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Art./Súmulas Observações Títulos Atenção Subtítulos Aula 01 Qual regra vai ser aplicada?- É uma ciência jurídica que tem por objetivo definir o direito aplicável a uma relação jurídica de direito privado com conexão internacional. - Diversos sistemas jurídicos simultaneamente válidos. - Sujeitos privados+ conexão internacional.- Mobilidade da população no espaço.- Os ordenamentos jurídicos nacionais estabelecem regras peculiares, concernentes à relações jurídicas de direito privado com conexão internacional. - Direito X Direito CONCEITO DE DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO: Interno/ nacional estrangeiro Direito aplicável, que será sempre o direito nacional ou um determinado direito estrangeiro. - As regras não resolvem diretamente a relação jurídica, pois a indicação precisa ser aplicada pelo juiz ao caso concreto. - Foge certa forma do princípio da territorialidade.- Conexão internacional.- Normas indiretas, designativas, indicativas.- Normas indicam o direito a ser aplicado.- Regula conflitos de lei no espaço.- Conflito de leis.- Conflito de jurisdições.- Qual lei aplicar? Do local ou do nacional de outro país? - Por que lei brasileira pode ser aplicada em um lugar distinto do Brasil? - Aquele que encontra na relação fática e faz com que ela venha projetar-se sobre mais de um ordenamento jurídico. - É um dado fático.- É encontrado na relação humana.- Relação atípica.- Elemento de conexão é o meio e critério técnico/jurídico que se vale o legislador para indicar o direito aplicável às relações ou situações atípicas, ligando-as, por esta forma, a um determinado ordenamento jurídico que pode ser nacional ou estrangeiro. - Investigação jurídica.- Este só surge quando ocorre algum fator extraterritorial. - Aí temos superordenamento, i.e., o sobredireito;- ELEMENTO DE ESTRANEIDADE: Direito Internacional Privado é uma ciência jurídica que tem por objetivo definir o direito aplicável a uma relação jurídica de direito privado com conexão internacional. - sistemas jurídicos simultaneamente válidos.- Não soluciona a questão jurídica propriamente dita.- Ferrer Correia, o Direito Internacional Privado é a dimensão internacional ou universalista do direito interno. - Bartim projeção do direito interno sobre o plano internacional. - Define o direito aplicável nas relações com essa conexão internacional (normas designativas). - Direito projetado internacionalmente.- CONCEITO/DEFINIÇÃO: OBJETO: Há escolas que acrescentam: -Conflito de leis -Conflito de jurisdições (qual juízo é competente) -Nacionalidade. Aula 01- conceito,definição,objeto e objetivos. Gmail: sararayanne58@gmail.com/ Instagram:@sararayanne58 Página 1 de Gmail= sararayanne58@gmail.com sararayanne58@ gmail.com Direitos adquiridos- Condição jurídica do estrangeiro.- Identificar a norma aplicável a determinada relação jurídica com conexão internacional. - Realização da justiça material. de forma indireta.- Favorecendo a validade de um negócio jurídico.- OBJETIVOS: CONEXÃO > LEX FORI > DIREITO INTERNACIONAL ESTRANGEIRO Direito estrangeiro: “salto no escuro”. Se violar princípios do direito interno (ordem pública) ou tratados (ordem pública internacional): NAO SERÁ APLICADO. - Há afinidade entre elas, há colaboração(DIP E DIPR)..- Não se há necessariamente de seguir aqueles que pretendem que o Direito Internacional Privado emana do Direito Internacional Público, ou que as disciplinas sejam paralelas. - Relação com outras disciplinas.- Regulação da sociedade internacional. - Aplicação de norma direta e imediata. - Regras estabelecidas internacionais. - DIP Regulação dos conflitos de lei no espaço. - Normas meramente indicativas do direito aplicável. - Regras estabelecidas em normas internas ou internacionais. - DIPR Continuação Página 2 de Gmail= sararayanne58@gmail.com sararayanne58@ gmail.com Art./Súmulas Observações Títulos Atenção Subtítulos Aula 02 ANTIGUIDADE.- BÁRBAROS. IDADE MÉDIA (FEUDALISMO). IDADE MODERNA. CONTEMPORANEIDADE. Como surgiu o direito internacional privado? - EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIP: Antiguidade GRÉCIA + ROMA Na antiguidade inexistiu regras de direito.- Os direitos derivavam da religião.- A religião excluía o alienígenas (estrangeiro)- O estrangeiro era considerado bárbaro,hostil,escravo ao meio, e poderiam ser destruídos. - As leis na cidade não existia para eles.- Relação com a impureza de um estrangeiro.- não tendo os estrangeiros participação na vida jurídica, os direitos locais jamais entravam em choque com outros sistemas jurídicos, inexistindo possibilidade de conflito, desnecessário, e por isto desconhecido, o Direito Internacional Privado. - NÃO HAVIA DIP.- O que ensejou a MUDANÇA no trato com o estrangeiro?! O interesse econômico.- O interesse econômico surgiu como um "passaporte" para que o estrangeiro penetrasse nas cidades gregas e romanas. - Interesse econômico e jamais político.- Na Grécia o estrangeiro era chamado de meteco.- Não era cidadão grego.- ANTIGUIDADE-GRÉCIA/ROMA: Aula 02- Evolução histórica Tinham judicatura especial para julgá-los (Polemarca).- Laços de afinidade entre os gregos e os estrangeiros=surgiram tratados?Asília. - Constitui a primeira tentativa de criação do DIP.- Em Roma os estrangeiros podiam ser vendidos como escravos. - Posteriormente foi elevado a titulo peregrino e teve reconhecido alguns direitos civis. - Jus civile e jus gentium.- Pretor peregrinus.- IUS CIVIILE :(romanos). IUS GENTIUM:(romanos e peregrinos e entre peregrino). criaram efetivamente uma solução para os conflitos de leis, no que se descortinaria um primórdio do Direito Internacional Privado. - Roma não mantinha tratados com outros povos, por isso era sempre aplicado o próprio direito romano. - ANTIGUIDADE X INEXISTÊNCIA DE DIPRI.- BARBÁROS: Com invasão dos bárbaros no império romano: personalidade da lei (cada pessoa era livre) para reger sua vida pela lei de sua origem. - La race émigre, la loi suit: (A raça emigra, a lei segue).- Torre de babel.- IDADE MÉDIA:FEUDALISMO. A mistura dos povos acabou ocasionando a perda de tradição e hábitos ancestrais. - Senhor feudal= aceitava apenas suas regras; fim da personalidade das leis início territorialidade. - Não havia necessidade de solução.- Cidades: centros de comércio com intenso movimento mercantil interurbano. - IUS PEREGRINUM:(peregrinos). Continuação Página 3 de Gmail= sararayanne58@gmail.com sararayanne58@ gmail.com Relações entre mercadores de diferentes cidades. (não pagamento, defeito, problemas). Diferentes estatutos: QUAL ESTATUTO APLICAR? Acontece na Itália o renascimento das cidades e do comércio. - Aqui começa efetivamente a nascer o Direito Internacional Privado. - Varias Cidades-Estados.- Cada um tinha suas próprias leis/sistema jurídico.- E o juiz decidia quem tinha o direito.- Perguntavam qual era o direito de onde viam.- “teoria dos estatutos".- Teorias estatutárias.- SURGIMENTO DO DIPR: As leis de cada Estado imperam dentro das suas fronteiras - Comitas gentium ;Cortesia.- que permite a aplicação extraterritorial das leis internas - Críticas quanto a teoria. - Escola holandesa:(Huber) STORY: sistematizador (período 1834).- SAVIGNY: historiador e filósofo do direito.- MANCINI: italiano, criado do moderno DIPr Italiano- Doutrinas modernas: “Reuniu a jurisprudência existente e classificou-a sistematicamente, buscando unir a prática à teoria de seus trabalhos sobre Direito Internacional privado.” - Story expõe os princípios territorialistas de D’Argentré, aperfeiçoados por Huber - “aplico o direito estrangeiro, se ele aplicar o meu, ou porque o juiz quer”(CORTESIA) STORY: A Escola Norte-Americana ensina que “não há nada de cortesia.” - “Existe Direito Internacional Privado porque em algumas situações aplica-se o Direitodo estrangeiro por uma questão de justiça. Não é por concessão.” - “A comitas gentium dos holandeses, significando a gentileza internacional como justificadora da aplicação de leis estrangeiras, foi substituída por Story pela noção de que a aplicação do direito estrangeiro se faz na busca da boa justiça”. - Primeiro a usar o termo “Direito Internacional Privado” TERRITORIALIDADE DO DIREITO.- Para ele o DIPR era, na realidade. Direito nacional e para a aplicação do direito estrangeiro no país dependeria,exclusicvamente,da vontade do legislador. - COMMON LOW- DECISÕES DE TRIBUNAIS E NÃO ATOS LEGISLATIVOS. - Inovador do moderno DIPr- Professor Universidade de Berlim- Discordou de teorias territorialistas de Huber- Universalidade do direito: comunidade de direito entre os diferentes povos. - “Inúmeros autores”, diz Savigny, “tentaram resolver estas questões pelo princípio da independência e soberania dos Estados, e partem das seguintes duas premissas: 1º.) cada Estado pode exigir que em toda extensão de seu território não se reconheçam outras leis que não as suas; 2.º) nenhum Estado pode estender a aplicação de suas leis além de seus limites territoriais”. - O interesse dos povos e dos indivíduos exige igualdade no tratamento das questões jurídicas, de forma que em caso de colisão de leis a solução venha a ser sempre a mesma, seja em que país se realizar o julgamento. - ELEMENTO DE CONEXÃO PRINCIPAL= DOMICÍLIO.- ACREDITAVA NUMA LEI COMUM,UNIVERSAL, SOBRE O DIREITO APLICÁVEL. - ORIENTAR-SE CONFORME EXIGÊNCIAS DA COMUNIDADE DOS POVOS. - SAVIGNY: Continuação Página 4 de Gmail= sararayanne58@gmail.com sararayanne58@ gmail.com Italiano- -DIPr Italiano- -“O tratamento dos estrangeiros não pode depender da comitas e da vontade soberana e arbitrária de cada Estado. - A ciência só pode considerar este tratamento um dever rigoroso de justiça internacional, de que uma nação não pode fugir sem violar o direito das gentes, sem romper o laço que a une à espécie humana dentro de uma grande comunidade de direito, fundada sobre a comunidade e a sociabilidade da natureza humana” - A doutrina de Mancini repousa três pilares ou princípios: - NACIONALIDADE.- LEBERDADE.- SOBERANIA.- STANISLAO MANCINI: nacionalidade como critério determinador da lei a ser aplicada à pessoa em todas as matérias atinentes a seu estado e à sua capacidade, contrariamente ao princípio de Savigny, que optara pelo domicílio. - Para Mancini certas questões serão sempre, necessariamente, regidas pela lei da nacionalidade da pessoa. - NACIONALIDADE: TEMAS REGIDOS PELA LEI DE SUA ESCOLHA: Já as questões atinentes aos bens, assim como aos contratos e demais obrigações podem ser regidas pela lei que a pessoa escolher, são as leis supletivas, que compõem o princípio da Liberdade. - LIBERDADE: TEMAS REGIDOS PELA LEI DO FORO: são as leis de direito público e certas leis privadas com forte conotação de ordem pública, que as autoridades locais exigem sejam aplicadas indiferentemente para todos que se encontram sobre seu território. É o princípio da Soberania. - Esses três princípios estão contidos no Código de Bustamante. - Sua teoria da nacionalidade foi aceita em muitos lugares.- SOBERANIA: Problemas da sociedade internacional- Logo, solução internacional- UNIVERSALISTAS: Problemas próprios de cada Estado.- DIPr é projeção do direito interno- No método individual emprega-se a Lei, a Doutrina e a Jurisprudência nacionais, enquanto no método universal, a Lei Internacional, a Lei Uniforme e o Tratado são as principais fontes. - EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIPR/GUERRAS MUNDIAIS/ONU. - INDIVUALISTAS/PARTICULARES: Lei Doutrina Jurisprudência Tratados / Convenções FONTES DI DIPR: Continuação Página 5 de Gmail= sararayanne58@gmail.com sararayanne58@ gmail.com Art./Súmulas Observações Títulos Atenção Subtítulos Aul03 Aula 03- Fontes, conflito de leis e elementos de conexão. Convenções contendo regras uniformizadas de solução de conflito de leis. - DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO UNIFORMIZADO.- Diplomas internacionais com regras de conexão indicadoras das leis aplicáveis. Normas paralelas às contidas nos dispositivos legais internos. - Convenções que aprovam Lei Uniforme para atividades de caráter internacional. - ―O direito internacional privado uniforme é constituído por regras jurídicas idênticas e designativas do direito aplicável, com vigência em mais de um Estado. - O instrumento jurídico para a uniformização das normas do direito internacional privado é o tratado internacional. - O tratado multilateral é denominado, também, convenção. - acreditava-se ser ainda possível criar um sistema de normas de direito internacional privado com caráter universal. - Essa esperança, porém, não se tornou realidade. O direito internacional privado foi uniformizado apenas quanto a determinadas matérias, e nem sempre vincula juridicamente um número expressivo de Estados. - FONTES IMPORTANTES PARA O DIPR: TRATADO DE LIMA;TRATADO DE MONTEVIDEU;CÓDIGO DE BUSTAMENTE, ETC. - FONTES: (TRATADOS E CONVENÇÕES). início de conferências Pan-americanas.- Projetado pelo jurista cubano: Antônio Sánchez y Bustamante. - Missão: codificar DIPr.- 437 artigos.- CÓDIGO DE BUSTAMANTE: 4 livros:- Direito Civil internacional1- Direito Comercial Internacional2- Direito Penal Internacional3- Direito Processual Internacional4- não teria aplicação prática pois o tratado é muito abrangente, versando matérias que não pertencem ao Dipri. - Uma das grandes dificuldades para aplicar o Código é a sua insistente referência à lei local‖ e à lei territorial‖, às quais não deu um sentido uniforme. - No Brasil= LINDB X Cód. Bustamante.- Assim, abandonou-se o projeto de reforma do Código Bustamante, criando-se uma série de convenções restritas a matérias específicas, as quais, na medida em que passam a vigorar em número substancial de países da América Latina, vão substituindo as correspondentes disposições do Código. - Principal centro de estudos, elaboração e aplicação de normas de Direito Internacional Privado. - 1893 A Conferência optou por convenções sobre matérias específicas, no campo do conflito das leis, conflito das jurisdições e cooperação judiciária internacional. E tem sido muito bem-sucedida com esse sistema de trabalho. - O Estatuto da Conferência da Haia estabelece como seu objetivo trabalhar pela uniformização progressiva das regras do Direito Internacional Privado - CONVENÇÃO DE HAIA: Continuação Página 6 de Gmail= sararayanne58@gmail.com sararayanne58@ gmail.com Art./Súmulas Observações Títulos Atenção Subtítulos AULA 03 NATUREZA DO DIPR: Norma de Direito Internacional Privado sobre conflito de leis: natureza conflitual, indireta, não solucionadora da questão jurídica , indicadora do direito interno aplicável sobredireito. - objetiva indicar, em situações conectadas com dois ou mais sistemas jurídicos, qual dentre eles deva ser aplicado. - fazendo esta escolha por meio de pontos de contato, denominados elementos de conexão: nacionalidade, domicílio ou residência das pessoas, local da assinatura do contrato ou local do cumprimento da obrigação, local do ato causador do prejuízo (ou local onde o prejuízo se materializou), local da situação do bem. - Estas normas não solucionam a questão jurídica propriamente dita. - As regras de conexão do DIP apenas escolhem, dentre os sistemas jurídicos de alguma forma ligados à hipótese, qual deve ser aplicado. - Sua determinação, assim, é dada pelas normas de DIPr de cada país, dependendo o seu estabelecimento das tradições (costumes) e da política legislativa de cada qual - CONFLITO DE LEIS NO ESPAÇO: Aula 03- Conflito de leis no espaço; elementos de conexão. São normas instrumentais. O aplicador da lei seguirá a regra de Direito Internacional Privado como se fora uma seta indicativa do direito aplicável. Regras deconexão são as normas estatuídas pelo DIP que indicam o direito aplicável às diversas situações jurídicas conectadas a mais de um sistema legal. - ELEMENTOS DE CONEXÃO?QUALIFICAÇÃO: Identificação da questão ou assunto (objeto)I- Identificação da regra de conexão , da sede jurídica. II- Aplicação da regra e resolução do caso.III- CONFLITUAL.- INDIRETA.- NÃO SOLUCIONADORA.- INDICADORA DO DIREITO A SER APLICADO. - NATUREZA DAS NORMAS DE DIPR: Identificação da questão ou assunto (objeto):I- Estatuto pessoal (Capacidade da pessoa).a) Bem.b) Ato.c) TEORIA TRIPARTITE: é mantida até hoje pela doutrina francesa, que divide as regras em três categorias: a) o estatuto pessoal regido pela lei nacional; b) o estatuto real regido pela lei da situação do bem; c) os fatos e atos jurídicos submetidos à lei do local de sua ocorrência ou à lei escolhida pelas partes, escolha expressa ou tácita - O Brasil segue a mesma classificação, diferindo apenas quanto à conexão para o estatuto pessoal que entre nós é regido pela lei do domicílio e não da nacionalidade, como na França. - Origem: Escolas estatutárias. Continuação Página 7 de Gmail= sararayanne58@gmail.com sararayanne58@ gmail.com Local com o qual a relação jurídica está mais intimamente ligada. - Restatement second – the most significant relationship (―o mais significativo relacionamento‖) - Mais liberdade e flexibilidade de escolha ao aplicador da lei (do que as regras previstas nos códigos). - Elementos/regras de conexão:II- Lex patriae – Lei da nacionalidade da pessoa física, pela qual se rege seu estatuto pessoal, sua capacidade, segundo determinadas legislações, como as da Europa Ocidental; - Lex domicilii – Lei do domicílio que rege o estatuto, a capacidade da pessoa física em legislações de outros países, como a maioria dos países americanos; - Lex loci actus – Lei do local da realização do ato jurídico para reger sua substância; - Locus regit actum – Lei do local da realização do ato jurídico para reger suas formalidades; - Lex loci contractus – A lei do local onde o contrato foi firmado para reger sua interpretação e seu cumprimento; ou, para a segunda finalidade, - Lex loci solutionis – A lei do local onde as obrigações, ou a obrigação principal do contrato, deve ser cumprida; - Lex voluntatis – A lei escolhida pelos contratantes; - Lex loci delicti – A lei do lugar onde o ato ilícito foi cometido, que rege a obrigação de indenizar; Lex damni – A lei do lugar onde se manifestaram as consequências do ato ilícito, para reger a obrigação referida no item anterior; Lex rei sitae ou Lex situs – A coisa é regida pela lei do local onde está situada; CENTRO DA GRAVIDADE: Mobilia sequuntur personam – Certos bens móveis são regidos, segundo algumas legislações, pela lei do local onde seu proprietário está domiciliado; - Lex loci celebrationis – O casamento é regido, no que tange às suas formalidades, pela lei do local de sua celebração; - The proper law of the contract‖ – No sistema do DIP britânico, esta regra indica o sistema jurídico com o qual o contrato tem mais íntima e real conexão; - Lex monetae – A lei do país em cuja moeda a dívida ou outra obrigação legal é expressa; - Lex loci executionis – A lei da jurisdição em que se efetua a execução forçada de uma obrigação, via de regra se confundindo com a lex fori; em direito trabalhista, o local onde o contrato é executado pelo contratado; - Lex fori – A lei do foro no qual se trava a demanda judicial. - Concurso de elementos: elementos de conexão.- A lex fori pode prever mais de um elemento de conexão potencialmente aplicável (sucessivo ou cumulativo). - Sucessivo: Art. 7°, § 8º LINDB= elemento principal e ele elemento subsidiário. - Cumulativo: Cód. Civil Italiano= A lex fori pode prever mais de um elemento de conexão potencialmente aplicável (sucessivo ou cumulativo). - aplica-se a regra mais favorável à validade formal do ato. NACIONALIDADE= Vantagem: refletiria costumes e tradições nacionais. MANCINI: defensor (unificação da Itália) - retoma o período dos bárbaros: la race émigre, la loi suite. DOMICÍLIO= Corresponde ao interesse do imigrante, pois conheceria melhor a legislação do país onde vive e trabalha do que a de sua pátria. Melhor aplicação pois a lei nacional seria desconhecida pelas autoridades judiciais daquele país. Continuação Página 8 de Gmail= sararayanne58@gmail.com sararayanne58@ gmail.com Determina a aplicação irrestrita da lei local, lei do foro, sem tomar em consideração a nacionalidade, o domicílio ou a residência da pessoa. Ex. URSS (aplicava-se lei soviética para estrangeiros mesmo quando se tratava de seu estado e capacidade) . - Feudalismo- Territorialidade: LINDB: Art. 7o = A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família. § 1o Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração. § 2o O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes. § 3o Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal. § 4o O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal. § 5º - O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode, mediante expressa anuência de seu cônjuge, requerer ao juiz, no ato de entrega do decreto de naturalização, se apostile ao mesmo a adoção do regime de comunhão parcial de bens, respeitados os direitos de terceiros e dada esta adoção ao competente registro. § 6º O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges forem brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da data da sentença, salvo se houver sido antecedida de separação judicial por igual prazo, caso em que a homologação produzirá efeito imediato, obedecidas as condições estabelecidas para a eficácia das sentenças estrangeiras no país. O Superior Tribunal de Justiça, na forma de seu regimento interno, poderá reexaminar, a requerimento do interessado, decisões já proferidas em pedidos de homologação de sentenças estrangeiras de divórcio de brasileiros, a fim de que passem a produzir todos os efeitos legais. § 7o Salvo o caso de abandono, o domicílio do chefe da família estende-se ao outro cônjuge e aos filhos não emancipados, e o do tutor ou curador aos incapazes sob sua guarda. § 8o Quando a pessoa não tiver domicílio, considerar-se-á domiciliada no lugar de sua residência ou naquele em que se encontre. Art. 8o = Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei do país em que estiverem situados. § 1o Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o proprietário, quanto aos bens moveis que ele trouxer ou se destinarem a transporte para outros lugares. § 2o O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa, em cuja posse se encontre a coisa apenhada. Art. 9o = Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem. § 1o Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e dependendo de forma essencial, será esta observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos do ato. § 2o A obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no lugar em que residir o proponente. Continuação Página 9 de Gmail= sararayanne58@gmail.com sararayanne58@ gmail.com Aula 04 Art./Súmulas Observações Títulos Atenção Subtítulos PRECEITOS DE DIPR: Reenvio/retorno ou devolução.- Ordem pública.- Fraude à lei.- Instituição desconhecida/aproximação.- Direitos adquiridos.- O Direito Internacional Privado se ocupados conflitos entre leis substantivas relativas aos mais variados institutos jurídicos. Verificando-se uma relação jurídica conectada com dois ou mais sistemas, cabe ao DIP encontrar a regra indicadora do direito aplicável. - Soluções diferentes: Pode acontecer que cada país tenha uma solução diferente para o conflito de normas no espaço. - 1° grau: 2° grau: (Conflito entre (Outro conflito de Sistemas). Soluções). CONFLITO DE 2° GRAU:- 2 sistemas jurídicos solucionam o conflito determinando a aplicação de seu próprio direito. - EX. CAPACIDADE: pessoa domiciliada no país X – regra aplica lei do domicílio. x país da nacionalidade da pessoa: lex patriae. Obs. :LEI DO FORO - Materializada, assim, a divergência entre os dois sistemas de Direito Internacional Privado, em que cada um indica sua própria lei interna para ser aplicada à questão jurídica, atenta-se, geralmente, para a solução ordenada pelo sistema do foro, sem considerar o critério do DIP da outra jurisdição. POSITIVO: 2 SISTEMAS JURÍDICOS SOLUCIONAM O CONFLITO.(DEMANDAM PARA SI). - NEGATIVO: CADA PAÍS DETERMINA A APLICAÇÃO NÃO DA PRÓPRIA LEI,MAS DA LEI INTERNA DO OUTRO SISTEMA JURÍDICO. - REENVIO:- Conflito de 2°.- Resolução: cada país determinada a aplicação não da própria lei, mas da lei interna do outro sistema. - Aula 04- Preceitos de DIPR(Reenvio). A B CONCEITO: é o instituto pelo qual o direito internacional privado de um Estado determina a aplicação das normas jurídicas de outro Estado, e as regras de direito internacional deste indicam que a situação deve ser regulada pelas normas de um terceiro Estado ou pelo próprio ordenamento do primeiro Estado, remetente - Obs. : Não se deve confundir o conflito negativo em torno da lei competente com o conflito relativo à competência jurisdicional, ou seja qual o país competente para julgar a questão. - Quando o país A, por suas regras de conflito manda aplicar a lei do país B, isto não representa qualquer renúncia à sua competência jurisdicional em favor dos tribunais do país B, mas tão somente o reconhecimento de maior adequação da lei estrangeira à espécie. (DOLINGER, 2018, p.410) REENVIO DE PRIMEIRO E SEGUNDO GRAU:- A depender do número de Estados envolvidos,então,falá-se em: - Reenvio em primeiro grau: o ordenamento jurídico de um Estado A indica a ordem jurídica de um Estado B como aplicável a um caso, e o direito deste Estado B determina como incidente a ordem do Estado A. - Reenvio em segundo grau: o ordenamento jurídico de um Estado A indica a ordem jurídica de um Estado B como aplicável a um caso, e o direito deste Estado B determina como incidente a ordem do Estado C. - LEI COMPETENTE x PAÍS COMPETENTE(JURISDIÇÃO). Continuação Página 10 de Gmail= sararayanne58@gmail.com sararayanne58@ gmail.com O conflito mais importante seria o conflito negativo.- Se um país remete ao outro a competência para a solução do conflito, qual a saída possível? - ACEITAR OU NÃO A DEVOLUÇÃO. A REGRA BRASILEIRA ACERCA DA DEVOLUÇÃO recusa taxativamente o retorno/reenvio. - LINDB Art. 16.°= Quando, nos termos dos artigos precedentes, se houver de aplicar a lei estrangeira, ter-se-á em vista a disposição desta, sem considerar-se qualquer remissão por ela feita a outra lei. Sistema que aplicam lei da nacionalidade da pessoa: recorrem à lei do domicílio em caso de apatridia - Sistemas que aplicam a lei do domicílio recorrem à lei do país da residência no caso do sem domicílio (adômida)b – art. 7o, parágrafo 8o, LINDB - Em havendo essa subsidiariedade, haveria margem para aplicação. - Significa isto que a lex fori, interna, é sempre subsidiária à lei indicada por qualquer das regras de conexão de seu DIP. Esta teoria resulta, em termos práticos, na aceitação do reenvio (DOLINGER, 2018, p. 416). - Teoria da delegação: Delega se a competência para o outro país enviado aplicar o direito. - “Quando a regra do DIP determina a aplicação do direito de outro país, está delegando-lhe a competência para solucionar a questão, o que este fará via seu próprio direito interno ou via o direito de outro país, que poderá ser o direito interno do país enviante ou de terceiro país. No primeiro caso, temos o reenvio de 1º grau, e no segundo caso, o reenvio de 2º grau.” (DOLINGER, 2018, p. 416) - Teoria da subsidiariedade: Ordem pública: impede que relação de direito fique apátrida: retorno à lex fori. - Sempre que o direito estrangeiro indicado pelo DIP do foro não se considera competente, há de se aplicar a lei da jurisdição do juiz (DOLINGER, 2018, p. 416) - Teoria da Coordenação dos sistemas: Considerar que nos EUA, por exemplo, além da lei federal, há as particularidades das leis estaduais. - Quando o sistema francês determina a aplicação da lei americana para o nacional americano, deve-se considerar que nos Estados Unidos não há um sistema jurídico unitário, existindo legislação autônoma em cada estado da federação americana, aplicando se a cada pessoa a lei do estado de seu domicílio. Portanto, para que o tribunal francês, incumbido de aplicar a lei americana, possa cumprir esta determinação de seu DIP, deverá coordenar seu princípio da lex patriae com o regime americano da lei domiciliar, aplicando a lei interna do estado americano em que, segundo a concepção americana, esteja domiciliado o julgando.” (DOLINGER, 2018, p. 417). - Teoria da minimização dos conflitos: Ainda que unilateralmente se possa definir o meio de resolução do conflito, considerar a lei estrangeira. - Na reunião do Instituto de Direito Internacional realizada em Berlim, em 1999, foi aprovada uma Resolução que recomenda que se tome em consideração o Direito Internacional Privado estrangeiro, mesmo que isto implique num reenvio de 1º ou de 2º grau (DOLINGER, 2018, p. 417). Teoria da ordem pública:Continuação Página 11 de Gmail= sararayanne58@gmail.com sararayanne58@ gmail.com Aula 05 Art./Súmulas Observações Títulos Atenção Subtítulos Aula 05- Preceitos de DIPR. ORDEM PÚBLICA: A ORDEM PÚBLICA É UMA EXCEÇÃO À APLICAÇÃO DO DIREITO ESTRANGEIRO. - O DIREITO ESTRANGEIRO NEM SEMPRE É APLICADO EM TODA A SUA AMPLITUDE; POR QUAL MOTIVO? - O grande motivo é a respeito à ordem pública. O conceito de ordem pública não está previsto, apesar de ser exposto em vários dispositivos. - É uma construção que fica a critério do legislador de cada Estado soberano. - É portanto a "soma de valores morais e políticos de um povo".- É portanto a mentalidade e sensibilidade de determinada sociedade em determinados assuntos e em determinada época. - Pode ser entendi do como o reflexo/mentalidade de um processo das Estados soberanos(individualmente), comparada a moral e os bons costumes. - ANALISAR PORTANTO SE HÁ COMPATIBILIDADE OU INCOPATIBILIDADE COM ORDENAMENTO JURÍDICO DE UM PAÍS. - CONCEITO DE ORDEM PÚBLICA: A RELAÇÃO DA ORDEM PÚBLICA COM OS ELEMENTOS DE CONEXÃO. Um dos clássicos brasileiros de direito internacional define os elementos de conexão como: "misseis que transportam as leis de Estado para outro". E portanto a ordem pública funciona como antimísseis interceptadores de algumas dessas leis, a fim de atingirem a legislação/ordem pública de determinado Estado. - Portanto a ordem pública seria um principio limitador da vontade das partes, cuja liberdade não é admitida em determinados aspectos da vida privada.(interna de determinado Estado). - IMPEDE E REGULA portanto a aplicação de leis estrangeiras, o reconhecimento de atos realizados no exterior e execução de sentenças. A fim de garantir o império das leis internas. - OBSERVAR QUE A SOBERANIA SE DIVIDE EM INTERNA(NACIONAL) E NA EXTERNA (INTERNACIONAL) - Art. 17°;LINDB= As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional,a ordem pública e os bons costumes. NENHUMA NAÇÃO PODE SER OBRIGADA/REQUERIDA A CEDER SUAS CONVENLIÊNCIAS POLÍTICAS E INSTITUIÇÕES FUNDAMENTAIS EM FAVOR DE OUTRA NAÇÃO.(STORY). - RELATIVIDADE/ INSTABILIDADE: depende do momento histórico do tempo, para se analisar o que vem a ser de ordem pública de Estado soberano. - CONTEMPORANEIDADE: a lei do tempo.- CARACTERISTICAS: Observando e verificando a inadmissibilidade da lei estrangeira e sua ineficácia no for, por atentar contra a ordem pública, a consequência normal será a LEX FORI. - EFEITO POSITIVO: se dá nas hipóteses que a lei estrangeira proíbe algo que a lei local não admite vedar/proibir. - EFEITO NEGATIVO: se dá quando a lei local proíbe o - que a lei estrangeira permite.- COMO RESOLVER: Art. 963°;CPC= Constituem requisitos indispensáveis à homologação da decisão: VI não conter manifesta ofensa à ordem pública. Continuação Página 12 de Gmail= sararayanne58@gmail.com sararayanne58@ gmail.com FRAUDE A LEI: FRAUS LEGIS.- TAMBÉM RESTRINGE A APLICAÇÃO DA NORMA INDICADA PELAS REGRAS DE CONEXÃO. - A fraude à lei constitui uma forma de abuso de direito, não sendo admitida perante o direito internacional privado. - Acontece quando o agente, artificiosamente, altera o elemento de conexão que indicaria a lei aplicável. - Exemplo:- Estatuto pessoal(assunto): indivíduo promove(intencionalmente) a mudança da sua nacionalidade ou de seu domicílio para se submeter a uma lei diversa da que lhe seria originalmente aplicável. Isso redunda, em última análise, num ato de vontade contrário a uma regra protegida pela ordem pública do foro(ou seja, no campo do direito interno). - Se difere do FORUM SHOPPING, o qual as partes procura uma jurisdição em que melhor seria aplicada ajustiça ou terá mais êxito e não como ocorre com a fraude á lei, em que há alteração para beneficiar-se da lei que lhe é mais favorável daquela que seria realmente aplicável. - CONCEITO: O QUE SERÁ DE FATO INEFICÁZ?- Dificuldade em analisar a intenção do pretenso fraudador, pois entra no âmbito/campo da consciência humana. - Observar os pressupostos para a caracterização da fraude a lei. - Planeja se uma manobra legal extraordinária para obter o resultado desejado. 1 Objetiva evitar a aplicação do direito interno,transferindo atividades e praticando atos para e no exterior. 2 QUESTÃO PRÉVIA: “questão submetida a juízo, a ser decidida conforme a lei indicada pela competente regra de conexão do foro, depende, para sua solução, de se julgar outra questão, que lhe é preliminar, devendo-se então saber qual direito conflitual decidirá sobre a lei aplicável para esta questão, geralmente denominada como “questão prévia”. - As regras de conexão do foro indicam a aplicação de determinado direito estrangeiro para a questão principal; a) .Surge uma questão prévia, de cuja solução depende a questão principal, e segundo o Direito Internacional Privado do foro, esta questão prévia deve ser julgada pelo direito de outra jurisdição que não aquela indicada para a questão principal; B) REFLEXÃO: A indicação do DIP do foro relativa a lei aplicável à questão prévia é diferente da indicação do DIP do país cuja lei foi determinada como a aplicável para solução da questão principal. C) INSTITUIÇÃO DESCONHECIDA: A instituição desconhecida pode apresentar se como uma instituição simplesmente ignorada pela lex fori, talvez por força de elementos históricos diferentes na formação do direito, ou como fundamentalmente incompatível com a ordem jurídica da lex fori.” - Uma instituição estrangeira é desconhecida quando soluciona problemas jurídicos que não se têm apresentado no país de importação, ou que, apresentados, têm sido resolvidos, com normas baseadas numa técnica jurídica muito diferente - OBS: “o só fato de não conhecermos determinado instituto jurídico não impede a homologação de uma sentença estrangeira.” REZEK. DIREITOS ADQUIRIDOS: A regra, aqui, portanto, é a de que um direito legalmente adquirido no estrangeiro há de ser reconhecido pela ordem interna, tal como se constituiu nos termos da legislação estrangeira, salvo se importar ofensa à soberania nacional, à ordem pública ou aos bons costumes (MAZZUOLI,2019, p. 157) - CONCEITO Um direito que tenha sido regularmente adquirido em um país, de acordo com as leis ali vigentes, pode ser invocado e produzirá seus efeitos em outro país. Foi assim que no início do século XX Antoine Pillet definiu a teoria dos direitos adquiridos no Direito Internacional Privado (DOLINGER, 2018). - não se confunde com a problemática do conflito de leis, pois esta encerra a dúvida sobre qual a lei competente para determinada relação jurídica, enquanto naquela não há dúvida sobre a lei competente. - PLANO INTERNO: lei antiga ab rogada e nova lei. Direito constituído pela outra, 1 mantém se, a nova não retroagiria (igual legislador) PLANO INTERNACIONAL: respeito de soberanias = respeito da validade de ato 2 praticado no contexto e segundo as regras de outro país. (conflito de leis) TEORIA DE PILLET: OBS:A poligamia, vedada nos países do Ocidente, por força da ordem pública, não poderá ser praticada em seus territórios. Continuação Página 13 de Gmail= sararayanne58@gmail.com sararayanne58@ gmail.com Aula 05 Art./Súmulas Observações Títulos Atenção SubtítulosAula 05- Direito de família. LINDB Art. 7°= A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família. LINDB Art. 7°= o , § 8o Quando a pessoa não tiver domicílio, considerar-se á domiciliada no lugar de sua residência ou naquele em que se encontre ESPONSAIS: uma das fases preparatórias ao casamento, de origem mais remota que a habilitação, conhecidos popularmente por noivado. Trata se do momento em que os nubentes assumem a vontade de contrair futuras núpcias, o que, em muitos países, vem seguido de comemorações e festejos diversos.(MAZZUOLI, 2019, p. 308) - PROBLEMA: rompimento + e no estrangeiro- obrigação de fazer casar os nubentes? ou▪ indenização pelos prejuízos decorrentes da quebra de compromisso? ▪ CONCEITO: Não produzem efeito no matrimônio, tampouco para o dir. De família. - Trata se de nada além do anseio por eventual indenização.- Obrigações ex delicto (reparação de danos).- NO BRASIL NAO HÁ FIGURA ESPECÍFICA PARA TANTO. ENQUADRA- SE EM: - - “Aquele que, por ato ilícito (arts. 186° e 187; CC), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo” (CC, art. 927°). No direito brasileiro e no de diversos outros países (v.g., da Itália) não há qualquer obrigação de levar a cabo a relação esponsalícia para que se obrigue o consorte a casar. (Mazzuoli,2019, p. 310). - LINDB, Art. 9°= Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem. - LEX FORI: se configura como obrigação Certo disso, a definição de esponsais fica a cargo da lex causae. Como se vê, não se aplica ao rompimento de esponsais a lei pessoal, mas a do lugar em que quebrado o compromisso de noivado, isto é, onde a obrigação por ato ilícito se constituiu. Tratando-se, no exemplo citado, de - responsabilidade civil extracontratual, não de direito de família, afasta-se a regra contida no art. 7°, caput, da LINDB, segundo a qual “a lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre (...) os direitos de família”, por não ter relevância o locus domiciliar de qualquer das partes, senão onde o ato danoso efetivamente ocorreu. A lei do local do dano regerá, também,a prova do ato ilícito. (MAZZUOLI, 2019, p. 311). Continuação Página 14 de Gmail= sararayanne58@gmail.com sararayanne58@ gmail.com Aula 06 Art./Súmulas Observações Títulos Atenção SubtítulosAula 06- Casamento. CASAMENTO: pessoas de nacionalidades ou domicílios distintos casam se ao redor do mundo todos os dias. - casamentos no estrangeirode pessoas domiciliadas no Brasil; - casamentos no Brasil de pessoas domiciliadas no exterior.- capacidade dos X nubentes Tais regras permitem “a apreciação da validade dos casamentos que constituíram fatos Inter jurisdicionais, isto é, que, por qualquer dos seus elementos, se ligaram a mais de uma jurisdição independente”(MAZZUOLI, 2019, p. 314). - Preliminar: capacidade para casar.1 Formalidades habilitantes: antecedem as núpcias.2 Formalidades celebrantes: presidem a própria3 Celebração. Questões de Lei do domicílio: art. 7°,caput, LINDB : Capacidade Capacidade para casar não depende do local de celebração do casamento e da nacionalidade. - Lei do local de celebração: Forma do casamento: art. 7°, § 1o,LINDB. - Brasileiro(a) domiciliado no Brasil (18 anos apto)- Consorte domiciliada(o) no Paraguai: ver se está apta a casar (capacidade = maioridade aos 20 anos ) art. 36°, CC Paraguai). - CAPACIDADE PARA CASAR: Formalidades dos habilitantes e celebrantes LEI DO LOCAL DA CELEBRAÇÃO (apenas): EXEMPLO1) No exemplo da noiva domiciliada no Paraguai cujo casamento se realizou no Brasil, não se há de verificar se a lei paraguaia impõe algum impedimento para o matrimônio, mas somente se a lei brasileira os estabelece. EXEMPLO2) A lei estrangeira poderá dizer, v.g., que está impedido de casar um parente colateral de quarto grau. Esse impedimento, à evidência, não será levado em consideração no Brasil, pois o Código Civil brasileiro proíbe colaterais de se casarem apenas até o terceiro grau (art. 1.521, IV) EXEMPLO3) Poderá também a lei estrangeira impedir o casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas, sendo este autorizado no Brasil, a sua realização e efetivação se impõem para as uniões dessa ordem aqui estabelecidas. IMPEDIMENTOS: LINDB, Art. 7°, § 1°= o Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração. formalidades habilitantes e celebrantes serão exclusivamente regidas pela lei brasileira (LINDB, art. 7°, § 1°). - Formalidades do Brasil (código civil).- Brasil Sem impedimentos e em condições de contrair núpcias. - Código Bustamante (artz.36 e 37) – entre signatários Condições de seu domicílio para se casar (capacidade de celebrar o matrimônio, consentimento paterno, - impedimentos.). Continuação Página 15 de Gmail= sararayanne58@gmail.com sararayanne58@ gmail.com LEX LOCI REGIT ACTUM- Portanto, obedecidas as formalidades da lei brasileira, será o casamento, quanto à forma, válido no Brasil e em todos os demais países, que o deverão aceitar a título de direito legalmente adquirido no exterior. Nenhum valor terá, no Brasil e em outros países, eventual declaração de nulidade do casamento segundo a lei do domicílio (estrangeiro) das partes ou de sua nacionalidade Obrigatoriedade do registro no Brasil dos assentos de casamento de brasileiros celebrados no estrangeiro, quer perante as autoridades respectivas, quer perante autoridades consulares brasileiras. - Art. 1,544; CC: casamento de brasileiro, celebrado no estrangeiro, perante as respectivas autoridades ou os cônsules brasileiros, deverá ser registrado em cento e oitenta dias, a contar da volta de um ou de ambos os cônjuges ao Brasil, no cartório do respectivo domicílio, ou, em sua falta, no de Ofício da Capital do Estado em que passarem a residir” CASAMENTO CONSULAR: Brasileiros no exterior:consulado do Brasil.- Estrangeiros no Brasil:consulado de sua nacionalidade aqui presente. - REGRA: lei nacional dos nubentes (É EXCEÇÃO À LEX LOCI- CELEBRATIONIS). (a) os casamentos consulares de brasileiros no exterior e:- LINDB, Art. 18°=. Tratando se de brasileiros, são competentes as autoridades consulares brasileiras para lhes celebrar o casamento e os mais atos de Registro Civil e de tabelionato, inclusive o registro de nascimento e de óbito dos filhos de brasileiro ou brasileira nascido no país da sede do Consulado. = ambos devem ter a nacionalidade brasileira (seja originária ou derivada). LINDB, art. 7° § 2°=O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes. Não poderão celebrar casamento de um nacional com um estrangeiro, pois o critério adotado para os casamentos consulares é o da nacionalidade de ambos os nubentes. Assim, por questão de soberania, representantes diplomáticos ou consulares só podem celebrar matrimônio de pessoas de sua nacionalidade, não de estrangeiros (MAZZUOLI, 2019). - E SE BRASILEIRA E ITALIANO?- Não casamento consular. Sim casamento de acordo com a regra local. (b) os casamentos consulares de estrangeiros no Brasil, verificando as regras a cada caso pertinentes. - LINDB, art. 7° § 2°= O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes. Poderiam, contudo, dois italianos (que são também brasileiros em razão de dupla nacionalidade) casar-se perante autoridade consular italiana no Brasil? A resposta é negativa. Já em 1908, a Diretoria-Geral do Ministério das Relações Exteriores advertia aos consulados estrangeiros no Brasil que não realizassem casamentos consulares de seus nacionais quando um dos nubentes fosse também nacional brasileiro. Havendo, portanto, hipótese de dupla nacionalidade, ainda que ambos os nubentes sejam nacionais do Estado a que pertence a autoridade consular, não será reconhecido no Brasil o matrimônio respectivo se um dos consortes for também brasileiro. - (MAZZUOLIN,2019, p. 325). Um casamento por procuração(ou bodas por procuração) é um tipo de matrimônio em que um ou ambos os indivíduos que estão sendo unidos não está fisicamente presente, geralmente representado em vez por outra pessoa, nomeada e qualificada. Se ambos os parceiros estão ausentes ocorre um casamento por procuração dupla, devendo nomear procuradores diversos. Já que a procuração é outorgada para o mandatário receber, em nome do outorgante, o outro contratante, deduz se que ambos não podem nomear o mesmo procurador, haja vista, também, que há a obrigação legal de cada procurador atuar em prol dos interesses de seu constituinte. - CASAMENTO PROCURAÇÃO: Continuação: Página 16 de Gmail= sararayanne58@gmail.com sararayanne58@ gmail.com R: doutrina majoritária que o casamento por procuração versa questão substancial, ligada à capacidade para casar, pelo que à luz da própria lex fori se resolveria a questão (impedindo-se, portanto, a realização do ato) (MAZZUOLI,2019, p. 327). Segundo a doutrina que defendemos, a qualificação definitiva é determinada pela lex causae; se a procuração foi outorgada em país (domicílio) que não admite o casamento por procuração para surtir efeitos em país que o admite, não caberá à lei deste último (lex fori) determinar a sua validade, senão à do país (domicílio) em que foi a procuração outorgada (lexcausae).(MAZZUOLI,2019, p. 326). Página 17 de Gmail= sararayanne58@gmail.com sararayanne58@ gmail.com
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