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Teorias Reflexivas

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20/02
As diferenças dos modelos teóricos racionalistas e reflexivas ocorrem principalmente em três pontos centrais
1- sobre a natureza ontológica do ser humano
2- sobre o padrão epistemológico dos estudos de RI
3- sobre o impacto do discurso no comportamento humano 
A NATUREZA ONTOLÓGICA DO SER HUMANO 
Enquanto as teorias racionalistas partem do axioma que o ser humano é ontologicamente auto interessado, as teorias reflexivas partem do axioma que o ser humano é sócio interessado.
Axioma: É uma verdade auto evidente não sujeita a verificação empírica que é necessária para a produção do conhecimento filosófico ou científico.
O Axioma fundamental das ciências sociais é sobre a natureza ontológica do ser humano. Há duas posições axiomáticas sobre isso:
1- Origem em Hobbes: parte do princípio que o ser humano é auto interessado ( o ser humano é malvado / egoísta).
2- Origem em Rousseau: parte da premissa que ontologicamente o ser humano é sócio interessado ( bom/legal).
Segundo as teorias que partem do axioma do auto interesse a ação coletiva, seja no plano individual ou do plano estatal, visam a maximização do agente independente do resultado social ser positivo ou negativo na verdade, quanto maior o espaço de maximização do interesse individual, maior a probabilidade do resultado coletivo ser eficiente, nesse sentido a base de produção de conhecimento desses modelos teóricos é o individualismo metodológico. 
No individualismo metodológico as ações descentralizadas dos agentes determinam o macro sistema social. 
Os modelos teóricos que partem do axioma do sócio interesse tem como premissa que a realização dos interesses individuais ocorre na sociedade ou seja, há uma interação entre as ações dos agentes e os resultados coletivos. Portanto estes modelos partem do holismo metodológico ou do interacionismo metodológico.
No holismo metodológico o macro sistema social determina as ações dos agentes. No interacionismo metodológico os resultados sociais e as ações dos agentes se determinam recursivamente.
Há três maneira de produzir o conhecimento: 
individualismo metodológico: as ações do sistema determinam o sistema social.
holismo metodológico : o sistema social determina as ações individuais.
interacionismo metodológico: o sistema social e as ações individuais são determinados simultaneamente.
27/02
Além da diferença ontológica sobre a natureza do ser humano e das posições metodológicas holísticas, existe uma diferença meta- teórica entre os modelos racionalistas e os modelos teóricos reflexivos. 
Para os modelos reflexivos, os racionalistas apresentam uma concepção simplista sobre o comportamento humano que se reflete nas posições dos Estados no sistema internacional. Segundo os autores reflexistas, os racionalistas apresentam o Estado como entes monolíticos e uni direcionados.
Tragédia dos comuns
A tragédia dos comuns descreve o resultado social da interação entre atores racionais em busca da maximização dos seus interesses, segundo David Humme trata-se de uma metáfora recorrente na interação dos estados no sistema internacional onde não há a presença de um ente supranacional que detém o monopólio do exercício da força ou do poder bélico.
A busca de realização de interesse sem coordenação leva ao resultado subótimo coletivamente.
A primeira solução clássico para resolução da tragédia dos comuns é a GUERRA.
A segunda é não fazer nada, segundo os Liberais.
A terceira solução neoclássica é a cooperação, criar uma organização supra estatal e controle concomitantemente os dois países.
Para ter uma solução neoclássica é preciso ter um contexto que altere a racionalidade dos países envolvidos na situação de tragédia dos comuns.
Para os neorrealistas a presença do armamento de destruição em massa altera o contexto e ajuda na consolidação da ONU, a possibilidade de uma terceira guerra mundial ser uma tragédia dos comuns definitiva leva os países a consolidar uma instituição supra estatal que incrementa a coordenação de interesse no sistema internacional.
Para neoinstitucionalista liberais a consolidação da ONU ocorre pela interdependência complexa resultado do processo de globalização pós segunda guerra mundial.
4/03
 As principais diferenças entre a tradição racionalista e a tradição reflexiva. São três as principais clivagens entre essas duas tradições onto-metodológica racionalista e reflexiva
1- axioma sobre a natureza ontológica do ser humano
2- diferença epistemológica sobre a produção de conhecimento nos estudos de Relações Internacionais 
3- posições meta-teóricas sobre a neutralidade axiológica da produção de conhecimento em relações internacionais
Há duas posições axiomáticas sobre a natureza ontológica do ser humano: 
1. o ser humano é sócio-interessado
2. O ser humano é auto-interessado
Partindo do princípio que o ser humano é sócio interessado as Teorias Reflexivas tem como premissa que a configuração do contexto social pode sofrer transformações de acordo com os objetivos e as ações humanas, ou seja, o contexto social é um resultante do padrão de interação entre os indivíduos
Nesse sentido o papel da identidade cultural é central. 
Já a tradição racionalista parte da premissa que o ser humano é auto interessado. Nesse sentido, o interesse e o comportamento dos agentes são fixos e constantes, não podendo alterar de maneira significativa o contexto social.
O desfecho da tragédia dos comuns por meio do mercado ou por meio da guerra são premissas compartilhadas pela tradição teórica racionalista. A tradição reflexiva compartilha da concepção que a tragédia dos comuns pode ser evitada por meio da mudança de padrão cultural que marca a interação entre os Estados. 
O contexto tanto da primeira guerra como da segunda guerra mundial enfraqueceu as concepções teóricas reflexivas. As tentativas de cooperação no sistema internacional propostas com base nos modelos teóricos reflexivos tal como a teoria idealista se mostraram ineficiente. A realidade empírica do momento revelou a dificuldade extrema de mudança dos padrões culturais.
Item 2: As Teorias Reflexivas partem da posição epistemológica que o contexto onde as relações e as interações entre os agentes que são foco de estudo da área é extremamente complexo e dinâmico. Outro ponto epistemológico é que o objeto ontológico de estudo da área de relações internacionais envolve, na maioria dos casos, fatores multidimensionais e multifatoriais. Por fim, as variáveis e os fatores que possivelmente explicam o comportamento do Estado no sistema internacional são correlacionada. Tornando os casos sindromicos (de síndrome) no sistema internacional devido à essas três características, os reflexivos não acreditam na possibilidade de aplicação de modelos científicos na área. Para tradição teórica reflexiva, a posição epistemológica da área deve ser não positivista. Ou seja, a produção de conhecimento em relações internacionais deve ser qualitativa, compreensiva, teórica e histórica
 Portanto a posição epistemológica dos reflexistas é não positivista. Nesse sentido, a tradição teórica abre mão da possibilidade de generalização e predição de comportamento no sistema internacional.
A tradição racionalista é fortemente influenciada pelo positivismo. Partindo do positivismo lógico proposto por K. Popper os racionalistas aplicam modelos probabilísticos para compreender o comportamento dos Estados do sistema internacional. 
A ausência de modelos formais nos teóricos reflexivos, enfraqueceu suas posições epistemológicas
AULA 07 | TEORIAS REFLEXIVAS | 17/03/2020
Escola Inglesa – década de 60/70 – H. Bull
· Pende para a teoria clássica
 A escola inglesa tem 3 pontos principais:
· Ocupa uma posição intermediária entre dois polos dos estudos de R.I.
· Escolas de realismo clássico
· Idealista
· Faz uma síntese de diferentes conceitos e teorias de R.I.
· Evita uma dicotomia (oposição) entre interpretação e explicação
Característica da E.I.
· Combina teoria e história, moralidade e poder, agente e estrutura.
· Reformulação metodológica
· Metodologiainterpretativa
· Tipos ideais (inspirado em Weber) 
· Fatores subjetivos são relevantes das R.I.
· Importância do contexto histórico – descrição dos fatos os encaixando no contexto histórico
· Não acreditam na neutralidade axiológica (acreditar que os valores e as posições éticas não interferem na sua posição de mundo). 
· O estudo de R.I. por princípio devem melhorar o Sistema Internacional
Conceitos centrais da E.I.
· Sociedade Internacional – conceito central
· É quando os Estados interagem com três componentes principais
· Reconhecimento mútuo de soberania
· Os Estados se interagem por meio de seus representantes e/ou instituições públicas
· Diplomacia e burocracia especializada são os verdadeiros agentes da sociedade internacionais
· Os pontos têm a visão de que o Estado é o principal agente das R.I. – se aproximam de uma visão realista e liberal
· Mais 3 agentes importantes
· Empresas transnacionais
· ONG transnacionais
· Organizações Internacionais
· Esses agentes são importantes quando participam com o Estado, mas não tem autonomia 
Nesse sentido, a E.I. é uma passagem dos modelos teóricos clássicos e neoclássicos. Nos modelos teóricos clássicos, o Estado é o único agente no S.I., nos modelos neoclássicos outros agentes são importantes, tais como agentes sociais e indivíduos.
Dois tipos de Sociedade Internacional
· Pluralista – quando os Estados criam regras e normas que fornecem uma estrutura de interação e coexistência 
· Solidaria – é quando se cria uma estrutura institucional que obriga o cumprimento das regras
· Existe convergência de normas 
· O pluralismo é uma etapa anterior a solidária
· Para a E.I., a anarquia não é uma condição inerente ao sistema, por poder-se mudar de um sistema anárquico para solidário
Definição de Sistema Internacional para a E.I.
· É a arena onde os Estados interagem, mas não compartilham regras ou instituições;
· É um conceito que permite estudar como aparece e se consolida a sociedade internacional.
Função do Sistema Internacional para a E.I.
· Referente a normativa, um tipo ideal. 
· O Sistema Internacional funciona como uma referência para estudar o efeito de outros componentes na interação entre os Estados. Segundo Bull, quando mais o contexto histórico se distancia de uma situação de S.I. menos o poder explica a interação entre os Estados.
Sociedade Global
· É uma extensão da sociedade internacional, onde valores e normas são compartilhados de maneira comunitária
· Fim do poder na sociedade internacional
Aula 08 - Teorias Reflexivas “TEORIA CRITICA” – 24/03/2020
A escola crítica é fortemente influenciada pela visão marxista do mundo, principalmente no que tange a concepção histórica.
Estado de natureza: 
1º o ser humano é livre;
2ºo ser humano está em condição de igualdade plena;
3º O ser humano é racional.
Estado de natureza segundo Rousseau: o ser humano é sócio interessado.
Para o Rousseau, o Estado de natureza seria a melhor situação possível de uma sociedade. 
O resultado do contrato social para Rousseau é a consolidação da desigualdade política, ou de poder, portanto, aumenta a infelicidade do ser humano.
Para o Rousseau, a evolução ad história é a tentativa de resolver dois problemas: a propriedade privada e a Desigualdade de poder.
 Para Rousseau o período pós histórico é quando se acaba com a propriedade privada e a desigualdade de poder, portanto numa situação análoga ao estado de natureza. 
Como a história evolui
Para Hegel/Rousseau/Etc ela evolui em etapas, e cada etapa tenta corrigir algum erro da etapa anterior. 
Para Rousseau essas medidas de tentar resolver etapas anteriores aumenta a desigualdade ao invés de diminui-la. 
Poder simbólico, ou religioso, também é um elemento que aumenta a desigualdade. 
O Marx parte da concepção de Rousseau e de Hegel na sua teoria, nessa concepção a desigualdade é o problema central e os problemas secundários são a desigualdade de poder que legitima a desigualdade material e a desigualdade simbólica que legitima a desigualdade material e a desigualdade de poder. 
Para o Marx, o máximo da desigualdade política acontece na consolidação do Estado Moderno, e o estado moderno permite criar a pior desigualdade possível, que é o capitalismo. O Estado Moderno permite a consolidação do capitalismo.
No entanto, a despeito da enorme desigualdade no capitalismo, essa forma de produção permite a abundância de recursos. O capitalismo além de um modo de produção, é uma ideologia que legitima as desigualdades sociais e materiais. Marx cria um modelo que tenta acabar com a legitimidade deste modelo de produção, que é o socialismo.
Para Marx após o aparecimento do capitalismo iniciaria uma etapa revolucionaria, nesta etapa revolucionaria acabasse com a propriedade privada – criando um sistema socialista. Uma vez consolidade este sistema, acabasse com a desigualdade de poder entre os seres humanos, ou seja, o estado. 
No marxismo, nao se tem uma teoria de RI classica, pois na etapa comunista o Estado deixa de existir. 
Entretanto diferente do que Marx previa, a revolução nao ocorreu no centro do capitalismo, e sim na Russia – periferia do capitalismo, isso gera um protecionismo dos Estados capitalistas em relaçao a uma possivel revolução comunista/socialista. 
As teorias marxistas ganham força, uma é a mais importante a do Cox - O estado utiliza seu poder simbolico para garantir que a esixstencia do capitalismo exista nos outros paises. Eles fazem isso atraves de estruturas de poder politico, e de meios simbolicos – todo tipo de dominação em que não é necessario a utilização da força.

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