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Roteiro de Estudo - Dipri

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ROTEIRO DE ESTUDO – G2 – 2019.1 – 1º de julho de 2019 (2ª f) 
1. Cooperação jurídica.  
a. cartas rogatórias ativas e passivas
i. ativas: são encaminhadas pelos próprios juízes brasileiros. Deve ser encaminhada ao departamento central do país de destino, se houver um tratado ou convenção entre os países, ótimo. 
ii. Passivas: expedida pelo juízo estrangeiro, deve passar pelo Ministério da Justiça e ir para a competência do STJ. 
b. o que pode ser objeto de CR? Podem ser objeto de CR as decisões estrangeiras interlocutórias. As decisões definitivas não podem ser objeto de CR.
i. Regimento Interno do STJ: Art. 216-O, §1º tratam de atos decisórios. 
c. diferença entre carta rogatória e auxílio direto: pode-se dizer que, para o auxílio direto, é necessário haver um tratado. Além disso, a autoridade rogante, neste caso, não é um juiz de direito, nem existe ação em curso. Segundo o art. 28, do CPC, caberá auxílio direto quando a medida não decorrer diretamente de decisão de autoridade jurisdicional estrangeira a ser submetida ao juízo de delibação. O art. 34 também dispõe que compete ao juízo do local da execução apreciar o pedido de auxílio direto passivo que demande prestação de atividade jurisdicional. No auxílio direto, ainda, não é necessário a análise do STJ, geralmente feita em juízo de delibação. Já a carta rogatória, por sua vez, tem o juízo de delibação no STJ, para saber se atende aos requisitos, não há a necessidade de um tratado com o país estrangeiro em que se receberá ou enviará a carta rogatória.
d. Tramitação das rogatórias:  convenção da Haia sobre citação, convenção interamericana sobre cartas rogatórias, protocolo de Las Leñas: O trâmite da CR consiste na sua chegada no STJ na presidência, pela via diplomática ou autoridade central. Caso essa carta não enseje juízo delibação, voltará para o Ministério da Justiça. Senão, o STJ irá analisar seus pressupostos, pois esta carta não pode ser contrária a ordem pública, nem à soberania brasileira, bem como deve ter sida proferida por um juízo competente. Não havendo violação a esses pressupostos, intimação para outra parte responder em 15 dias. Essa defesa deve ser somente sobre os aspectos formais. MP tem vista de 15 dias. Caso haja impugnação da defesa ou do MP, pode haver redistribuição. A impugnação, por sua vez, é a resposta qualificada. Da decisão que sair após esse trâmite, caberá agravo. Caso o exequatur (cumpra-se) for concedido, a CR pode ser remetida diretamente, pois a parte já foi intimada ou remetida para cumprimento por juiz federal competente. 
2. Homologação de sentenças estrangeiras e laudos arbitrais estrangeiros
a. requisitos para homologação? Conforme o art. 963, do CPC e seus incisos para uma sentença estrangeira ser homologada é necessário que: seja proferida por juiz competente no exterior, a matéria deve ser de competência concorrente (art. 21 e 22 CPC), não pode ofender à ordem pública, deve ser precedida de citação regular, ser uma decisão eficaz no país em que foi proferida, não pode ofender coisa julgada brasileira e necessita de tradução oficial. 
i. Regimento Interno do STJ: art. 216-A, §1º, RISTJ; art. 216-D, III sentença deve ter transitado em julgado no seu país de origem. 
b. Comprovação da citação: formalidades.  
i. Precisa de carta rogatória? No Brasil e no Mercosul, o envio da sentença estrangeira se faz por meio da carta rogatória. 
ii. Em que casos se dispensaria essa comprovação? Essa comprovação é dispensada quando 
c. Juízo de delibação: conceito o juízo de delibação é um contraditório limitado a alguns assuntos. O STJ só poderá analisar se foi a decisão foi proferida por uma autoridade competente e se não houve uma violação a ordem pública e soberania nacional. 
d. Existem sentenças estrangeiras que não precisam ser homologadas? Sim, sentenças que versem sobre matérias de competência exclusiva da jurisdição brasileira. 
e. Homologação parcial de sentenças Pode haver a possibilidade de uma sentença estrangeira de divórcio tratar da guarda dos filhos, conceder alimento dos filhos e dispôs sobre um imóvel situado no Brasil. Como o tema de imóveis situados no Brasil é competência exclusiva da jurisdição brasileira, essa sentença estrangeira só poderá ser homologada nos outros aspectos, pois a partilha do imóvel brasileiro deverá ser submetida ao nosso judiciário.
f. Não-homologação: motivos, consequências casos sentença de divórcio consensual, em que não tenha filhos pequenos, nem bens a partilhar no Brasil. Mas, mesmo que não precise de homologação de sentença, precisa ser registrado no registro civil de pessoas naturais.
3. Direito de família – casamento
a. Estatuto pessoal – elemento de conexão estatuto pessoal são regras relativas ao nome, capacidade civil, direitos de família. lex domicilii: art. 7, caput, LINDB.
b. Casamento no exterior: validade no Brasil.  Requisitos formais? Tem que ser registrado em cartório (art. 32, LRP) ou ter certidão legalizada por apostilamento ou regra do tratado, mais tradução (art. 149 LRP) e registro no RTD (art. 129, §6º, LRP)
c.  O casamento não-registrado diz respeito ao casamento americano, no qual não há certidão de casamento, visto que não há registro de pessoas naturais neste país, não há onde averbar o casamento. A prova do casamento se dá com a validade desse documento de procedência estrangeira, apostilando, fazendo tradução pública e juramentada e levando ao registro de títulos e documentos. Não precisa ser registrado no Brasil, porque o CC só exige o registro de casamento aos brasileiros. 
d. Regime de bens: lei aplicável?  Domicílio comum/primeiro domicílio conjugal é interessante ter um pacto antenupcial, em que se escolha o regime legal. Art. 7, §4º: a regra geral é o domicílio comum dos nubentes (regime legal ou pacto antenupcial). Regra especial/; tendo os nubentes domicílio diverso antes do casamento, lei aplicável será do primeiro domicílio conjugal. 
e. Divórcio no exterior: sempre judicial? Nem sempre, poderá haver o divórcio consensual também, que é feito em cartório nos EUA e poderá ser apostilado posteriormente aqui. Ou por escritura no consulado.
f. Homologação da sentença no Brasil?  Em todos os casos? Não! Nem todo divórcio consensual 
4. Contratos internacionais
a. Lei aplicável ao contrato: elementos de conexão tem que verificar o elemento de conexão para ver qual a lei aplicável ao contrato. Para resolver esse dilema, houve opção do legislador brasileiro: o artigo 9o da LINDB, a qual diz que se aplica a lei do país que constituiu. Norma imperativa? Sim, é imperativa.
b. Regime de solução de controvérsias: cláusula de foro, cláusula arbitral a cláusula de foro diz respeito a escolha da lei aplicável. A cláusula arbitral é a cláusula compromissória, somente com ela a autonomia da vontade será forte. 
c. Autonomia da vontade no direito brasileiro. Limites? Art. 9 é omisso quanto ao limite da autonomia da vontade, para ter força tem que estar junto de cláusula arbitral. 
i. Diferença entre contratos com cláusula de foro e cláusula arbitral (artigo 9º da LINDB vs artigo 2o da Lei de Arbitragem) na cláusula de foro pode haver uma intervenção do juiz nas relações contratuais
d. o artigo 9o parágrafo 2o: contrato entre ausentes, domicílio do proponente a regra do contrato entre ausentes é que se vincula ao domicílio do proponente. Se o contrato for assinado no Brasil, a lei brasileira prevalecerá. Mas algumas coisas acessórias podem ser regidas pela lei estrangeira.