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Fichamento 2 - Sustentabilidade estratégica existe retorno no longo prazo

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Assunto (TEMA): Sustentabilidade estratégica: existe retorno no longo prazo?
	Ficha no. 02
	Referência Bibliográfica Completa: Artigo Sustentabilidade estratégica: existe retorno no longo
prazo?
Priscila Borin de Oliveira Claro Insper Instituto de Ensino e Pesquisa – São Paulo/SP, Brasil
Danny Pimentel Claro Insper Instituto de Ensino e Pesquisa – São Paulo/SP, Brasil
	Tipo de fichamento: Resumo
	Fonte da obra: ARTIGO
Sustentabilidade estratégica: existe retorno no longo prazo?
	
Texto da Ficha:
Sustentabilidade empresarial pode ser definida como um método integrado de abordar uma ampla gama de negócios e projetos referentes aos interesses do meio ambiente, dos trabalhadores, do consumidor, dos fornecedores, da comunidade local, do governo, entre outros stakeholders (Hart & Milstein, 2019). As atividades de uma empresa em relação a questões ambientais e sociais podem influenciar tanto os interesses dos stakeholders como o próprio desempenho econômico-financeiro no longo prazo. Nesse sentido, sustentabilidade empresarial não é irreconciliável com crescimento econômico; ao contrário, é uma importante fonte de vantagem competitiva e de geração de valor para acionistas e partes interessadas no longo prazo (Hart & Milstein, 2019). (pág. 293)
A crise de 2008 mostrou que empresas que tem a estratégica de investir a curto prazo teve impactos significativos no bem estar da empresa ou até mesmo o fechamento ou vendas das mesmas. A retenção de créditos para essas empresas transformou um cenário de instabilidade e de desconfiança fazendo assim com os bancos retraíssem os créditos e operações cambiais.
Empresas que mantêm investimentos de cunho filantrópico e com visão de curto prazo, em épocas de crise, diminuirão ou eliminarão os investimentos em sustentabilidade, que acabam percebidos como custos adicionais. Por outro lado, as empresas que mantêm investimentos em sustentabilidade de forma estratégica e com visão de longo prazo podem beneficiar-se de uma vantagem competitiva de blindagem em relação aos efeitos da crise. Sustentabilidade estratégica refere-se aos investimentos ligados ao core business (negócio central) da empresa e baseiam-se nas restrições e nos problemas ambientais e sociais existentes (Porter & Kramer, 2019). (pág.297)
Os meios de produção sustentáveis não só é aprovado pela sociedade assim como ela também espera das organizações a pliquem. Sem mencionar que há uma premissa maior da legislação sobre as organizações que além da eficiência e eficácia em questão ambiental. Tornando assim o empresário um fornecedor de produtos de novas tendências. Inovação e sustentabilidade são inseparáveis para um mercado competitivo. O termo sustentabilidade estratégica será empregado quando o foco forem os investimentos em projetos e ações sociais e ambientais que estejam relacionados ao negócio central da empresa, que incluem suas competências e a gestão com stakeholders. Uma empresa sustentável é aquela que contribui para o desenvolvimento sustentável ao gerar, simultaneamente, benefícios econômicos, sociais e ambientais — conhecidos como os três pilares do desenvolvimento sustentável (Hart & Milstein, 2019). (pág. 300)
Apesar das inúmeras definições, um aspecto comum a todas elas é o balanceamento da proteção ambiental com o desenvolvimento social e econômico, induzindo um espírito de responsabilidade como processo de mudança, no qual a exploração de recursos materiais, os investimentos financeiros e as rotas de desenvolvimento tecnológico deverão adquirir sentido harmonioso. Eficiência e redução de custos com garantia em vantagens competitivas, são as recompensas que se obtém com a inovação focando a sustentabilidade, podendo tornar-se líderes de mercado. Aplicar a cultura da inovação em uma empresa é sempre um motivo de preocupação para os empreendedores. Isso porque grande parte deles associa o termo a ter que fazer algo extraordinário. Mas não é bem assim. Em épocas de crise, como aquela que aconteceu em 2008, as empresas tiveram de lidar com decisões de impacto no longo prazo. Isso exige informações sobre desempenho num formato em que seja possível avaliar os riscos sistemáticos para o negócio e para a sociedade como um todo. Surge a necessidade de publicar e analisar desempenho de forma integrada, objetiva e que seja possível verificar, em última instância, o single bottom line (IIRC,2011), isso significa avaliar o desempenho ambiental e o social dos projetos, trazendo esse desempenho também para uma esfera econômico-financeira. Isso possibilitará uma avaliação dos riscos decorrentes da manutenção ou extinção desses projetos em épocas de crise, o que poderá garantir sustentabilidade para a sociedade no longo prazo.
Existe um círculo virtuoso entre prática e reporte, ou seja, empresas que investem em sustentabilidade reportam suas ações e projetos e os aprimoram no ano subsequente. Essas empresas tendem a sair-se melhor no longo prazo. Com base neste trabalho, existem implicações importantes para empresas. A sustentabilidade deve ser incorporada de forma estratégica. As empresas devem procurar alinhar os projetos e as ações com os objetivos estratégicos da empresa, ou mesmo elaborar tais objetivos à luz de uma visão estratégica de sustentabilidade. No longo prazo, as empresas atingem desempenhos superiores. Futuros estudos podem também identificar outros fatores que influenciam os investimentos em sustentabilidade e concentrar-se no impacto pontual em diferentes unidades de negócio ou linhas de produtos. (pág. 305)

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