA A ESSA 
RELAÇÃOJURÍDICA? 
-
Casamento e divórcio no DIPR:
 CAPACIDADE 
+ 
FORMALIDADES 
 (HABILITANTES E CELEBRANTES)
AS NORMAS DE DPR EM RELAÇÕ AO CASAMENTO TEM 
IMPORTÂNCIA PARA A PRECIAÇÃO DE SUA VALIDADE EM 
RELAÇÕES INTERJURISDICIONAIS.
-
Se atentar para a união estável.-
Analisaremos o casamento ocorrido no brasil e no exterior, o 
casamento consular, o casamento por procuração, a lei 
aplicável ao regime de bens e a invalidade matrimonial.
-
Capacidade para casar:
A capacidade para casar(contrair matrimônio), é estabelecida 
pela lei pessoal de domicílio de cada nubente.
-
A lei que estabelece esse ideal é a LINDB em seu Art.7°.caput.-
Já a forma é estabelecida pela lei do local de 
celebração(Art.7°,LINDB;§1°).
-
A lei do local de celebração, pode ter regra diferente 
enquanto a capacidade, mas a que deve ser avaliada é a de 
domicilio dos mesmos.
-
Por exemplo: umas pessoa/jovem com dezoito anos de 
idade é habilitado a se casar no Brasil, entretanto em 
algumas leis estrangeiras o mesmo pode ser 
considerado menor.
-
Há também outros fatores que a lei de domicilio deve 
tratar como de ordem pública, como: doença mental, 
loucura ou exercício de determinadas funções ou 
cargos.
-
QUAL A LEI DEVE SER APLICADA QUANTO 
AOS IMPEDIMENTOS MATRIMONIAIS?
Deve ser verificado a lei do local de 
celebração(lex loci celebrationis), e não 
referente a lei do domicilio.
Art. 7°.LINDB= 
A lei do país em que domiciliada a 
pessoa determina as regras sobre 
o começo e o fim da personalidade, 
o nome, a capacidade e os direitos 
de família.
Art.7°;§1°;LINDB=
Realizando-se o casamento no Brasil, 
será aplicada a lei brasileira quanto aos 
impedimentos dirimentes e às 
formalidades da celebração.
Gmail: sararayanne58@gmail.com/ Instagram: sararayanne58
 Página 5 de Nova Seção 1 
sararayanne58@
gmail.com
Juliana Oliveira
Casamento realizado no Brasil:
Como já elucidado no Art.7;§1° da LINDB,as formalidades 
habilitantes e celebrantes serão regidas pela lei do local de 
celebração, observado por cada legislação.
-
Cada ordem jurídica/Estado chama para si a competência 
quanto as formalidades habilitantes e celebrantes do 
matrimônio.
-
Evitar casamentos à margem da lei.-
CÓDIGO DE BUSTAMANTE x CONVEÇÃO DE HAVANA
O código de Bustamante em seus Arts. 36° e 37°,dispõe, 
que os nubentes estão sujeitos a lei pessoal/domicílio quanto 
a capacidade de contrair matrimônio, devendo ainda provar 
e certificar, ao consentimento mediante certidão pela 
autoridade local/paterna.
-
CONDIÇÕES JURÌDICAS QUE DEVE PRECEDER A CELEBRAÇÃO 
DO MATRIMONIO:CÓDIGO DE BUSTAMANTE..
-
Art. 36°=
Os nubentes estarão sujeitos á sua lei 
pessoal, em tudo quanto se refira á 
capacidade para celebrar o matrimonio, ao 
consentimento ou conselhos paternos, aos 
impedimentos e á sua dispensa.
Art. 37°= 
Os estrangeiros devem provar, antes de casar, que 
preencheram as condições exigidas pelas suas leis 
pessoais, no que se refere ao artigo precedente.
Podem fazê-lo mediante certidão dos respectivos 
funcionários diplomáticos ou agentes consulares ou 
por outros meios julgados suficientes pela 
autoridade local, que terá em todo caso completa 
liberdade de apreciação.
A norma brasileira é adepta a regra locus regit actum(lugar 
rege o ato).
-
A intenção da norma, é preservar o casamento de qualquer 
fraude, buscar o respeito ao direito brasileiro(Código Civil).
-
Observar a lex fori (lei do foro/local).-
Obedecidas as formalidade habilitantes e celebrantesda lei brasileira , será portanto válido do Brasil e em 
todos os países, em relação ao princípio do direito 
adquirido n exterior.
-
Casamento realizado no exterior:
E QUANTO AOS CASAMENTO DE BRSILEIROS OU 
ESTRANGEIROS DOMICILIADOS NO BRASIL, QUAL LEI 
SERÁ APLICADA? A resposta é clara, pois se como 
dito, os casamentos celebrados no brasil, deve se 
respeita a lei local, nada que mais lógico que aplicar a 
lei do local da celebração.(lex loci celebrationis),pois 
cada pais tem uma norma quanto as formalidades.
-
Assim o casamento no estrangeiro, seja como for a 
modalidade ,será plenamente válido no Brasil, e a 
recíproca é verdadeira.
-
O casamento de brasileiros no estrangeiros, 
entretanto deve ser registrado perante autoridade 
brasileira(habilitação reguladas no Código Civil).
-
Art. 1.544°;CC=
O casamento de brasileiro, celebrado no 
estrangeiro, perante as respectivas 
autoridades ou os cônsules brasileiros, deverá 
ser registrado em cento e oitenta dias, a 
contar da volta de um ou de ambos os 
cônjuges ao Brasil, no cartório do respectivo 
domicílio, ou, em sua falta, no 1 o Ofício da 
Capital do Estado em que passarem a residir.
Art.9°; §1°;LINDB=
Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-
se-á a lei do país em que se constituírem.
§ 1 Destinando-se a obrigação a ser executada 
no Brasil e dependendo de forma essencial, 
será esta observada, admitidas as 
peculiaridades da lei estrangeira quanto aos 
requisitos extrínsecos do ato.
Continuação
 Página 6 de Nova Seção 1 
sararayanne58@
gmail.com
Porém, muito embora exista a previsão constitucional de 
respeito ao direito adquirido, tal premissa, ao menos no 
Brasil, não é absoluta, visto que não será reconhecido o 
direito adquirido nos casos em que se entenda haver 
ofensa à ordem pública, aos bons costumes e à soberania 
nacional. Logo, não se reconhece no Brasil, casamentos 
ocorridos no exterior entre um homem e várias mulheres, 
ainda que tal prática seja legal em cerca de cinquenta 
países. Assim, se um cidadão árabe que possui duas 
esposas legítimas cujos casamentos ocorreram na Arábia 
Saudita, onde permite-se a poligamia, estabelecer sua 
residência no Brasil, não poderá ter reconhecido seus dois 
casamentos, tendo assim afetados os seus direitos outrora 
adquiridos em seu país natal.
-
Casamento consular:
Tanto brasileiros no exterior quanto estrangeiros no brasil 
podem casar perante autoridades consulares de seus 
respectivos países. 
-
LEI NACIONAL DOS NUBENTES.-
EM XCEÇÃO A REGRA GERAL LEX LOCI CELEBRATIONIS.-
Para evitar constrangimentos em caso de imposição de 
algumas regras.
-
Art.5°; da convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas 
de 1963.
-
Casamento consular de brasileiros no exterior:
Art. 18°;LINDB=
Tratando-se de brasileiros, são competentes 
as autoridades consulares brasileiras para 
lhes celebrar o casamento e os mais atos de 
Registro Civil e de tabelionato, inclusive o 
registro de nascimento e de óbito dos filhos 
de brasileiro ou brasileira nascido no país da 
sede do Consulado. 
Assim cônsules de carreira, podem celebrar casamento de 
nubentes de nacionalidade brasileira, independendo lugar de 
seu domicílio.
-
ENTRETANTO DEVE-SE OBSERVAR QUE OS NUBENTES 
PRECISAM TER NACIONALIDADE BRASILEIRA(SEJA 
ORIGINÁRIA OU DERIVADA).
-
Art.7°;§2°;LINDB=
O casamento de estrangeiros poderá 
celebrar-se perante autoridades 
diplomáticas ou consulares do país de 
ambos os nubentes. 
PORTANTO NÃO PODERÁ E NÃO SERÁ VÁLIDO OS 
CÔNSULES CELEBRAR CASAMENTO DE UM 
NACIONAL E UM ESTRANGEIRO.(POR QUESTÃO DE 
SOBERANIA), PORÉM PODERAM CASAR SOB 
AUTORIDADE LOCAL,DESDE QUE NÃO SEJA 
IMPOSTA FORMALIDADES IMPOSSÍVEIS DE SEREM 
CUMPRIDAS, QUE OS NUBENTES NÃO CONCORDAM, 
SENDO PORTANTO IMPOSSÍVEL O CASAMENTO 
POR FALTA DE BASE JURÍDICA.
-
Questão de reciprocidade entre os Estados 
soberanos em função do casamento consular.
-
Mesmo havendo casamento consular há a 
necessidade de registro em 180 dias no brasil.
-
Casamento consular de estrangeiros no Brasil:
Da mesma forma que é permitido aos brasileiros 
casarem em repartição consular ou diplomática 
(perante autoridades brasileiras),podem os 
estrangeiros igualmente fazerem.
-
Interesse da autoridade celebrante.(soberania).-
No Brasil, portanto podem ser feitas diversas 
formas de casamento por forma diversa da 
legislação brasileira, pois cada Estado tem um 
interesse e entendimento diverso(legislação de 
origem).
-
PODEM,CONTUDO DOIS ITALIANO,QUE 
SÃO TAMBÉM BRASILEIROS EM RAZÃO 
DE DUBLA NACIONALIDADE CASAR-SE 
PERANTE AUTORIDADE CONSULAR?
A resposta é não!!!!! 
Continuação
 Página 7 de Nova Seção 1 
sararayanne58@
gmail.com
Casamento por procuração:
Existe uma certa divergência quanto a sua definição.-
SE ALGUÉM,DOMICILIADO EM PAÍS QUE 
IMPEDE TAL MODALIDADE,PASSA UMA 
PROCURAÇÃO PARA OUTREM A FIM DE 
CASAR-SE COM CONSORTE DOMICILIADO 
NO Brasil, QUAL A LEI APLICÁVEL AO 
CASAMENTO ASSIM CELEBRADO?
Dolinger explica que essa questão está ligada de maneira 
substancial, ligada à capacidade, à manifestação da vontade 
para casar, deve aplicar-se a lex causae e considerar que 
o casamento não foi regularmente celebrado, devendo ser 
invalidado;
-
ENTRETANTO FOI TRATADO COMO FORMA DE 
CELEBRAÇÃO, APLICANDO- SE ASSIM A LEX LOCI 
CELEBRATIONIS, A LEI BRASILEIRA POR SER PLENAMENTE 
VÁLIDO A FORMA DE CELEBRAÇÃO POR PROCURADOR.
-
O mesmo deve ser realizado por etapas.-
Lex fori X lex causae
Apesar do Brasil aceitar, o mesmo não poderá ser 
realizado no Brasil, exceto por tratado internacional em 
contrário.
-
Outro fator é que apesar do impedimento da lex causae de 
haver casamento por procuração não viola nossa "ORDEM 
PÚBLICA".
-
NADA IMPEDE QUE O PAÍS A QUALIFIQUE COMO UMA 
QUESTÃO SUBSTÂNCIAL, QUALIFICADA PELA LEX FORI.
-
PARA SER VÁLIDO NO BRASIL,DEVE A LEI PESSOAL DO 
OUTORGANTE PERMITIR EXPRESSAMENTE..
-
Lei aplicável ao regime de bens:
Ao que se refere ao regime de bens no casamento, a 
LINDB determina em seu Art.7°;§4°.que deve se observar 
à lei do país em que os nubentes estão domiciliados, se 
esse for diverso, à lei do primeiro domicílio conjugal.
-
Assim como o Código de Bustamante em seu Art.187°:-
Sendo evidente que o domicílio conjugal é o da época da 
celebração ou estabelecimento.
-
Art.7°;LINDB= § 4o 
O regime de bens, legal ou convencional, 
obedece à lei do país em que tiverem os 
nubentes domicílio, e, se este for diverso, a 
do primeiro domicílio conjugal.
DOS CONTRACTOS MATRIMONIAES EM 
RELAÇÃO AOS BENS
Art. 187°=Os contractos matrimoniaes 
regem-se pela lei pessoal commum aos
contractantes e, na sua falta, pela do 
primeiro domicilio matrimonial.
DOMICÍLIO COMUM x PRIMEIRO DOMICÍLIO 
DOS NUBENTES MATRIMONIAL
Convenção da Haia a Lei aplicável aos Regimes 
Matrimoniais.
-
NÃO TERÁ NENHUMA INFLUÊNCIA A EVENTUAL 
MUDANÇA POSTERIOR DE DOMICÍLIO.
-
PARA ALGUNS DOUTRINADORES O MAIS CERTO 
SERIA TER A LEI DO LOCAL DE CELEBRAÇÃO DO 
ATO, AO QUE SE REFERE AO REGIME DE BENS, AFIM 
DE EVITAR POSSÍVEIS FRAUDES. PRINCIPALMENTE 
POR SE TRATAR DE FASE PRELIMINAR E NÃO 
POSTERIORE,POIS O DOMICÍLIO CONJUGAÇ SERÁ O 
SUBSEQUENTE.
-
No brasil há uma certa liberdade para os cônjuges 
estipularem qual regime lhes é mais benéfico.
-
O tema também é ressalvado no código Civil quanto a 
prova de mudança de domicílio no Art.74°CC, em 
como sobre o processo de habilitação para o 
casamento em seu Art.1525°IV;CC.
-
APOSTILAMENTO:DE REGIME DE COMUNHÃO 
PARCIAL DE BENS,RESPEITANDO O DIREITO DE 
TERCEIROS;
-
Efeitos pessoais do casamento:
A LINDB não contém disposições expressas sobre o 
assunto.
-
Entretanto se nos valermos da lei nacional (domiciliar) 
para tratar das relações dos cônjuges. 
-
Em respeito ao princípio da ordem pública.-
Continuação
 Página 8 de Nova Seção 1 
sararayanne58@
gmail.com
Invalidade do casamento:
No que se refere à invalidade do casamento, é estabelece a 
LINDB, em seuArt.7°;§3°.
-
Art. 7°;§3°;LINDB=
Tendo os nubentes domicílio diverso, 
regerá os casos de invalidade do 
matrimônio a lei do primeiro domicílio 
conjugal.
A norma é profundamente criticada, por se afastar do que é 
estabelecido no Código de Bustamante, em seu Art.47°.
-
A lei deverá ser aplicada independentemente do lugar de 
celebração observando apenas o domicilio conjugal.(sendo 
portanto incongruente e sem lógica essa ideia posta pelo 
legislador, de reger a invalidade por lei estranha, a do lugar de 
celebração).
-
Código de Bustamante
Art. 47°= A nulidade do matrimônio deve 
regular-se pela mesma lei a que estiver 
submetida a condição intrínseca ou 
extrínseca que a tiver motivado.
Na prática o que o disposto deixa a 
entender(incongruentemente) é o seguinte: um casal contrai 
núpcias num país, à luz de suas regras jurídicas e, tão logo se 
casam, fixando domicílio em outro país, neste caso só podendo 
pela lei deste último- que é país totalmente estranho ao lugar da 
celebração do matrimonio- discutir a validade do casamento 
realizado alhures.
-
Para Almicar de Castro, à redação do dispositivo foi infeliz, pois 
ao invés de tratar sobre a validade, preferiu acolher a invalidade. 
Pois para ele, não se pode realizar o casamento por um direito, 
e anulá-lo por outro: e que nenhum casamento pode ser 
celebrado em um pìs para valer apenas fora desse país.
-
Além dele Dolinger, a incongruência de ter a LINDB determinado 
a aplicação de uma lei de um país B para uma falha formal ou 
substancial prevista em sua legislação que tenha ocorrido em um 
casamento celebrado quando os nubentes ainda eram 
domiciliados neste país B.
-
Ora, se o casamento foi validamente realizado à luz 
de certe ordem jurídica, não poderá a lei de 
terceiro Estado determinar a regência de sua 
possível invalidade, que poderá ter lugar em 
situações adversas às estabelecidas pela lex loci 
celebrationis.
-
Por todos esses motivos é que o STF, em 1972, 
declarou como não escrita a regra do art. 7°, § 3°, 
da LINDB, ao entender que a lei-regente da 
invalidade do casamento só poderá ser a lex loci 
celebrationis, mesmo para eventos ocorridos depois 
das núpcias, nestes termos: Tendo a nova lei 
adotado o princípio domiciliar para reger, entre 
outros, os direitos de família (art. 7°), ao contrário 
da antiga, para quem a lei pessoal era, não a do 
domicílio, mas a da nacionalidade, o legislador resolveu 
estender o princípio domiciliar aos casos de 
invalidade do matrimônio (art. 7°, § 3°), esquecido de 
que, enquanto a lógica não for sepultada, a validade 
ou invalidade de um ato só pode ser aferida em face 
da lei a que ele obedeceu. (...) Que fazer então? Ter o 
preceito como inaplicável, por impossibilidade lógica, 
e, assim, como não escrito.
-
Continuação
 Página 9 de Nova Seção 1 
sararayanne58@
gmail.com
Divórcio:
Os casais (nacionais ou estrangeiros) que contraíram núpcias 
no Brasil e aqui se domiciliam terão – salvo eleição de foro 
estrangeiro, com a anuência de ambos – de submeter-se à 
competência da autoridade brasileira para aqui se divorciar.
-
O STF, por sua vez, baseado em tais elementos, entendeu-
ser a Justiça norte-americana incompetente para a prolação 
da sentença de divórcio, vez que era o casal domiciliado no 
Brasil, pelo que somente a Justiça brasileira teria competência 
para
conhecer da ação; entendeu o tribunal, além do mais, não ter 
havido foro de eleição, por faltar a concordância da esposa. À 
conta disso, negou-se a homologação da sentença norte-
americana de divórcio em razão, entre outras, da 
incompetência do juízo.
CASADOS NO BRASIL + DOMICILIADOS = NÃO ADMITE 
DIVÓRCIO 
 FORA
Por sua vez, casais domiciliados no Brasil cujo casamento 
tenha sido realizado no exterior podem eleger a autoridade 
brasileira como competente para decidir sobre a separação 
ou o divórcio. Em tais casos, aceita-se a competência da 
autoridade brasileira para tanto, à luz da regra domiciliar 
prevista no art. 7° da LINDB. Evidentemente que poderá o 
casal optar pela realização do divórcio no país em que 
celebrado o casamento, em razão da lex loci celebrationis
(especialmente se o Estado em causa adota o critério da 
nacionalidade como determinante do estatuto pessoal).
-
CASADO EM OUTRO + DOMICILIADO = PODE PROCESSAR
 PAÍS NO BRASIL DIVÓRCIO NO 
BRASIL
Optando, porém, por divorciar-se no Brasil, nada há que-
impeça o conhecimento da demanda perante a Justiça 
brasileira, bastando, para tanto, que apenas um dos cônjuges 
seja domiciliado no Brasil.97 Ao juiz, porém, poderão aparecer 
duas
questões de DIPr a serem, de plano, verificadas: a relativa à 
validade do ato realizado no estrangeiro (à luz da regra locus 
regit actum) e a relativa à regra aplicável ao regime de bens 
(LINDB, art. 7o, § 5o).
Se o divórcio realizou-se no estrangeiro, sendo um ou ambos 
os cônjuges brasileiros, dispõe o art. 7°, § 6°, da LINDB,que:
-
Art. 7°;§ 6°; LINDB=O divórcio realizado no 
estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges forem 
brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois 
de 1 (um) ano da data da sentença, salvo se 
houver sido antecedida de separação judicial por 
igual prazo, caso em que a homologação 
produzirá efeito imediato, obedecidas as 
condições estabelecidas para a eficácia das 
sentenças estrangeiras no país. O Superior 
Tribunal de Justiça, na forma de seu regimento 
interno, poderá reexaminar, a requerimento do 
interessado, decisões já proferidas em pedidos 
de homologação de sentenças estrangeiras de 
divórcio de brasileiros, a fim de que passem a 
produzir todos os efeitos legais. 
O art. 226°, § 6°, da Constituição Federal de 1988,
cuja redação original dispunha que “ casamento civil 
pode ser dissolvido pelo divórcio, após prévia 
separação judicial por mais de um ano nos casos 
expressos em lei, ou comprovada separação de 
fato por mais de dois anos”, foi posteriormente 
alterado (em 13.07.2010) pela Emenda 
Constitucional no 66, passando a dizer, 
simplesmente, que “casamento civil pode ser 
dissolvido pelo divórcio”, sem qualquer referência a 
prazo para a dissolução.
-
O divórcio realizado alhures somente não produzirá 
efeitos perante a nossa ordem jurídica se houver 
violação à ordem pública, a teor do que dispõe o 
art. 17 da LINDB, segundo o qual “ leis, atos e 
sentenças de outro país, bem como quaisquer 
declarações de vontade, não terão eficácia no 
Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a 
ordem pública e os bons costumes”.
-
Divórcio consensual consular:
A partir da entrada em vigor da Lei no 
11.441/2007, possibilitou-se no Brasil a realização 
de inventário, partilha, separação consensual e 
divórcio consensual pela via administrativa
-
(extrajudicial). 
Continuação
 Página 10 de Nova Seção 1 
sararayanne58@
gmail.com
À vista dessa inovação legislativa, a Lei no 12.874/2013 incluiu 
os §§ 1° e 2° ao art. 18° da LINDB,para o fim de autorizar às 
autoridades consulares brasileiras que também celebrem a 
separação e o divórcio consensuais de brasileiros no exterior, 
nestes termos:
-
Art. 18°. § 1º ;LINDB=
As autoridades consulares brasileiras também poderão 
celebrar a separação consensual e o divórcio consensual 
de brasileiros, não havendo filhos menores ou incapazes 
do casal e observados os requisitos legais quanto aos 
prazos, devendo constar da respectiva escritura pública 
as disposições relativas à descrição e à partilha dos bens 
comuns e à pensão alimentícia e, ainda, ao acordo quanto 
à retomada pelo cônjuge de seu nome de solteiro ou à 
manutenção do nome adotado quando se deu o 
casamento. 
Art.18°;§ 2°;LINDB=
É indispensável a assistência de advogado, devidamente 
constituído, que se dará mediante a subscrição de 
petição, juntamente com ambas as partes, ou com 
apenas uma delas, caso a outra constitua advogado 
próprio, não se fazendo necessário que a assinaturado advogado conste da escritura pública. 
Entretanto o §2° do Artigo, merece um olha crítico, quando a 
indispensabilidade de haver um advogado constituído no processo 
com registro na Ordem dos Advogados, o que poderia/pode 
dificultar às partes na obtenção do divórcio consensual.
-
Divórcio consensual puro e qualificado:
Se discutia muito sobre a necessidade de homologação no Brasil 
das sentenças estrangeiras de divórcio consensual, para o fim de 
operar efeitos em território nacional.
-
Atualmente, não há dúvidas de que o divórcio consensual realizado 
no exterior independe de homologação pelo STJ para valer no 
Brasil, a teor do que expressamente dispõe o art. 961°, § 5°, do 
CPC/2015:
-
Portanto a sentença de divórcio consensual no 
estrangeiro, é reconhecido no brasil, sem haver a 
necessidade de homologação pelo STJ.
-
Art. 961°;CPC=
A decisão estrangeira somente terá eficácia 
no Brasil após a homologação de sentença 
estrangeira ou a concessão do exequaturàs 
cartas rogatórias, salvo disposição em sentido 
contrário de lei ou contrato
§ 5º A sentença estrangeira de divórcio 
consensual produz efeitos no Brasil, 
independentemente de homologação pelo 
Superior Tribunal de Justiça.
Provimento CNJ nº 53/2016
Dispõe sobre a averbação direta por Oficial 
de Registro Civil das Pessoas Naturais da 
sentença estrangeira de divórcio consensual 
simples ou puro, no assento de casamento, 
independentemente de homologação judicial.
16 de Maio de 2016
Divórcio consensual puro:Divórcio 
consensual simples ou puro consiste 
exclusivamente na dissolução do matrimônio, 
podendo dispor sobre a questão do nome de 
casada/nome de solteira.
Continuação
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Divórcio consensual qualificado:divórcio 
consensual qualificado consiste no divórcio que 
além de dissolver o matrimônio faz disposição 
sobre guarda de filhos, pensão alimentícia 
e/ou partilha de bens.
Continuação
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Art./Súmulas
Observações
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Aula 0 2
Aula 02- Relações parentais em DIPR
O Dipr também se preocupa em estabelecer e definir casos 
em que relacione variados ordenamentos jurídicos (relação 
internacional) em casos e questões como filiação, guarda de 
filhos, alimentos, subtração de menores etc.
-
Filiação :
Relações parentais no Dipr:
Filiação é a relação entre 
duas pessoas em que uma é 
pai ou mãe da outra.
Essa relação é disciplinada pelo art.7°;CAPUT da LINDB, regido 
pela lei do domicílio, por se tratar de direito de família.
-
Sendo o domicílio do filho, por se tratar de seus diretos 
primordiais.
-
E para conhecer o domicílio do filho é necessário aplicar o 
disposto no Art.7°;§7°.LINDB:
-
§ 7° Salvo o caso de abandono, o 
domicílio do chefe da família 
estende-se ao outro cônjuge e aos 
filhos não emancipados, e o do 
tutor ou curador aos incapazes 
sob sua guarda.
UM PONTO DE CONFLITO QUE ENCOTRAMOS É QUANDO HÁ 
NECESSIDADE DE DETERMINAR O DOMICÍLIO DO FILHO, QUE 
AINDA NÃO SE SABE QUEM É O PAI:
-
Neste caso aplica-se o domicílio residual do menor-
E em casos de proibição da busca da paternidade em 
país estrangeiro, aplica-se a lei mais favorável
(brasileira?lex fori).
-
Valendo lembrar quem nos códigos anteriores era a 
nacionalidade que determinava o começo e fim da 
personalidade, capacidade, direito de famiçia,mas por 
uma questão de favorecer situações como essas houve 
a alteração. 
-
Poderá, contudo, a lei de residência 
habitual do filho ou, inclusive, a mais 
favorável ofender
a ordem pública do foro (em raríssimos 
casos, é certo). Já se pensou, v.g., que 
ofenderia a ordem
pública do foro a lei do país que autoriza a 
investigação de paternidade, quando esta é
inadmitida pela lex fori.
Essa questão hoje nos parece superada, pois a 
maioria dos países trazem essa proteção dos 
filhos, não fazendo discriminações entre filhos
-
Assim, para as questões relativas à filiação, sendo 
comum o domicílio (ou residência habitual) de pais e 
filhos, aplica-se a norma prevista pela lei desse 
espaço de convivência comum; sendo, porém, 
diferentes os domicílios (ou residências habituais) 
de ambos, aplica-se, a priori, a lei do local de 
residência habitual do filho, se não lhe for mais 
favorável a lei pessoal de cada qual dos pais.
-
Arts.57 a 66/ Código de Bustamante.-
Continuação
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Guarda de filhos:
Art. 1.584°;CC= A guarda, unilateral ou 
compartilhada, poderá ser:
I – requerida, por consenso, pelo pai e 
pela mãe, ou por qualquer deles, em ação 
autônoma de separação, de divórcio, de 
dissolução de união estável ou em medida 
cautelar;
II – decretada pelo juiz, em atenção a 
necessidades específicas do filho, ou em 
razão da distribuição de tempo necessário 
ao convívio deste com o pai e com a mãe.
Para a lei brasileira ser competente, os pais e filhos devem 
estar domiciliados no Brasil(lei do domicílio familiar).
-
É VÁLIDO FRISAR, QUE O DOMICÍLIO É ENTENDIDO NÃO COMO 
NO EXPOSTO NO CÓDIGO CIVIL, COM ÂNIMO DEFINITIVO, MAS 
-
mas como o país (ou estado, província, território etc.) em que 
se encontra a família, ainda que seus membros residam 
separadamente.
Poderão os pais, contudo, 
domiciliar-se em países distintos, 
quando, então, inexistirá
“domicílio familiar”?
Qual norma deve ser aplicada?
Sobre a análise do código civil de 1916, e alguns doutrinadores, 
como Pontes de Miranda, deveria ser analisada a lei dos cônjuges, 
ou se tivessem a nacionalidade diferente a lei de cada um, mas a 
lei do filho que deveria ser vista e atendida.
-
No Código Civil atual (de 2002) a guarda vem regulada nos
arts.1.583° a 1.590°, pertencentes ao Capítulo XI (“Da Proteção da 
Pessoa dos Filhos”), que integra o Subtítulo I (“Do Casamento”) no 
âmbito do Título I (“Do Direito Pessoal”) do Livro IV (“Do Direito de
-
Família”) do Código. Também no ECA a guarda (art. 33°)encontra-
se em capítulo intitulado “Do Direito à Convivência Familiar e 
Comunitária” (Capítulo III).
Portanto, não restam dúvidas ser a 
lei do estatuto do filho (lei da 
residência
habitual do menor, à luz do 
entendimento atual) a competente 
para o estabelecimento da guarda,
sempre que outra não lhe seja mais 
favorável. Como forma de 
proximidade com a lei e proteção dos 
direitos e interesses do menor.
Direito de visita:
Assim como a guarda, o direito 
dos pais à visita aos filhos será 
regulado pela lei brasileira
quando ambos (pais e filhos) 
forem domiciliados ou residentes 
no Brasil.
Em um primeiro momento definimos o direito de 
visitação, entretanto não podemos nos esquecer, 
que um dos genitores podem querer sair no período 
de visitação, entretanto é necessário a autorização 
do poder judiciário.
-
Art. 83°;ECA= Nenhuma criança 
ou adolescente menor de 16 
(dezesseis) anos poderá viajar 
para fora da comarca onde 
reside desacompanhado dos pais 
ou dos responsáveis sem 
expressa autorização judicial.
Continuação
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Art. 84°;ECA= Quando se tratar de 
viagem ao exterior, a autorização é 
dispensável, se a criança ou adolescente:
I - estiver acompanhado de ambos os 
pais ou responsável;
II - viajar na companhia de um dos pais, 
autorizado expressamente pelo outro 
através de documento com firma 
reconhecida.
Qual a lei aplicável ao direito 
de visita quando há pluralidade 
de domicílios?
Neste caso diferentemente do direito de guarda, que 
se observa o interesse principalmente do menor, 
deve-se analisar neste caso e o interesse dos 
membros da família , afim de propiciar um ambiente 
familiar saudável. Entretanto a grande dificuldade é 
determinar a lei aplicável tendo os pais/genitores 
domicílios diferentes, em casos de domicílio.
-
Por tal motivo, na falta de critério uniforme 
estabelecido em tratado, parece coerente admitir 
que o critério da residência habitual da criança 
continue a operar mesmoquando em jogo interesses 
mais amplos e relativos a uma gama maior de pessoas 
(como pais, avós, tios etc.) O grande motivo para tal 
entendimento é para se evitar conflitos entre os 
genitores, por questões de direito material entre 
ordenamentos jurídicos distintos e desconhecimento 
da lei referente a visita.
-
Alimentos: 
O estudo da lei aplicável à 
prestação de alimentos leva em 
conta tanto normas
internacionais específicas quanto 
a regra da norma mais favorável 
ao alimentando.
Convenção de Nova York sobre Prestação de 
Alimentos no Estrangeiro (1956):
-
O Brasil faz parte da convenção de Nova York 
desde da década de 1960,com a intenção de 
facilitar ao credor de alimentos/parte 
demandante .
-
Autoridade remetente e instituição 
intermediária.( responsáveis para tomar as atitudes 
necessárias) 
-
ARTIGO VI
Funções da Instituição Intermediária
 1. A Instituição Intermediária, atuando 
dentro dos limites dos poderes conferidos pelo 
demandante, tomará, em nome deste, 
quaisquer medidas apropriadas para assegurar 
a prestação dos alimentos. Ela poderá, 
igualmente, transigir e, quando necessário, 
iniciar e prosseguir uma ação alimentar e 
fazer executar qualquer sentença, decisão ou 
outro ato judiciário.
A Lei de Alimentos (Lei no 5.478, de 25 de julho-
de 1968).
Continuação
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Lei de Alimentos (Lei no 5.478, de 25 de 
julho
-
de 1968).
Art. 26°; É competente para as ações de 
alimentos decorrentes da aplicação 
do Decreto Legislativo nº. 10, de 13 de 
novembro de 1958, e Decreto nº. 56.826, 
de 2 de setembro de 1965, o juízo federal 
da Capital da Unidade Federativa Brasileira 
em que reside o devedor, sendo considerada 
instituição intermediária, para os fins dos 
referidos decretos, a Procuradoria-Geral da 
República.
Convenção sobre a Cobrança Internacional de Alimentos 
para Crianças e outros Membros da Família e Protocolo 
sobre a Lei Aplicável (2007).
-
Artigo 1º -DECRETO Nº 9.176, DE 19 DE OUTUBRO DE 2017
A presente Convenção tem por objeto assegurar a 
eficácia da cobrança internacional de alimentos para 
crianças e outros membros da família, principalmente ao:
estabelecer um sistema abrangente de cooperação entre 
as autoridades dos Estados Contratantes;
a)
possibilitar a apresentação de pedidos para a obtenção de 
decisões em matéria de alimentos;
b)
garantir o reconhecimento e a execução de decisões em 
matéria de alimentos; e
c)
requerer medidas eficazes para a rápida execução de 
decisões em matéria de alimentos.
d)
Os arts. 7° e 8° do Protocolo inovam ao permitir às 
partes, não obstante com restrições, que escolham a lei 
aplicável às obrigações alimentares, reforçando a 
tendência do DIPr contemporâneo que consagra a 
autonomia da vontade das partes.
-
Portanto entende-se que uma maior flexibilização 
das normas e leis aplicáveis aos casos concretos 
que envolvam credor e devedor em uma relação 
de alimentos.
-
Daí a conclusão de que a norma alimentar a ser 
aplicada pelo juiz há de ser sempre a mais 
favorável ao alimentando, seja tal norma a sua lei 
pessoal, da sua nacionalidade, do domicílio, 
residência ou nacionalidade do devedor ou, em 
última análise, a lex fori (caso esta não se 
confunda com uma ou outra).
-
NECESSIDADE x POSSIBILIDADE 
Alguns autores, contudo, defendem que não 
ferindo a moral, os bons costumes ou a ordem
-
pública do foro, melhor seria a aplicação da lei 
pessoal do devedor para regular a obrigação
alimentar, ao argumento de que mais fácil seria, na 
prática, a cobrança e a execução desses
alimentos no foro do executado.
Sequestro internacional de crianças:
EM RAZÃO DA GRANDE QUANTIDADE 
DE VIAJENS ESTRANGEIRAS EM 
CASOS DE GUARDA E 
VISITA,SURGIRAM A PREOCUPAÇÃO 
QUANTO A SUBTRAÇÃO ILÍCITA DE 
CRIANÇAS DE SUA REDIDÊNCIA 
HABITUAL.
Convenção sobre Aspectos Civis do Sequestro 
Internacional de Crianças, concluída na Haia (à 
unanimidade) em 25 de outubro de 1980.
-
OBJETIVOS DA CONVENÇÃO:-
assegurar o retorno imediato de crianças 
ilicitamente transferidas para qualquer Estado-
contratante ou nele retidas indevidamente; 
a)
fazer respeitar de maneira efetiva nos outros 
Estados contratantes os direitos de guarda e 
de visita existentes num Estado-contratante
b)
Continuação
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O instrumento visa,
assim, proteger as crianças dos 
efeitos nocivos de sua subtração e 
retenção para além dos limites
de um Estado, prevendo mecanismos 
para o seu retorno imediato ao país 
de residência habitual.
A redação entretanto se preocupou apenas com maneiras 
facilitadores para o retorno da criança e não em tornas as leis 
aplicáveis. 
-
É IMPORTANTE SALIENTAR QUE 
É ERRADO O USO DO TERMO 
SEQUESTRO, POIS SE TRATA DE 
SUBTRAÇÃO ILEGAIS DE 
CRIANÇAS DE SEU PAIS DE 
RESIDÊNCIA HABITUAL
Convenção sobre Aspectos Civis do Sequestro 
Internacional de Crianças:
-
A transferência ou a retenção de uma criança é considerada 
ilícita quando:
 a) tenha havido violação a direito de guarda atribuído a 
pessoa ou a instituição ou a qualquer outro organismo, individual 
ou conjuntamente, pela lei do Estado onde a criança tivesse sua 
residência habitual imediatamente antes de sua transferência 
ou da sua retenção; e
 b) esse direito estivesse sendo exercido de maneira 
efetiva, individual ou em conjuntamente, no momento da 
transferência ou da retenção, ou devesse está-lo sendo se tais 
acontecimentos não tivessem ocorrido.
 O direito de guarda referido na alínea a) pode resultar de 
uma atribuição de pleno direito, de uma decisão judicial ou 
administrativa ou de um acordo vigente segundo o direito desse 
Estado.
Artigo 5
 Nos termos da presente Convenção:
 a) o "direito de guarda" compreenderá os direitos 
relativos aos cuidados com a pessoa da criança, e, em 
particular, o direito de decidir sobre o lugar da sua 
residência;
 b) o "direito de visita" compreenderá o direito de 
levar uma criança, por um período limitado de tempo, para 
um lugar diferente daquele onde ela habitualmente reside.
Compete a cada Estado-contratante designar a 
Autoridade Central encarregada de dar
-
cumprimento às obrigações que lhe são impostas pela 
Convenção (art. 6°)
Artigo 7
 As autoridades centrais devem cooperar entre si e 
promover a colaboração entre as autoridades 
competentes dos seus respectivos Estados, de forma a 
assegurar o retorno imediato das crianças e a realizar os 
demais objetivos da presente Convenção.
 Em particular, deverão tomar, quer diretamente, 
quer através de um intermediário, todas as medidas 
apropriadas para:
 a) localizar uma criança transferida ou retida 
ilicitamente;
 b) evitar novos danos à criança, ou prejuízos às 
parles interessadas, tomando ou fazendo tomar medidas 
preventivas;
 c) assegurar a entrega voluntária da criança ou 
facilitar uma solução amigável;
 d) proceder, quando desejável, à troça de 
informações relativas à situação social da criança;
 e) fornecer informações de caráter geral sobre a 
legislação de seu Estado relativa à aplicação da Convenção;
 f) dar início ou favorecer a abertura de processo 
judicial ou administrativo que vise o retomo da criança ou, 
quando for o caso, que permita a organização ou o 
exercício efetivo do direito de visita;
 g) acordar ou facilitar, conforme ás circunstâncias, 
a obtenção de assistência judiciária e jurídica, incluindo a 
participação de um advogado;
 h) assegurar no plano administrativo, quando 
necessário e oportuno, o retorno sem perigo da criança;
 i) manterem-se mutuamente informados sobre o 
funcionamento da Convenção e, tanto quanto possível, 
eliminarem os obstáculos que eventualmente se oponham 
à aplicação desta.
Continuação
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Comprovada a subtração e de competência da justiça 
federal decidir sobre o retorno imediato do infanteao 
país de residência habitual. Art.109°;CF.
-
Nos termos do art. 15 da Convenção, poderá o Poder 
Judiciário, “antes de ordenar o retorno da criança, 
solicitar a produção pelo requerente de decisão ou de 
atestado passado pelas autoridades do Estado de 
residência habitual da criança comprovando que a 
transferência ou retenção deu-se de forma ilícita.
-
Por sua vez, como não poderia deixar de ser, a 
Convenção prevê também exceções ao
-
retorno imediato da criança, entre as quais está a 
atinente aos riscos graves de ordem física ou
psíquica que pode a criança, em seu retorno, ficar 
submetida. O art. 13, b, da Convenção,
Continuação
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Art./Súmulas
Observações
Títulos
Atenção
Subtítulos
Aula 03
Aula 03- Sequestro/Subtração de menores.
Sequestro internacional de crianças:
EM RAZÃO DA ABERTURA DAS 
FRONTEIRAS, E DOS CONFLITOS 
ENTRE GENITORES QUANTO A 
GUARDA E VISITA, SURGIRAM 
PREOCUPAÇÕES QUANTO A 
SUBTRAÇÃO ILÍCITA DE 
MENORES EM OUTROS 
TERRITÓRIOS.
Convenção sobre Aspectos Civis do Sequestro Internacional 
de Crianças, concluída na Haia (à unanimidade) em 25 de 
outubro de 1980.
-
Objetivos da convenção:
Art.1°; da convenção sobre aspectos civis do sequestro 
internacional.
-
Artigo 1-
 A presente Convenção tem por objetivo:
assegurar o retorno imediato de crianças ilicitamente 
transferidas para qualquer Estado Contratante ou nele 
retidas indevidamente;
a)
fazer respeitar de maneira efetiva nos outros Estados 
Contratantes os direitos de guarda e de visita existentes 
num Estado Contratante.
b)
O instrumento visa,
assim, proteger as crianças dos efeitos 
nocivos de sua subtração e retenção 
para além dos limites
de um Estado, prevendo mecanismos 
para o seu retorno imediato ao país de 
residência habitual.
A convenção prima pelos aspectos civis e não 
penalizadores (criminais),estabelecendo portando normas 
facilitadoras e não aplicáveis ao caso concreto.
-
SEQUESTRO x SUBTRAÇÃO
Nesse sentido não se deve confundir o sequestro com a 
subtração, pois na subtração é transferência/retenção 
ilícita e indevida do menor por u dos genitores ou 
familiares próximos.
-
Nos termos da Convenção, há duas possibilidades de se 
configurar a subtração:
-
quando se transfere ilicitamente a criança de sua 
residência habitual, levando-a para outro país sem o
1)
consentimento do responsável; 
quando o responsável consente na viagem da criança 
para o exterior, mas o subtraente a retém em país 
distinto por tempo indeterminado
2)
Artigo 3
 A transferência ou a retenção de uma 
criança é considerada ilícita quando:
 a) tenha havido violação a direito de 
guarda atribuído a pessoa ou a instituição ou 
a qualquer outro organismo, individual ou 
conjuntamente, pela lei do Estado onde a 
criança tivesse sua residência habitual 
imediatamente antes de sua transferência 
ou da sua retenção; e
 b) esse direito estivesse sendo 
exercido de maneira efetiva, individual ou em 
conjuntamente, no momento da 
transferência ou da retenção, ou devesse 
está-lo sendo se tais acontecimentos não 
tivessem ocorrido.
Continuação
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sistema de cooperação entre as 
Autoridades Centrais dos Estados-
membros, por meio do qual tais 
autoridades em cada país proporcionam 
assistência para localizar a criança, 
possibilitando sua restituição voluntária ou 
uma solução amigável
Comprovada a subtração internacional da criança, caberá ao 
Poder Judiciário (Justiça Federal) decidir sobre o retorno 
imediato do infante ao país de residência habitual. A 
competência da Justiça Federal para tanto encontra 
fundamento no art. 109, III, da Constituição Federal, segundo o 
qual aos juízes federais compete processar e julgar “as causas 
fundadas em tratado ou contrato da União com Estado 
estrangeiro ou organismo internacional”.
-
Por sua vez, como não poderia deixar de ser, a Convenção 
prevê também exceções ao retorno imediato da criança, entre 
as quais está a atinente aos riscos graves de ordem física ou 
psíquica que pode a criança, em seu retorno, ficar submetida. O 
art. 13, b, da Convenção.
-
Conforme determina o art. 11 da Resolução no 131, de 13 de 
maio de 2011 do Conselho Nacional de Justiça, as autorizações 
de viagem não constituem em autorizações para fixação de 
residência no exterior, salvo se expressamente consignado.
-
O conceito de subtração internacional de crianças está 
presente na Convenção de Haia de 1980 sobre os Aspectos 
Civis do Sequestro Internacional de Crianças e também na 
Convenção Interamericana de 1989 sobre a Restituição 
Internacional de Menores.
-
cabe à Autoridade Central Administrativa Federal 
(ACAF) receber e enviar
pedidos de cooperação jurídica internacional para 
retorno de crianças vítimas de subtração
internacional ao seu país de residência habitual, 
bem como a implementação do direito de
visitas transnacional (nos casos em que não se 
configura a ocorrência de subtração
internacional ilícita da criança ou do adolescente),
Ao receber pedidos de Autoridades Centrais 
estrangeiras, a ACAF atua em conjunto com a 
Interpol e a Advocacia-Geral da União para a 
localização da criança e a obtenção de ordem judicial
que implemente tais tratados, garantindo o retorno 
seguro da criança ao seu país de residência habitual 
ou para restabelecer o contato entre a criança e o 
pai/mãe.
-
A ACAF será como um mediador, onde o requerente 
deve entrarem contato pata requerer e solicitar o 
retorno ou efetivação do direito de visita, por 
intermédio do preenchimento de um formulário em 
português e traduzido no idioma do pais onde a 
criança se encontra.
-
Em casos de incerteza quanto ao paradeiro da 
criança, a ACAF poderá entra em contanto com a 
Interpol, com familiares,amigos e apoio de autoridades 
locais através da citação de características físicas, 
documentos, fotos.
-
Aspectos legais: -
Mediação;a)
Assistência jurídica gratuita;b)
No Brasil, o pedido de retorno das crianças é enviado 
ao judiciário pela Advocacia Geral da União (AGU), que 
ingressa com o processo judicial em nome próprio,
a pedido do Estado estrangeiro. Dessa forma, a AGU 
não representa os interesses do particular perante 
a justiça, mas sim o interesse do Estado estrangeiro 
que solicita a cooperação jurídica.
artigo 11 da Resolução no 131 do CNJ,a 
autorização de
viagem não constitui autorização para alterar 
a residência da criança para o exterior.
A autorização tem prazo determinado e deve 
ser usada nos casos em que a viagem para o
exterior se der em caráter temporário 
(férias, passeio, visitas, etc.).
Há países que diferentemente do Brasil, não 
possui um controle de saída de crianças e 
adolescentes eficaz, permitindo que ocorra 
muitas subtrações. Desta forma a emissão de 
passaporte no brasil se tornou um dos meios 
mais eficientes.
-
Continuação
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A Convenção de Haia de 1980 sobre os Aspectos Civis do-
Sequestro Internacional de Crianças também estabelece meios 
para garantir o direito de
visitas internacionais. Art. 5°;b)
Continuação
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Art./Súmulas
Observações
Títulos
Atenção
Subtítulos
Aula 03- Adoção
Aula 03
não estudaremos as formas de 
se adotar, mas apenas os 
elementos de conexão e as leis 
aplicáveis a modalidade da adoção 
em cenário internacional.
Em princípio aplica-se o caput do 
Art.7°; da LINDB, sempre que não 
houver outra favorável a fim de 
determinar a lei competente para 
reger a adoção internacional, contudo 
atualmente entende a lei de "residência 
habitual do adotando
Questão da nacionalidade:
A criança adota por um brasileiro, não recebe nacionalidade 
brasileira em razão do fato de ser adotada, o que conclui 
que a adoção não influi na nacionalidade estrangeiro(de 
origem)
-
A pessoa adotada só poderá ser 
nacional do Brasil, quando maior,se 
assim
pretender, e por meio do processo de 
naturalização, uma vez que a adoção não 
produz, em nosso
sistema jurídico, qualquer efeito relativo 
à nacionalidade.
A equiparação de direitos entre filhos disposto na 
constituição federal e no código civil, possui efeitos 
apenas civis, pois para ter nacionalidade originária 
brasileira, só em caso de nascidos no estrangeiros 
de pai ou mãe brasileiros,supondo apenas os filhos 
biológicos.
-
Cuida-se, como se vê, na Convenção da Haia de 
1993, de relação de equivalência aos efeitos 
decorrentes da ruptura do vínculo, não a outros 
alheios a esse ponto
-
específico, como a atribuição de nova nacionalidade à 
criança. Aqui, o “diálogo das fontes” internacionais e 
internas está a demonstrar a impossibilidade de se 
atribuir à criança adotada a nacionalidade dos 
adotantes.
Convenção da Haia sobre Conflitos de Nacionalidade, 
de 1930, o seu art. XVII.
-
Art. 52-C;ECA= Nas adoções 
internacionais, quando o Brasil for o país 
de acolhida, a decisão da autoridade 
competente do país de origem da 
criança ou do adolescente será 
conhecida pela Autoridade Central 
Estadual que tiver processado o pedido 
de habilitação dos pais adotivos, que 
comunicará o fato à Autoridade Central 
Federal e determinará as providências 
necessárias à expedição do Certificado 
de Naturalização Provisório.
Adoção:
Continuação
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Convenção Interamericana sobre Conflito de Leis em 
Matéria de Adoção de Menores (1984):

O Brasil é parte da Convenção Interamericana sobre 
Conflito de Leis em Matéria de Adoção de Menores (CIDIP-
III), concluída em La Paz (Bolívia) em 24 de maio de 1984.
-
Os artigos introdutórios dessa convenção carrega algumas 
críticas, pois tem por destinatários apenas o círculo 
restrito dos Estados-partes, não valendo para relações 
jurídicas entre Estados-partes e não partes.
-
Artigo 1
Esta Convenço aplicar-se-á à adoção 
de menores sob as formas de adoção 
plena, legitimação adotiva e outras 
formas afins que equiparem o 
adotado à condição de filho cuja 
filiação esteja legalmente estabelecida, 
quando o adotante ( ou adotantes) 
tiver seu domicílio num Estado-Parte e 
o adotado sua residência habitual 
noutro Estado-Parte
Artigo 3
Obs.: deve se analisar a existência 
de lei mais favorável ao interesse 
da criança.
A lei da residência habitual do menor 
regerá a capacidade, o consentimento e 
os demais requisitos para a adoção, bem 
como os procedimentos e formalidades 
extrínsecas necessários para a 
constituição do vínculo.
A lei do domicílio do adotante (ou adotantes) 
regulará:
a capacidade para ser adotante;a)
os requisitos de idade e estado civil do adotante;b)
o consentimento do cônjuge do adotante, se for o 
caso, e
c)
os demais requisitos para ser adotante.d)
EXCEÇÃO: Quando os requisitos da lei do adotante 
(ou adotantes) forem manifestamente menos 
estritos do que os da lei da residência habitual do 
adotado, prevalecerá a lei do adotado.
A regra, como se nota, tem por finalidade impedir 
que legislações estrangeiras facilitem a adoção 
internacional de menores, ameaçando a sua 
proteção.
Artigo 4
Art.46°;§ 3°;ECA=
Em caso de adoção por pessoa ou casal 
residente ou domiciliado fora do País, o 
estágio de convivência será de, no 
mínimo, 30 (trinta) dias e, no máximo, 45 
(quarenta e cinco) dias, prorrogável por 
até igual período, uma única vez,
mediante decisão fundamentada da 
autoridade judiciária.
Apenas para a questão: prévia, relativa à capacidade 
dos adotantes para adotar, levar-se-á em conta a lei 
domiciliar de cada um deles (Convenção, art. 4°, primeira 
parte; LINDB, art. 7°, caput). Já se disse, porém, que a 
evolução do DIPr na matéria exige também observar a 
norma mais favorável ao adotando, podendo tal norma, 
v.g., ser a lei da nacionalidade, do domicílio ou da 
residência ha
A lei indicada pela regra de DIPr convencional, poderá, 
contudo, colidir com eventual lei de aplicação imediata (loi 
de police) em vigor no Estado do foro, como, v.g., 
algumas normas do Estatuto da Criança e do 
Adolescente no Brasil, vez que as normas de aplicação 
imediata operam a priori de qualquer investigação 
legislativa. Não viola o tratado a inaplicação da lei 
indicada, porque o bloqueio dá-se não à norma 
convencional, senão à possibilidade por ela prevista de 
aplicação de outra lei. O mesmo poderá ocorrer, 
evidentemente, com a violação à ordem pública. Neste 
caso, porém, verifica-se a lei (que seria) aplicável, para, 
depois, cortar efeitos ao comando legislativo.
-
Continuação
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Artigo 5
As adoções feitas de acordo com 
esta Convenção serão reconhecidas 
de pleno direito nos Estados-Partes, 
sem que se possa invocar a exceção 
da instituição desconhecida.
Artigo 6
Os requisitos concernentes a publicidade e 
registro da adoção reger-se-ão pela lei do 
Estado em que devam ser cumpridos.
Nos registros públicos deverão constar a 
modalidade e as características da adoção.
Artigo 9
No caso de adoção plena, legitimação adotiva 
e formas afins:
a) as relações entre o adotante ( ou 
adotantes) e o adotado, inclusive no que diz 
respeito a alimentos, bem como as relações 
do adotado com a família do adotante ( ou 
adotantes), reger-se-ão pela mesma lei que 
regula as relações do adotante ( ou 
adotantes) com sua família;
b) os vínculos do adotado com sua família de 
origem serão considerados dissolvidos. No 
entanto, subsistirão impedimentos para 
contrair matrimônio.
Artigo 10
No caso de adoção diferente da adoção plena, da 
legitimação adotiva e de forma afins, as relações entre o 
adotante ( ou adotantes), e o adotado regem-se pela lei do 
domicílio do adotante ( ou adotantes).
Artigo 11
Os direitos sucessórios correspondentes ao adotado (ou 
adotantes) reger-se-ão pelas normas aplicáveis às 
respectivas sucessões.
No caso de adoção plena, legitimação adotiva e formas 
afins, o adotado, o adotante ( ou adotantes) e a família 
deste último ou destes últimos terão os mesmos direitos 
sucessórios correspondentes à filiação legítima.
Artigo 12
As adoções a que se refere o artigo 1 serão irrevogáveis. 
A revogação das adoções a que se refere o artigo 2 
reger-se-á pela lei da residência habitual do adotado no 
momento da adoção.
Artigo 13
Quando for possível a conversão da adoção simples em 
adoção em adoção plena, legitimação adotiva ou formas 
afins, essa conversão reger-se-á, à escolha do autor, pela 
lei da residência habitual do adotado no momento da adoção 
ou pela lei do Estado de domicílio do adotante ( ou 
adotantes) no momento de ser pedida a conversão.
Artigo 14
A anulação da adoção será regida 
pela lei de sua outorga. A anulação 
somente será decretada 
judicialmente, velando-se pelos 
interesses do menor de acordo com 
o artigo 19 desta Convenção.
Artigo 15
Serão competentes para outorgar as adoções a que 
se refere esta Convenção as autoridades do Estado 
da residência habitual do adotado.
Artigo 16
Serão competentes para decidir sobre a anulação ou 
a revogação da adoção os juízes do Estado da 
residência habitual do adotado no momento da 
outorgada adoção.
Continuação
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Artigo 17
Serão competentes para decidir as questões referentes às 
relações entre o adotado e o adotante (ou adotantes) e a família 
deste último (ou destes últimos), os juízes do Estado de domicílio 
do adotante (ou adotantes), enquanto o adotado não constituir 
domicílio próprio.
A partir do momento em que o adotado tiver domicílio próprio 
será competente, à escolha do autor, o juiz do domicílio do 
adotado ou do adotante (ou adotantes)
Artigo 18
As autoridades dos Estados-Partes poderão recusar-se a aplicar 
a lei declarada competente por esta Convenção quando essa lei 
for manifestamente contrária á sua ordem pública.
Artigo 19
Os termos desta Convenção e as leis aplicáveis de acordo com ela 
serão interpretados harmonicamentee em favor da validade da 
adoção e em benefício do adotado.
Artigo 25
As adoções, outorgadas de conformidade com o direito interno, 
quando o adotante ( ou adotantes) e o adotado tiverem domicílio 
ou residência habitual no mesmo Estado-Parte, surtirão efeitos 
de pleno direito nos demais Estados-Partes, sem prejuízo de que 
tais efeitos sejam regidos pela lei do novo domicílio do adotante 
( ou adotantes).
Convenção Relativa à Proteção das Crianças e à 
Cooperação em Matéria de Adoção Internacional (1993):

O Brasil também é parte da Convenção Relativa à Proteção 
das Crianças e à Cooperação em Matéria de Adoção 
Internacional, concluída na Haia em 29 de maio de 1993.
-
Artigo 1
estabelecer garantias para que as adoções internacionais 
sejam feitas segundo o interesse superior da criança e 
com respeito aos direitos fundamentais que lhe reconhece 
o direito internacional;
a)
instaurar um sistema de cooperação entre os Estados 
Contratantes que assegure o respeito às mencionadas 
garantias e, em consequência, previna o sequestro, a 
venda ou o tráfico de crianças;
b)
assegurar o reconhecimento nos Estados Contratantes 
das adoções realizadas segundo a Convenção.
c)
A Convenção da Haia de 1993 tem seus aspectos jurídicos 
notadamente voltados a normas administrativas e de 
processo civil, em atenção ao melhor interesse da criança, 
não propriamente a questões conflituais de DIPr.
-
A presente Convenção tem por objetivo:
Artigo 4
tiverem determinado que a criança é adotável;a)
tiverem verificado, depois de haver examinado 
adequadamente as possibilidades de colocação da 
criança em seu Estado de origem, que uma adoção 
internacional atende ao interesse superior da criança;
b)
tiverem-se assegurado de:c)
que as pessoas, instituições e autoridades cujo 
consentimento se requeira para a adoção hajam sido 
convenientemente orientadas e devidamente 
informadas das conseqüências de seu consentimento, 
em particular em relação à manutenção ou à 
ruptura, em virtude da adoção, dos vínculos jurídicos 
entre a criança e sua família de origem;
1)
que estas pessoas, instituições e autoridades tenham 
manifestado seu consentimento livremente, na 
forma legal prevista, e que este consentimento se 
tenha manifestado ou constatado por escrito;
2)
que os consentimentos não tenham sido obtidos 
mediante pagamento ou compensação de qualquer 
espécie nem tenham sido revogados, e
3)
que o consentimento da mãe, quando exigido, tenha 
sido manifestado após o nascimento da criança;
4)
tiverem-se assegurado, observada a idade e o grau 
de maturidade da criança, de:
d)
que tenha sido a mesma convenientemente 
orientada e devidamente informada sobre as 
consequências de seu consentimento à adoção, 
quando este for exigido;
1)
que tenham sido levadas em consideração a vontade 
e as opiniões da criança;
2)
que o consentimento da criança à adoção, quando 
exigido, tenha sido dado livremente, na forma legal 
prevista, e que este consentimento tenha sido 
manifestado ou constatado por escrito;
3)
que o consentimento não tenha sido induzido 
mediante pagamento ou compensação de qualquer 
espécie.
4)
As adoções abrangidas por esta Convenção só poderão 
ocorrer quando as autoridades competentes do Estado de 
origem:
Continuação
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Artigo 5
tiverem verificado que os futuros pais adotivos encontram-se 
habilitados e aptos para adotar;
a)
tiverem-se assegurado de que os futuros pais adotivos foram 
convenientemente orientados;
b)
tiverem verificado que a criança foi ou será autorizada a 
entrar e a residir permanentemente no Estado de acolhida.
c)
As adoções abrangidas por esta Convenção só poderão ocorrer 
quando as autoridades competentes do Estado de acolhida:
1. Uma adoção certificada em 
conformidade com a Convenção, 
pela autoridade competente do 
Estado onde ocorreu, será 
reconhecida de pleno direito pelos 
demais Estados Contratantes. O 
certificado deverá especificar 
quando e quem outorgou os 
assentimentos previstos no artigo 
17, alínea "c".
Artigo 23
Art. 960°;CPC=. A homologação de decisão estrangeira será 
requerida por ação de homologação de decisão estrangeira, salvo 
disposição especial em sentido contrário prevista em tratado.
§ 2º A homologação obedecerá ao que dispuserem os tratados 
em vigor no Brasil e o Regimento Interno do Superior Tribunal de 
Justiça.
Não há que falar, assim, em 
necessidade de homologação 
da decisão
estrangeira pelo STJ, mesmo 
porque o próprio CPC 
reconhece os tratados e 
convenções.
Em relação a um Estado que possua, em matéria de 
adoção, dois ou mais sistemas jurídicos aplicáveis 
em diferentes unidades territoriais:
qualquer referência à residência habitual nesse 
Estado será entendida como relativa à residência 
habitual em uma unidade territorial do dito Estado;
a)
qualquer referência à lei desse Estado será 
entendida como relativa à lei vigente na 
correspondente unidade territorial;
b)
Artigo 36
No tocante a um Estado que 
possua, em matéria de adoção, 
dois ou mais sistemas jurídicos 
aplicáveis a categorias diferentes 
de pessoas, qualquer referência à 
lei desse Estado será entendida 
como ao sistema jurídico indicado 
pela lei do dito Estado
Artigo 37
Artigo 38
Um Estado em que distintas unidades territoriais possuam 
suas próprias regras de direito em matéria de adoção 
não estará obrigado a aplicar a Convenção nos casos em 
que um Estado de sistema jurídico único não estiver 
obrigado a fazê-lo.
Direito Internacional Privado brasileiro da adoção:
Art. 7°;LINDB=
A lei do país em que domiciliada a 
pessoa determina as regras sobre o 
começo e o fim da personalidade, o 
nome, a capacidade e os direitos de 
família.
Obs.: 
pela lei domiciliar 
atualmente também compreendida 
como a lei da “residência habitual”
Continuação
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a lei da residência habitual do adotando 
(ou a mais
favorável) regerá a capacidade para 
ser adotado, o consentimento do 
adotando e demais
requisitos para a adoção, bem assim 
os procedimentos e formalidades 
extrínsecos necessários à
constituição do vínculo.
ADOÇÃO X FILIAÇÃO NATURAL.
Art. 42°;ECA=
Podem adotar os maiores de 18 
(dezoito) anos, independentemente 
do estado civil.
§ 3º O adotante há de ser, pelo 
menos, dezesseis anos mais velho 
do que o adotando.
O motivo de o ECA – que é norma de aplicação imediata, loi 
de police – exigir que a Autoridade Central do país de 
acolhida ateste (por meio de Relatório, a ser enviado à 
Autoridade Central Federal Brasileira) que os adotantes estão 
“aptos para adotar” (art. 52, II e III). Tal significa, em última 
análise, que, “ao atender à diferença de idade estabelecida na 
lei do país do adotante, o Estado do adotando está 
simplesmente cooperando com este para que a adoção seja 
eficaz em seu território”.
-
Por fim, no que tange à forma da adoção, a 
doutrina é unânime em determinar a 
aplicação
da regra locus regit actum. Assim, ainda que 
a lei relativa aos efeitos da adoção seja a
estrangeira (da residência habitual do 
adotando, ou outra mais favorável, como, 
v.g., a do
domicílio ou da nacionalidade do adotante), 
será a lei brasileira a aplicada quanto à 
forma se for
a adoção realizada no Brasil.
Adoção por estrangeiros na Constituição de 1988 e 
no ECA:

Art.227°;§ 5º;CF=
A adoção será assistida pelo 
Poder Público, na forma da lei, 
que estabelecerá casos e 
condições de sua efetivação por 
parte de estrangeiros.
A adoção de criança brasileira por estrangeiros 
residentes no Brasil é adoção de caráter nacional, 
não internacional. De acordo com o Art.5°; da CF, 
pois trata os brasileiros e estrangeiros residentes 
no Brasil com a mesma igualdade de direitos, sem 
necessidade portanto de dispositivo ou lei 
específica/especial.
-
Continuação
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Portanto, segundo a interpretação mais 
coerentedo dispositivo constitucional, apenas
quando o estrangeiro for domiciliado no 
exterior é que haverá a necessidade de 
legislação
específica para reger a adoção internacional, 
pois, se for o estrangeiro residente no Brasil, 
tem a
seu favor assegurada a igualdade de direitos 
com os cidadãos brasileiros, podendo adotar 
(tal
qual os brasileiros) e viver normalmente com 
o(s) filho(s) adotivo(s) no Brasil.
Convenção da Haia, de 29 de maio de 1993, Relativa à Proteção 
das Crianças e à Cooperação em Matéria de Adoção Internacional:
A Convenção será aplicada quando uma criança com 
residência habitual em um Estado Contratante ("o Estado de 
origem") tiver sido, for, ou deva ser deslocada para outro 
Estado Contratante ("o Estado de acolhida"), quer após sua 
adoção no Estado de origem por cônjuges ou por uma 
pessoa residente habitualmente no Estado de acolhida, quer 
para que essa adoção seja realizada, no Estado de acolhida 
ou no Estado de origem.
1)
. A Convenção somente abrange as Adoções que 
estabeleçam um vínculo de filiação.
2)
Artigo 2
LER TODO O Art.52°; do 
ECA
Art. 52-B;ECA= A adoção por brasileiro residente no 
exterior em país ratificante da Convenção de Haia, cujo 
processo de adoção tenha sido processado em 
conformidade com a legislação vigente no país de 
residência e atendido o disposto na Alínea “c” do Artigo 17 
da referida Convenção, será automaticamente 
recepcionada com o reingresso no Brasil.
§ 1 o Caso não tenha sido atendido o disposto na Alínea 
“c” do Artigo 17 da Convenção de Haia, deverá a sentença 
ser homologada pelo Superior Tribunal de Justiça
§ 2 o O pretendente brasileiro residente no exterior em 
país não ratificante da Convenção de Haia, uma vez 
reingressado no Brasil, deverá requerer a homologação 
da sentença estrangeira pelo Superior Tribunal de Justiça.
Resumo:
Organismos de adoção não possui fins lucrativos.-
ACAF/Administração pública(mediadora nas 
adoções.
-
Convenção de Haia 1993.-
Relatório geral das atividades desenvolvimentos e 
relatório do acompanhamento das ultimas adoções; 
relatório pós-adotivo.
-
cópia da certidão de registro de nascimento-
estrangeira e do certificado de nacionalidade tão 
logo lhes sejam concedidos.
Adoção internacional e subtração de menores= 
ACAF(órgão interno).
-
Cooperação internacional.-
Tratado internacional.-
A principal atividade de uma Autoridade Central é 
prestar cooperação internacional de
-
maneira célere e efetiva como decorrência da 
diminuição de etapas no processamento de
demandas judiciais tramitadas entre países 
distintos, podendo-se, a depender do conteúdo
do tratado que lhe incumbe implementar, inclusive 
dispensando o uso de outros
mecanismos de cooperação jurídica internacional, 
como a homologação de sentenças
estrangeiras ou o uso da carta rogatória.
Evitar falhas de comunicação e permitir o 
cumprimentos das etapas necessárias dos 
processuais.
-
Conselho das Autoridades Centrais 
Brasileiras=traçar políticas e linhas de ação comuns 
e garantir o interesse superior da criança e do 
adolescente brasileiros quanto à sua
-
adotabilidade internacional.
Continuação
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O Conselho é composto pelos seguintes membros:-
I - Autoridade Central Administrativa Federal, que o presidirá;
II - um representante de cada Autoridade Central dos Estados 
federados e do Distrito Federal (CEJA/CEJAI);
III - um representante do Ministério das Relações Exteriores; e
Ademais, informamos que atualmente não há organismo 
brasileiro credenciado junto à ACAF para atuar em matéria 
de adoção internacional.
-
IV - um representante da Polícia Federal.
Continuação
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Art./Súmulas
Observações
Títulos
Atenção
Subtítulos
Aula 04
Aula 04- Direito das sucessões no DIPR
Direito das sucessões no DIPR
A natureza do direito das sucessões é bifronte pois é 
uma junção de um viés pessoal e um viés material:
-
AUTOR DA HERANÇA + HERDEIROS + BENS DEIXADOS
Sucessão pode ser entendido como a substituição do de 
cujus pelos herdeiros. Tanto em direitos como obrigações.
-
"tomar um vivo a situação jurídica que foi de um morto,-
recebendo total ou parcialmente seus direitos e 
obrigações”
PESSOA DO DEFUNTO + SITUAÇÃO AS COISAS
Art. 10°;LINDB=
A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei 
do país em que domiciliado o defunto ou o 
desaparecido, qualquer que seja a natureza e a 
situação dos bens.
§ 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados 
no País, será regulada pela lei brasileira em benefício 
do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os 
represente, sempre que não lhes seja mais 
favorável a lei pessoal do de cujus. 
§ 2o A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula 
a capacidade para suceder.
A regra do CAPUT do Art.10°é chamada de "lei de 
sucessão".
-
A disposição abrange tanto a sucessão por morte –-
legítima (ab intestato) ou testamentária (disposição de última 
vontade) – quanto a sucessão por ausência.
Quantidade de bens:-
A título singular: de um bem determinado.a)
A título universal: de todos os bens do de cujus.b)
Momento:-
Por ato inter-vivos.a)
Por ato causas mortis.b)
Ato de vontade:-
Sucessão testamentária.a)
Sucessão legítima ou ab intestato/sem atestado.b)
Art. 1.845°;CC=
São herdeiros necessários os 
descendentes, os 
ascendentes e o cônjuge.
Aberta a sucessão no Brasil, deverá 
o juiz do foro localizar a lei
sucessória para o fim de resolver o 
inventário e a partilha dos bens 
deixados pelo falecido.
Princípio da universalidade sucessória:
Quando a LINDB determina que a lei a ser aplicada 
seja a do último domicílio, ela pretende unificar as 
questões em uma única lei sucessória, firmando o 
princípio da universalidade. Diferente de como ocorre 
com alguns país que faz diferenciação quanto aos 
bens móveis e imóveis
-
Continuação
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O princípio sofre abalo significativo sobretudo quanto aos 
imóveis localizados no estrangeiro, dada a sua sujeição à lei 
do local em que situados, tornando a regra brasileira 
ineficaz a esse respeito.
-
Desuso (de facto) e insubsistência (de jure) da regra:
Diversos doutrinadores criticam o 
exposto no artigo 10°; da LINDB por 
acreditar que por se tratar de casos 
com foros distintos a lei única pode não 
ter prática, ou ter uma prática ineficaz, 
por entrar em conflito com bens no 
exterior e a vontade do autor, inclusive 
a aplicação de lei mais favorável ao 
cônjuge filhos..
Art. 8°;LINDB=
Para qualificar os bens e regular 
as relações a eles concernentes, 
aplicar-se-á a lei do país em que 
estiverem situados.
Art. 12°;LINDB=
É competente a autoridade judiciária 
brasileira, quando for o réu domiciliado 
no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a 
obrigação.
§ 1° Só à autoridade judiciária brasileira 
compete conhecer das ações relativas a 
imóveis situados no Brasil.
Em 2015, no julgamento do Caso 
Susemihl, o STJ sepultou de vez o 
princípio da
universalidade sucessória, ao entender 
que o art. 10, caput, da LINDB “não 
assume caráter
absoluto”,
SITUAÇÃO + VONTADE DOAUTOR
DA COISA 
Art. 23°;CPC= Compete à autoridade 
judiciária brasileira, com exclusão de qualquer 
outra:
I - conhecer de ações relativas a imóveis 
situados no Brasil;
II - em matéria de sucessão hereditária, 
proceder à confirmação de testamento 
particular e ao inventário e à partilha de 
bens situados no Brasil, ainda que o autor da 
herança seja de nacionalidade estrangeira ou 
tenha domicílio fora do território nacional;
Portanto a ideia de lei única e universalista, fica 
restrita apenas aos bens situados no Brasil.
-
Bens imóveis localizados no estrangeiro:
o STJ tem mitigado a aplicação do art. 10, caput, 
da LINDB, em razão da pluralidade de juízos 
sucessórios.
-
Vários foros competentes (soberania), e o 
surgimento de um conflito positivo de normassucessórias.
-
Continuação
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Para resolver a questão, o entendimento 
(doutrinário e jurisprudencial) é no sentido de 
que a
Justiça brasileira não terá, a priori, o poder de 
decidir sobre imóveis sitos em país estrangeiro,
dada a regra nacional de que " à autoridade 
judiciária brasileira compete conhecer das ações
relativas a imóveis situados no Brasil” (LINDB, 
art. 12, § 1o).
Equalização de direitos na partilha dos bens:
Dizer que o juiz brasileiro não pode decidir sobre os bens 
imóveis sitos no estrangeiro não significa impedir o juiz 
nacional de zelar pela norma material brasileira que garante 
às partes a partilha igualitária dos bens.
-
STF= tem aceito a chamada regra
equalizadora, que autoriza aguardar a 
decisão proferida pela Justiça estrangeira 
para, depois,
proceder a partilha dos bens localizados no 
Brasil.
Em suma, o que não pode o juiz 
brasileiro fazer é invadir a 
competência do juiz estrangeiro
para decidir sobre bens ali situados, 
v.g., partilhando-os. Essa competência 
é exclusiva da
Justiça estrangeira, como também, no 
Brasil, é exclusiva do juiz brasileiro.
Sucessão de bens de estrangeiros situados no 
País:

Art. 10°; § 1º;LINDB=
A sucessão de bens de estrangeiros, 
situados no País, será regulada pela lei 
brasileira em benefício do cônjuge ou 
dos filhos brasileiros, ou de quem os 
represente, sempre que não lhes seja 
mais favorável a lei pessoal do de cujus.
Obs.: ipsis litteris do Art.5°;XXXI:CF
Art. 1.789°;CC=
Havendo herdeiros necessários, o 
testador só poderá dispor da 
metade da herança.
Capacidade para suceder:
Art.10°;§ 2°; LINDB=
A lei do domicílio do herdeiro ou 
legatário regula a capacidade para 
suceder.
“capacidade para suceder” senão apenas a 
aptidão para receber a herança. Esta, que é 
capacidade de fato, de exercício, não de direito, 
será a única regida pela lei do domicílio do 
herdeiro ou legatário, à luz da devida 
interpretação do art. 10°, § 2°, da LINDB.
-
Trata-se da capacidade (aptidão) para praticar 
atos jurídicos para o fim de receber a herança, 
não a relativa à questão prévia de saber quem é 
ou não sucessível, ou seja, de quem pode herdar.
Continuação
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CAPACIDADE PARA RECEBER X CAPACIDADE DE SUCEDER
No direito brasileiro atual, a opinião corrente é a de que 
subsiste a autonomia da vontade no direito sucessório, 
permitindo-se ao testador, portanto, escolher outra lei 
para a regência do testamento, desde que o faça nos 
limites da lei geral de sucessão, que é, na LINDB, a lei 
domiciliar. Há no direito brasileiro restrição expressa 
quanto à legítima, que é parte dos bens que não se pode 
incluir no testamento por havê-la reservado o Código Civil 
aos herdeiros necessários (art. 1.857°, § 1°).
-
Exceção à unidade sucessória em razão de créditos locais.-
(sua territorialidade é incontestável, sendo inadmissível 
que um Estado deva, para receber os impostos de 
sucessão devidos sobre bens sitos no seu território, ir se 
habilitar
em processo de inventário e partilha, aberto no 
estrangeiro, e que fique sujeito, no assunto, à disposição 
de leis estrangeiras, quer substantivas, quer adjetivas”).
Execução de testamento celebrado no estrangeiro:
Validade intrínseca e extrínseca.-
O plano extrínseco diz respeito à forma do documento 
(aspecto externo); e o intrínseco conota a
-
sua substância (aspecto interno).
Lei aplicável à forma:
A forma do ato de última 
vontade é regida pela lei do local 
de sua celebração (locus regit
actum).
celebrante e os requisitos de constituição do ato.-
Art. 1.863°;CC=
É proibido o testamento 
conjuntivo, seja simultâneo, 
recíproco ou correspectivo.
Convenção sobre os Conflitos de Leis quanto à 
Forma de Disposições Testamentárias.
-
Para a Convenção, uma disposição testamentária 
será válida sempre que sua forma estiver em 
conformidade com as normas do direito interno :
do lugar onde o testador a realizou;a)
do país de nacionalidade do testador no momento 
em que realizou a disposição ou no momento de 
sua morte;
b)
de um lugar em que o testador possuía domicílio 
no momento em que, realizou a disposição ou no 
momento de sua morte.
C)
do lugar em que o testador tinha suaD)
residência habitual no momento em que realizou a 
disposição ou no momento de sua morte;
quando estiverem incluídos imóveis, do lugar em 
que estes estiverem situados. A
e)
Convenção, como se vê, amplia sobremaneira o 
leque de possibilidades sobre a validade formal das 
disposições testamentárias, aceitando, para além 
do locus regit actum, também os critérios da 
nacionalidade, do domicílio e da residência habitual 
do testador, bem assim a lex rei sitae se o 
testamento contemplar bens imóveis.
Não terá qualquer relevância a lei do 
país em que
realizado o ato, que só servirá para 
aferir a validade formal do documento; a
validade substancial do testamento 
obedece à lei do último domicílio do de 
cujus (testador).
Assim, se a pessoa testa num domicílio e falece 
em outro, a lei do primeiro (vigente àquele 
tempo) regerá a capacidade para testar, e a do 
segundo (vigente ao tempo do falecimento), a 
substância do ato.
-
Continuação
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Art./Súmulas
Observações
Títulos
Atenção
Subtítulos
Aula 05
Aula 05- Direito das obrigações e contratos.
Art. 9°;LINDB=
Para qualificar e reger as obrigações, 
aplicar-se-á a lei do país em que se 
constituírem.(extracontratual).
§ 1o Destinando-se a obrigação a ser 
executada no Brasil e dependendo de forma 
essencial, será esta observada, admitidas as 
peculiaridades da lei estrangeira quanto aos 
requisitos extrínsecos do ato.
§ 2o A obrigação resultante do contrato 
reputa-se constituída no lugar em que residir 
o proponente.(contratual).
Nenhuma preocupação se há de ter, nesse caso, com a 
nacionalidade, o domicílio ou a residência dos contratantes, 
estando tudo a depender do local em que constituída a 
obrigação.
-
Contratuais(vontade das partes) como as 
extracontratuais(vinculam as partes mesmo sem a vontade 
das partes).
-
Qual a lei irá reger a 
capacidade para 
contratar? No direito 
brasileiro por exemplo é a 
de domicílio.
Apesar do disposto no Art.9°, existem outras leis que 
também podem ser aplicadas, não sendo possível falar na 
aplicação de lei única.
-
dépeçage (fracionamento).-
regra locus regit actum.-
isto é, livremente determinada pela vontade das 
partes, não há jamais falar em fraude à lei, pois 
não pode (nem poderia) haver fraude quando se 
tem liberdade para escolher a lei aplicável a certo 
ato jurídico.
-
Nem sempre a regra locus regit actum será 
facultativa.
-
Obrigação proveniente de contrato:
As manifestações de vontade conectadas a mais 
de um ordenamento jurídico extraterritorial, com 
qualquer meio de conexão podem ser considerados 
contratos internacionais e aplicáveis a sua 
regência e execução.
-
Quando, portanto, um
contrato internacional existir, 
surgirá a dúvida relativa à lei 
aplicável à sua regulação?
Porque o Art.9°;§2°, trata do 
lugar onde reside o proponente? 
Porque os contratantes possuem 
domicílios diferentes e seria 
impossível a aplicação 
do caput
Direito das obrigações e contratos.
Continuação
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Para alguns doutrinadores a ideia do contrato ser reputado 
constituído no lugar de residente do proponente parece 
absurda, pois o ato foi constituído em outro território. Mas, 
há outros que diz não ser necessário o apego ao 
nacionalidade.
-
Almir de Castro diz que deve ser levado e consideração 
onde ele estiver e propor a propositura do contrato.
-
Conotação errada do residir no parágrafo, pois tem que ser 
entendido como lugar de morada do indivíduo. Os 
doutrinadores ainda interpretam o dispositivo reputa-se no 
sentido de presumir, ou seja a autonomia da vontade das 
partes para escolher o foro eleito

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