Buscar

2 2 - SP_Seguros de Pessoas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 98 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 98 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 98 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

SEGUROS DE PESSOAS
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Escola Nacional de Seguros
 E73s Escola Nacional de Seguros. Diretoria de Ensino Técnico.
 Seguros de pessoas / Supervisão e coordenação metodológica da Diretoria 
 de Ensino Técnico; assessoria técnica de Elizabeth Vieira Valente Bartolo.
 – 13. ed. – Rio de Janeiro: ENS, 2019.
 98 p. ; 28 cm
 Formato: E-Book.
 ISBN: 978-85-7052-672-4
 1. Seguros de pessoas. I. Bartolo, Elizabeth Vieira Valente. II. Título. 
 
 0018-2232 CDU 368.91(072) 
REALIZAÇÃO
ESCOLA NACIONAL DE SEGUROS
SUPERVISÃO E COORDENAÇÃO METODOLÓGICA
DIRETORIA DE ENSINO TÉCNICO
ASSESSORIA TÉCNICA
ELIZABETH VIEIRA VALENTE BARTOLO – 2019/2017
BRUNO KELLY – 2018
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO
PICTORAMA DESIGN
É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, ou de partes dele, 
sob quaisquer formas ou meios, sem permissão expressa da Escola.
13ª EDIÇÃO
RIO DE JANEIRO
2019
SEGUROS DE PESSOAS
A 
Escola Nacional de Seguros promove, desde 1971, diversas 
iniciativas no âmbito educacional, que contribuem para um 
mercado de seguros, previdência complementar, capitaliza-
ção e resseguro cada vez mais qualificado.
Principal provedora de serviços voltados à educação continuada, para 
profissionais que atuam nessa área, a Escola Nacional de Seguros 
oferece a você a oportunidade de compartilhar conhecimento e 
experiências com uma equipe formada por especialistas que possuem 
sólida trajetória acadêmica.
A qualidade do nosso ensino, aliada à sua dedicação, é o caminho para 
o sucesso nesse mercado, no qual as mudanças são constantes e a 
competitividade é cada vez maior.
Seja bem-vindo à Escola Nacional de Seguros.
SEGUROS DE PESSOAS
 1. CONCEITOS BÁSICOS 8 
 UM POUCO DE HISTÓRIA 9
O Seguro de Pessoas no Tempo 10
 SEGURO DE PESSOAS NO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO 
(LEI 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002) 10
 NOÇÕES GERAIS 13
 SUJEITOS DA OPERAÇÃO 13
 FORMAS DE CONTRATAÇÃO 16
 CUSTEIO DO PLANO 16
 MODALIDADES DE ESTRUTURAÇÃO DAS COBERTURAS 17
Benefício Definido 17
Contribuição Variável 17
 VALORES GARANTIDOS 18
 ASSISTÊNCIA FINANCEIRA 20
 CARREGAMENTO 20
 MIGRAÇÃO DE APÓLICES 21
 FIXANDO CONCEITOS 1 22
SUMÁRIO
INTERATIVO
SEGUROS DE PESSOAS
 2. COBERTURAS DE RISCO 25 
 INTRODUÇÃO 26
 CONTRATAÇÃO 26
 Proposta de Contratação 27
 Proposta de Adesão 28
Apólice 29
Bilhete de Seguro 29
Certificado Individual 29
 PERÍODO DE COBERTURA 30
 CÁLCULO DO PRÊMIO 30
 COBERTURAS 31
Morte (Natural ou Acidental) 32
Invalidez Laborativa Permanente Total por Doença (ILPD) 32
Invalidez Funcional Permanente Total por Doença (IFPD) 33
Doenças Graves 34
Acidentes Pessoais 34
Diárias por Incapacidade (DI) 39
Diárias por Internação Hospitalar (DIH) 39
Perda de Renda 40
Auxílio-Funeral 40
Cobertura para Segurados Dependentes 41
 SEGURO EDUCACIONAL 43
 SEGURO PRESTAMISTA 44
 CAPITAL SEGURADO 44
 VIGÊNCIA 46
 CARÊNCIA 47
 CESSAÇÃO DE COBERTURA 48
SEGUROS DE PESSOAS
 CARREGAMENTO 48
 PERDA DE DIREITOS 49
 CANCELAMENTO E REABILITAÇÃO DA APÓLICE 50
 RENOVAÇÃO DA APÓLICE 51
 RISCOS EXCLUÍDOS 52
 DISTRIBUIÇÃO DE EXCEDENTE TÉCNICO 54
 FORMA DE PAGAMENTO DA INDENIZAÇÃO 55
 FIXANDO CONCEITOS 2 57
 3. COBERTURA POR SOBREVIVÊNCIA 63 
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS 64
 CARACTERÍSTICAS DA COBERTURA POR SOBREVIVÊNCIA 65
 MODALIDADES DE RENDA 70
 PARÂMETROS TÉCNICOS 71
 CARREGAMENTO 72
 RESGATE 72
 PORTABILIDADE 74
 FIXANDO CONCEITOS 3 77
 4. NOÇÕES DE REGULAÇÃO DE SINISTROS 81 
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS 82
 REGULAÇÃO DO PROCESSO DE SINISTRO 82
 FIXANDO CONCEITOS 4 84
SEGUROS DE PESSOAS
 5. ATUALIZAÇÃO DE VALORES 85 
 UMA NOÇÃO HISTÓRICA 86
 AS REGRAS ATUAIS 86
 FIXANDO CONCEITOS 5 88
 ESTUDOS DE CASO 89
 ANEXOS 91
 GABARITO 95
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 97
SEGUROS DE PESSOAS 8
UNIDADE 101
BÁSICOS
CONCEITOS
 ■ Reconhecer os principais 
artigos do Código Civil 
Brasileiro aplicados aos 
Seguros de Pessoas.
 ■ Diferenciar as coberturas 
oferecidas nos planos de 
Seguros de Pessoas.
 ■ Identificar os sujeitos 
envolvidos na 
contratação de um 
plano de Seguro de 
Pessoas e descrever 
o papel exercido pelo 
Estipulante.
 ■ Distinguir as formas de 
contratação de um plano 
de Seguro de Pessoas 
e as modalidades pelas 
quais tal Plano pode ser 
custeado.
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de:
 ■ Diferenciar um 
Plano estruturado 
na modalidade de 
benefício definido 
de um estruturado 
na modalidade de 
contribuição variável.
 ■ Listar os quatro valores 
garantidos que podem/
devem existir em um 
plano de Seguro de 
Pessoas.
 ■ Definir o que é 
Assistência Financeira.
 ■ Determinar o percentual 
de carregamento que 
pode ser cobrado em 
um plano de Seguro de 
Pessoas.
 ■ Entender o conceito de 
Migração de Apólice.
TÓPICOS 
DESTA UNIDADE
UM POUCO DE HISTÓRIA
NOÇÕES GERAIS
SUJEITOS DA OPERAÇÃO
FORMAS DE CONTRATAÇÃO
CUSTEIO DO PLANO
MODALIDADES DE ESTRUTURAÇÃO 
DAS COBERTURAS
VALORES GARANTIDOS
ASSISTÊNCIA FINANCEIRA
CARREGAMENTO
MIGRAÇÃO DE APÓLICES
FIXANDO CONCEITOS 1
SEGUROS DE PESSOAS 9
UNIDADE 1
 UM POUCO DE HISTÓRIA 
A necessidade de segurança é inerente ao ser humano. Desde sua origem, 
sofrendo as consequências das situações climáticas e dos ataques de 
animais e de outros homens, de doenças, invalidez e morte, o homem 
sentiu a necessidade de buscar formas de proteção, desde a integração 
em tribos ou grupos, até a criação de moradias que minimizassem certos 
perigos. O ser humano necessita se proteger.
Posteriormente, o homem comprovou haver situações que podiam 
determinar a perda de seus bens e observou que, para desenvolver suas 
atividades com segurança, teria que descobrir alguma maneira de estar 
protegido. Surgiu, então, a “ideia” do seguro.
Curiosidade
Os antigos romanos organizavam os serviços funerários e de beneficência através 
de seus collegia, que equivaliam a Montepios. Os membros dos collegia contribuíam, 
antecipadamente, para a criação de um Fundo que assumia as despesas ocasionadas 
pelos enterros. Esses collegia chegaram a se especializar, existindo, por exemplo, o 
da milícia, que concedia pensões aos membros que se encontrassem em situações de 
incapacidade, provocadas por feridas sofridas em combate, ou outorgava rendas de 
aposentadoria a quem atingisse o limite da idade militar.
Já no século XIX, a vida dos escravos transportados por mar era segurada sob forma 
coletiva, por um só contrato de vida, que garantia ao proprietário o pagamento de uma 
determinada quantia para cada escravo que morresse durante a viagem. Registra-se, tam-
bém, no final daquele século, a contratação de seguros coletivos de trabalhadores, pelos 
quais os empregadores estipulavam Seguros de Vida em benefício de seus empregados.
O conceito de seguro contra Acidentes Pessoais também vem de longa data. Há regis-
tro de que se praticava esse seguro na Idade Média. Era relacionado, principalmente, 
aos riscos de mar e de guerra.
No campo comercial, seu aparecimento amplo ocorreu com o início do desenvol-
vimento industrial.
10
UNIDADE 1
SEGUROS DE PESSOAS
 — O Seguro de Pessoas no Tempo
O Código Comercial Brasileiro, publicado em 1850 e ainda hoje em vigor – 
apenas nos itens referentes ao Direito Comercial Marítimo –, determinava 
a proibição da contratação de Seguros de Vida de pessoas livres. Era 
permitida somente a contratação de seguros para as vidas dos escravos, 
não considerados pessoas. Assim, no Brasil, o Seguro de Vida teve sua 
prática retardada por ter sido considerado, durante longo tempo, uma 
especulação imoral.
Em 1905, surgiu um “plano” que cobria as vidas dos empregados de 
uma cadeia de armazéns varejistas, contratado por meio de diversas 
apólices individuais que exigiam a realização prévia de exames médicos. 
O “plano” utilizado foi o denominadoseguro temporário renovável 
automaticamente e os prêmios das apólices eram recolhidos e pagos à 
Seguradora pelo empregador. 
Em 1910, foi emitida, nos EUA, a primeira apólice de Seguro de Vida em 
Grupo, que apresentava como condições: não realização dos exames 
médicos individuais prévios, prêmios quitados pelos segurados e o 
benefício por morte do funcionário pago ao beneficiário por ele indicado.
O Código Civil Brasileiro, publicado em 1916 e já inteiramente revogado, 
passou a considerar a vida e as faculdades humanas objetos seguráveis, o 
que foi mantido pelo Código Civil publicado em 2002 (Lei 10.406/02).
Em 1929, o Seguro de Vida em Grupo surgiu no Brasil, época na qual o referido 
ramo já estava consolidado e modernizado nos EUA. Foi introduzido em nosso 
mercado, seguindo o modelo americano no que se referia a taxas e a condições.
Em 1954, no Brasil, foi publicada uma Portaria que definiu padrões para 
o Ramo de Acidentes Pessoais, sendo aquele ano considerado o marco 
inicial para o desenvolvimento da carteira.
 SEGURO DE PESSOAS NO 
 CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO 
 (LEI 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002) 
O Código Civil Brasileiro apresenta uma série de artigos aplicáveis a segu-
ros, sendo alguns voltados, exclusivamente, para os contratos de Seguros 
de Pessoas. É muito importante ler atentamente os artigos apresentados 
Importante
Com a publicação do Código 
Civil Brasileiro, em 2002, foi 
necessário que a SUSEP e 
o CNSP revisassem todos 
os normativos, inclusive 
aqueles relacionados 
aos Seguros de Pessoas. 
Naquela oportunidade, foram 
consolidadas disposições 
dispersas em inúmeros 
normativos, com o objetivo 
de propiciar aos segurados 
mais informações e 
transparência quanto às suas 
obrigações e direitos.
11
UNIDADE 1
SEGUROS DE PESSOAS
a seguir e ter as diretrizes sempre em mente, pois ajudam a esclarecer 
diversas dúvidas dos segurados.
[...]
Art. 789 – Nos seguros de pessoas, o capital segurado é livremente estipula-
do pelo proponente, que pode contratar mais de um seguro sobre 
o mesmo interesse, com o mesmo ou diversos seguradores.
Art. 790 – No seguro sobre a vida de outros, o proponente é obrigado a 
declarar, sob pena de falsidade, o seu interesse pela preserva-
ção da vida do segurado.
Parágrafo único. Até prova em contrário, presume-se o interes-
se, quando o segurado é cônjuge, ascendente ou descendente 
do proponente.
Art. 791 – Se o segurado não renunciar à faculdade, ou se o seguro não 
tiver como causa declarada a garantia de alguma obrigação, é 
lícita a substituição do beneficiário, por ato entre vivos ou de 
última vontade.
Parágrafo único. O segurador, que não for cientificado opor-
tunamente da substituição, desobrigar-se-á pagando o capital 
segurado ao antigo beneficiário.
Art. 792 – Na falta de indicação da pessoa ou beneficiário, ou se por qual-
quer motivo não prevalecer a que for feita, o capital segurado 
será pago por metade ao cônjuge não separado judicialmente, 
e o restante aos herdeiros do segurado, obedecida a ordem da 
vocação hereditária.
Parágrafo único. Na falta das pessoas indicadas neste artigo, 
serão beneficiários os que provarem que a morte do segurado 
os privou dos meios necessários à subsistência.
Art. 793 – É válida a instituição do companheiro como beneficiário, se ao 
tempo do contrato o segurado era separado judicialmente, ou já 
se encontrava separado de fato.
Art. 794 – No seguro de vida ou de acidentes pessoais para o caso de mor-
te, o capital estipulado não está sujeito às dívidas do segurado, 
nem se considera herança para todos os efeitos de direito.
Art. 795 – É nula, no seguro de pessoa, qualquer transação para pagamen-
to reduzido do capital segurado.
Art. 796 – O prêmio, no seguro de vida, será conveniado por prazo limitado, 
ou por toda a vida do segurado.
Parágrafo único. Em qualquer hipótese, no seguro individual, o 
segurador não terá ação para cobrar o prêmio vencido, cuja falta 
de pagamento, nos prazos previstos, acarretará, conforme se 
12
UNIDADE 1
SEGUROS DE PESSOAS
estipular, a resolução do contrato, com a restituição da reserva já 
formada, ou a redução do capital garantido proporcionalmente 
ao prêmio pago.
Art. 797 – No seguro de vida para o caso de morte, é lícito estipular-se um 
prazo de carência, durante o qual o segurador não responde 
pela ocorrência do sinistro.
Parágrafo único. No caso deste artigo, o segurador é obrigado 
a devolver ao beneficiário o montante da reserva técnica já 
formada.
Art. 798 – O beneficiário não tem direito ao capital estipulado quando o 
segurado se suicida nos primeiros dois anos de vigência inicial 
do contrato, ou da sua recondução depois de suspenso, obser-
vado o disposto no parágrafo único do artigo antecedente.
Parágrafo único. Ressalvada a hipótese prevista neste artigo, é 
nula a cláusula contratual que exclui o pagamento do capital por 
suicídio do segurado.
Art. 799 – O segurador não pode eximir-se ao pagamento do seguro, ainda 
que da apólice conste a restrição, se a morte ou a incapacidade 
do segurado provier da utilização de meio de transporte mais 
arriscado, da prestação de serviço militar, da prática de esporte, 
ou de atos de humanidade em auxílio de outrem.
Art. 800 – Nos seguros de pessoas, o segurador não pode sub-rogar-se 
nos direitos e ações do segurado, ou do beneficiário, contra o 
causador do sinistro.
Art. 801 – O seguro de pessoas pode ser estipulado por pessoa natural ou 
jurídica em proveito do grupo que a ela, de qualquer modo, se 
vincule.
§ 1º O estipulante não representa o segurador perante o grupo 
segurado, e é o único responsável, para com o segurador, pelo 
cumprimento de todas as obrigações contratuais.
§ 2º A modificação da apólice em vigor dependerá da anuência 
expressa de segurados que representam 3/4 do grupo.
Art. 802 – Não se compreende nas disposições desta Seção a garantia do 
reembolso de despesas hospitalares ou de tratamento médico, 
nem o custeio das despesas de luto e de funeral do segurado.”
13
UNIDADE 1
SEGUROS DE PESSOAS
 NOÇÕES GERAIS 
Os planos de Seguros de Pessoas são aqueles destinados a oferecer 
coberturas de risco (por exemplo, morte, invalidez, doenças graves) e/ou 
coberturas por sobrevivência.
Atenção
A cobertura por sobrevivência é aquela que garante o pagamento do capital segurado 
pela sobrevivência do segurado ao período de diferimento contratado ou a compra, 
mediante pagamento único, de renda imediata.
As coberturas de risco são aquelas coberturas dos Seguros de Pessoas cujo evento 
gerador não é a sobrevivência do segurado a uma data predeterminada.
Em resumo, todas aquelas situações que não se enquadrarem no conceito de cober-
tura de sobrevivência apresentado acima, automaticamente, são entendidas como 
cobertura de risco.
 SUJEITOS DA 
 OPERAÇÃO 
Na contratação de um plano de Seguros de Pessoas estão envolvidas as 
seguintes partes:
Segurado
Pessoa física que contrata o plano ou, no caso de contratação sob 
a forma coletiva, que adere ao plano;
Seguradora
Pessoa jurídica obrigatoriamente constituída sob a forma de socie-
dade anônima – S/A, que assume a responsabilidade pela cober-
tura dos riscos especificados na apólice, mediante o recebimento 
do prêmio correspondente;
Corretor
Pessoa física ou jurídica que faz a intermediação da contratação 
do plano;
Beneficiário
Desde que respeitadas as determinações legais e regulamentares, 
beneficiário é a pessoa física ou jurídica livremente indicada pelo 
14
UNIDADE 1
SEGUROS DE PESSOAS
segurado para receber os valores dos capitais segurados – indeni-
zações –, na hipótese de ocorrência do sinistro; e
Estipulante 
Pessoa física ou jurídica que propõe a contratação de plano cole-
tivo, ficando investido de poderes de representação do segurado, 
nos termos da legislação e regulamentação em vigor.
Sobre o Estipulante
O Estipulante só pode ser beneficiário em um plano de Seguros de Pessoasse comprovado o legítimo interesse para que ele figure nessa condição.
Esse é o caso, por exemplo, do Seguro Prestamista, que veremos mais adiante. 
O estipulante será identificado como:
 ■ estipulante-instituidor: aquele que participa, total ou parcial-
mente do custeio do plano; e
 ■ estipulante-averbador: aquele que não participa do custeio 
do plano.
Não podem ser estipulantes, salvo quando estiverem estipulando apólices 
para seus próprios funcionários:
 ■ corretoras de seguros, seus sócios, dirigentes, administradores, 
empregados, prepostos ou representantes;
 ■ corretores; e
 ■ sociedades seguradoras, seus dirigentes, administradores, empre-
gados, prepostos ou representantes.
O estipulante tem várias obrigações a cumprir, como:
 ■ fornecer à seguradora todas as informações necessárias para a 
análise e a aceitação do risco;
 ■ manter a seguradora informada a respeito dos dados cadastrais 
dos segurados, alterações na natureza do risco coberto, bem como 
quaisquer eventos que possam, no futuro, resultar em sinistro;
 ■ fornecer ao segurado, sempre que solicitado, quaisquer informa-
ções relativas ao contrato de seguro;
 ■ comunicar, de imediato, à seguradora, a ocorrência de qualquer 
sinistro, ou expectativa de sinistro, referente ao grupo que repre-
senta, assim que delas tiver conhecimento, quando tal comunica-
ção estiver sob sua responsabilidade;
 ■ dar ciência aos segurados dos procedimentos e prazos estipula-
dos para a liquidação dos sinistros; e
Atenção
A figura do Estipulante existe 
somente nos planos de 
seguros coletivos.
15
UNIDADE 1
SEGUROS DE PESSOAS
 ■ comunicar, de imediato, à SUSEP, quaisquer procedimentos que 
considerar irregulares quanto ao seguro contratado, bem como 
fornecer àquela autarquia quaisquer informações solicitadas, den-
tro do prazo por ela estabelecido.
Sempre que houver qualquer alteração nas condições contratuais que 
implique modificação nas escolhas dos segurados, ônus ou dever para eles, 
a referida alteração somente será válida com a anuência prévia e expressa 
de segurados que representem, no mínimo, 3/4 do grupo segurado.
Não é considerada estipulante a pessoa jurídica que, sem ter subscrito 
proposta de contratação, tem sua participação restrita à condição de con-
signante, responsável, exclusivamente, pela efetivação dos descontos cor-
respondentes aos prêmios na folha de pagamento do respectivo segurado 
e o consequente repasse em favor da sociedade seguradora.
Quando o plano for contratado com previsão de consignação em folha, as 
condições gerais deverão conter dispositivo determinando que a ausência 
do repasse dos valores dos prêmios recolhidos dos segurados pelo consig-
nante à seguradora não poderá causar qualquer prejuízo aos segurados ou 
respectivos beneficiários, no que se refere à cobertura e demais direitos.
Nos seguros contributários, ou seja, quando os segurados são respon-
sáveis pelo pagamento, total ou parcial, dos valores dos prêmios, o não 
repasse dos valores dos prêmios recolhidos dos segurados pelo estipulan-
te à seguradora, nos prazos contratualmente estabelecidos, poderá acar-
retar a suspensão ou o cancelamento da cobertura, a critério da segurado-
ra, além de sujeitar o estipulante às cominações legais.
Nas apólices coletivas, em que o estipulante possui com o grupo segurado 
exclusivamente o vínculo de natureza securitária referente à contratação 
do seguro, deverá haver tratamento de apólice individual, no que concerne 
ao relacionamento dos segurados com a seguradora.
Os sujeitos vinculados ao estipulante são caracterizados da seguinte forma:
 ■ componente segurado: pessoa que já aderiu ao seguro, tendo sido 
aceita pela sociedade seguradora, ou seja, que já participa do pla-
no coletivo de Seguros de Pessoas contratado pelo estipulante; e
 ■ componente segurável: pessoa que pode vir a ser incluída no pla-
no, ou seja, pessoa passível de se tornar um componente segurado.
16
UNIDADE 1
SEGUROS DE PESSOAS
Você sabia
A regulamentação vigente estabelece que na proposta e nas condições gerais do pla-
no deverá constar a informação de que o segurado poderá consultar a situação cadas-
tral de seu corretor de seguros no site www.susep.gov.br, por meio do número de seu 
registro na SUSEP, nome completo, CNPJ ou CPF.
 FORMAS DE 
 CONTRATAÇÃO 
Os planos de seguros de pessoas podem ser contratados de duas formas: 
individual ou coletiva.
 ■ individual: aquelas nas quais a relação entre os segurados e a 
seguradora é direta; e
 ■ coletiva: aquelas nas quais a relação entre os segurados e a segu-
radora é indireta, por meio do estipulante.
Atenção
A contratação coletiva se destina a garantir coberturas para grupos de pessoas que, de 
uma forma lícita, vinculem-se ao estipulante, devendo o vínculo entre essas pessoas e o 
estipulante estar definido no contrato de forma clara e objetiva.
 CUSTEIO 
 DO PLANO 
O custeio do plano pode ser:
 ■ não contributário: quando os segurados não pagam os valores dos 
prêmios, sendo o plano inteiramente custeado pelo estipulante; ou
 ■ contributário: quando os segurados são responsáveis pelo paga-
mento, total ou parcial, dos valores dos prêmios.
17
UNIDADE 1
SEGUROS DE PESSOAS
 MODALIDADES DE ESTRUTURAÇÃO 
 DAS COBERTURAS 
As coberturas podem ser estruturadas na forma de benefício definido ou 
de contribuição variável.
 — Benefício Definido
A cobertura estruturada na forma de benefício definido é aquela na qual 
o valor do capital segurado, pagável de uma única vez ou sob a forma de 
renda, e o valor do prêmio são estabelecidos previamente na proposta.
Importante
Todas as coberturas de risco são estruturadas na modalidade de benefício definido.
Exemplos:
1) Quando o segurado contrata um plano com cobertura de morte (cobertura de risco), 
ele está contratando uma cobertura que é estruturada na modalidade de benefício de-
finido, pois os valores do capital segurado e do prêmio já estão definidos previamente 
na proposta.
2) Quando o segurado contrata um plano e define, no momento da contratação, o capi-
tal segurado que irá receber à vista ao final do período de diferimento caso sobreviva, 
ele está contratando uma cobertura estruturada na modalidade de benefício definido.
Período de diferimento 
Período compreendido entre a data de início de vigência da cobertura por sobrevivên-
cia e a data contratualmente prevista para início do pagamento do capital segurado.
 — Contribuição Variável
Na cobertura estruturada na modalidade de contribuição variável, o segurado 
tem a opção de poder efetuar contribuições ao plano a qualquer tempo e de 
valor definido por ele, independentemente dos valores e prazos de paga-
mento de prêmios estarem definidos na proposta de contratação; ou seja, 
nas coberturas estruturadas na modalidade de contribuição variável, não é 
18
UNIDADE 1
SEGUROS DE PESSOAS
obrigatório que o valor da contribuição e do prazo de pagamento dos prê-
mios estejam previamente definidos na proposta.
Destaca-se que o valor do capital segurado, pagável de uma única vez ou 
sob a forma de renda, será calculado ao final do período de diferimento, com 
base no saldo acumulado na Provisão Matemática de Benefícios a Conce-
der (PMBaC) e no fator de cálculo.
A Provisão Matemática de Benefícios a Conceder (PMBaC) corresponde aos 
compro missos da Seguradora para com os seus segurados dos respectivos planos, 
relativamente aos benefícios a conceder sob o regime financeiro de capitalização.
Parágrafo Único. A provisão deve ser constituída para a cobertura de benefícios 
decor rentes de planos ou produtos estruturados no regime financeiro de capitalização. 
Fator de cálculo
Resultado numérico calculado mediante a utilização de taxa de juros e tábua de mortali-
dade, quando for o caso, utilizado para obtenção do capital segurado a ser pago sob a 
forma de renda.
Atenção
Somente a cobertura por sobrevivência pode ser estruturada na modalidade de 
contribuiçãovariável.
Exemplo: o VGBL – Vida Gerador de Benefício Livre – é um plano em que o segu-
rado paga prêmios que podem ou não ter os seus valores estabelecidos previamente. 
Ao final do período de diferimento, a seguradora calcula o valor do capital segurado, 
pago sob a forma de renda, com base no valor acumulado na PMBaC e no fator de 
 cálculo. É fácil imaginar que quanto mais o segurado tiver acumulado, maior será o 
valor de renda que ele irá receber.
 VALORES 
 GARANTIDOS 
Representam direitos dos segurados e/ou dos beneficiários previstos nos 
planos com cobertura de morte estruturada no regime financeiro de capi-
talização e nos planos com cobertura por sobrevivência.
19
UNIDADE 1
SEGUROS DE PESSOAS
Nos planos com cobertura por sobrevivência, é obrigatória a previsão de 
dois valores garantidos: resgate e portabilidade.
Resgate
Corresponde ao direito que os segurados e, quando tecnicamen-
te possível, os beneficiários têm de retirar os recursos da PMBaC 
durante o período de diferimento, desde que observadas determi-
nadas regras; e
Portabilidade
É o direito garantido aos segurados de movimentar os recursos da 
PMBaC durante o período de diferimento, desde que observadas 
determinadas regras.
Em contrapartida, nos planos com cobertura de risco, e desde que tal 
cobertura seja estruturada no regime financeiro de capitalização, é possível 
a previsão dos seguintes valores garantidos: resgate, portabilidade, 
saldamento e seguro prolongado.
Resgate
Permite ao segurado, antes da ocorrência do sinistro, retirar os 
recursos da PMBaC;
Portabilidade
Permite ao segurado, antes da ocorrência do sinistro, movimentar 
os recursos da PMBaC para outro plano, seja com cobertura de 
risco ou com cobertura por sobrevivência;
Saldamento
Consiste na manutenção da cobertura originalmente contratada, 
com redução proporcional do capital segurado contratado, na 
eventualidade da paralisação do pagamento dos prêmios. 
Quando previsto nas condições gerais, o saldamento pode ser efetuado 
automaticamente pela sociedade seguradora, quando o segurado deixa de 
pagar o plano e não solicita o resgate dos recursos acumulados na PMBaC. 
Nesses casos, a sociedade seguradora deve comunicar ao segurado o 
fato, de forma a ficar claro que o segurado tem direito a uma cobertura 
com capital segurado menor do que aquele inicialmente contratado sem a 
necessidade de continuar a pagar prêmios; e
Seguro prolongado
Consiste na manutenção temporária da cobertura contratada, 
mantendo o capital segurado originalmente contratado, na even-
tualidade de ocorrer a paralisação do pagamento dos prêmios.
Atenção
No caso de portabilidade, os 
recursos financeiros deverão 
ser movimentados diretamente 
entre as sociedades 
seguradoras, ficando vedado 
que transitem, de qualquer 
forma, pelo segurado ou pelo 
estipulante.
O saldamento e o seguro 
prolongado deverão manter 
as principais características 
da cobertura originalmente 
contratada, sendo facultada 
a utilização de tábua de 
mortalidade distinta para 
cálculo do seguro prolongado, 
desde que prevista na nota 
técnica atuarial.
20
UNIDADE 1
SEGUROS DE PESSOAS
 ASSISTÊNCIA FINANCEIRA 
A assistência financeira é o empréstimo financeiro oferecido ao titular do 
plano, sendo vedada a concessão ao segurado que possua, exclusivamente, 
plano estruturado no regime financeiro de repartição.
Para tal, é firmado contrato entre o segurado e a seguradora, e a assistência 
financeira somente poderá ser concedida durante o período anterior ao 
pagamento da indenização do seguro.
 CARREGAMENTO 
O carregamento é uma parcela inserida no cálculo do prêmio líquido, com 
objetivo de custear as despesas administrativas e despesas comerciais 
da seguradora.
O valor ou o percentual de carregamento, o critério e a forma de cobrança 
deverão constar da proposta (ou propostas), da nota técnica atuarial e do 
regulamento, devendo ser observados os seguintes limites, conforme o 
tipo de estruturação:
Nota Técnica Atuarial 
Documento técnico elaborado por atuário contendo a formulação utilizada nos cálcu-
los do prêmio, formas de custeio e obrigações, considerando os regimes financeiros 
adotados no plano.
 ■ Coberturas de Sobrevivência:
– 10%, para as coberturas estruturadas na modalidade de contri-
buição variável; e
– 30%, para as coberturas estruturadas na modalidade de benefí-
cio definido.
 ■ Coberturas de Risco:
– Não há limite de carregamento.
21
UNIDADE 1
SEGUROS DE PESSOAS
 MIGRAÇÃO DE APÓLICES 
A migração de apólices consiste na transferência de apólice coletiva, em 
período não coincidente com o término da respectiva vigência.
No caso de recepção de grupo de segurados e assistidos, originado 
em processo de migração de apólices, deverão ser admitidos todos os 
componentes do grupo cuja cobertura esteja em vigor, inclusive aqueles 
afastados do serviço ativo por acidente ou doença, podendo ser estendidas 
à nova seguradora as condições gerais, as condições especiais, o contrato 
e a nota técnica atuarial, mediante autorização da SUSEP, na forma da 
regulação específica.
Nos casos de migração de apólices, não será iniciada a contagem de novo 
prazo de carência para segurados já incluídos no seguro pela apólice 
anterior, em relação às coberturas e aos respectivos valores já contratados.
Importante
Existem planos que admitem a cobrança de carregamento em percentual superior aos 
30%, aplicados, exclusivamente, sobre os prêmios pagos durante os primeiros 120 dias 
de vigência do plano, desde que o valor do carregamento nivelado durante a vigência 
do plano não seja superior a 30% do prêmio efetuado para a cobertura de sobrevivên-
cia, e a periodicidade de pagamento do prêmio seja, no máximo, anual.
As sociedades seguradoras ficam obrigadas, caso estruturem planos na forma prevista 
acima, a devolverem 100% dos prêmios pagos referentes à cobertura por sobrevivên-
cia, bem como a parcela do prêmio da cobertura de risco referente ao risco a decorrer, 
no caso de solicitação de cancelamento do plano, por qualquer motivo, dentro dos 
primeiros 120 dias de vigência do plano.
22
FIXANDO CONCEITOS
SEGUROS DE PESSOAS
 FIXANDO CONCEITOS 1 
1. Analise as alternativas abaixo e marque a correta:
(a) Os Seguros de Pessoas podem ser contratados de forma individual 
ou coletiva.
(b) Os Seguros de Pessoas somente podem ser contributários.
(c) Nos Seguros de Pessoas não contributários, os segurados são res-
ponsáveis pelo pagamento total dos prêmios.
(d) O estipulante somente pode ser uma pessoa jurídica.
(e) A pessoa jurídica que, sem ter subscrito proposta de contratação, 
tenha sua participação restrita à condição de consignante, também 
é considerada estipulante.
2. Sobre o estipulante, podemos afirmar que:
(a) Será identificado como estipulante-instituidor quando não participar
do custeio do plano.
(b) Uma corretora de seguros nunca pode ser estipulante.
(c) Somente seguradoras podem ser estipulantes.
(d) O estipulante deve fornecer à SUSEP quaisquer informações solicitadas, 
dentro do prazo por ela estabelecido.
(e) O estipulante representa a seguradora perante o grupo segurado.
3. Podemos afirmar que a alternativa correta é:
(a) Nos seguros contributários, sempre que houver alteração nas con-
dições contratuais que implique em modificação nas escolhas dos 
segurados, em ônus ou em dever para eles, referida alteração 
somente será válida com a anuência prévia e expressa de segura-
dos que representem, no máximo, 3/4 do grupo segurado.
(b) Nos seguros contributários, o não repasse dos prêmios à segurado-
ra, nos prazos contratualmente estabelecidos, não poderá acarretar 
a suspensão ou o cancelamento da cobertura.
(c) Componente segurado é a pessoa que pode vir a ser incluída no 
plano.
(d) Migração de apólice consiste na transferência de apólice coletiva, 
em período não coincidente com o término da respectiva vigência.
(e) Quando o estipulante paga partedos prêmios, fica facultado a ele 
rescindir o contrato, sem necessidade de anuência dos segurados.
23
FIXANDO CONCEITOS
SEGUROS DE PESSOAS
4. Sobre as modalidades de estruturação de uma cobertura de Seguros de 
Pessoas, podemos afirmar que a(s):
(a) Coberturas dos Seguros de Pessoas somente podem ser estrutura-
das na modalidade de benefício definido.
(b) Cobertura estruturada na modalidade de benefício definido é aquela 
na qual os valores do capital segurado e do prêmio podem ser esta-
belecidos previamente, na proposta.
(c) Cobertura por sobrevivência é sempre estruturada na modalidade 
de benefício definido.
(d) Cobertura de morte natural não pode ser estruturada na modalidade 
de benefício definido.
(e) Cobertura de invalidez é sempre estruturada na modalidade de 
benefício definido.
5. Podemos afirmar que a alternativa correta é:
(a) Somente a cobertura por sobrevivência pode ser estruturada na 
modalidade de benefício definido.
(b) O VGBL é um exemplo de um plano com cobertura por sobrevivên-
cia, estruturado na modalidade de benefício definido.
(c) A cobertura estruturada na modalidade de contribuição variável é 
aquela na qual o valor e o prazo de pagamento dos prêmios podem 
ser definidos previamente, na proposta.
(d) O valor do capital segurado de uma cobertura de risco, pagável de 
uma única vez ou sob a forma de renda, somente é conhecido no 
momento do sinistro.
(e) A cobertura por sobrevivência estruturada na modalidade de con-
tribuição variável implica, necessariamente, na definição do valor 
do capital segurado, pagável de uma única vez ou sob a forma de 
renda, na proposta.
6. Sobre os valores garantidos, podemos afirmar que:
(a) Nos planos com cobertura por sobrevivência, é obrigatória a previ-
são de dois valores garantidos: resgate e saldamento.
(b) Nos planos com cobertura por sobrevivência, é possível que os 
beneficiários retirem os recursos da PMBaC.
(c) Nos planos com cobertura por sobrevivência, a portabilidade dos 
recursos é um direito garantido ao segurado e seus beneficiários.
(d) Nos planos com coberturas de risco, estruturadas no regime finan-
ceiro de repartição, é possível a previsão de saldamento.
(e) O saldamento somente é possível nos planos com cobertura por 
sobrevivência.
24
FIXANDO CONCEITOS
SEGUROS DE PESSOAS
7. Sobre os valores garantidos, podemos afirmar que:
(a) O seguro prolongado consiste na manutenção da cobertura original-
mente contratada, com redução proporcional do capital segurado 
contratado, na eventualidade de paralisação do pagamento dos prê-
mios.
(b) Quando previsto nas condições gerais, o saldamento pode ser efetuado 
automaticamente pela seguradora, quando o segurado deixa de pagar 
o plano e não solicita o resgate dos recursos acumulados na PMBaC.
(c) A portabilidade não é um valor garantido para as coberturas de risco.
(d) O resgate é um direito garantido que os planos com cobertura de ris-
co têm, desde que essas coberturas sejam estruturadas no regime 
financeiro de repartição de capitais de cobertura.
(e) É obrigatória a previsão do resgate sempre que as coberturas de 
risco forem estruturadas no regime financeiro de capitalização.
SEGUROS DE PESSOAS 25
UNIDADE 202
COBERTURAS
de RISCO
 ■ Distinguir os instrumentos 
utilizados na contratação 
de um plano.
 ■ Entender os fatores que 
influenciam no cálculo do 
prêmio da cobertura de 
morte.
 ■ Enumerar as diversas 
coberturas de risco que 
podem ser oferecidas em 
um plano.
 ■ Diferenciar a Invalidez 
Laborativa da Invalidez 
Funcional.
 ■ Distinguir Seguro Auxílio-
Funeral de Assistência 
Funeral.
 ■ Descrever o que é Seguro 
Educacional.
 ■ Explicar o que é capital 
segurado e como ele é 
definido.
 ■ Descrever o significado de 
vigência e carência.
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de:
 ■ Determinar como ocorre 
a cessação da cobertura 
do segurado, e as formas 
como os prêmios são 
pagos.
 ■ Identificar as situações 
de perda de direito à 
indenização.
 ■ Descrever como ocorre a 
renovação e a reabilitação 
da apólice, bem como o 
cancelamento do seguro.
 ■ Listar os riscos 
comumente excluídos do 
contrato de Seguros de 
Pessoas.
 ■ Explicar o que é 
excedente técnico e sua 
apuração.
 ■ Diferenciar as formas 
de pagamento da 
indenização.
TÓPICOS 
DESTA UNIDADE
INTRODUÇÃO
CONTRATAÇÃO
PERÍODO DE COBERTURA
CÁLCULO DO PRÊMIO
COBERTURAS
SEGURO EDUCACIONAL
SEGURO PRESTAMISTA
CAPITAL SEGURADO
VIGÊNCIA
CARÊNCIA
CESSAÇÃO DE COBERTURA
CARREGAMENTO
PERDA DE DIREITOS
CANCELAMENTO E 
 REABILITAÇÃO DA APÓLICE
RENOVAÇÃO DA APÓLICE
RISCOS EXCLUÍDOS
DISTRIBUIÇÃO DE 
 EXCEDENTE TÉCNICO
FORMA DE PAGAMENTO 
 DA INDENIZAÇÃO
FIXANDO CONCEITOS 2
SEGUROS DE PESSOAS 26
UNIDADE 2
 INTRODUÇÃO 
Os planos com coberturas de risco (morte, invalidez, doenças graves) 
têm por objetivo garantir o pagamento de uma indenização ao segurado 
e aos seus beneficiários, observadas as condições contratuais e as 
garantias contratadas. 
Como exemplo desses planos, temos o Seguro de Vida, o Seguro Fune-
ral, o Seguro de Acidentes Pessoais, o Seguro Educacional, o Seguro Via-
gem, o Seguro Prestamista, o Seguro de Diária por Internação Hospitalar, o 
Seguro Desemprego (perda de renda), o Seguro de Diária por Incapacida-
de e o Seguro de Perda de Certificado de Habilitação de Voo.
As coberturas de risco são aquelas coberturas dos Seguros de Pessoas 
cujo evento gerador não é a sobrevivência do segurado a uma data pre-
determinada.
Capital Contratado é o valor a ser pago pela seguradora na ocorrência 
do sinistro, limitado ao valor do capital segurado da respectiva cobertura 
contratada.
 CONTRATAÇÃO 
Na formalização da contratação de um plano de Seguros de Pessoas 
com cobertura de risco são utilizados os seguintes instrumentos contra-
tuais: proposta de contratação, proposta de adesão, apólice, bilhete e 
certificado individual.
Quando da assinatura da proposta ou da solicitação de aumento do valor 
do capital segurado, para efeito de subscrição, é facultado à seguradora 
Observação
A denominação de qualquer 
plano de seguro como de 
Vida, exceto quando prevista 
a cobertura por sobrevivência, 
está condicionada ao 
oferecimento da cobertura de 
morte por causas naturais e 
acidentais.
27
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
solicitar informação ao proponente ou ao segurado quanto a contratação 
de outros Seguros de Pessoas com coberturas concomitantes. Por outro 
lado, é vedado o estabelecimento de cláusula que obrigue o segurado a 
comunicar à seguradora sobre a contratação posterior de outros Seguros 
de Pessoas com coberturas concomitantes.
A rejeição de proponente pela razão única de ser portador de deficiência 
configurará discriminação e será passível de punição, nos termos da legis-
lação específica.
Nas condições contratuais, é vedada a inclusão de cláusula de concorrên-
cia de apólices, exceto no caso de coberturas que garantam o reembolso 
de despesas.
 — Proposta de Contratação 
A proposta de contratação é o documento que contém a declaração do 
risco e dos elementos essenciais do interesse a ser garantido.
Na proposta de contratação, o proponente, pessoa física ou jurídica, 
expressa a intenção de contratar uma cobertura (ou coberturas), manifes-
tando pleno conhecimento das condições contratuais.
Atenção
A contratação de um plano de Seguros de Pessoas deverá ser efetivada por meio de 
preenchimento de proposta de contratação.
Nos planos coletivos, a adesão à apólice pelos proponentes deverá ser precedida do 
preenchimento de proposta de adesão.
A seguradora somente poderá aceitar o protocolo de proposta preenchida, datada e 
assinada pelo proponente, por seu representante legal (pai, mãe, Procurador ou tutor) 
ou pelo corretor de seguros, exceto quando a contratação se der por meio de bilhete.
Nos planos coletivos, a seguradora deverá ter a comprovação da data de protocolo da 
proposta de cada proponente.
O preenchimento de propostade adesão é obrigatório, exceto no caso de Seguros de 
Pessoas com capital global e contratação sob a forma de bilhete.
Seguros de Pessoas com capital global é a modalidade de contratação coletiva de 
coberturas de risco em que o valor do capital segurado referente a cada componente 
sofre variações decorrentes de mudanças na composição do grupo segurado.
28
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
Atenção
Proponente é o interessado em contratar a cobertura (ou coberturas), no caso de con-
tratação individual, ou aderir ao contrato, no caso de contratação coletiva.
Na contratação de um plano Coletivo, quem assina a proposta de contratação é o 
estipulante. Já na contratação de um plano Individual, quem assina a proposta de 
contratação é o segurado.
 — Proposta de Adesão 
A proposta de adesão é o documento que contém a declaração do risco e 
dos elementos essenciais do interesse a ser garantido.
Na proposta de adesão, o proponente, pessoa física, expressa a intenção 
de aderir à contratação coletiva, manifestando pleno conhecimento das 
condições contratuais.
Com o objetivo de dar transparência aos segurados quanto aos seus direi-
tos e suas obrigações, a regulamentação das coberturas de risco prevê 
que as propostas de contratação e as de adesão deverão:
 ■ informar o percentual (ou percentuais) de reversão de excedente 
técnico, bem como o prazo de carência, quando previsto pelo plano;
 ■ fazer constar: a) os valores, em moeda corrente nacional, do prê-
mio à vista, e, quando for o caso, do prêmio total fracionado de 
cada uma das parcelas; b) a taxa de juros remuneratórios pactua-
da; c) o número e a periodicidade das parcelas; d) os juros de mora 
e/ou outros acréscimos legalmente previstos;
 ■ discriminar a forma e o critério de custeio de cada cobertura con-
tratada;
 ■ estabelecer os valores dos prêmios e dos capitais segurados, dis-
criminados por cobertura. Os valores deverão ser estabelecidos 
na proposta de contratação, nos casos de planos individuais, e na 
proposta de adesão, nos casos de planos coletivos; e
 ■ conter a informação de que:
– se o segurado, seu representante legal, ou seu corretor de segu-
ros fizer declarações inexatas ou omitir circunstâncias que possam 
influir na aceitação da proposta ou no valor do prêmio, ficará preju-
dicado o direito à indenização, além de estar o segurado obrigado 
ao pagamento do prêmio vencido;
Importante
A informação do registro do 
plano na SUSEP não implica, 
por parte daquela Autarquia, 
incentivo ou recomendação 
à sua comercialização. 
Essa informação deverá ser 
inserida, necessariamente, em 
todo e qualquer material de 
comercialização e propaganda 
utilizado pela seguradora.
29
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
– a aceitação do seguro estará sujeita à análise do risco;
– o registro do plano na SUSEP não implica, por parte da SUSEP, 
incentivo ou recomendação à sua comercialização; e
– o segurado poderá consultar a situação cadastral de seu corretor 
de seguros, no site www.susep.gov.br, utilizando-se do número de 
registro profissional na SUSEP, nome completo, CNPJ ou CPF.
 — Apólice
Após receber a proposta de contratação, a seguradora emite a apólice, 
assinada por um representante legal da seguradora, que é o documento 
que formaliza a aceitação da cobertura solicitada pelo proponente, nos 
planos individuais, ou pelo estipulante, nos planos coletivos.
 — Bilhete de Seguro
Documento jurídico emitido pela seguradora que dispensa a obrigato-
riedade da proposta e substitui a apólice. É utilizado para agilizar a contra-
tação de determinada modalidade de seguro.
 — Certificado Individual
O certificado individual é o documento destinado ao segurado, emitido pela 
seguradora no caso de contratação coletiva, quando da aceitação do pro-
ponente, das renovações do seguro e nas alterações de valores do capital 
segurado ou do prêmio. Seu envio aos segurados é obrigatório, não se apli-
cando apenas nos casos de Seguros de Pessoas com capital global.
A mesma regulamentação estabelece, ainda, que:
 ■ deverão constar da proposta de contratação (no caso de planos 
individuais) ou da proposta de adesão (no caso de planos coleti-
vos) e da respectiva apólice os valores do prêmio à vista e, quando 
for o caso, do prêmio total fracionado de cada uma das parcelas, 
ambos expressos em moeda nacional, além da taxa de juros remu-
neratórios pactuada, do número de parcelas, sua periodicidade e 
os juros de mora e/ou outros acréscimos legalmente previstos;
 ■ o início e o final da vigência das coberturas contratadas deverão 
ser especificados na apólice, no certificado individual e nas pro-
postas de contratação e de adesão; e
 ■ para os seguros que não tenham cobertura vitalícia, deverá constar em 
destaque na proposta de contratação, na proposta de adesão, na apóli-
ce e do certificado individual, a seguinte informação: “Este seguro é por 
30
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
prazo determinado, tendo a seguradora a faculdade de não renovar 
a apólice na data de vencimento, sem devolução dos prêmios pagos 
nos termos da apólice”.
 PERÍODO DE 
 COBERTURA 
O período de cobertura é aquele durante o qual o segurado ou os benefi-
ciários, quando for o caso, farão jus aos capitais segurados contratados. O 
período de cobertura pode ser temporário ou vitalício.
Período de cobertura temporário é aquele em que o pagamento do capi-
tal segurado somente será feito se o evento ocorrer dentro de período 
perfeitamente determinado no contrato.
Período de cobertura vitalício é aquele em que o pagamento do capital 
segurado será feito quando ocorrer o evento, a qualquer tempo. 
 CÁLCULO 
 DO PRÊMIO 
O valor do prêmio é fundamental para a manutenção dos níveis de equilí-
brio das Apólices.
Seu cálculo leva em consideração o perfil do proponente ou do segurado, 
bem como da cobertura contratada.
É da junção desses dois fatores que os subscritores, após analisar a massa 
segurada nos casos de contratação coletiva, precificam o valor do prêmio.
Nesse sentido, é importantíssimo que sejam analisadas a idade do propo-
nente/segurado, em paralelo com seu perfil médico, componentes heredi-
tários, esportes praticados, estilo de vida (profissão, sedentarismo, tabagis-
mo, obesidade) e doenças preexistentes.
Tal análise deve ser acrescida pela das coberturas contratadas, já que o 
subscritor terá que levar em consideração a junção das características pes-
soais do proponente/segurado com as coberturas pretendidas, para poder 
fixar o valor do prêmio. Exemplo: se o proponente pretende a contratação 
Exemplo
Um plano de Seguros de 
Pessoas com cobertura de 
morte por qualquer causa 
pode ter um período de 
cobertura temporário ou 
vitalício. No primeiro caso, 
os beneficiários somente 
receberão o capital segurado 
se a morte do segurado 
ocorrer dentro de período 
perfeitamente determinado 
no contrato, enquanto no 
segundo caso, o capital 
segurado será pago quando 
ocorrer a morte do segurado, a 
qualquer tempo.
31
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
de uma cobertura de acidentes pessoais e de seu perfil consta que ele 
pratica salto de paraquedas, a fixação do valor do prêmio levará em consi-
deração essa junção do perfil com a cobertura contratada gerando, possi-
velmente, um prêmio agravado.
Assim, podemos dizer que a fixação do valor do prêmio influencia, sobre-
modo, nos custos da apólice e, consequentemente, na comissão de 
 corretagem da renovação, na distribuição do Excedente Técnico e na 
manutenção do relacionamento das partes envolvidas na contratação.
Nas contratações de planos coletivos, o primeiro passo para o cálculo do 
prêmio é calcular a taxa pura. Essa taxa pode ser única para todo o grupo 
segurado ou diferenciada por idade ou faixa etária. Ela é chamada de 
“pura” porque não considera os carregamentos para custeios comerciais 
e administrativos, mas apenas o risco.
 COBERTURAS 
Os planos podem oferecer, juntos ou separadamente,os seguintes tipos 
de coberturas:
 ■ Morte (Natural ou Acidental);
 ■ Invalidez Laborativa Permanente Total por Doença (ILPD);
Atenção
É importante que fique claro para o segurado que, além da atualização monetária, o 
valor dos prêmios sofrerá acréscimo anualmente, em decorrência da mudança de idade 
do segurado. Sofrerá acréscimo, também em consequência do aumento do risco, com 
a finalidade de manter o equilíbrio atuarial, financeiro e econômico do plano.
Para os seguros que prevejam alteração de taxa por faixa etária, deverá ser estabeleci-
do, nas condições gerais, que os prêmios serão alterados de acordo com a faixa etária 
do segurado.
Nos planos contratados da forma coletiva, a forma como os prêmios serão alterados de 
acordo com a faixa etária do segurado, incluindo os valores ou percentuais, deverão 
constar das condições contratuais e ser disponibilizados aos proponentes quando da 
adesão ao seguro. No caso dos planos contratados de forma individual, deverá constar 
das condições gerais, um item estabelecendo a forma como os prêmios serão altera-
dos de acordo com a faixa etária do segurado, incluindo os valores ou percentuais.
A nova regulamentação, diferentemente da anterior, não estabelece mais as taxas para 
as coberturas, devendo a nota técnica atuarial especificá-las.
32
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
 ■ Invalidez Funcional Permanente Total por Doença (IFPD);
 ■ Doenças Graves; e
 ■ Acidentes Pessoais.
 — Morte (Natural ou Acidental)
O objetivo desta cobertura é garantir o pagamento do capital segurado ao 
beneficiário em caso de morte do segurado principal, tanto por causas 
naturais como acidentais.
 — Invalidez Laborativa Permanente 
Total por Doença (ILPD)
O objetivo desta cobertura é garantir o pagamento de indenização em 
caso de invalidez laborativa permanente total, consequente de doença.
A invalidez laborativa permanente total por doença é aquela para a qual 
não se pode esperar recuperação ou reabilitação, com os recursos tera-
pêuticos disponíveis no momento de sua constatação, para a atividade 
laborativa principal do segurado, ou seja, para aquela pela qual o segurado 
obteve maior renda dentro de determinado exercício anual, definido nas 
condições contratuais.
Consideram-se, também, total e permanentemente inválidos, para efeitos 
dessa cobertura, os segurados portadores de doença em fase terminal 
atestada por profissional legalmente habilitado.
Não podem figurar como segurados dessa cobertura as pessoas que 
não exerçam qualquer atividade laborativa, sendo vedado o oferecimento 
e a cobrança de prêmio para o seu custeio, por parte da seguradora.
Reconhecida a invalidez laborativa pela seguradora, a indenização deve ser 
paga de uma só vez ou sob a forma de renda certa, temporária ou vitalícia, em 
prestações mensais, iguais e sucessivas, conforme acordado entre as partes.
Importante
A denominação de qualquer plano de seguro como de Vida, exceto quando prevista a 
cobertura por sobrevivência, está condicionada ao oferecimento da cobertura de morte 
por causas naturais e acidentais.
A garantia de morte para os segurados menores de 14 anos destina-se ao reembolso 
das despesas com funeral, devidamente comprovadas.
33
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
Após o pagamento da indenização ou da primeira parcela, quando paga 
sob a forma de renda, o segurado poderá ser, automaticamente excluído 
da apólice, conforme a estruturação técnica do plano, com a consequente 
devolução de valores eventualmente pagos após a constatação da invali-
dez, devidamente atualizados nos termos da regulamentação específica.
No caso de o segurado não ser excluído da apólice, se o estado de inva-
lidez laborativa cessar antes do término do pagamento da renda contra-
tada, o valor do capital segurado da cobertura de ILPD será reintegrado.
Após o pagamento da indenização ou da primeira parcela, quando paga 
sob a forma de renda, caso o segurado permaneça na apólice, o valor do 
prêmio deverá ser ajustado, de acordo com as coberturas remanescentes, 
a partir da respectiva data de pagamento da indenização.
 — Invalidez Funcional Permanente 
Total por Doença (IFPD)
O objetivo desta cobertura é garantir o pagamento de indenização em 
caso de invalidez funcional permanente total, consequente de doença que 
cause a perda da existência independente do segurado.
É considerada perda da existência independente do segurado a ocorrên-
cia de quadro clínico incapacitante que inviabilize de forma irreversível o 
pleno exercício das relações autonômicas do segurado, comprovado na 
forma definida nas condições gerais e/ou especiais do seguro.
Consideram-se, também, total e permanentemente inválidos para os efei-
tos dessa cobertura, os segurados portadores de doença em fase terminal, 
atestada por profissional legalmente habilitado.
A forma e a periodicidade de pagamento da indenização seguem os 
mesmos critérios da garantia de invalidez laborativa permanente total 
por doença.
Importante
Os casos de invalidez permanente por doença, previstos nas coberturas apresentadas 
anteriormente, devem ser comprovados pela apresentação de declaração médica.
A aposentadoria por invalidez concedida por instituições oficiais de Previdência ou 
assemelhadas, não caracteriza por si só o estado de invalidez permanente.
Atenção
É vedado o oferecimento 
de cobertura em que o 
pagamento da indenização 
esteja condicionado à 
impossibilidade do exercício, 
pelo segurado, de toda e 
qualquer atividade laborativa.
34
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
 — Doenças Graves
Esta cobertura tem por objetivo garantir o pagamento de indenização em 
decorrência de diagnóstico de doenças devidamente especificadas e 
caracterizadas nas condições gerais e/ou especiais do plano de seguro 
como “graves”, sendo vedada a estipulação de critérios de cálculo do capi-
tal segurado com base nas despesas médicas e/ou hospitalares incorridas 
pelo segurado para o tratamento da doença.
 — Acidentes Pessoais
As coberturas relacionadas a acidentes pessoais, normalmente incluídas 
nos planos de Seguro de Acidentes Pessoais, têm por objetivo garantir aos 
beneficiários do segurado ou a ele próprio o pagamento de uma indeniza-
ção, caso venha a falecer ou se tornar inválido em decorrência de acidente 
pessoal ou, ainda, tenha a necessidade de se submeter a tratamento médi-
co em função de acidente.
Incluem-se no conceito de acidente pessoal, os danos físicos decorrentes de:
 ■ Ação da temperatura do ambiente ou influência atmosférica, quan-
do a elas o segurado ficar sujeito, em decorrência de acidente 
coberto;
 ■ escapamento acidental de gases e vapores;
 ■ sequestros e tentativas de sequestros; e
 ■ alterações anatômicas ou funcionais da coluna vertebral, de ori-
gem traumática, causadas, exclusivamente, por fraturas ou luxa-
ções, radiologicamente comprovadas.
Nas situações onde está prevista a indenização por suicídio, esta deverá 
ocorrer como acidente pessoal e não como morte natural.
Estão excluídos do conceito de acidentes pessoais:
 ■ doenças, incluídas as profissionais, quaisquer que sejam suas cau-
sas, ainda que provocadas, desencadeadas ou agravadas, direta 
ou indiretamente por acidente, ressalvadas as infecções, estados 
septicêmicos e embolias, resultantes de ferimento visível causado 
em decorrência de acidente coberto;
 ■ intercorrências ou complicações consequentes da realização de 
exames, tratamentos clínicos ou cirúrgicos, quando não decorren-
tes de acidente coberto;
 ■ lesões decorrentes, dependentes, predispostas ou facilitadas por 
esforços repetitivos ou microtraumas cumulativos, ou que tenham 
relação de causa e efeito com eles, assim como as lesões classificadas 
Observação
Acidente pessoal é o evento 
com data caracterizada, 
exclusivo e diretamente 
externo, súbito, involuntário, 
violento e causador de 
lesão física que, por si só 
e independentemente de 
toda e qualquer outra causa, 
tenha comoconsequência 
direta a morte ou a invalidez 
permanente, total ou parcial, 
do segurado ou que torne 
necessário tratamento médico.
35
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
como: Lesão por Esforços Repetitivos – LER, Doenças Osteomuscula-
res Relacionadas ao Trabalho – DORT, Lesão por Trauma Continuado 
ou Contínuo – LTC ou similares, que venham a ser aceitas pela classe 
médico-científica, bem como as suas consequências pós-tratamen-
tos, inclusive cirúrgicos, em qualquer tempo; e
 ■ situações reconhecidas por instituições oficiais de Previdência ou 
assemelhadas, como “invalidez acidentária”, nas quais o evento 
causador da lesão não se enquadre integralmente na caracteriza-
ção de invalidez por acidente pessoal.
Exemplo
As situações descritas a seguir evidenciam riscos cobertos, ou seja, apresentam casos 
que dão direito à cobertura de Acidentes Pessoais:
1) um segurado sofre um grave acidente que o impossibilita de se locomover em busca 
de socorro. Se as condições meteorológicas forem adversas, como chuva e frio, fi 
cando o segurado por muito tempo exposto até ser socorrido e, em decorrência disso, 
contrair pneumonia que lhe venha a ser fatal, este evento terá cobertura, visto ter sido 
motivado por traumatismos que impediram a sua mobilidade;
2) um segurado sofre um atropelamento e, em consequência desse acidente, tem um 
braço amputado; e
3) um segurado é vítima de assalto, ocasião em que é ferido. O ferimento gera séria infecção.
Morte Acidental
Esta cobertura tem por objetivo garantir aos beneficiários designados pelo 
segurado o pagamento de indenização específica, caso o falecimento do 
segurado tenha sido ocasionado por acidente pessoal coberto.
Invalidez Permanente Total ou 
Parcial por Acidente (IPA)
Esta cobertura tem por objetivo garantir ao próprio segurado o paga-
mento de uma indenização referente à perda, redução ou impotência 
funcional definitiva, total ou parcial, de membros ou órgãos, ocasionada 
por acidente coberto.
36
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
Observação
As indenizações por morte ou invalidez permanente total ou parcial por acidente geral-
mente são pagas de uma só vez, podendo haver a opção expressa, do segurado, pela 
transformação da indenização em renda.
Na hipótese de indenização sob a forma de renda, a taxa de juros deve observar o 
limite máximo de 6% a.a. ou sua equivalente efetiva mensal.
As indenizações pagáveis por morte e por invalidez permanente total ou parcial por 
acidente não são cumulativas. Assim, se o segurado receber indenização por invalidez 
decorrente de acidente e, mais tarde, vier a falecer em função do mesmo acidente, a 
indenização recebida pela invalidez será deduzida daquela que lhe é devida por morte.
A indenização paga por invalidez permanente total ou parcial por acidente é devida ao 
próprio segurado, quando caracterizada sua invalidez. Após a conclusão do tratamento, 
ou esgotados os recursos terapêuticos disponíveis para sua recuperação, e constatada 
e avaliada a invalidez permanente quando da alta médica definitiva, a seguradora deve 
pagar a respectiva indenização, de acordo com os percentuais estabelecidos nas con-
dições gerais e/ou especiais do seguro.
Não ficando abolidas por completo as funções do membro ou órgão lesa-
do, a indenização por perda parcial é calculada pela aplicação, à porcenta-
gem prevista no plano para sua perda total, do grau de redução funcional 
apresentado.
A tabela para o cálculo da indenização da cobertura de IPA usualmente 
utilizada pelo mercado consta do Anexo deste manual.
37
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
Atenção
Quando a indicação médica sobre a extensão das lesões for estabelecida em termos de grau 
máximo, médio ou mínimo, sem a indicação exata do grau de redução funcional apresentado, 
a indenização será calculada, respectivamente, com base nas seguintes percentagens:
 ■ Grau máximo: 75% dos percentuais constantes da tabela;
 ■ Grau médio: 50% dos percentuais constantes da tabela; e
 ■ Grau mínimo: 25% dos percentuais constantes da tabela.
Exemplo:
Um segurado contratou uma cobertura de Acidentes Pessoais com capital de R$ 
100.000,00 na garantia de IPA (Invalidez Permanente Total ou Parcial por Acidente) e 
sofre um acidente que lhe atinge um dos pés. Segundo a indicação médica, trata-se de 
uma lesão de grau mínimo. 
Supondo-se que a tabela constante do Anexo tenha sido utilizada, verifica-se que a por-
centagem para a perda total do uso de um dos pés é de 50% da importância segurada. 
Todavia, como o médico indicou que o grau da lesão foi mínimo, ele só terá direito a 
25% desse R$ 50.000,00. Assim, sua indenização será de R$ 12.500,00.
São ainda procedimentos relativos à invalidez permanente total ou parcial 
por acidente:
 ■ nos casos cuja especificação não consta da tabela, a indenização 
deve ser estabelecida, levando em consideração a diminuição per-
manente da capacidade física do segurado, sem que a sua profis-
são tenha qualquer peso nesta aferição; e
 ■ se mais de um órgão ou membro for lesionado no mesmo aci-
dente, a indenização será determinada pela soma dos percen-
tuais respectivos constantes da tabela. A indenização resultan-
te não poderá, em qualquer hipótese, ser superior a 100% do 
capital segurado para a garantia.
 ■ quando membros ou órgãos não forem íntegros ou inteiramen-
te funcionais antes do acidente, a indenização será estabelecida 
deduzindo-se, da porcentagem indicada na tabela, a porcentagem 
correspondente à invalidez preexistente;
 ■ os danos de natureza estética, ou seja, aqueles que apenas afetam 
a aparência do segurado, sem implicarem perda ou redução da 
funcionalidade das partes afetadas, estão excluídos da cobertu-
ra de invalidez permanente, assim como a perda de dentes;
Exemplo
Em um mesmo acidente pessoal, 
um segurado sofreu perda total 
do uso de uma das mãos e 
perda total da visão de ambos os 
olhos. Considerando-se que ele 
contratou um seguro com garantia 
básica (IPA) de R$ 100.000,00, 
contendo a Tabela de Indenização 
apresentada no Anexo, verificamos 
que ele teria direito à seguinte 
indenização: 60% do capital 
segurado pela perda da mão 
(R$ 60.000,00) e 100% do capital 
segurado pela perda da visão de 
ambos os olhos (R$ 100.000,00).
Logo, a indenização total seria de 
R$ 160.000,00. 
Todavia, como o máximo a ser 
pago num mesmo acidente é 100% 
do capital da garantia contratada, o 
segurado receberá R$ 100.000,00.
38
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
 ■ a invalidez permanente indenizável deve sempre ser compro-
vada mediante a apresentação de laudo médico detalhado à 
seguradora; e
Importante
No caso de divergências sobre a causa, natureza ou extensão de lesões, bem como 
sobre a avaliação da incapacidade relacionada ao segurado, a seguradora deverá 
propor ao segurado, por meio de correspondência escrita, dentro do prazo de 15 
dias, a contar da data da contestação, a constituição de junta médica. Essa junta será 
formada por três membros, sendo um nomeado pela seguradora, outro pelo segurado 
e um terceiro, desempatador, escolhido pelos dois nomeados. Cada uma das partes 
pagará os honorários do médico que tiver designado; os do terceiro serão pagos, em 
partes iguais, pelo segurado e pela seguradora. O prazo para a constituição da junta 
médica será de, no máximo, 15 dias a contar da data da indicação do membro 
nomeado pelo segurado.
Despesas Médicas, Hospitalares 
e Odontológicas (DMHO)
Esta cobertura tem por objetivo garantir o reembolso, limitado ao capital 
segurado, das despesas efetuadas pelo segurado para o tratamento das 
consequências de acidente coberto, iniciado sob orientação médica, nos 
30 primeiros dias contados da data do acidente. Ela cobre as despesas 
médicas e dentárias, assim como os custos de diárias hospitalares que, a 
critério médico, sejam necessárias à recuperação do segurado.
Cabe ao segurado a livre escolha dos prestadores dos serviços 
 médico-hospitalares e odontológicos,desde que legalmente habilitados.
As seguradoras estão autorizadas a estabelecer acordos ou convênios 
com prestadores de serviços médico-hospitalares e odontológicos, a fim 
de facilitara prestação da assistência ao segurado, mas preservando sem-
pre a livre escolha que esse segurado venha a fazer fora daquela rede.
É possível a contratação da cláusula prevendo franquia dedutível do total a 
reembolsar, com redução da taxa.
 ■ Franquia – valor previsto na apólice com o qual o segurado parti-
cipará em caso de sinistro.
 ■ Franquia dedutível – tipo de franquia mais utilizado, cujo valor é 
deduzido de todos os prejuízos.
Para fins de ressarcimento, parcial ou total, das despesas médico-hospita-
lares efetuadas, são exigidos comprovantes originais e relatórios do médi-
co assistente ou do dentista.
Importante
Não estão abrangidas as 
despesas decorrentes de:
- acompanhantes;
- estados de convalescença 
(após o recebimento da alta 
médica); e
- aparelhos referentes a 
órteses de qualquer natureza 
e a próteses de caráter 
permanente, excetuadas 
as próteses pela perda de 
dentes naturais.
39
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
São ressarcidas, também, as despesas cobertas efetuadas no exterior. 
Nesse caso, o ressarcimento toma como base o câmbio oficial de venda 
da moeda estrangeira na data do efetivo pagamento realizado pelo segu-
rado. A conversão à moeda nacional é atualizada monetariamente, pela 
seguradora, quando da liquidação do sinistro.
Importante
As coberturas relacionadas a acidentes pessoais podem ser oferecidas em um plano 
de Seguro de Acidentes Pessoais, ou em qualquer outro plano de Seguros de Pessoas, 
como, por exemplo, o Seguro de Vida em Grupo.
Um plano de Seguros de Pessoas bastante comum no mercado é o Seguro Viagem, 
que tem por objetivo garantir aos segurados, durante período de viagem previamente 
determinado, o pagamento de indenização quando da ocorrência de riscos previstos e 
cobertos nos termos das condições gerais e especiais contratadas.
Entretanto, deve-se observar que este tipo de seguro deve oferecer, no mínimo, as cober-
turas básicas de morte acidental e/ou invalidez permanente total ou parcial por acidente.
Além disso, outras coberturas poderão ser oferecidas no Seguro Viagem, desde que estejam 
relacionadas a viagem. Um exemplo seria a indenização referente à perda de bagagem.
 — Diárias por Incapacidade (DI)
Esta cobertura consiste no pagamento de diárias, a partir da caracterização 
da impossibilidade contínua e ininterrupta de o segurado exercer a sua 
profissão ou ocupação.
O pagamento das diárias se dá durante o período em que o segurado se 
encontrar sob tratamento, sendo efetuado a partir do 1º dia após o período 
de franquia de, no máximo, 15 dias.
Geralmente, é oferecido o limite máximo de 360 diárias por período con-
tratual. Esse limite também é o máximo pagável por um mesmo evento.
 — Diárias por Internação 
Hospitalar (DIH)
Esta cobertura tem por objetivo garantir o pagamento de indenização pro-
porcional ao período de internação do segurado, observados o período 
de franquia e o limite contratual máximo por evento, fixado nas condições 
gerais e/ou especiais.
40
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
O período de franquia deve ser de, no máximo, 15 dias, a contar da data do 
evento, e o valor do capital segurado deve ser estabelecido sob a forma de 
diária, independentemente das despesas efetuadas pelo segurado.
Importante
As coberturas de Diárias por Incapacidade (DI) e Diárias por Internação Hospitalar (DIH) 
podem ser decorrentes de acidente pessoal ou não. A abrangência dessas cobertu-
ras é determinada pela seguradora nas condições gerais do plano.
 — Perda de Renda
Esta cobertura garante o pagamento de indenização em caso de perda de 
emprego.
Deverão ser observados os critérios estabelecidos no plano, tais como: 
tempo mínimo de carteira profissional assinada, tempo mínimo no último 
emprego, motivos de demissão, entre outros.
 — Auxílio-Funeral
Esta cobertura garante o reembolso das despesas com o funeral até o 
limite do capital segurado.
É importante destacar que, ainda que a seguradora ofereça a alternativa 
de prestação de serviços, é garantida a livre escolha dos prestadores de 
serviço pelos beneficiários, com o respectivo reembolso das despesas 
efetuadas.
41
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
Atenção
Você sabe qual é a diferença entre o Seguro Auxílio-Funeral e a Assistência Funeral?
O Seguro Auxílio-Funeral é uma modalidade do Seguros de Pessoas. Portanto, todas as 
seguradoras autorizadas a operar no Ramo Vida podem comercializar esta cobertura, 
desde que incluída em algum plano devidamente protocolado na SUSEP.
A cobertura de Auxílio-Funeral, geralmente com capital segurado de baixo valor, tem 
por objetivo reembolsar os gastos referentes ao funeral no caso de morte do segurado. 
A sua caracterização como seguro está condicionada à livre escolha dos prestado-
res de serviços, com cobrança de prêmio e constituição de provisão.
De forma distinta, a Assistência Funeral é tratada como um serviço complementar ao 
contrato de seguro, não havendo direito à livre escolha, ou seja, o segurado fica limita-
do aos prestadores de serviço indicados pela seguradora.
Neste caso, deve ser observado que:
1) os serviços não podem ser prestados diretamente pela seguradora;
2) os serviços terão seus regulamentos previstos em documento próprio apartado das 
condições contratuais do seguro;
3) quando cobrado do segurado, o pagamento dos serviços deverá estar discriminado 
em apartado ao prêmio de seguro; e
4) o regulamento não poderá prever o pagamento em espécie ou reembolso ao segurado.
 — Cobertura para Segurados 
Dependentes
Trata-se da possibilidade de se contratar um seguro onde existe mais de 
um segurado. Nos seguros coletivos, o segurado titular é aquele que man-
tém vínculo com o estipulante (por exemplo, o funcionário da empresa que 
contratou a apólice), e os segurados dependentes poderiam ser o cônjuge 
e filhos.
Podem ser admitidos como segurados, desde que previsto no plano e 
contratados pelo estipulante: o cônjuge, o(a) companheiro(a), os filhos, os 
enteados e os menores, considerados dependentes econômicos do com-
ponente principal do grupo, bem como outros membros da família.
As duas cláusulas que permitem a inclusão de coberturas para os compo-
nentes dependentes são: cláusula suplementar de inclusão de cônjuge 
e cláusula suplementar de inclusão de filhos.
42
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
A cláusula suplementar de inclusão de cônjuge define a inclusão no pla-
no dos cônjuges dos segurados principais, que pode ser feita das seguin-
tes formas:
 ■ automática – quando abranger os cônjuges de todos os segura-
dos principais; e
 ■ facultativa – quando abranger os cônjuges dos segurados princi-
pais que assim o autorizarem.
A cláusula suplementar de inclusão de filhos define a inclusão no plano dos 
filhos do segurado principal e/ou do cônjuge segurado pela cláusula suple-
mentar de inclusão de cônjuge, que pode ser feita das seguintes formas:
 ■ automática – quando abranger os filhos de todos os segurados 
principais e/ou dos cônjuges segurados; e
 ■ facultativa – quando abranger os filhos dos segurados prin-
cipais e/ou dos cônjuges segurados que assim o autorizarem. 
Importante
Para os menores de 14 anos é permitido, exclusivamente, o oferecimento e a contra-
tação de coberturas relacionadas ao reembolso de despesas, seja na condição de 
segurado principal ou de dependente.
Equiparam-se aos filhos, os enteados e os menores considerados dependentes econô-
micos do segurado principal.
Nos planos coletivos, quando ambos os cônjuges forem segurados principais do mes-
mo grupo segurado, os filhos podem ser incluídos uma única vez, como dependentes 
daquele de maior capital segurado, sendo este denominado como “segurado principal” 
para efeito da cláusula.
O capital segurado dos filhos não pode ser superior a100% do capital segurado do 
respectivo segurado principal.
Na hipótese de morte simultânea (comoriência) do segurado principal e do(s) segura-
do(s) dependente(s), os capitais segurados referentes às coberturas dos segurados, 
principal e dependente(s), deverão ser pagos aos respectivos beneficiários indicados 
ou, na ausência destes, aos herdeiros legais dos segurados.
Atenção
O critério para fixação do capital segurado da cláusula suplementar de inclusão de côn-
juge e da cláusula suplementar de inclusão de filhos deve ser estabelecido na respecti-
va cláusula ou nas condições especiais do plano de Seguros de Pessoas.
Importante
Equiparam-se aos cônjuges os 
companheiros dos segurados 
principais, se ao tempo do 
contrato o segurado era 
separado judicialmente ou já se 
encontrava separado de fato.
O capital segurado do cônjuge 
e dos filhos não pode ser 
superior a 100% do capital 
segurado do respectivo 
segurado principal.
43
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
 SEGURO 
 EDUCACIONAL 
O Seguro Educacional visa auxiliar o custeio das despesas com educação 
do beneficiário, em razão da ocorrência dos eventos cobertos.
O Seguro Educacional deverá conter condições gerais especialmente ela-
boradas para o produto. O beneficiário dessa modalidade de seguro será 
sempre o educando, ainda que representado ou assistido, na forma da lei.
O plano de Seguro Educacional poderá ser estruturado com quaisquer 
coberturas de risco, sendo que, quando o educando for responsável pelo 
pagamento das mensalidades escolares, não poderão ser oferecidas 
coberturas para risco que impeçam o educando de estudar.
O pagamento da indenização relativo às coberturas de perda de renda e 
por invalidez temporária fica limitado ao período estabelecido nas condi-
ções contratuais, havendo reintegração do capital segurado após o retor-
no às atividades laborativas, no caso de perda de renda; ou após alta médi-
ca definitiva, no caso de invalidez temporária.
O capital segurado deve ser estabelecido para auxiliar o pagamento das 
mensalidades e, opcional ou adicionalmente, de outras despesas escola-
res, facultando-se, ainda, o estabelecimento de um valor a ser pago ao final 
do 2º ou 3º graus como apoio e incentivo à iniciação profissional.
O pagamento da indenização poderá ser contratado de forma mensal, 
bimestral, trimestral, quadrimestral, semestral ou anual.
O pagamento de indenização de forma única só pode ocorrer nos seguin-
tes casos:
1) quando o capital segurado se restringir ao último ano letivo do período 
contratado;
2) quando o pagamento da indenização se referir: 
a. à Invalidez do educando;
b. à concessão de um dote ao final do período de formação; e
c. às despesas escolares do ano de referência.
É facultada a previsão contratual de suspensão do pagamento da indeni-
zação decorrente de descontinuidade dos estudos, sem perda de direito 
dos valores indenizáveis e de sua respectiva atualização monetária, uma 
vez caracterizado o evento coberto.
Atenção
O pagamento periódico 
da indenização referente, 
exclusivamente, às 
mensalidades escolares pode 
ser realizado diretamente ao 
estabelecimento de ensino, 
desde que haja prévia 
anuência do responsável pelo 
educando, ou deste último 
quando maior, a ser fi rmada 
periodicamente.
A periodicidade do pagamento 
da indenização e da anuência 
a que se refere o caput deve 
ser, no máximo, semestral.
44
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
Importante
Considerando que existe a possibilidade de diferenciação nos critérios de atualização 
das mensalidades escolares e do capital segurado, deverá ser observado que o capital 
segurado pode não ser suficiente para quitar integralmente as mensalidades. Por esse 
motivo, é vedada a utilização da terminologia “garantia de custeio educacional” na 
designação do Seguro Educacional.
Além disso, deve ficar claro que não se incluem, na modalidade educacional, os segu-
ros de Acidentes Pessoais que visem, exclusivamente, à cobertura de acidentes dos 
educandos durante a permanência no estabelecimento de ensino ou em seu trajeto.
 SEGURO PRESTAMISTA 
O Seguro Prestamista objetiva o pagamento de prestações ou a quitação 
do saldo devedor da compra de bens adquiridos pelo segurado ou da 
tomada de empréstimos por ele realizada. Esse seguro se configura como 
uma proteção financeira para empresas que vendem a crédito, bem como 
ao segurado que fica livre da responsabilidade em caso de sinistro.
Nos Seguros Prestamistas, o primeiro beneficiário será sempre o Esti-
pulante, pelo valor do saldo da dívida ou do compromisso, devendo a 
diferença que ultrapassá-lo, quando for o caso, ser paga ao beneficiário 
indicado pelo segurado, aos herdeiros legais ou ao próprio segurado no 
caso de invalidez.
É comum a contratação dos seguros prestamistas, contendo as coberturas 
de Morte, Invalidez por Acidente e/ou Doença. Eventualmente, a cobertura 
de Perda de Renda também pode ser contratada. Essa última cobertura 
eleva significativamente os prêmios do seguro.
 CAPITAL SEGURADO 
Entende-se como capital segurado o valor máximo, vigente na data do 
evento para a cobertura contratada, a ser pago ou reembolsado pela segu-
radora, no caso de ocorrência de sinistro coberto pela apólice.
45
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
Nos planos coletivos, para cada grupo pode haver uma ou mais classes de 
capitais segurados, devendo a respectiva escala ser fixada em função de 
fatores objetivos, como:
 ■ uniforme – os capitais segurados são iguais para todos os compo-
nentes do grupo segurado;
 ■ múltiplo salarial – os capitais segurados são múltiplos do salário 
do componente principal;
 ■ escalonado – os capitais segurados acompanham um determi-
nado critério preestabelecido em função da idade e salário, por 
exemplo; e
 ■ global – os capitais segurados referentes a cada componente 
sofrem variações decorrentes de mudanças na composição do 
grupo segurado.
O capital segurado para a cobertura de despesas médicas, hospita-
lares e odontológicas representa o limite máximo de reembolso pelo 
mesmo evento.
No caso de invalidez parcial por acidente, a reintegração do capital segu-
rado é automática após cada sinistro, geralmente sem cobrança de prê-
mio adicional.
Se, depois de paga a indenização por invalidez permanente por acidente, 
verificar-se a morte do segurado em consequência do mesmo acidente, a 
importância já paga por invalidez permanente deve ser deduzida do valor 
do capital segurado por morte, se contratada esta cobertura.
Nos seguros em que o segurado seja responsável pelo custeio do plano, 
total ou parcialmente, é vedada a redução, por parte da seguradora, do 
valor do capital segurado contratado sem a devida solicitação expressa 
do segurado.
Exemplo
Um segurado tem um capital segurado de R$ 100.000,00 e sofre um acidente, no qual 
perde totalmente o uso de uma das mãos, recebendo 60% de indenização. Seu capital 
segurado, no entanto, é reintegrado, ou seja, volta a ser de R$ 100.000,00. Se tiver 
novo acidente, terá direito à nova indenização.
A reintegração se dá porque cada acidente é um evento aleatório, independente do 
anterior. Todavia, se for comprovada a Invalidez Permanente Total, não há reinte-
gração. A indenização é paga e o segurado é excluído do grupo.
46
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
Importante
Considera-se como data do evento, para efeito de determinação do capital segurado, 
quando da liquidação dos sinistros:
1) para as coberturas de acidentes pessoais: a data do acidente;
2) para a cobertura de risco por invalidez, não consequente de acidente: a data indica-
da na declaração médica; e
3) para as demais coberturas de risco: a data da ocorrência do evento coberto, conforme 
definido nas condições gerais e/ou especiais, ressalvado o disposto nos itens 1 e 2 acima.
 VIGÊNCIA 
O início de vigência é a data a partir da qual as coberturas de risco propos-
tas serão garantidas pela seguradora. A vigência

Continue navegando